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O contínuo aumento da população provoca problemas ao nível do território. São ocupados locais que, pelas
suas características geológicas, potenciam a ocorrência de acidentes – zonas de riscos geológicos.
Risco geológico: riscos inerentes a processos geológicos eventualmente perigosos para o ser humano.
Ex.: sismos, erupções vulcânicas, cheias, movimentos em massa, etc.
O ordenamento do território é a organização do espaço biofísico, tendo como objetivo a sua ocupação,
utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço.
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A atividade geológica de um rio compreende os seguintes processos:
1. Erosão: remoção de materiais resultantes da alteração das rochas do leito do rio e das margens.
A capacidade de uma corrente de água erodir e transportar materiais depende da sua velocidade.
A regularização do perfil faz-se de jusante (foz) para montante (nascente) – erosão regressiva.
Quando são apenas transportados sedimentos, principalmente as partículas em suspensão e as dissolvidas
atinge-se o perfil de equilíbrio.
Curso superior Curso médio Curso inferior
Cheias: resultam da precipitação intensa de curta duração, precipitação muito prolongada ou pela fusão de
grandes massas de gelo; O excesso de água aumenta os caudais dos cursos e o leio normal extravasa,
provocando a inundação das zonas mais próximas - leito de cheia.
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1.2. Zonas costeiras
A energia mecânica das ondas, das correntes e das marés provoca desgaste (abrasão marinha) e é um
importante fator modelador, sobretudo das faixas costeiras das áreas continentais.
A abrasão pode ser causada pela retenção de sedimentos nas albufeiras das barragens e pelo aumento
do nível médio da água do mar (global ou pontual). Nas zonas costeiras é possível distinguir:
Ações que favorecem o risco nas zonas costeiras Medidas para minimizar o risco
Construção em zonas de praia: interferem no ciclo de Ordenamento do território que impeçam a
erosão/deposição e destroem as sucessões dunares; ocupação de zonas costeiras com risco
Construção de esporões: protegem uma área reduzida geológico elevado;
de costa, mas agravam a erosão nas áreas litorais Construções: paredões, esporões e quebra-
vizinhas mares (acarreta igualmente consequências
Construção de barragens: reduzem a quantidade de negativas);
sedimentos que chegam às praias, acelerando o Recuperação de dunas (vegetação fixadora)
processo de recuo da linha de costa. Alimentação artificial das praias.
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1.3. Zonas de vertente
As zonas de vertente são locais de declive muito acentuado onde os fenómenos de erosão são intensos.
Nestas zonas existe um risco elevado de movimentos em massa que são deslocamentos de uma grande
massa de materiais sólidos em terrenos inclinados. Podem ocorrer de forma lenta e gradual ou transformar-
se em fenómenos bruscos e intensos.
Ações que favorecem o risco nas zonas de vertente Medidas para minimizar o risco
Destruição da cobertura vegetal: expõe os solos à Elaboração de cartas de risco de acordo com a
erosão; probabilidade de movimentos em massa;
Remoção de material geológico: associada à Ordenamento do território;
construção de estruturas, expões a vertente aos fatores Mecanismos de contenção das vertentes
naturais; (muros de suporte, pregagens redes metálicas) e
Rega: satura os terrenos com água de drenagem (canalização que escoa a água
que satura os solos).
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TEMA 4: GEOLOGIA, PROBLEMAS E MATERIAIS DO QUOTIDIANO
U2: Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres
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Minerais
Um mineral é uma substância sólida e inorgânica, com uma estrutura interna cristalina, com composição
química bem definida (fixa ou variável entre certos limites também bem definidos) e formada por processos
naturais, sem a intervenção humana.
A estrutura cristalina dos minerais caracteriza-se por um arranjo regular, repetitivo e tridimensional dos
átomos que os constituem – teoria reticular (malha elementar ou motivo cristalino).
