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AULA 8 - Movimento de massas gravitacionais

● Movimento de terrenos que originam desastres ou catástrofes traduzidos por perdas econômicas e humanas.
● Movimento de massa de rochas, detritos ou terra no sentido da base de uma encosta devido apenas à ação da
gravidade.
● Ocorrência em qualquer lugar sério risco geológico
● Escorregamentos/ deslizamentos de terrenos (landslide)
○ Restritivo tipo particular de movimento de terrenos.

Perdas econômicos
● Diretos: reparo, substituição ou manutenção resultante de danos em propriedades ou infraestruturas;
● Indiretos: perda de produtividade, redução do valor da terra, perda na arrecadação de impostos, medidas
mitigatórias, efeitos adversos na qualidade da água e na sedimentação em reservatórios, perda de vidas
humanas e da produtividade dos rebanhos dos animais domesticados por causa dos traumas/danos, efeitos
secundários (avalanche/inundação).

No Brasil, movimento de massas em costas são muito frequentes;


● Cinturões de grandes cidades, envolvendo solo de alteração ou dendritos
● Precipitações intensas.
● Megadesastres da região Serrana do RJ em 2011 – 3.000 mortos e desaparecidos.
● MG -2012- vários registros 26 mortos

Com elevada frequências os meios de comunicação relatam novas tragédias ocasionadas por movimentos de terras.
● Aumento de ocupação de encostas- favelização;
● Desmatamento e Desflorestamento de encosta;
● Aumento da precipitação causado pelas mudanças climáticas.

Grande atenção de estudos


● Conhecimento sobre a geomecânica externa e dos fatores que governam a estabilidade de vertentes;
● Melhoria nos métodos de caracterização geotécnica, implantação da cartografia geotécnica, na adequação dos
métodos de cálculo da estabilidade, na previsão do comportamento dos terrenos e nos métodos de
monitorização.
Evolução dos método e materiais eh reforço e contenção de zonas instáveis e potencialmente instáveis.

AGENTES CONDICIONANTES E DESENCADEADORES


Queda em blocos Tombamentos

CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE TERRENOS


Critérios de classificação dos movimentos de terrenos de acordo com o tipo de material e o movimento
● Critérios qualitativos: atividade do movimento (estilo, distribuição e estado); teor de água; velocidade do
movimento; volume movimentado
ou lama (vulcão)
● ATIVIDADE DOS MOVIMENTOS DE TERRENOS
3 Categorias:
● Estilo de atividade: modo como diferentes movimentos ocorrem dentro de uma massa e contribuem para o
movimento no seu conto;
● Estado de atividade: não são eventos isolados e definitivos, podem ser reativados em função dos agentes
condicionantes e desencadeadores.
● Distribuição/variação espacial da atividade: como o movimento se desloca .

Estilo de atividade
● Complexo: + 2 tipos de movimentos, em sequência.
● Compositório: movimento em que um a superfície de rotura apresenta um área plana e outra curva
correspondentes a combinação de um movimento em parte planar e em parte rotacional.
● Sucessivo: movimentos múltiplos que ocorrem sucessivamente no tempo, são superficiais e sucedem ao longo
da encosta.
● Simples: 1 único movimento.
● Múltiplos: ocorrem sucessivos movimentos de massa do mesmo tipo.
MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ENCOSTAS
● Canaletas em degrau;
● Concreto Projetado
● Tirantes em Degrau
● Canaletas
● Vegetação

Recapitulando
● Movimento de massas gravitacionais vem causando sérios danos ambientais, sociais e econômicos.
● Diferentes agentes condicionantes e desencadeadores podem propiciar o movimento gravitacional de massas.
○ Geologia, morfologia e condições ambientais;
● Conhecer o estilo de atividade, estado de atividade e distribuição ou variação espacial. 107
AULA 9 - Processos Erosivos

