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UNIDADE 1
UNIDADE 1
Para iniciarmos, indico a leitura do texto As Cinco Décadas do RH, escrito por Bea-
triz Maria Braga Lacombe da FGV-EAESP e Pedro F. Bendassolli da USP. Nesse
texto, você encontrará a contextualização histórica descrita de maneira objetiva e
didática, o que facilitará na compreensão da discussão a seguir. Para encontrar este
texto, basta buscar no Google com o título informado acima.
Neste momento, aproveito para indicar a leitura do livro Gestão de Pessoas de Idal-
berto Chiavenato, livro este considerado base para a prática do profissional de RH,
por contemplar todos os processos e ter uma linguagem didática e de fácil acesso.
Na Biblioteca Virtual, você pode encontrar outros livros do mesmo autor, que contri-
buem bastante para a compreensão do conteúdo a ser trabalhado.
Quando falo em “as pessoas como parceiras da organização”, refiro-me que a mo-
derna Gestão de Pessoas percebe a necessidade e a importância que cada cola-
borador tem para o sucesso ou insucesso do grupo, da equipe, da empresa. Dessa
maneira, percebe-se um maior investimento nas pessoas, e não exclusivamente nos
serviços e produtos. Afinal, para se pensar em qualidade de serviços ou produtos,
precisamos antes de qualquer coisa, pensar em como está a qualidade do meu co-
laborador, do meu parceiro. Ou seja, hoje a GP fala em desenvolver, criar, produzir e
planejar.
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Diante dessa relação de troca, é que a GP precisa incentivar a formação de uma re-
lação duradoura entre as pessoas e a organização. Por isso, hoje um dos objetivos
da GP é que exista a solução ganha-ganha. Essa solução é a relação de troca que
os dois lados ganham, o colaborador e a organização.
Neste momento você deve se questionar: e essa solução, é possível ver em prática?
Atualmente, existem empresas que trabalham dessa maneira?
E eu respondo: sim! Encontramos empresas que já têm como prática essa solução,
seja no levantamento de diagnóstico para palestras, treinamentos e cursos ou atra-
vés de pesquisas de cultura e clima até na escolha do pacote de benefício e planos
de remuneração.
Objetivos Organizacionais
§ Sobrevivência
§ Crescimento sustentado
§ Lucratividade
§ Produtividade
§ Qualidade
§ Redução de custos
§ Participação e imagem positiva no mercado
§ Novos mercados e clientes
§ Competitividade
Objetivos Individuais
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Quando Chiavenato nos mostra algumas diferenças, nesse exemplo, como um dos
objetivos organizacionais ser a participação no mercado e um dos objetivos indivi-
duais ser a consideração e respeito, há uma relação possível de se fazer, pois as
nossas realizações pessoais muitas vezes não são possíveis de alcançar de ma-
neira isolada. A nossa interação com o mundo se dá através do trabalho. É através
dele que interferimos na nossa família, na nossa comunidade, na nossa sociedade e
cultura. O trabalho é a realização do nosso pensamento, das nossas ideias, sonhos
e desejos. Por isso, que a sinergia entre os objetivos (organizacionais e pessoais) é
fundamental para a nossa satisfação pessoal.
Você já deve ter percebido que por mais que esses conceitos existam e contribuam
para entendermos o que é a nova Gestão de Pessoas, em cada organização o de-
partamento de RH atua de maneira diferente. Isso se dá ao fato que esse departa-
mento é situacional e contingencial, pois ele responde a estrutura e cultura de cada
organização. O departamento de RH tem que estar conectado às necessidades da
empresa, conhecer seu planejamento estratégico e atuar de maneira coerente com a
organização.
Mais uma vez, uso como exemplo a figura 1.4, presente no livro Gestão de Pessoas
de Idalberto Chiavenato, onde ele demonstra a diferença entre os colaboradores se-
rem recursos ou parceiros da organização. Essa diferença vai mudar de cultura para
cultura organizacional e do planejamento estratégico vigente.
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Pessoas Como Parceiros
Mas, se a organização tem como opção ter pessoas como recursos, estas pessoas
não serão e não poderão contribuir nada além do que padronização, uniformidade e
reprodutores de atividades sem buscar a melhoria contínua, repensando em planeja-
mento, organização, direção e controle de suas atividades.
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Após a leitura e compreensão dos aspectos fundamentais da moderna Gestão de
Pessoas, precisamos entender quais são os objetivos da GP. E em primeiro lugar,
saber que o papel da equipe que trabalha nesse departamento, independente qual
denominação é dada a ele (Departamento de Pessoal, Administração de Recursos
Humanos, Capital Humano, Capital Intelectual), é de mediador entre os objetivos
organizacionais e os objetivos individuais. Afinal, fazer parte da equipe de Gestão
de Pessoas é poder colaborar para a construção de uma empresa com equipes
coesas e solidificadas, mantendo as políticas éticas e um comportamento socialmen-
te responsável, estimular as mudanças, tanto em nível de cultura e planejamento
estratégico como para o desenvolvimento das equipes, contribuir para a satisfação
no trabalho através de programas de saúde e qualidade de vida do trabalhador, de
programas de remuneração e benefício e progressão de carreira, contribuir para o
alcance dos objetivos organizacionais e cumprimento de sua missão, mantendo-a
competitiva e contribuindo para o constante desenvolvimento e atualização dos cola-
boradores.
