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Soluções

Carlos Henrique Dantas da Costa1, Francisco Victor de Oliveira Angélico2.

Universidade Federal Rural do Semi-árido, Laboratório de Química, Campus de Caraúbas,


Caraúbas, RN.

Resumo
O experimento realizado demonstra na prática utilizando-se de uma variedade literária, o
processo de solubilização e diluição, desde o cálculo de volume necessário do soluto, até as
formações de soluções quando uma substância se dispersa uniformemente em outra, ao longo
do trabalho o processo de solubilização apresentou-se com todo o contexto matemático e
químico necessário. Ao final do processo obteve-se três diferentes soluções, sendo a segunda
solução obtida a partir da primeira, no processo de diluição, a técnica em questão cumpre bem
o papel de simplificar uma tarefa repetitiva, mas em troca há uma perda de precisão no cálculo
da solução. Ao final do processo de solubilização observou-se um conveniente uso dos
cálculos no preparo das soluções, a técnica cumpre bem o objetivo, de utilização dos cálculos
e uma momentânea simplificação a partir de análises posteriores pôde-se utilizar do acervo
literário para descrever cada processo.

Palavras-Chave: diluição; solvente; soluto.

Introdução

Uma substância pura - em geral, chamada simplesmente de substância - é a matéria


que tem propriedades distintas e uma composição que não varia de amostra para amostra.
Água e sal de cozinha comum (cloreto de sódio), componentes básicos da água do mar, são
exemplos de substâncias puras (BROWN et al., 2010).
A maioria das matérias que encontramos consiste de misturas de diferentes
substâncias. Cada substância em uma mistura mantém sua própria identidade química e,
consequentemente, suas próprias propriedades. (BROWN et al., 2010).
1
Discente do curso de Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-árido – UFERSA. E-mail:
carlos.costa95351@alunos.ufersa.edu.br;
2
Discente do curso de Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal Rural do Semi-árido – UFERSA. E-mail:
francisco.angelico@alunos.ufersa.edu.br.
O conceito de substância pura resume-se a não composição variável da matéria
homogênea. Já a mistura homogênea ocorre devido a existência de variabilidade na
composição, portanto se a matéria homogênea tem composição variável trata-se de uma
mistura homogênea ou solução.
Solução é um sistema unifásico, formado por um disperso chamado soluto e um
dispersante denominado solvente (FREIRE et al., 2000).
Soluto definido como disperso resume a sua principal característica enquanto
componente de uma solução, pois o solvente tem como característica dispersá-lo, ou seja,
solve-lo e torna-lo disperso e então formar uma solução.
De acordo com LIMA (2014) a concentração mássica é uma forma comum de exprimir
a concentração de uma solução e relaciona a massa de soluto dissolvido por unidade de
volume de solução, a equação do cálculo da concentração é dado pela razão entre a massa do
soluto e o volume da solução.
De acordo com PILLING, as soluções podem ser classificadas quanto ao estado físico
(sólidas, líquidas ou gasosas), quanto à condutividade elétrica (eletrolíticas ou iônicas, não-
eletrolíticas ou moleculares), quanto à proporção soluto/solvente (diluída, concentrada, não-
saturada, saturada, supersaturada).
O processo de solubilização de uma substância química resulta da interação entre a
espécie que se deseja solubilizar (soluto) e a substância que a dissolve (solvente), e pode ser
definida como a quantidade de soluto que dissolve em uma determinada quantidade de
solvente, em condições de equilíbrio (MARTINS et al., 2013).
O processo de solubilização em condições de equilíbrio pode ser definido como uma
medida quantitativa, observando o componente que está em menor quantidade na mistura,
pode-se obter então o soluto.
Segundo PILLING, as principais expressões de concentração, são: concentração
comum: indica a massa de soluto presente em cada litro de solução; título: é a relação entre a
massa do soluto e a massa da solução; molaridade: é a quantidade de matéria, em mols, de
soluto presente em cada litro de solução; fração molar: é a relação entre a quantidade de
matéria em mols do soluto (ou de solvente) e a quantidade de matéria em mols da solução,
molaridade: é a relação entre a quantidade de matéria em mols do soluto, e a massa do
solvente.
Este trabalho visa a utilização das propriedades de soluções já examinadas, com o
intuito de compreender e exemplificar com clareza todo o processo de solubilização obtido em
laboratório.
Metodologia

Para a realização do presente experimento foram disponibilizados os materiais e


reagentes listados a seguir:

I. Balões volumétricos;
II. Béqueres;
III. Bastões de vidro;
IV. Espátulas;
V. Funis simples;
VI. Pipetas;
VII. Pissetas;
VIII. Pipetadores;
IX. Ácido clorídrico (HCl);
X. Hidróxido de sódio (NaOH).

O experimente em questão foi dividido em três etapas, descritas a seguir:


1ª. Parte: Preparo da solução de HCl 0,5 mol/L.
a) Determinou-se o volume necessário de ácido clorídrico concentrado para se
preparar a solução na quantidade e concentração desejada. Atentou-se para as
informações no rótulo do frasco do reagente;
b) Por questões de segurança, colocou-se água destilada,
aproximadamente 1/3 da capacidade da vidraria, no balão volumétrico;
c) Na capela, colocou-se um valor aproximado de ácido concentrado em um becker e
em seguida, com o auxílio de um pipetador, transferiu-se o volume de ácido
concentrado, determinado no item (a), para o balão volumétrico;
d) Esperou-se o balão esfriar até a temperatura ambiente e completou-se, até o
menisco, com água destilada;
e) Fez-se uma homogeneização por inversão;
f) Transferiu-se a solução preparada para um frasco de vidro e rotulou-se com os dados
da solução, número da turma, equipe e data.
2ª. Parte: Preparo da solução de HCl 0,1 mol/L.
a) Determinou-se o volume necessário de solução matriz, preparada no passo anterior,
e transferiu-se para o balão volumétrico, de capacidade desejada;
b) Completou-se com água destilada até o menisco, seguindo o procedimento de
preparo indicado anteriormente.

