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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PAULISTANO

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA


A.Q.Q.T – ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA

Eduarda Porfirio Arruda


Luccas Batista Moreira
Verônica Cristina de Carli

ANÁLISE DE ÂNIONS

Professor(a): José Roberto


Data de execução:22/11/2022

São Paulo
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................3

1.1. Ions, cations e ânions................................................................................. 3

1.1.1. Ânions...................................................................................................4

1.1.2. Cátions................................................................................................. 4

1.2. Análise de ânions........................................................................................5

2. OBJETIVOS......................................................................................................5

2.1. Materiais:.....................................................................................................6

2.2. Reagentes:..................................................................................................6

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................6

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................6

5. CONCLUSÃO................................................................................................... 9

5.1. Procedimento no laboratório.....................................................................10

5.2. Análise Química qualitativa.......................................................................10

5.3. Aplicações Úteis........................................................................................10

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................11
1. INTRODUÇÃO

1.1. Ions, cations e ânions

Os íons são espécies químicas carregadas eletricamente e são formados por


átomos que perderam ou receberam elétrons. Os cátions são íons positivos
derivados da perda de elétrons por átomos neutros. Já os ânions são íons negativos
formados pelo recebimento de elétrons por átomos neutros.
As ligações iônicas são ligações químicas muito fortes e formadas pela
doação e pelo recebimento de elétrons por um par cátion/ânion, que se mantêm
unidos pela forte interação eletrostática entre suas cargas.
Para isso, os íons, se unem à outros átomos a fim de buscar a neutralidade,
por exemplo, o NaCl, o Na⁺¹ (cátion) quer doar um elétron e o Cl ⁻¹ (ânion) quer
receber um elétron; ao se ligarem, formam o cloreto de sódio, NaCl (sal de cozinha).

Imagem 1: NaCl é um composto iônico formado pelo íon positivo sódio e pelo
íon negativo cloro.

Fonte: ÍONS. Disponível em: <brasilescola.uol.com.br/quimica /ions.htm>


Acessado em: 29/11/2022.

Isso ocorre porque segundo a Teoria do Octeto, os átomos possuem a


tendência de se estabilizarem e ficarem neutros (mesma quantidade de prótons e
nêutrons), ou seja, com 8 elétrons na última camada eletrônica (camada de
valência).
1.1.A. Ânions

Pode ser classificada como ânion quando recebe um elétron de outra


partícula, isto é, ela passa agora a ter um desequilíbrio de cargas, tendo assim mais
elétrons do que prótons. Por isso, todo ânion é representado por um sinal negativo,
o qual indica seu maior número elétrons em relação ao número de prótons.

1.1.A.A. Tipos de ânions


Como há variações em relação à diferença entre elétrons e prótons, há
diferentes tipos de ânions na natureza, os quais são classificados como:
 ânions monovalentes têm carga -1;
 ânions bivalentes têm carga -2;
 ânions trivalentes têm carga -3;
 ânions tetravalentes têm carga -4.

1.1.B. Cátions

Um cátion é um elemento químico ou até mesmo uma molécula, que perdeu


elétrons para outro átomo, passando a apresentar mais prótons do que elétrons e,
com isso, adquirindo carga positiva. O número de oxidação dos cátions varia de 1 a
4 elétrons que podem ser doados a outro elemento químico.
Os elétrons cedidos a outros átomos saem da última camada, ou seja, a
camada de valência, e assim o elemento doador passa a adquirir estabilidade
eletrônica, com 8 elétrons na última camada.
A maior parte dos cátions são formados por metais, já que estes apresentam
baixa energia de ionização em comparação com os ametais.

1.1.B.A. Tipos de Cátions


 Carga +1 são chamados de monopositivos;
 Carga +2 são denominados de dipositivos;
 Carga +3 recebem o nome de tripositivos;
 Carga +4 são chamados de tetrapositivos.
1.2. Análise de ânions

