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Z E N A I D E C A RVA L H O

LUCIANO PIMENTEL

Social
10 BOAS PRÁTICAS
PARA EVITAR AUTUAÇÕES

4ª EDIÇÃO
2020
Revisão, capa e
editoração Copyright © Zenaide Carvalho - 2020
Liquidbook Nith Treinamentos
Tecnologias para Rua Fúlvio Aducci, 890 - Estreito
Publicações Florianópolis, SC - CEP 88070-100
Tel: (48) 3307-3021
Revisão de Site: www.nithtreinamentos.com.br
Conteúdo
Luciano Pimentel E-mail: contato@nith.com.br

Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.


Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou
armazenada em qualquer formato ou meio, seja mecânico ou
eletrônico, sem a permissão por escrito da autora.

Carvalho, Zenaide
eSocial: 10 boas práticas para evitar autuações.
Zenaide Carvalho. 4ª. Ed. | Florianópolis: 2020.
132p.
1. eSocial. 2. Tributário. 3. Previdenciário. 4. Trabalhista.
5. SPED – Sistema Público de Escrituração Digital

Contatos com a autora Zenaide Carvalho:


contato@nith.com.br
www.nith.com.br
AGRADECIMENTOS

Aos meus alunos dos cursos presenciais e online. Aos


meus alunos do curso de Legislação e Auditoria Trabalhista
da BSSP. Vocês são minha inspiração para escrever e preparar
conteúdos que façam vocês crescerem.
Aos meus colegas de trabalho na Nith Treinamentos, por
estarem comigo nesta jornada e por vivenciarem cotidiana-
mente, na pele, a nossa missão e os nossos valores e por terem
tanto carinho com nossos alunos. Ainda, agradeço por sempre
pensarem em nosso lema: “Resultado para Todos”.
PREFÁCIO

Prefaciar um livro da Prof.ª Zenaide Carvalho sobre o


eSocial é, sem dúvida, uma grande responsabilidade. Primei-
ro, porque ela é uma precursora no assunto e acompanha o
projeto desde o seu início. Segundo, porque ela, como poucas
pessoas, conhece muito bem o “chão de fábrica”, ou seja, o dia
a dia de um departamento pessoal. Suas análises, por todo
esse tempo, sempre trouxeram aspectos importantes sobre o
eSocial a serem considerados e até algumas críticas – sempre
construtivas, e este livro é uma prova disto.
Esta quarta edição do livro “10 boas práticas para evitar
autuações”, em que pesem as diversas alterações que aconte-
ceram na legislação trabalhista e no próprio sistema eSocial,
continua atualizada. A edição contou com uma criteriosa revi-
são do Prof. Luciano Pimentel, o qual é também um profundo
conhecedor do eSocial.
É uma obra que entrega muito mais do que se propõe a
fazer, pois não se limita a discorrer sobre condutas para evitar
multas. A obra elenca diversas práticas para que a empresa
cumpra corretamente a legislação trabalhista e previdenciá-
ria, a fim de que sempre esteja em conformidade com ambas,
não atendando apenas a demandas de uma ou de outra. Além
do mais, no decorrer de todo o livro, a Prof.ª Zenaide passa
mensagens pessoais que são verdadeiras lições de vida, trans-
mitindo seus valores e aquilo em que ela realmente acredita.

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O eSocial é, de fato, um divisor de águas no mundo do
trabalho e tem um papel fundamental na valorização que vem
acontecendo dos profissionais que militam na área de depar-
tamento pessoal e de recursos humanos. Este livro ressalta
a importância desse valioso sistema e auxilia o profissional
que quer se atualizar para trilhar esse caminho sem volta: o
caminho do crescimento.
Parabenizo a Prof.ª Zenaide por sua iniciativa de sempre
compartilhar seu conhecimento e o Prof.º Luciano Pimentel
por, mais uma vez, tornar possível a reedição deste livro.

Prof.º José Maia


Auditor Fiscal do Trabalho
Membro Titular e Coordenador
do Comitê Gestor do eSocial

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................... 8
Eventos do eSocial e o faseamento......................................... 11
Autuações e multas: como evitar?........................................... 23
Prática 1: ler a documentação oficial do eSocial................... 38
Prática 2: relacionar as não conformidades...........................42
Prática 3: buscar soluções e criar uma cartilha..................... 47
Prática 4: fazer um plano de ação...........................................54
Prática 5: relacionar os cargos com a CBO............................ 59
Prática 6: conferir RAT x FAP x CNAE preponderante.......64
Prática 7: revisar contratos de estágio.................................... 69
Prática 8: tributação e tabela de rubricas............................... 75
Prática 9: segurança e saúde no trabalho............................... 96
Prática 10: checklist do eSocial............................................... 103
Qual o próximo passo?........................................................... 106
Legislação e tabelas................................................................. 109
Referências bibliográficas....................................................... 126
INTRODUÇÃO

“Onde você quer estar daqui a 10 anos?


