Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Preparando-se Organização
Execução
Pessoal
da no Trabalho
Gestão Municipal
13
Módulo
Módulo
Desenvolvimento
Políticas Pessoal
Públicas Setorias
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Conteudista/s
Rodrigo Morais Lima Delgado, (Conteudista, 2021).
Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
1. Unidade 1: Liderança para governar................................................................. 5
3. Referências.......................................................................................................... 16
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
4
Módulo
Objetivo de aprendizagem
Vamos começar nossa reflexão sobre a liderança nos governos municipais assistindo
ao vídeo com Bruno Bondarovsky, Subsecretário de Transparência e Governo
Digital do município do Rio de Janeiro. Além disso, Bruno já foi Subsecretário de
Planejamento e Gestão Estratégica da Ordem Pública, também no Rio de Janeiro, e
Secretário Municipal de Fazenda do município de Mesquita/RJ. Com tanta experiência
na gestão municipal, ele vai trazer algumas dicas muito interessantes sobre os
desafios da liderança no serviço público que, certamente, serão uma inspiração
para você!
https://cdn.evg.gov.br/cursos/481_EVG/videos/modulo00_video06.mp4
Agora, para avançar um pouco mais no nosso estudo, vamos ver alguns conceitos
e reflexões com base na obra de Sandro Trescastro Bergue, “Gestão estratégica de
pessoas no setor público”, publicada em 2020.
Segundo esse autor, o grande desafio da liderança no serviço público não é encontrar
boas recomendações, mas sim colocá-las em prática! Ou seja, se colocássemos na
prática uma parcela, ainda que pequena, de tudo o que se fala e se escreve sobre
liderança no setor público, certamente teríamos melhores organizações, pessoas
mais saudáveis e felizes e serviços públicos de mais qualidade e mais eficientes, diz
o autor.
Contudo, não existe uma fórmula para se constituir uma liderança, já que a influência
do contexto é um fator primordial para se determinar o comportamento de quem
está liderando.
Ainda que não haja uma fórmula para a formação de uma liderança, uma análise
sobre as características de alguns tipos de liderança e seu reflexo na organização
e nas pessoas pode ser muito útil para o gestor e a gestora municipal poderem
fomentar ambientes de trabalho com pessoas engajadas, motivadas, inovadoras e
dispostas a contribuir para um bem maior.
Precisamos chamar atenção para o fato de que liderar não é assumir uma postura
paternalista, pois cuidado e orientação fazem parte do papel de liderar, porém não
é somente isso. Nesse sentido, a liderança deve sempre lembrar que os agentes
públicos são pautados por regras que destacam sua relação de direitos e obrigações
para com o interesse público.
Dessa forma, esses valores precisam ser considerados pela liderança na Administração
Pública , evitando assim práticas de “exercício e submissão ao poder hierárquico de
inspiração personalista”, de que nos fala o estudo de Bergue. Considerando isso, a
liderança no serviço público não pode ser entendida como concentradora de poder
decisório sobre o que entra ou não na agenda da organização, e sim como fonte
legítima de autoridade que fundamenta a “aceitação das orientações do líder”.
Para entender essa legitimidade, podemos considerar o conceito que foi denominado
de lei da situação. Para essa lei, é a situação do momento que define o que deve ser
feito, orientando sobre quais ordens devem ser dadas e, por sua vez, seguidas.
• concordância;
• convencimento;
• comprometimento;
• comunicação;
• cooperação.
5) fazer com as pessoas da equipe percebam como o trabalho delas contribui para
os objetivos estratégicos e para o interesse público;
Líderes educadores
Nesse sentido, a liderança deve assumir um papel de educador, ou, como diz Bergue:
Liderança e conhecimento
Nível 1
Nível 2
Por fim, gostaríamos de dar uma visão de como a liderança pode identificar quais
os tipos de cooperação e relação podem existir entre as pessoas que compõem
uma “equipe” ou em um “grupo” de trabalho, pois é nesse contexto que a liderança
pode atuar como transformadora de relações. Para isso, vamos utilizar essas duas
categorias, que, muitas das vezes, podem conviver em uma mesma organização e
que podem ajudar os gestores em sua reflexão, tomada de decisão e ação.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer estratégias para a criação e a
manutenção da força política e da sinergia entre as diversas secretarias municipais.
Projeto de governo
Governabilidade do sistema
Além da identificação dos atores que fazem parte do sistema no qual ele atua, é
importante entender que, quanto mais ambiciosos forem os objetivos, mais difícil
será a governabilidade do sistema, assim como quanto mais modestos forem os
objetivos do projeto de governo, o sistema passa a ser mais governável.
• código de personalidade;
• motivação;
• vetor de perícia;
• vetor de peso;
• vetor de suporte cognitivo.
Essas dimensões são úteis para podermos entender como que, em uma relação de
forças entre atores em disputa, alguns resultados ocorrem e uma das partes vence
uma determinada disputa. Para Matus (1996b), um ator tem alguma vantagem sobre
outros por algumas dessas cinco vias:
Fique atento! Segundo Matus (1996b), “o que define a força não é a natureza do
recurso, mas a circunstância do jogo em que faculta sua utilização”.
2) A força tem valor relativo ao objetivo que guia o ator. Um vetor de peso pode valer
muito para uma situação e muito pouco para outra. “Na luta pela paz, a fé religiosa
pode ter grande valor, mas, numa guerra, os tanques valem mais”, como nos explica
Matus.
3) O valor da força é relativo a uma situação. Imagine a situação em que três partidos
políticos compõem a câmara de vereadores, dois possuem cinco vereadores cada
e o terceiro partido apenas um vereador. Os dois maiores partidos são aliados e,
com isso, conseguem controlar as atividades na câmara, enquanto o partido com
apenas um vereador possui força insignificante. No entanto, os dois partidos com
maior bancada divergem quanto a uma proposta apresentada por um deles, nessa
situação o partido com menor número de vereadores passa a ter um peso maior,
pois o seu voto vale muito para essa situação.
4) A força é produto de uma acumulação social. Quando um ator utiliza sua força,
7) A força produz resultados sem ser usada. O simples fato de estar presente pode
ser necessário para o exercício da força. Quando uma parte reconhece a força de
outra parte e a sua capacidade de utilizar essa força contra ela de modo eficaz, isso,
por si só, já é capaz de condicionar o comportamento de um determinado ator. Essa
caraterística está na origem da “teoria da dissuasão”.
11) A força é uma capacidade instalada ou acumulada que se usa de modo calculado
e seletivo. Ou seja, qualquer uso da força levará em consideração qual a pressão
necessária para obter o resultado desejado; e qual será a pressão que os adversários
utilizarão.
Chegamos ao final desta aula! Com essa passagem, esperamos ter apresentado
uma visão geral sobre como o poder político é criado e mantido, como a força dos
Referências