Para caracterizar uma água e avaliar a necessidade de tratamento específico,


a determinação dos ânions é muitas vezes desejada e utilizada. Além disso, surgiu a
necessidade de medir a concentração dos subprodutos da desinfecção clorito,
clorato e bromato. Usada para sua medição rápida e sequencial, a cromatografia
de íons fornece uma única técnica instrumental, embora métodos convencionais
colorimétricos ou eletrométricos estejam disponíveis para determinar ânions
individuais.
A cromatografia de íons elimina a indigência de utilizar reagentes que podem
por em perigo a vida humana e distingue os haletos, os oxialetos e os oxi ions.
A técnica consiste na injeção de uma amostra de água ou solo, após a filtração para
remover partículas maiores que 0,45 µm, em uma corrente de eluente, passada por
uma série de trocadores de íons. Os ânions de interesse são separados com base
em suas afinidades relativas para um trocador de ânions fortemente básico de baixa
capacidade. Os ânions separados são direcionados através de um dispositivo
supressor que fornece supressão contínua da condutividade do eluente e aumenta a
resposta do analito.
Após serem inseridos no supressor, os ânions que separaram-se são
convertidos em suas formas de ácido altamente condutor, enquanto é diminuída a
condutividade do eluente.
Os ânions separados em suas formas ácidas são medidos pela condutividade. Eles
são identificados com base no tempo de retenção em comparação com os padrões.
A quantificação é feita pela medição da área ou altura do pico.

2. OBJETIVOS

Adquirir as competências necessárias para entender as técnicas analíticas de


identificação dos principais ânions. Sendo esses os ânions Fluoreto, Iodeto Brometo
e Cloreto.
2.1. Materiais:

 Tubo de ensaio (cinco  Estante


unidades)  Becker (cinco unidade)
 Pipeta Pasteur (seis unidades)

2.2. Reagentes:

 Nitrato de Prata 1mol.L-1 – AgNO3


3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Colocaram-se aproximadamente 6mL do líquido 1 no tubo de ensaio,6mL do


líquido 2, 8mL do líquido 3, 6mL do líquido 4 e 6 mL do líquido 5. Com auxílio de
uma pipeta Pasteur, gotejou-se 3 gotas de Nitrato de Prata (AgNO3 0,01) em cada
um dos tubos com seus respectivos líquidos para identificar cada componente em
cada tubo. Por fim misturou-se os líquidos até que apresentassem suas
características e fosse possível determinar cada elemento dos tubos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os ânios de Fl-, Cl-, Br- e I- fazem parte da mesma família na tabela


periódica, a família dos halogênios. Por isso, apresentam o mesmo comportamento
químico, como solubilidade, reatividade, potenciais para reações de óxido-redução e
interações intermoleculares.
Para esse experimento utilizou-se o AgNO3 (0,1 mol L-1), precipitante dos
ânions devido ao fato do íon Ag+ ser um agente precipitante comum a estes ânions.
As reações dos precipitados de iodeto de prata (AgI), brometo de prata (AgBr),
fluoreto de prata (AgF) e cloreto de prata (AgCl) são:
Ag+ + I- ↔ AgI(s)

Ag+ + Br- ↔ AgBr(s)

Ag+ + F- ↔ AgBr(s)

Ag+ + Cl- ↔ AgCl(s)

Quando a reação química ocorre em meio aquoso com as espécies químicas


dissociadas, pode-se representar esse tipo de reação por meio de equações iônicas.
Por exemplo, numa solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl(aq)) existem os íons
Na+(aq) e Cl-(aq). Já na solução aquosa de nitrato de prata (AgNO3(aq)) há os íons
Ag+(aq) e NO3-(aq). Se misturarmos essas duas soluções, os íons Ag+(aq) do
nitrato de prata irão reagir com os íons Cl-(aq) do cloreto de sódio, formando o
precipitado cloreto de prata (AgCl(s)):
Trata-se de uma reação de precipitação, onde se observa a formação de uma
substância sólida. Esta mesma reação pode ser escrita na sua forma iônica, uma
vez que, em solução, as substâncias estarão dissolvidas. Neste caso, escreve-se da
seguinte maneira.
NaCl(aq) + AgNO3(aq)  AgCl(s) + NaNO3(aq)

A equação iônica completa é dada por:

Na+(aq) + Cl-(aq) + Ag+(aq) + NO3-(aq)  AgCl(s) + Na+(aq) + NO3-(aq)

 Em continuidade ao experimento, a segunda reação do ânion Br- (aníon


brometo) somado ao cátion Ag+ (ânion prata).

AgNO3(aq) + KBr(aq)  AgBr(s) + KNO 3(aq).

A equação iônica completa é dada por:

Ag+(aq) + NO3-(aq) + K+(aq) + Br-(aq)  AgBr(s) + K+(aq) + NO3-(aq)


Em seguida, reagiu-se o Cloreto de cálcio com o nitrato de prata, resultando
em cloreto de prata e nitrato de cálcio. Temos a reação balanceada a seguir:

CaCl2(aq) + 2AgNO3(aq)  2AgCl(s) + Ca(NO3)2(aq)

A equação iônica completa é dada por:


Ca+(aq) + Cl2-(aq) + 2Ag+(aq) + 2NO3-(aq)  2AgCl(s) + Ca+(aq) + 2NO3-(aq)

O Iodeto de Potássio de coloração transparente reagiu com o Nitrato de


Prata, formando Iodeto de Prata, um sal insolúvel em água. Têm a reação abaixo:

KI(aq) + AgNO3(aq) +  KNO3(aq) + AgI(s)

A equação iônica completa é dada por:

K+(aq) + I-(aq) + Ag+(aq) + NO3-(aq)  K+(aq) + NO3-(aq) + AgI(s)

Por último, fez-se a reação de dupla-troca do Fluoreto de potássio mais o


Nitrato de Prata, comum a todos as reações. Como produto, resultou-se em Nitrato
de potássio mais Fluoreto de Prata solúvel em água.

