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Curso Governo Aberto

Legendas e links dos vídeos

Módulo 1: Introdução ao Governo Aberto ........................................................................................................ 2


Vídeo 1 ............................................................................................................................................................ 2
Vídeo 2 ............................................................................................................................................................ 4
Vídeo 3 ............................................................................................................................................................ 9
Vídeo 4 .......................................................................................................................................................... 12
Vídeo 5 .......................................................................................................................................................... 18
Módulo 2: Abrindo e reutilizando dados do governo ..................................................................................... 21
Vídeo 6 .......................................................................................................................................................... 21
Vídeo 7 .......................................................................................................................................................... 24
Vídeo 8 .......................................................................................................................................................... 27
Vídeo 9 .......................................................................................................................................................... 31
Módulo 3: Aspectos técnicos e legais .............................................................................................................. 34
Vídeo 10 ........................................................................................................................................................ 34
Vídeo 11 ........................................................................................................................................................ 37
Vídeo 12 ........................................................................................................................................................ 40
Vídeo 13 ........................................................................................................................................................ 42
Módulo 4: Governo aberto e valores públicos ................................................................................................ 48
Vídeo 14 ........................................................................................................................................................ 48
Vídeo 15 ........................................................................................................................................................ 54
Vídeo 16 ........................................................................................................................................................ 56
Módulo 5: Conclusões....................................................................................................................................... 59
Vídeo 17 ........................................................................................................................................................ 59
Módulo 1: Introdução ao Governo Aberto
Vídeo 1
Título: Introdução ao Governo Aberto
Palestrante: Marijn Janssen
Conteúdo: Neste vídeo, os conceitos básicos de Governo Aberto são explicados. Os cinco elementos
do Governo Aberto são discutidos. Além disso, Marijn Janssen explica por que as altas expectativas
do Governo Aberto nem sempre são realizadas.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo01video01.mp4
Texto: Olá, sou Marijn Janssen, professor de TIC e Governança da Universidade de Tecnologia de
Delft.
Minha pesquisa, às vezes, é denotada como "governo eletrônico" ou e-governo, para abreviar. O que
estou estudando é a tecnologia e seu impacto na relação entre governos e seus constituintes.
Atualmente, governos de todo o mundo estão envolvidos em "esforços de Governo Aberto".

As análises mostram que os governos adotam abordagens diferentes e que o ideal de Governo Aberto
é, muitas vezes, difícil de alcançar.

Governos de todo o mundo reconheceram a necessidade de se tornarem mais abertos.

Neste vídeo, abordamos o seguinte objetivo de aprendizado do MOOC Governo Aberto, ou seja,
descrever conceitos básicos relacionados ao Governo Aberto.

A criação de um Governo Aberto não é fácil. O uso do termo “Governo Aberto” é, muitas vezes,
confuso e pode até ser difícil.

Olhe a janela neste slide. No Governo Aberto, a janela é aberta e você pode ver a nuvem agora.

Por sua vez, a nuvem não é, de forma alguma, transparente. Isso já demonstra o desafio principal do
"Governo Aberto".

Criar transparência é um desafio.

É isso que queremos ver.

Transparência real.

Você já se perguntou qual é o propósito de um governo? Por que organizamos nosso governo dessa
maneira? E você tem certeza de que o governo está fazendo as coisas certas? O governo executa suas
atividades de maneira eficiente e o dinheiro dos contribuintes é bem gasto?

Para muitas pessoas, o governo é uma caixa-preta e não está claro o que está acontecendo lá dentro.

Embora possamos ter um senso geral de seu funcionamento, por exemplo, para garantir nossa
segurança, muitas vezes não sabemos como isso é feito.

Os esforços de "Governo Aberto" consistem em abrir essa caixa-preta, criando transparência e


estimulando o engajamento com cidadãos e empresas, para esclarecer o que está acontecendo
internamente, mas também para influenciar o que está acontecendo.
Por que consideramos o Governo Aberto como importante?

Se a governança aberta e responsável é considerada a base da nossa democracia, então, os


mecanismos para garantir a supervisão pública efetiva são primordiais.

Isso requer abertura, mais precisamente a abertura do governo.

A transparência deve permitir que os cidadãos em uma democracia controlem seu governo,
reduzindo a fraude e a corrupção, mas também garantindo seu funcionamento eficaz.

A transparência é, frequentemente, considerada como a marca do Governo Aberto.

Os esforços do Governo Aberto devem resultar em um governo mais democrático, responsável,


eficiente e eficaz.

A responsabilidade exige que os governos forneçam respostas para suas ações ou omissões e sejam
responsáveis pelas consequências.

O Governo Aberto deve resultar em maior colaboração entre os governos e a sociedade civil.

O constituinte deve participar igualmente no desenvolvimento, monitoramento e avaliação das


atividades do governo e, em última instância, contribuir para a tomada de decisões e a formulação
de políticas.

As pessoas devem poder fornecer suas contribuições e seu conhecimento deve ser usado.

Todos esses esforços, também, devem resultar em confiança no governo. Embora isso possa não ser
sempre o caso.

Embora o relacionamento seja muito mais complexo, lembre-se, no nível básico, de que a abertura
é necessária para criar transparência.

Por sua vez, a transparência é uma condição essencial para a prestação de contas.

O envolvimento dos cidadãos é necessário para uma supervisão eficaz.

As expectativas de que o Governo Aberto contribuirá para um melhor sistema democrático são muito
altas.

Os proponentes argumentam que essa abertura pode ser realizada e, tipicamente, fornecem
exemplos de ações bem-sucedidas, como a disponibilização de informações orçamentárias.

No entanto, a visão mais ampla de criar um Governo Aberto é muito mais difícil de alcançar.

Você sabe quanto dinheiro é gasto com a segurança em sua vizinhança? Você conhece as políticas
para manutenção das estradas na sua área? Você sabe quantas vezes seus dados pessoais são
armazenados e acessados através de bancos de dados do governo?

Estas são questões básicas, mas há muitas outras que podemos fazer.

Para entender os desafios do Governo Aberto, precisamos entender o que está acontecendo.
Existe uma pressão significativa para criar abertura, transparência e responsabilização que se origina
de instituições externas: Organizações Não Governamentais - abreviadas como ONGs, fundações, a
mídia e a sociedade civil.

Seus esforços estão, frequentemente, ligados à liberdade de informação (FOI).

A realização desses objetivos requer um ecossistema no qual as partes interessadas interajam entre
si e possam usar a infraestrutura e as ferramentas para criar um Governo Aberto.

O Governo Aberto exige que os governos abram sua caixa-preta.

Os governos devem estar cientes do que é necessário para abrir a caixa-preta e eles devem perceber
o impacto da abertura da caixa-preta.

Nos ecossistemas de governança aberta, os dados desempenham um papel crucial.

Dados confidenciais, como dados sobre sua saúde, não devem ser abertos.

O que acontece se informações de baixa qualidade forem abertas? O que acontece se as pessoas
que abrem e gerenciam os dados são corruptas e, deliberadamente, distorcem ou reformulam os
dados? E se houver uma grande quantidade de dados disponíveis que não podem ser encontrados
facilmente?

E mesmo que os dados possam ser encontrados, seu uso pode ser difícil se estiver disponível apenas
um conhecimento limitado sobre o significado e a qualidade dos dados.

Como os dados devem ser interpretados?

Conhecimento estatístico básico é frequentemente necessário.

Mas que nível de conhecimento podemos esperar do público? O que é realista?

Muitas vezes estamos procurando uma agulha no palheiro.

Nas próximas palestras, abordaremos essas questões com mais detalhes. Sinta-se à vontade para
fazer suas perguntas no fórum de discussão.

Obrigado a todos pela atenção!

Obs.: considerando que o curso é sem tutoria, não disponibilizamos o fórum mencionado.

Vídeo 2
Título: Desenvolvimentos das TICs influenciando o Governo Aberto
Palestrante: Marijn Janssen
Conteúdo: Os desenvolvimentos das TICs tiveram um enorme impacto sobre o Governo Aberto.
Mecanismos de pesquisa, APIs, Mashups e dados vinculados serão explicados juntamente com seu
impacto. Além disso, os dados semânticos e a legibilidade da máquina também serão cobertos.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo01video02.mp4
Texto: Olá, bem vindo de volta!
Existem muitos desenvolvimentos tecnológicos que permitem a criação de Governo Aberto.

A visão é que qualquer um possa fazer uma pergunta e que a resposta correta e precisa seja dada em
tempo real - sem precisar de nenhuma interferência manual.

Ou, melhor ainda, a resposta é dada sem nem haver uma pergunta. Sem usar qualquer tecnologia,
encontrar dados utilizáveis é como procurar uma agulha no palheiro.

Então, como as tecnologias podem ser usadas para criar um Governo Aberto?

Esta questão será respondida nesta palestra, que fornece uma visão geral de algumas das tecnologias
básicas.

Esta é a primeira peça do quebra-cabeça para ajudá-lo a analisar as características de um caso


específico de Governo Aberto.

Estamos nos concentrando nas principais características, das tecnologias mais importantes, que
contribuem para a criação de um Governo Aberto.

Trabalharemos com uma visão ideal, pois a prática é mais teimosa.

Grande parte do esforço por um Governo Aberto está concentrado em torno da abertura de dados
ou da criação de conteúdo atraente.

Mas vamos, primeiro, considerar o que o usuário quer.

O usuário tem um certo desafio ou problema ou está ciente de uma necessidade e quer resolvê-la.

Por exemplo, quanto dinheiro público é gasto para garantir a segurança em sua vizinhança.
Idealmente, uma pergunta está sendo feita e uma resposta é dada.

Infelizmente, isso não é, atualmente, realidade. Na maioria das vezes, começamos pesquisando na
Internet.

Essa é a primeira tecnologia que abordamos.

Em seguida, há uma necessidade de acessar dados.

APIs são discutidas, o que nos fornece uma interface para acessar dados. Depois disso, os dados
precisam ser visualizados e apresentados.

Através de APIs, diferentes fontes de conteúdo podem ser integradas em uma interface visual,
chamada mash-up, para o usuário.

Mash-ups são frequentemente usados para abrir dados, por exemplo, para mostrar quanto dinheiro
é gasto por um governo.

Mas o papel da tecnologia não para por aí. Idealmente, as máquinas são capazes de entender os
dados, o que requer a adição de semânticas que possam ser processadas por máquinas.

Isso significa que os blocos de dados devem estar relacionados entre si, o que pode ser feito
interligando os dados.
Uma vez que os dados possam ser compreendidos e interligados, podemos usar mecanismos de
busca computacionais.

Os usuários podem fazer uma pergunta e a tecnologia fornece a resposta.

Máquinas fazem o trabalho duro em vez de seres humanos.

Como você começaria a procurar um site ou conjuntos de dados de Governo Aberto?

A maioria das pessoas não começa indo para a página da organização.

Geralmente, isso acontece porque eles desconhecem o local mais apropriado para encontrar os
dados.

Em vez disso, muitas pessoas começam usando um mecanismo de pesquisa, como o Google.

Os mecanismos de pesquisa indexaram a web e mostram resultados com base em consultas de


pesquisa.

Como tal, é importante permitir a indexação de sites e garantir que os dados dos sites sejam descritos
usando o texto correto.

Escolher o texto correto requer um entendimento de como os usuários pesquisam seu site.

Só, então, os usuários poderão encontrar o site certo.

A recuperação e a precisão são critérios importantes quando uma máquina pesquisa dados na
Internet.

Lembre-se de como um mecanismo de pesquisa encontra o que você deseja.

Um alto nível de recuperação resulta em um grande conjunto de respostas que é relevante para uma
consulta específica.

Precisão é o quão bem um sistema elimina o que você não quer.

Alta precisão resulta em um pequeno conjunto de respostas relevantes para sua pergunta.

Um alto nível de recuperação significa que a maioria dos resultados relevantes é mostrada.

Frequentemente, utilizamos a pesquisa baseada em palavras-chave, que possui um alto nível de


recuperação e um baixo nível de precisão, além de mostrar muitos resultados relevantes.

Em contraste, os mecanismos de pesquisa em linguagem natural têm uma taxa de precisão mais alta
e um menor nível de recuperação.

Eles fornecem as respostas certas possíveis.

Os designers de sites devem estar cientes disso para permitir que os mecanismos de pesquisa
indexem o site e permitam que os usuários encontrem facilmente o site.

Há muito conteúdo disponível.


Os dados como conteúdo podem receber formulários como texto, imagens, vídeo ou áudio, e são,
geralmente, projetados para que as pessoas consumam diretamente através da leitura, observação
e audição.

No entanto, as máquinas não podem realmente entender esses tipos de dados.

É aí que entra a marcação.

Ao usar tags, você pode descrever os dados. Isso é chamado de metadados: dados que descrevem
dados.

Esses dados podem ser usados por máquinas, por exemplo, para facilitar a pesquisa de determinados
dados.

Marcação é o que você faz no Facebook ao adicionar os nomes de seus amigos em uma foto.

Se milhões de pessoas fizerem isso, as máquinas poderão usar essas tags.

Marcação automática também é possível.

Por exemplo, os mecanismos de pesquisa de reconhecimento facial podem identificar pessoas e


adicionar tags, o que reduz o tempo de processamento.

Os dados de marcação costumam ser recompensados com melhor visibilidade nos resultados de
pesquisa e facilitam para outras pessoas encontrar o que estão procurando.

Os dados precisam ser acessados usando interfaces.

API é uma abreviatura de Application Programming Interface e é uma forma de os programadores


utilizarem uma determinada aplicação através uma interface padronizada.

Por exemplo, o Open edX inclui um conjunto de APIs que permitem criar aplicativos que interagem
com a plataforma edX.

As APIs são fornecidas por grandes nomes da web, como Google, Amazon, Facebook e Twitter, para
permitir que outras pessoas usem seus dados e funcionalidades.

Através de APIs, você tem acesso a dados ou funcionalidades que você pode integrar em seus
próprios aplicativos.

Você pode pensar em uma API como um tipo de interface para blocos de construção.

Usando blocos de construção, as APIs facilitam a liberação de dados e a criação de seus próprios
aplicativos.

Quando as APIs mudam, isso afeta muitas pessoas e empresas e o software pode parar de funcionar.

Portanto, sempre garanta que as versões anteriores de uma API continuem em execução.

Ao usar APIs, você pode usar os dados em tempo real, o que significa que os dados mais recentes
serão usados.

As APIs podem resultar no uso acelerado de dados e funcionalidade por outras pessoas.
Agora que sabemos como acessar os dados, é necessário criar uma interface visual.

Sem dúvida alguma você já usou um mash-up em algum momento. Um mash-up se refere à
integração de várias fontes de dados em uma única interface de usuário.

AJAX, que se refere a uma combinação de JavaScript Assíncrono e Extensible Markup Language, XML,
é usado com mais frequência.

JavaScript é uma linguagem de script simples, enquanto o XML é usado para descrever interfaces.

Existem vários outros protocolos relacionados.

Essas tecnologias permitem a criação de um novo aplicativo rapidamente usando a ligação visual e
mapeando as interfaces das APIs.

Mash-ups podem ser criados usando editores visuais e habilidades básicas de programação são
ocasionalmente necessárias.

Muitas vezes, um mapa geográfico é usado como base para criar um mash-up.

Um exemplo típico de dados cartográficos é o uso de mapas do Google para misturar informações
de localização e, por exemplo, dados de poluição. Um mapa geográfico no qual os dados são
mapeados é frequentemente usado.

Aplicativos como o FixMystreet são exemplos típicos de mash-ups. No FixMyStreet, os cidadãos


interagem com os governos locais.

Os cidadãos podem denunciar problemas em sua vizinhança. Por meio dessa plataforma, é mais fácil
para os municípios responder rapidamente e reparar danos.

As tecnologias desempenham uma função capacitadora para o Governo Aberto.

O problema com a descrição de dados e APIs de dados é que cada pessoa pode torná-los diferentes,
resultando em descrições heterogêneas.

Não há uma descrição padrão que todos entendam, nem uma maneira padrão na qual os sistemas
de comunicação interpretem as informações.

A semântica fornece significado e é necessária para se referir ao que os dados denotam.

Por exemplo, "estar aberta" pode se referir a estar do lado de fora, a atitude de uma pessoa, uma
porta sendo aberta e assim por diante.

"Ter dinheiro para queimar" não deve ser interpretado como se alguém fizesse uma fogueira usando
notas.

A web semântica é baseada na descrição do significado dos dados de uma maneira estruturada.

A maioria dos protocolos usa metadados para descrever o significado.

Desta forma, humanos e máquinas podem entender o significado.

Há uma ampla gama de tecnologias e protocolos que tratam de semântica.


Uma vez que os dados estão disponíveis em um formato estruturado, como você sabe se os dados
estão relacionados a outros dados?

"Dados vinculados" refere-se a conectar blocos de dados, uns aos outros.

Por exemplo, John tem um endereço de e-mail e o nome John pode ser vinculado a esse endereço
de e-mail.

O Resource Description Framework, RDF, forma um dos blocos básicos para descrever como os dados
são relacionados.

Ao fornecer os links no RDF, aplicativos podem explorar o conhecimento extra de outros conjuntos
de dados.

Ao vincular o nome de John a um endereço de e-mail, um aplicativo pode inferir qual é o endereço
de e-mail de John sem precisar de intervenção humana.

Vincular todos os tipos de dados, uns aos outros, cria o que chamamos de teia semântica, consistindo
em numerosos vínculos e permitindo que as máquinas façam inferências.

