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Planejamento estratégico

em empreendimentos
veterinários
Prof. Federico Cupello

Descrição

Conceitos relacionados ao planejamento estratégico, com destaque para o perfil gerencial e a liderança do empreendedor, para a gestão de recursos
humanos e a gestão logística, incluindo a importância da visão sistêmica da empresa para a criação e o fluxo de valor.

Propósito

O conhecimento sobre o planejamento estratégico se configura como um importante instrumento para o sucesso de um empreendimento médico-
veterinário. A busca de soluções e ideias inovadoras por meio de uma visão sistêmica da organização e do negócio pode garantir um ambiente
saudável e com possibilidades de crescimento tanto para a empresa quanto para seus colaboradores.

Objetivos

Módulo 1

Perfil gerencial e liderança


Identificar o perfil gerencial necessário aos empreendimentos médico-veterinários e sua relação com o conceito de liderança.

Módulo 2

Gestão logística
Identificar os principais conceitos relacionados à gestão logística.

Módulo 3

Gestão de pessoas
Identificar os principais conceitos relacionados à gestão de pessoas.

Módulo 4

Visão sistêmica, criação e fluxo de valor

Reconhecer a importância da visão sistêmica para a criação e o fluxo de valor em empreendimentos médico-veterinários.

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Introdução
O planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão que auxilia o empreendedor a alcançar os objetivos do negócio, assim, ele é fundamental
para o sucesso de qualquer empreendimento, incluindo os relacionados aos produtos e serviços em Medicina Veterinária.

Nesse contexto, é imprescindível que o líder da organização tenha uma visão sistêmica da empresa e do negócio, sendo capaz de identificar todas
as etapas que colaboram para a entrega do produto e/ou serviço ao cliente, buscando sempre atender às necessidades de seus clientes, garantindo
a qualidade esperada e, portanto, agregando valor ao produto/serviço.

Para isso, o médico-veterinário responsável pela administração do empreendimento deve possuir um perfil gerencial que satisfaça as necessidades
que integram a gestão logística e a gestão de recursos humanos.

A compreensão acerca desses conceitos e as possibilidades de sua aplicabilidade na área médico-veterinária podem garantir um bom desempenho
organizacional, de modo a alcançar os objetivos estratégicos do empreendimento e atender às expectativas de todos os envolvidos no processo,
abrangendo tanto a alta direção quanto os colaboradores da empresa.
1 - Perfil gerencial e liderança
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar o perfil gerencial necessário aos empreendimentos médico-veterinários e
sua relação com o conceito de liderança.

Liderança

Conceito de liderança em empreendimentos médico-veterinários


Você já deve ter ouvido falar em liderança, mas você já se perguntou o que significa essa palavra no contexto das empresas? Já pensou em qual
seria o papel de um líder em um empreendimento?

A função de um líder é inspirar, cuidar da manutenção do engajamento e promover a coesão dos colaboradores para se alcançar os objetivos da
empresa, na tentativa de atingir os melhores resultados. Os termos “líder” e “liderança” saíram do campo técnico e passaram a integrar a utilização
comum que muitas vezes não abrange os seus significados e funções dentro de uma empresa. Na gestão organizacional, as discussões e reflexões
sobre o conceito de liderança são cruciais para o sucesso de qualquer empreendimento.

Na concepção de Motta (1997), liderança não é uma condição passiva, mas produto de participação, envolvimento, comunicação, cooperação,
negociação, iniciativa e responsabilidade.

O verdadeiro líder é essencialmente um indivíduo capaz de investir tempo e energia no futuro da organização e, principalmente, em seu próprio
futuro. A essência da liderança não está em obter poder, mas em colocar poder nos outros para traduzir suas intenções em realidade e sustentá-las
ao longo do tempo.

O conceito de liderança é muito mais amplo do que comumente percebido. Ele envolve, principalmente, a
capacidade de promover uma cooperação em prol dos objetivos traçados em um empreendimento.
Embora o conceito de liderança possa envolver amplas e distintas situações, no caso dos empreendimentos médico-veterinários, devemos perceber
o líder como um sujeito que tem a habilidade de influenciar um grupo de indivíduos para alcançar um ou diversos objetivos. Isso quer dizer que,
diferentemente da origem dos conceitos de líder e liderança que possuem fundamentação militar e política, sendo entendidos como exercício de
autoridade, devemos considerar a liderança como a capacidade de exercer influência interpessoal, tendo como premissa o sucesso coletivo.

Essa concepção de liderança pautada no coletivo foi possível graças ao desenvolvimento das Ciências Sociais, especialmente da Sociologia e da
Psicologia. Ao se considerar que todo o conhecimento socialmente produzido corresponde ao momento histórico e social em que foi produzido, o
conceito de liderança deve ser analisado sob diversos aspectos e ângulos com ênfase em diversas variáveis, não se restringindo apenas aos
colaboradores e às situações de trabalho.

Exemplo

A gestão de pessoas apresenta grande complexidade por se tratar de um grupo de indivíduos que possui formações, habilidades, histórias e
temperamentos distintos. Portanto, diferentemente de determinar ordens e cobrar sua execução, é necessário considerar os princípios mais
importantes da função de liderança.

Podemos organizar esses princípios em três grupos. Vamos conferi-los?

Influência interpessoal
Aqui, entende-se a importância de comunicar de forma precisa e clara os impactos definitivos de determinadas ações sobre a equipe e sobre os
resultados esperados pela empresa.

Processo de comunicação
Aqui, entende-se a importância de se comunicar de forma precisa e clara os impactos definitivos de determinadas ações sobre a equipe e sobre os
resultados esperados pela empresa.

Objetivos
Aqui, entende-se que apresentar os objetivos, com clareza e especificidade, são fundamentais para que os colaboradores possam se comprometer e
se empenhar para alcançá-los.
Estilos de liderança

É a maneira pela qual o líder se relaciona com seus colaboradores, coletiva e individualmente. A maneira como cada profissional conduz a liderança
de seu grupo possui impactos diretos na obtenção de resultados e no engajamento da equipe.

Os estilos de liderança mais conhecidos são:

Autocrática

Nesta liderança, o poder de decisão está centralizado no líder, que estabelece os objetivos de seus liderados, não havendo
participação deles nas decisões ou na proposição de sugestões, o que costuma causar insatisfação e desmotivação, contribuindo
para um ambiente propenso a conflitos.

Democrática

Nesta liderança, as decisões do grupo são discutidas com liberdade, sem críticas ou censuras, o que propicia boas condições de
trabalho e gera motivação nos colaboradores, favorecendo bom relacionamento com senso de respeito e responsabilidade uns pelos
outros.

Liberal

Nesta liderança, há pouca participação do líder nas decisões da organização, o qual entende que os colaboradores são maduros e
experientes o suficiente para tomarem decisões. No entanto, isso pode levar a um desempenho mais baixo da organização, uma vez
que a ausência do líder oferece poucas referências da qualidade do trabalho e dos objetivos a serem alcançados pela equipe.

Perfil do líder

Comportamento, autoconhecimento e heteroconhecimento


O comportamento de um líder está diretamente relacionado à disciplina, ao respeito, ao carisma e à capacidade de exercer influência sobre seus
colaboradores, apresentando quatro responsabilidades básicas. Vejamos!
Compartilhar o cenário futuro aceitável e desejável da organização, fazendo com que os colaboradores percebam que esse é o
objetivo do grupo e estejam motivados a alcançá-lo.

Saber se comunicar para transmitir as mensagens de forma que todos a compreendam.

Instituir confiança, mostrando coerência, energia, honestidade e coragem.