Comece a caminhada hoje”.
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Como se já não bastasse a alta carga tributária e traba-


lhista no Brasil, os empregadores agora têm mais uma obri-
gação com que se preocupar: o eSocial.
O eSocial é uma nova declaração acessória que faz parte
do SPED – Sistema Público de Escrituração Digital –, insti-
tuído pelo Decreto 8.373/14, e obriga todos os empregadores
do país a levarem, aos entes controladores e fiscalizadores, os
dados de todas as suas relações onerosas de trabalho.
Embora seja uma declaração acessória, ela vem revestida
da grande obrigação de “fazer correto”. Isso porque, se não for
executada de maneira adequada, o empregador não conseguirá
gerar os recolhimentos previdenciários adequadamente.
Segundo a SERPRO, empresa pública responsável por
gerar o sistema eSocial para o governo federal, haverá uma
modernização na fiscalização trabalhista. Tanto Receita Fe-
deral – que fiscaliza a arrecadação previdenciária e o imposto
de renda retido na fonte –, quanto a Subsecretaria de Inspeção
do Trabalho – que fiscaliza a arrecadação do FGTS e o cum-
primento das regras trabalhistas por parte do empregador
– receberão dados de 65 milhões de trabalhadores e poderão
fazer os cruzamentos para a chamada MALHA FISCAL da
forma como bem desejarem. De acordo com a própria SER-
PRO, tais entes receberão cerca de 200 milhões de “eventos”
– as chamadas “ocorrências trabalhistas” – todos os meses.
Ainda, há as informações da área de Segurança e Saúde
no Trabalho, a qual é fiscalizada tanto pela Receita Federal, no

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

que tange aos recolhimentos para o Fundo de Aposentadoria


Especial, quanto pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho.
Aqui entra o empregador precavido, que busca, no mer-
cado, profissionais competentes para evitar notificações e au-
tuações que poderão fechar a empresa. No entanto, não basta
enviar os dados ao eSocial: as informações devem ser enviadas
com qualidade e nos prazos adequados.
Eu já havia publicado uma série de 10 vídeos sobre as
práticas para evitar autuação. Porém, tendo em vista que al-
gumas pessoas preferem ler a assistir aos vídeos e com a fi-
nalidade atender a um número maior de pessoas, escrevi este
livro com a lista das 10 boas práticas para evitar autuação. A
proposta é conscientizar os profissionais que lidarão com o
eSocial de que uma informação enviada de maneira incorreta
poderá causar danos ao empregador.
A hora de buscar atualização é agora. Você não está
sozinho. Conte conosco.

Zenaide Carvalho

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EVENTOS DO ESOCIAL
E O FASEAMENTO

“O que te transforma é o que te desafia”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

O eSocial é uma obrigação acessória composta de diver-


sos arquivos a serem enviados a um grande banco de dados.
Esses arquivos contêm informações dos “eventos”, que são as
ocorrências nas áreas trabalhista, fiscal e previdenciária.
Não está previsto haver um programa gerador dessa de-
claração. Assim, as informações podem ser enviadas, ao go-
verno, diretamente do programa da empresa – aquele que gera
informações sobre a folha de pagamento – ou digitados direta-
mente no portal do eSocial (https://www.gov.br/esocial/pt-br).
O Faseamento é a entrada em vigor do eSocial – vigên-
cia – através de fases.
Confira, a seguir, a lista de todos os eventos que com-
põem o eSocial com uma breve explicação sobre cada um de-
les. A lista está na versão mais recente referente ao momento
da publicação deste livro. Acompanhe as alterações no portal
do eSocial (https://www.gov.br/esocial/pt-br).

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

EVENTOS DO CADASTRO INICIAL


São enviados a qualquer momento durante o início da
implantação da primeira fase do eSocial. Identificar os res-
ponsáveis pelo envio e pela atualização.
Eventos do Cadastro Inicial
Cód. Descrição do Evento Observações
Informações do Empregador/
S-1000 Primeiro evento a ser enviado
Contribuinte/Órgão Público
Ta b e l a d e P r o c e s s o s
Os que afetem retenções e Contribuições
S-1070 Administrativos/
(*)
Judiciais
Tabela de Estabelecimentos,
Informar RAT, FAP, CNAE
S-1005 Obras de Construção Civil ou
Preponderante
Unidades de Órgãos Públicos
Tabela de Proventos, Descontos, Rubricas
Informativas e Informativas Dedutoras, as
S-1010 Tabela de Rubricas
quais irão na folha de pagamento. A mais
complexa de todas as tabelas.
S-1020 Tabela de Lotações Tributárias Para fins de atribuição do código FPAS
Tabela de Cargos/Empregos Obrigatória (CBO, Nome do Cargo,
S-1030
Públicos Código Interno)
S-1035 Tabela de Carreiras Públicas Só para Órgãos Públicos
Tabela de Funções/Cargos em
S-1040 Não obrigatória em empresas privadas
Comissão
Tabela de Horários/Turnos de Obrigatória. Atenção à Flexibilidade de
S-1050
Trabalho Horários.
Ta b e l a d e O p e r a d o r e s Só para Órgãos Gestores de Mão de
S-1080
Portuários Obra (OGMO)