Todas essas tecnologias juntas têm o potencial de criar um Governo Aberto real.

Em vez de ter que fazer o trabalho manualmente, uma pergunta pode ser feita e, automaticamente,
a resposta pode ser gerada.

O Wolfram Alpha é um exemplo de um mecanismo de busca computacional que emprega o


processamento de linguagem natural e a web semântica para fornecer uma resposta às perguntas
feitas.

Isso permite que os usuários pesquisem com alta precisão, pois o significado dos dados é descrito e
os conjuntos de dados são relacionados uns aos outros, experimente!

Usando essas tecnologias é possível encontrar a agulha no palheiro!

Os seres humanos fazem uma pergunta e a tecnologia fornece as respostas.

As máquinas fazem o trabalho duro para encontrar a agulha. Mas não é tão fácil como você viu...

Apenas uma breve introdução das tecnologias de base foi dada.

Além disso, as descrições semânticas dos dados são necessárias para permitir que as máquinas
raciocinem sobre os dados.

Obrigado a todos pela atenção!

Vídeo 3
Título: Evolução do Governo Digital
Palestrante: Tomasz Janowski
Conteúdo: Como podemos classificar e distinguir o nível de abertura de certos governos? Neste
vídeo, veremos um pouco de diferentes etapas e objetivos. Também será fornecida uma estrutura
para a caracterização da abertura. Para concluir, são dados exemplos diferentes de como os
governos podem se tornar mais abertos.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo01video03.mp4
Texto: Olá, meu nome é Tomasz Janowski.

Eu trabalho para as Nações Unidas, onde estou dirigindo a recém criada Unidade Operacional da
Universidade das Nações Unidas, que se concentra no Governo Digital,chamada UNU-EGOV.

A UNU-EGOV conduz pesquisas e projetos de Governo Digital e trabalha com muitos países que
desenvolvem políticas e programas de Governo Digital.

Em minha breve apresentação, falarei sobre a evolução do Governo Digital e como isso levaao
Governo Aberto.

Em particular, apresentarei um modelo específico que postula que a evolução do Governo Digital
ocorre espontaneamente, mas em certas fases bem delineadas; mostrarei algumas evidências da
política de Governo Digital e pesquisa em apoio a esse modelo; e explicarei as razões subjacentes
para a evolução do Governo Digital.

Iremos examinar as pressões enfrentadas pelos governos e como eles respondem a essas pressões
ao inovar com a tecnologia digital.

Finalmente, mostrarei como a evolução leva ao Governo Aberto e além.

Desde 1993, quando o termo “Governo Digital” foi oficialmente usado pela National Performance
Review pelo, então, Vice-Presidente dos EUA, Al Gore, os governos têm se empenhado em colocar
seus esforços de Governo Digital a serviço de uma série de objetivos públicos cada vez mais
ambiciosos e de alto valor: aumentar a qualidade e eficiência das operações internas do governo,
oferecer melhores serviços públicos usando canais eletrônicos e tradicionais, facilitar a reforma
administrativa e institucional no governo, envolver os cidadãos nos processos de tomada de decisões
e formulação de políticas do governo e, mais recentemente, apoiar esforços políticos específicos em
diferentes setores e nos níveis locais e até comunitários.

Com exceção do último objetivo, todas as metas anteriores levaram ao contexto de aplicação do
Governo Digital em constante expansão, desde o ambiente tecnológico no governo, passando pala
organização governamental aprimorada por tecnologia, até essa organização, digitalmente
melhorada, operando e influenciando o ambiente socioeconômico mais amplo.

Em resposta aos objetivos em mudança, o Governo Digital evoluiu também.

O estágio de digitalização (ou Tecnologia no Governo) implica, por exemplo, o estabelecimento de


portais governamentais on-line para fornecer informações e serviços on-line aos cidadãos.

O estágio de Transformação (ou Governo Eletrônico) implica, por exemplo, em conectar as agências
do governo para que os cidadãos não sejam obrigados a interagir com agências governamentais
individuais, mas com o governo como um todo.

O estágio de Engajamento (ou Governança Eletrônica) envolve, por exemplo, o uso das mídias sociais
para engajar os cidadãos nos processos de tomada de decisão do governo, legitimando, assim, tais
decisões e adotando o canal que os cidadãos frequentemente fazem uso.
Finalmente, a etapa de Especialização (ou Governança Eletrônica Orientada por Políticas) envolve
esforços governamentais específicos voltados à aplicação de tecnologia digital para desenvolver
educação, saúde, economia e outros setores, e fornecer respostas políticas específicas nos níveis
local e até comunitário.

Os quatro estágios podem ser caracterizados usando três perguntas de resposta “sim/não”: se o
governo digital transforma o governo, se a transformação muda as relações entre o governo e os
cidadãos e se a transformação considera o contexto local ou setorial em que está sendo aplicada.

Todas as três perguntas são negativas para o estágio de Digitalização, positivas para o estágio de
Especialização, e variam para as etapas de Transformação e Engajamento.

Para o estágio de Transformação, a questão sobre se o Governo Digital transforma o governo é


positiva e as duas perguntas restantes são negativas. Para o estágio de Envolvimento, a questão se a
transformação considera o contexto local ou setorial é negativa e as questões restantes são positivas.

Enquanto as três variáveis fornecem uma caracterização lógica do modelo de Evolução do Governo
Digital, a questão que permanece é se esta evolução está realmente ocorrendo.

O modelo de Evolução do Governo Digital, apresentado anteriormente, é apoiado por políticas do


Governo Digital promulgadas por muitos governos em todo o mundo e por iniciativas internacionais
de referência, que comparam o desempenho relativo no Governo Digital em todo o mundo.

Por exemplo, muitos governos aplicam o Governo Digital para apoiar diferentes setores.

Por exemplo, Singapura promove o setor econômico por meio de centros de inovação e
empreendedorismo.

A República da Coreia promove o mesmo através da governança colaborativa público-privada.

A União Europeia promove o setor social através da prestação de serviços públicos que respondem
a diferentes necessidades sociais.

As Nações Unidas promovem o mesmo através da adoção de práticas centradas nos cidadãos.

A Estônia protege o meio ambiente através da adoção do gerenciamento de documentos sem papel.

A Waseda University protege o mesmo através da adoção da computação em nuvem e virtualização


de data center.

Também estudamos a pesquisa do Governo Digital realizada entre 1992 e 2014, vista através do
registro de publicações no Government Information Quarterly (GIQ) como a revista científica mais
proeminente na área.

Este estudo forneceu evidências em apoio à Evolução do Governo Digital.

As tendências da publicação do GIQ mostram que a pesquisa do Governo Digital que mais cresce diz
respeito ao estágio de Engajamento, seguida pelas etapas de Especialização e Transformação, e o
crescimento mais lento é observado na etapa de Digitalização.

Como explicar “por que a evolução do Governo Digital está ocorrendo”?


A evolução pode ser explicada pela presença de pressão externa ou interna sobre os governos,
governos que respondem a essas pressões usando a tecnologia digital disponível na época e
participam de inovações do Governo Digital e, com o tempo, essas inovações se tornam parte da
prática regular do governo, levando à institucionalização do Governo Digital.

No último estágio, o Governo Digital simplesmente se torna governo.

Por exemplo, o governo pode estar sob pressão para melhorar a eficiência interna (Estágio de
Digitalização) e pode responder a essa pressão através do compartilhamento de informações e
serviços por diferentes agências governamentais, que é um tipo de inovação do Governo Digital,
possibilitada por tecnologias digitais, como World Wide Web ou Cloud Computing.

Por sua vez, tais inovações estão sendo institucionalizadas através da transformação do governo em
um governo-único, que se torna parte da prática regular do governo.

O Governo Aberto é outro possível resultado da evolução do Governo Digital.

Quando os governos estão sob pressão para aumentar o acesso à informação, alcançar cidadãos e
facilitar a supervisão dos cidadãos sobre suas operações, eles podem responder envolvendo-se em
Consulta e Ideias de Cidadãos, Crowdsourcing e Co-Delivery, Orçamento Participativo e outras
inovações do Governo Digital, usando, por exemplo, a World Wide Web, Redes Sociais e Big Data.

Quando institucionalizadas, ao longo do tempo, essas inovações permitem a Liberdade de


Informação, o Envolvimento dos Cidadãos e o Governo Aberto como formas particulares de Governo
Digital institucionalizado.

Aqui estão as referências relacionadas a esta apresentação.

Obrigado pela sua atenção e boa sorte com o estudo deste importante e excitante domínio.

Vídeo 4
Título: Partes interessadas em Governo Aberto
Palestrante: Marijn Janssen
Conteúdo: Quem são as principais partes interessadas envolvidas no Governo Aberto? Neste vídeo,
diferentes tipos de partes interessadas são apresentadas e seus interesses são explicados. As
diferentes partes interessadas têm visões e expectativas diferentes do Governo Aberto.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo01video04.mp4
Texto: Saudações!
Há muitos atores envolvidos no Governo Aberto que, às vezes, são difíceis de manobrar na direção
desejada.

Os interesses de pessoas e grupos podem ser altamente controversos e têm o potencial de facilitar,
mas também de impedir, o Governo Aberto.

Portanto, é importante saber quais partes interessadas estão envolvidas e qual é o seu papel no
Governo Aberto.

Organizar estas partes interessadas pode nos fornecer informações valiosas.


O poder inerente e as estruturas de incentivo dos grupos de partes interessadas desempenham um
papel particularmente importante no avanço do Governo Aberto.

Assim, é imperativo ter uma visão geral dos grupos de partes interessadas e conhecer seus interesses
e preocupações.

Neste curso, o termo "ator" não deve ser confundido com "parte interessada".

"Ator" refere-se a uma noção abstrata de uma pessoa física desempenhando um determinado papel.
Por exemplo, um ator pode ser um usuário de um site de governo aberto.

O ator "usuário" pode ser um político eleito, um desenvolvedor ou alguém apenas acessando, por
acaso, o site.

Em contraste, uma parte interessada pode ser definida como “um indivíduo ou grupo com interesse
ou preocupação sobre alguma coisa”.

Uma parte interessada pode ser um político, um desenvolvedor ou um grupo de interesse.

Os interesses das partes interessadas são diferentes.

Um político pode querer ter o site mais atraente para ser reeleito, um desenvolvedor está
interessado em testar o funcionamento do site, e um usuário casual pode começar a encontrar o site
que o interessa, mas também pode continuar a navegar.

Existem partes interessadas primárias e secundárias.

As partes interessadas primárias estão diretamente envolvidas e participam das interações e


transações.

Por exemplo, uma parte interessada primária pode ser um usuário de dados abertos que dá sentido
aos dados.

Mas os políticos que querem atingir determinados objetivos com o Governo Aberto também podem
ser os principais interessados.

As partes interessadas secundárias não estão diretamente envolvidas, mas podem ser afetadas por,
ou podem afetar, suas ações.

Estes podem incluir grupos de lobby, mídia, órgãos públicos não diretamente envolvidos, bem como
empresas que possam ser afetadas pelos resultados do Governo Aberto.

A teoria das partes interessadas originou-se da literatura sobre Gestão Estratégica e considera que
uma organização consiste em uma ampla gama de partes interessadas, cada uma com seus próprios
interesses e objetivos.

Nesta apresentação, apenas analisamos os grupos de partes interessadas, ao passo que, na sua
situação, você também deve olhar para as pessoas dentro desses grupos, pois elas podem ser
dominantes e influentes.

Mitchell e associados propuseram uma classificação das partes interessadas com base no poder de
influenciar, a legitimidade da ação de cada parte interessada e a urgência das partes interessadas.

Esses atributos podem ser usados para analisar as partes interessadas.


O poder de uma parte interessada é a capacidade de realizar os resultados desejados.

Legitimidade é uma percepção ou suposição generalizada de que as ações de uma entidade são
desejáveis, adequadas ou apropriadas.

Urgência significa que há uma necessidade urgente de ações imediatas.

Para cada parte interessada, seu poder, legitimidade e urgência podem ser analisados.

Com base nesses atributos, uma melhor compreensão das posições das partes interessadas pode ser
criada e estratégias para mobilizar as partes interessadas podem ser desenvolvidas.

Vamos dar uma olhada nos principais grupos de partes interessadas.

Existem muitos atores envolvidos no Governo Aberto.

O Governo Aberto aborda a relação entre o governo, por um lado, e as empresas e a sociedade civil,
por outro.

A sociedade civil se refere a todas as organizações não-governamentais, ONGs e instituições que


manifestam os interesses e a vontade dos cidadãos, sendo independentes do governo.

Os Dados Abertos tratam da oferta e a demanda por dados abertos para criar um Governo Aberto.

O fornecimento de dados abertos não é tarefa apenas do governo, mas também de agências
internacionais, sociedade civil local e setor privado.

Além disso, o lado da demanda por dados abertos diz respeito não apenas ao público, mas também
a outras agências governamentais que desejam reutilizar ou enriquecer dados.

Pode haver diferenças significativas entre o setor público e o público em relação à conveniência de
um Governo Aberto e como deve ser o Governo Aberto.

Por exemplo, organizações públicas podem fornecer dados usando interfaces predefinidas, enquanto
alguns usuários desejam acessar os dados brutos no nível mais baixo de granularidade para suas
análises.

Nos esforços de dados abertos, os governos querem fornecer dados abertos com os menores custos,
enquanto o público quer lidar com os dados em um formato fácil de usar, o que pode ser caro.

Entender essas tensões de partes interessadas é importante, pois os esforços abertos do governo
estão ocorrendo em espaços com políticas e relações de poder existentes.

O Governo Aberto pode reforçar e romper esses relacionamentos.

Você poder perceber que a paisagem já está se tornando mais complexa quando analisada a partir
de uma perspectiva das partes interessadas. Vamos ampliar ainda mais.

Primeiro, examinaremos o público como uma parte interessada principal.

O público é diversificado e consiste em muitos grupos. Alguns são intrinsecamente motivados a


participar, enquanto outros não têm recursos e habilidades para se envolver em um Governo Aberto.
Ao fornecer feedback sobre o que é feito com sua contribuição, os usuários podem ser incentivados
a participar.

A inclusão e representação de todos os grupos de parte interessada são preocupações importantes.

Frequentemente, apenas uns poucos felizardos participam e os grupos de partes interessadas que
mais precisam não são incluídos.

Por causa disso, há um risco de que o Governo Aberto apenas reforce as estruturas existentes, apenas
capacitando aqueles que já estão empoderados, pois eles têm os recursos e os meios. No entanto, o
Governo Aberto pode envolver grupos marginalizados, fornecendo-lhes os meios e a urgência de
participar.

Uma análise das partes interessadas pode mostrar que alguns desses usuários podem não ter
incentivo ou urgência para se envolver. Isso pode ser devido ao desconhecimento ou falta de
alinhamento com seus interesses.

Enfrentar um problema social de seu interesse e construir capacidade para usar dados abertos pode
ajudar a envolvê-los. É essencial conhecer o seu público!

Uma maior inclusão em Governo Aberto só se torna possível se entendermos e apoiarmos


adequadamente os usuários e monitorarmos e observarmos quem está interagindo com sites e
portais.

A segunda parte interessada na qual focamos é a dos políticos.

Alguns políticos são importantes facilitadores do Governo Aberto, enquanto outros podem não
gostar nada disso.

Como representantes eleitos, eles têm um alto nível de legitimidade.

Envolvê-los nos esforços e obter seu apoio é uma preocupação fundamental.

Eles têm o poder de fornecer recursos e outros meios necessários e, ao mesmo tempo, podem ser
diretamente afetados pelos esforços do Governo Aberto ao serem responsabilizados.

Não podemos esperar que os políticos conheçam todos os meandros dos problemas em questão.

Além disso, eles podem não ser experientes em tecnologia e podem ter uma compreensão limitada
das possibilidades oferecidas pela tecnologia.

Uma "compra" de seu apoio pode ser necessária.

É importante manter os políticos informados sobre o que está acontecendo, qual o impacto para eles
e quais melhorias são possíveis.

Os provedores de infraestrutura são uma parte interessada secundária importante, porque as


infraestruturas facilitam o Governo Aberto e muitas vezes são criadas pela cooperação entre muitas
partes públicas e privadas.

Existem todos os tipos de provedores de infraestrutura, desde serviços em nuvem até visualizadores
de dados.
Isso resulta em um cenário complexo, no qual as dependências entre provedores não são
facilmenteconhecidas, o que pode resultar em custos ocultos.

Muitas vezes, um dos principais incentivos para os provedores de infraestrutura é o dinheiro.

A infraestrutura total pode se tornar muito cara e fazer alterações pode ser difícil.

Como o conhecimento especializado e as habilidades técnicas são ativos importantes no Governo


Aberto,os provedores de infraestrutura podem desempenhar um papel central no Governo Aberto.

Nos Países Baixos, a Fundação Neddat é uma fundação independente e sem fins lucrativos que visa
criar um ambiente no qual dados abertos possam ser acessados e usados por todos.

Sua infraestrutura suporta tanto fornecedores de dados quanto usuários.

O Governo Aberto cria muitos dados e conteúdo.

Infomediários são outra parte interessada primária que ajuda os usuários a gerenciar a grande
quantidade de informações, agregando e analisando informações.

Eles podem segmentar grupos de usuários que estão fora do alcance e podem desempenhar um
papel confiável na comunicação com esses grupos.

Infomediários podem desempenhar um papel capacitador, agindo como pontes para as comunidades
e agindo em nome dos usuários.

