Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


ESCOLA DE MUSEOLOGIA
DISCIPLINA: BIODIVERSIDADE E MEIO AMBIENTE
PROFESSOR: ÁTHILA BERTONCINI
ALUNO: DIÊGO ALMEIDA DA SILVA – MATRICULA: 20151342024

RESUMO

UMA VERDADE INCONVENIENTE


Direção: Davis Guggenheim. EUA, 2006. 94 min.

Tendo como foco questões sobre o aquecimento global, o documentário “Uma verdade
inconveniente” tem o ex vice-presidente dos EUA, Al Gore, como protagonista e roteirista. Os
problemas ambientais que afetam o aumento da temperatura no planeta são postos diante de uma
plateia, por Al Gore, por meio de gráficos, dados numéricos e comparações reais de lugares que
sofreram com a ação do aquecimento.
Al Gore, tenta através do seu discurso desconstruir a ideia, levantada pelos céticos, de que o
aquecimento global é uma mera fantasia da cabeça dos ambientalistas. No documentário, utiliza
dados científicos para sustentar seu argumento de que a humanidade tem, influenciado, de maneira
radical o processo de aquecimento do planeta. Chama a atenção para reflexão sobre como estamos
agindo e como podemos ajudar a frear esse desastre.

QUESTIONÁRIO

1. Explique o que é o efeito estufa conforme mostrado no documentário.


Segundo o documentário, o efeito estufa é a consequência da absorção dos raios solares que
vem na forma de onde de luz que atravessam a atmosfera aquecendo-a. Parte dessa radiação volta
para o espaço em forma de radiação infravermelha, e outra parte fica dentro da atmosfera, que serve
para regular a temperatura no planeta. Em outras palavras, o efeito estufa é a obstrução da saída dos
raios infravermelhos da atmosfera terrestre ocasionada pelos gases do efeito estufa que estão nela,
como bem explicado na animação.
2. Segundo o documentário, existe uma tendência dos valores de concentração de
dióxido de carbono na nossa atmosfera. Qual é essa tendência? Cite dois exemplos abordados
no documentário sobre as consequências dessa tendência sobre o planeta. Explique as
oscilações encontradas na flutuação dos valores de concentração de dióxido de carbono na
nossa atmosfera no intervalo de 1 ano.
Segundo o estudo do professor Roger Revelle, a tendência é que a concentração de dióxido
de carbono continue aumentando ao longo dos anos. Como consequência disso, aumentando a
temperatura no planeta, tendo como resultado, consequências jamais vistas, como, por exemplo, o
derretimento de geleiras como a do monte Kilimanjaro e diminuição da geleira Columbia, no
Alaska.
A oscilação das concentrações de dióxido de carbono é explicada devido a disposição dos
continentes no globo terrestre e a variação anual da inclinação da terra em relação ao sol. Há uma
concentração maior de vegetação no hemisfério norte, ocasionando uma maior absorção de dióxido
de carbono quando o sol está irradiando em certo período do ano (primavera/verão), ocasionando a
diminuição do dióxido de carbono. De forma análoga, quando o hemisfério sul está recebendo
maior radiação solar, não há tanta vegetação quanto no hemisfério norte, ocasionando menor
absorção de dióxido de carbono. O resultado disso é que há, anualmente, uma oscilação da
quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.
3. Segundo o documentário, de que forma o gelo pode nos contar sobre as
temperaturas em períodos mais antigos em nosso Planeta?
O documentário nos mostra que o gelo acumulado nas geleiras ou nas calotas polares são
extremamente importante para as pesquisas ambientais. Pois o gelo carrega uma carga histórica
absoluta em seu interior. Ele pode nos ajudar revelando como era exatamente a composição do ar e
a temperatura em determinada época da história. Isso porque o gelo quando cai, traz consigo
partículas da atmosfera, que são depositadas, camada sobre camada. Assim, através de estudos, é
possível determinar a quantidade de CO2 e a temperatura em determinado ano, precisamente.
4. Cite três exemplos do documentário sobre como as espécies estão sendo afetadas
pelas mudanças globais de temperatura. Dê um exemplo detalhado de mudança climática no
Brasil que você notou recentemente.
O primeiro exemplo de prejuízo às espécies em decorrências das mudanças de temperatura é
visto no caso dos ursos polares que estão morrendo afogados por não terem apoio dos blocos de
gelo que outrora existia, forçando-os a nadar até a morte em busca de um bloco de gelo. O segundo,
é a alteração na rotina migratória das aves causando desequilíbrio em cascata, pois devido o
descontrole no período do calor ou do frio as espécies se movimentam em épocas diferentes, não
conseguindo obter alimento necessário para subsistência. O terceiro exemplo, é o caso dos besouros
bicudos dos EUA que estão morrendo por causa do frio do inverno, como têm menos dias frios eles
vivem mais e devastam as florestas.
No Brasil, um exemplo de mudança climática e que afetou quase todo o país foi,
recentemente, a escassez de chuva que afetou o abastecimento hídrico. Essa questão tem a ver com
tudo que está sendo discorrido, pois tem ligação direta com o el niño e la niña, justificando essa
resposta.
5. O documentário comenta sobre "Velhos hábitos + novas tecnologias" e suas
consequências e cita o Mar de Aral (localizado na Ásia Central) como um exemplo. Traga
informações sobre esses efeitos no Mar de Aral; o que se pode dizer sobre suas ilhas no
passado e no presente; os impactos e consequências que tem sofrido até os dias atuais.
As ações humanas, sem dúvidas, foram as causas da “quase” morte do Mar de Aral, apesar
de haver quem defenda ser um fenômeno natural. Talvez haja verdade na degradação natural,
porém, certamente demoraria muito mais tempo. O que se sabe é que antes da década de 1960 o
Mar de Aral tinha um volume em de 1 083,0 km³, e a partir da década de 1990 uma redução para
328,6 km³1. Os estudiosos que defendem a ação humana como principal fator para seu
encolhimento, apontam que as intervenções nos seus afluentes foram o que levou o Mar de Aral a
seu quase desaparecimento. A construção de canais de irrigação para suprir as plantações para
produção de alimentos é vista como fator determinante para o seu encolhimento. O mar deixando de
receber água de seus afluentes acabou diminuindo seu volume e tornando-se mais salgado, matando
quase toda fauna e flora. Além do mais, passou a receber poluição que agravou o problema da
biodiversidade daquele ambiente, trazendo como consequência uma das maiores catástrofe
ambientais da história.

