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Resenha Crítica do filme “Uma verdade inconveniente”

O documentário "Uma verdade inconveniente” é apresentado pelo ambientalista e


ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore. Ele nos mostra uma grande pesquisa com
vastos argumentos e dados científicos para explicar os fatores que estão relacionados ao
aquecimento global e o que está acontecendo com o planeta Terra, explicando ainda, suas
causas e consequências.

Al Gore não deixa de citar suas motivações e envolvimentos pessoais com a temática
ambiental, ele nos apresenta sua vida desde a infância, mostrando-a na fazenda e na
cidade, e mais tarde sua relação com a família, o acidente com o filho e a morte de sua irmã
por câncer de pulmão, sendo a sua família produtora de tabaco. O ambientalista cita
também professores marcantes em sua jornada, o primeiro um professor de sua infância,
este é marcado de forma negativa ao não saber responder uma questão muito significante
de um aluno, o segundo de forma muito positiva, professor esse, Roger Revelle.

Roger Revelle é um dos primeiros estudiosos sobre a pesquisa da concentração do dióxido


de carbono na atmosfera e é ele quem mostra ao Al Gore a importância de estudar a
conservação ambiental. Um estudo de Revelle nos mostra uma medição do dióxido de
carbono, através dos gráficos, vemos que conforme o tempo vai passando os níveis de
concentração aumentam. Mostra-se também que esses níveis se alteram no Hemisfério
Norte entre o verão e o inverno, a explicação dada é que no verão há mais vegetação e
com isso as plantas absorvem o dióxido de carbono, já no inverno com o cair das folhas e
plantas, os mesmos são liberados na atmosfera.

No âmbito da política, o ex-vice-presidente se mostra um grande defensor ambientalista e


acredita que seus companheiros políticos também se tornariam defensores, mas isso não
acontece no documentário. Al Gore apresenta também a responsabilidade do governo dos
EUA em relação ao protocolo de kyoto - tratado que alerta sobre o aumento do efeito estufa
e aquecimento global, onde acontece o lançamento de gases como o dióxido de carbono
na atmosfera - visto que o país é o maior emissor de gases de efeito estufa da terra.

O documentário explica como todo o sistema da atmosfera está interligado,logo no início o


ambientalista nos apresenta uma animação onde mostra que temos uma fina camada de
atmosfera, mas com a emissão de gases ela aumenta e os raios solares ficam presos, isso
gera o aquecimento global. No decorrer do filme vemos as consequências do aquecimento
global, como o derretimento das calotas polares, onde o nível da água sobre e altera a
temperatura da água em todo planeta, outro exemplo é a perda das espécies que
necessitam do gelo, como os ursos polares e já existem registros de ursos que morreram
afogados à procura de gelo.

Outras catástrofes resultantes do derretimento das calotas polares são mostradas no filme.
As grandes geleiras faziam um trabalho refletor, então o sol batia no gelo branco e 90% do
calor era refletido, mas com o derretimento o calor é absorvido pela água aumentando a
temperatura, logo, aumenta também a velocidade do vento, causando tempestades,
tornados e furacões.
Há um grande descontrole em toda a fauna e flora global, visto que os seres estão
acostumados a viver em seu habitat, então esse descontrole e risco de vida surgem como
consequências do aquecimento global, e é isso que Al Gore quer alertar com suas palestras
pelo mundo, apesar de grande parte da população não abrir os olhos para o que está por vir
se não mudarmos agora, o ambientalista nos apresenta todos esses e mais alguns motivos.

Após todo filme nos mostrar que a solução está no comportamento do ser humano e nas
atitudes que tomamos, desde bem pequenas de cada pessoa, até os representantes dos
nossos governos, o filme termina com frases de incentivo e algumas atitudes que devemos
tomar para contornar toda situação. A partir dessas frases é possível perceber que
podemos fazer muito, não só como pessoas mas como profissionais arquitetos urbanistas.
Todos temos grande responsabilidade na causa dos gases associados ao efeito estufa,
precisamos então, pensar nossas arquiteturas de forma muito responsável para que as
edificações conservem energia e de que modo devemos fazer isso.

Reflitamos então, em como a implantação de um projeto é importante, fazer um estudo


solar analisando como fica o projeto em relação a insolação durante o ano, prestar atenção
no que o entorno do projeto nos diz, observar formas de aproveitar a luz natural para obter
menor gasto de energia, assim também como utilizar proteções solares para evitar gastos
com aparelhos refrigeradores.

Deveríamos debater mais sobre projetos sustentáveis, projetos verdes, utilizando recursos
naturais em nossas obras, reduzindo assim, os impactos ambientais. Como urbanistas
precisamos pensar a cidade como uma casa coletiva e de que jeito a nossa casa pode
ajudar o meio ambiente, pensar projetos de urbanismos que agreguem à cidade espaços
mais verdes, que irão melhorar a temperatura, a qualidade do ar, pensar projetos utilizando
placas solares para o próprio uso de energia elétrica das ruas.

Acredito que existam diversas formas de melhorar a edificação e a cidade em prol do


ambiente e da própria qualidade de vida, mas para isso precisamos também mudar a base,
a educação, em nossos cursos precisamos falar mais sobre isso, aprender novas formas,
para futuramente sermos arquitetos e urbanistas conscientes.
Plantemos árvores!

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