Eles fazem um trabalho complexo, como limpeza de dados, combinação de dados, realização de
análises e assim por diante.

Os infomediários podem contextualizar a informação de maneiras que fazem sentido para diversos
grupos, incluindo os cidadãos nas bases.

Os infomediários podem ser organizações sem fins lucrativos ou comerciais.

Organizações sem fins lucrativos podem querer alcançar o ideal de Governo Aberto.

As organizações de lucro precisam ter modelos de negócios viáveis para garantir que a receita seja
criada.

Isso pode ser feito complementando os serviços existentes.

Infomediários geralmente entendem melhor as necessidades dos usuários do que os governos.

Eles podem desempenhar um papel vital em inovar e desenvolver novas soluções.

Por fim, há uma ampla gama de organizações públicas, ONGs, agências internacionais e atores
privados envolvidos em processos de desenvolvimento, criação, publicação e uso de dados.

Um exemplo é o World Bank, que tem seu próprio portal de dados aberto.

Os doadores e as organizações de defesa de direitos estão investindo em dados abertos, abrindo seus
próprios conjuntos de dados ou pressionando por dados abertos como parte dos esforços de
Governo Aberto.
A Open Government Partnership, OGP, é uma associação voluntária de muitos países comprometidos
em “aumentar o acesso a novas tecnologias para abertura e responsabilidade”.

Essas organizações podem ajudar a criar a urgência e a legitimidade do Governo Aberto.

Por exemplo, para facilitar o uso, no Quênia, o Banco Mundial apoiou a capacitação da comunidade
técnica seguindo a demanda.

Na Holanda, a Fundação OpenState é um fator-chave para liberar informações sobre gastos e


aumentar a qualidade dos dados.

Espero que você esteja ciente de que há uma ampla gama de partes interessadas envolvidas no
Governo Aberto.

Durante a discussão de algumas das principais partes interessadas, eu forneci algumas estratégias
que podem ajudar a criar um Governo Aberto e quero resumí-las em seguida.

Criar compromisso para aqueles que têm o poder sobre os recursos é importante.

Isso pode representar políticos, mas também organizações como o World Bank.

Entenda os usuários e reduza o limite a ser usado.

Crie interfaces fáceis de usar e vá até os usuários e pergunte o que eles precisam.

Medidas simples podem resultar em níveis mais altos de uso, como, por exemplo, que os dispositivos
móveis sejam suportados pelo fornecimento de uma interface apropriada.

Dessa forma, os usuários que possuem apenas dispositivos móveis podem participar de um Governo
Aberto.

Novos grupos podem ser envolvidos criando uma urgência para eles participarem.

Vincule os esforços de Governo Aberto a problemas sociais que são importantes para eles.

As pessoas gostam de saber que sua contribuição é valorizada.

Forneça o feedback ao usuário sobre o que é feito com sua informação.

Organize eventos e treine usuários.

Eventos, como hackatons, podem ser usados para entender usuários e chegar à novas aplicações e
inovações.

Ao mesmo tempo, funcionários públicos e usuários podem ser empoderados por treinamento.

As metas, interesses e percepções das partes interessadas podem mudar com o tempo e podem ser
influenciadas por ações. Portanto, é imperativo conhecer as partes interessadas.

As partes interessadas respondem, antes, à interação de múltiplas influências e, portanto, as


estratégias devem levar em consideração toda a gama de partes interessadas.

Existem muitas outras estratégias para mobilizar as partes interessadas e você pode discuti-las no
fórum de discussão.
Obrigado a todos pela atenção!

Obs.: considerando que o curso é sem tutoria, não disponibilizamos o fórum mencionado.

Vídeo 5
Título: Ciclo de Elaboração de Políticas
Palestrante: Marijn Janssen
Conteúdo: O Ciclo de Elaboração de Políticas é impactado pelo Governo Aberto. Ao abrir dados,
certas políticas são introduzidas ou rejeitadas. São identificadas as características da política e as
diferentes tecnologias que podem afetar a forma como a política é feita.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo01video05.mp4
Texto: Saudações!

A formulação de políticas é um processo no qual as decisões são tomadas e realizadas.

Sob pressão do Governo Aberto, a formulação de políticas está mudando e os formuladores de


políticas devem envolver o público mais efetivamente.

Isso pode resultar em melhores políticas e legitimação da realização de políticas.

Após esta palestra, você deverá ser capaz de descrever as principais etapas do ciclo de formulação
de políticas, incluindo parte da complexidade proveniente das muitas partes interessadas envolvidas,
variando os objetivos e muitas alternativas possíveis.

Além disso, você deverá ser capaz de descrever como o Governo Aberto afeta o ciclo de criação de
políticas.

As políticas abordam problemas sociais intratáveis de uma ampla variedade, incluindo poluição,
pobreza, segurança e assim por diante.

Esses problemas são, frequentemente, difíceis de definir e consistem em muitos aspectos que são
difíceis de supervisionar.

Muitas vezes, muitas partes interessadas olham de maneira diferente para esses tipos de problemas.

O significado do problema pode ser diferente para cada um deles e eles podem não concordar que
existe um problema.

A ideologia política desempenha um papel na visualização do que é um problema e quais direções


são escolhidas.

Isso resulta em um processo que consiste em várias iterações e em quais partes interessadas
interagem, umas com as outras, para discutir qual é o problema e como isso deve ser resolvido.

Este processo é bastante complexo e é difícil prever quanto tempo levará para chegar a um consenso
e conseguir soluções.

Nesse processo, tanto especialistas quanto o público podem se envolver.


Tantos fatores estão envolvidos que é difícil supervisioná-los, o que resulta em racionalidade
limitada.

Até os cérebros mais inteligentes têm suas limitações cognitivas.

Além disso, a informação nunca é completa e tem diferentes níveis de qualidade.

As informações podem não ser corretas ou podem dar uma impressão e, somente depois disso, é
possível descobrir que as informações usadas estavam erradas.

Muitas vezes, não há solução "melhor" para resolver o problema da sociedade e muitas direções são
possíveis.

As pessoas podem querer seguir as instruções que foram comprovadas no passado, mas isso não é
uma garantia de que elas funcionarão no futuro. Não há critérios de avaliação claros para avaliar as
alternativas.

Por exemplo, a definição de normas para o nível de poluição é, muitas vezes, baseada no que os
decisores políticos, que são influenciados pelo lobby da indústria e por outras partes interessadas,
pensam que é viável e desafiador.

Muitas vezes, há necessidade de fazer trocas.

Nem tudo pode ser feito ao mesmo tempo. Para piorar ainda mais, os resultados são inerentemente
imprevisíveis dada a complexidade e muitas partes interessadas.

Isto torna difícil para os decisores políticos avaliar as escolhas e determinar o impacto das
intervenções políticas.

Podemos usar dados para prever o que acontecerá, mas somente após a implementação poderemos
nos conscientizar de que outros fatores estão envolvidos e que a intenção de uma política não é
alcançada.

Além disso, muitas vezes se assume que as políticas afetam o comportamento dos seres humanos,
mas a mudança de comportamento pode ser difícil de prever.

Você esperava no início deste século que você participaria de um curso on-line sobre Governo
Aberto?

Portanto, coletar feedback contínuo e modificar políticas é importante, no entanto, isso não é fácil,
dadas as características desse processo.

Embora as representações do processo político ou dos estágios da política variem na literatura, a


conceituação mais conhecida é a combinação de: identificação de problemas, definição de agenda,
implementação, aplicação e avaliação.

Na definição da política, o problema é identificado e analisado, o que resulta na necessidade de


desenvolver uma ou mais políticas.

A necessidade da política, seus efeitos ou resultados desejados, o escopo e o cronograma são


frequentemente formulados.

Isso inclui o público-alvo que será afetado pela política.


Depois disso, a política atual está sendo desenvolvida. Isso significa analisar o problema e identificar
soluções alternativas. Isso requer trocas.

Muitas vezes, muitas partes interessadas, com interesses diversos, estão envolvidas nessa etapa, o
que não facilita a obtenção de trocas.

A política selecionada precisa ser implementada.

Isso pode ser feito adaptando regulamentos, desenvolvendo novos serviços, abrindo dados e assim
por diante.

A implementação da política é feita por outras organizações além daquelas que formularam a
política.

Muitas vezes, essas organizações fazem escolhas sobre como implementar a política.

Finalmente, deve-se assegurar que a política seja seguida e que os resultados pretendidos sejam
realizados.

As políticas podem não ter chegado aos efeitos desejados ou podem se tornar obsoletas.

Depois disso, todo o processo começa novamente.

A elaboração de políticas não é um processo estático e pode ser altamente interativo.

O Governo Aberto tem uma enorme influência no ciclo de elaboração de políticas.

Vamos dar uma olhada em alguns exemplos.

A disponibilidade de grande quantidade de dados nas redes sociais pode ser usada para entender
melhor a opinião e os sentimentos do público.

As preocupações e ideias expressas nas mídias sociais podem ser exploradas.

Simulações on-line e jogos sérios podem ser usados para entender melhor o efeito das políticas ou
para entender o comportamento do usuário.

Jogos sérios também podem ser usados para envolver o público nos processos de tomada de decisão
para mostrar-lhes o impacto das decisões.

A Internet das Coisas nos permite medir e coletar dados de praticamente qualquer coisa.

No passado, a medição da poluição era baseada em simulações usadas para estimar a propagação
do ar poluído em áreas geográficas. Atualmente, os sensores podem ser usados para medir a poluição
real.

Os painéis podem ser usados para mostrar quais são os efeitos de uma política. Por exemplo,
mostrando o desemprego nas regiões e o desenvolvimento do desemprego após medidas terem sido
tomadas.

Finalmente, o crowdsourcing pode ajudar a mobilizar a capacidade e as capacidades do público.

Em vez de os formuladores de políticas desenvolverem políticas em suas zonas de conforto, o público


pode ser desafiado a apresentar políticas e ideias melhores.
Hackatons são bons exemplos disso, nas quais muitas vezes novas ideias para a abertura do governo
são desenvolvidas.

Os cidadãos podem se tornar “inovadores democráticos”, como mencionado por Maier-Rabler &
Huber. Isso resulta não apenas em uma transferência de dados, mas também em uma transferência
de geração de ideias de dentro da fronteira do governo para o exterior.

Todos esses desenvolvimentos podem ser usados para contribuir para um Governo Aberto.

Simulações, visualizações e jogos são tradicionalmente usados para o planejamento urbano, mas
podem ser usados para preencher a lacuna entre o governo e o público.

Ao garantir um baixo nível de exigências para participar, mais cidadãos podem se envolver na
elaboração de políticas.

Por exemplo, o Departamento de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido desenvolveu este
belo jogo para entender o efeito da emissão e as medidas que podem ser tomadas para influenciá-
la.

Desta forma, as implicações das ações políticas podem ser mostradas.

Outra vantagem é que o comportamento do usuário pode ser "manobrado" em uma direção.

Você pode imaginar que os usuários estejam mais conscientes do consumo de energia e tomem
medidas para reduzí-lo.

Dê uma olhada por si mesmo!

Tais aplicativos habilitam uma mudança de “enviar informações” para “brincar com elas”.

Simulações podem nivelar o conhecimento dentro e fora da fronteira do governo.

Dessa forma, os cidadãos podem se tornar co-produtores, tornando-se parceiros que efetivamente
expandem seu papel de solucionadores de problemas passivos para ativos.

Embora esses aplicativos possam ser caros e não serem fáceis de desenvolver, pode valer a pena
considerá-los!

Esta foi uma breve introdução à elaboração de políticas.

Muitos livros foram escritos sobre esse assunto e, se estiver interessado, você pode querer explorá-
lo ainda mais.

O Governo Aberto afeta o modo como as políticas são tomadas e permite uma mudança para um
envolvimento mais externo em todos os aspectos do ciclo de formulação de políticas.

Obrigado a todos pela atenção!

Módulo 2: Abrindo e reutilizando dados do governo


Vídeo 6
Título: O que são dados abertos do governo?
Palestrante: Anneke Zuiderwijk
Conteúdo: Neste vídeo, são descritos os principais elementos do Open Government Data (OGD).
Além disso, é dada uma definição do que é o OGD. Além disso, os diferentes tipos de OGD são
descritos em conjunto com alguns Portais de Dados Abertos. Você pode encontrar diferentes tipos
de OGD nesses Portais de Dados Abertos.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo02video01.mp4
Texto: Olá, sou Anneke Zuiderwijk.

Sou pesquisadora da Delft University of Technology e nesse vídeo vamos explorar os dados abertos
governamentais e sua relação com o movimento governo aberto.

Para que dê certo, os governos precisam coletar e processar uma quantidade considerável de dados
diariamente.

Quais são esses dados? Como são usados? E quais dados são de interesse público?

Após assistir ao vídeo você será capaz de descrever os conceitos básicos de Dados Abertos
Governamentais Incluindo: a) seus elementos-chave; b) uma definição aceita por comum acordo; e
c) exemplos de OGD (DAG).

Então, vamos começar pelos elementos-chave.Como o nome sugere, geralmente, diz-se que os
Dados Abertos Governamentais consistem de três elementos: ABERTURA, GOVERNO E DADOS.

Um quarto elemento que é frequentemente esquecido é o uso dos dados.

Os Dados Abertos Governamentais precisam ser utilizáveis.

A combinação desses quatro elementos, Abertura, Governo, Dados e Usabilidade, é o nosso foco
nessa parte do curso.

Embora haja mais elementos para um governo aberto, a divulgação e uso dos dados abertos é um
elemento importante, pois pode fornecer a percepção do que o governo está fazendo.

E como definimos Dados Abertos Governamentais?

Os pesquisadores podem ter opiniões diferentes a esse respeito.

No entanto, concordam que os DAG devem ser:

• Estruturados e, portanto, devem estar em Planilhas Excel ou em arquivos com Valores Separados
por Vírgulas, mas também podem ser arquivos de vídeos ou de áudio.

• Os dados devem ser passíveis de leitura por máquina, para que computadores possam interpretá-
los e conclusões úteis possam ser obtidas.

• Os DAG são dados que os governos e organizações de pesquisa com subsídio público divulgam na
Internet.

• São para reutilização pública.


• Os dados podem ser acessados sem restrições e usados sem pagamento.Isso significa que os
cidadãos não precisam solicitar os dados, mas são publicados por iniciativa do governo.

Os dados podem também ser coletados por organizações de pesquisa.

Os Dados Abertos Governamentais são, idealmente, acessíveis sem restrições.

No entanto, na prática pode haver restrições, como licenças ou infraestruturas não amigáveis ao
usuário para acessar os dados.

NÃO tem a ver com a publicação de dados pessoais, reservados ou secretos, mas somente com a
publicação de dados adequados à transparência.

Frequentemente, o nível da estrutura dos dados abertos é descrito usando-se o método do esquema
de 5 estrelas criado por Berners-Lee.

O nível de 1 estrela é o mais baixo, enquanto que o de 5 estrelas é visto como o nível ideal.

Berners-Lee diz que o primeiro nível, ou o de 1 estrela, é para dados disponibilizados na Internet em
qualquer formato com uma licença aberta, como arquivos PDF ou imagens escaneadas de uma
tabela.

No nível acima, os dados são disponibilizados como dados estruturados em tabelas Excel.

No terceiro nível, os dados são disponibilizados em um formato aberto não proprietário, como CSV.

Quatro estrelas são atribuídas a conjuntos de dados que usam os Identificadores Uniformes de
Recursos, ou URIs, para estipular as coisas.

Os URIs permitem que as pessoas consultem conjuntos de dados específicos.

Finalmente, no nível ideal, os dados abertos estão ligados a outros dados para fornecer contexto,
como por exemplo através do Resource Description Framework ou RDF.

O esquema de posicionamento 5 estrelas de Berners-Lee possibilita distinguir diferentes tipos de


dados abertos.

Então, que exemplos práticos de dados governamentais você conhece?

Em 2006, Dekkers e colegas descreveram exemplos de tipos de dados abertos governamentais: Os


Dados Abertos Governamentais podem ser dados geográficos, fotos aéreas, prédios, informações
cadastrais, redes geodésicas, geologia, dados hidrográficos e informações de dados topográficos.

Podem ser, também, dados jurídicos, incluindo decisões de tribunais nacionais e internacionais,
legislação nacional e tratados.

Os dados podem ser dados meteorológicos, incluindo dados climáticos, padrões e previsões
climáticas.

Podem ser dados sociais, como dados estatísticos sobre economia, emprego, saúde, população,
administração pública. Dados de transporte também podem ser dados abertos governamentais.

Por exemplo, informações sobre congestionamento de trânsito, obras em estradas, transporte


público e registro de veículos.
Um sexto tipo de dados abertos governamentais, mencionado por Dekkers e colegas, são os Dados
Comerciais, como informações sobre a Câmara de Comércio, registros oficiais de negócios, patentes,
informações de marcas registradas e bancos de dados de concorrências públicas.

Em resumo, diversos tipos de DAG são disponibilizados.

Os dados, frequentemente, estão fragmentados e fornecidos em diferentes locais.

Por exemplo, este é o portal do governo dos EUA com milhares de conjuntos de dados.

Eurostat fornece DAG sobre estatísticas de crimes na Europa A Publicspending.net fornece DAG sobre
quanto dinheiro público os governos gastam em quais empresas.

E Junar fornece serviços para transformar os DAG em recursos úteis para os cidadãos.

São exemplos interessantes de DAG, embora essa visão geral não seja completa.

Há mais exemplos na plataforma EdX. Na plataforma, carregamos todos os links apresentados e você
poderá consultá-los.

