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Tipos de Rochas

As rochas são agregados sólidos naturais compostos de um ou mais minerais e podem ser
classificadas, segundo sua formação, em magmáticas (ou ígneas), metamórficas e
sedimentares. Há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, a matéria incandescente da qual era
formada a Terra começou a esfriar e a se solidificar, formando a crosta terrestre.
Consolidaram-se, assim, as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas.

O termo magmática vem de magma, massa natural fluida com temperatura elevada,
encontrada no interior da Terra. O termo ígnea vem da palavra latina ignis, ‘fogo’. Existem
vários tipos de rocha magmática, dependendo da constituição química do magma e de como
ele se consolidou.

As rochas metamórficas, assim como as magmáticas, formam-se no interior da crosta


terrestre. A pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos, ou a combinação
química de dois ou mais minerais transformam a estrutura das rochas já formadas, o que dá
origem às rochas metamórficas, como o mármore, a ardósia, o quartzito e o gnaisse. Esse
processo não deve ser confundido com a fusão de rochas, que só ocorre no manto, camada
abaixo da crosta onde as temperaturas são mais elevadas.

O terceiro tipo de rocha presente na crosta terrestre são as sedimentares, constituídas de


sedimentos. Conforme a superfície da Terra se resfriava, gases como nitrogênio, oxigênio,
hidrogênio e outros foram liberados e formaram a atmosfera. A partir de então começaram a
ocorrer as chuvas, e com elas iniciou-se o processo de intemperismo químico, importante
agente no processo de formação das rochas sedimentares

Estrutura da Terra

Didaticamente, o planeta Terra pode ser comparado a um ovo, não em termos de forma, mas
de proporção de suas estruturas: sua casca, extremamente fina, seria a crosta terrestre; a
clara seria o manto; e a gema, o núcleo. A crosta terrestre possui espessura média de 25 km
(por volta de 6 km em algumas partes do assoalho oceânico e de 70 km nas regiões de cadeias
montanhosas).

O manto, com 2 900 km de espessura média, é formado por magma pastoso e denso, em
estado de fusão. O núcleo é formado predominantemente por níquel e ferro. É subdividido em
duas partes: o núcleo externo, em estado de fusão, e o núcleo interno (a parte mais densa do
planeta, também chamado de nife). Este, apesar das elevadas temperaturas, encontra-se em
estado sólido, em razão da alta pressão no centro da Terra.

A litosfera (do grego lithos, que significa ‘pedra’, ‘rocha’) compreende as rochas da esfera
terrestre, da crosta (continental e oceânica), e é formada por placas rígidas e móveis, as placas
tectônicas. Logo abaixo dela, encontramos a astenosfera (do grego sthenos, ‘sem força’,
‘fraco’), que é constituída por rochas parcialmente fundidas. Ao contrário da litosfera, é uma
camada menos rígida e com temperaturas mais elevadas. São essas características que dão
mobilidade às placas tectônicas.
Deriva Continental e Tectônica das Placas

No século XVI, quando foram confeccionados os primeiros mapas-múndi com relativa precisão,
observou-se a coincidência entre os contornos da costa leste sul-americana e da costa oeste
africana. Surgiram, então, hipóteses de que os continentes não estiveram sempre em suas
atuais posições. Entretanto, somente em 1915 o deslocamento dos continentes foi
apresentado como tese científica (a teoria da deriva continental) por um meteorologista
alemão chamado Alfred Wegener (1880-1930). Ele propôs que há cerca de 200 milhões de
anos teria existido apenas um continente, a Pangeia (‘toda a terra’), que em determinado
momento começou a se fragmentar.

Além de se basear na coincidência entre os contornos das costas atlânticas sul-americana e


africana, Wegener tinha outro argumento para defender sua teoria: as semelhanças entre os
tipos de rocha e de fósseis de plantas e animais encontrados nos dois continentes, separados
pelo oceano Atlântico, ou seja, por milhares de quilômetros. A presença de fósseis idênticos ao
longo dessas costas era a prova que faltava para demonstrar que, no passado, África e América
do Sul formaram um único continente. A descoberta de fósseis de plantas tropicais na
Antártida também indicava que essa área, atualmente coberta de gelo, já esteve bem mais
próxima do Equador.

Apesar das evidências, a teoria proposta por Wegener não foi bem recebida pela comunidade
científica da época. Isso ocorreu principalmente porque ele não conseguiu explicar a força que
fraturou a litosfera e impulsionou os continentes. Havia um clima de intenso debate sobre a
questão na época, e os físicos convenceram a maioria dos geólogos de que as camadas da
Terra eram muito rígidas para que a deriva continental ocorresse.

Somente na década de 1960, mais de trinta anos depois da morte de Wegener, o tema voltou
a ser abordado. O desenvolvimento de novas tecnologias permitiu o mapeamento do fundo do
oceano por meio de expedições submarinas. Tal mapeamento levou à descoberta de
evidências que comprovaram a deriva continental e ao desenvolvimento da teoria da tectônica
de placas.

Exercícios

01. Tais mudanças nas partes superficiais do globo pareciam, para mim, improváveis de
acontecer se a Terra fosse sólida até o centro. Desse modo, imaginei que as partes internas
poderiam ser um fluido mais denso e de densidade específica maior que qualquer outro sólido
que conhecemos, que assim poderia nadar no ou sobre aquele fluido. Desse modo, a superfície
da Terra seria uma casca capaz de ser quebrada e desordenada pelos movimentos violentos do
fluido sobre o qual repousa.

(Benjamin Franklin, 1782, em uma carta para o geólogo francês Abbé J. L. Giraud-Soulavie in
PRESS, frank et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006).
Sobre a estrutura interna da Terra, podemos inferir que:

a) A crosta é uma camada única, constituída de uma placa tectônica dividida em duas
seções.

b) A litosfera é a camada mais densa e se mantém em movimento devido às correntes


convectivas.

c) As camadas da Terra são separadas umas das outras por áreas denominadas
“descontinuidades”.

d) Ela é formada por camadas alternadas, de densidades semelhantes, que diminuem da


superfície para o centro.

e) O núcleo divide-se em duas partes: superior e inferior e seu material é o magma.

02. (ENEM) A partir da análise da imagem, o aparecimento da Dorsal Mesoatlântica está


associada ao(à)

a) separação da Pangeia a partir do período Permiano.

b) deslocamento de fraturas no período Triássico.

c) afastamento da Europa no período Jurássico.

d) formação do Atlântico Sul no período Cretáceo.

e) constituição de orogêneses no período Quaternário


03. (ENEM/2010) O esquema mostra depósitos em que aparecem fósseis de animais do
Período Jurássico. As rochas em que se encontram esses fósseis são

a) magmáticas, pois a ação de vulcões causou as maiores extinções desses animais já


conhecidas ao longo da história terrestre.

b) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante
dos sedimentos.

c) magmáticas, pois são as rochas mais facilmente erodidas, possibilitando a formação de


tocas que foram posteriormente lacradas.

d) sedimentares, já que cada uma das camadas encontradas na figura simboliza um


evento de erosão dessa área representada.

e) metamórficas, pois os animais representados precisavam estar perto de locais


quentes.

Gabarito

1–c

2–d

3–b

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