(*) O envio do evento S-1070 – Tabela de Processos Adm./Judiciais a partir


da N.O. 19.2019 e do Leiaute 2.5 (rev.) será dispensado quando a matéria
do processo for autorização de trabalho de menor, dispensa de contratação
de PCD ou aprendiz, segurança e saúde no trabalho, conversão de licença
saúde em acidente do trabalho. Será obrigatório apenas quando a matéria
do processo for tributária, FGTS ou Contribuição Sindical.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

EVENTOS NÃO PERIÓDICOS


Como o nome já diz, não há uma periodicidade para
acontecer. Entretanto, fique atento aos prazos para envio.
Eventos não periódicos
Prazo de envio após
Cód. Evento Observações
faseamento

Enviar apenas
Admissão de Trabalhador
informações de Opcional. Enviar até 30
– Registro Preliminar (não
S-2190 CPF, Data de dias antes do dia da
aplicável a servidores
N a s c i m e n t o e admissão.
públicos estatutários).
Data de Admissão

1º envio de todos os
cadastros conforme o
Cadastro dos vínculos
faseamento.
ativos e suspensos;
A d m i s s ã o Depois, antes do dia da
Admissão do empregado
completa do admissão. Se enviado
celetista ou servidor
trabalhador o registro preliminar,
público celetista (com
(mesmos dados enviar até o dia 07 do
FGTS);
do Cadastro Inicial mês seguinte à admissão
(ASO admissional
do Vínculo) (antes de enviar outros
S-2200 deve ser feito antes da
eventos do empregado
admissão).
e antes do fechamento
da folha).
A d m i s s ã o 1º envio conforme o
Admissão de demais
completa do faseamento.
servidores públicos sem
trabalhador Depois, até o dia 07 do
FGTS – estatutários
(mesmos dados mês seguinte (antes do
(RGPS ou ao RPPS)
do Cadastro Inicial envio do fechamento
(ingresso ou reingresso).
do Vínculo) mensal do eSocial).
Envio antes do início do
S-2260 Convocação para o Trabalho Intermitente
trabalho intermitente (*)
(*) O Envio do evento S-2260 – Convocação para o Trabalho Intermitente
passou a ser facultativo a partir da N.O. 19.2019 e do Leiaute 2.5 (rev.)

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Eventos não periódicos


Prazo de envio após fase-
Cód. Evento Observações
amento
Cadastro dos Cadastro de
vínculos dos B o l s i s t a s , 1º envio conforme o
Trabalhadores Dirigentes Sindicais, faseamento. Depois, até o
S-2300 Sem Vínculo Cooperados, dia 07 do mês seguinte (antes
de Emprego/ Diretores, Cedidos, do fechamento do eSocial
Estatutário – Avulsos e outros não mensal).
Início. empregados
Cadastro de Benefícios - Entes públicos
S-2400
– Início
Cadastro de Beneficiários – Entes
S-2405
públicos – Alteração
Envio antes do fechamento
Cadastro de Benefícios – Entes públicos
S-2410 da folha até o dia 07 do mês
– Início
seguinte.
Cadastro de Benefícios – Entes públicos
S-2416
– Alteração
Cadastro de Benefícios – Entes públicos
S-2420
– Término
Pedido de Demissão
Aviso Prévio:
o u D i s p e n s a Até 10 dias após a
S-2250 início e
com Aviso Prévio Comunicação (*)
cancelamento
trabalhado
Envio em até 10 dias após o
desligamento (D+10), limitado
ao dia 07 do mês seguinte,
Rescisão contratual em separado e antes do envio
S-2299 Desligamento com todas as verbas do fechamento da folha de
finais do contrato pagamento no eSocial.
No caso dos servidores
públicos, antes dos eventos
S-1200 ou S-1202.
(*) O Envio do evento S-2250- Aviso Prévio passou a ser facultativo a partir
da N.O. 19.2019 e do Leiaute 2.5 (rev.)

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Eventos não periódicos


Prazo de envio após fase-
Cód. Evento Observações
amento

Regra geral: a
Afastamento partir de 3 dias
Te m p o r á r i o de afastamento
2230
(Início, alteração COM ATESTADO
e retorno) MÉDICO, salvo
exceções do Manual.