Você tem sugestões sobre dados abertos governamentais?

Se tiver, coloque-as em nosso fórum de discussão!

Seguem as referências dessa apresentação.

Obrigada pela atenção!

Obs.: considerando que o curso é sem tutoria, não disponibilizamos o fórum mencionado.

Vídeo 7
Título: Processos de Dados de Governo Aberto: da coleta de dados ao uso de dados
Palestrante: Anneke Zuiderwijk
Conteúdo: Vários processos ocorrem entre a coleta de dados e o uso de dados. Múltiplos estágios de
processamento dos dados acontecem nesse meio tempo. Os diferentes estágios são identificados e
explicados. No final, também é dada atenção a diferentes atores envolvidos no processo completo.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo02video02.mp4
Texto: Olá, bem vindo de volta!

Os governos coletam muitos dados. Esses dados podem ser publicados como Open Government Data
e podem ser usados pelo público.

Então, quais são os processos de coleta, publicação, localização e uso de dados governamentais? E
quais atores estão envolvidos nesses processos?

Neste vídeo, exploraremos esses problemas.


Após este vídeo, você deve ser capaz de: a) descrever os processos básicos da coleta, publicação,
localização e uso de dados governamentais abertos; e b) descrever os atores envolvidos nesses
processos.

Então, vamos começar com os processos básicos de dados do governo.

Primeiro, os dados são criados.

Agências governamentais e organizações de pesquisa com financiamento público produzem, coletam


e integram grandes quantidades de dados todos os dias. Eles coletam esses dados para poder cumprir
suas tarefas comuns.

Por exemplo, o Ministério da Justiça coleta dados sobre o número de vítimas de crimes para criar
suas políticas de prevenção ao crime.

A produção desses dados é financiada por dinheiro público.

Em segundo lugar, as agências públicas e as organizações de pesquisa com financiamento público


decidem se vão abrir seus dados na Internet.

Muitas vezes nos referimos ao termo "publicação de dados" quando os dados são abertos.

Os dados podem ser publicados no site de uma organização governamental, em um portal nacional,
em outros portais ou em diferentes combinações de portais relevantes.

Os dados governamentais são, cada vez mais, publicados na Internet e são, então, referidos como
dados abertos.

Em terceiro lugar, os usuários de dados em potencial podem encontrar esses dados pesquisando
Portais de Dados Abertos.

Isso pode ser feito manualmente, no entanto, hoje em dia isso também é feito automaticamente por
máquinas.

Por exemplo, as Interfaces de Programação de Aplicativos, ou APIs, podem ser usadas para essa
finalidade.

Como os dados governamentais abertos são fornecidos por meio de uma grande variedade de
portais, encontrar os dados que alguém está procurando pode ser um desafio, especialmente se ele
não souber se os dados existem e qual organização do governo cria ou coleta os dados.

Os usuários podem estar procurando uma agulha no palheiro.

Quarto, quando dados governamentais abertos são encontrados, esses podem ser usados
subsequentemente.

Muitas vezes, o usuário de dados precisa baixar os dados para poder trabalhar com eles.

Os dados abertos do governo podem ser usados de muitas maneiras diferentes, por exemplo,
limpando, analisando, visualizando, enriquecendo, combinando e vinculando.

Limpeza de dados refere-se à detecção e correção de registros em um conjunto de dados.


A limpeza de dados pode ser uma meta em si, mas muitas vezes é executada para facilitar o uso do
conjunto de dados de outra maneira, por exemplo, analisando-o.

A análise de um conjunto de dados pode significar apenas leitura (ex. observação) do conjunto de
dados e derivar informações úteis dessa atividade.

Mas também pode se referir à realização de uma análise estatística completa usando software, como
o SPSS Statistics.

Uma análise de um conjunto de dados pode levar a novas percepções e compreensão dos dados, ao
analisar, possivelmente, os dados de uma forma que não foi feita antes.

As visualizações geralmente fornecem muito insight sobre um conjunto de dados.

Os conjuntos de dados também podem ser enriquecidos de várias maneiras.

Por exemplo, um usuário pode anotar um conjunto de dados descrevendo sua experiência de uso
desses ou anotando quais informações outros usuários devem levar em consideração ao usá-los.

Um conjunto de dados também pode ser enriquecido pela adição de informações derivadas da
análise estatística ou da visualização.

Outra maneira importante de usar dados abertos é combinar dados com outros conjuntos de dados
ou vinculá-los a outros dados, pois isso revela relacionamentos e correlações entre conjuntos de
dados.

A interpretação de dados é muito importante para cada uma dessas etapas de uso de dados abertos.

Por exemplo, para analisar ou combinar conjuntos de dados abertos, o usuário precisa ser capaz de
interpretar os dados e entender o contexto no qual eles foram criados.

Em suma, apenas exploramos quatro processos básicos, a saber: coleta de dados, publicação de
dados, localização de dados e uso de dados.

Com muita frequência, os governos se concentram em publicar, mas não em aprender com o uso, o
que, por sua vez, pode resultar em melhorias, por exemplo, no processo de publicação
governamental.

Agora nos voltamos para nosso segundo objetivo de aprendizagem: de que modo os atores estão
envolvidos nos processos de coleta, publicação, localização e uso de dados governamentais?

Primeiro, vimos que os provedores de dados estão envolvidos, pois fornecem os dados
governamentais ao público.

Por exemplo, estas podem ser agências governamentais internacionais, federais, regionais ou
municipais, como a Comissão Européia, o governo federal dos Estados Unidos ou o município do Rio
de Janeiro.

Segundo, os usuários de dados abertos ou o público são uma importante categoria de atores.

Existem diferentes tipos de usuários, incluindo empresários, desenvolvedores, cidadãos,


pesquisadores, jornalistas, arquivistas e bibliotecários.
Os próprios funcionários públicos também podem ser usuários de dados governamentais, ao usar
dados fornecidos por outras agências governamentais, por exemplo.

Provedores de dados e usuários de dados são os dois principais atores.

Pode haver tensões entre usuários de dados e provedores de dados, uma vez que eles têm interesses
diferentes.

Além disso, os usuários de dados abertos dependem de provedores de dados governamentais para
obter os dados de que precisam.

Isso significa que, se os governos quiserem que seus dados sejam usados pelo público, eles precisarão
publicar esses dados de uma maneira localizável e utilizável.

Isso pode parecer simples, no entanto, fornecer dados em um formato localizável e utilizável pode
ser complicado.

Por exemplo, organizações governamentais podem ter coletado e publicado dados em um formato
que não é preferido por usuários de dados abertos, o que pode ser uma barreira para o uso dos
dados.

Em suma, antes que o público possa obter informações a partir de dados do governo, esses dados
precisam passar por vários processos de coleta, publicação, localização e uso de dados.

Governos e organizações de pesquisa com financiamento público estão envolvidos como editores de
dados e o público está envolvido como usuário de dados.

Aqui estão as referências relacionadas a esta apresentação.

Obrigado a todos pela atenção!

Vídeo 8
Título: Considerações ao abrir dados do governo
Palestrante: Anneke Zuiderwijk
Conteúdo: Quem é o proprietário dos dados? Existe um período de embargo nos dados? Devemos
abrir todos os dados? Os dados são sensíveis ou a privacidade dos cidadãos é violada? Os dados são
completos e qual é a qualidade dos dados? Todas essas considerações para a abertura de dados do
governo serão discutidas neste vídeo.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo02video03.mp4
Texto: Olá, bem vindo de volta!

Os governos estão disponibilizando quantidades consideráveis de dados ao público todos os dias.

A abertura de dados governamentais pode parecer simples e fácil, mas, na verdade, não é uma tarefa
fácil e requer várias considerações.

Após este vídeo, você deve ser capaz de: a) discutir as considerações para as agências públicas
quando elas estiverem no processo de abertura de seus dados e b) explicar quais trocas as agências
públicas normalmente precisam considerar ao abrir seus dados.
Vamos imaginar que você é um funcionário público que coletou vários conjuntos de dados e que
considera abri-los.

Quais aspectos você precisa considerar?

As principais considerações estão relacionadas a períodos de embargo, abertura de dados,


sensibilidade e privacidade dos dados, qualidade e integridade dos dados e documentação dos
dados.

Embora haja mais considerações, estas são, geralmente, as mais importantes.

Primeiro, você precisa pensar em quem é o proprietário dos dados. A liberação de conjuntos de dados
pertencentes a várias organizações pode ser interessante para usuários de dados em potencial, já
que esses conjuntos de dados combinam insights de várias organizações.

No entanto, um risco potencial de liberar esses dados é que talvez não esteja claro quem é o
responsável pela divulgação dos dados.

Os conjuntos de dados podem pertencer a várias organizações que têm diferentes níveis de
segurança, políticas diferentes e que podem ter que cumprir leis diferentes.

Em segundo lugar, há um período de embargo para os dados?

Por um lado, a adoção de um longo período de embargo reduz o risco de publicação indevida de
dados e os dados podem se tornar menos sensíveis por um período de tempo mais longo.

Além disso, um período de embargo mais longo permite a reutilização de dados pela própria
organização.

No entanto, um atraso maior também pode reduzir a utilidade dos conjuntos de dados.

Terceiro, em que medida a abertura deve ser fornecida?

Em um aspecto, liberar dados governamentais pode fornecer ao público mais insights sobre o que os
processos governamentais abrangem e o que as agências públicas fazem.

Em outro aspecto, a abertura de dados governamentais ao público pode resultar em muita abertura.

Por exemplo, as agências públicas podem liberar acidentalmente dados sensíveis que não deveriam
ter sido liberados.

Isso pode resultar em uma imagem mais negativa do governo e diminuir a confiança do público nele.

Além disso, a abertura tem um custo, já que os provedores de dados precisam colocar esforços e
recursos na abertura dos dados.

Cada conjunto de dados pode ser protegido de maneira diferente e os usuários de dados podem
receber "chaves" diferentes para os dados.

Em quarto lugar, os dados são sensíveis e é legalmente permitido abrir o conjunto de dados?

Pode ser muito difícil determinar a fronteira entre dados sensíveis e não confidenciais, especialmente
porque isso precisa ser feito para cada conjunto de dados individualmente.
A decisão sobre a sensibilidade dos dados requer interpretação e erros podem ser cometidos.

Potenciais efeitos negativos de não divulgar certos dados é que somente estes dados disponibilizados
que favorecem certos argumentos ou decisões de políticos.

Então, os dados abertos implicam algum tipo de preconceito e uma perspectiva irreal pode ser criada
com os conjuntos de dados divulgados.

Em quinto lugar, outra consideração ao abrir dados do governo diz respeito à qualidade e à
integridade dos dados.

Os funcionários públicos podem decidir divulgar os dados sem ter uma visão da sua qualidade.

Como consequência, eles podem publicar dados incompletos, imprecisos, inválidos ou não
confiáveis.

Os usuários de dados podem comentar os dados, tentar aumentar a qualidade e isso pode criar um
incentivo para o editor de dados melhorar os dados.

Por outro lado, os usuários de dados podem não perceber que os dados são de baixa qualidade.

Os dados de baixa qualidade podem ser reutilizados e as decisões e conclusões podem ser baseadas
nesses dados.

Um conjunto de dados com muitos valores ou variáveis ausentes pode ser mal interpretado ou pode
não ser útil.

Os conjuntos de dados precisam ter um certo nível de qualidade e integridade antes de poderem ser
publicados.

Uma sexta consideração diz respeito à documentação de dados.

Para poder usar dados de Governo Aberto, os usuários precisam ter algumas informações sobre o
significado dos dados e a semântica precisa ser clara.

Eles precisam de documentação de dados para entender como os dados podem ser usados.

Por exemplo, para poder encontrar um livro na biblioteca, a pessoa precisa saber em qual categoria
ela deve procurar.

No entanto, adicionar documentação considerável a conjuntos de dados governamentais requer


investimento de tempo e esforço do provedor de dados, uma vez que essas informações geralmente
não podem ser derivadas automaticamente dos sistemas do provedor de dados.

Quando os governos consideram a abertura de seus dados, eles precisam fazer uma troca entre os
benefícios potenciais e as possíveis desvantagens dessa decisão.

Uma questão chave é: abrir ou não abrir os dados?

Os dados exigem uma troca em que ou os benefícios ou os riscos de abertura podem ser dominantes.

Esta figura mostra o processo de tomada de decisão em que os benefícios e desvantagens da abertura
de dados são pesados.
Alguns dados têm muitos benefícios e quase nenhuma desvantagem e podem ser abertos sem
qualquer discussão.

Outros dados não devem ser abertos, sem dúvida alguma, devido à segurança, privacidade ou outros
motivos.

Há uma enorme quantidade de dados que exigem uma troca em que ou os benefícios ou os riscos
podem ser dominantes.

Nós não sabemos quão grande é essa parte que as organizações precisam decidir.

Além disso, é provável que isso mude com o tempo.

Como os valores públicos representam as necessidades e preferências dos cidadãos coletivos, eles
podem mudar com o tempo, pois as necessidades e preferências dos cidadãos também podem
mudar.

É provável que a decisão sobre quais dados devem ser abertos ou fechados varie ao longo do tempo.

Portanto, a troca mais importante é abrir ou não abrir os dados.

Essa troca é baseada nas seis considerações que acabei de mencionar, como qualidade de dados e
sensibilidade a dados.

Para cada uma das considerações, o funcionário público responsável pela liberação de dados precisa
decidir quais aspectos são mais importantes.

Por exemplo, é mais importante que os dados sejam de alta qualidade ou é mais importante apenas
publicar os dados e permitir que os usuários apontem aspectos de baixa qualidade?

É mais importante garantir que não sejam publicados, absolutamente, conjuntos de dados sensíveis
e que sejam removidas todas as variáveis potencialmente sensíveis?

Ou é mais importante que os dados sejam mais úteis, mas possam ser potencialmente sensíveis
quando combinados com outros dados?

Essas são trocas importantes.

Em suma, a abertura de dados do governo não é fácil, e há muitos aspectos que precisam ser
considerados quando uma agência pública decide abrir conjuntos de dados.

As principais considerações estão relacionadas a períodos de embargo, abertura de dados,


sensibilidade e privacidade dos dados, qualidade e integridade dos dados e documentação dos
dados.

Mais considerações existem e você pode querer discuti-las no fórum de discussão.

Para cada conjunto de dados, as organizações governamentais precisam analisar as considerações e


equilibrar os argumentos a favor e contra sua publicação.

Para cada conjunto de dados, eles precisam decidir: abrir ou não abrir?

Obrigado a todos pela atenção!


Obs.: considerando que o curso é sem tutoria, não disponibilizamos o fórum mencionado.

Vídeo 9
Título: Portais de Dados Abertos
Palestrante: Anneke Zuiderwijk
Conteúdo: Onde os usuários podem encontrar todos os diferentes conjuntos de dados? Portais de
Dados Abertos são o link entre provedores de dados e usuários. Os diferentes elementos e formas
dos Portais de Dados Abertos são discutidos. Também, alguns exemplos diferentes de Portais de
Dados Abertos são fornecidos.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo02video04.mp4
Texto: Olá, bom ver vocês de novo!

Você pode se perguntar quais portais são usados atualmente para disponibilizar os dados do governo
ao público.

E quais são os elementos-chave e várias formas desses portais?

Neste vídeo, vamos explorar esses tópicos.

Após este vídeo, você deve ser capaz de: a) definir os Portais de Dados Abertos, b) descrever seus
principais elementos e formas e c) dar alguns exemplos de Portais de Dados Abertos.

Então, como podemos definir portais para dados governamentais abertos?

Um portal deve ser visto como um local onde o usuário pode obter uma visão geral dos dados
disponíveis.

Você pode compará-lo a uma loja on-line que mostra aos clientes em potencial quais produtos estão
disponíveis em sua loja on-line.

Mostra quais conjuntos de dados estão disponíveis e em quais locais.

O portal está entre o usuário final e o provedor de dados.

Assim como um recepcionista ou um controlador de tráfego, o portal direciona o cidadão, ou o


cliente, para o lugar certo, ou seja, para Portais de Dados Abertos, o local onde os dados desejados
podem ser encontrados.

Por meio de Portais de Dados Abertos, as organizações governamentais podem fornecer aos cidadãos
e a outros usuários de dados abertos acesso aos seus dados.

Os portais podem pertencer e ser mantidos por governos ou por outros atores, como fundações, que
podem publicar dados governamentais processados.

Ambos os tipos de portais podem fornecer informações aos cidadãos em dados governamentais
abertos.

Um portal é o primeiro lugar para começar a procurar dados governamentais abertos.


Os dados em si, geralmente, não são armazenados no portal, mas através do portal o usuário pode
obter acesso aos dados, ferramentas e serviços para usá-los.

Os cidadãos podem encontrar dados através de uma variedade de portais e podem usar as
ferramentas e serviços para analisar, visualizar e usar os dados.

Portais de dados abertos existentes diferem em relação aos seus principais elementos e formas.

Eles têm diferentes funcionalidades.

Na maioria dos portais governamentais, apenas agências governamentais podem carregar conjuntos
de dados.

Alguns outros portais também permitem que outros disponibilizem dados ou façam upload de
versões processadas de conjuntos de dados governamentais.

Os portais existentes também alcançam diferentes grupos de usuários, têm diferentes objetivos e
publicam diferentes tipos de dados abertos.

Por exemplo, alguns países concentram-se nos benefícios econômicos de publicar e usar dados
abertos, em empresas e empreendedores como usuários de dados e em dados que devem estimular
o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.