Erosão: processo de desagregação (desprendimento) natural ou antrópico e de deslocamento das partículas da


superfície do solo ou das paredes dos leitos dos corpos hídricos. Forças fluidodinâmicas exercidas pelo escoamento
sobre as partículas desagregadas ultrapassam a resistência que estas oferecem. Pode ser ​natural​: fenômeno lento,
remodelação e nivelamento das áreas continentais, formação do solo; ou ​acelerada​: interação natural + atividade
antropogênica.
Fontes múltiplas de erosão: ​agricultura, reflorestamento, pecuária, urbanização, obras de Engenharia (barragens,
estradas), mineração, canalização… ​Resulta em: ​alteração nos componentes ambientais e antropogênicos de diversas
magnitudes e intensidades, perdas econômicas, sociais e ambientais.
As feições erosivas e depósitos de sedimentos resultantes afetam o fluxo de água subterrânea e superficial.
PREJUÍZOS: Perda de produção agrícola; assoreamento de reservatórios; manutenção dos sistemas de irrigação e de
drenagem; dragagem de vias navegáveis e portos; tratamento de água para uso industrial e doméstico; manutenção de
rodovias, ferrovias e oleodutos; remoção de sedimentos das zonas atingidas pelas inundações.
Regiões de clima tropical e subtropical -> regimes pluviométricos mais severos -> consequências mais prejudiciais.
Retirada de parte da camada superficial expõe materiais geológicos com características geológicas e
geotécnicas diferentes.
- Capacidade de infiltração potencial (escoamento superficial).
- Qualidade da água dos corpos hídricos (fauna e flora).
- Atividades antropogênicas: obras residenciais e de infraestrutura; estradas, pontes, aterros, tubulações,
canalizações, taludes artificiais.
Degradação Ambiental
- Surgimento de áreas degradadas demanda ser recuperado
- Destruição de obras
Processos erosivos são motivos de diferentes tipos de estudo:
- Mapeamentos de inventários de feições e áreas degradadas
- Prognóstico de eventos específicos e de riscos associados.
Tipos de Erosão:
EROSIVIDADE: capacidade de um
agente erosivo (vento, gelo e água)
destacar e transportar uma partícula.
ERODIBILIDADE: facilidade de os
processos de destacamento atuarem
sobre o material geológico - varia de
acordo com as propriedades dos solos.

Erosão Hídrica causada por: Chuva,


Escoamento Superficial e Subterrâneo,
Dinâmica dos Oceanos, Obras de
Engenharia.
- Chuva atinge a superfície do
solo exposto, rompendo os agregados do
solo em função do impacto libera. Tipo
de erosão depende da duração e
intensidade da chuva. Mesma
quantidade de chuva, ↑ intensidade, ↑
erosivo.
Características da Encosta

cobertura vegetal (atenua o impacto da gota de chuva);


espessura da lâmina d’água (altas lâminas diminui o
impacto da gota de chuva).

Escoamento Superficial: ​inicia-se quando a intensidade da chuva > capacidade de infiltração e armazenamento de
água nas depressões superficiais. Distribuição dos excedentes ao longo das vertentes. Acúmulos geram o escoamento
superficial que se deslocam na direção da inclinação do terreno. Fluxo concentram em canais cada vez maiores e mais
profundos. Transporte depende da capacidade de fluxo em transportar diferentes tamanhos de partículas. Diferentes
situações de destacamento e transporte, de acordo com o fluxo: laminar ou turbulento.
O ​transporte sólido pode se dar de três formas​:
• Descarga de fundo/arraste: partículas mais pesadas
deslocam-se junto ao fundo, (rolamento, deslizamento ou
saltação)
• Descarga em suspensão: as partículas mais leves são
transportadas ao longo de todo o fluido em escoamento.
• Transporte em solução: as partículas sólidas dissolvidas
no meio líquido. Em termos de morfologia fluvial, esta
modalidade de transporte é a menos importante.

Capacidade de Transporte

Tensão de arraste adimensional- Formas de calcular


1)

2) Usando a velocidade de arraste – A ação da água, que origina o movimento pode ser
caracterizada pela tensão de arraste;
– A força estabilizadora é caracterizada pelo peso
submerso das partículas.

