Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CM
MY
CY
CMY
K
Universidade do Sul de Santa Catarina
Microeconomia I
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2012
Microeconomia I
Livro didático
Design instrucional
João Marcos de Souza Alves
Palhoça
UnisulVirtual
2012
Design Instrucional
João Marcos de Souza Alves
Diagramação
Alice Demaria
Pedro Teixeira
Revisão
Diane Dal Mago
ISBN
978-85-7817-429-3
330.1
L55 Leite, André Luis da Silva
Microeconomia I : livro didático / André Luis da Silva Leite ; design
instrucional João Marcos de Souza Alves. – Palhoça : UnisulVirtual, 2012.
142 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-429-3
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Palavras do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Equipe UnisulVirtual
Ressalto, por fim, que este livro não esgota o assunto, muito ao
contrario, você deve se sentir estimulado a procurar ler outros
livros textos, especialmente com o intuito de aprender novas
abordagens sobre esses assuntos aqui tratados.
Bom estudo!
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
O poder de mercado, monopólio e concorrência monopolística.
Oligopólio, modelos clássicos, teoria dos jogos. Mercado de
fatores e oferta de trabalho. Equilíbrio geral: troca e produção.
Teoria do bem estar: eficiência e equidade. Externalidade e
bens públicos. Informação assimétrica.
Objetivos
Geral:
Compreender os conceitos e formulações teóricas referentes às
estruturas de mercado, especialmente mercados de competição
imperfeita e ser capaz de analisar mercados onde atuam as firmas
com diferentes estratégias no processo de concorrência.
Específicos:
Apresentar formulações teóricas referentes aos modelos
de concorrência imperfeita;
Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 4
12
13
14
Agenda de atividades/Cronograma
Atividades obrigatórias
15
Objetivos de aprendizagem
Analisar estruturas de mercado monopolistas.
Seções de estudo
Seção 1 Monopólio
Estruturas de Mercado
Quando os economistas mencionam o termo estruturas de
mercado, referem-se à forma como os mercados são organizados.
Para tanto, duas dimensões são analisadas, em um primeiro
momento:
18
Regulamentação governamental;
Economias de escala;
Superioridades tecnológicas.
Seção 1 - Monopólio
Monopólio, em seu sentido estrito, significa uma situação na
qual há apenas uma empresa responsável pela produção total de
uma indústria, de um determinado bem ou serviço. É o caso,
por exemplo, de uma distribuidora de energia elétrica. No que
diz respeito ao atendimento dos consumidores residenciais de
eletricidade, há, em cada local, apenas uma empresa responsável
pela oferta.
Unidade 1 19
20
P = 100 – Q
Unidade 1 21
22
CT = 50 + Q2
E, a seguinte demanda:
P(q) = 100 – Q.
2Q = 100 – 2Q
4Q = 100, portanto,
Q = 25.
E o preço?
Causas do monopólio
Muitas vezes, especialmente sob a perspectiva da sociedade e dos
órgãos do governo que devem fomentar a concorrência, devemos
entender como se formam os monopólios.
Unidade 1 23
b) Patentes
Outro caso é a situação na qual a empresa inventa um novo
produto, e, por lei, tem a patente daquele produto, sendo ela a
única, ou a quem ela conceda este direito, a produzir tal produto.
24
c) Tradição
A tradição de um país ou empresa na fabricação de um
determinado produto também leva ao monopólio ou eleva o
poder de monopólio (conceito que será discutido nesta unidade)
da empresa/país com mais tradição. É o caso dos relógios suíços.
Embora a Suíça não seja o único país a fabricar relógios, os
relojoeiros suíços desfrutam de significativo poder de monopólio
e têm a capacidade de manipular os preços de mercado.
Unidade 1 25
26
Unidade 1 27
Exercício resolvido 1
O quadro a seguir mostra a curva de demanda de um
monopolista, que produz com um custo marginal de $ 12,00.
Suponha CF =0.