Outros países concentram-se mais em objetivos como transparência e prestação de contas, em


pesquisadores e cidadãos como usuários de dados e em dados que criam novos pontos de vista e
permitem responsabilizar os governos, como dados de orçamento.

Enquanto alguns portais são simples, outros são mais avançados.

Os portais simples são mais baratos de produzir, mas exigem mais trabalho e esforço do lado do
usuário.

Os portais mais avançados geralmente fornecem mais suporte ao usuário, mas são acompanhados
por custos mais altos.

A forma desejada do portal depende do objetivo de fornecimento dos dados.

Por exemplo, se a experiência do usuário e a alta aceitação são vistos como metas importantes para
disponibilizar dados governamentais, um portal mais avançado pode ser desenvolvido.

Como muitos portais estão disponíveis para encontrar dados governamentais abertos, o usuário
pode selecionar o portal de sua preferência.

A maioria dos portais visa apenas tornar os dados pesquisáveis e localizáveis.

Eles não armazenam os conjuntos de dados reais, mas apenas vinculam a locais onde os dados reais
estão localizados.

Existem algumas razões para isso.

A principal razão para não armazenar os dados reais é que a provisão de um único conjunto de dados
em vários locais é evitada.
Os conjuntos de dados, então, não precisam ser mantidos e atualizados em vários locais, reduzindo
assim o risco de que versões múltiplas ou antigas de um único conjunto de dados se tornem
disponíveis.

Além disso, quando os portais não armazenam os dados, eles exigem menos capacidade de
armazenamento.

O armazenamento de muitos e grandes conjuntos de dados governamentais pode exigir bastante


capacidade de armazenamento.

Além disso, os portais que não armazenam os dados, mas referem-se apenas a locais onde os dados
podem ser encontrados, não precisam ser atualizados com tanta frequência quanto os portais que
armazenam os dados.

As atualizações ocorrerão no local dos dados e os links para os dados no portal precisam ser
atualizados ocasionalmente.

Uma desvantagem de não armazenar os conjuntos de dados no Portal de Dados Abertos pode ser
que os dados sejam fornecidos em muitas formas diferentes, uma vez que cada plataforma de
fornecimento de dados possui suas próprias características.

Por exemplo, uma plataforma pode fornecer dados em um determinado formato, enquanto outra
plataforma usa outros formatos.

Essa heterogeneidade pode complicar o uso dos dados.

Metadados, ou dados que descrevem os dados, são frequentemente usados para tornar os conjuntos
de dados do governo pesquisáveis e localizáveis através de Portais de Dados Abertos.

A capacidade de encontrar conjuntos de dados governamentais depende, em grande parte, da


qualidade e da quantidade de metadados.

Existem muitas iniciativas de metadados para tornar os dados mais facilmente pesquisáveis e
localizáveis.

Além disso, tecnologias como interfaces de programação de aplicativos, APIs e dados vinculados
podem ser usadas para tornar os dados mais facilmente pesquisáveis e localizáveis.

As APIs fornecem uma interface para acessar os dados, e os dados vinculados permitem relacionar
blocos de dados entre si.

Dados abertos são disponibilizados através de portais baseados na Internet por governos de todo o
mundo, e existem diferentes formas de Portais de Dados Abertos.

Há uma diversidade de portais, mas não há um portal "melhor", já que cada portal tem seus próprios
objetivos.

Alguns dos portais cobrem uma variedade de países.

Por exemplo, o governo dos Estados Unidos fornece uma visão geral de seus dados no portal
data.gov.

Alguns portais dizem respeito aos dados dos governos locais.


Um exemplo diz respeito aos municípios fornecendo visões gerais de seus dados.

Por exemplo, o município de Amsterdã faz isso através de amsterdamopendata.nl.

Além disso, várias agências governamentais têm seus próprios Portais de Dados Abertos, como o
portal da instituição meteorológica holandesa, KNMI, sobre condições metereológicas e ambientais.

Além disso, há portais que oferecem dados governamentais abertos e processados, como o
publicspending.net.

Este portal oferece dados abertos processados de fontes como portais de dados do governo e
Dbpedia, e analisa, corrige, interliga e descreve os dados.

Em suma, muitos Portais de Dados Abertos estão disponíveis para tornar os dados do governo
pesquisáveis e localizáveis.

Os portais existem em várias formas.

Eles geralmente direcionam os usuários de dados abertos para os locais onde os dados reais podem
ser encontrados.

Na situação ideal, ferramentas e serviços subjacentes podem ser usados para analisar, visualizar, usar
os dados e tirar conclusões úteis.

Obrigado a todos pela atenção!

Módulo 3: Aspectos técnicos e legais


Vídeo 10
Título: Análise Aberta de Dados de Pesquisa
Palestrante: Keith Jeffery
Conteúdo: Como os pesquisadores podem usar o Open Data em um ambiente on-line? Keith Jeffery
explica o que são os ambientes de pesquisa virtual e como eles podem ser aplicados. Neste vídeo,
Keith também explica os 5 Vs de dados abertos: variedade, volume, velocidade, validade e valor.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo03video01.mp4
Texto: Olá, meu nome é Keith Jeffery.

Eu trabalho na Universidade Cardiff e Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, e na Universidade


Masaryk, na República Checa.

Trabalhei com interoperação de sistemas de bancos de dados ambientais e mais tarde com aplicações
científicas, automação de escritórios e sistemas de gestão da informação.

Uma das minhas áreas de especialização é a pesquisa de ambientes virtuais, também chamados de
VREs.

Neste vídeo, abordaremos o quarto objetivo de aprendizagem do MOOC de Governo Aberto, ou seja,
analisar e discutir os benefícios, barreiras e potenciais efeitos negativos de um caso particular de
Governo Aberto, incluindo aspectos tecnológicos e judiciais Nós concentramos, particularmente, nos
aspectos tecnológicos dos dados de pesquisa, coletados ou pelos governos ou financiados pelo
dinheiro público.

Mais especificamente, após este vídeo, você deverá ser capaz de: a) descrever as origens de dados
de pesquisa do governo; e b) discutir como os dados de pesquisa do governo podem ser analisados.

Começamos por examinar a origem de dados de pesquisa do governo.

Dados de pesquisa, em geral, podem ser adquiridos através de vários mecanismos, individual ou
coletivamente.

Cada um tem suas vantagens e desvantagens e cada um pode ser inapropriado para certos domínios
de pesquisa.

A boa notícia é que a maioria dos dados de pesquisa, agora, são coletados digitalmente, Então, a
Texto manual, com erros associados e falta de validação imediata, é evitada.

Geralmente é aceito que os dados coletados às expensas públicas devam ser disponibilizados
abertamente e sem custos para o público Além disso, é esperado que os dados da pesquisa aberta
forneçam matéria-prima para obter novas ideias sobre fenômenos.

Há dois principais tipos de dados abertos em geral: dados abertos produzidos por fundos públicos de
pesquisa e dados abertos do governo produzidos por departamentos do governo.

O primeiro tipo, comumente, é grande, complexo, com software complexo associado e publicações
acadêmicas.

O último pode ser derivado do primeiro, especialmente em economia e ciências sociais, e é


geralmente mais simples em estrutura.

Este é o chamado domínio gov de dados, , por exemplo, data.gov.uk.

Dados abertos e dados do Governo Aberto são geralmente licenciados usando o Creative Commons,
CC BY,

BY significa “atribuição”, mas outros são possíveis, por exemplo, NC significa “não-comercial”.

Considerando que os dados abertos estão, geralmente, disponíveis em forma acessível por
computador, Dados do Governo Aberto ainda são, comumente, documentos PDF que são, mais ou
menos, inúteis para processamento de computador, exceto para leitura, cópia e transmissão.

Espera-se que, progressivamente, dados do Governo Aberto sejam disponibilizados com metadados
e dados em forma digital útil.

É afirmado, comumente, que a pesquisa em geral tem os 5 v’s como características.

A “Variedade” refere-se à heterogeneidade da representação (conjunto de caracteres), língua (como


o holandês), sintaxe (estrutura) e semântica (significado) bem como o formato de representação e
o meio (como o disco) usado para armazenamento.

O “Volume” é o tamanho quando armazenado ou transmitido, de kilobytes (milhares de bytes) para


yottabytes (1 seguido por 24 zeros bytes).
“Velocidade” refere-se à velocidade de aquisição de dados ou transmissão e tem implicações para
processamento.

Por exemplo, a aquisição convencional de dados requer um conjunto de dados estático, assim, para
dados em fluxo, a consulta tem que agir sobre janelas definidas, ou intervalos, no fluxo de de dados.

“Validade” diz respeito ao quão bem os dados representam o mundo real e é, geralmente, controlada
por várias verificações de restrição de integridade ou validação.

Como exemplo, uma verificação de validade pode afirmar que a temperatura na superfície da Terra
não pode ser superior a 100 graus centígrados ou inferior a menos 100 graus centígrados.

“Valor”define o quão útil é o conjunto de dados para os usuários finais e pode ser medido por
comentários de feedback ou likes, como usado em mídias sociais.

Isso nos leva ao nosso próximo tópico, discutir como os dados de pesquisa do governo podem ser
analisados.

Para realizar a análise de dados sobre os dados existentes existem várias etapas.

Primeiro, um conjunto de dados relevante tem que ser descoberto.

Mais uma vez, quando um ou mais conjuntos de dados são descobertos eles exigem contextualização
a fim de assegurar ao usuário final que o conjunto de dados está no domínio relevante.

Por exemplo, no domínio biomédico, se tem uma cobertura adequada em dimensões espaciais e
temporais, Se tem precisão suficiente para a finalidade e precisão apropriada associada e se a
qualidade é suficiente, geralmente, definidos com base em informações sobre o método de pesquisa
e os próprios pesquisadores.

O próximo passo é a conexão do software aos dados.

Isso pode ser feito através de uma interface de programação de aplicativos ou pode, primeiro,
precisar de conversão dos dados para um formato adequado para o software.

Em seguida, a análise pode começar usando técnicas estatísticas apropriadas para redução e
caracterização dos dados, para detectar correlações ou propriedades do conjunto de dados e para
previsões.

Softwares de simulação podem ser usados para produzir um previsto conjunto de dados
correspondente para comparação ou para ampliar o conjunto de dados existentes como valores
previstos em coordenadas apropriadas, como espaço e tempo.

Finalmente, é comum visualizar os dados como gráficos, gráficos de dispersão ou mesmo realidade
virtual.

Realidade aumentada é conseguida com gráficos sobrepostos à visão do usuário de um artefato do


mundo real ou cena de interesse.

É muito útil em arqueologia, para visualizar edifícios reconstruídos em cima do mundo real.
Ambientes de pesquisa virtual, ou VREs, reúnem dados abertos e fechados, software apropriado e
comunicação de pesquisadores usando meios imediatos, como vídeo conferências e mídias sociais,
e meios não imediatos, incluindo publicações acadêmicas.

Geralmente, o pesquisador segue um ou mais fluxos de trabalho ou conjuntos de etapas de


processamento, conectando conjuntos de dados e serviços de software para alcançar os resultados
desejados.

Ao longo do caminho, o pesquisador interage com colegas e registra em um caderno de laboratório,


idealmente de maneira eletrônica, o trabalho feito.

Finalmente, isso é apresentado como uma publicação acadêmica.

Idealmente, o pesquisador pode, também, do mesmo ambiente ou bancada de trabalho, executar o


necessário em tarefas administrativas ou de gestão.

O desafio dos VREs é ser capaz de integrar os dados heterogêneos, software, recursos de computação
e equipamentos científicos em, no que parece ao pesquisador, um sistema homogêneo.

Para alcançar tal integração, metadados são necessários para descobrir, contextualizar e conectar
software e recursos ao conjuntos de dados a serem utilizados.

Para realizar pesquisas com dados abertos e dados do governo, temos de descrever para o sistema,
usando metadados, o usuário (que é a pessoa), o processamento (o software), os conjuntos de dados
e os recursos (como computadores e equipamentos de pesquisa) dentro dos modelos para
representar o mundo real.

Isso, então, permite o middleware apropriado para levar toda esta informação e produzir um fluxo
de trabalho com segurança apropriada, privacidade, desempenho e custos para atingir o objetivo de
pesquisa do pesquisador.

Deste jeito, TI pode fornecer o suporte adequado para o pesquisador, quer eles estejam em uma
universidade ou laboratório de pesquisa ou cientistas cidadãos amadores.

Existem interessantes projetos de pesquisa na Europa e, mais amplamente, abordando esses


problemas agora mesmo.

A EPOS, European Plate Observing System, está fornecendo um VRE para todos os terremotos e
vulcões na Europa.

O projeto ENVRIPlus está fazendo algo semelhante para o meio ambiente.

PaaSage está fornecendo middleware para permitir uma reoperação dinâmica de pedidos e fluxos
de trabalho através de várias plataformas de nuvens de computação.

Finalmente, o projeto VRE4EIC visa fornecer arquitetura e software definitivos de VRE.

Referências para esses projetos estão disponíveis aqui.

Obrigado por sua atenção.

Vídeo 11
Título: Metadados para Dados de Governo Aberto
Palestrante: Keith Jeffery
Conteúdo: O que são metadados? Qual papel desempenham para os Dados de Governo Aberto
(OGD)? Existem diferentes padrões de metadados para infraestruturas de dados abertos. Como o
OGD existe em vários formulários, uma explicação é dada sobre qual padrão de metadados se ajusta
melhor a quais dados.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo03video02.mp4
Texto: Olá, meu nome é Keith Jeffery.

Hoje gostaria de discutir o tópico de metadados para dados governamentais abertos.

Neste vídeo, abordamos o quarto objetivo de aprendizagem do MOOC do Governo Aberto, ou seja,
analisar e discutir benefícios, barreiras e potenciais efeitos negativos de um caso específico de
Governo Aberto, incluindo aspectos tecnológicos e judiciais.

Nós nos concentramos, particularmente, nos aspectos tecnológicos dos dados governamentais
abertos.

Mais especificamente, após este vídeo, você deve ser capaz de: a) definir o que são metadados, b)
descrever os padrões de metadados para dados governamentais abertos e c) discutir os metadados
em um panorama mais amplo.

Começamos definindo metadados.

Metadados são definidos, comumente, como dados sobre dados, no entanto, essa definição não é
útil.

Para explicar o que metadados são, deveríamos usar a analogia de um usuário da biblioteca.

Neste slide, você pode ver que os usuários de uma biblioteca podem utilizar um catálogo como
metadados para encontrar o que estão procurando e é similar para acessar recursos da Internet.

No entanto, enquanto o catálogo é um metadado auxiliar o pesquisador encontrar um artigo, ele


pode ser dado para um bibliotecário que conta o estoque de artigos sobre biotecnologia.

Assim, os metadados, de alguma forma, descrevem os recursos da Internet para o usuário final.

A ideia aqui é que todos os dados, embora para determinados fins, podem ser usados como
metadados.

Aqui está uma lista de elementos encontrados, normalmente, em esquemas de metadados.

Eles são classificados por uso: descoberta, contexto e detalhe.

“Descoberta” é encontrar um conjunto de dados, “contexto” é para garantir que é adequado para o
propósito e “detalhe”

(ou domínio específico) é para conectar o software aos dados.

Deve-se notar que muitos dos elementos não são valores de atributos simples, mas possuem
estrutura interna e também relacionamentos entre si.
Agora, vamos abordar o próximo tópico, ou seja, descrever os padrões de metadados para dados
governamentais abertos.

Existem centenas de formatos específicos usados como “padrão” dentro de uma comunidade
específica, mas os amplamente usados (entre comunidades) são o Dublin Core (DC), o Comprehensive
Knowledge Archive Network (CKAN), o e-Government Metadata Standard (eGMS), o Data Catalogue
Vocabulary (DCAT), INSPIRE e Common European Research Format (CERIF).

O Dublin Core, também chamado de DC, é usado para descrever páginas da web.

O Comprehensive Knowledge Archive Network, também chamada de CKAN, é usado em sites de


dados abertos do governo.

O e-Government Metadata Standard, ou eGMS, é baseado no DC.

O Data Catalog Vocabulary, ou DCAT, é usado para conjuntos de dados na web e também é baseado
no DC.

INSPIRE é usado para conjuntos de dados com coordenadas geoespaciais.

O Common European Research Format, ou CERIF, é uma recomendação da UE aos Estados-Membros


e é utilizado para todas as informações sobre pesquisa.

Todos esses padrões, exceto o CERIF, eram originalmente "planos" ou "lineares".

A maioria deles mudou progressivamente de metadados "simples" com atributos ou elementos de


valor único para elementos com estrutura.

Um exemplo é a mudança do Dublin Core para utilizar o Resource Description Framework.

Mas, em geral, essas propriedades estruturais não são usadas.

O CERIF tem várias vantagens em comparação com os outros padrões, como pode ser visto neste
slide.

Uma primeira característica distintiva é que o CERIF permite a representação de estruturas gráficas,
de modo que uma representação realista de um domínio possa ser dada e os Dados Abertos
Vinculados possam ser gerados.

O CERIF também registra a duração temporal dos relacionamentos.

Enquanto todos os quatro padrões capturam datas, apenas o CERIF registra isso junto com os atores
envolvidos em qualquer evento.

O CERIF é o único dos quatro padrões com semântica extensível.

Além disso, o CERIF é o único com multilinguagem interna para elementos textuais.

Isso nos leva ao nosso terceiro subobjetivo de aprendizagem, ou seja, discutir o panorama mais
amplo dos metadados.