Curso
- Superior/Juventude: rio consolidado, ​domina a ação de desgaste do material rochoso​, se desenvolve entre
montanhas onde o declive do terreno é acentuado, frequentes quedas d’água (formada por rocha com menor
dureza erodida - cria quedas acentuadas)
- Médio/Maturidade: rios e depósitos aluvionares, declividade diminui e águas perdem a força, diminui a
capacidade de transporte e materiais mais pesados sedimentam. Na época de cheias, o rio transborda e
deposita nas margens grande quantidade de aluviões. Meandros (amplas curvas - rio desgasta as margens
côncavas e acumula sedimento nas margens convexas).
- Inferior/Velhice: rios aluvionares, inclinação do terreno quase nula, pouca erosão e quase nenhum transporte.
Rio perde velocidade = deposição dos materiais (aluviões) que o rio transportou durante seu percurso.
• Foz: ​estuário (livre de sedimentação, canal único - ex. Rio Congo na África e rio Itajaí-Açu), ​deltas (acumulações de
aluviões que dificultam a saída da água, com vários canais entremeados de ilhas
formando uma espécie de leque - ex. Rio Nilo, África, rio Parnaíba) ou ​mista​ (as duas morfologias - ex. rio Amazonas).
• Meandros: condição de equilíbrio entre variáveis topográficas, hidrológicas e sedimentológicas. Distribuição irregular
da velocidade de escoamento nas seções e os processos de erosão e deposição de sedimentos dão origem aos
processos de meandramento. Margem côncava (EROSÃO - alta velocidade) e convexa (DEPOSIÇÃO). Possibilidades
de evolução para lagoas em ferradura ou formato mais retilíneo.

Erosão Hídrica – Feições resultantes:


Consequência do escoamento superficial sobre vertentes: geradas feições erosivas das mais diversas características.

Intersulcos /Laminar Linear

Áreas entre sulcos/canais ao longo de uma vertente ou Concentração do escoamento superficial em pequenos
talude escavado canais na superfície
Impacto das gotas de chuva predomina ↑ Velocidade e Profundidade = ↑ erosão = ↑ tensão de
Transporte por salpicamento e fluxo superficial cisalhamento
Sedimentos encaminhados para a base da encosta Camadas profundas limitam a progressão
Destacamento das partículas, remove nutrientes do solo, Progressão lateral: solapamento, ruptura dos taludes.
pouco perceptível

Linear Sulco Linear Ravinas

Pequenos canais bem definidos gerado pelo Progressão do sulcos;


escoamento concentrado da vertente; Recuperação mais difícil;
Profundidade e largura < 50 cm; Largura > 1,0 m e 0,5< Profundidade < 1,0 m;
Forma de redes ou com muitas ramificações; Geradas pela ação do escoamento superficial
Eliminados por técnicas que envolvam a movimentação concentrado e acelerado;
do solo por equipamentos mecânicos simples. Não apresenta conexão com a rede de drenagem;
Fase inicial de voçorocas/boçorocas.

Linear Voçorocas/Boçorocas

Estágio evolutivo mais complexo das feições


lineares;
Acelerados processos erosivos que modificam
diversos aspectos do meio ambiente;
Demanda uso conjunto de diversas técnicas para
recuperação;
Associação com a rede de drenagem;
Canais de paredes íngremes, com possibilidade de
fluxo de água permanente ou efêmeros;
Transporte de grande quantidade de sedimentos.

Erosão Hídrica – Marginal​ depende de 4 conjunto de fatores:


- Condições climáticas (estação de chuva e seca) e da ​superfície (contração e expansão): favorecem a formação
de trincas paralelas e as rupturas do talude.
- Características da ​margem (geometria e material geológico): magnitude e intensidade do processo erosivo
(altura, estratigrafia, inclinação, cobertura vegetal).
- Condições de ​fluxo no canal​: fluxo de água e ação de ondas geradas pelo vento e movimento de embarcações,
velocidade e carga de escoamento.
- Forma como ocorrem as rupturas nos taludes marginais (trincas paralelas): erosão interna, aumento da
poropressão, diferença de resistência mecânica entre os materiais.
Erosão Hídrica – Interna​ (erosão em túnel, piping e retroerosão)
Origina-se quando o fluxo de água subsuperficial passa a destacar e remover materiais para fora do sistema- superfície
livre, como em macroporos, trincas, tocas de animais, paredes de voçorocas, margens de canais e zonas costeiras, em
diques, barragens e aterros. Instabilização de terrenos favorecendo movimentos de massas e outros tipos de erosão.
Ondas e Correntes - ondas oceânicas dissipam a energia (potencial e cinemática) na região costeiras, carreiam a areia
e pedregulhos que desgastam a rocha como uma lixa, destacando as partícula e transportando o sedimento. A erosão e
a deposição das partículas são governados pela: variação do nível da água, marés, ação das ondas, presença de
correntes oceânicas e desembocaduras de rios.
Erosão Eólica ​- destacamento e transporte de partícula do solo devido a energia do vento. 5 estágios: início da erosão
(Vel. Mínima); transporte da partícula; processos de abrasão: desgaste do material devido ao impacto, processo de
deflação: rebaixamento do nível da superfície e deposição das partículas. -> Formação de dunas.
Erosão Glacial ​- deslizamentos de geleiras sobre uma superfície: os detritos glaciais na massa de gelo em
deslocamento atuam por abrasão e por remoção de blocos. Erosão no leito e nas margens das geleiras. Fluxo de água
proveniente do degelo: forma sazonal, além dos limites das geleiras. Inúmeras feições resultante. Não ocorrem no Brasil.