S-2231 Cessão/Exercício em outro órgão

Alteração de Dados Cadastrais (pessoais)


S-2205
do Trabalhador
Até o dia 07 do mês seguinte
Alteração de Contrato de Trabalho/
S-2206 (antes do fechamento do
Relação Estatutária
eSocial mensal).
Trabalhador Sem Vínculo de Emprego –
S-2306
Alteração Contratual
Trabalhador
S e m V í n c u l o Dados Financeiros
S-2399
de Emprego – da rescisão
Término

S-2298 Reintegração/Outros Provimentos

E x c l u s ã o d e Em caso de erro de
S-3000
Evento envio

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

EVENTOS PERIÓDICOS
São os eventos que deverão ser informados mensalmente
até o dia 07 do mês seguinte à ocorrência do fato gerador das
obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias.
Caso não haja nenhuma movimentação a ser informada,
o evento S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos – deve
ser enviado no primeiro mês em que não haja movimento
e, caso a situação perdure, informar novamente no mês de
janeiro de cada ano.
Eventos Periódicos – Folha Mensal
Código Descrição
S-1200 Remuneração do Trabalhador – RGPS
S-1202 Remuneração do Trabalhador – RPPS
S-1207 Benefícios Previdenciários – Entes públicos
S-1210 Pagamentos de Rendimentos
S-1250 Aquisição de Produção Rural
S-1260 Comercialização de Produção Rural Pessoa Física
S-1270 Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários
S-1280 Informações Complementares aos Eventos Periódicos
S-1298 Reabertura dos Eventos Periódicos
S-1299 Fechamento dos Eventos Periódicos
S-1300 Contribuição Sindical Patronal (*)

(*) O Envio do evento S-1300 – Contribuição Sindical Patronal passou a ser


facultativo a partir da N.O. 19.2019 e do Leiaute 2.5 (rev.)
Eventos Periódicos – Folha Mensal
Código Descrição
S-5001 Informações das Contribuições Sociais por trabalhador
S-5002 Imposto de Renda Retido na Fonte
S-5003 Informações do FGTS por Trabalhador
S-5011 Informações das contribuições sociais consolidadas por contribuinte

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Eventos Periódicos – Folha Mensal


Código Descrição
S-5012 Informações do IRRF consolidadas por contribuinte
S-5013 Informações do FGTS consolidadas por contribuinte
S-1295 Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência

EVENTOS DE SST
São os eventos relacionados à Segurança e Saúde no
Trabalho, que é um ponto crítico, sobre o qual informaremos
como evitar autuações na Prática 9.
Eventos de SST – Segurança e Saúde no Trabalho
Prazo de envio após
Cód. Evento Observações
faseamento
Comunicação 1º dia útil seguinte ou
S-2210 de Acidente de Substitui o formulário da CAT de imediato, em caso
Trabalho (CAT) de morte
Ta b e l a d e
S-1060 Ambientes de Mapear ambientes de trabalho
Trabalho
Monitoramento Exames Admissional, Periódico,
de Saúde do de Desligamento, Retorno,
S-2220
Trabalhador Mudança de Função ou Até o dia 07 do mês
(ASO) Complementares seguinte, antes do
E x a m e fechamento da folha
Informar dados dos exames
To x i c o l ó g i c o no eSocial, sempre
S-2221 admissional e de desligamento
do Motorista que for necessário
dos motoristas
Profissional fazer inclusão,
Informar os treinamentos alteração ou exclusão
Treinamentos e
S-2245 Obrigatórios das Normas de informações.
Capacitações
Regulamentadoras
Condições Informações baseadas no
Ambientais LTCAT, no PPRA e nos Laudos
S-2240
de Trabalho – Técnicos de Insalubridade e
Fatores de Risco Periculosidade

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

NOTA ORIENTATIVA 2019.18


Alteração dos prazos de envio de eventos ao eSocial
Os eventos não periódicos e periódicos possuem um
prazo “geral” estabelecido no Manual de Orientação do eSo-
cial – MOS, nos itens 9.4 e 9.6., respectivamente: o dia 07 do
mês subsequente ao mês de referência do evento.
Esse prazo se repete para cada um dos eventos em que é
aplicável o item “Prazo de envio”, como: S-1200, S-1210, S-1299,
S-2205, S-2206, etc.
Contudo, durante o período de implantação do eSocial,
o prazo de envio desses eventos será dilatado, passado para
o dia 15 do mês subsequente ao de referência do evento, ini-
ciando-se na competência maio/2019, cujo vencimento passará
para o dia 15/06/2019.
Para fins da alteração do prazo geral de envio dos even-
tos para o dia 15, entende-se por período de implantaçãoo
as competências nas quais o empregador/contribuinte já está
obrigado ao eSocial enquanto não houver a substituição da
GFIP como forma de recolhimento do FGTS. Na primeira
competência em que o recolhimento do FGTS se fizer pela
nova guia GRFGTS, o prazo retornará ao definido no MOS,
dia 07.
A alteração em questão refere-se apenas ao prazo de
envio dos eventos ao eSocial e não impacta o vencimento de
qualquer tributo, contribuição ou depósito ao FGTS, cujos
vencimentos permanecem aqueles definidos em lei (por exem-
plo, o prazo de recolhimento do FGTS mensal se mantém no

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

dia 07 do mês seguinte ao da competência, antecipando-se no


caso de o vencimento cair em dia não útil). Os empregadores
deverão observar os prazos legais de vencimento, inclusive
durante o período de implantação do eSocial.

