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Esta obra é indicada para pessoas que desejam conhecer ferramentas capazes de otimizar tarefas e reduzir
possíveis falhas de processo, principalmente em se tratando do gerenciamento de atividades complexas, que
demandam muito tempo, muitas pessoas e exigências, ou conhecimentos e dados avançados.
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Visão geral do livro
Como resolver um problema de extrema complexidade?
Em sua obra “The Checklist Manifesto”, Atul Gawande afirma existirem somente dois motivos pelos quais
falhamos: a ignorância e a inaptidão.
Os erros por ignorância acontecem porque a própria ciência pode oferecer somente um entendimento parcial
sobre o mundo e sobre como ele funciona.
Existem limites para arranha-céus que podemos construir, fenômenos imprevisíveis ou situações em que a
medicina ainda não é capaz de resolver completamente, como o caso da pandemia de Covid-19.
Nestes casos, erramos ou não solucionamos problemas por não possuirmos o conhecimento necessário para
tal.
O segundo tipo de erro é conhecido como inaptidão, pois, nesses casos, o conhecimento existe, porém,
falhamos ao aplicá-lo.
Assim, se aplicam as construções que colapsam devido à má projeção, fenômenos dos quais meteorologistas
não interpretaram os sinais corretamente ou cirurgias em que acontecem erros médicos.
Atul traz em sua obra uma reflexão sobre a variação no equilíbrio entre a ignorância e a inaptidão com o
passar dos séculos, onde grande parte da história da humanidade foi governada, principalmente, pela
ignorância.
Uma das áreas onde essa variação no equilíbrio fica mais evidente é a Medicina, onde, décadas atrás, nosso
conhecimento era extremamente limitado e tínhamos pouco controle sobre doenças, o que as causavam e
como tratá-las.
Somente em 1938 a penicilina foi isolada, por exemplo, enquanto atualmente somos capazes de desenvolver
vacinas para um vírus de impacto pandêmico global em uma fração insignificante de tempo, se comparada à
criação do antibiótico.
O ponto é que, nas últimas décadas, a ciência foi capaz de fazer descobertas revolucionárias e constantes,
adquirindo conhecimento suficiente para tornar a inaptidão, ou seja, a aquisição e administração de tanta
informação, um problema tão grave quanto a ignorância.
Mesmo para aqueles que passam décadas estudando e praticando seus conhecimentos, falhas ainda
acontecem e persistem, apesar da grande capacidade individual de especialistas. Isso se justifica pelo
conhecimento acumulado e produzido a partir do início do século XXI.
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Pessoas altamente qualificadas e treinadas desenvolvem coisas extraordinárias. No entanto, o conhecimento
é incontrolável em todas as áreas, da filosofia à física, da medicina aos negócios, das finanças ao governo.
O volume do que sabemos excedeu nossa capacidade de absorção de informação, o que faz com que
conhecimentos nem sempre sejam aplicados da maneira correta, confiável ou segura. Estamos
sobrecarregados.
Grande parte das atividades desenvolvidas atualmente necessitam de conhecimentos avançados, desde o
âmbito de profissionais da tecnologia da informação, até gerentes financeiros, bombeiros, advogados,
engenheiros, profissionais da saúde… A lista é infinita.
Com base nisso, suas atividades tornaram-se complexas demais para que confiássemos somente na
memória para executá-las de maneira confiável. É neste ponto que os checklists são a ferramenta
indispensável para lidar com a administração de informação.
Talvez neste ponto você esteja cético sobre a eficácia de checklists em atividades tão complicadas, mas
prometemos lhe convencer até o fim desse PocketBook!
O livro “The Checklist Manifesto”, afirma que a utilização de listas de verificação de tarefas no
nosso ambiente de trabalho e na nossa organização pessoal servirá para garantir que nos lembremos do
mínimo necessário para que uma atividade seja desenvolvida da maneira correta.
Os checklists também trabalham nossa disciplina de alto desempenho, além de padronizar uma base de
performance de qualidade. Gawande afirma que fornecem uma “rede cognitiva”, onde são capazes de
detectar falhas de atenção e meticulosidade, reduzindo nosso esforço racional para realocá-lo em outros
casos.
Um passo fundamental, segundoo autor, é possuir a consciência de que a aplicação de checklists possui
seus limites, e que devemos verificar em que circunstâncias eles podem nos ajudar ou prejudicar.
Os checklists devem ser usados em duas principais situações: para gestão de conhecimento e
para eficiência na comunicação.
Também são divididos em “READ-DO” o equivalente à “ler e fazer” onde cada passo é realizado após a
verificação da sua existência, ou “DO-CONFIRM”, onde a lista é inspecionada e todas as atividades são
feitas em seguida, para depois serem validadas.
Cada tipo de lista deve ser aplicada dependendo das circunstâncias do seu objetivo.
Gestão do Conhecimento
Neste caso, checklists são feitos para garantir que as atividades necessárias em um determinado processo
não sejam esquecidas ou executadas de maneira errada.
Devem ser usados, principalmente, para gestão de equipes com funções, especialidades e áreas de
aplicações diferentes, pois uma lista garante que as atividades certas sejam realizadas pelas pessoas certas,
no momento e da maneira mais adequada.
Assim, os checklists devem direcionar as atividades para cada propósito, segmentando equipes ou áreas e
listando suas responsabilidades principais.