Perceber-se como um eterno aprendiz, pois o processo de aprendizado continuado agrega novas ideias e desafios, sendo percebido
como um exemplo pelos seus colaboradores.

Para cumprir com essas responsabilidades, é imprescindível que o líder apresente alguns comportamentos. Para que os funcionários consigam
cumprir prazos, metas, padrões de qualidade e controle de gastos, é importante que o líder foque em como os funcionários estão realizando essas
ações.

Nesse sentido, deve-se informar e esclarecer as responsabilidades individuais e coletivas, distribuindo tarefas e apoiando os colaboradores na
execução delas. Consequentemente, isso cria um ambiente que valoriza as relações humanas e o desenvolvimento da capacidade de trabalho
coletivo e individual. Além disso, é necessário que um líder se interesse em superar a concorrência e o desempenho conquistado anteriormente,
para que consiga montar um plano de ação que atenda a esses requisitos.

Dois conceitos importantes precisam ser levados em consideração para que um líder consiga desenvolver os comportamentos esperados.

O primeiro deles é o autoconhecimento, que é a capacidade em conhecer a si mesmo. Para isso, a investigação pessoal e individual sobre suas
principais características precisa ser clara, assim como seus gostos, inclinações, sentimentos e padrões de comportamento.

O segundo conceito é o heteroconhecimento, que representa o interesse em conhecer e identificar os sentimentos de colaboradores, seus estilos,
forças, fraquezas, percepção de mundo e, principalmente, o uso da empatia para compreendê-los.

O autoconhecimento e o heteroconhecimento auxiliam a perceber pontos fortes e fracos pessoais e interpessoais de uma equipe e do próprio líder.
São essas características que ajudam a definir as mudanças necessárias para que planejamentos de curto, médio e longo prazo possam ser
eficientes e produtivos, tanto para o líder quanto para a equipe de maneira geral.

Liderança, poder e autoridade


O poder pode ser compreendido como a capacidade de uma pessoa ou um grupo exercer sua própria vontade sobre a vontade de outros, ou seja, é
o exercício de influência de forma unilateral. Já a autoridade é compreendida como a capacidade de influenciar as pessoas devido ao respeito
conquistado por hierarquia ou por quesito técnico.

E o que o poder e a autoridade têm a ver com a liderança?

O respeito pela figura do líder faz com que a equipe cumpra o que se espera dela. Portanto, trata-se de uma figura de autoridade, mas não de poder,
pois, dentre as cinco categorias de poder, nenhuma delas se enquadra no que se espera de um líder. Vamos conferir com mais detalhes:

Poder coercivo

Poder que depende de medo, apoia-se na força física, na facilidade verbal ou na capacidade de conceder ou retirar apoio emocional.
No nível organizacional, uma pessoa tem poder coercitivo sobre outra se ela puder dispensá-la, suspendê-la ou rebaixá-la.

Poder de recompensa

Poder oposto ao coercitivo, pois as pessoas concordam apenas pelo recebimento de recompensas. Em um contexto organizacional,
essas recompensas podem ser dinheiro, avaliações de desempenho favoráveis, promoções, tarefas de trabalho interessantes, dentre
outros.

Poder legítimo

Poder relacionado à posição ocupada na hierarquia organizacional, incluindo a aceitação por parte dos colaboradores justamente
pela autoridade de uma posição.

Poder de competência

Poder entendido como influência exercida como resultado de especialização, habilidade especial ou conhecimento, sendo uma das
mais poderosas fontes de influência à medida que o mundo se tornou mais tecnológico.

Poder de referência

Poder baseado na admiração e no desejo de ser como a pessoa admirada. No ambiente organizacional, indivíduos bem articulados,
dominadores e carismáticos podem conseguir que os outros façam o que ele deseja.

A partir do entendimento das diferentes formas de se exercer poder, podemos perceber que os líderes seguem na contramão delas, uma vez que
são atravessadas por uma linha unilateral. O foco, portanto, é o desenvolvimento e estabelecimento da autoridade, para que o time confie na visão
geral que o líder tem da empresa, mostrando o melhor caminho para atingir as metas propostas.
Repercussões da liderança

Impacto no meio, nas pessoas, na equipe e na organização


As competências e habilidades no exercício da liderança são fundamentais para se enfrentar as mudanças rápidas e imprevisíveis que ocorrem no
mundo do trabalho. Nesse contexto, a tarefa do líder não é apenas controlar a situação, mas, sobretudo, reunir e mobilizar recursos para que a
organização e os colaboradores possam sobreviver.

A liderança reflete um processo de caráter contínuo pelo qual o líder tem como objetivo influenciar de forma intencional os colaboradores e as
condições de trabalho. Dessa forma, o líder possibilita que seus subordinados utilizem de forma plena seu potencial para o aumento da
produtividade.

A liderança é tida como um fenômeno de influência e confiança, sendo correto pensar que uma pessoa possa influenciar as outras com a autoridade
formal que possui. Por outro lado, um líder pode surgir também de forma natural em um grupo, uma vez que, geralmente, ele é visto pelos
colaboradores como alguém a ser seguido, inspirando e servindo como um pilar de sustentação da equipe.

Os impactos das ações de um líder são grandes, tanto positiva quanto negativamente, já que seu foco é o desenvolvimento das pessoas e,
consequentemente, da equipe.

Vamos conferir agora comportamentos de um líder que podem gerar impactos positivos:

Promoção da motivação da equipe

Comportamento de um líder que entende que os colaboradores são seres humanos e, por isso, precisam ser ouvidos e
compreendidos. Dessa forma, sua maneira de gerenciar inspira os colaboradores e os motiva, já que ele está a par de tudo o que
acontece no ambiente de trabalho.

Representação dos valores institucionais

Comportamento de um líder, que por meio de sua personificação, transmite os valores da organização. As atitudes e ações do líder
devem estar em consonância com os objetivos da empresa e devem inspirar os colaboradores a buscarem aprendizados e

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crescimento.

Manutenção de um bom clima dentro da empresa

Comportamento de um líder que envolve suas ações de gestão e possui como resultado um bom ambiente de trabalho por meio da
resolução pacífica de conflitos e da observação da sobrecarga de trabalho de seus colaboradores.

Motivação do foco nos colaboradores

Comportamento de um líder que alinha tudo a ser feito, estabelece metas e incentiva o trabalho em conjunto para que as metas sejam
alcançadas, assim, os colaboradores trabalham com um objetivo que conduzirá aos resultados esperados.

Quando o líder não possui as habilidades e competências necessárias para o exercício da liderança, suas ações geram impactos negativos, que são
opostos aos apresentados anteriormente.

Motivação
A motivação possui caráter individual e representa uma habilidade fundamental para o desenvolvimento contínuo e ininterrupto da vida de um
profissional. Um indivíduo que reconhece e compreende suas aspirações, valores e prioridades tem a possibilidade de compreender o que realmente
o motiva e, assim, consegue canalizar seus esforços para a realização de seus projetos e, também, consegue fazer a diferença na vida das pessoas
e do local onde trabalha. Uma pessoa motivada reconhece suas responsabilidades e atrai oportunidades e recursos porque não tem medo de
colocar suas ideias em prática.
O desenvolvimento da motivação é necessário para o autoconhecimento e para a compreensão do que realmente
impulsiona um indivíduo a sair da sua zona de conforto e estabilidade para ir em busca de seus projetos e suas
metas pessoais e profissionais.

