•Gestão do conhecimento organizacional • Todo o conhecimento tem uma necessidade de gerenciamento; para atingirmos conhecimento sobre algo, necessitamos de dados e informações que, assim que são utilizados, se transformam em conhecimento. Esse conhecimento deve ser gerenciado pelo indivíduo e, também, pela sociedade na qual ele está inserido. Se em nossas vidas pessoais já necessitamos de muitas informações, imagine no mundo governamental, em que a demanda por informações é exponencialmente requisitada. • O conhecimento começou a ser definido na antiga Grécia, para o filósofo grego Platão, por exemplo, o conhecimento é aquilo que é necessariamente verdadeiro (episteme). Por sua vez, a crença e a opinião ignoram a realidade das coisas, pelo que fazem parte do âmbito do provável e do aparente • Ele também pode ser considerado um conjunto de informações armazenadas por intermédio da experiência ou da aprendizagem (a posteriori), ou por meio da introspecção (a priori). No sentido mais lato do termo, trata-se da posse de múltiplos dados inter-relacionados que, por si só, têm um menor valor qualitativo. • O conhecimento não é adquirido, por exemplo, encostando a cabeça em um livro e se apropriando das informações contidas nele, é necessário ter a interação pela leitura, ou seja, uma pesquisa feita nesse livro e depois algum tipo de interação proveniente dessa pesquisa, com a combinação desses três elementos o indivíduo estará adquirindo conhecimento. • O conhecimento pode ser classificado de várias maneiras pelo que conhecemos por taxonomia, ou seja, o conhecimento proposicional e as perspectivas do conhecimento; explícito e tácito; conhecimento de núcleo, avançado e explícito. Quanto às dimensões o conhecimento tem quatro comuns: foco, complexidade, longevidade e dinâmica. • Gestão do conhecimento Conforme visto até aqui, o conhecimento é muito importante para todos, mas só conhecimento sem gestão não surte efeito para os entes governamentais e demais organizações. O ideal é que ele venha na quantidade e na hora certas e no formato adequado quando for demandado para a tomada de decisão. Independentemente do tamanho organizacional, a gestão do conhecimento vai configurar como essencial para a manutenção de bons resultados, se para uma pequena empresa com um ou dois funcionários ela já é muito necessária, imagine para um governo central de um país continental como o Brasil. • Perfeitas análises adquiridas podem fazer a diferença na vida de milhares de pessoas, um ato mal estruturado com base em informações sem a gestão do conhecimento pode interferir negativamente nesses milhares de pessoas. Por isso, deve haver muita responsabilidade na gestão do conhecimento, visto que ela é de responsabilidade de pessoas eleitas diretamente para comandarem ações que busquem o bem coletivo. Observe a Figura 2, que mostra as relações estabelecidas no processo de gestão do conhecimento. • À medida que a complexidade das organizações e governos aumenta, aumenta, também, a necessidade de gerir o conhecimento para um bom planejamento e execução das atividades afins. Historicamente, a gestão do conhecimento tem uma longa e distinta evolução, datada dos anos 1960, quando o autor Peter Drucker cunhou o termo “Trabalhador do conhecimento”. • Essa evolução está cada vez mais rápida e, podemos considerar que hoje ela está em progressão geométrica. Um bom exemplo disso pode ser observado na área da informática, em que aquilo que antes levava décadas para acontecer, hoje acontece em segundos. • O ano de 1986 foi marcado pela publicação em gestão do conhecimento do sueco Karl-Erik Sveiby, tida como o fato inicial da gestão do conhecimento; a continuação, em 1991, com o artigo publicado sobre o tema por Ikujiro Nonaka, em um seminário apresentado na Harvard Business Review; e, em 1998, a atuação do banco mundial, que escolheu como tema o “conhecimento para o desenvolvimento” • Fique, portanto, ciente que não há como, em pleno século XXI, falar somente sobre conhecimento, é necessária uma melhor abordagem sobre o tema, realizando a gestão desse conhecimento, afinal, sempre devem haver formas de melhorar e utilizar esse conhecimento. Por isso, busca-se uma boa gestão do conhecimento para agregar maior valor às organizações. Ferramentas para organização da gestão do conhecimento • Como você acabou de ver, o advento da globalização, a internet e a era do conhecimento alteraram a forma como as empresas geram informações e necessitam do conhecimento coorporativo. Como a gestão tem que ter formato organizado, surgiram quatro ferramentas de gestão que, em conjunto, apresentam uma melhor forma de organizar o conhecimento dentro de uma instituição, sendo aplicadas para qualquer tipo de organização. Gestão da mudança • Para iniciar um processo de gestão do conhecimento dentro de uma empresa ou ente público, são necessários um bom planejamento e a análise dos aspectos comportamentais, de acordo com Macêdo et al. (2006). Visto que toda mudança traz consequências à organização, são aplicadas técnicas gerenciais para que a mudança seja consistente, começando pela alta direção, seguida pelos níveis táticos e sendo executada no nível operacional. • Do ponto de vista governamental, por exemplo, uma mudança no Ministério da Saúde tem as políticas idealizadas pelo ministro e assessores, que fazem essas mudanças serem entendidas pelos gestores de equipes operacionais e executadas pelos servidores públicos, que tem contato com a população, como é o caso do atendimento em postos de saúde espalhados no território nacional • Essas mudanças precisam ser estudadas para não serem mal interpretadas ou mal executadas e devem possuir objetivos, metas, sistemas de medição bem estabelecidos, para que possam ser mensuradas e adequadas a cada projeto de melhoria. Organização de aprendizagem • O conceito de aprendizagem, como o conhecemos nas escolas, fomenta as ações propostas da gestão de mudança e tem papel fundamental como ferramenta estratégica, afinal é a primeira ferramenta prática a ser implementada. Primeiramente, são decididos os processos a serem melhorados pela alta direção, no caso de empresas, e pelos donos de pastas, na administração pública, logo após, são determinados os tipos e formatos de capacitações que as equipes controladoras e executoras deverão ser submetidas para alcançarem as melhores performances de resultados, que foram planejados e estabelecidos para serem conquistados. Gestão de pessoas • Gestão do conhecimento é gerir conhecimento, é a razão primordial para ordenar o conhecimento adquirido. Entre os tipos de conhecimentos existentes, está o conhecimento tácito, que reside na mente dos funcionários, os colaboradores podem sair da organização ou permanecer um longo tempo, cada pessoa tem sua história e essa história pode ou não ser junto com uma organização. • No setor público o formato de entrada muitas vezes tem em mente outras questões, que não a aptidão para servir as pessoas, ou seja, o fator determinante não é gostar de pessoas, mas sim um concurso com outras formas de teste de conhecimento, que, muitas vezes, não medem essa variável. O tema concursos públicos não é alvo deste estudo, mas, caso queira aprofundar-se, há leitura sobre o tema nas leituras recomendadas.