28
Receita
Preço ($) Qte Receita Custo Total Lucro
Marginal
27 0 0 - 0 0
24 2 48 10,5 24 24
21 4 84 19,5 48 36
18 6 108 12 72 36
15 8 120 6 96 24
12 10 120 0 120 0
9 12 108 -6 144 -36
6 14 84 -12 168 -84
3 16 48 -18 192 -144
0 18 0 -24 216 -216
Unidade 1 29
Exercício resolvido 2
Suponha uma firma monopolista com as seguintes características:
CT (Q ) = 50 + Q2
P = 40 – Q (Curva de demanda)
E, CMg = 2Q
Portanto,
RMg = CMg ∴ 40 - 2Q = 2Q ∴ 40 = 4Q ∴ Q = 40/4=10.
Logo, o lucro, π , é:
Ou seja, nesse caso, o máximo lucro que a firma pode ter, nessas
condições é: $150.
30
P = 40 – Q = 26,67
E, o lucro, π , é:
Monopsônio
Até esse momento, nossa análise tem centrado esforços em
entender o mercado monopolista. Porém, há outra situação na
qual as empresas possuem expressivo poder de mercado. É o caso
no qual há apenas um comprador ou poucos compradores. Assim,
nos referimos ao monopsônio, como sendo o mercado no qual há
apenas um comprador. E, oligopsônio é o mercado no qual há
poucos compradores.
Unidade 1 31
32
Unidade 1 33
34
π (q ) = RT (q ) − CT (q ) = p iq − CT (q ) ;
0 ≤ L ≤1
Unidade 1 35
Elasticidade-preço da demanda;
Número de concorrentes;
36
Unidade 1 37
38
Unidade 1 39
$/Q $/Q
CMg CMg
CMe CMe
PCP
PLP
DCP
DLP
RMgCP
RMgLP
40
Unidade 1 41
Atos de concentração
Os atos de concentração em geral também são prejudiciais
à concorrência e merecem ter sua citação feita, descrevendo a
Cartilha do CADE (1999, p.12), ”Tais atos buscam aumentar a
eficiência de uma empresa por meio, por exemplo, da diminuição
de custos. Porém, estas operações podem, ao mesmo tempo,
resultar em restrições à concorrência”.
42
O CADE e a SORRISO
Unidade 1 43
Síntese
Esta unidade teve como objetivo principal permitir ao (à)
estudante entrar em contato com a teoria do monopólio e do
poder de mercado. Monopólios são comuns nas economias
modernas, porém, são ineficientes do ponto de vista social. Como
se viu na unidade, a sociedade paga um preço maior por produtos
produzidos por monopolistas.
44
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas, esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
Unidade 1 45
46
Saiba mais
Para melhor entender o conteúdo ministrado nesta unidade, leia
os textos a seguir.
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Oito meses após determinar que a Nestlé venda a Chocolates Garoto,
o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) voltou a vetar
a fusão da multinacional suíça com a empresa brasileira. Em uma
votação apertada - três votos a dois -, o conselho não aceitou a proposta
de desinvestimento parcial oferecida pelas empresas para manter a
operação. A Nestlé afirmou que vai recorrer da decisão. Segundo o diretor
corporativo da multinacional, Carlos Faccina, haverá uma análise jurídica
para decidir se a empresa entrará com recurso no próprio conselho ou na
Justiça.
Em fevereiro deste ano, ao analisar a fusão Nestlé-Garoto, o Cade
entendeu que a fusão gera alta concentração de mercado. No segmento
cobertura de chocolate líquida, por exemplo, a participação chega a 100%.
Na ocasião, o conselho deu 150 dias para a venda da Garoto.
Mas a Nestlé entrou com recurso no conselho, pedindo a reapreciação
do caso. No pedido, a empresa propunha o desinvestimento de 20% do
mercado das duas empresas no caso de cobertura de chocolate. Para o
segmento de chocolate sob todas as formas, a venda parcial seria de 10%
do mercado conjunto.
No julgamento, o Cade avaliou que o plano de desinvestimento da Nestlé
não garantirá competição no setor.
Unidade 1 47
GESNER OLIVEIRA
48
Unidade 1 49
Concorrência monopolística
e oligopólio
Objetivos de aprendizagem
Compreender o processo de formação dos preços em
mercados de concorrência monopolística.