Os cristais, podem ser classificados quanto à limitação por superfícies planas em:
Cristal euédrico - mineral é totalmente limitado por faces planas bem desenvolvidas.
Cristal subédrico - mineral apresenta faces parcialmente bem desenvolvidas.
Cristal anédrico - mineral não apresenta qualquer tipo de faces.
O isomorfismo verifica-se quando ocorrem variações da composição química dos minerais sem, contudo,
se verificarem alterações na estrutura cristalina. A um conjunto de minerais isomorfos denomina-se série
isomorfa ou solução sólida. Ex.: plagióclases.
O polimorfismo verifica-se quando os minerais têm a mesma composição química, mas estruturas
cristalinas diferentes. Ex.: o diamante e a grafite.
Os principais fatores que condicionam a formação dos cristais são: a agitação do meio em que se formam;
o tempo; o espaço disponível e a temperatura.
Os minerais são estáveis apenas numa gama fixa de condições, nas quais se verifica o equilíbrio com o seu
ambiente. Alterações de pressão, temperatura e composição química do meio envolvente determinam
alterações dos minerais, que resultam num novo equilíbrio.
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Propriedades dos
Aspetos específicos
minerais
Idiocromáticos: cor não variável. Ex.: verde na malaquite e amarela na pirite
Cor
Alocromáticos: cor variável. Ex.: o quartzo pode ser incolor, branco, rosa, etc.
Cor do mineral quando reduzido a pó por vezes diferene da cor do mineral.
Risca ou
Determina-se raspando o mineral numa placa de porcelana.
Traço
Òticas
Um dado mineral risca todos os termos da escala de menor relativa que a sua
Mecânicas
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TEMA 4: GEOLOGIA, PROBLEMAS E MATERIAIS DO QUOTIDIANO
U2: Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres
As rochas sedimentares constituem apenas 5 a 10% do volume total da crusta terrestre. No entanto, são
as mais abundantes à superfície (75%) e perto desta.
A formação das rochas sedimentares encontra-se associada a todos os tipos de rochas que são
expostas à superfície ou perto dela.
Compactação
do espaço pelos poros.
Desidratação O aumento de pressão leva à perda da água dos interstícios entre os sedimentos.
Cimentação União dos sedimentos através de um cimento que precipita entre estes.
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Os principais agentes da meteorização química são a água, com diferentes substâncias dissolvidas e o
oxigénio.
Observa-se que a meteorização física predomina em regiões com pouca precipitação e baixa
temperatura enquanto a meteorização química ocorre em regiões com temperatura e precipitação
elevadas.
Tipo de
Descrição
reação
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2.1.1. Classificação das rochas sedimentares
Consideram-se três grupos de rochas sedimentares, de acordo com a origem dos materiais que as
constituem.
As rochas detríticas podem ser não consolidadas, quando se referem a sedimentos soltos, ou
consolidadas quando se referem a sedimentos unidos por um cimento.
Balastros Grosseiro
>2mm
Cascalho bem rolado Conglomerado
Médio
Areia Areia Arenito
½ - 2mm
Fino
Silte Silte Siltito
1/256 – 1/16mm
Muito fino
Argilas Argila Argilito
<1/256 mm
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Rochas quimiogénicas
A precipitação de materiais dissolvidos pode ocorrer devido à evaporação da água (evaporitos) ou devido
a reações químicas como resultado da alteração de condições da solução (calcários de precipitação).
Rochas biogénicas
O sedimento biogénico, de origem vegetal, a partir do qual se irá formar o carvão designa-
se turfa. A evolução do carvão, designada de incarbonização, processa-se através dos
estádios de lenhite, carvão betuminoso (hulha) e antracite.
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Atualmente o petróleo não é considerado uma rocha sedimentar. Forma-se a partir de matéria orgânica
de origem aquática, em especial plâncton e algas, que migra para os poros das rochas sedimentares.
