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As rochas são agregados sólidos naturais compostos de um ou mais minerais e podem ser
classificadas, segundo sua formação, em magmáticas (ou ígneas), metamórficas e
sedimentares. Há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, a matéria incandescente da qual era
formada a Terra começou a esfriar e a se solidificar, formando a crosta terrestre.
Consolidaram-se, assim, as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas.
O termo magmática vem de magma, massa natural fluida com temperatura elevada,
encontrada no interior da Terra. O termo ígnea vem da palavra latina ignis, ‘fogo’. Existem
vários tipos de rocha magmática, dependendo da constituição química do magma e de como
ele se consolidou.
Estrutura da Terra
Didaticamente, o planeta Terra pode ser comparado a um ovo, não em termos de forma, mas
de proporção de suas estruturas: sua casca, extremamente fina, seria a crosta terrestre; a
clara seria o manto; e a gema, o núcleo. A crosta terrestre possui espessura média de 25 km
(por volta de 6 km em algumas partes do assoalho oceânico e de 70 km nas regiões de cadeias
montanhosas).
O manto, com 2 900 km de espessura média, é formado por magma pastoso e denso, em
estado de fusão. O núcleo é formado predominantemente por níquel e ferro. É subdividido em
duas partes: o núcleo externo, em estado de fusão, e o núcleo interno (a parte mais densa do
planeta, também chamado de nife). Este, apesar das elevadas temperaturas, encontra-se em
estado sólido, em razão da alta pressão no centro da Terra.
A litosfera (do grego lithos, que significa ‘pedra’, ‘rocha’) compreende as rochas da esfera
terrestre, da crosta (continental e oceânica), e é formada por placas rígidas e móveis, as placas
tectônicas. Logo abaixo dela, encontramos a astenosfera (do grego sthenos, ‘sem força’,
‘fraco’), que é constituída por rochas parcialmente fundidas. Ao contrário da litosfera, é uma
camada menos rígida e com temperaturas mais elevadas. São essas características que dão
mobilidade às placas tectônicas.
Deriva Continental e Tectônica das Placas
No século XVI, quando foram confeccionados os primeiros mapas-múndi com relativa precisão,
observou-se a coincidência entre os contornos da costa leste sul-americana e da costa oeste
africana. Surgiram, então, hipóteses de que os continentes não estiveram sempre em suas
atuais posições. Entretanto, somente em 1915 o deslocamento dos continentes foi
apresentado como tese científica (a teoria da deriva continental) por um meteorologista
alemão chamado Alfred Wegener (1880-1930). Ele propôs que há cerca de 200 milhões de
anos teria existido apenas um continente, a Pangeia (‘toda a terra’), que em determinado
momento começou a se fragmentar.
Apesar das evidências, a teoria proposta por Wegener não foi bem recebida pela comunidade
científica da época. Isso ocorreu principalmente porque ele não conseguiu explicar a força que
fraturou a litosfera e impulsionou os continentes. Havia um clima de intenso debate sobre a
questão na época, e os físicos convenceram a maioria dos geólogos de que as camadas da
Terra eram muito rígidas para que a deriva continental ocorresse.
Somente na década de 1960, mais de trinta anos depois da morte de Wegener, o tema voltou
a ser abordado. O desenvolvimento de novas tecnologias permitiu o mapeamento do fundo do
oceano por meio de expedições submarinas. Tal mapeamento levou à descoberta de
evidências que comprovaram a deriva continental e ao desenvolvimento da teoria da tectônica
de placas.
Exercícios
01. Tais mudanças nas partes superficiais do globo pareciam, para mim, improváveis de
acontecer se a Terra fosse sólida até o centro. Desse modo, imaginei que as partes internas
poderiam ser um fluido mais denso e de densidade específica maior que qualquer outro sólido
que conhecemos, que assim poderia nadar no ou sobre aquele fluido. Desse modo, a superfície
da Terra seria uma casca capaz de ser quebrada e desordenada pelos movimentos violentos do
fluido sobre o qual repousa.
(Benjamin Franklin, 1782, em uma carta para o geólogo francês Abbé J. L. Giraud-Soulavie in
PRESS, frank et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006).
Sobre a estrutura interna da Terra, podemos inferir que:
a) A crosta é uma camada única, constituída de uma placa tectônica dividida em duas
seções.
c) As camadas da Terra são separadas umas das outras por áreas denominadas
“descontinuidades”.
b) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante
dos sedimentos.
Gabarito
1–c
2–d
3–b