Portanto, a motivação é o comprometimento e o estímulo interno que promove o bem-estar e possibilita o alcance dos resultados corporativos.
Indivíduos motivados, mesmo quando passam por situações adversas, são capazes de mobilizar forças para cumprir seus objetivos profissionais,
realizar as atividades cotidianas, implementar projetos, bem como manter um ambiente de trabalho agradável e harmônico, por isso o papel do líder
na motivação da equipe é tão importante.

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Liderança e planejamento estratégico em Medicina Veterinária
Compreenda melhor a importância da liderança no planejamento estratégico de negócios médico-veterinários.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Liderança é a capacidade de motivar e estimular as pessoas de forma positiva. Na liderança, o exercício de influência interpessoal tem como
princípios

A exercer influência interpessoal e desenvolvimento do processo de comunicação.

B desenvolver processo de comunicação e exercício do autoritarismo.

C alcançar objetivos, e não desenvolver planejamentos.

D exercer influência interpessoal e restrição comunicativa.

E exercer influência interpessoal, e não estabelecer metas e objetivos.

Parabéns! A alternativa A está correta.

O exercer da influência interpessoal e o desenvolvimento do processo de comunicação são fundamentais para o exercício da liderança. Já na
gestão autoritária os líderes obrigam os funcionários a seguirem as regras e a cumprirem as demandas, não levando em consideração a opinião
das pessoas e muito menos os motivos de não terem cumprido alguma regra ou um prazo. O desenvolvimento de um planejamento claro e
específico auxiliam o líder no comprometimento dos colaboradores para alcançar as metas e objetivos. Portanto, a clareza na comunicação
possui impactos definitivos em determinadas ações sobre a equipe e sobre os resultados esperados pela empresa, sendo o estabelecimento de
metas fundamental para melhorar o desempenho individual e também de toda a equipe.

Questão 2

Assinale o tipo de poder que tem como característica principal a construção de um ambiente de medo, lançando mão de força física para que
objetivos sejam alcançados da forma definida, além de ser inconsistente quanto a qualquer tipo de apoio, seja ele emocional ou relativo à
estabilidade trabalhista.

A Poder de competência.
B Poder de recompensa.

C Poder legítimo.

D Poder coercitivo.

E Poder de referência.

Parabéns! A alternativa D está correta.

O poder coercitivo é utilizado para conseguir o que se quer com base em ameaças e punições. Já o poder de recompensa vai na direção oposta
ao coercitivo, uma vez que os envolvidos concordam apenas por meio do recebimento de recompensas de qualquer natureza. No poder de
competência, a influência é exercida como resultado de especialização, habilidade especial ou conhecimento, sendo uma das mais poderosas
fontes de influência à medida em que o mundo se tornou mais tecnológico. Por fim, o poder legítimo está relacionado com a posição ocupada
na hierarquia organizacional, incluindo a aceitação por parte dos colaboradores justamente pela autoridade dessa posição, enquanto o poder de
referência é baseado na admiração e no desejo de ser como a pessoa admirada.

2 - Gestão logística
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais conceitos relacionados à gestão logística.

Logística

Importância da gestão logística


A logística está presente em todo o ciclo de produção, que vai da origem e obtenção da matéria-prima até seu consumo, e pode envolver também o
retorno de resíduos e embalagens ou até mesmo do produto no fim de sua vida útil.

Você deve estar pensando: Certo! A logística é essencial para a produção, mas qual a importância dela para a administração de uma empresa?

A logística vai além das funções operacionais (aquisição, transporte, armazenamento e movimentação) e aprimorar o desempenho das funções
operacionais e da empresa como um todo. A importância da gestão logística permeia as etapas de planejamento, execução e monitoramento de
todas as atividades e etapas relacionadas à cadeia produtiva e realiza a integração entre as diferentes áreas da organização da empresa com o
objetivo de garantir a otimização, eficácia e fluidez do processo de produção, que é essencial.

Esses são aspectos fundamentais para um bom desempenho produtivo, envolvendo empresa e colaboradores, e para o cumprimento dos prazos.

O principal objetivo da gestão logística é garantir que os materiais/insumos certos estejam no lugar destinado, no momento adequado e pelo menor
custo possível. Para isso, essa é uma ferramenta de gestão que está em uma constante busca por melhorias, a fim de aumentar a eficiência na
execução de seus processos, o que reflete em benefícios, como aumento da produtividade, melhora na qualidade das atividades desempenhadas,
redução de custos e aumento do nível de satisfação dos clientes.

Cadeia de suprimentos

A cadeia de suprimentos (supply chain) abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e a transformação de mercadorias desde o estágio da
matéria-prima até o produto/serviço chegar ao consumidor/cliente.

Portanto, a cadeia de suprimentos abrange o conjunto de todas essas etapas, que ocorrem tanto dentro quanto fora da empresa, como a aquisição
de insumos, produtos e embalagens, o armazenamento, o beneficiamento, a distribuição e a venda/oferta dos produtos/serviços aos
consumidores/clientes. Nesse contexto, cabe à gestão logística planejar, implementar e controlar de modo eficiente e efetivo o fluxo e a estocagem
de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos
consumidores/clientes.

Podemos perceber que a gestão logística é a área da administração responsável pelo funcionamento da cadeia de suprimentos, viabilizando tanto a
fabricação de produtos/oferta de serviços quanto a disponibilização desses produtos/serviços aos consumidores/clientes. Para isso, ela envolve
diversas atividades, tais como: aquisição, transporte, armazenagem, embalagem, distribuição, entrega etc. Observe o fluxo abaixo:
Custos logísticos

Atenção às despesas

Para potencializar prazos e receitas, evitando erros, retrabalhos ou processos repetitivos, é fundamental compreender minuciosamente os custos
relacionados à logística e buscar seu aprimoramento, reduzindo despesas sem comprometer a qualidade da produção ou prestação do serviço e
aumentando a eficiência do tempo e dos recursos da empresa.

Como vimos, existe uma complexidade que envolve as diversas etapas de uma cadeia de suprimentos. Dessa forma, os custos logísticos podem
variar entre as empresas, pois são dependentes de inúmeros fatores. No entanto, existem pontos que são comuns entre elas.

Custos logísticos com estoque e armazenagem

Relacionam-se ao volume e ao tempo no qual um material/produto necessita ser alocado. Dessa forma, existe uma relação entre o tempo de
estocagem e a quantidade de produto a ser armazenada, pois quanto maior o tempo e a quantidade maior será a despesa relativa a esse processo.
Podemos dividir as despesas com estoques em três grupos. Vejamos!

Custo de produtos

Corresponde ao investimento feito em cada material adquirido com o fornecedor.

Custo de falta do produto

Corresponde à associação da falta de determinados itens no estoque, o que pode acontecer por inúmeros motivos, como atraso no
fornecimento, extravio, danificação, vencimento, dentre outros.

Custo de manutenção

Corresponde ao conjunto de despesas que agrupam mão de obra, impostos, aluguel de espaço físico etc.

A rapidez e eficiência garantem o sucesso dos processos logísticos. Para isso, as etapas de recebimento e distribuição devem ser otimizadas com o
objetivo de reduzir gastos e atingir o equilíbrio entre oferta e demanda.

Custos logísticos com embalagem

As embalagens possuem uma dupla função: impactar o cliente e garantir a segurança e o bom acondicionamento do produto durante o transporte.

Custos logísticos com transportes e fretes


Trata-se de uma das mais expressivas despesas para uma empresa, pois envolvem aquisição ou aluguel de veículos, manutenção, combustível,
entre outros. A maior parte da produção brasileira é transportada pela malha rodoviária. Isso faz com que as despesas com manutenção aumentem,
assim como a exposição a riscos de acidentes e roubo de carga. Os investimentos em práticas de gestão de risco aumentam o preço final do frete.