Ao longo do tempo a matéria orgânica sofre decomposição lenta em ambiente anaeróbio e à medida que
a pressão e a temperatura aumenta é convertida em hidrocarbonetos líquidos (petróleo) ou gasosos (gás
natural).
Formações geológicas associadas a um jazigo petrolífero
Designação Descrição
Rocha-mãe Rocha na qual a transformação dos detritos orgânicos em hidrocarbonetos.
Formações geológicas (arenitos, conglomerados, rochas carbonatadas) porosas e
Rocha-armazém
permeáveis que recebem e armazenam o petróleo que, devido à baixa densidade,
ou reservatório
migra da rocha-mãe
Formações geológicas impermeáveis (argilitos) que impedem a migração e dispersão
Rocha-cobertura
do petróleo até à superfície.
As armadilhas petrolíferas são estruturas geológicas favoráveis à acumulação de petróleo. Podem ser
estruturais – origem tectónica, como dobras ou falhas – ou estratigráficas – variações litológicas em
determinado meio sedimentar.
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2.1.3. As rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra
Sempre que ocorre uma variação brusca na natureza do sedimento, uma pausa na sedimentação ou uma
alteração nas condições físico-químicas do meio, individualiza-se um novo estrato.
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2.2. Magmatismo
É, em regra, nos limites convergentes e divergentes das placas litosféricas que, em consequência da
mobilidade das placas, se verificam condições de pressão e temperatura que permitem a fusão parcial
das rochas da crusta e do manto superior, originando magmas. Existem, porém, fenómenos de magmatismo
que ocorrem em zonas intraplaca (pontos quentes ou hotspots).
A viscosidade do magma é influenciada pela temperatura e pelo seu conteúdo em sílica que define o
carácter ácido.
Classificação da lava em função da percentagem de SiO2 (Sílica)
40% < SiO2 < 50% 50% < SiO2 < 70% SiO2 > 70%
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2.2.1. Cristalização fracionada e diferenciação magmática
O processo de arrefecimento de um magma inicia um processo de cristalização, isto é, de formação de
cristais de matéria mineral.
Quando este arrefecimento ocorre à superfície ou muito perto desta, as elevadas diferenças de
temperatura e pressão levam a um arrefecimento muito rápido e muitas das substâncias não chegam a
cristalizar. Só cristalizam os minerais com maior ponto de fusão.
Quando o magma começa a arrefecer em locais profundos da crusta terrestre (arrefecimento lento),
ocorre a formação sequencial de minerais, ou seja, ocorre cristalização fracionada.
Durante a cristalização fracionada formam-se primeiro os minerais com o ponto de fusão mais elevado,
seguido dos restantes, por ordem decrescente dos respetivos pontos de fusão.
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Série ou sequência reacional de Bowen
A Série reacional de Bowen tem dois ramos – um ramo descontínuo e um ramo contínuo. A cristalização
ocorre nos dois ramos ao mesmo tempo.
Rochas Magmáticas
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A cor de uma rocha magmática está relacionada com o tipo de minerais que entram na sua constituição.
Os minerais félsicos (aluminosilicatos) conferem uma cor mais clara à rocha e os minerais máficos
(ferromagnesianos), uma cor mais escura.
Rochas Leucocratas: Rochas claras, ricas em minerais félsicos e pobres em minerais máficos.
Rochas Mesocratas: Rochas de cor intermédia, nas quais os minerais félsicos e máficos ocorrem em
proporções idênticas.
Rochas Melanocratas: Rochas escuras, ricas em minerais ferromagnesianos.
