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III – EROSÃO

Aula 01
3 h/a
FIGURA 01
FIGURA 02
FIGURA 03
FIGURA 04
O conceito de Erosão
A erosão consiste no processo
de desprendimento e arraste
das partículas do solo,
ocasionado pela ação de
agentes como a água ou vento,
constituindo sua principal
causa da degradação.
O ciclo hidrológico
O ciclo hidrológico é de fundamental
importância para o processo erosivo, pois
descreve a seqüência da transferência de
água proveniente da precipitação para as
águas superficiais e subterrâneas, para o
armazenamento e escoamento superficial
(runoff) e para o eventual retorno à atmosfera
pela evapotranspiração (Figura 05).
ciclo hidrológico (cont.)

Parte da água da chuva cai diretamente no solo,


outra parte é interceptada pela cobertura vegetal,
ou chega até o solo após interceptação pelas
folhas e pelo fluxo de tronco (stemflow). Essa
água que chega ao solo, diretamente pelo
impacto das gotas ou indiretamente após ser
interceptada pela cobertura vegetal, é que vai
participar da erosão.
ciclo hidrológico (cont.)

A água pode tomar vários caminhos:


primeiro causa o splash, depois se
infiltra, (Figura06), aumentando o teor
de umidade, podem saturar o solo e,
finalmente, pode se armazenar nas
irregularidades do solo, formando as
poças que eventualmente poderão dar
início ao escoamento superficial.
Erosão superficial e Movimento de massa
Áreas montanhosas e elevadas
são sujeitas à degradação e
desgaste pelos processos
similares de erosão superficial,
subsuperficial e movimento de
massa.
(Figura 7a, Figura 7b, Figura 7c, Figura 7d).
Erosão superficial e Movimento de massa cont.

Taludes de corte e aterro,


encostas de represas, aterros e
resíduos industriais, por exemplo,
estão sujeitos aos mesmos
processos de degradação.

(Figura 8a , Figura 8b).


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Erosão superficial e Movimento de massa cont.

De forma a controlar ou evitar


esse desgaste da superfície da
terra, primeiro é necessário
entender a esses processos de
degradação e os fatores que os
controlam. Apesar de dividirem
muitas semelhanças, também
diferem em características
importantes.
Erosão superficial e Movimento de massa cont.

A erosão superficial envolve a


desagregação e transporte de
partículas individuais, enquanto
que o movimento de massa
envolve a movimentação de
massas inicialmente intactas de
solo e rocha ao longo de planos de
cisalhamento importantes.
Erosão superficial e Movimento de massa cont.

A gravidade é a principal força


condutora do movimento de
massa; o vento e a água são os
principais agentes da erosão. A
função da vegetação também
difere substancialmente entre
esses dois processos.
Erosão superficial e Movimento de massa cont.

Erosão Superficial
Os dois tipos mais comuns de erosão são a
hídrica, ou pluvial, e a eólica. A erosão hídrica
se inicia com as próprias gotas de chuva.
Quando essas gotas colidem com o solo
desnudo e sem cultivo destaca e move as
partículas de solo a uma distância
surpreendente (Figura 09).
Erosão superficial cont.

Erosão superficial ou erosão


do solo é a remoção das
camadas superficiais do solo
pelas ações do vento e da
água (em países do Hemisfério
Norte existe ainda o gelo).
Erosão superficial cont

A erosão é iniciada por forças de arrasto e


de impacto agindo em partículas
individuais da superfície do solo.
Processos de intemperismo, como a ação
do congelamento e o ciclo umidecimento-
secamento, preparam o terreno para a
erosão quebrando as rochas em
partículas menores e enfraquecendo as
ligações entre as partículas.
Erosão superficial cont

No inicio do escoamento a água é


coletada em pequenas canaletas, que
podem erodir mais e evoluir para
pequenos canais chamados ravinas.
Essas podem, eventualmente,
coalescer em canais maiores e mais
profundos, chamados voçorocas.
Erosão superficial cont

Voçoroca é um processo complexo e


destrutivo que, uma vez iniciado, é dificil de
parar. As superficies do solo expostas, ou não
protegidas, são as mais vulneráveis a todas
as formas de erosão superficial.
(Figura 10a, Figura 10b, Figura 10c, Figura 10d)
Erosão superficial cont

A erosão também pode ocorrer ao


longo das margens de rios, onde a
velocidade do fluxo d’água é alta e
a resistência do material da
margem geralmente é baixa.

(Figura 11a, Figura 11b)


Erosão superficial cont

Períodos contínuos ou
prolongados de inundação
combinados com uma outros
processos de degradação
também fazem da proteção da
margem do curso d’água uma
tarefa muito difícil.
Erosão superficial cont

A formação de dutos ou o solapamento


de nascentes (insurgência de olhos-
d’água) são ainda outros tipos de erosão,
causados pela infiltração e emergência
de água da face de uma encosta não
protegida.

(Figura 12a, Figura 12b, Figura 12c, Figura 12d).