Custos com logística tributária

O Brasil possui uma alta carga tributária e uma legislação bastante complexa. Diante disso, é fundamental um bom planejamento tributário a fim de
evitar multas, além de aproveitar isenções fiscais ou estabelecer sociedades ou parcerias a fim de reduzir as cobranças de taxas. Os principais
impostos que incidem na logística são:

IRPJ CSLL PIS/PASEP Cofins

Imposto de Renda de Pessoas Contribuição Social sobre o Programas de Integração e Contribuição para o
Jurídicas. Lucro Líquido. Formação do Patrimônio do Financiamento da Seguridade
Servidor Público. Social.

Custos logísticos com tecnologia


A utilização de recursos tecnológicos, como softwares e hardwares, nos processos logísticos aumenta a eficiência e rapidez e podem reduzir custos
e erros, além de oferecerem controle sob o estoque, aumentando a performance da empresa. Esses investimentos estão diretamente relacionados
às necessidades e escolhas de cada empresa.

Custos com operações de distribuição

O funcionamento de um sistema logístico conta com gastos operacionais que incluem despesas fixas e variáveis. Observe a composição quanto ao
custo de cada uma:

Custos fixos
São: salários, equipamentos, impostos, aluguel e taxas de espaços físicos.

Custos variáveis
São: seguro de carga, despesas com manutenção de equipamentos, mão de obra e horas extras, dentre outros.

Custos humanos
Os salários e os treinamentos dos colaboradores fazem parte dos custos logísticos, pois a manutenção da oferta de qualidade depende de atrativos
para aqueles que são mais bem qualificados, capacitados ou experientes.

Manutenção corretiva, preventiva e preditiva de equipamentos


A manutenção preventiva e corretiva de equipamentos tem por objetivo o melhor rendimento, o aumento da produção, o desempenho seguro do
maquinário, a redução de custos, podendo evitar a deterioração e falhas de equipamentos por meio da preservação.

Portanto, trata-se de um elemento-chave para a garantia da disponibilidade de equipamentos e instalações com vistas ao atendimento dos
processos de produção ou da prestação de serviços de modo a oferecer confiança, segurança, preservação do ambiente e adequação de custos,
uma vez que “o processo de manutenção inclui todas as atividades técnicas e organizacionais que garantam que as máquinas e equipamentos em
geral operem nos limites da confiabilidade esperada” (HELMANN et al., 2006, p. 3).

Você sabia que nem toda a manutenção é igual? Existem três tipos de manutenção: a corretiva, a preventiva e a preditiva. Entendê-las é
fundamental para o desenho de programas adequados à empresa. Vamos aprofundar?

Manutenção corretiva

É a intervenção realizada em um equipamento quando ele falha, com o objetivo de recolocá-lo em serviço para evitar prejuízos, zelar pela segurança
dos colaboradores e preservar o ambiente. Portanto, esse tipo de manutenção pode ocorrer de duas formas:

1. Não planejada: realizada imediatamente quando ocorre a falha;


2. Planejada: realizada em determinada data posterior para compatibilização das necessidades de intervenção com os interesses de produção, ou
devido ao tempo de espera por peças de reposição ou mão de obra qualificada para executar o serviço, ou, ainda, por aspectos relacionados à
segurança.

Podemos dizer então que a manutenção corretiva ocorre com o equipamento fora de uso, devido a uma falha, com necessidade de troca de
componentes e peças, para que ele retorne ao serviço.

Manutenção preventiva
É a intervenção que tem o objetivo de evitar a ocorrência de falhas, garantindo ao processo produtivo maior confiabilidade e disponibilidade, uma
vez que mantém os equipamentos em condições satisfatórias de operação.

Este tipo de manutenção é realizado por meio de inspeções sistemáticas (intervalo de tempo fixo), que obedecem a um programa preestabelecido,
com a finalidade de inspecionar o funcionamento do equipamento e trocar peças julgadas necessárias antes que provoquem falhas.

A manutenção preventiva envolve os seguintes contextos:


Impossibilidade de realizar a manutenção preditiva ou em caso de alto custo do procedimento.

Questões de segurança pessoal, operacional e/ou ambiental.

Oportunidade de inspecionar equipamentos que dificilmente estão fora de uso ou em sistemas complexos de operação contínua.

Podemos dizer então que a manutenção preventiva ocorre com o equipamento fora de uso, devido a uma inspeção programada, com necessidade
de troca de componentes e peças, para garantir seu bom funcionamento.

Manutenção preditiva
É a intervenção que também é conhecida como manutenção sob condição ou manutenção com base no estado do equipamento. Ela é executada
com base na modificação de parâmetros de condição para o desempenho do equipamento.

Neste tipo de manutenção, são realizadas medições por meio de equipamentos específicos para a detecção de irregularidades na funcionalidade do
equipamento enquanto ele está em uso.

O objetivo maior da manutenção preditiva é que as operações realizadas pelo equipamento sejam confiáveis, que
haja redução de falhas e danos, além de minimização de custos com manutenções corretivas.

Podemos dizer então que a manutenção preditiva ocorre com o equipamento em uso ou fora de uso, devido a um controle programado e contínuo,
com necessidade de realizar medições, para detectar possíveis falhas. Portanto, o ideal é que a empresa possua um programa de manutenção com
intervenções previstas periodicamente para se obter maior rentabilidade em menor tempo e custos reduzidos.

Gestão de estoque

Relevância na empresa
O estoque é um conjunto de determinados bens armazenados para atender aos objetivos e às necessidades da empresa quanto às instabilidades
entre a oferta e a demanda. O controle do estoque tem como principal função manter o equilíbrio entre o volume de materiais e serviços disponíveis
e a demanda da empresa por eles. Esse equilíbrio é muito importante, pois uma grande quantidade de estoque gera despesas de manutenção e
armazenamento, o que contribui para perdas e para o aumento do custo de produção. Contudo, a baixa quantidade de estoque pode gerar atrasos
na entrega, insatisfação ou perda de clientes.

Dessa forma, existem métodos de controle de estoque que facilitam a análise e identificação de problemas, e oferecem informações sobre os itens
estocados.
Vamos aprender um pouco sobre esses métodos?

Inventário
É o levantamento dos produtos ou materiais existentes no estoque com objetivo de classificá-los, identificá-los e contabilizá-los. Esse mecanismo
de controle de estoque é importante para evitar desvios e garantir a disponibilidade do material estocado para atendimento à produção, à prestação
do serviço ou ao consumidor.

Existem diferentes formas de controlar um estoque por meio de um inventário, portanto, a forma a ser adotada depende das necessidades de cada
empresa.

Inventário rotativo ou cíclico

Realiza-se em intervalos pré-determinados, podendo ser diário, semanal ou mensal, o que torna o estoque mais dinâmico e facilita a
identificação de diferenças e a aplicação de medidas corretivas.

Inventário geral

Realiza-se a contagem de todos os itens em estoque em data pré-fixada para o fechamento do ano de exercício, portanto, é
necessária a paralisação da empresa, o que envolve altos custos e não identifica diferenças a tempo de corrigi-las, mas apenas de
ajustá-las.

Inventário dinâmico

Realiza-se a contagem de um item sempre que houver sua movimentação, ou seja, sempre que algum item for recebido ou expedido.
Este modelo de controle de estoque é aplicado para itens de difícil monitoramento.

Inventário por amostra

Realiza-se em auditorias por meio da aplicação de uma abordagem estatística, com contagem de itens por amostragem.