Além da interação nos processos, é importante observar que os objetivos devem es-
tar sempre com a percepção do todo, e não ter objetivos específicos.
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Esse movimento de sistematização tem sido visto em diversas empresas, setores e
equipes, inclusive na exigência do mercado. Você nunca escutou que o profissional
da atualidade precisa ser multifuncional?
Diante disso, a relação entre o RH e o gerente de linha deve existir de maneira coe-
sa. E é diante dessas necessidades, que atualmente falamos de uma consultoria
interna, cuja equipe estará acompanhando todas as necessidades de um setor espe-
cífico.
Para a nossa primeira unidade, finalizamos com este assunto e concluímos lembran-
do a todos da necessidade de leitura do texto e livros indicados, assim como da rea-
lização das atividades e participação nos fóruns.
Nesta unidade discutimos sobre o conceito de Gestão de Pessoas, sua evolução his-
tórica e as maneiras de percepção que encontramos em um ambiente organizacio-
nal. Para dar continuidade aos estudos, é necessário você conhecer bem o processo
histórico e saber quais processos a moderna GP tem como prática, saber qual seu
conceito e funções.
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2. HISTÓRIA DA GP
Agora, prezado estudante, você deve resgatar o texto indicado no segundo pará-
grafo, As Cinco Décadas do RH escrito por Beatriz Maria Braga Lacombe da FGV-
-EAESP e Pedro F. Bendassolli da USP, a fim de relacionar com a descrição história
relatada nesse texto.
Você já deve ter percebido que as mudanças no mundo organizacional são reflexos
das mudanças que vêm acontecendo no mundo. Não podemos falar em evolução
organizacional sem as necessidades que surgem a partir das necessidades históri-
cas. Hoje, fazemos parte de um mundo que o produto não é só o objeto em si, que
a produção não é só o tempo de entrega, mas que os serviços se transformaram em
produto e a produção se transformou em qualidade.
Mais uma vez, utilizo a contribuição de Idalberto Chiavenato, cuja ilustração é a figu-
ra 2.5, que se encontra no livro Gestão de Pessoas, 3ª edição. Resumi a ilustração
da seguinte maneira:
§ Mercados de serviços
§ Unidades de negócios para substituir grandes organizações
§ Dinamismo, mudança
§ Estruturas orgânicas
§ Modelos flexíveis
§ Necessidade de mudança
§ Equipes de GP
§ Pessoas como parceiras
Mas para isso, precisamos nos preocupar com aspectos claros e concretos no mun-
do atual. A moderna GP deve levar em consideração a globalização, as pessoas,
o cliente, os produtos/serviços, o conhecimento, os resultados e a tecnologia. Pois
as mudanças são constantes e as necessidades de ontem, não são as mesmas de
hoje, nem serão as mesmas de amanhã.
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Em relação à Gestão de Pessoas, enxergamos que ela passou por mudanças com-
patíveis com o contexto mundial. Na era da industrialização clássica, encontramos
o departamento de pessoal/relações industriais, cujas funções eram assegurar o
cumprimento das leis, os registros, as férias, a contratação. Ainda neste período, as
relações sindicais passaram a fazer parte da função deste departamento.
Mais uma vez, faço uso das ilustrações de Idalberto Chiavenato apresentadas no
livro Gestão de Pessoas, 3ª edição, na figura 2.11.
§ Concentração na função do RH
§ Especialização das funções
§ Vários níveis hierárquicos
§ Introversão e isolamento
§ Rotina operacional e burocrática
§ Preservação da cultura organizacional
§ Ênfase nos meios e procedimentos
§ Busca da eficiência interna
§ Visão voltada para o presente e o passado
§ Administrar recursos humanos
§ Fazer tudo sozinha
§ Ênfase nos controles operacionais
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Isso nos mostra que o tamanho de uma organização não depende mais só do seu
tamanho ou faturamento, mas das pessoas que a compõem.
Neste último momento da primeira unidade, você irá estudar a percepção, seu con-
ceito e influências na organização. Para essa etapa, sugerimos a utilização do livro
Comportamento Organizacional de Stephen P. Robbins. Como base para esta etapa,
utilizamos a 11ª edição e o conteúdo a ser trabalhado se encontra no capítulo 05.
Segundo o autor mencionado, a “percepção pode ser definida como o processo pelo
qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a finali-
dade de dar sentido ao seu ambiente” (ROBBINS, 2005, 104).
Outra teoria é a percepção seletiva, quando ela é focada nos interesses do próprio
grupo.
O efeito de Halo, quando encontramos uma definição através de uma única caracte-
rística.
Os efeitos de contraste que nos mostra que não avaliamos as pessoas isoladamen-
te.
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A projeção é um conceito freudiano e mostra que é mais fácil julgar o outro quando
acreditamos nas semelhanças.
E por último, a estereotipagem, quando julgamos alguém com base na nossa per-
cepção do grupo que a pessoa está inserida.
Diante disso, saber o que nos move na tomada de decisão, é fundamental para co-
nhecermos as razões e perspectivas dos diferentes líderes, gestores e colaborado-
res.
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