AgNO3(aq) + KF(aq)  KNO3 (aq) + AgF(aq)

A equação iônica completa é dada por:

Ag+(aq) + NO3-(aq) + K+(aq) + F-(aq)  K+(aq) + NO3-(aq) + AgF(aq)

Deve-se levar em consideração o meio reacional o pH das soluções, pois em


pH alcalino forma-se o monóxido de prata (Ag2O), impedindo a formação dos
haletos de prata.
Todas as reações resultaram em precipitados com cores descritos e
organizados na tabela abaixo, resultados descobertos pela observação direta dos
produtos obtidos no final do experimento.

Nome Reagente Íon N° Cor do precipitado


Cloreto de Cálcio CaCl2 Ca++ Cl2- 1 Branco
Cloreto de Sódio NaCl Na+ + Cl- 2 Branco
Fluoreto de Potássio KF K+ + F- 3 Não precipitado
Brometo de Potássio KBr K+ + Br- 4 Branco amarelado
Iodeto de Potássio KI K+ + I 5 Amarelo pálido

Dados baseados na ordem numérica dos frascos representados pela imagem


abaixo:

Imagem 1 – amostras depois da análise completa

Fonte: elaborada pelo autor

5. CONCLUSÃO
5.1. Procedimento no laboratório

O principal objetivo do experimento foi aplicar os métodos de identificação de


ânions que estavam presentes nas amostras. Para fazer tal análise usou-se
amostras já conhecidas. O procedimento foi bem-sucedido, pois foi possível fazer a
análise de todos os componentes em cada tubo de ensaio. O experimento também
serviu para observar a reação que ocorria em cada uma das amostras, sendo
possível, assim, entender como funciona a nível molecular cada uma delas.

5.2. Análise Química qualitativa

A Análise Química Qualitativa nos permite uma visão ampla do que está
sendo analisado. Outrossim, os testes expostos nos resultados, proporciona uma
grande visão do que é, realmente, o principal foco da química analítica qualitativa.
A identificação dos compostos pelas suas colorações, demonstrou nesses
testes que cada precipitado referente aos ânions estudados sempre tem uma cor de
característica própria, o que permite, pelo menos macroscopicamente, identifica-los
através de suas colorações.

5.3. Aplicações Úteis

A determinação dos ânions muitas vezes é desejável para caracterizar uma


água e avaliar a necessidade de tratamento específico. Além disso, surgiu a
necessidade de medir a concentração dos subprodutos da desinfecção clorito,
clorato e bromato. Embora métodos convencionais colorimétricos, eletrométricos ou
titulométricos estejam disponíveis para determinar ânions individuais, a
cromatografia de íons fornece uma única técnica instrumental que pode ser usada
para sua medição rápida e sequencial. A cromatografia de íons elimina a
necessidade de usar reagentes perigosos e distingue efetivamente entre os haletos
(Br−, Cl− e F−) e os oxialetos (ClO2−, ClO3− e BrO3−) e os oxi ions (PO43− ,
SO42−, NO2− e NO3−).
A técnica consiste na injeção de uma amostra de água ou solo, após a
filtração para remover partículas maiores que 0,45 µm, em uma corrente de eluente,
passada por uma série de trocadores de íons. Os ânions de interesse são separados
com base em suas afinidades relativas para um trocador de ânions fortemente
básico de baixa capacidade (colunas de guarda e analíticas). Os ânions separados
são direcionados através de um dispositivo supressor que fornece supressão
contínua da condutividade do eluente e aumenta a resposta do analito.
No supressor, os ânions separados são convertidos em suas formas de ácido
altamente condutor, enquanto a condutividade do eluente é fortemente diminuída.
Os ânions separados em suas formas ácidas são medidos pela condutividade. Eles
são identificados com base no tempo de retenção em comparação com os padrões.
A quantificação é feita pela medição da área ou altura do pico.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/Acido-cloridrico.htm
2. https://www.quimicasuprema.com/2015/05/preparacao-e-padronizacao-de-
solucoes.html
3.

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