Curva ABC

Permite maior gestão da logística do estoque, pois possibilita perceber quais itens devem ser estocados em maior e em menor quantidade, de
forma proporcional às suas demandas. Ou seja, produtos que possuem alto consumo devem ser estocados em maior quantidade, produtos de
consumo médio devem ter um estoque razoável e produtos com consumo baixo devem ser estocados em menor quantidade.
Giro e cobertura de estoque

O giro ou rotatividade de estoque é baseado no número de vezes em que ocorre a renovação do estoque de determinado item em um determinado
período. Em outras palavras, no tempo médio de permanência de um produto no estoque. Esse tempo pode ser calculado pela divisão entre o custo
das vendas anuais e o valor médio de estoque anual, como apresentado na fórmula:

í í
 sa da total do item no per odo 
 Giro de estoque  =
é
 estoque m dio do item no per odo  í

Rotacione a tela. screen_rotation


Podemos perceber que o cálculo do giro de estoque revela a velocidade na qual o estoque é renovado. Dessa forma, se o resultado for menor que 1,
indica que sobraram itens em estoque ao final do período; se o resultado for maior que 1, significa que o estoque do item avaliado foi renovado ao
menos uma vez no período analisado.

Cobertura de estoque

Também chamada de antigiro, a cobertura de estoque analisa por qual período determinado item em estoque suprirá as demandas da empresa sem
que haja necessidade de reposição.

Ela pode ser calculada por meio da equação:

í
 per odo analisado 
 Cobertura de estoque  =
 giro de estoque 

Rotacione a tela. screen_rotation


Quanto menor for o estoque em relação à projeção de consumo, menor será a cobertura em dias, semanas etc., o que indica potencial falta do item
para atender à demanda da empresa. Por outro lado, quanto maior for o estoque em relação à projeção de consumo, maior o potencial de haver
estoque de itens obsoletos, com perda de qualidade ou de validade.

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Gestão logística em empreendimentos médico-veterinários
Compreenda melhor a importância da gestão logística no planejamento estratégico de negócios médico-veterinários.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Gestão logística é a administração dos processos de compra, produção, transporte, armazenamento, distribuição e entrega do produto ao
cliente final. Portanto, o principal objetivo da gestão logística é garantir

A a redução da eficiência na execução de seus processos.

B a redução da qualidade das atividades desempenhadas.

C a redução de perdas com relação aos insumos e custos extras.

D a redução da produtividade.
E a redução do nível de satisfação dos clientes.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A gestão logística tem a finalidade de administrar e controlar o trâmite das compras e armazenamento de insumos/recursos com eficiência e
dentro dos padrões de qualidade que os clientes exigem. Esse controle parte desde a aquisição de matérias-primas à entrega do produto
acabado para o cliente final. Seus objetivos são aumentar a produtividade, a eficiência na execução dos processos, a qualidade das atividades
desempenhadas e, portanto, o nível de satisfação dos clientes.

Questão 2

O controle de estoque, também chamado de gestão de estoque, garante que a quantidade certa dos itens necessários esteja disponível no lugar
e no momento certo para ser utilizada pelos colaboradores de uma organização. Uma das formas de controlar o estoque é a realização de
inventário dinâmico, que corresponde ao inventário realizado

A em intervalos pré-determinados, podendo ser diário, semana ou mensal.

B por contagem de todos os itens em estoque, em data pré-fixada, para o fechamento do ano de exercício.

C pela contagem de um item sempre que houver sua movimentação, ou seja, sempre que algum item for recebido ou expedido.

D em auditorias por meio da aplicação de uma abordagem estatística, com contagem de itens por amostragem.

E para facilitar a identificação de diferenças e a aplicação de medidas corretivas.

Parabéns! A alternativa C está correta.

No inventário dinâmico, é realizada a contagem de um item sempre que houver sua movimentação, ou seja, sempre que algum item for
recebido ou expedido. Esse modelo de controle de estoque é aplicado para itens de difícil monitoramento. Já o inventário rotativo é realizado
em intervalos pré-determinados, podendo ser diário, semana ou mensal, o que torna o estoque mais dinâmico e facilita a identificação de
diferenças e a aplicação de medidas corretivas. O inventário geral corresponde à contagem de todos os itens em estoque e é realizado em data
pré-fixada para o fechamento do ano de exercício, portanto, é necessária a paralisação da empresa para realizá-lo, o que envolve altos custos e
não identifica diferenças a tempo de corrigi-las, mas apenas de ajustá-las. O inventário por amostra é realizado em auditorias por meio da
aplicação de uma abordagem estatística, com contagem de itens por amostragem.
3 - Gestão de pessoas
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais conceitos relacionados à gestão de pessoas.

Setor de recursos humanos


É o responsável por garantir a contratação de pessoal e o cumprimento dos direitos e deveres dos colaboradores, estimulando na empresa um clima
positivo e motivador, o trabalho em equipe e a integração entre os diferentes setores organizacionais.

O gestor de recursos humanos deve estimular o crescimento profissional como forma de melhorar o desempenho da equipe, além de prever a oferta
dos treinamentos necessários ao entendimento da cultura e dos objetivos organizacionais.

Levando em consideração a importância desse setor nas empresas, é relevante estar ciente sobre as atribuições e formas de ação dos profissionais
de recursos humanos dentro delas. Dentre as principais atribuições, destacam-se as seguintes:

descrição dos cargos e das competências e habilidades relacionadas, além do plano de carreira;
definição de salários e remunerações variáveis;
definição das etapas do processo de seleção de colaboradores;
seleção de profissionais a serem contratados;
arquivamento e emissão de documentos das equipes, inclusive trabalhistas;
planejamento e concessão de férias;
comunicação sobre funções e obrigações esperadas de cada colaborador;
relacionamento com órgãos de classe e sindicatos;
planejamento e implantação de treinamentos, incluindo a ambientação de novos colaboradores;
planejamento e aplicação de avaliações de desempenho e feedbacks;
monitoramento do clima organizacional, motivação e intermediação de conflitos.
Nesse contexto, o gestor de recursos humanos deve exercitar a empatia, estar disponível e ser acessível aos colaboradores da empresa, mantendo
uma boa comunicação, compreendendo a importância de cada profissional para o alcance dos objetivos da empresa e estimulando o trabalho em
equipe.

Comunicação e feedback

Comunicação

A forma como as pessoas interagem entre si é estritamente relacionada com a produtividade de uma empresa, além de indicar a maneira como o
indivíduo se autocontrola e como estabelece sua relação com os colegas.

Para que o processo de comunicação ocorra, é necessário haver um emissor e um receptor da mensagem, que é enviada por meio de um canal, que
pode ser escrito ou verbal. Na comunicação eficiente, o receptor precisa compreender a mensagem recebida e executar uma resposta a ela, mas, às
vezes, ela pode chegar com ruídos que levam a uma interpretação equivocada e, consequentemente, a uma resposta inesperada.

Vejamos o processo da comunicação!

No ambiente organizacional, a comunicação está relacionada com o fluxo de informações entre as pessoas, não devendo se concentrar apenas em
transmitir informações, mas em saber se as mensagens estão chegando aos receptores de forma clara, se ela está sendo capaz de alcançar a
resposta esperada, ou seja, se está impulsionando a organização em direção às suas metas.

Para isso, a comunicação conta com uma série de características:

Informação
Relacionada à necessidade de transmitir algum conhecimento.

Persuasão e motivação
Relacionadas ao poder e controle sobre o outro.