Quanto ao tamanho relativo dos cristais as rochas podem ser equigranulares, quando todos os seus
no tamanho. Um dos tipos de textura inequigranular é a porfiroide, em que cristais de maiores dimensões
(megacristais ou fenocristais) estão envolvidos por uma matriz fanerítica de grão mais fino. Outro tipo de
textura inequigranular é a porfírica em ocorrem cristais visíveis macroscopicamente no seio de uma matriz
afanítica. A presença destas texturas numa rocha significa que a mesma sofreu duas fases de cristalização
distintas: uma primeira, mais lenta e a profundidade maior, em que cristalizaram os fenocristais, e uma
segunda, mais rápida e a menor profundidade (ou mesmo à superfície) em que se deu a cristalização da
matriz.
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Dos minerais que constituem as rochas magmáticas, fazem parte dois grandes grupos:
1. Essenciais: minerais cuja presença permite caracterizar a rocha e determinar a sua designação.
2. Acessórios: minerais que não são importantes para designar a rocha e que ocorrem em quantidades
diminutas, só visíveis, por vezes, ao microscópio.
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2.3. Deformação das rochas – Falhas e Dobras
O dinamismo interno da Terra também pode manifestar-se através de deformação nas rochas originada por
tensões que afetam a sua forma e/ou volume. A tensão é a força exercida por unidade de área. Na
natureza ocorrem tensões compressivas, distensivas e de cisalhamento.
A temperatura, a pressão e o tempo são os fatores principais que afetam a deformação dos materiais no
planeta.
2.3.1. Falhas
Uma falha é uma superfície de fratura ao longo da qual ocorreu o movimento relativo dos blocos
fraturados. As falhas podem resultar da atuação de qualquer tipo de tensão em rochas com
comportamento frágil.
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2.3.2. Dobras
Uma dobra é uma deformação em que se verifica encurvamento de superfícies originalmente planas.
As dobras resultam da acuação de tensões de compressão em rochas com comportamento dúctil.
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2.4. Rochas metamórficas
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha (sedimentar,
magmática ou metamórfica) sujeita a um ambiente onde as condições de pressão e temperatura são
distintas daquelas que presidiram à formação da rocha.
Temperatura
A temperatura a que uma rocha está exposta em profundidade depende do gradiente geotérmico do local
e é tanto mais elevada quanto maior for a profundidade. Adicionalmente, o contacto com intrusões
magmáticas pode submeter a rocha a temperaturas elevadas a baixas profundidades.
Por ação do calor (temperatura superior a 200ºC), certos minerais podem-se tornar instáveis e reagir com
outros minerais formando combinações que são estáveis nas novas combinações. Assim, verifica-se a
formação de novas ligações, dando origem a uma estrutura cristalina diferente.
Fluidos
Os fluidos circulantes, devido à sua elevada temperatura e reduzida viscosidade, circulam ao longo dos
poros da rocha, aumentando os fenómenos metamórficos.
Os fluidos que circulam entre os grãos de minerais, em particular a água quente, dissolvem iões de certos
minerais e transportam-nos para outros locais onde podem vir a reagir com minerais diferentes. Assim, os
fluidos possibilitam a movimentação de iões e promovem as reações químicas. Podem ser libertados
por magmas ou ter origem na desidratação de certas rochas, durante o processo de metamorfismo.
Tempo
Todos os fenómenos relacionados com o metamorfismo ocorrem ao longo de um grande período de
tempo.
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2.4.2. Recristalização e minerais de origem metamórfica
A atuação dos fatores de metamorfismo conduz à recristalização dos minerais. A recristalização é a
reorganização dos átomos de um mineral original numa combinação mais estável, nas novas condições
de tensão, temperatura e fluidos envolventes.
Alguns minerais são estáveis numa gama ampla de condições de pressão e temperatura, pelo que
permanecem, ou reaparecem, durante o processo de metamorfismo e são comuns a rochas metamórficas,
sedimentares ou magmáticas. A calcite e o feldspato são exemplos deste tipo de minerais.
Outros minerais formam-se apenas numa gama muito restrita de pressão e temperatura e são exclusivos
das rochas metamórficas. Estes minerais são designados de minerais-índice pois o aparecimento destes
minerais permite inferir, dentro de certos limites, as condições de pressão e temperatura a que a rocha
se formou.