Como indicado anteriormente, os metadados são usados para descoberta, contextualização e


processamento detalhado.
No projeto ENGAGE, geramos metadados a partir do nível de descoberta do CERIF, que abrangem o
nível contextual.

Além disso, usamos o CERIF para indicar metadados mais detalhados, conforme usados no
processamento de dados.

Em paralelo, a conversão do CERIF para o CKAN permitiu a representação dos metadados como
Dados Abertos Vinculados para navegação.

Informações relacionadas à apresentação estão disponíveis através da seguinte referência.

Obrigado por sua atenção!

Vídeo 12
Título: Aspectos Legais dos Dados de Governo Aberto
Palestrante: Bastiaan van Loenen
Conteúdo: Existem diferentes aspectos legais na abertura de dados. Também existem diferentes
diretivas de dados europeus que os países membros da UE precisam cumprir. Neste vídeo, diferentes
desafios legais serão apresentados e você precisará pensar sobre quando abrir os dados.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo03video03.mp4
Texto: Olá, meu nome é Bastiaan van Loenen e sou professor associado da Universidade de
Tecnologia de Delft.

Minha pesquisa está focada em estimular a reutilização da geoinformação do setor público.

Nesta palestra, explicarei os principais desafios jurídicos em torno de dados governamentais abertos,
a partir de uma perspectiva do usuário.

Isso é importante porque a publicação e o compartilhamento de dados do governo exigem


conhecimento sobre os aspectos legais do compartilhamento de informações do governo.

Após este vídeo, você deve estar familiarizado com 1) a perspectiva do usuário de dados do governo,
2) uma visão geral das questões legais relevantes e 3) os desafios legais que envolvem dados
governamentais abertos.

Começaremos com a perspectiva do usuário de dados do governo.

Se falamos sobre o uso de dados, três questões principais precisam ser abordadas.

Primeiro, os dados precisam ser conhecidos e localizáveis.

Segundo, os dados devem estar disponíveis do ponto de vista legal e financeiro e, em terceiro lugar,
os dados devem satisfazer as necessidades técnicas do usuário.

Em cada círculo, a lei pode ter um papel a desempenhar.

No primeiro círculo, exigindo a publicação dos dados na Internet.


No círculo intermediário, maximizando o preço dos dados, definindo as restrições de uso e exigindo
acesso por meio de determinados serviços.

E, finalmente, no círculo mais interno, exigindo documentação de metadados, especificações de


dados harmonizadas e a publicação em certos formatos.

A lei, portanto, tem um papel importante a desempenhar nos dados abertos do governo.

Em sua dissertação, Katleen Janssen forneceu uma boa visão geral dos componentes legais que
importam.

No centro desta figura estão as leis que promovem o acesso e uso de dados do governo.

No lado esquerdo da figura, o usuário de dados é representado, enquanto o provedor

de dados está no lado direito.

A parte superior e inferior mostram os problemas legais que podem limitar o acesso e o uso dos
dados.

Por favor, note que a interpretação e implementação dos componentes legais variam entre os países.

Por exemplo, a lei de privacidade nos EUA é muito diferente da lei de privacidade na UE.

Um exemplo de lei que promove o acesso a informações do governo é a Diretiva da UE sobre a


reutilização de informações do setor público.

Esta lei obriga os Estados-Membros europeus a tornar todos os documentos reutilizáveis, a menos
que o acesso seja restringido ou excluído pelas regras nacionais.

Outro exemplo é a diretiva INSPIRE, relativa ao estabelecimento de uma infraestrutura de informação


espacial na Comunidade Europeia.

Esta diretiva da UE promove o uso de dados públicos, exigindo acesso ininterrupto através de serviços
pré-definidos, documentação padronizada de metadados e especificações de dados harmonizadas.

Embora o espírito dessas leis existentes inclua a filosofia de dados abertos, as verdadeiras leis de
dados abertos que incorporam a perspectiva completa do usuário ainda não existem.

Alguém pode se perguntar, precisamos de tal lei e, se assim for, como ela deve se parecer?

Agora que discutimos a estrutura legal para o compartilhamento de informações do governo, vamos
dar uma olhada nos desafios legais.

Um primeiro desafio é que, além de promover o acesso a dados do governo, a lei pode limitar o
acesso a esses dados.

A proteção de dados (privacidade) e os direitos de propriedade intelectual são exemplos bem


conhecidos de mecanismos que potencialmente podem limitar o uso de dados.

Um grande desafio para as informações do governo e o compartilhamento de dados é o escopo


ampliado da definição de dados pessoais.

No exemplo a seguir, explicarei esse desafio legal.


Aqui vemos conjuntos de dados individuais, que não têm conexão direta com os indivíduos.

Esses conjuntos de dados são todos fornecidos como dados abertos.

No entanto, com conjuntos de dados cada vez mais abertos e tecnologias avançadas de mineração
de dados nas mãos de um número crescente de pessoas, todos esses conjuntos de dados anônimos
podem, juntos, fornecer uma boa imagem de um indivíduo.

E, portanto, cada conjunto de dados individual que contribui para a imagem pode ser considerado
dados pessoais.

E os dados pessoais estão sujeitos à legislação de dados pessoais que restringe seu uso.

Dados pessoais nunca podem ser dados abertos.

Pode-se imaginar quantos conjuntos de dados devem ser considerados dados pessoais...

Restará algum dado aberto?

E há mais desafios legais: por exemplo, existem muitas licenças abertas disponíveis, mas essas
diferentes licenças abertas não são idênticas: como podemos garantir que diferentes licenças possam
ser combinadas de forma suave?

Que tal responsabilidade decorrente de concorrência desleal com dados governamentais abertos,
erros nos dados ou uso de dados de terceiros e como a lei pode facilitar ou melhor promover os
dados governamentais abertos?

Por isso, abordamos o importante papel da lei no compartilhamento de dados governamentais.

A lei é importante para alcançar objetivos de dados abertos e tem um papel importante na promoção
do acesso e reutilização de informações do setor público.

No entanto, por outro lado, a lei sobre proteção de dados também desafia a filosofia de dados
abertos e pode reduzir significativamente o número de conjuntos de dados abertos.

Se você quiser saber mais sobre os desafios legais, você pode dar uma olhada nas fontes mencionadas
aqui. Aproveite o curso!

Obrigado a todos pela atenção!

Vídeo 13
Título: Tecnologias para Dados Abertos Vinculados
Palestrante: Marijn Janssen
Conteúdo: Ontologias, Metadados e Semântica são importantes para os Dados Abertos Vinculados
(LOD). Diferentes tecnologias básicas para LOD como RDF, OWL e SPARQL são explicadas. Além disso,
neste vídeo, a importância dos Dados Abertos Vinculados é investigada e diferentes princípios para
dados vinculados são apresentados.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo03video04.mp4
Texto: Bem-vindo a esta palestra sobre os Dados Abertos Vinculados!
Não apenas os humanos, mas também as máquinas devem ser capazes de entender os dados.

Com demasiada frequência, os dados relevantes não podem ser encontrados.

Dados vinculados permitem que você encontre outros dados relacionados.

Isso requer semântica que pode ser processada por máquinas e na qual o relacionamento entre os
dados é claro.

Isto é o que significa Dados Abertos Vinculados, LOD.

Dados Abertos Vinculados são um dos blocos de construção básicos da web semântica.

Dados Vinculados oferecem a possibilidade de usar dados em vários domínios.

Nesta palestra, explicarei os fundamentos dos Dados Vinculados.

Vou me abster de entrar em detalhes técnicos.

Após esta palestra, você deve ser capaz de descrever: o que são Dados Vinculados, incluindo seus
quatro princípios, as tecnologias básicas dos dados dos Dados Abertos Vinculados e a relação entre
essas tecnologias.

Existem muitas fontes de dados contendo dados heterogêneos espalhados por vários lugares.

Eles não estão conectados e não formam um conjunto coerente de blocos de dados, como o monstro
nesse slide.

Dados Abertos Vinculados e a web semântica fornecem uma estrutura comum que permite que
vários conjuntos de dados sejam compartilhados e reutilizados.

A conexão de blocos de construção, o monstro, pode ser criada usando as seguintes tecnologias.

O Resource Description Framework, ou RDF, é um padrão para relacionar elementos que podem ser
usados para relacionar conjuntos de dados.

Apenas relacionar conjuntos de dados entre si não é suficiente, pois nenhum significado é
adicionado.

Vocabulários precisam ser criados para dar significado.

A Web Ontology Language, OWL, está principalmente relacionada à definição de terminologia que
pode ser usada em documentos RDF.

Este vocabulário pode ser usado para descrever sistematicamente os metadados dos conjuntos de
dados.

Finalmente, precisamos consultar ou pesquisar a ontologia.

A consulta é facilitada pelo SPARQL e os metadados facilitam a pesquisa, como em uma biblioteca.

Os quatro princípios de Dados Vinculados foram introduzidos por Berners-Lee.


O primeiro princípio de Dados Vinculados defende o uso de Identificadores de Recursos Uniformes,
URI, referências para identificar dados.

Os dados podem ser documentos, conjuntos de dados, conteúdo digital, mas também objetos do
mundo real e conceitos abstratos.

Um Uniform Resource Identifier, URI, é um nome usado para identificar um determinado recurso.

Ter um URI permite interação com representações do recurso em uma rede.

O URI mais conhecido é provavelmente o Uniform Resource Locator, ou URL, em outras palavras, um
endereço da web.

A Internet usa o protocolo de transferência de hipertexto, HTTP e URLs, como os protocolos para
procurar páginas da web.

HTTP é um protocolo de comunicação, enquanto URL é um ponteiro para o local.

O segundo princípio de Dados Abertos Vinculados defende o uso de URIs HTTP para identificar
objetos e conceitos abstratos.

Isso permite que esses URIs sejam pesquisados, através do protocolo HTTP, em uma descrição do
objeto ou conceito identificado.

Para entender o significado, é necessário concordar com um vocabulário de formatos de conteúdo


padronizados.

O terceiro princípio de Dados Vinculados, portanto, defende o uso de um único modelo de dados
para publicar dados estruturados na web usando o Resource Description Framework.

O RDF é um modelo de dados simples, baseado em gráficos que foi projetado para uso no contexto
da web.

O princípio final de Dados Vinculados sugere o uso de hiperlinks para conectar qualquer tipo de coisa.

Por exemplo, um hiperlink pode ser definido entre uma pessoa e um endereço, ou entre um endereço
e uma empresa.

Os Dados Vinculados usam hiperlinks para conectar vários tipos de dados diferentes em um único
espaço de dados global.

Esses links, por sua vez, permitem que os aplicativos naveguem pelo espaço de dados.

Por exemplo, se alguns dados do crime estão disponíveis localmente, ninguém é capaz de encontrar
isso.

Um identificador local #CrimeData pode ser introduzido.

Em seguida, um URL, neste exemplo, um URL para dados de crimes na cidade de Chicago, pode ser
fornecido como um identificador global.

Qualquer pessoa que queira se referir aos dados do crime pode usar esse URL.
Referindo-se a esses dados, mais informações podem ser adicionadas, por exemplo, fazendo uma
referência sobre o período em que os dados do crime são coletados.

"Dados vinculados" refere-se a conectar blocos de dados uns aos outros.

RDF é um padrão para relacionar elementos.

Ele pode ser usado para construir ponteiros de um conjunto de dados publicado para a semântica
conhecida.

Desta forma, as propriedades de um conjunto de dados podem ser descritas.

O RDF é descrito como um gráfico direcionado no qual o gráfico contém nós e arcos estão conectando
os nós.

Os nós e arcos do gráfico são rotulados usando URIs.

Substantivos, como "crime", podem ser usados para representar os nós.

Verbos, como "ocorreu", podem ser usados para representar as relações entre os objetos.

Um modelo gráfico tão simples torna o RDF muito flexível.

Dados rigidamente estruturados, bem como dados semi-estruturados, podem ser representados.

O RDF permite representar informações que são expressas usando diferentes esquemas em um único
gráfico, o que significa que você pode combinar termos para diferentes vocabulários para
representar dados.

Isso pode ser muito útil quando diferentes semânticas são usadas ao descrever conjuntos de dados.

Dados Vinculados podem ser apresentados usando uma estrutura subjacente simples e uniforme que
consiste em triplos.

Os triplos RDF consistem na expressão sujeito-predicado-objeto.

O sujeito denota o recurso e o predicado denota aspectos do recurso e expressa uma relação entre
o sujeito e o objeto.

Um objeto pode ser um recurso ou um valor literal.

Por exemplo, um crime ocorreu em Chicago.

"Crime" é a fonte.

“Ocorreu em” é o predicado e o local “Chicago” é o objeto.

Vamos dar outro exemplo em que um URL é usado.

Um conjunto de dados - que é a fonte e tem uma URL, é publicado por - que é o predicado – Chicago
- que é o objeto.

Esses exemplos mostram, em termos simples, como os dados estão relacionados entre si.
Ao conectar vários sujeitos e objetos usando predicados, uma complexa teia semântica é criada.

O assunto é a fonte da borda e deve ser um recurso.

No RDF, um recurso pode ser qualquer coisa exclusivamente identificável por meio de um URI que,
geralmente, é um URL.

O predicado de uma declaração determina que tipo de relação se mantém entre o sujeito e o objeto.

Um predicado também é identificado por um URI.

O objeto de uma instrução é o alvo da borda.

Como o assunto, ele pode ser um recurso identificado por um URI, mas também pode ser um valor
literal como um conjunto letras ou um número.

O RDF pode ser usado para vincular coisas, não apenas conjuntos de dados.

O RDF pode vincular dados, mas não fornece significado que seja legível por máquinas e humanos.

Mesmo para um termo simples como "endereço", não há uma definição universal.

Se você pedir às pessoas que forneçam um endereço, provavelmente obterá a resposta esperada na
maioria das vezes.

No entanto, a intenção foi obter o endereço de trabalho ou privado?

Ou a caixa postal ou endereço de visita ou até mesmo o endereço de e-mail?

E as empresas que possuem múltiplas subsidiárias?

Ou pessoas com uma segunda casa?

Qual endereço você deseja preencher?

Esta imagem mostra a complexidade.

O planejador de rotas achava que essa pessoa queria ir para a floresta, enquanto essa pessoa queria
ir para a Avenida da Floresta.

É por isso que precisamos de semântica!

Uma ontologia é a descrição exata das coisas e seus relacionamentos para especificar o significado.

Ontologias são acordos sobre conceituações compartilhadas que podem ser usadas para formalizar
a comunicação.

Desta forma, ontologias fornecem um vocabulário de termos.

Novos termos podem ser formados combinando os existentes.

Assim como fazemos quando falamos um com o outro.


A maioria das ontologias inclui uma taxonomia de termos, por exemplo, declarando que um
CrimeDataSet é um Conjunto de Dados e muitas linguagens ontológicas permitem definições
adicionais usando algum tipo de lógica.

Existem ferramentas para gerar, manter e evoluir ontologias.

Finalmente, existem ferramentas para raciocinar e usar aplicativos semanticamente aprimorados,


como o SPARQL.

A Web Ontology Language, OWL, é um padrão internacional para codificação e troca de ontologias
e foi projetada para suportar a web semântica.

As linguagens OWL são caracterizadas pela semântica formal e são construídas sobre o RDF.

OWL é uma família de linguagens de representação de conhecimento para ontologias de autoria.

Em uma ontologia, os substantivos representam as classes de objetos e os verbos representam as


relações entre os objetos.

Uma ontologia pode incluir axiomas afirmando que uma propriedade "Crime" só está presente
quando há uma "multa paga" ou uma "condenação".

Se for declarado que, para um evento, uma multa foi paga, pode-se inferir que o evento foi um crime.

Ao vincular todos os dados, o “monstro” que consiste em blocos de construção pode ser criado.

O projeto da comunidade Linking Open Data publicou e identificou conjuntos de dados e definiu links
RDF entre itens de dados de diferentes fontes de dados.

A imagem nesta tela mostra o imenso número de conjuntos de dados que foram publicados no
formato Dados Vinculados.

Vá no site lod-cloud.net e dê uma olhada nisso!

Você pode ampliar os dados e ver as muitas relações.

Imagine quanto trabalho está por trás disso.

Portais de Dados Abertos podem fornecer os conjuntos de dados brutos para Dados Abertos
Vinculados.

O Portal de Dados Abertos da Europa (https://open-data.europa.eu/) fornece milhares de conjuntos


de dados brutos para Dados Abertos Vinculados.

Junto da compreensão, interpretação, processamento e visualização de dados, a manipulação de


dados torna-se muito poderosa.

Cada triplo RDF faz parte da web de dados global e cada triplo RDF pode ser usado como ponto de
partida para explorar esse espaço de dados.

Vincular e anotar os dados semanticamente pode não incluir todos os elementos necessários para
descobrir o conjunto de dados e conhecer as qualidades.
É nesse ponto que os metadados entram, quando podem ser usados como uma maneira sistemática
de descrever conjuntos de dados em um tipo de catálogo de dados, com base em significados pré-
acordados.

Ao adicionar metadados - como o editor de um conjunto de dados ou o período de tempo no qual os


dados são coletados -, a descoberta de dados é facilitada e a capacidade de entender sobre o que os
dados estão relacionados é aumentada.

Isso é como procurar por um livro em uma biblioteca.

O catálogo de metadados pode ser construído com base em padrões internacionais como o Dublin
Core, o vocabulário do catálogo de dados, o DCAT, o esquema de metadados da descrição de ativos,
o ADMS, e o Common European Research Information Format, CERIF.