Educação
Relacionada à transmissão de herança cultural e sua manutenção na sociedade.

Socialização
Relacionada à necessidade de transmitir as regras e normas do grupo.

A comunicação é quebrada ou não é suficientemente eficiente quando alguns problemas a permeiam, tais como:
Problemas de semântica Linguagem intragrupal Diferença de status

Como as palavras podem ter Como esse tipo de linguagem Como a presença de pessoas
significados diferentes, a é compreendida somente de diferentes níveis
compreensão da mensagem pelos integrantes de hierárquicos pode causar
pelo receptor não se limita às determinados grupos sociais, inibições, isso reflete nos
palavras. não pode ser direcionada a receptores da mensagem.
outro público.

Por mais que pareça fácil se comunicar, vimos que existem ruídos que podem atrapalhar a comunicação. Por esse motivo, desenvolver a habilidade
de comunicação não é simples, mas é possível e necessário. Uma das principais formas de desenvolver essa e outras habilidades é valorizar os
feedbacks dos colegas de trabalho, supervisores e demais colaboradores da empresa.

Feedback
É um procedimento que tem como objetivo informar uma pessoa ou um grupo sobre suas ações e seus desempenhos, no sentido de oferecer
recursos para orientação, reorientação e/ou estímulo para a melhoria das suas ações. Ou seja, trata-se de uma ferramenta de ajuda e um
mecanismo de correção para aprendizado que pode favorecer as relações interpessoais.

Atenção!
Geralmente, o feedback é realizado a partir de uma avaliação de desempenho, de acordo com a competência do colaborador, tanto no ambiente
social quanto profissional. Portanto, não se trata de uma opinião, mas sim de uma ação que tem como objetivo oferecer uma reorientação clara,
sendo responsabilidade de todo gestor fazer uso dessa ferramenta.

A aplicação dessa ferramenta pelo emissor requer habilidades relativas à comunicação. Quando mal utilizado, o feedback pode promover
consequências diferentes das desejadas, mas, quando utilizado de forma eficaz, pode colaborar com o aprimoramento do indivíduo ou do grupo
como também com o alcance dos objetivos organizacionais. Vejamos um exemplo:

Imagine que um colaborador não está contribuindo conforme o esperado para o alcance das metas, nesse caso, deve-se oferecer um feedback
construtivo do tipo “percebi que algo está afetando suas entregas de demandas, está acontecendo algo em que eu possa ajudar? Não se esqueça
que somos uma equipe e que estou aqui para auxiliar”.

Dessa forma, o colaborador se sente acolhido, disposto a explicar o motivo pelo qual não está sendo produtivo e a trabalhar em seu próprio
processo de melhoria, o que contribui para o sucesso de toda a equipe.

Agora, para essa mesma situação, imagine o seguinte feedback: “percebi que algo está afetando suas entregas de demandas, porém o fato de estar
acontecendo algo que você tenha colocado à frente do seu trabalho não justifica essa situação, você deve separar melhor essas situações para que
elas não afetem o desempenho de todos e provoque sua demissão”.
Nesse caso, o colaborador se sente pressionado e coagido, o que pode piorar o desempenho dele, que já não está bom e, em vez de se sentir
acolhido, ele provavelmente se sentirá em dessintonia com o restante da equipe, contribuindo com um clima organizacional ruim, o que também
afeta os demais colaboradores. Portanto, feedbacks ofensivos como o do exemplo não agregam bons resultados e não devem ser realizados.

Administração de conflitos

Como solucioná-los?

Os conflitos fazem parte do cotidiano de todo ser humano, e isso é natural, uma vez que todos estamos suscetíveis a acontecimentos que possam
gerar conflitos.

Geralmente, as situações conflituosas envolvem diferenças de objetivos, perspectivas ou interesses entre indivíduos ou grupos. Alguns exemplos
dessas situações envolvem frustação de uma ou das duas partes, dificuldades em alcançar metas, diferenças de personalidade, objetivos diversos,
diferenças na percepção de informações.

Então, quais são os passos a serem seguidos para resolver conflitos que podem atrapalhar o bom ambiente de trabalho e até mesmo o alcance dos
objetivos organizacionais?

desenvolver clima de afetividade entre indivíduos e grupos na empresa;


oferecer condições em que cada ponto de vista seja esclarecido;
possibilitar a observação das necessidades individuais e coletivas;
promover poder compartilhado;
mostrar perspectivas com base em acontecimentos anteriores;
planejar ações que possibilitem ganhos mútuos na tentativa de estabelecer acordos.
executar essas ações, mostrando seu retorno positivo para ambas as partes.

Desenvolver esses passos não é uma tarefa simples, pois, para que a negociação possa acontecer, as partes envolvidas no conflito devem saber se
comunicar, saber ouvir e saber perguntar. Mesmo sendo difícil, às vezes até mesmo cansativo e trabalhoso, o manejo de conflitos é essencial para
as pessoas e as organizações, pois, além de favorecer o alcance dos objetivos da empresa, podem se mostrar como oportunidades de crescimento
mútuo.

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Gestão de pessoas em empreendimentos médico-veterinários
Compreenda melhor a importância da gestão de pessoas no planejamento estratégico de negócios médico-veterinários.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O procedimento que tem como objetivo relatar individual ou coletivamente os pontos que precisam ser ajustados ou continuados a respeito do
desempenho atingido, é chamado de
A diferença de status.

B problemas de semântica.

C comunicação.

D feedback.

E informação.

Parabéns! A alternativa D está correta.

O processo de feedback é a maneira pela qual pontos de melhoria, atenção e desenvolvimento na carreira são apresentados de um profissional
para outro. Também pode ser uma forma de valorizar atitudes alinhadas e reforçar comportamentos que devem ser replicados. A informação
ocorre pela necessidade de transmitir algum conhecimento e a comunicação é a forma como as pessoas interagem entre si trocando
informações, o que está relacionado com a produtividade de uma empresa, contudo, problemas de semântica, podem causar ruído na
interpretação da mensagem, uma vez que as palavras podem ter significados diferentes. Outro ponto que pode atrapalhar a comunicação é a
diferença de status, que está relacionada com a presença de pessoas de diferentes níveis hierárquicos no mesmo ambiente, o que pode causar
inibições nos receptores da mensagem.

Questão 2

A gestão de recursos humanos está relacionada intrinsecamente ao planejamento estratégico de uma empresa, uma vez que é responsável por
alinhar os objetivos organizacionais com a satisfação dos funcionários. Dessa forma, estão entre as atribuições do setor de recursos humanos

A a compra de insumos e equipamentos necessários à produção para que os funcionários os utilizem em suas funções.

B a seleção de profissionais a serem contratados, a definição de salários e o cumprimento da legislação trabalhista.

C a manutenção e o controle de estoques para estarem disponíveis aos funcionários no momento e local em que são necessários.

D estabelecer a missão e os objetivos da empresa, incluindo as metas de curto e longo prazo a serem alcançadas.

monitorar o alcance das metas estabelecidas e identificar pontos de melhorias necessárias ao cumprimento dos objetivos
E
organizacionais.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A participação da definição das etapas do processo de seleção de colaboradores é uma das atribuições do setor de recursos humanos, assim
como a definição de salários e o cumprimento da legislação trabalhista. Porém a compra de insumos e equipamentos necessários à produção
e a manutenção e o controle de estoques são atribuições da gestão logística. Já o estabelecimento da missão e dos objetivos da empresa,
incluindo o monitoramento do alcance de metas e a identificação de pontos de melhorias necessárias ao cumprimento dos objetivos
organizacionais, são pontos de responsabilidade do gestor da empresa.

