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Definição de gestão de pessoas

O termo gestão de pessoas diz respeito a tudo que envolve o comportamento humano em
uma organização. No âmbito da gestão de pessoas, temos como objetivos de atuação as áreas
de Recrutamento & Seleção, Comunicação Interna e Treinamento & Desenvolvimento.

Em relação ao treinamento, busca-se que o colaborador tenha capacidade de executar aquelas


tarefas pré-definidas pelos gestores. Já a parte de desenvolvimento integra uma tríade mais
complexa, formada por “conhecimento, habilidades e atitudes”, capaz de tornar o colaborador
apto para desempenhar seu trabalho da maneira mais plena possível. Diante disso, percebe-se
a necessidade de desenvolver pessoas tanto os aspectos pessoais quanto profissionais do
colaborador.

A forma pela qual as pessoas são vistas dentro de uma organização determinará a gestão do
capital humano, bem como as prioridades dos gestores em relação às estratégias internas.
Para exemplificar tipos distintos de visão sobre as pessoas no ambiente organizacional e a sua
influência nos negócios, podemos destacar alguns pontos:

Pessoas como seres humanos – A organização (ou seus gestores) reconhecem que as pessoas
são profundamente diferentes entre si, dotadas de personalidade própria, com história
pessoal particular e diferenciada, em busca de objetivos reais e mensuráveis, não sendo mais
consideradas como meros recursos da organização e sim como partes fundamentais da
engrenagem que faz o negocio funcionar.

Pessoas como recursos - Essa forma de enxergar o próprio capital humano, bastante comum
em ambientes em que os processos se sobrepõem às pessoas, traz uma série de
conseqüências, delineando toda uma cultura por vezes distante das necessidades de seus
colaboradores.

As principais características desse modelo de gestão são:

• Rigidez na rotina de trabalho;

• Ênfase em normas e regras;

• Centralização de poder em “chefias”;

• Alienação em relação à missão da organização;

• Foco em tarefas;

• Pessoas vistas como mão de obra

Pessoas como parceiras - Em relação a essa outra visão, em que a gestão de pessoas é vista
como uma parceria de trabalho, em vez de uma relação apenas mercadológica, há uma maior
sincronicidade entre os colaboradores e a cultura da empresa. Além de ser mais atrativa para a
chegada e a retenção de talentos. Conheça algumas das suas características:

• Rotina mais flexível;


• Maior autonomia de colaboradores;

• Relações de interdependência entre os setores;

• Integração com a missão da empresa;

• Foco em resultados;

• Pessoas vistas como inteligência.

Diante dessa comparação, é possível compreender que a segunda visão é mais próxima das
tendências atuais de mercado. Desenvolver pessoas só é possível se trabalhado nesse
conceito, no qual o capital humano é tratado em sua totalidade. Por isso, é estimulado de
forma mais completa e constante.

Piramide de Maslow

Maslow define cinco categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afeto,


estima e as de autorrealização. Esta teoria é representada por uma pirâmide onde na base se
encontram as necessidades mais básicas pois estas estão diretamente relacionadas com a
sobrevivência. Segundo Maslow, um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a necessidade de
um próximo estágio se a do nível anterior estiver sanada, portanto, a motivação para realizar
estes desejos vem de forma gradual.” De acordo com cada nível de satisfação que o
colaborador venha desenvolver, suas motivações irão mudar. Por exemplo, no início da
carreira profissional ou em períodos de crise, existe a tendência em suprir a necessidade de
segurança no emprego. Já em momentos de prosperidade econômica ou de desenvolvimento
profissional sólido, a necessidade das pessoas passa a ser a de estima e realização pessoal.
Então a gestão estratégica de pessoas é fundamental, porque tem como objetivo entender os
colaboradores, sujeitos a emoções e à variação de suas necessidades, e alinhar os interesses
deles com os da própria organização visando a maximização de resultados. A ideia é tentar
evitar a chamada “fuga de talentos”.

Como as organizações se desenvolvem através de pessoas?

O papel do líder para desenvolver pessoas

Seja qual for a missão da empresa, seus valores e sua identidade como um todo, o líder
sempre será o principal mediador entre organização e equipe.