MEDIDAS PREVENTIVAS, MITIGADORAS, DE CONTROLE E RECUPERAÇÃO


PREVENÇÃO: evitar ocorrência sobre a ação do agente deflagrador ou sobre fatores predisponentes.
MITIGADOR: reduzir ou eliminar impactos negativos relacionados à erosão. Evitar o assoreamento.
CONTROLE: impedir a evolução do processo erosivo já existente, não altera as feições.
RECUPERAÇÃO: eliminação total das feições existentes e a predisposição à erosão dos componentes ambientais,
evitando-se a reativação.

Finalidade da recuperação
Disponibilidade financeira
Características do entorno

Na prova ele disse que vai pedir:

1. Movimento de massa
- O que é? ​“Inclui todos os processos pelos quais as massas rochosas e solo movem-se encosta abaixo
sob a influência da força de gravidade”

- Fatores que influenciam: Declividade e a estabilidade das encosta, Intemperismo Clima, Conteúdo de
água contida nos materiais, Vegetação e Sobrecarga

- Agentes condicionantes: geologia (tipo de solo, falhas..), morfologia (relevo, talude, rede de drenagem..)
e condições ambientais (clima, regime pluvial, característica da vegetação).
- Agentes desencadeadores - responsáveis imediatos. Natural: água, vento, erupção vulcânica…
Atividade antrópica: taludes criados, exploração de água, minerais, barragem…

- Principais tipos de movimento:


● queda: mov abrupto de volumes de rocha/solo/detrito/terra sem ocorrer deslizamento. Desprende da encosta,
saltando ou rolando (↑↑Vel)
● rastejo (creep): ↓Vel - processo mais lento
● escorregamento: ↑Vel - falta de estabilidade nas encostas e existência de superfícies de deslizamento
● corrimento: massa saturada (encharcada) de água. Fluido ↑Viscoso e em ↑Vel
- Controle/Prevenção/Mitigação
○ Processos erosivos, o que é? ​Erosão é o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo,
dos subsolos e das rochas como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e os
seres vivos. O processo de desagregação das partículas de rochas (chamadas de sedimentos) é
ocasionado pela ação do intemperismo

○ o que causa? ocorre quando as forças instabilizadoras são maiores que as forças estabilizadoras do
cisalhamento do materia, isso define o tipo de escorregamento que pode ocorrer.

○ quem são os agentes causadores? (água) precipitações intensas, ocupação de encostas,


desmatamento, erosão, geologia, morfologia, condições ambientais ou antrópicas, vento

○ como ocorre? o movimento de massas pode ocorrer pela ​queda em blocos, no qual os blocos
desprendem e rolam pelas encostas ingremes; ​tombamento​no qual um grande bloco é desprendido da
encosta, ​deslizamento quando o solo se desprende e escorrega pela encosta abaixo; ​fluxo de terra​: com
as chuvas intensas os sedimentos se desprendem e fluem com o escoamneto da água

2. Um exercício com conta da aula de águas subterráneas (aquífero confinado e freático)

3. Como acontece a ruptura das barragens? O que precisa investigar


Análise de estabilidade pelo método do equilíbrio limite, podendo ser alterada pelo tipo de solo, declividade, forças
externas e pressões naturais
● Galgamento: o nível d’água ultrapassa a crista da barragem, causando esforços adicionais e erodindo a crista e
o talude de jusante.
● “Piping”: ocorrência de erosão interna tubular no corpo da barragem (ruptura geral).
● Velocidade de construção muito elevada (pode acarretar o aumento excessivo de pressões neutras no corpo da
barragem).
● Uso de máquinas pesadas acima da pilha e perto de sua borda: a vibração pode também causar liquefação em
materiais granulares fofos e saturados.
● Escavações no pé do talude

4. Principais resíduos da mineração e suas características (químicos, geotécnicas, hidráulica)


Tipo de minério, sua ocorrência, o método de lavra e os processos de beneficiamento definem as soluções de
engenharia para disposição de rejeitos
● bauxita (minério de alumínio, lama de lavagem material fino),
● Minério de ferro: compostos rochosos de itabiritos (baixo teor) e hematitas (alto teor). Essa lama
de lavagem pode ser contida em barragens