A definição dos graus de metamorfismo implica o uso de minerais índice, que indicam as condições de
pressão e temperatura a que estiveram sujeitos.
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2.4.3. Tipos de metamorfismo
São definidos diferentes tipos de metamorfismo, em função do tipo e da intensidade dos fatores que o
promovem e da extensão da área atingida. Os dois tipos principais de metamorfismo estão resumidos na
tabela seguinte.
Metamorfismo regional Metamorfismo de contacto
Resulta de fenómenos tectónicos; Resulta da instalação de um magma no seio de
Geralmente a grandes profundidades; rochas pré-existentes.
Ocorre em vastas áreas; Baixas profundidades;
Tensão, temperatura e fluidos são os A temperatura elevada e os fluidos de
principais fatores de metamorfismo. circulação que se libertam da intrusão são os
As rochas resultantes passam por sucessivas principais fatores de metamorfismo.
fases de recristalização. Formação de uma auréola de metamorfismo – a
Apresentam geralmente textura foliada como espessura da auréola e o grau de metamorfismo
resultado de tensões dirigidas. dependem da temperatura do magma, da
dimensão da intrusão.
Apresentam textura não foliada uma vez que a
tensão não possui um papel importante.
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Textura Rocha-mãe Nome Principais características
Grão fino, escura e com clivagem ardosífera;
Ardósia Baixo grau de metamorfismo
Típica de metamorfismo regional
Grão fino, micas dão brilho aos planos de foliação;
Filito Baixo grau de metamorfismo
Argilito
Típica de metamorfismo regional
Foliada
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U3: Recursos geológicos – exploração sustentada
Os recursos geológicos podem ser renováveis ou não renováveis. Os recursos renováveis são gerados na
natureza a uma taxa igual ou superior àquela a que são consumidos. Os recursos não renováveis são
gerados na natureza a um ritmo muito mais lento do que aquele a que são consumidos pelo Homem. São,
por isso, recursos limitados que acabarão por se esgotar. Os recursos geológicos não são renováveis, com
exceção da água e do calor interno da Terra.
A utilização dos combustíveis fósseis gera inúmeros problemas ambientais na medida que são muito
poluentes, nomeadamente:
1. Chuvas ácidas;
2. Aumento do efeito de estufa e consequente aquecimento global;
3. Degradação da camada de ozono
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Energia nuclear
A produção de energia nuclear baseia-se na fissão do urânio em reatores nucleares. Esta reação liberta
grandes quantidades de energia sob a forma de calor; esse calor é usado na vaporização da água que, por
sua vez, é usada para a produção de energia elétrica.
A energia nuclear surgiu como uma alternativa que acabou por não corresponder às expectativas. Apesar
de se produzir grandes quantidades de energia, A energia nuclear apresenta as seguintes desvantagens:
1. Risco de acidentes com fuga de radiações;
2. Produção de resíduos radioativos que levantam sérios problemas de tratamento e armazenamento
3. Poluição térmica da água;
Energia geotérmica
O calor interno da Terra constitui uma fonte de energia que pode ser concentrada localmente. Quando
existe uma fonte de magma relativamente próxima da superfície da Terra, verifica-se o aquecimento de
fluidos, geralmente a água, que se localiza em rochas porosas ou em fraturas. A água quente pode ser
aproveitada na produção de energia.
Geotermia de alta entalpia Geotermia de baixa entalpia
Temperatura da água superior a 150ºC Temperatura da água inferior a 150ºC
Calor usado na produção de energia elétrica Calor usado no aquecimento de habitações e de
Água bombeada até à superfície onde se converte água para uso doméstico ou público
em calor que aciona turbinas
A energia geotérmica não é poluente e é renovável, na medida em que a sua fonte permanece por longos
períodos de tempo (uma câmara magmática pode demorar milhares de anos a arrefecer). No entanto, é um
tipo de energia que apenas pode ser aproveitada em locais com determinadas características.