Seções de estudo
Seção 1 Concorrência monopolística
Seção 2 Oligopólio
52
Características
Conforme Pindyck e Rubinfeld (2005), um mercado de
concorrência monopolística tem duas características-chave:
Unidade 2 53
54
Unidade 2 55
$/Q $/Q
CM g CM g
CM e CM e
PCP
PLP
DCP
D LP
RMg CP
RMg LP
Q CP Quantidade Q LP Quantidade
(a) (b)
56
Seção 2 - Oligopólio
A maior parte dos mercados, porém, pode ser caracterizada como
oligopólio. Ao contrário das firmas em concorrência perfeita,
onde a firma é tomadora de preços, os oligopolistas têm poder de
determinar seu preço. Mas, diferentemente de um monopolista,
as firmas em oligopólio sabem que suas ações podem gerar
reações por parte das firmas concorrentes.
Unidade 2 57
58
Interdependência estratégica
Ao se estudar um mercado, geralmente desejamos saber o
preço e a quantidade que prevalecem no equilíbrio. Porém, em
oligopólio, ao contrário de concorrência perfeita e monopólio,
uma empresa determina seu preço e sua quantidade, levando
em consideração, pelo menos em parte, a estratégia de seus
concorrentes. O modo clássico de estudar equilíbrio em
oligopólio é por meio do Equilíbrio de Nash.
Unidade 2 59
Equilíbrio em oligopólio
Os modelos clássicos de oligopólio, que exemplificam a
aplicação moderna de teoria dos jogos para a análise de interação
estratégica, são os modelos de duopólio (extensivos para
oligopólio) de Cournot, Bertrand e Stackelberg. Esses modelos
tradicionais não levam em conta a possibilidade de colusão, isto é,
arranjos ou combinações entre os agentes. Logo, chamamos tais
modelos de modelos não cooperativos de oligopólio.
60
CMg1 = CMg 2 = 0
Unidade 2 61
62
Q1=15 e Q2 = 7,5.
Unidade 2 63
64
a) Rigidez de preços
Como visto na análise do dilema dos prisioneiros, o resultado
do modelo implica a tendência a mesma estratégia por parte
dos jogadores. É por este motivo que, muitas vezes, a rigidez de
preços se torna uma característica de mercados oligopolistas. Ou
seja, esta é uma situação na qual as empresas preferem modificar
pouco, ou quase nada o preço, e evitar guerras de preços. Porém,
quando os custos ou a demanda aumentam, as empresas tendem a
aumentar o preço em conjunto.
Unidade 2 65
P* CMg´
CMg
Q* Quantidade
RMg
66
Unidade 2 67
b) Sinalização de preços
Outro modelo que deriva do dilema dos prisioneiros é conhecido
na literatura como sinalização de preços. Esse é um modelo que
nos mostra uma forma de acordo implícito das empresas sobre
os preços. Por exemplo, uma empresa pode anunciar – por meio
da imprensa – um aumento de preço, e esperar que seus rivais
entendam a mensagem e também aumentem seus preços.
68
Unidade 2 69
CF + m arg em
P = CVMe +
q
70
Unidade 2 71
72
Unidade 2 73
74
Síntese
Nesta unidade, você teve contato com dois modelos de
mercados: a concorrência monopolística e o oligopólio. Ambos
se caracterizam por serem modelos de concorrência imperfeita,
já que fogem do ideal competitivo. Em ambos os mercados, as
empresas podem elaborar estratégias que lhes garantam, por
alguma forma, algum poder de mercado, que se traduz em preços
maiores que em concorrência perfeita e maior nível de lucro para
as empresas.
Unidade 2 75
Atividades de autoavaliação
Procure resolver os exercícios a seguir. Isso contribuirá para fixar
melhor o conteúdo desta unidade.
76
Saiba mais
Para aprofundar as questões abordadas nesta unidade, você
poderá pesquisar as seguintes referências:
Unidade 2 77
Equilíbrio geral
Objetivos de aprendizagem
Entender o conceito de equilíbrio geral.
Seções de estudo
Seção 1 Equilíbrio geral e eficiência econômica
Seção 2 Trocas
80
Unidade 3 81
82
Unidade 3 83
Preço Preço
($) Sc* ($)
Sv
6,82
6,75 Sc
3,58
3,50
6,35
Dc*
Dć 3
6 Dv*
Dv́
Dc
Dv
84
Unidade 3 85
Equilíbrio geral: vetor de preços (P1*, P2*,..., Pn*) tal que as quantidades
demandadas e ofertadas de todos os bens e serviços produzidos nessa
economia são iguais, de forma que os mercados se esvaziam (market
clearing).