Os padrões de metadados, como o CERIF, são uma maneira muito poderosa de descrever dados.

Desta forma, os catálogos de dados podem ser pesquisados através de metadados e através de
consultas SPARQL.

Agora você conhece os fundamentos do RDF e como adicionar semântica usando o OWL, os dados
precisam ser consultados.

Como as tabelas de um banco de dados relacional são consultadas usando SQL, os triplos de dados
RDF são consultados usando SPARQL.

SPARQL significa o protocolo SPARQL e a linguagem de consulta RDF.

SPARQL pode selecionar dados do conjunto de dados de consulta usando uma instrução SELECT para
determinar qual subconjunto dos dados selecionados é retornado.

Como os Dados Abertos Vinculados são baseados em padrões e em um modelo de dados comum,
torna-se possível implementar aplicativos genéricos que operam em todo o espaço de dados.

Exemplos de tais aplicativos incluem navegadores de Dados Vinculados, que permitem ao usuário
visualizar dados de uma fonte de dados e, em seguida, seguir os links de RDF dentro dos dados para
outras fontes de dados.

Um exemplo é o navegador de tabulação que navega nas coisas.

Tente você mesmo!

Esses foram os fundamentos dos Dados Abertos Vinculados.

Obrigado a todos pela atenção!

Módulo 4: Governo aberto e valores públicos


Vídeo 14
Título: Governo Aberto e transparência
Palestrante: Marijn Janssen
Conteúdo: Como você pode definir transparência? Qual nível de transparência é desejado a partir
da perspectiva das diferentes partes interessadas? Este vídeo também mostra os diferentes fatores
que influenciam o nível de transparência. Ai final a transparência por projeto é discutida.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo04video01.mp4
Texto: Bem-vindo a esta palestra sobre transparência e Governo Aberto!
Os governos são administradores de dinheiro público, responsáveis por alocá-lo às prioridades da
sociedade.

Muitos acreditam que o Governo Aberto acabará resultando em uma democratização da tomada de
decisões, à medida que o público se envolver na alocação de dinheiro.

Para isso, a transparência é uma condição e um dos pilares mais importantes do Governo Aberto.

A democracia exige decisões transparentes, para que os cidadãos estejam cientes do que é decidido
e quanto dinheiro está sendo gasto em quais finalidades.

A importância da transparência é indiscutível e tem sido destacada devido à sua importância


particular para o Governo Aberto.

A transparência é uma condição necessária para permitir a participação na formulação de políticas.

No entanto, embora concordemos que a transparência é necessária, muitas pessoas usam o termo
"transparência" livremente e não há acordo sobre como criar transparência.

Após este vídeo, você deve ser capaz de descrever o conceito de transparência e os elementos que
influenciam a transparência.

Em particular, você deve ser capaz de descrever: o que é transparência, assimetria de informação e
transparência por design, os principais fatores que influenciam o nível de transparência e a relação
com responsabilidade e confiança. Muitos fatores influenciam a transparência.

Além disso, a criação de transparência exige trocas e a criação de transparência completa, muitas
vezes, não é viável.

Isso é o que torna esse conceito tão complexo, mas também interessante!

O que é transparência?

Olhe para essa foto.

Para alguém que está dentro da sala, a situação é transparente, mas para alguém de fora não é, pois
a janela está fechada.

Como tal, a transparência depende do ponto de vista das partes interessadas.

O que é transparente para uma pessoa pode não ser transparente para outra pessoa.

Transparência é um conceito mal definido e entendido de maneiras diferentes.

Existem definições estreitas e amplas de transparência.


Uma definição fornecida pelo Merriam-Webster é “capaz de ser vista através”
(http://ter.com/dictionary/t).

E eu me tornei transparente? Ou você não consegue ver a totalidade?

Mas aqui, nosso foco está na transparência baseada em dados.

A partir de uma visão voltada à utilidade, a transparência pode ser vista simplesmente como “a
capacidade de descobrir o que está acontecendo dentro de uma organização pública”.

Esta definição implica que a pessoa tem a capacidade de procurar o que precisa.

Idealmente, as capacidades necessárias são limitadas e os cidadãos comuns podem descobrir o que
está acontecendo lá dentro, sem necessidade de um Doutorado. Um conceito fundamental para
entender a transparência é a assimetria de informação.

Isso se refere à situação em que uma parte tem mais informações do que a outra.

Por exemplo, quando um governo tem mais informações do que seus constituintes.

Uma das razões pelas quais os governos abrem seus dados é reduzir a lacuna de assimetria de
informações, mas superar isso completamente, muitas vezes, não é realista.

Por isso, devemos sempre falar sobre o nível de transparência.

No Governo Aberto, a janela é aberta.

Muitas iniciativas não oferecem transparência, porque, simplesmente, disponibilizar dados não
resulta em transparência.

Pode haver sobrecarga de informações ou muito pouca informação borrando a imagem.

É por isso que vemos a nuvem nesta foto.

Embora, para alguns, o fornecimento de muita informação possa ser suficiente - já que eles têm os
recursos e capacidades para analisar a informação - muitas vezes, apenas o fornecimento de
informações não é suficiente para obter uma compreensão do que está acontecendo dentro do
governo.

Fácil acesso e apresentação clara de informações são muitas vezes necessárias.

Podemos ver uma imagem clara, mas preencher completamente a assimetria de informações é,
praticamente, impossível.

Alguém que está diariamente dentro do sistema tem sempre mais conhecimento do que os que estão
de fora.

Além disso, o conceito de transparência é ainda mais indistinto, pois o trabalho do governo é
realizado por muitas organizações e criar uma visão geral não é fácil.

Felizmente, muitas vezes não há necessidade de total transparência, no entanto, é importante estar
ciente das limitações.
De preferência, diferentes fontes de dados estão disponíveis, pois várias visualizações de uma
situação fornecem uma visão mais abrangente.

A liberação de materiais pelo governo, atas de reuniões públicas e vazamentos de denunciantes


podem resultar em visões conflitantes ou complementares sobre uma situação.

Mesmo apresentar opiniões conflitantes pode contribuir para uma maior transparência, à medida
que a conscientização é criada e, posteriormente, perguntas podem ser feitas.

Para criar transparência, os dados são necessários, mas não suficientes.

Para realmente entender uma situação, algum nível de interação pode ser necessário para obter um
conhecimento profundo da situação em questão.

Durante as interações, a situação pode ser explicada e mais insights podem ser obtidos pelo público.

Pode haver a necessidade de responder a perguntas e a necessidade de informações adicionais.

Muitos países têm uma Lei de Liberdade de Informação (FoI), que pode ser usada para pedir mais
informações.

No entanto, coletar informações dessa maneira pode ser complicado e exigir muitos recursos.

Este é um limite para criar transparência.

O conhecimento sobre o contexto é necessário para interpretar os dados.

Informações contextuais, como os processos administrativos seguidos, os critérios utilizados para a


tomada de decisões, as informações usadas para a tomada de decisões, e assim por diante, devem
estar disponíveis.

Só então os dados se tornam informações.

Wang e Strong mencionam que a qualidade dos dados é um conceito multidimensional, descrevendo
as propriedades das informações, como exatidão, pontualidade, integridade, consistência, relevância
e adequação ao uso.

Essas qualidades devem ser conhecidas.

Por exemplo, se as informações de orçamento são auditadas, isso pode determinar o quanto você
confia nos dados.

Os dados fornecidos devem ser claros e de fácil compreensão.

Ambiguidade e apresentação de dados altamente interpretáveis devem ser evitados.

Os dados devem ser factuais e não sugestivos, pois isso pode resultar em ideias préconcebidas.

O tipo de tecnologia determina se os dados podem ser facilmente manipulados e processados.

Abrir em formatos padrão e fornecer acesso direto e em tempo real aos dados (usando APIs) pode
melhorar o entendimento.
Ao fornecer uma visão geral de alguns dos fatores, espero que você entenda como é difícil e
desafiador criar transparência.

Isso é ainda mais complicado, pois nem todos os dados são abertos para fins de privacidade e sigilo,
deixando o público com uma imagem parcial.

Então, qual é a relação entre transparência, responsabilidade e confiança?

A confiança é a base para qualquer relacionamento e também para o relacionamento entre o


governo e o público.

A importância da transparência como forma de construir confiança é destacada em ambições


governamentais abertas.

Criar transparência deve mostrar que os governos não estão escondendo nada.

O público pode ver como o governo está funcionando e pode influenciar seu funcionamento.

Por exemplo, visualizando como o orçamento é gasto e, posteriormente, sugerindo formas


alternativas de gastar melhor o orçamento.

Ao olhar para o outro lado do relacionamento, os governos precisam estar confiantes o suficiente
para saber que o público não os penalizará por cada pequeno erro.

Nesse caso, os servidores públicos podem relutar em criar total transparência.

No entanto, frequentemente, muita atenção é dada aos problemas e críticas aos funcionários
públicos e não às áreas que funcionam bem.

A mídia cobrirá os problemas, porque isso é lucrativo para eles.

O foco nos problemas pode resultar em desconfiança, em vez de ganhar mais confiança.

Como tal, a transparência pode resultar em mais ou menos confiança.

Transparência e responsabilidade são frequentemente usadas como sinônimos, ao passo que não o
são.

A transparência é uma condição para a prestação de contas, no entanto, raramente é uma condição
suficiente para a prestação de contas.

Prestação de contas implica responsabilidade por suas ações ou omissões e por ser responsável por
suas consequências, como mencionado por Roberts.

A responsabilidade exige transparência sobre como os recursos são usados e as decisões são
tomadas.

Além disso, a prestação de contas requer uma avaliação disso, com um julgamento resultante e a
adoção de medidas apropriadas.

Em um Governo Aberto, o emparelhamento de transparência e prestação de contas é mais difícil,


pois não há avaliação formal e medidas disponíveis para o público.

Esta é a tarefa de políticos, parlamentares, juízes e institutos de auditoria.


Para os cidadãos comuns, isso não pode ser feito diretamente e muitas vezes é um processo
complicado.

Políticos podem precisar ser envolvidos, pode ser necessário organizar uma petição, a cobertura da
mídia pode ser necessária para garantir que as ações sejam tomadas por políticos e funcionários
públicos, ações judiciais talvez precisem ser tomadas e assim por diante.

A transparência pode ajudar o público a colocar questões na agenda.

A prestação de contas requer, frequentemente, o envolvimento de instituições formais e legais.

A criação de transparência exige fazer concessões.

A transparência por design refere-se a um princípio em que os dados sobre o funcionamento do


governo são automaticamente abertos, podem ser acessados e interpretados facilmente, sem serem
manipulados ou pré-definidos ou pré-processados.

Isso deve garantir que todos os dados relevantes necessários para uma supervisão pública eficaz
sejam disponibilizados ao público e que essas informações sejam claras e não ambíguas.

Os fatores que influenciam o nível de transparência devem ser levados em conta.

Idealmente, mecanismos para criar transparência estão integrados no coração do governo.

O desenvolvimento da transparência é um equilíbrio entre viabilidade e conveniência.

O ideal de um sistema transparente completo só pode ser alcançado com grandes despesas e
esforços de longo prazo.

A abertura de todas as informações pode ser cara e desnecessária para se obter os benefícios.

Apenas um certo nível de transparência pode ser criado.

Liberar todos os dados pode não ser totalmente necessário para obter o nível desejado de
transparência.

Além disso, proteger a segurança e a confidencialidade exige que dados individuais e secretos não
sejam divulgados.

A transparência total é muitas vezes vista como o ideal, mas muitas vezes não é possível, nem
desejável.

Finalmente, a questão é: para quem uma situação transparente é criada? Para quem tem
conhecimento e tempo para usá-lo? Ou o objetivo é criar "transparência num piscar de olhos" em
que qualquer pessoa com um diploma de Ensino Médio e alguns minutos possa entender a situação?

Em conclusão, a transparência é um fenômeno complexo que não pode ser facilmente alcançado.

Use este termo com cuidado e não o confunda com outros termos.

Sinta-se à vontade para fazer suas perguntas no fórum de discussão.

Obrigado a todos pela atenção!


Obs.: considerando que o curso é sem tutoria, não disponibilizamos o fórum mencionado.

Vídeo 15
Título: Participação no Governo Aberto
Palestrante: Iryna Susha
Conteúdo: A publicação de dados não só é possível de se tornar mais aberta. Decisões de abertura
para participação dos cidadãos podem ser o próximo passo. Os cidadãos podem ser capacitados,
votando online e colaborando com os políticos locais. Vários exemplos sobre participação cidadã de
todo o mundo são fornecidos no vídeo.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo04video02.mp4
Texto: Olá, eu sou Iryna Susha, pesquisadora da Örebro University na Suécia. Minha pesquisa está
focada em Governo Aberto, Dados Abertos e participação cidadã.

Neste vídeo vamos falar sobre como o Governo Aberto pode criar valor para os cidadãos e apoiar a
participação cidadã.

Em uma democracia, cidadãos podem participar no trabalho do governo e influenciar políticas que
os afetam diretamente.

Hoje, muitos cidadãos optam por participar on-line, por exemplo, tweetando para políticos,
assinando petições pela Interne e t usando aplicativos do governo.

O Governo Aberto pode oferecer novas maneiras inovadoras para os cidadãos participarem e terem
mais influência sobre as decisões do governo.

Como e para quem e sob quais condições isso vai funcionar?

Vamos tentar responder a essas perguntas.

Este vídeo se relaciona com a análise e discussão de valores públicos e melhores práticas relacionadas
ao Governo Aberto.

Mais especificamente, vamos nos concentrar em como o Governo Aberto e a participação cidadã
estão relacionados nos exemplos de casos de Governo Aberto apoiando a participação e os benefícios
e as barreiras à participação do cidadão.

Então, vamos começar a explorar como o Governo Aberto e a participação estão relacionados.

O Governo Aberto é frequentemente associado a dados abertos do governo, mas essa é uma visão
limitada.

A filosofia do Governo Aberto é aproveitar.

A sabedoria das multidões para resolver problemas complexos e cidadãos são uma fonte importante
de tal sabedoria.

Além de abrir informação governamental, Governo Aberto também significa estar aberto a idéias de
fora do governo ao tomar decisões e ao fornecer serviços.
Nós definimos a participação cidadã como mecanismos que os cidadãos usam para participar e
influenciar as políticas públicas e serviços.

Tomadas de decisões abertas e serviços abertos são igualmente importantes dimensões do Governo
Aberto, juntamente com dados abertos.

Eles se sobrepõem como você pode ver.

Os cidadãos podem participar de qualquer uma dessas três dimensões do Governo Aberto, como
explicarei mais à frente.

Vamos começar com como os cidadãos podem participar da processo de dados.

A maioria dos governos em todo o mundo já forneceu Portais de Dados Abertos onde dados abertos
são publicados.

Os cidadãos podem usar esses portais diretamente para pesquisar, analisar, visualizar conjuntos de
dados e discutir suas descobertas com outros. Dados abertos capacitam você, como cidadão, a ser
melhor informado sobreo que o governo decide e fornece como, por exemplo, escolher uma escola
melhor ou serviço de saúde, entender onde o dinheiro público foi gastoou estar ciente dos problemas
ambientais na sua área.

Um exemplo de um caso de Governo Aberto, nesta categoria, é o Portal de Dados Abertos francês.

Ele permite que os cidadãos votem em melhorias e submetam visualizações de dados


governamentais.

Este caso recebeu um prêmio de Governo Aberto , em 2014, da Parceria de Governo Aberto.

Fornecendo informações e dados é um grande começo, mas para influenciar as decisões, os cidadãos
precisam ter suas vozes ouvidas.

Para tornar as tomadas de decisões do governo mais abertas aos cidadãos, os governos podem usar
mecanismos como a ideação, consultas de cidadãos ou crowdsourcing, por exemplo. Colaborando
com o público, os políticos podem criar políticas mais inovadoras, criativas e sensíveis às
necessidades dos cidadãos.

Por exemplo, cidadãos do Reino Unido podem participar do projeto de políticas públicas através de
um projeto de diálogo público chamado Sciencewise.

Esta iniciativa reúne cidadãos, legisladores, cientistas outros especialistas para discutir questões
complexas de ciência e tecnologia, como o uso de embriões humanos em pesquisa.

Além de participar do projeto de políticas, os cidadãos também podem participar na implementação


das leis e regulamentos existentes.

Neste exemplo, de Montenegro, os cidadãos podem relatar atividades econômicas não


regulamentadas por meio de um aplicativo especial e ajudar o governo a aplicar multas.

Além de abrir um processo de tomada de decisão, o Governo Aberto oferece oportunidades para o
cidadão influenciar e contribuir para a forma como os serviços públicos são fornecidos.
Usando mecanismos como hackathons e competições, denúncias cidadãs ou laboratórios vivos, os
cidadãos podem se engajar no projeto, bem como a implementação de serviços públicos.

Para os governos, é vital saber como ajustar melhor seus serviços às necessidades dos cidadãos e
como colaborar com o público para tornar seus serviços mais eficientes.

Por exemplo, laboratórios vivos podem ser usado para obter informações dos cidadãos sobre suas
necessidades, como, por exemplo, a melhor forma de prestar assistência aos idosos.

Hackatons podem ser usadas para atrair aficcionados por tecnologia e cidadãos criativos para ajudar
os governos a desenvolver novas inovações, como aplicativos.

Este é um exemplo de caso de Governo Aberto onde os cidadãos com experiência em tecnologia
podem participar do projeto de serviços públicos novos ou aprimorados em saúde pública.