5. Relacionar com barragem de resíduos


Criação ou ocupação de um espaço para armazenamento de rejeitos pode ser: • Superficial (barragens); • Subterrânea; •
Lançamento de rejeitos em grandes corpos hídricos.
6. Os 3 tipos de construção de barragem

7. Como aproveitar o material de rejeito para reutilização


Disposição subterrânea
● Lavra subterrânea retira material do subsolo deixando vazio que pode ou não ser preenchido por
diversos outros materiais (backfill).
● Solução ambiental: Evita uso de áreas superficiais.
● Solução de segurança: evita abatimento e subsidência.
● Solução econômica: método da lavra de câmaras e pilares deixa parte do minério não lavrado para
sustentação, podendo ser reprocessada.
● Solução operacional: formar a plataforma de trabalho.

8. O que é Geossintético?
Produto no qual AO MENOS UM DE SEUS COMPONENTES é produzido a partir de um POLÍMERO SINTÉTICO OU
NATURAL

9. Quais são os tipos?


Tipos:
● Geotêxteis e produtos correlatos ((composto a base de fios e fibras, fibras interligadas )
● Barreiras sintéticas (materiais de baixa permeabilidade com a finalidade de prevenir ou limitar a percolação de
fluidos através da sua estrutura)
● Geocompostos (engloba materiais industrializados formados pela associação de materiais)

10. Funções do Geossintético? Características principais?


Funções:
● Proteção Superficial de Taludes
● Barreiras de Contenção De Sedimentos
● Proteção do leito e margens de cursos de água
● Contenção de Lixiviados em Aterros Sanitários
● Drenagem
● Filtração
● Reforço ( para melhorar o comportamento mecânico do solo ou de outros materiais de construção)
● Alívio de tensões (Uso de um geossintético para retardar o desenvolvimento de trincas pela absorção das
tensões que surgem no pavimento danificado)

AULA 10 - Água subterrânea

Água subterrânea é:
- Água que ocorre abaixo da superfície da Terra;
- Circula pelos poros entre os grãos dos solos e as rochas sedimentares ou nas fraturas, falhas ou fissuras
Quando a água se infiltra no solo está sujeita a:
- Tração molecular;
- Tensão superficial ou capilaridade;
- Atração gravitacional.

A água pode-se encontrar em duas zonas.


- Zona de aeração/não-saturada: os interstícios do solo são parcialmente ocupados pela água e o ar preenche os
demais espaços livres;
- Zona de saturação: a água ocupa todos os vazios e se encontra sob pressão hidrostática.

Água higroscópica:​ absorvida pelo ar, fixada por adsorção às


partículas minerais do solo. É uma água (umidade) indisponível às
plantas;

Água capilar:​ existe nos vazios entre os grãos, movimentada pela


ação da tensão superficial, disponível para as plantas;

Água gravitacional:​ vence as ações moleculares e capilares e


percola sob influência da gravidade.

OCORRÊNCIA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS


Hidrogeologia:​ campo que trata das águas subterrâneas. Toda água que ocupa vazios em formações rochosas é
classificada como água subterrânea.
A ​percolação da água varia de intensidade ​em função do tipo de terreno encontrado em seu caminho (arenoso, argiloso).
A forma como as rochas armazenam e transmitem a água subterrânea ​influencia diretamente a sua qualidade e
quantidade​.

Principais tipos de porosidades das rochas​:


- Rochas fraturadas: a água está presente nas descontinuidades da rocha como falhas e fraturas. Corresponde às
rochas​ ígneas e metamórficas​.
- Terrenos fraturados-cársticos: ocorre também a dissolução ao longo dos planos de fraturas, devido à presença
de minerais solúveis nas​ rochas calcárias.
- Rochas sedimentares: a água é armazenada no espaço entre os grãos da rocha. Apresentam os melhores
aquíferos.