4 - Visão sistêmica, criação e fluxo de valor


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância da visão sistêmica para a criação e o fluxo de valor em
empreendimentos médico-veterinários.

Visão sistêmica

Uma perspectiva ampla do empreendimento


Você já parou para pensar sobre quantas pessoas (funcionários diretos e indiretos e clientes) podem estar associadas a um empreendimento? Já
refletiu sobre como determinado empreendimento pode impactar na relação econômica do lugar onde ele se estabelece? E sobre quais os possíveis
impactos para o sucesso desse mesmo empreendimento?

Se já refletiu sobre essas questões, podemos dizer que você percebeu um empreendimento com uma visão sistêmica!

Visão sistêmica é um conceito que pode ser muito útil para todos que buscam constantemente superar os diversos desafios comuns à gestão de
um empreendimento. Ela tem relação com a compreensão do cenário e de todos os elementos que compõem uma área ou um negócio. Essa
compreensão só é possível através da análise de todas as partes que o formam.

A Teoria Geral dos Sistemas (BERTALANFFY, 2010) pode ser um bom referencial teórico para a compreensão da visão sistêmica. Essa teoria define
sistema como uma união de várias partes e que apresenta, em sua constituição, diversos componentes ou elementos. Essa teoria segue duas
premissas básicas:

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De que o todo é formado por partes interdependentes.

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De que é necessário aplicar vários enfoques para compreender a complexidade de determinada realidade e poder lidar com ela.

Portanto, o conhecimento de um empreendimento por meio de uma visão sistêmica ajuda a definir metas e liderar equipes para alcançar o sucesso
esperado. Isso porque a aplicação desses conhecimentos pode ajudar na identificação de processos, no reconhecimento da integração entre os
setores envolvidos, no funcionamento da produção/atividade e na entrega de produtos/serviços ao consumidor/cliente.

A visão sistêmica pode ser desenvolvida e exercitada por qualquer profissional de qualquer área, e suas vantagens incluem:

Maior conhecimento da empresa

A compreensão do empreendimento de forma ampla possibilita a melhoria dos processos e resultados.

Maior potencial de correção e ajustes de erros Quanto maior a compreensão sobre o desenvolvimento das atividades de uma
empresa, maiores serão as chances de reconhecer e identificar erros, então, o quanto antes esses erros forem identificados, mais
rápido será a implantação das ações para ajustes e correções.

Maior potencial de correção e ajustes de erros

Quanto maior a compreensão sobre o desenvolvimento das atividades de uma empresa, maiores serão as chances de se reconhecer
e identificar erros, então, o quanto antes esses erros forem identificados, mais rápido será a implantação das ações para ajustes e
correções.

Maior capacidade de tomada de decisões

Quanto maior o número de informações sobre a empresa e seu entorno, maiores serão as chances de acerto nas decisões.

Aumento de produtividade

Quando um colaborador conhece de forma sistêmica a empresa, seus projetos e metas, ele tem mais consciência de suas
responsabilidades em relação aos objetivos da empresa e de seu papel para alcançá-los.

Podemos então perceber que a visão sistêmica de um empreendimento é capaz de oferecer recursos para a organização da empresa; aumentar a
capacidade de se relacionar com diversas frentes; definir metas e estratégias; realizar o alinhamento de pensamentos e formas de ação entre os
colaboradores; administrar crises; identificar e analisar riscos internos e externos; auxiliar os diversos setores da empresa; ponderar e avaliar as
diferentes situações que envolvem um empreendimento.

Agora que você já entendeu as vantagens de se ter uma visão sistêmica sobre um negócio, pense em um gestor de determinado empreendimento
médico-veterinário.

Para garantir o bom funcionamento da empresa, esse gestor precisa compreender todos os seus processos, todas as etapas do funcionamento do
negócio e até mesmo as atividades de marketing realizadas. Assim, ao se deparar com a necessidade de tomar uma decisão, ele será capaz de
analisar a situação como um todo, conseguindo avaliar as necessidades, os impactos e as possíveis consequências que sua decisão poderá
produzir em todos os âmbitos, inclusive na comunidade e no ambiente.

Se pudéssemos resumir com uma única palavra os benefícios da aplicação da visão sistêmica em um empreendimento, ela seria: dinamismo, pois,
a partir dessa visão, os gestores se tornam mais focados em conduzir e gerenciar sua equipe e seu empreendimento, interligando as diversas áreas
que o compõem para alcançar as metas estabelecidas.

Criação de valor

Como se tornar útil e valorizado por seu público?

A criação de valor é um aspecto fundamental de uma empresa, pois é o que a possibilitará que ela seja distinguida em uma competição, assegure
clientes a longo prazo e que seja atribuído um significado à sua marca.

Mas o que é criação de valor?

É a capacidade que um empreendimento possui de gerar riqueza e utilidade por meio de suas atividades. Não é um evento isolado, mas um
processo de caráter contínuo e com a capacidade de se adaptar à medida que os clientes, os competidores e o mercado se reconfiguram.

Alguns empreendimentos assumem posição de destaque na mente dos consumidores ao transformá-los em parceiros. Ao transformar clientes em
parceiros, a empresa pode gerar informações úteis e, consequentemente, a promoção da marca. Dessa forma, poderá fidelizar clientes antigos e
atrair novos e, consequentemente, obter novas fatias do mercado.

Atenção!
A criação de valor para o cliente é um conceito bem simples. Quando ele paga por um bem ou um serviço e tem a impressão de que recebeu mais
do que pagou, a ideia de valor foi criada. Se observarmos esse evento pela ótica do consumidor, a aquisição do bem ou serviço saiu por um valor
acessível, ou seja, saiu barato!

A geração de valor na prática envolve a superação de obstáculos que variam de acordo com o tipo de empreendimento e de público. Para superá-
los, a empresa deve estar constantemente preparada e atenta. Vejamos alguns conhecimentos que podem colaborar com a superação de possíveis
obstáculos:

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Compreender o cliente
O desafio é que a empresa precisa construir planos de ação com informações concretas sobre seus clientes, como comportamento, desejos e
preferências; não se pode trabalhar com hipóteses, ou seja, as estratégias devem ser baseadas em dados.

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Liderar com flexibilidade
O desafio é assumir as necessidades dos clientes como a principal meta do empreendimento. Embora a liderança seja desempenhada por um
gestor, ele apenas traduz e representa as necessidades do mercado.

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Garantir padrões
O desafio é que a geração de valor não pode ser ocasional, o empreendimento deve seguir padrões de qualidade de forma que os clientes possam
sempre ter uma experiência positiva com o serviço ou a marca.

Como podemos observar, a criação de valor não é um evento isolado, mas um processo contínuo, onde o primeiro passo é ter foco no cliente.

Fluxo de valor

Etapas da produção do bem/prestação do serviço


O fluxo de valor está relacionado com a análise da cadeia produtiva do negócio e organiza o processo em três tipos: os que efetivamente geram
valor; aqueles que não geram valor, mas são necessários; e os que não agregam valor e que precisam ser eliminados.

Podemos simplificar e definir o fluxo de valor como o conjunto de etapas que compõem a produção de um determinado bem ou serviço, abrangendo
todos os processos de transformação da matéria, desde fornecedores até a entrega aos clientes.

Agora que já conhecemos o que é fluxo de valor e seus objetivos, precisamos conhecer outro conceito, o Lean Manufacturing, traduzido como
manufatura enxuta. Esse conceito está relacionado com a criação ou o desenvolvimento de um ambiente de produção enxuto, com redução de
desperdícios e aumento da eficiência dos processos.

