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O estudo da oferta de mercado

Após estudar este capítulo você deverá estar apto(a) a:

„„ entender o mercado como uma entidade abstrata e sem fronteiras


visíveis;

„„ compreender o comportamento do produtor no mercado;

„„ desenvolver competências e habilidades que lhe permitam entender


um dos lados do mercado, representado pelos ofertantes (vendedores);

„„ identificar e entender a relação direta entre preço e quantidade


ofertada;

„„ compreender o que representa o excedente do produtor e como se


forma.

Introdução
Trataremos de estudar neste capítulo a oferta de mercado.

Nunca é demais lembrarmos que o mercado é o local, o ponto de encontro


entre compradores e vendedores que alí comparecem para realizar transa-
ções. Cabe lembrar que, muito embora estejamos estabelecendo o mercado
como um local, trata-se de uma entidade abstrata, sem fronteiras visíveis em
que se processam as transações entre demandantes (compradores) e ofertantes
(vendedores).

A essa altura cabe citar o entendimento de Mankiw (2005, p. 64) a respeito


de mercado:
Um mercado é um grupo de compradores e vendedores de um determinado bem
ou serviço. Os compradores, como grupo, determinam a demanda pelo produto e os
vendedores, como grupo, determinam a oferta pelo produto.

Essa máxima de demandantes (compradores) e ofertantes (vendedores)


está presente nos diversos tipos de mercado, desde os que comportam
muitos ofertantes com muitos demandantes até os que possuem a totalidade
da oferta concentrada em uma única empresa.

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O estudo da oferta de mercado

No presente capítulo estudaremos uma estrutura de mercado conhecida


por mercado competitivo, uma estrutura de mercado onde existe um grande
número de demandantes (compradores) e de ofertantes (vendedores), que não
possuem, individualmente, condições de alterar o estado geral do mercado.

Referimo-nos a uma estrutura de mercado na qual é o próprio mercado,


por meio das forças de oferta e de demanda, que determina o preço.

Em outras palavras, o mercado, por meio das forças de oferta e de demanda,


compatibiliza o impasse existente entre o comportamento racional do con-
sumidor e o comportamento racional do produtor.

Logo:

Comportamento racional do Maximizar Busca vender pelo


=
ofertante (produtor) lucro maior preço possível
X
Comportamento racional do Maximizar Busca comprar pelo
=
demandante (comprador) renda menor preço possível

Oferta X Compatibiliza interesses


Mercado
demanda conflitantes

A compatibilização dos interesses conflitantes entre ofertantes e deman-


dantes, promovida pelo mercado, processa-se da seguinte forma: somente
permanecerão e participarão de um determinado mercado os ofertantes que
conseguirem oferecer um determinado bem ou serviço a um preço igual
ou inferior ao preço estabelecido pelo mercado, assim como somente
permanecerão e participarão do mercado os demandantes (consumidores)
que conseguirem pagar um preço igual ou superior ao preço estabelecido
pelo mercado.

Trata-se, pois, de uma situação de mercado de concorrência perfeita, isto


é, existe um grande número de ofertantes e de demandantes, transacio-
nando um produto homogêneo, ou seja, sem diferenciação. Ao consumidor
tanto faz adquirir o produto da empresa A, B ou C, dada a homogeneidade
do mesmo; o que fará com que ele se decida é única e tão somente o seu
comportamento racional (busca do menor preço possível).

Enfim, trata-se de uma estrutura de mercado no qual tanto demandan-


tes (consumidores) quanto ofertantes (produtores) guiam-se pelo comporta-
mento racional, submetendo-se às forças de mercado (oferta e demanda).

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O estudo da oferta de mercado

A oferta
Após contextualizarmos o mercado que iremos explorar, cabe-nos explici-
tar o estudo de um de seus lados, o dos produtores (ofertantes) do mercado.

Definição
Segundo Vasconcellos (2002, p. 66): “Oferta é a quantidade de determi-
nado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam vender em
determinado período.”