EXCEÇÕES
Excetuam-se da regra geral todos os prazos especiais
previstos no MOS, que já eram estipulados com vencimento
próprio. Por exemplo, o evento de admissão (S-2200 ou S2190)
deverá ser informado até o dia anterior ao do início da presta-
ção dos serviços; deverão ser observados os prazos dos eventos
de afastamentos por doença (S-2230); e o prazo para o envio
do desligamento (S-2299) permanece até o décimo dia após a
data da rescisão.
No caso dos eventos de remuneração e de fechamento
de folha, excetua-se da regra geral de prazo o evento referente
ao período de apuração anual (13º salário), caso em que deve
ser transmitido até o dia 20 do mês de dezembro do ano a que
se refere. Nos dois casos, antecipa-se o vencimento para o dia
útil imediatamente anterior quando não houver expediente
bancário.
Os prazos para os eventos de tabela, embora não te-
nham vencimento fixado, acompanham os eventos aos quais
se relacionam. Por exemplo, o evento S-1005 deve ser enviado
antes do S-2200 e do S-1200 que o referenciam; por sua vez, o
S-1200 deve ser enviado antes do fechamento da folha (S-1299).
Dessa forma, os prazos para os eventos de tabela também estão
modificados, ainda que de forma reflexa.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

A alteração do prazo também não atinge os empregado-


res domésticos, uma vez que a guia de recolhimento (DAE) é
emitida com vencimento que obedece aos prazos de recolhi-
mento do FGTS, Contribuição Social e retenção do Imposto
de Renda. Mantém-se o vencimento no dia 07 do mês seguinte
ao da competência (ou dia útil imediatamente anterior, quan-
do não houver expediente bancário), o que será espelhado no
DAE.
Disponível em https://www.gov.br/esocial/pt-br/docu-
mentacao-tecnica/manuais/nota-orientativa-018-2019-prazo-
de-envio-de-eventos.pdf

FASEAMENTO DO ESOCIAL
A vigência do eSocial está sendo cumprida através de
fases, daí o nome “Faseamento”, cunhado pelos membros do
Comitê Gestor do eSocial. Essas fases foram divididas em
cinco, a saber:
Fase 1 = Envio do Cadastro do Empregador e das Tabelas
do Empregador.
Fase 2 = Envio do Cadastro dos Vínculos de Trabalha-
dores e início do envio dos eventos não periódicos, que são as
movimentações do trabalhador.
Fase 3 = Envio dos eventos de folha de pagamento e iní-
cio da EFD-REINF, uma nova obrigação do SPED – Sistema
Público de Escrituração Digital – para a RFB – Receita Federal
do Brasil –, cuja base legal se encontra na IN RFB 1.701/2017.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Fase 4 = Fim da GFIP para fins previdenciários e ge-


ração do DARF Previdenciário Numerado, com o início da
DCTFWEB, uma nova obrigação para a Receita Federal, com
fundamento na IN RFB 1.787/2018.
Fase 5 = Fim da GFIP para recolhimento do FGTS.
Fase 6 = Eventos de SST – Segurança e Saúde no
Trabalho.
Todos os empregadores do país deverão enviar os da-
dos através dos eventos a esse grande banco de dados que o
eSocial é.
Acompanhe cada fase de obrigação através do Portal do
eSocial – https://www.gov.br/esocial/pt-br –, ou através do blog
da Nith: https://blog.nith.com.br/

22
AUTUAÇÕES E
MULTAS: COMO
EVITAR?

“Informação: só é útil quando transformada em


conhecimento”.
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Aplicando a legislação vigente. A resposta é simples, mas


a resolução não. Como evitar autuações? Fazendo a “coisa”
certa. Porém, na área trabalhista e previdenciária, como saber
exatamente o que é certo? Ou melhor, como saber o que os
entes fiscalizadores acreditam que é certo?
Para o eSocial, evitar autuações passa por diversas ati-
tudes. Passaremos por elas nas 10 (dez) práticas seguintes. Po-
rém, não podemos escapar do fato de que evitamos autuações
quando cumprimos a legislação vigente, a qual será cobrada
no eSocial.
Algumas práticas que executamos quase sem perceber
podem causar grandes transtornos para o empregador com a
entrada em vigor do eSocial. Por exemplo: Você sabe que um
estagiário deve fazer exames médicos e participar de outros
programas de segurança e saúde do trabalho? Muitos empre-
gadores não sabiam disso, e muitos profissionais que atuam
no controle desses contratos de estágio também não. Mas a
legislação não é nova, ela data de 2008, sendo a lei 11.788.
Então, para evitar autuações, é necessário ficar atento à
legislação que será exigida no eSocial e praticar efetivamente
o que propomos neste livro.
O eSocial não traz uma legislação nova nem multas
novas.
Com relação às multas que resultam da não entrega ou
do atraso da entrega das obrigações ao SPED (Sistema Público
de Escrituração Digital) – e o eSocial faz parte do SPED –,