Supõe-se a existência de um “leiloeiro” que anuncia a todos os agentes
da economia um vetor inicial de preços para todos os bens e serviços.
Dados esses preços, cada agente irá escolher as quantidades
demandadas e ofertadas de cada bem e serviço, de forma a maximizar
a sua utilidade ou satisfação.
As funções individuais de oferta e demanda são somadas de forma a se
obter as funções de oferta e demanda de mercado.
Ao vetor inicial de preços, só por uma “feliz coincidência” as
quantidades demandadas de cada um dos diferentes bens será igual à
quantidade ofertada.
O leiloeiro irá então anunciar um novo vetor de preços, aumentando
os preços quando houver excesso de demanda e reduzindo-os quando
houver excesso de oferta.
Não existem trocas a “falsos preços”: as transações só irão ocorrer
com os preços em equilíbrio. Isso significa que durante o processo de
ajustamento não ocorre nenhum tipo de transação no sistema.
86
Seção 2 - Trocas
Como regra, trocas voluntárias entre duas pessoas ou dois países
são mutuamente benéficas. Para compreender de que forma a
troca aumenta o bem-estar, examinaremos em detalhes possíveis
trocas entre duas pessoas, partindo do pressuposto de que a troca
em si não tem custo.
Unidade 3 87
χ A2 + χ B2 = WA2 + WB2
88
Unidade 3 89
Vilfredo Pareto foi um economista Essa situação pode ser visualizada na Figura 3.2. Nessa figura,
franco-italiano que desenvolveu no ponto M, o conjunto de pontos acima da curva de indiferença
análises de eficiência alocativa.
de A não intercepta o conjunto de pontos acima da curva de
indiferença de B. A região onde A se encontra melhor é separada
da região onde B se encontra melhor. Isso implica que qualquer
movimento que melhore um dos agentes necessariamente piora
o do outro. Ou seja, não há trocas que melhorem ambos nessa
alocação. Essa alocação é denominada alocação eficiente de
Pareto.
90
Unidade 3 91
Trocas de mercado
O equilíbrio do processo de troca é muito importante, mas
não deixa claro onde os agentes terminam. Afinal, o processo
é descrito de forma genérica, pois se presume apenas que os
agentes se moverão em direção a alguma alocação, onde estarão
melhores.
92
Unidade 3 93
Isso porque:
94
Assim, temos:
TMS1A,2 = P1 / P2 = TMS1B,2
Unidade 3 95
96
França 1 2
Portugal 6 3
Unidade 3 97
Síntese
Esta unidade teve caráter eminentemente teórico. Seu objetivo foi
o de descrever a análise do equilíbrio geral, que, ao contrário da
análise de equilíbrio parcial, tenta examinar todos os mercados
simultaneamente, levando em conta os efeitos que outros
mercados exercem sobre um determinado mercado.
98
Atividades de autoavaliação
Chegamos ao final desta unidade e você mais uma vez realizará
atividades de autoavaliação. Procure resolver as atividades sem
ajuda do gabarito.
Unidade 3 99
3. Dado que todos os pontos de uma curva de contrato são eficientes, tais
pontos são igualmente desejáveis do ponto de vista do social. Comente
essa afirmação.
100
Saiba mais
Se você desejar, aprofunde os conteúdos estudados nesta unidade,
consultando as seguintes referências:
Unidade 3 101
Objetivos de aprendizagem
Entender o problema da assimetria de informações.
Seções de estudo
Seção 1 Informações assimétricas
104
Unidade 4 105
$10.000 $10.000 SB
DA
$7.500 $7.500
DM
DM
DBM
$5.000 $5.000
DBM
DB
DB
106
Unidade 4 107
seleção adversa;
risco moral.
Seleção adversa
Uma importante implicação da assimetria de informações é o que
os economistas chamam de Seleção Adversa. Esse é um problema
de informação assimétrica que se manifesta antes que a transação
ocorra efetivamente.
108
Unidade 4 109
110
Unidade 4 111
112
Empresas e consumidores;
Unidade 4 113
114
Unidade 4 115
w* = w + γ ( R )
em que,
w = salário base
116
Unidade 4 117
118
Unidade 4 119
120
Unidade 4 121
122
Bens Públicos
Dada a definição de bem público, uma vez que o bem público seja
oferecido, o custo para atender consumidores adicionais é zero.