Desde 2012, O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido promove um dia de incentivo à colaboração
com o público e impulsiona a inovação em saúde.

No ano passado, os resultados deste hackdia foi um jogo que ajuda as crianças a gerenciar diabetes
e um aplicativo para otimizar a documentação durante emergências médicas.

Além de participar na concepção de serviços, cidadãos também podem ser envolvidos na prestação
de serviços mais eficientes.

Este é um exemplo de uma iniciativa do Governo Aberto da cidade mexicana de Monterey, onde os
cidadãos podem denunciar crimes e incidentes de segurança pública, esse serviço atua como um
sistema de alerta precoce e ajuda não só os cidadãos a se conscientizar, mas também ajuda o governo
a usar seus recursos eficientemente.

Resumindo, nesta palestra, nós falamos sobre o motivo da participação cidadã ser um dos pilares do
Governo Aberto.

Cidadãos podem participar em diferentes dimensões de Governo Aberto, usar dados abertos para
tomar decisões mais informadas, envolver-se na concepção e implementação de políticas e
participar na concepção e implementação de serviços públicos.

Discutimos mecanismos de participação inovadores como Portais de Dados Abertos, diálogo público,
informes dos cidadãos e hackathons.

Embora a participação cidadã possa ajudar a melhorar e inovar políticas públicas e serviços, envolver
cidadãos em Governo Aberto não é fácil, há uma série de desafios para a participação do cidadão.

Em resumo, precisamos aumentar a escala e tornar mais popular a participação do cidadão no


Governo Aberto

Obrigado por sua atenção!

Vídeo 16
Título: Estratégias de preservação de privacidade no Open Government
Palestrante: Amr Ali-Eldin
Conteúdo: Existem diferentes ameaças de privacidade no Open Government. Como a privacidade
pode ser preservada quando os dados estão sendo abertos? No vídeo, esses tópicos são discutidos.
Link: https://cdn.evg.gov.br/cursos/140_EVG/videos/modulo04video03.mp4
Texto: Olá, meu nome é Amr Ali-Eldin, sou professor em Ciência da Computação e Tecnologia da
Informação no Leiden Institute of Advanced Computer Science e na Mansoura University.

Minha pesquisa é sobre privacidade e gerenciamento de segurança em sistemas de informação


críticos.

A preservação da privacidade representa um importante valor público para Governo Aberto, a


decisão de abrir governos e dados governamentais deve levar em consideração o impacto que isso
tem sobre a privacidade dos cidadãos.

Neste vídeo abordamos conceitos básicos relacionados a estratégias de preservação de privacidade


em Governo Aberto.

Após este vídeo, você deve ser capaz de: identificar ameaças associadas à privacidade governo e
identificar estratégias que podem ser usadas para preservar a privacidade em um Governo Aberto.

Muitos estudos sinalizaram a possibilidade de violação de privacidade ao publicar dados do governo


abertamente devido ao vazamento ou exposição de identidades reais ao vincular diferentes fontes
de dados.

Antes de publicar os dados, as organizações dados são solicitadas a remover qualquer informação de
identificação dos Dados, o que é conhecido como anonimização.

No entanto, alguns estudos em técnicas de anonimização mostram que dados anonimizados podem
ser desanonimizados e, portanto, identidades reais podem ser revogadas.

No Governo Aberto, identidades reais podem ser revogadas devido à possibilidade de interligar os
dados, porque diferentes fontes de dados, que estão juntas, estarão disponíveis on-line a partir de
diferentes organizações. Usuários de dados, com o uso de consultas conjuntas simples, podem
recuperar perfis completos de usuários.

A segunda razão para vazamento ou exposição de identidades é a possibilidade de mineração de


dados para obter conclusões significativas, isso pode levar ao vazamento de dados sensíveis ou
identidades reais de usuários.

Outra ameaça de privacidade no Governo Aberto é a perda de controle sobre os dados, uma vez
submetidos os governos on-line não podem prever quem usará os dados e para quais finalidades.

O uso de dados pode resultar em situações indesejáveis, como uma em que um usuário de dados
identificou a disponibilização de informações médicas pessoais confidenciais.

Alguns exemplos de violação de privacidade: em 2006, Netflix anunciou um preço de 1 milhão de


dólares para o melhor algoritmo que pudesse rever classificações de filmes pelos usuários com muito
pouca informação que é publicada on-line anonimamente.

Dois pesquisadores, no entanto, foram capazes de identificar usuários nas classificações da Netflix
com dados de sites como o Internet Movie Database, fonte para conteúdo de filmes, TV e
celebridades.
Além de poderem revelar o histórico de visualização de alguns usuários, tais violações de privacidade
também podem ocorrer no contexto de Governo Aberto.

Depois de conhecer as ameaças à privacidade no Governo Aberto, vamos passar para as estratégias
que são usadas para reduzir essas ameaças.

Entre essas estratégias estão: anonimização de dados, mudança de quasi-identifiers, remoção de


dados sensíveis e publicação de, apenas, dados não-pessoais.

Para entender as quatro estratégias, considere o caso da publicação de dados sobre três usuários:
Joe, Bob e Jan.

Quatro tipos de dados são mostrados. Identidade de usuários, quasi-identifiers, em amarelo, dados
sensíveis, em vermelho, e dados não-pessoais coloridos em verde.

A primeira estratégia de anonimização de dados representa a abordagem mais comum que é


necessária para a preservação de privacidade.

Neste contexto, algoritmos especiais são implementados nos dados, pelos editores de dados, para
remover identidades de usuários. Ao fazê-lo, órgãos governamentais aderem às diretivas europeias
de proteção de dados e as leis de de proteção de dados.

Repare a remoção de identidades de Bob, Jan e Joe na figura.

Apesar do objetivo de anonimizar dados fazer com que as identidades de usuários fiquem não
rastreáveis, as identidades dos usuários ainda podem ser revogadas por outros tipos de dados
conhecidos como quasi-identifiers.

Exemplos de tais atributos de dados são gênero e código postal.

Se combinados com outros dados, estes quasi-identifiers podem revelar as identidades reais dos
usuários. Quasi-identifiers podem ser alterados, como você pode ver pela mudança de cores nesta
figura.

A alteração dos quasi-identifiers representa uma medida extra para a preservação da privacidade.

Se houver dados sensíveis, como dados sobre doenças médicas, esses dados precisam ser protegidos,
isso é feito removendo os dados sensíveis do conjunto de dados antes de publicar os dados
abertamente.

Repare a mudança na figura, às vezes, análise ou trade-off são necessárias para estudar a necessidade
de publicar dados do governo comparado aos riscos esperados.

Isso é necessário para alguns tipos de dados ou se não tivermos certeza de que as medidas
mencionadas anteriormente removerão os riscos de exposição à privacidade.

Neste caso, somente os dados classificados como não-pessoais poderão ser publicados.

Repare mudança na figura que representa apenas a publicação de dados não–pessoais.

Para resumir, neste vídeo, introduzimos ameaças à privacidade associadas ao Governo Aberto,
juntamente com uma demonstração de algumas das estratégias que podem ser usadas para reduzir
essas ameaças no contexto do Governo Aberto.
Aqui estão as referências para esta apresentação.

Obrigado por sua atenção.

Módulo 5: Conclusões
Vídeo 17
Título: Conclusões do MOOC
Palestrante: Marijn Janssen e Anneke Zuiderwijk
Conteúdo: Todas as importantes lições aprendidas no curso serão discutidas. O vídeo final fornece
uma visão mais ampla para os alunos que seguiram o curso completo. Os alunos são lembrados,
novamente, das barreiras e da complexidade que a abertura de dados geral.
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Texto: Olá! É bom ver que você concluiu o curso até agora e que quase chegou ao fim deste MOOC!

Vamos nos concentrar, agora, nas principais conclusões que podemos tirar das semanas anteriores.

o público e o governo e sobre a criação de abertura, transparência e responsabilidade.

Várias estratégias são possíveis para se desenvolver em direção a um Governo Aberto.

Existe uma variedade de aplicações, de e-petições à dashboards, para abrir Portais de Transparência
de Dados.

Tecnologias como a internet, interfaces para acessar dados governamentais, mash-ups, semântica,
dados vinculados e mecanismos de busca computacional, juntos, têm o potencial de criar um
Governo Aberto real.

Descobrimos que as expectativas de que o Governo Aberto contribuirá para um sistema democrático
melhor são muito altas, às vezes explodidas em todas as proporções.

O ponto principal é que a visão mais ampla de criar um Governo Aberto é, muitas vezes, difícil de
realizar, difícil de alcançar.

Isso requer um profundo entendimento dos usuários, das necessidades da sociedade e das opções
tecnológicas.

O Governo Aberto é amplo e ainda estamos longe do ideal e progredimos lentamente.

Além disso, há muitos atores envolvidos no Governo Aberto que, às vezes, é difícil de apontar e seguir
na direção desejada.

Os interesses de indivíduos e grupos podem ser altamente controversos e têm o potencial de facilitar,
mas, também, de dificultar o Governo Aberto.

Portanto, é importante saber quais partes interessadas estão envolvidas e qual é seu papel no
Governo Aberto.

Na primeira semana deste MOOC, muitos casos foram apresentados.


A maioria dos países tem um sistema institucional e democrático diferente e, portanto, copiar
exemplos de um país para outro é complicado.

Não há melhor maneira, mas existem orientações gerais de como criar um Governo Aberto.

Há sempre uma desculpa para não abrir, mas, na realidade, não há desculpa real e uma razão válida
para não criar um Governo Aberto.

Os governos devem se abrir e encontrar uma maneira de criar abertura.

Isso requer esforços.

Não estou dizendo que isso é fácil, mas o que estou dizendo é que algum nível de abertura pode ser
alcançado.

Criar um portal não resulta automaticamente em Governo Aberto.

Quem são os usuários? Que tipo de funções os ajudam a entender o que está acontecendo no
governo?

Diversas aplicações são necessárias para criar um Governo Aberto.

Para os governos, compreender o que é um Governo Aberto é desafiador e um grande número de


fatores precisa ser levado em conta.

Muitas vezes, novos papéis e responsabilidades são necessários.

Quem vai processar as respostas ao público? Como o público será retido? E como a participação
contínua será assegurada?

Mecanismos devem estar em vigor para facilitar o feedback contínuo.

Para os cidadãos que usam aplicativos governamentais abertos, muitas vezes, não é tão fácil e obter
uma resposta a uma pergunta é trabalhosa.

É esperado que os constituintes tenham tempo e recursos e sejam bem educados.

Com base nessas suposições, nunca será criado um Governo Aberto real.

Apenas um governo para os poucos felizes é então criado.

O Governo Aberto não deve ser confundido com Dados Abertos.

Governo Aberto trata da realização de transparência e prestação de contas.

Os Dados Abertos podem ser usados para criar transparência e responsabilidade, mas podem ter
outros propósitos, como estimular inovações das empresas.

O Governo Aberto pode seguir um ciclo de política, enquanto os Dados Abertos seguem um ciclo de
dados.

Na semana 2 deste curso, vimos que os Dados Abertos são sobre como criar e coletar dados e
publicar, localizar e usar esses dados.
Muitos tipos de dados governamentais já estão abertos através de vários Portais de Dados Abertos.

Os Dados Abertos são disponibilizados através de portais baseados na Internet por governos de todo
o mundo.

Há uma diversidade de portais, mas não há um portal "melhor", já que cada portal tem seus próprios
objetivos.

Como os dados governamentais abertos são fornecidos por meio de uma grande variedade de
portais, encontrar os dados que alguém está procurando pode ser um desafio, especialmente se ele
não souber se os dados existem e qual organização do governo cria ou coleta os dados e como e onde
os dados estão sendo disponibilizados.

Os dados do Governo Aberto também podem ser usados de muitas maneiras diferentes, por
exemplo, limpando, analisando, visualizando, enriquecendo, combinando e vinculando.

Embora, alguns portais não facilitem o uso de Dados Abertos, outros facilitam o uso de Dados Abertos
de forma diferente e de maneira diferente.

Esses obstáculos precisam ser resolvidos.

A abertura de dados do governo não é fácil e há muitos aspectos que precisam ser considerados
quando uma agência pública decide abrir conjuntos de dados, como confidencialidade e privacidade
de dados, qualidade e integridade de dados e documentação de dados.

Para cada conjunto de dados, as organizações governamentais precisam analisar as considerações e


equilibrar os argumentos a favor e contra sua publicação.

Reduzir os requisitos de uso é fundamental para estimular o uso de dados abertos.

Os dados podem ser pré-processados e visualizados usando aplicativos.

Os aplicativos fornecem uma boa interface de usuário, concentram-se em um problema social e


podem reduzir os requisitos de uso de dados.

Criar um aplicativo não significa que o acesso aos dados brutos não seja mais necessário, pois os
dados brutos são necessários para outros fins de uso.

Dados governamentais abertos são, idealmente, acessíveis sem restrições.

No entanto, na prática, pode haver muitas restrições, como licenças ou portais pouco amigáveis com
usuário para acessar os dados.

Além disso, pode haver tensões entre usuários de dados e provedores de dados, uma vez que eles
têm interesses diferentes.

Além disso, os usuários de Dados Abertos dependem de provedores de dados governamentais para
obter os dados de que precisam.

Isso significa que, se os governos quiserem que seus dados sejam usados pelo público, eles precisarão
publicar esses dados de uma maneira localizável e utilizável.

Isso pode parecer simples, no entanto, fornecer dados em um formato localizável e utilizável pode
ser complicado.
A terceira semana deste MOOC concentrou-se nos aspectos tecnológicos e legais.

Vimos que a análise de dados do governo requer várias etapas, incluindo descoberta de dados,
contextualização, análise e visualização.

Para analisar ou combinar conjuntos de Dados Abertos, o usuário precisa ser capaz de interpretar os
dados e entender o contexto no qual ele foi criado.

Isso requer muito mais do que fornecer um conjunto de dados.

Metadados e tecnologias semânticas são essenciais para isso.

Não só os humanos, mas também as máquinas devem ser capazes de entender os dados do governo.

Com demasiada frequência, os dados relevantes não podem ser encontrados.

Dados vinculados permitem que você encontre outros dados relacionados.

Isso requer semântica que pode ser processada por máquinas e na qual o relacionamento entre os
dados é claro.

A lei também é importante para alcançar objetivos de Dados Abertos e tem um papel importante na
promoção do acesso e reutilização de informações do setor público.

No entanto, por outro lado, a lei sobre proteção de dados também desafia a filosofia de Dados
Abertos e pode reduzir significativamente o número de conjuntos de Dados Abertos.

Muitos fatores precisam estar em sincronia para criar um Governo Aberto.

Um marco regulatório é necessário para lidar com a abertura de dados.

Mecanismo de privacidade pode ajudar a abrir mais dados para o público.

Os mecanismos de participação precisam estar disponíveis para obter feedback e as pessoas devem
ter liberdade para expressar sua opinião.

A interdependência entre esses fatores a torna complexa.

A importância da transparência é indiscutível e tem sido destacada devido à sua importância


particular para o Governo Aberto.

No entanto, embora concordemos que a transparência é necessária, muitas pessoas usam o termo
"transparência" livremente e não há acordo sobre como criar transparência.

A transparência é um fenômeno complexo, que não pode ser alcançado facilmente e é melhor falar
sobre o nível de transparência.

Criar transparência total pode não ser viável ou ser realizado sem grandes despesas.

Isso não significa que não devamos lutar por altos níveis de transparência. Nós devemos tentar
alcançar altos níveis de transparência.

Os cidadãos podem participar em diferentes dimensões do Governo Aberto e a transparência é uma


condição necessária para permitir a participação na formulação de políticas.
Embora a participação cidadã possa ajudar a melhorar e inovar políticas e serviços públicos, envolver
cidadãos em um Governo Aberto não é fácil.

Há vários desafios para a participação do cidadão.

Por exemplo, precisamos ampliar e tornar a participação cidadã, no Governo Aberto, mais popular.

Mas por que os cidadãos gostariam de participar?

Isso requer que os governos os escutem, processem sua sugestão e digam como seus documentos
são tratados.

A decisão de abrir governos e dados governamentais deve levar em consideração o impacto que isso
tem na privacidade dos cidadãos.

Existem várias estratégias que podem ser usadas para reduzir essas ameaças no contexto de
governos abertos, mas observe que essas estratégias não podem afastar completamente essas
ameaças.

O Governo Aberto precisa ser continuamente aprimorado, o que requer o monitoramento dos
esforços.

Criar um monitoramento de Governo Aberto não é fácil.

Há um indicador mostrando que x% do Governo Aberto implementado é inútil.

Isso significa que os aspectos certos estão abertos? O que os usuários precisam e querem?

Vários aspectos precisam ser medidos.

Existe o risco de que uma visão demasiado simplista seja tomada, o que mostra que um está indo
bem ou que este possa não ser o caso.

Finalmente, gostaríamos de lhe indicar vários cursos relacionados com este MOOC.

Após este MOOC, será desenvolvido um curso ProfEd sobre Governança e Uso de Dados Abertos.

Este é um curso pago para profissionais, no qual trataremos mais detalhadamente os tópicos de
Dados Abertos e nos concentraremos, especificamente, em como governar e usar Dados Abertos.

Você pode encontrar mais informações sobre este e outros cursos relacionados, incluindo links, na
plataforma EdX.

Esperamos que tenha gostado deste curso e desejamos boa sorte ao finalizá-lo!

Obrigado por sua atenção.

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