Vamos alargar essa definição. Entenderemos oferta como as várias quan-


tidades de um determinado bem ou serviço que os produtores podem e
querem colocar no mercado, a diversos preços alternativos, em um determi-
nado período de tempo, permanecendo tudo o mais constante, respeitando-se
a condição ceteris paribus.

A condição ceteris paribus


Trata-se de uma expressão latina que significa permanecendo tudo o mais
constante.

Em outras palavras, estamos limitando as variações das quantidades ofer-


tadas de um determinado bem ou serviço unicamente às modificações em
seu preço, fazendo com que todas as demais determinantes da oferta, como
preço dos fatores e insumos de produção (mão de obra, matéria-prima etc.),
preços de outros bens substitutos na produção e os objetivos e metas do
empresário permaneçam inalterados.

Assim procedendo, evidenciaremos que mudanças nas quantidades oferta-


das de um determinado bem serão resultantes somente de mudanças em
seu preço.

Além disso, devemos ter em mente, em razão da definição de oferta, que


dois outros ingredientes devem estar presentes: o que os produtores podem
e querem colocar no mercado.

Isso representa que a oferta conjuga, simultaneamente, o poder e o querer.


Não basta apenas o produtor querer oferecer um determinado bem ou ser-
viço, deve também poder, ou seja, deve ter condições de oferecer o bem ou
serviço a um preço que seja igual ou inferior ao preço estabelecido pelo mer-
cado; caso contrário, não poderá permanecer ou participar do mesmo.

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Ato contínuo, se o produtor tiver o poder, mas não desejar participar do


mercado, a oferta também não se efetiva.

Outra característica presente em nossa definição é que a oferta reflete


preços, se não vejamos: as várias quantidades de um determinado bem ou
serviço que os produtores podem e querem colocar no mercado, a diversos
preços alternativos. Quais preços seriam esses?

A resposta é clara. Como produtores (ofertantes) desejamos maximizar


lucros, buscando, obviamente, vender sempre ao maior preço possível, em
conformidade ao comportamento racional do produtor (ofertante).

Logo:

Busca por vender pelo


Produtores Comportamento racional
maior preço possível

Essa situação ilustra, para os bens normais, a configuração da Lei Geral da


Oferta; que é a de que preços e quantidades ofertadas variam diretamente,
ou seja, no mesmo sentido.

Portanto:

Preço Quantidade ofertada

Preço Quantidade ofertada

Em resumo:

Quando assumimos a condição ceteris paribus, as quantidades oferta-


das de um determinado bem ou serviço dependem exclusivamente de seu
preço, em uma relação direta.

Caso aumentemos o preço do bem ou do serviço, a quantidade ofertada


aumenta. Contrariamente, se reduzirmos o preço do bem ou do serviço, a
quantidade ofertada diminui.

O perfil da oferta: ilustração gráfica


Passaremos, a partir desse ponto, a examinar o comportamento dos pro-
dutores (ofertantes) perante as alterações de preços.

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Manteremos uma escala de oferta por meio de uma tabela e, em seguida,


por meio de um gráfico, mostraremos o perfil da oferta.

Vamos ao exemplo:

Suponha que a tabela abaixo representa uma possível escala de oferta de


sapatos que os produtores podem e querem colocar no mercado, a diversos
preços alternativos, em um dado mês, respeitando-se a condição ceteris paribus,
ou seja, permanecendo tudo o mais constante:

Tabela 1 – Escala de oferta de sapatos

Preços (R$) Quantidade


Ponto
(par de sapatos) (pares de sapatos por mês)
A 80,00 5

B 90,00 15

C 100,00 20

D 110,00 30

E 120,00 40

F 130,00 50

A leitura da tabela 1 obedece à Lei Geral da Oferta, qual seja, quanto maior
o preço, maior a quantidade ofertada, por exemplo: no ponto A, a um preço
de R$80,00 o par de sapatos, os produtores mostram-se dispostos e podem
oferecer 5 pares de sapatos ao mercado. No ponto B, com elevação de preço
para R$90,00 o par, os ofertantes mostram-se dispostos e podem oferecer 15
pares de sapatos, uma quantidade maior do que no ponto A, em razão da
elevação de preço, e assim sucessivamente até o ponto F.