Aquífero poroso:​ formado por rochas ​sedimentares consolidadas​, ​sedimentos inconsolidados​ ou​ solos arenosos​, onde
a circulação da água se faz nos poros formados entre os ​grãos de areia, silte e argila de granulação variada
Aquífero fraturado ou fissural: ​Formado por​ rochas ígneas​, ​metamórficas​ ou ​cristalinas​,​ duras e maciças,​ onde a
circulação da água se faz nas fraturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectônico Ex.: ​basalto, granitos,
filões de quartzo​, etc. Baixa produtividade
Aquíferos cáusticos ou calcários:​ Formado em rochas ​calcárias ou carbonáticas​, onde a circulação da água se faz
nas fraturas e outras descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do carbonato pela água. Essas
aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS HIDROGEOLÓGICOS


Aquíferos - Aquicludes - Aquifugos - Aquitardes → Depende da capacidade de armazenar água

Aquíferos​: unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que armazenam e transmitem volumes
significativos de água subterrânea passível de ser explorada
- O estudo dos aquíferos visando a exploração e proteção da água subterrânea constitui um dos objetivos mais
importantes da hidrogeologia.
- Exemplo: camadas de areia, arenitos

Aquiclude​: Unidades geológicas que, apesar de saturadas, contendo grandes quantidades de água, são incapazes de
transmitir um volume significativo de água com velocidade suficiente para abastecer poços ou nascentes, por serem
rochas relativamente impermeáveis.
- Exemplo: rochas e materiais essencialmente argilosos

Aquifugos:​ Unidades geológicas que não apresentam poros interconectados e, portanto, não absorvem nem transmitem
água. São impermeáveis com baixo grau de porosidade.
- Exemplo: rochas duras, cristalinas, metamórficas e vulcânicas, sem fraturamento ou alteração.

Aquitarde:​ Unidade geológica de natureza semipermeável. Transmite água a uma taxa muito baixa.
- Exemplo: argilas siltosas ou arenitos argilosos. o Podem ser recarregados pelo zona saturada do solo

Quanto às características hidráulicas:

Aquífero livre (ou freático)​: mais próximo à superfície, ficando submetido à pressão atmosférica. A água que infiltra no
solo atravessa a zona aerada e recarrega diretamente o aquífero.

Aquífero confinado (ou artesiano)​: limitado no topo e na base por camadas de rocha de baixa permeabilidade (como
argila, folhelho, rocha ígnea maciça etc.). Está submetido a uma pressão maior que a atmosférica, devido a uma camada
confinante acima dele

Aquífero semiconfinado:​ aquífero saturado que tem como limite superior um extrato semipermeável (aquitarde) e como
piso um extrato impermeável. Extratos semiperpeáveis sobrejacente contribuem para os aquíferos semiconfinado; A
percolação da água é feita desde o aquífero denominado filtração por goteamento.

Aquífero suspensos: ​originados por um extrato de reduzida permeabilidade que retém a água desde a zona de
umidade do solo. Quando o piso é um extrato semipermeável, tais aquíferos chama-se semissuspensos.

DISTRIBUIÇÃO DOS AQUÍFEROS NO BRASIL E NO MUNDO


Brasil, potência ambiental da humanidade
Maior biodiversidade do planeta;
Maior floresta tropical do mundo;
Maior rio em volume de água;
Maior quantidade de água doce disponível no planeta, 12%;
Maior planície de inundação, o Pantanal;
27 aquíferos, sendo 2 maiores aquíferos do mundo

Aquífero Guarani: principais reservas de água subterrânea do mundo

Principais problemas: o Superexploração o Deterioração da qualidade da água do aquífero, principalmente em áreas de


sua recarga constituído por arenitos permeáveis;

Aquífero Alter do Chão: maior reserva de água subterrânea do mundo, é quase duas vezes maior que o aquífero
Guarani.

EXPLORAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA


Geralmente dispensa tratamento
Geralmente dispensa adutoras
Custo de construção é geralmente menor que o custo de captação de água
Menor risco sanitário;
Desvantagem: quando a contaminação acontece, a remoção é muito difícil, algumas vezes sendo irreversíve

CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Causas: Armazenamento e aplicação de fertilizantes e pesticidas.| Descarte incorreto de embalagens vazias de


produtos tóxicos | Dejetos de animais de pecuária intensiva mal armazenados.

PROBLEMÁTICA DA SUPEREXPLORAÇÃO
Extração de água subterrânea que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou ativas do aquífero.
Processo de rebaixamento do nível potenciométrico que irá provocar danos ao meio ambiente ou para o próprio recurso.