Uma ação importante nessa direção é a análise do fluxo de valor de seu produto ou serviço para, assim, poder alcançar melhorias. Para isso, uma
ferramenta fundamental é o mapa de fluxo de valor (Value Stream Mapping – VSM), que sistematiza e oferece condições de analisar um produto ou
serviço representando o fluxo de materiais e informações relacionados.

O VSM permite a análise e a identificação das ações que são capazes de agregar valor ao produto ou serviço; que não agregam valor e são
necessárias (desperdício tipo 1); e que não agregam valor e não são necessárias (desperdício tipo 2) e que podem e devem ser retiradas do
processo produtivo de forma imediata. Essa ação é a base para a identificação de oportunidades e para a criação de um plano enxuto que pode
oferecer inúmeras chances de melhorias.

Vamos ver como pode ser construído um mapa de fluxo de valor?


Na imagem anterior, percebemos a sigla MRP, que significa Planejamento das Necessidades de Materiais. Esse é um sistema no qual é possível
avaliar o quanto de material de determinado tipo é necessário e em que momento. Já a sigla PCP significa Planejamento e Controle da Produção,
que é um sistema de gerenciamento dos recursos operacionais relacionados à produção de uma empresa. Representa o planejamento do que é e
quando é produzido, como deve ocorrer o início e o término da cadeia produtiva, facilitando o controle, o monitoramento e a correção de possíveis
desvios na cadeia de produção.

São algumas das atribuições do PCP:

planejar a capacidade de produção;


elaborar a estrutura de produtos;
definir a hora padrão (standard time) da produção de determinado produto;
definir o melhor roteiro da produção de determinado produto;
elaborar o plano mestre da produção;
elaborar a programação da produção;
administrar os materiais e insumos;
controlar os recursos (máquinas);
emitir ordens de produção;
controlar os prazos de conclusão da produção;
controlar os custos de produção.

Nos empreendimentos médico-veterinários, o fluxo de valor pode ser representado por um conjunto de procedimentos que visam agregar qualidade
aos serviços prestados, o que envolve investimentos no espaço físico; desenvolvimento de uma gestão eficiente; treinamento dos colaboradores;
criação de vínculos como os clientes; desenvolvimento de um plano de marketing; realização de cursos de especialização; e investimentos em
tecnologia.

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Criação de valor em empreendimentos médico-veterinários
Compreenda melhor a importância da criação de valor no planejamento estratégico de negócios médico-veterinários.
Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Sabendo-se que um sistema é considerado o conjunto das partes de um todo e suas interrelações, sua compreensão depende de vários
enfoques para que seja possível perceber sua complexidade. Sobre a visão sistêmica de uma organização, pode-se afirmar que

A sua aplicação pode ajudar na identificação de situações de risco.

B não possui importância como ferramenta de planejamento e controle.

C contribui de forma irrelevante com o estabelecimento de metas.

D trata-se de uma visão particular e fragmentada do cenário de um empreendimento.


E deve considerar apenas o cenário interno da organização.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A visão sistêmica de uma organização possui importância como ferramenta para as diversas áreas dentro de uma empresa, incluindo
planejamento, estabelecimento de metas, controle de resultados e identificação de situações de risco internos e externos, por isso, a visão
sistêmica está relacionada com a um estudo total da empresa, incluindo cenários internos e externos, como a comunidade e o ambiente do seu
entorno.

Questão 2

A criação de valor está relacionada com a capacidade que um empreendimento possui de gerar riqueza e utilidade por meio de suas atividades.
Sobre esse conceito, avalie as assertivas a seguir.

I – A criação de valor está relacionada, entre outros aspectos, com um bom serviço de atendimento aos clientes.
II - A criação de valor para a comunidade é um conceito complexo e difícil de ser alcançado, por isso as empresas devem focar apenas nos
clientes.
III – A experiência do cliente com o serviço prestado ou com a própria marca da empresa está diretamente relacionada com a criação de valor
para uma organização.

Considera-se correto o que ser afirma em:

A I e II, apenas.

B I e III, apenas.

C II e III, apenas.

D I, II e III.

E I, apenas.

Parabéns! A alternativa B está correta.

A criação de valor para o cliente é um conceito possível de ser trabalhado em toda comunidade, procurando manter clientes antigos e
conquistar novos, implicando principalmente, na qualidade do atendimento ao cliente, assim como a experiência dele com o serviço ou a
marca.

Considerações finais
Como vimos, o planejamento estratégico inclui etapas importantes para o sucesso de um empreendimento e deve ser aplicado nas diversas áreas
de atuação do médico-veterinário.

A gestão de pessoas é uma das ferramentas do planejamento estratégico responsável por garantir o respeito à legislação trabalhista e por alinhar
os objetivos organizacionais com as atribuições e funções dos colaboradores de uma empresa, estimulando a motivação, a comunicação e o
trabalho em equipe. Nesse contexto, o papel do líder é fundamental para motivar e inspirar pessoas de forma positiva, mediando conflitos e
favorecendo a comunicação.

Já o gerenciamento logístico engloba todo o planejamento, implantação e controle do fluxo de matérias-primas e equipamentos necessários para a
produção ou prestação de serviço ao consumidor/cliente, incluindo o gerenciamento de estoque e a manutenção de equipamentos. Para exercer
todas essas ações, um bom gestor deve apresentar uma visão sistêmica do empreendimento, isso facilita identificar riscos, desenhar estratégias,
estipular prazos e metas, identificar conflitos etc.

Além disso, o sucesso de um empreendimento médico-veterinário depende da criação de valor de seu produto, serviço ou marca. Esse objetivo pode
ser alcançado quando toda a estrutura e equipe envolvidas no empreendimento estão fluindo e alinhadas aos planos que melhor satisfazem o
projeto da empresa.

headset
Podcast
Ouça agora um bate-papo sobre a importância dos fatores que contribuem para o elevado custo de aquisição de matérias-primas, incluindo o
transporte e o armazenamento dos itens.

Referências
ACCIOLY, F.; AYRES, A.; SUCUPIRA, C. Gestão de estoques. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

BERTALANFFY, L. V. Teoria geral dos sistemas: fundamentos, desenvolvimento e aplicações. 5ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.

BORNSTEIN, S. M.; SMITH, A. F. Os enigmas da liderança. In: HESSELBEIN, F.; GOLDSMITH, M.; BECKHARD, R. O líder do futuro: visões, estratégias e
práticas para uma nova era. São Paulo: Futura, 1996.

CHIAVENATO, I. Administração de materiais: uma abordagem introdutória. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

CHIAVENATO, I. Planejamento e controle da produção. Barueri: Manole, 2008.

DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelos, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.

HELMANN, K. S. et al. Controle dos custos da manutenção e aplicação de técnicas preventivas e preditivas para aumento do desempenho
produtivo: um estudo de caso. Anais do XIII SIMPEP. Bauru, 2006.

LACOMBE, F. Recursos humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2011.

MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
MOTTA, P. R. A ciência e a arte de ser dirigente. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997.

NASCIMENTO, E. M.; EL SAYED, K. M. Administração de conflitos. Curitiba: Gazeta do Povo, 2002.

PINHO, J. B. Comunicação nas organizações. Viçosa: UFV, 2006.

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Assista às seguintes palestras:

Com Simon Sinek, publicada pelo canal do YouTube TED Talks, sobre como grandes líderes inspiram ação.

Com Rory Sutherland, publicada pelo canal do YouTube TED Talks, sobre as lições de vida de um publicitário, que traduzem bem a ideia de criação
de valor.

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