1 Informações retiradas de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_de_Aral


6. Como você interpreta a questão desenvolvimento econômico vs. preservação
ambiental? Comente com um exemplo.
Esta é uma questão bastante delicada e controversa, eu acredito ser possível o
desenvolvimento econômico com consciência e ação ambiental. Porém, o que falta é o ser humano
adotar politicas ambientais severas e assumir as consequências financeiras dessas contrapartidas que
devem ser tomadas para evitar degradação do nosso ambiente. O desenvolvimento econômico e a
preservação ambiental são como duas forças que parecem andar na contramão. Mesmo assim,
acredito que o grande problema está na questão financeira e, nesse sentido, se não pensarmos em
soluções para sanar essa deficiência, todos sofrerão as consequências. Posso citar o caso do desastre
ambiental de Mariana no Esprito Santo. Por quê acumular os rejeitos da mineração em uma
barragem? Por que não tratar os rejeitos logo após o seu processamento? Acredito eu que, mais que
uma questão de política, é financeira. Deve custar outros milhões de reais fazer o tratamento dos
rejeitos. Se a exploração econômica não for suficiente de reparar a si mesma nessa questão, ela,
definitivamente, não vale a pena. Eu acredito ser possível, resta saber se vão querer pagar o preço.
Hoje o que se vê no mundo inteiro é a irresponsabilidade ao tratar das questões ambientais.
REFERÊNCIA
UMA VERDADE INCONVENIENTE. Direção: Davis Guggenheim. Produção: Lawrence Bender
Scott Z. Burns, Laurie David. Roteiro: Al Gore. EUA. 94 min. Cor. 2006

Você também pode gostar