Portanto, temos que quando o preço se eleva, a quantidade ofertada


aumenta, e quando o preço diminui, a quantidade ofertada diminui.

Essa mesma situação pode ser ilustrada por meio de um gráfico.

Construímos um plano cartesiano no qual, no eixo das abscissas, colo-


camos as quantidades e no das ordenadas, os preços.

Formamos os pares ordenados do ponto A até o ponto F, unimos esses


pontos e obtemos o perfil da curva de oferta que, como veremos, mostra-se
ascendente em relação a preços, uma vez que existe uma relação direta
entre preços e quantidades ofertadas.

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Assim:

Gráfico 1 – Perfil da curva de oferta


SSS
preços
preços
preços
130,00
130,00
130,00 FFF

120,00
120,00
120,00 DDD

110,00
110,00
110,00
EEE

preço
preço
maior preço
100,00
100,00
100,00 CCC

maior
maior
90,00
90,00
90,00 BBB

80,00
80,00
80,00 AAA

000 555 15
1515 20
20 30
20 3030 40
4040 50
5050 quantidades
quantidades
quantidades
ofertadas
ofertadas
ofertadas
maior
maior
maior quantidade
quantidade
quantidade

Variações nas quantidades ofertadas


e variações da oferta
A fim de dar sequência ao nosso trabalho, faz-se necessário distinguirmos
variações nas quantidades ofertadas de variações na oferta.

„„ Variações nas quantidades ofertadas – são as variações que ocor-


rem ao longo da curva de oferta provocadas unicamente por altera-
ções de preço, não ocorrendo mudanças na curva de oferta.

Logo, podemos exemplificar e demonstrar essa situação por meio do


seguinte gráfico:

Gráfico 2 – Variações nas quantidades ofertadas


preços

S
p
2 C

p0
B

p1
A

q1 q0 q2 quantidades
ofertadas

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„„ Situação inicial – ponto A: a um preço p0 corresponde uma quantida-


de ofertada q0.

„„ Situação final 1 – ponto B: a um preço p1, menor que p0, corresponde


uma quantidade ofertada q1 menor que q0.

„„ Situação final 2 – ponto C: a um preço p2, maior que p0, corresponde


uma quantidade ofertada q2 maior que q0.

Conclusão: uma variação no preço e somente no preço do bem ou do serviço


provoca movimentos ao longo da curva de oferta, não afetando nem provo-
cando deslocamento da mesma.

Em outras palavras, variações no preço de um bem ou de um serviço mo-


dificam apenas quantidades ofertadas.

Caso ocorra aumento do preço, haverá aumento na quantidade ofertada;


se houver redução de preço, haverá redução da quantidade ofertada, tudo em
conformidade com a Lei Geral da Oferta.

„„ Variações da oferta – são variações que modificam a estrutura de


oferta fazendo com que ocorram deslocamentos para mais ou para
menos da curva de oferta. Essas alterações são provocadas por
mudanças no desejo e na capacidade dos produtores.

De forma análoga às variações nas quantidades ofertadas, também pode-


mos visualizar graficamente as variações da oferta em razão das alterações
nos desejos e na capacidade dos produtores. Acreditamos que um exemplo
ilustre melhor essa situação.

Suponha que a descoberta de uma nova tecnologia possibilite a redução


de custos para a fabricação de sapatos. Essa situação fará com que aumente
a oferta de sapatos.

De forma análoga, suponha que ocorra um aumento no preço do couro


(insumo para a produção de sapatos). Essa situação fará com que os produto-
res de sapatos diminuam a produção dos mesmos ou até pode ocorrer que
alguns produtores saiam do mercado, ocasionando uma redução da oferta.

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Assim:

Gráfico 3 – Variações da oferta

preços
S
1
S

S
2

p C A B

q2 q0 q1 quantidades
ofertadas

„„ Situação inicial – ponto A: a um preço p0 corresponde uma quantida-


de ofertada q0, dentro de uma estrutura (curva) de oferta S.