Em Portugal, há produção de energia geotérmica de alta entalpia no Arquipélago dos Açores e de baixa
entalpia em centros termais do território continental.
As energias renováveis, que não se esgotam e são pouco poluentes, constituem a principal alternativa à
energia dos combustíveis fósseis. No desenvolvimento de tecnologias que aumentam a eficácia de
aproveitamento destas fontes de energia pode estar a solução para os problemas energéticos do futuro.
Para além da energia geotérmica, há a considerar as seguintes fontes de energias renováveis: energia
solar, energia eólica, energia hidroeléctrica, energia das ondas, energia da biomassa e energia da
biomassa.
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3.2. Recursos minerais
Os recursos minerais incluem numerosos materiais utilizados pelo Homem e que foram concentrados, muito
lentamente, por uma variedade de processos geológicos. Os recursos minerais podem classificar-se em
metálicos e não metálicos.
Um jazigo mineral é um local no qual um determinado elemento químico existe numa concentração muito
superior ao seu clarke. Num jazigo mineral, chama-se minério ao material que é aproveitável, tendo
interesse económico e ganga ou estéril ao material sem valor económico que está associado ao minério.
A ganga é, geralmente, acumulada em escombreiras, que são depósitos superficiais junto às explorações
mineiras. As escombreiras causam poluição visual, aumentam o risco de deslocamentos de terreno e
podem conter substâncias tóxicas que poluem o solo e a água.
Aquíferos são formações geológicas subterrâneas capazes de armazenar água e de permitir a sua
circulação e extração de forma economicamente rentável.
A porosidade é a percentagem do volume total da rocha ou dos sedimentos que é ocupado por espaços
vazios, ou poros. A porosidade constitui uma medida da capacidade da rocha em armazenar água.
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Algumas rochas sedimentares, como arenitos e conglomerados, têm poros entre os grãos de minerais,
pelo que podem armazenar uma quantidade apreciável de água. As rochas cristalinas não têm poros entre
os grãos de minerais, mas podem armazenar água em fraturas.
A permeabilidade é a capacidade das rochas transmitirem fluidos através dos poros ou fraturas. As
rochas permeáveis deixam-se atravessar facilmente pela água. A permeabilidade das rochas está
relacionada com as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre
eles.
Um bom aquífero é, simultaneamente, poroso e permeável, o que lhe permite armazenar e libertar a água.
São exemplos de bons aquíferos as areias, os cascalhos, os arenitos, os conglomerados e os calcários
fraturados.
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Tipos de aquíferos
Aquífero livre Aquífero confinado
Limitado no topo por uma camada permeável e Limitado no topo e na base por camadas
na base por uma camada impermeável impermeáveis
Pressão da água é igual à pressão atmosférica Pressão da água é superior à pressão atmosférica
Recarga é rápida e faz-se ao longo de toda a Recarga é lenta e é feita lateralmente, numa zona
extensão do terreno, pela precipitação limitada exposta à superfície
Variações acentuadas com as estações do ano Varia pouco com as estações do ano
A água subterrânea, armazenada nos aquíferos, é utilizada para beber e a sua escassez ou contaminação
podem ter efeitos muito graves. As principais causas da diminuição de reservas e/ou deterioração da
qualidade da água subterrânea estão relacionadas com a poluição térmica das águas, poluição agrícola,
poluição urbana, poluição industrial, atividade mineira e sobre exploração dos aquíferos.
Uma exploração sustentada dos recursos geológicos poderá passar pelas seguintes medidas: utilização,
numa escala cada vez maior, dos recursos renováveis; o aumento do tempo de duração dos recursos não
renováveis, através da redução do consumo, reciclagem e utilização de substitutos; o redução dos impactes
ambientais negativos que resultam da exploração de recursos geológico.
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