3ª. Parte: Preparo da solução de NaOH 0,5 mol/L.


a) Determinou-se a massa de hidróxido de sódio, necessária para preparar a solução,
em volume e concentração desejada. Atentou-se para as informações no rótulo do
frasco do reagente;
b) Pesou-se a massa determinada, em um becker limpo e seco;
c) Com a ajuda de um bastão de vidro, dissolveu-se o, no próprio becker, com água
destilada;
d) Transferiu-se o conteúdo do becker para o balão volumétrico, e seguiu-se os
procedimentos de preparo de soluções;
e) Transferiu-se a solução para um frasco de plástico e rotulou-se, como mostrado no
procedimento anterior;
f) Guardou-se as soluções preparadas em um armário para utilização nas próximas
experiências.

Resultados e Discussão

Para determinar o volume necessário de ácido clorídrico para a solução de HCl 0,5
mol/L, observou-se a concentração de fábrica da solução (37%) , a partir do cálculo da
molaridade, que neste caso a desejada é 0,5 mol/L, a molaridade do HCl será dado pela razão
entre o soluto e volume desejado da solução, mas sabe-se que o soluto é a razão entre massa e
massa molecular, portanto a molaridade do HCl será dado por sua massa e o produto entre sua
massa molecular e o volume (nesse caso, em Litros) desejado da solução; colocando a
equação em função da massa, obtém-se que a massa necessária é o produto entre a massa
molecular (valor: 36,485g/mol), volume da solução (valor: 0,1L) e molaridade desejada
(valor: 0,5mol/L); portanto a quantidade ideal de massa é 1,8229g, consequentemente coloca-
se a massa ideal em função da concentração existente para obter a massa total, portanto a
massa total será o produto entre a massa ideal encontrada e 37%, então o valor total da massa
é 4,9265g, sabe-se que densidade é a razão entre massa e volume, portanto colocando-se a
equação em função do volume, tem-se que o volume é a razão entre massa total e densidade
(4,9268/1,18), portanto o volume ideal será: 4,2 mL.
Determinou-se o volume necessário em HCl 0,1 molar com a relação entre essa
solução e a solução de HCl 0,5 molar, pois ambas as soluções são iguais, portanto,
relacionam-se as propriedades; então pode-se utilizar o processo de diluição a partir da
solução matriz 0,5 molar; então utiliza-se a fórmula, relaciona o molar e volume 1 com o
molar e volume 2, então o produto entre 0,5 molar e o volume 1, será igual ao 0,1 molar e
volume 2.
Determinou-se a quantidade ideal de massa de hidróxido de sódio, a partir do cálculo
da molaridade, que neste caso a desejada é 0,5 mol/L, a molaridade do NaOH será dado pela
razão entre o soluto e volume desejado da solução, mas sabe-se que o soluto é a razão entre
massa e massa molecular, portanto a molaridade do NaOH será dado por sua massa e o
produto entre sua massa molecular e o volume (nesse caso, em Litros) desejado da solução;
colocando a equação em função da massa, obtém-se que a massa necessária é o produto entre
a massa molecular (valor: 39,997g/mol), volume da solução (valor: 0,1L) e molaridade
desejada (valor: 0,5mol/L); portanto a quantidade ideal de massa é 1,99985g.
Ao medir na balança houve uma imprecisão com a quantidade obtida de hidróxido de
sódio, o que resultou no valor de 2,1493g.
Determinou-se, dessa vez o volume necessário em função da massa já obtida, portanto
o volume necessário será a razão entre a nova massa obtida (2,1493g) e o produto entre a
molaridade (valor: 0,5 mol/L) e massa molecular (valor: 39,997g/mol), (2,1493/19,9985),
portanto, o volume de água necessário, será: 0,107473L. Após todo o processo a solução foi
criada com a molaridade desejada.

Conclusões

A partir dos resultados obtidos, conclui-se que o processo de solubilização é uma


técnica eficiente em demonstração das propriedades químicas e matemáticas das soluções,
apesar da perda de precisão e confiabilidade da diluição a técnica pode ser usada em larga
escala e com uma boa manipulação dos dados e da parte física do processo torna-se um
processo bastante conveniente, além de didático.
Referências Bibliográficas

BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E.; Química – A Ciência Central. 9ª ed.
Pearson, São Paulo, 2005; p. 4 e 7.

FREIRE, R. M. M.; NÓBREGA, M. B. M; SANTOS, R. C.; CARVALHO J. M. F. C;


Preparo de soluções, circular técnica, Campina grande-PB, 2000.

LIMA, L.S., (2014) Concentração Mássica, Rev. Ciência Elem., V2(2):173.

MARTINS, C. R.; LOPES, W. A.; ANDRADE, J. B.; Quim. Nova, Vol. 36, No. 8, Salvador-
BA, 2013.

PILLING, Sergio.; Físico-química experimental I; São josé dos campos-SP.

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