„„ Situação final 1 – ocorre um aumento no desejo e na capacidade dos


produtores. Exemplos: uma nova tecnologia, o ingresso de novos pro-
dutores no mercado etc.

Nesse caso a curva de oferta desloca-se para a direita, vai de S para S2, onde
encontramos o ponto B, que nos retrata que, no mesmo preço p0, os produtores
estarão aptos e dispostos a oferecer uma quantidade q1 maior que q0.

„„ Situação final 2 – no ponto C ocorre uma diminuição no desejo e na


capacidade dos produtores. Exemplo: aumento nos preços dos insumos
de produção, retirada de alguns produtores do mercado etc.

Nesse caso a curva de oferta desloca-se para a esquerda, vai de S para


S1, onde encontramos o ponto C que nos retrata que, ao mesmo preço p 0,
os produtores estarão aptos e dispostos a oferecer uma quantidade q2,
menor que q0.

Conclusão: quando alteramos desejo e capacidade dos produtores (ofer-


tantes), ocorrem mudanças na estrutura de oferta fazendo com que ao
mesmo preço os produtores estejam aptos e dispostos a oferecer quantida-
des diferentes de um determinado bem ou serviço.

Tais alterações provocam, como vimos, deslocamentos para mais ou para


menos da curva de oferta.

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O excedente do produtor
Conforme constatamos em nossos estudos até agora, verificamos que os
produtores (ofertantes) buscam maximizar os lucros optando, sempre que
possível, por vender o que produz ou comercializar pelo maior preço possível.
Dessa constatação surge a figura do excedente do produtor que nada mais
é do que a diferença entre o preço que esse produtor está disposto a cobrar por
um bem ou serviço e o preço que efetivamente consegue receber pelo mesmo.
Acreditamos que a colocação de um exemplo hipotético ser-nos-á de
grande valia para o entendimento dessa situação.
Vamos a ele.
Suponha que os dados abaixo representem a estrutura e a escala de oferta
de um bem qualquer, para um produtor (ofertante) qualquer:

Pontos Preços (R$) Quantidades ofertadas


A 10,00 5
B 9,00 4
C 8,00 3
D 7,00 2
E 6,00 1

Suponha adicionalmente que o preço de mercado seja R$10,00.


Nessa situação, como nosso produtor estava disposto a oferecer essa pri-
meira unidade a R$6,00, mas receberá pela mesma R$10,00, que é o preço de
mercado, estará auferindo um benefício ou excedente de R$4,00 (R$10,00 –
R$6,00) por essa primeira unidade.
Pela segunda unidade, estará auferindo um ganho de R$3,00 (R$10,00 –
R$7,00), e assim sucessivamente, a tal ponto que ao final conseguiremos
determinar o seu excedente total, qual seja:

Excedente da 1.ª unidade R$10,00 – R$6,00 = R$4,00

Excedente da 2.ª unidade R$9,00 – R$6,00 = R$3,00

Excedente da 3.ª unidade R$8,00 – R$6,00 = R$2,00

Excedente da 4.ª unidade R$7,00 – R$6,00 = R$1,00

Excedente da 5.ª unidade R$6,00 – R$6,00 = R$0,00

Excedente total do produtor (ofertante) =


R$4,00 + R$3,00 + R$2,00 + R$1,00 + R$0,00 = R$10,00

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Podemos também demonstrar o excedente do produtor por meio do grá-


fico da oferta. Logo:

Gráfico 4 – Excedente do produtor

Preços Excedente
do produtor Preço de
S mercado

10,00
9,00
8,00
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0 1 2 3 4 5 Quantidades

Nesse caso, o excedente do produtor é demonstrado pela área hachurada


no gráfico 4.

A fim de provarmos o acima descrito e de deixarmos claro que o excedente


do produtor é a diferença entre o preço que o produtor estaria disposto a
vender e o preço que ele efetivamente recebe por vender, vamos comparar o
que o produtor estava disposto a receber com o que realmente recebe.