Danos da superexplotação:
Aumento insustentável do custos de extração (Aumento da energia consumida)
Exaustão de aquíferos (Redução da produtividade)
Indução de águas contaminadas até o aquífero;
Impactos ao meio ambiente;
Problemas de subsidência; quando a terra cede
Afeta os poços vizinhos (diminui a produtividade ou aumenta as perdas de carga, pois diminui o nível da água)

LEI DE DARCY
Meio contínuo: os poros vazios devem estar intercomunicados;
Meio isotrópico: resistência ao escoamento ou outra propriedade física, ex:velocidade, for constante em todas as
direções (propriedades físicas relacionadas com um ponto de um meio que independe da direção);

Hipóteses que condicionam a validez desta Lei: o Meio homogêneo: mesmas características nas três dimensões. o
Escoamento laminar.

Validade da Lei de Darcy​ apenas para escoamentos laminares.


Água percola suavemente pelos poros do aquífero.
Escoamento é condicionado pela viscosidade do fluido e a perda de carga varia linearmente com a velocidade, fato que
caracteriza os fluidos newtonianos.
Diversos pesquisadores verificaram que a Lei de Darcy é válida para índice de Reynolds < 10.
Em geral a velocidade da água subterrânea é pequena e o índice de Reynolds fica abaixo do limite indicado.
1<Re<10... mais precisamente 1<Re<4

Em regiões de solos cársticos (calcário) ou com rochas com fraturas de grandes proporções não se pode aplicar a lei de
Darcy. o Meio não é homogêneo. o Diferentes valores da condutidade

Aula 11 - Rejeitos de Mineração

OBJETIVOS DA AULA
Definir o que são os rejeitos de mineração
Analisar a correlação entre os rejeitos de mineração e solos
Avaliar medidas para disposição dos rejeitos de mineração

Mineração: conjunto de processos e atividades para obtenção de minerais.


- Estéreis: gerados pelas atividades de extração ou lavra no decapeamento da mina; materiais
escavados e retirados para atingir os veios do minério; não têm valor econômico e são geralmente
dispostos em pilhas.
- Rejeitos: resultantes dos processos de beneficiamento a que são submetidos os minérios; são
geralmente compostos de partículas provenientes da rocha, de água e de outras substâncias
adicionadas no processo de beneficiamento.
Etapa de Lavra: retirada do minério da jazida.
Beneficiamento: tratamento para preparar minérios, visando extrair o mineral de interesse econômico (produto
final).
Mitigação dos impactos negativos inerentes a produção e permanência dos resíduos de mineração.
- “Passivo” ou legado da atividade mineradora: riscos de ruptura de barragem, contaminação dos solos
e da água, erosão eólica e hídrica, assoreamento de drenagens...
- Manejo dos rejeitos: papel fundamental para a sustentabilidade do negócio de mineração - plano
diretor de resíduos de mineração (subsidia locação de terrenos para receber minério, caracteriza
forma de produção, toxicidade, aspectos físicos e comportamento do material).

Ex de rejeitos dos slides:


Bauxita​: minério de alumínio mais comum.
Rejeitos: • Lama de lavagem: finos classe 2B • Lama vermelha/red mud: finos classe 1
Minério de ferro​: compostos rochosos de itabiritos (baixo teor) e hematitas (alto teor).
Rejeitos: • Lama de lavagem: barragem. • Flotação: material mais grosseiro (silto/arenoso), empilhamento
num processo de drenagem na própria área de disposição; • Espessador: material mais fino (silto/argiloso)

OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DEPOSIÇÃO DE REJEITOS


Métodos de disposição: criação ou ocupação de um espaço para armazenamento de rejeitos pode ser:
1. Superficial; técnica mais comum na forma de polpa (fluida), úmida e seca. Requer uma contenção do
rejeito. Pode ser confinamento em cavas exauridas, diques fechados, barragens para polpa ou
empilhamento e espessamento para forma úmida ou seca.
2. Subterrânea; evita uso de águas superficiais - solução ambiental, deixar parte dos minérios não
lavrados para sustentação - solução econômica, formar plataforma de trabalho - solução operacional.
3. Lançamento de rejeitos em grandes corpos hídricos - solução controversa, pouco empregada
atualmente, destaque em Sergipe - potássio - emissários submarinos.
4. Transporte de rejeitos Polpa: conduzido em canais ou tubulações, requer uso de bombas.
Abrasividade do fluido exige medidas de proteção de paredes internas.
5. Estudo de alternativas e análise criteriosa (técnico, econômico, social e ambiental).