Como esse custo é zero, os consumidores não terão incentivos a
pagar por isso. Logo, os consumidores estão dispostos a pegar
carona” (free ride) no benefício gerado pela oferta do bem.
Unidade 4 123
Síntese
Os mercados falham. Desde a crise de 1929, ficou claro que: i)
os mercados são excelentes ferramentas para a oferta e demanda
dos mais diversos tipos de bens; ii) os mercados falham.
Normalmente, as causas para tais falhas estão identificadas
ao longo deste livro didático: poder de mercado; informação
assimétrica, externalidades (Pindyck e Rubinfeld, 2002). Para
resolver tais problemas, é necessária a intervenção do Governo.
Ele pode intervir por meio de leis (exemplo, lei de defesa
da concorrência); por meio de produção própria, no caso do
provimento de bens públicos; por concessão. Mas é importante
a sua atuação para garantir um resultado que, se não é o mais
eficiente, é capaz de minimizar as alocações ineficientes.
124
Atividades de autoavaliação
Chegamos ao final desta unidade. Procure resolver os exercícios
sem consultar as respostas no gabarito.
Unidade 4 125
126
Saiba mais
Se você desejar, aprofunde os conteúdos estudados nesta unidade
consultando as seguintes referências:
Unidade 4 127
132
Unidade 1
1) A empresa XAP é distribuidora de energia elétrica, portanto,
monopolista neste segmento. Ela contrata você para prestar
consultoria sobre sua política de preços. Uma das coisas que
a empresa quer saber é qual a conseqüência de um aumento
de 5% no seu preço. Que dados você precisaria conhecer
para colaborar com a empresa?
Resposta:
Na qualidade de consultor, você precisará das seguintes
informações:
Qual a elasticidade-preço da demanda do produto ofertado
pela XAP?
Quais seus substitutos próximos? (Se é que existem).
p − CMg 1
L= =−
p ε
p − CMg 1
=−
p ε
p − 20 1
=−
p −2
p − 20 = 0, 5 p
p = 40
Resposta:
O nível de produção que maximiza o lucro é obtido ao se igualar a
receita marginal ao custo marginal.
Assim, a curva de receita marginal é expressa por RMg = 100 – 0,02Q.
Fazendo RMg = CMg , pode-se determinar a quantidade que maximiza
lucros:
100 - 0,02Q = 50, ou
Q = 2.500.
Inserindo a quantidade maximizadora de lucros na função de demanda,
determina-se o preço:
136
Unidade 2
1) Suponha que, após uma fusão, todas as empresas de um setor de
concorrência monopolista se tornassem parte de uma mesma grande
empresa. A nova empresa produziria a mesma quantidade de marcas
diferentes? Ou ela produziria apenas uma marca? Explique.
Resposta:
A concorrência monopolística é definida pela diferenciação dos
produtos. Cada empresa aufere lucro econômico ao distinguir uma
marca das demais. Essa distinção pode derivar de diferenças reais no
produto ou simplesmente de diferenças na estratégia de propaganda.
Caso essas concorrentes fossem fundidas em uma só empresa, o
monopolista resultante não produziria tantas marcas diferentes como
no Mercado anterior, dado que um grau excessivo de competição
entre as marcas é mutuamente destrutivo. Entretanto, não é provável
que apenas uma marca seja produzida após a fusão. A produção com
diversas marcas e com preços e características diferentes é uma forma
de dividir o mercado em grupos de consumidores caracterizados por
diferentes elasticidades de preço, o que pode, também, estimular a
demanda como um todo.
137
Unidade 3
1) Explique a diferença entre a análise de equilíbrio parcial e geral. Dê um
exemplo de efeito de interdependência entre dois setores.
Resposta:
Aqui o estudante deve buscar no texto a diferença entre as duas
análises. Um exemplo seria o mercado de álcool combustível e gasolina.
O preço e a safra do álcool interferem significativamente no mercado
de gasolina.
138
Unidade 4
1) Relacione pelo menos três exemplos de externalidades positivas e
negativas.
Resposta:
Externalidades positivas:
Conhecimento científico;
Investimentos públicos;
Educação.
Externalidades negativas:
Poluição;
Impactos ambientais negativos;
Fumo e suas conseqüências.
139
140
CM
MY
CY
CMY