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Comunicação Eficiente
Sabemos que, na maioria das vezes, as coisas não saem exatamente como o planejado e que, durante a
execução de uma atividade, podem haver imprevistos ou problemas que, a princípio, não eram esperados
quando planejamos nossa lista de atividades.
Neste caso, os checklists são os responsáveis por proporcionar uma comunicação eficiente entre as pessoas
que podem resolver nossos empecilhos.
Portanto, o checklist para comunicação eficiente deve listar com quem devemos nos comunicar quando um
problema de determinada causa acontecer, como podemos entrar em contato, de que forma é possível
contatar especialistas e de que maneira o problema está sendo acompanhado e registrado.
Checklists de comunicação são eficientes em situações surpreendentes e atípicas, onde as condições são
imprevisíveis e mudam constantemente. Nestas situações, é impossível organizar uma lista de tarefas, mas é
possível fazer com que as pessoas se comuniquem para resolverem o problema coletivamente.
Um checklist eficiente é composto por uma lista sucinta de tarefas essenciais, que podem ser ramificadas e
segmentadas conforme as circunstâncias de cada aplicação. Atul Gawande afirma que é melhor que existam
vários checklists para cada situação ou etapa de um processo, do que uma longa lista para todo o projeto.
Em “The Checklist Manifesto”, também compreendemos que as listas de tarefas devem ser fáceis de usar e
acessíveis a todas as pessoas que possuem alguma responsabilidade listada, mesmo nas situações mais
complexas ou difíceis.
A obra também sugere que sejam feitas pausas estratégicas para analisar o desempenho até o momento,
onde devem ser discutidos possíveis impedimentos, ouvidas as opiniões e sugestões e sanadas certas
dúvidas dos envolvidos.
A quantidade de tarefas de uma lista é variável a partir do contexto, mas Atul Gawande adverte sobre a
atenção que deve ser dada na escolha dos objetivos chave.
Isso se justifica pois se reduzirmos demais uma lista, podemos não ter “checks” suficientes para garantir um
bom desempenho, enquanto se tivermos “checks” em excesso, os usuários perderão o foco e a
produtividade.
Por fim, a obra sugere que a linguagem da lista seja simples e exata, equivalente àquela utilizada pelos
profissionais que vão executá-la.
Não montar um checklist ruim é tão importante quanto montar um bom checklist
A estruturação de uma lista de tarefas pode ser ampla e adaptável, apesar disso, existem fatores que,
independentemente da função de desenvolvimento do checklist, podem apenas prejudicar o seu
desempenho.
Portanto, Atul Gawande afirma ser essencial que as listas não sejam muito longas, e que possuam o foco
principal naquilo que é indispensável. Isso é necessário para que a atenção não seja desviada do que é mais
importante, ou para que não fiquemos mais tempo analisando a lista do que executando-a.
Outro ponto a ser evitado é a listagem de pontos muito triviais ou básicos, para que o checklist seja voltado
para as partes mais complexas e detalhistas de um processo.
Um design limpo e responsivo também é indispensável, evite elementos ou cores chamativas que possam
prejudicar a visualização e compreensão da mensagem.
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Além disso, os checklists ruins são vagos e imprecisos, o que abre margem para interpretações diferentes
sobre uma mesma tarefa ou implementações diferentes do que o esperado. Sendo assim, foque sempre no
essencial.
Por mais atentos e cuidadosos que sejamos ao produzir e executar checklists, independentemente do
quanto pensemos para criá-los, somente com a sua aplicação e verificação de funcionamento no mundo
real, que é inevitavelmente mais complicado, é que poderemos avaliar a sua eficiência.
Atul Gawande afirma em “The Checklist Manifesto” que as primeiras listas nunca serão perfeitas, são
suscetíveis a erros e necessitam de uma análise crítica para que observemos seus pontos de execução
eficientes e aqueles que precisam ser aprimorados.
Portanto, é preciso desenvolver listas diferentes para contextos, condições e propósitos diferentes, e, ainda
assim, estudar de que forma alterações, testes e melhorias podem ser implementados até que
seu checklist funcione de forma consistente.
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O que outros autores dizem a respeito?
Em “Managing the Millennials”, Chip Espinoza e Mick Ukleja abordam as competências necessárias para um
atual gerenciamento eficiente, contextualizando a forma como a geração do milênio vem modificando a
forma de trabalhar.
Greg Mckeown, autor de “Essencialismo”, trata das principais estratégias para que desempenhemos
atividades mais produtivas, além de técnicas para otimizar processos e gerenciar o tempo, sempre através do
foco no que é essencial.
Por último, no livro “Ruído: Uma Falha no Julgamento Humano”, de Daniel Kahneman, Oliver Sibony e Cass
R. Sustein, compreendemos de que maneira os ruídos e vieses são capazes de prejudicar a comunicação e a
tomada de decisões, e como reduzi-los ou eliminá-los.
• Analise quais tarefas você desenvolve que são mais suscetíveis a erros, ou quais necessitam de mais
atenção, essas atividades devem ser o foco do seu checklist;
• Defina quem são as pessoas envolvidas no seu projeto e apresente a elas sua proposta de gestão, para
que todos estejam alinhados sobre seu funcionamento;
• Determine quais são as atividades chave do seu objetivo, que não podem ser esquecidas ou executadas
de maneira incorreta;
• Adapte seus checklists às suas condições, a lista não deve ser engessada ou inquestionável;
• Busque olhar criticamente para suas listas de tarefas e encontrar melhorias de execução para a criação das
próximas.
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