Lançamento de rejeitos
Acima do nível d’água do reservatório​: Formação de “praia” em rejeitos arenosos, parte do depósito
formado fica emerso. Rejeitos finos coberto com uma lâmina d’água uniforme.
Abaixo do nível d’água do reservatório:​ Fica sempre com uma lâmina d’água. Comum em rejeitos
sulfetados que não podem ficar exposto ao ar para evitar a oxidação e a formação de meio ácido.
Lançamento de ponta​: rejeitos finos ou grosseiros. Rejeitos arenosos ou totais com fração arenosa
significativa (40-60%) há a formação de praias com sedimentos distribuídos ao redor do ponto de lançamento.
Realocação das tubulações (altura e distância) para melhor uniformidade da praia. Rejeitos finos não há
necessidade de realocação lateral.
Espigotamento Múltiplo: ​Espigote: canhão de lançamento. Aplica-se apenas a rejeitos grosseiros ou totais
com fração arenosa significativa. Formação de praias.
Ciclonagem o Rejeitos arenosos ou totais​: Classificação do rejeito e deságua da fração selecionada.
Rotaciona-se o material e separa-se pela ação das forças centrífugas (parte grosseira fica junto a parede e
parte mais fina e água no centro). 2 saídas: cone (mat. grosseiro/underflow) cilindro (mat. fino/overflow).
Lançamento de rejeitos pode acontecer na área de rejeitos​: custos de capital e operação; Rejeitos
arenosos: mais segura formação de praia com parte emersa mais próxima ao barramento. Contato indireto da
água com estrutura de contenção. Decaimento do nível freático, diminuindo a zona saturada e a vazão de
percolação. Possibilidade de uso como fonte de material de construção de estrutura de contenção.
Praia de rejeito: dão origem a depósitos com superfície ligeiramente inclinada entre o ponto de lançamento.
Rejeitos arenosos mais localizadas (poço de descarga/escarpas) ou gradual. Capacidade de transporte de
manter as partículas mais grosseiras diminui, separando-as do fluxo, decantando e dando origem a um
depósito desnivelado.

Estruturas de contenção de rejeitos


- Confinamento do rejeito na forma de fluido depende da estrutura construída pelo homem que seja
resistente e estanque
- Aterro compactado de solos e/ou rochas preparado para resistir aos esforços horizontais originados
pelas colunas de material particulado sólido e água
- Barragens/diques convencionais (de terra)
- Barragens/diques convencionais de rejeitos

Modo de Ruptura de Barragem


Galgamento: o nível d’água ultrapassa a crista da barragem, causando esforços adicionais e erodindo a crista
e o talude de jusante.
“Piping”: ocorrência de erosão interna tubular no corpo da barragem (ruptura geral).
Velocidade de construção muito elevada (pode acarretar o aumento excessivo de pressões neutras no corpo
da barragem).
Uso de máquinas pesadas acima da pilha e perto de sua borda: a vibração pode também causar liquefação
em materiais granulares fofos e saturados.
Escavações no pé do talude

Manejo de água - Atender questões econômicas e ambientais referente ao uso de recursos hídricos.
Processos úmidos de beneficiamento consomem volume expressivo de água que é descartado junto com o
rejeito na disposição hídrica convencional.
Questão de segurança: O nível d’água da lagoa de rejeito não pode superar o nível da crista e provocar seu
galgamento (passagem por cima da barragem), pois em barragem de terra significaria sua ruína.

Aula 12 - Geossintéticos
Produto no qual AO MENOS UM DE SEUS COMPONENTES é produzido a partir de um POLÍMERO
SINTÉTICO OU NATURAL.
Tipos de geossintéticos:
Geotêxteis e produtos correlatos - compreendem uma classe de material têxtil (composto a base de fios e
fibras - fibras cortadas, filamentos contínuos, monofilamentos, laminetes ou fios) de estrutura plana
(bidimensional) e permeável.
Barreiras geossintéticas - materiais de baixa permeabilidade com a finalidade de prevenir ou limitar a
percolação de fluidos através da sua estrutura.
Geocompostos - s engloba materiais industrializados formados pela superposição ou associação de materiais
(um ou mais geossintéticos entre si ou com outros produtos)

Tipos de Geossintéticos
A mesma função pode ser desempenhada por diversos produtos
O mesmo produto pode desempenhar diversas funções em uma mesma aplicação
Um problema geotécnico pode demandar vários tipos de produtos para desempenhar diferentes demandas de
projeto que um único produto não seria capaz de suprir

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