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

de maneira geral, está previsto no artigo 57 da MP 2158-35


o seguinte:
Art. 57. O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações
acessórias exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19
de janeiro de 1999, ou que as cumprir com incorreções ou omis-
sões será intimado para cumpri-las ou para prestar esclareci-
mentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes mul-
tas:  (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
I - por apresentação extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou
fração, relativamente às pessoas jurídicas que estive-
rem em início de atividade ou que sejam imunes ou
isentas ou que, na última declaração apresentada, te-
nham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacio-
nal;  (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendá-
rio ou fração, relativamente às demais pessoas jurídi-
cas;  (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração,
relativamente às pessoas físicas;   (Incluída pela Lei nº
12.873, de 2013)
II - por não cumprimento à intimação da Secretaria da Recei-
ta Federal do Brasil para cumprir obrigação acessória ou para
prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade
fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário; (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
III - por cumprimento de obrigação acessória com informações
inexatas, incompletas ou omitidas:  (Redação dada pela Lei nº
12.873, de 2013)
a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem
reais), do valor das transações comerciais ou das ope-
rações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de
terceiros em relação aos quais seja responsável tributá-
rio, no caso de informação omitida, inexata ou incom-
pleta; (Incluída pela Lei nº 12.873, de 2013)
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não infe-
rior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das transa-

25
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

ções comerciais ou das operações financeiras, próprias


da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais
seja responsável tributário, no caso de informação
omitida, inexata ou incompleta.  (Incluída pela Lei nº
12.873, de 2013)
§ 1   Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples
o

Nacional, os valores e o percentual referidos nos incisos


II e III deste artigo serão reduzidos em 70% (setenta por
cento). (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
§ 2o  Para fins do disposto no inciso I, em relação às pes-
soas jurídicas que, na última declaração, tenham utiliza-
do mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham
realizado algum evento de reorganização societária, deve-
rá ser aplicada a multa de que trata a alínea b do inciso I
do caput. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
§ 3o A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à
metade, quando a obrigação acessória for cumprida antes
de qualquer procedimento de ofício.  (Redação dada pela
Lei nº 12.873, de 2013)
§ 4o Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, se-
rão aplicadas as multas previstas na alínea a do inciso I,
no inciso II e na alínea b do inciso III.    (Incluído pela Lei
nº 12.873, de 2013)

Essa multa só seria cobrada em caso de descumprimento


dos prazos do eSocial – prazos de envio inicial e prazos men-
sais, que é até o dia 07 (sete) do mês seguinte à ocorrência dos
fatos geradores.
No entanto, a legislação pode ser alterada a qualquer
momento para prever novas autuações; por isso, é bom não
deixar de enviar todos os eventos nos prazos determinados.

26
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

MULTAS E AUTUAÇÕES NO ESOCIAL


Uma dúvida que sempre surge quando uma obrigação
acessória é imposta pelo fisco é sobre as penalidades previs-
tas. Com o eSocial, não é diferente. Entretanto, não há multa
prevista especificamente para o eSocial.
É importante saber que o eSocial é “apenas” uma decla-
ração que mostrará ao fisco se o empregador/contribuinte está
cumprindo ou não a legislação vigente, já que, em princípio,
não há previsão de mudança, apenas exigência de cumpri-
mento do que já existe.
Vamos dar um exemplo: suponha que você não envie
o registro de um empregado (evento “Admissão do Trabalha-
dor”) até o dia anterior à admissão. Como não foi enviado o
arquivo, o sistema do eSocial poderá entender que a admissão
do empregado ocorreu sem o devido registro e, consequen-
temente, o empregador estará sujeito à multa da obrigação
trabalhista (registrar o empregado do início no trabalho), e
não à multa do eSocial.
As empresas devem acompanhar as publicações dos
entes fiscalizadores quanto à substituição das obrigações
previstas na legisção (RAIS, CAGED, GFIP, DIRF e outros)
pelas informações prestadas exclusivamente no eSocial. Nesse
momento, as penalidades podem ser aplicadas com base nas
informações declaradas.

27
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Recomendamos aos escritórios contábeis que enviem a


tabela de multas vigentes aos empregadores clientes,
apresentando as possíveis autuações em função da fis-
calização eletrônica.
Após alertar o empregador, caso ele não cumpra a le-
gislação, recomendamos que seja criado um Termo de
Responsabilidade a fim de isentar o escritório contábil
de possíveis multas que o empregador possa sofrer em
função do não cumprimento da legislação.

MULTAS TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS E


TRIBUTÁRIAS
As multas trabalhistas, fiscais e previdenciárias são as
multas com as quais o empregador realmente deve se preocu-
par. E muito. Com a implantação do eSocial, devido à possibili-
dade cada vez maior de haver fiscalização eletrônica – a partir
do cruzamento da Tabela de Regras com dados enviados pelo
próprio empregador –, o empregador deve conhecer os riscos
que corre caso não cumpra alguma obrigação.
A partir da entrada em vigor do eSocial, os entes par-
ticipantes terão acesso a todos os dados do empregador e dos
trabalhadores. Os próprios trabalhadores também terão acesso
aos seus dados. Tais dados poderão sofrer fiscalização com
autuação imediata (online) ou ficarão à disposição do fisco,
por até 05 (cinco) anos, para uma eventual fiscalização.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Multas tributárias – imposto de renda retido na