Logo:

Para a 1.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$6,00

Para a 2.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$7,00

Para a 3.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$8,00

Para a 4.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$9,00

Para a 5.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$10,00

Produtor disposto a receber um total de =


R$6,00 + R$7,00 + R$8,00 + R$9,00 + R$10,00 = R$40,00

Todavia, como o preço de mercado é igual a R$10,00, essa situação pro-


porciona ao produtor (ofertante) oferecer as 5 unidades ao preço de merca-
do, ou seja, R$10,00 a unidade, recebendo portanto R$50,00 (5 x R$10,00),

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gerando para si, portanto, um excedente de R$10,00 (R$50,00 – R$40,00), que


é a diferença entre o que o produtor (ofertante) estaria disposto a receber e o
que efetivamente ele recebeu.

Ampliando seus conhecimentos


A mãe natureza desloca a curva de oferta
(MANKIW, 2005)

Segundo nossa análise, um desastre natural que reduz a oferta reduz a


quantidade vendida e aumenta o preço. Eis um exemplo recente.

Quatro dias de frio assolam a Califórnia:


safras devastadas; preço de frutas cítricas deve subir
Por Todd S. Purdum

Quatro dias de temperaturas abaixo de zero destruíram mais de um terço


da safra anual de frutas cítricas da Califórnia, causando um prejuízo de mais de
meio bilhão de dólares e indicando que o preço da laranja nos supermercados
deve triplicar até a semana que vem.

Desde segunda-feira, o ar frio e seco do Golfo do Alasca fez despencar a


temperatura em todo o estado, ficando entre -8ºC e -12ºC na região agrícola
do Central Valley – a pior frente fria desde a nevasca de dez dias de 1990. Os
agricultores mantiveram ligadas suas máquinas de vento e irrigação por toda
a noite para manter as árvores aquecidas, mas representantes do governo de-
clararam que a perda foi quase total no vale e pode ter chegado a 50% no
restante do estado.

A Califórnia responde por cerca de 80% das laranjas e 90% dos limões
consumidos in natura em todo o país e os atacadistas afirmaram que os
preços da laranja no varejo podem triplicar nos próximos dias. O preço do
limão também deverá aumentar, mas o do suco de laranja deve ser menos
afetado porque a maior parte das laranjas para produção de suco é cultivada
na Flórida. Em alguns mercados da Califórnia, os atacadistas relataram que
o preço da laranja-bahia subiu de 35 centavos de libra na terça-feira para 90
centavos de libra na quarta-feira. (Jornal The New York Times, 25 dez. 1998.
Reimpresso com permissão)

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Atividades de aplicação
1. Preços e quantidades ofertadas são variáveis:

a) que se correlacionam inversamente.

b) que se correlacionam em sentidos contrários.

c) não se correlacionam.

d) que se correlacionam diretamente.

2. Quanto ao comportamento racional dos ofertantes, podemos afirmar:

a) não existe.

b) buscam a maximização do lucro.

c) é idêntico ao comportamento racional dos demandantes.

d) buscam cobrar o menor preço possível.

3. Mantendo-se tudo o mais constante, uma alteração para mais no preço


de uma mercadoria, levando-se em consideração que essa mercadoria
seja um bem normal, provocará:

a) uma diminuição na quantidade ofertada da mercadoria.

b) uma situação em que a quantidade ofertada não sofrerá alteração.

c) um aumento na quantidade ofertada da mercadoria.

d) um aumento na quantidade demandada da mercadoria.

4. Coloque V ao lado das afirmações verdadeiras e F ao lado das falsas.

(( variações da oferta e variações nas quantidades ofertadas


representam a mesma coisa.
(( quanto maior for o preço de uma mercadoria, menor será a sua
quantidade ofertada.
(( demanda é sinônimo de oferta.
(( uma nova tecnologia implantada para a fabricação de uma
dada mercadoria fará com que ocorra aumento na oferta dessa
mercadoria, deslocando sua curva de oferta para a direita.

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Gabarito
1. D

2. B

3. C

4.

a) Falso (F)

b) Falso (F)

c) Falso (F)

d) Verdadeiro (V)

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