Nas palavras de James Hunter, autor do best-seller “O monge e o executivo”, “se o líder gritar
e perder o controle, podem estar certos de que a equipe também perderá o controle e tenderá
a agir de forma irresponsável”. Isto é, o líder ocupa uma posição de referência para a sua
equipe. Além de ser responsável ativamente pelo seu desempenho no geral.

Tratando-se de uma cultura voltada para desenvolver pessoas, compete a ele também a sua
transmissão, bem como o fortalecimento desses valores.
O líder como um coach

Termo utilizado para se referir a técnicos e treinadores no âmbito esportivo, o conceito de


coach se estendeu a todas as dimensões da vida, inclusive — e, talvez, principalmente —, para
o contexto organizacional.

A essência desse papel consiste em transformar pessoas comuns em campeões. Explorar


habilidades, aprimorando atitudes e extraindo potenciais que possam estar latentes ou, muitas
vezes, pouco desenvolvidos.

O coach empresarial é a pessoa que se compromete a apoiar alguém com vista em melhorar o
seu desempenho e promover o seu desenvolvimento profissional e pessoal.

Sendo assim, o líder que auxilia no processo de desenvolvimento de pessoas desempenha um


papel de treinador. Ele deve lapidar seus liderados e acompanhar de perto o seu processo de
evolução.

Veja de que forma um líder pode se tornar um verdadeiro coach para a sua equipe:

• Utilizando a disciplina como um instrumento motivacional;

• Fazendo uso do feedback para melhorar desempenho e transformar erros em aprendizado;

• Trabalhando a escuta e valorizando as ações de seus liderados;

• Incentivando o trabalho em equipe.

A partir dessas quatro atitudes, a relação entre líderes e equipe se torna uma rede de
aprendizado que promove, acima de tudo, o aperfeiçoamento de ambas as partes.

É importante destacar que um líder completo aprende com sua equipe. Isto é, no âmbito de
desenvolver pessoas, há espaço para uma evolução mútua, à medida que a liderança é
melhorada na troca com o outro.

O autoconhecimento no contexto organizacional

Falar em desenvolver pessoas implica sempre falar em autoconhecimento.


Independentemente do cargo que se ocupe, porque quanto mais se desenvolve um potencial,
mais se adquire domínio sobre habilidades e limitações.

Desde o primeiro contato entre candidato e empresa, é necessário um nível de


autoconhecimento do candidato e, também, do recrutador.

O primeiro porque precisa expressar em um curto espaço de tempo o que entende ser suas
maiores habilidades, sua compatibilidade com o cargo, além de controlar seu nervosismo, o
que é bastante comum em situações como essa.

Já o recrutador precisa ter domínio sobre seus sentimentos e comportamentos a fim de não
deixar valores pessoais influenciarem excessivamente a sua escolha. O marketing pessoal, por
exemplo, é resultado do conhecimento sobre si mesmo e do aprendizado de técnicas de
comunicação.
Por isso, quanto maior for esse conhecimento, mais coerente será a postura de uma pessoa,
independentemente da situação na qual ela precisa demonstrar seu valor.

Nos dias de hoje, o trabalho ocupa grande parte do tempo das pessoas. Desta forma, tornou-
se uma das principais fontes de autorrealização.

No entanto, nem todo mundo enxerga o seu trabalho como um caminho de realização.

Isso ocorre porque grande parte das pessoas não possui consciência de seus talentos e, da
mesma forma, de seus limites. Muitas vezes a escolha por um ramo de atuação se dá por
questões financeiras, influência familiar, status, entre outros.

Porém, em relação à evolução de uma carreira a falta de autoconhecimento é o principal fator


impeditivo.

O desenvolvimento de pessoas deve sempre fornecer um patamar superior de


autoconhecimento.

É extremamente necessário trabalhar essa questão em todos os níveis hierárquicos da


empresa.

Somente líderes e gestores bem resolvidos, pessoal e profissionalmente, poderão formar


colaboradores realizados e conscientes de seu papel.

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