fonte
Todos os empregadores estão sujeitos às multas tribu-
tárias – por não retenção do imposto de renda na fonte, por
exemplo –, assim como são responsáveis pela retenção e pelo
recolhimento, conforme determina o artigo 121 da lei 5.172/66
(Código Tributário Nacional – CTN).
Tais multas podem chegar a 150% (cento e cinquenta
por cento) do valor não recolhido, conforme determina o ar-
tigo 998 do Decreto 9.580/18 (Regulamento do Imposto de
Renda – RIR).
Mais recentemente, a RFB expediu a Instrução Nor-
mativa 1.500/14 e alterou o Decreto 3.000/99 para o Decreto
9.580/18, que traz as regras para a tributação do imposto de
renda das pessoas físicas, cuja leitura é obrigatória.
Multas previdenciárias
As multas previdenciárias do RGPS – Regime Geral de
Previdência Social – estão previstas no Decreto 3.048/99 e
atingem todos os empregados celetistas.
Os valores são corrigidos e divulgados anualmente atra-
vés de Portaria do Ministério da Fazenda. Geralmente, isso
ocorre na mesma portaria que divulga a tabela de descontos
e outros valores previdenciários.
Para o ano de 2020, as multas variam de R$ 331,44 até
R$ 251.929,36, conforme atualizado pela Portaria SEPRT
3659/2020.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Multas trabalhistas
As multas trabalhistas estão previstas na CLT – Decreto
5452/43, e o Ministério do Trabalho mantém uma tabela de
multas no seu portal. Porém, os valores estão desatualizados
há muitos anos e, certamente, serão atualizados em breve por
força da entrada em vigor do eSocial e da Reforma Trabalhista.
Ainda, há as multas do FGTS, previstas na lei 8.036/90,
do Seguro Desemprego e as multas previstas na legislação
previdenciária.
O empregador deve ficar atento ao cumprimento rigo-
roso da legislação para evitar incorrer em erros que possam
ensejar uma fiscalização retroativa referente aos últimos 5
cincos.
BASE
NATUREZA INFRAÇÃO MÍN. R$ MÁX. R$ OBS.
LEGAL
Infrações à
legislação da Portaria Infrações à
Previdência D e c . S E P R T legislação da
331,44 251.929.36
Social – Leis 3.048/99 3659/2020 Previdência
8.212/91 e Art. 8 Social
8.213/91
Duração do C LT a r t s CLT Art.
Trabalho 57/74 75
Reincidência,
Duração e
40,25 4.025,33 oposição ou
Condições C LT a r t s CLT art.
desacato
Especiais do 224/350 351
Trabalho

30
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BASE
NATUREZA INFRAÇÃO MÍN. R$ MÁX. R$ OBS.
LEGAL
Por empregado,
dobrado na
reincidência,
FGTS: deixar
f r a u d e ,
de computar
Lei 8.036/90, art. 23 10,64 106,41 simulação,
parcela, falta
artifício, ardil,
de depósito
resistência,
embaraçado ou
desacato
Valor máximo
Medicina
em caso de
do Trabalho
C LT a r t . CLT art. embaraço,
(não fazer 402,53 4.025,33
154/200 201 reincidência,
PCM-SO,
artifício,
por exemplo)
simulação
Art. 133
8213/91-
Pessoas
Art. 93 Lei P o r t a r i a Não cumprir as
C o m 2.519,31 251.929.36
8213/91 SEPRT cotas
Deficiência
3659/2020
Art. 8
S e g u r o
Lei Lei
Desemprego
7998/90 7998/90 425,64 42.564,00
(fraude, por
art. 24 art. 25
exemplo) Valor máximo
Segurança em caso de
do trabalho embaraço,
(não fazer os reincidência,
laudos PPRA C LT a r t . CLT art. artifício,
670,89 6.708,59
ou LTCAT ou 154/200 201 simulação
não fornecer
EPI, por
exemplo)

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BASE
NATUREZA INFRAÇÃO MÍN. R$ MÁX. R$ OBS.
LEGAL
13º Salário
(não pagar
L e i
no prazo ou
Lei 4090/62 7855/89 170,26
não pagar
art. 3º
com médias,
por exemplo)
Contrato Por empregado,
C LT a r t . CLT art.
individual de 402,53 dobrado na
442/508 510
Trabalho reincidência
F a l t a
anotação da CLT art. 29 CLT art. 54  402,53
CTPS
F a l t a R$ 3.000,00 e R$
registro de CLT art. 41 CLT art. 47 800,00 para ME ou
empregado EPP
Férias (deixar
de pagar com
média, por
exemplo) –
Pagamento
em atraso: C LT a r t . CLT art.
170,26 Por empregado.
ter que pagar 129/152 153
novamente
as férias
(decisões
da Justiça
Trabalhista)
N ã o Por empregado
Pagamento prejudicado
de Verbas CLT art. 477 CLT art. + multa 1
170,26
Rescisórias § 8º 477 § 8º (um) salário
no Prazo corrigido, para o
Previsto empregado
Fonte das multas da CLT e Portaria MTB 290/97 - Compilação: a autora