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Movimento de Massa
Movimento de massa é uma expressão descritiva
para o movimento descendente de materiais que
formam a encosta – rochas, solos, enchimentos
artificiais ou a combinação de materiais. Os
movimentos de massa são conhecidos como
deslizamentos de terra. Falando estritamente,
entretanto, os deslizamentos se referem a um tipo
particular de movimento de massa.
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Movimento de Massa cont.

Ao contrário da erosão, o movimento


de massa envolve o deslizamento,
tombamento, queda ou dilatação de
massas razoavelmente grandes e,
algumas vezes, relativamente
intactas. Foi classificado em
categorias baseadas no tipo de
movimento e material envolvido.
Movimento de Massa cont.

O deslizamento é um
movimento relativamente lento
da encosta, no qual a força de
cisalhamento ocorre ao longo
de uma superfície específica,
ou uma combinação de
superficies que constituem o
plano de cisalhamento.
Movimento de Massa cont.

Os escorregamentos são
geralmente divididos com base
na forma do plano de ruptura e
no tipo de material em
movimento. Assim, quanto à
forma do plano de rupturas se
subdividem em Translacionais e
Rotacionais.
Movimento de Massa cont.

O material movimentado pode


ser constituído por solo, rocha,
por mistura de solo e rocha ou
até mesmo lixo urbano. O
depósito de lixo nos centros
urbanos pode ser considerado
como uma unidade geológica.
(Figura 13)
Movimento de Massa cont.

Os depósito possuem comportamento


geomecânico bem definido, estando
normalmente associado ao alto risco de
acidentes (Ex.: RJ em 1984 e 2010:
desastres associados ao deslizamento
translacional – ocasionado por
descontinuidade mecânica e hidrológica
existente no interior do material).
Movimento de Massa cont.

A estabilidade das encostas é


regulada por variáveis
topográficas, geológicas e
climáticas que controlam a força e
a resistência to cisalhamenro em
uma encosta.
As encostas deslizam quando a
força excede a resistência ao
cisalhamento, ao longo de um
plano de deslizamento crítico.
Movimento de Massa cont.

O fator de segurança de uma


encosta é definido como a razão
entre a força de cisalhamento e
a resistência a ele, ao longo de
uma superfície de cisalhamento
crítica.
(Figura 14a, Figura 14b, Figura 14c, Figura 14d)
Características e diferenças importantes

Muitos dos fatores hidrológicos, do


solo e da encosta, que controlam
erosão superficial, também
controlam o movimento de massa
(por exemplo, a declividade da
encosta e a força de cisalhamento
do solo).

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Características e diferenças importantes – cont.

Os dois processos, entretanto,


diferem em alguns aspectos
importantes. As características
que mais se destacam na erosão
superficial e no movimento de
massa são contrastadas na
Tabela 01.
Características e diferenças importantes – cont.

A precipitação, um fator-chave que afeta


diretamente a erosão pluvial, somente
atinge o movimento de massa
indireramente, através de sua influência
no regime hídrico subterrâneo de um
dado local.
A vegetação tem uma influência
importante, tanto na erosão quanto no
movimento de massa superficial
Características e diferenças importantes – cont.

Por outro lado, condições


geológicas, tais como a
orientação de juntas e planos
de acamamento em uma
encosta, podem ter uma
influência profunda na
estabilidade da massa, mas
não na erosão superficial.
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Características e diferenças importantes – cont.

Diferentes técnicas ou modelos


de prognóstico foram
desenvolvidos para determinar
as perdas de solo provenientes
da erosão superficial ou a
probabilidade de rupturas
catastróficas nas encostas, no
caso de movimento de massa.
Características e diferenças importantes – cont.

A erosão pluvial e a eólica, por exemplo, são


controladas por fatores de solo, clima,
topografia e vegetação: erodibilidade e
rugosidade do solo; intensidade e a duração
da chuva; comprimento, forma e
declividade da encosta; tipo ou a extensão
da cobertura. Todos esses fatores são
levados em consideração explicitamente na
Equação Universal de Perda do Solo (USLE).
Características e diferenças importantes – cont.

A água é o mais importante agente


de erosão. As enxurradas,
provenientes das águas de chuva
que não ficaram retidas sobre a
superfície, ou não se infiltraram,
transportam partículas de solo em
suspensão e elementos nutritivos
essenciais em dissolução.
Características e diferenças importantes – cont.

Outras vezes, esse transporte de


partículas de solo se verifica,
também, por ação do vento. O vento
não leva rochas, porém o seu efeito
na erosão é ocasionado pela abrasão
proporcionada pelos grãos de areia e
partículas de solo em movimento.

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Características e diferenças importantes – cont.

O Brasil perde, por erosão laminar,


milhões e milhões de toneladas de
solo fértil anualmente.
Características e diferenças importantes – cont.

Esse prejuízo lento e continuado,


que a erosão tem ocasionado à
economia, vem-se patenteando
na fisionomia depauperada de
algumas regiões

(Figuras 15; 16; 17; 18; 19; 20)


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