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

FISCALIZAÇÃO DO FGTS
O FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – é
fiscalizado pela Subsecretaria de Inspenção Trabalho – SIT,
embora sua gestão esteja sob responsabilidade da Caixa Eco-
nômica Federal.
O FGTS é regulado pela lei 8.036/90 e pelo Decre-
to 99.684/90, este último sendo o Regulamento do FGTS.
Em 2018, a SIT publicou a Instrução Normativa 144 (DOU
21/05/2018) para regular a fiscalização do FGTS após a Re-
forma Trabalhista.
Para sua operacionalização, a Caixa Econômica Federal
emana Portarias e Circulares.
A fiscalização do FGTS tem sido modernizada, e os va-
lores recuperados em ações fiscais crescem a cada dia.
Em 2014, o antigo Ministério do Trabalho já pautava em
mais de 25% de suas ações de forma eletrônica.
A arrecadação do FGTS recolhido sob ação fiscal no
período de 2010 a 2014 saltou de mais de R$ 1,2 bilhão para
mais de R$ 2,6 bilhões, aumentando em mais de 100%, tam-
bém em função da fiscalização eletrônica.
Veja quadro ilustrativo, publicado pelo Portal Planalto
(www.planalto.gov.br).

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Em 2019, a arrecadação do FGTS recolhido sob ação


fiscal alcançou a marca de R$ 272.196.997,54, conforme aponta
o Radar SIT – Painel de informações e Estatísticas da Inspeção
do trabalho no Brasil.
Disponível para consulta em https://sit.trabalho.gov.br/
radar/

Valores recolhidos e notificados de Contribuição Social e FGTS em 2019.


Todas as competências no Brasil para todas as CNAEs.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

ALERTA AOS EMPREGADORES QUE NÃO


RECOLHEM O FGTS
Talvez, nem todos saibam por que a fiscalização do
FGTS não costuma levar a regra legal aos extremos, mas leia
o que consta nos artigos 50 a 52 do Decreto 99.684/90. Farei
meus comentários após o texto legal.
Art. 50. O empregador em mora para com o FGTS não poderá,
sem prejuízo de outras disposições legais (Decreto-Lei n° 368,
de 14 de dezembro de 1968, art. 1°):
I - pagar honorário, gratificação, pro labore, ou qualquer tipo
de retribuição ou retirada a seus diretores, sócios, gerentes ou
titulares de firma individual; e
II - distribuir quaisquer lucros, bonificações, dividendos ou in-
teresses a seus sócios, titulares, acionistas, ou membros de ór-
gãos dirigentes, fiscais ou consultivos.
Art. 51. O empregador em mora contumaz com o FGTS não
poderá receber qualquer benefício de natureza fiscal, tributá-
ria ou financeira, por parte de órgão da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios, ou de que estes participem
(Decreto-Lei n° 368, de 1968, art. 2°).
§ 1° Considera-se mora contumaz o não pagamento de valores
devidos ao FGTS por período igual ou superior a três meses, sem
motivo grave ou relevante, excluídas as causas pertinentes ao ris-
co do empreendimento.
§ 2° Não se incluem na proibição deste artigo as operações desti-
nadas à liquidação dos débitos existentes para com o FGTS, o que
deverá ser expressamente consignado em documento firmado
pelo responsável legal da empresa, como justificação do crédito.
Art. 52. Pela infração ao disposto nos incisos I e II do art. 50, os
diretores, sócios, gerentes, membros de órgãos fiscais ou con-
sultivos, titulares de firma individual ou quaisquer outros diri-
gentes de empresa estão sujeitos à pena de detenção de um mês
a um ano (Decreto-Lei n° 368, de 1968, art. 4°).
Parágrafo único. Apurada a infração prevista neste artigo, a au-
toridade competente do INSS representará, sob pena de respon-
sabilidade, ao Ministério Público, para a instauração da compe-
tente ação penal.

35
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Fica claro que o empregador que não honrar os recolhi-


mentos do FGTS poderá perder benefícios de natureza fiscal
– o Simples Nacional é um deles. Além disso, não poderá pagar
pró-labore ou qualquer tipo de retribuição a sócios. Ainda, há
o risco de haver detenção de um mês a um ano.
Porém, no meu ponto de vista, há um erro grave no
parágrafo único do artigo 52: a atribuição ao INSS de levar
adiante o cumprimento da penalidade.
Se é a Subsecretaria de Inspenção Trabalho – SIT quem
fiscaliza o recolhimento do FGTS – que está sob a gestão da
Caixa Econômica Federal – por que o INSS estaria incumbido
de tal atribuição?
Na realidade, poucas empresas são punidas pelo não re-
colhimento do FGTS, mesmo havendo o aumento substancial
da arrecadação. Tal fato se deve ao fato de que a fiscalização
eletrônica ainda não é nem metade do total de fiscalizações.
Entretanto, essa situação deve mudar com o eSocial, e
os órgãos fiscalizadores deverão ser mais atuantes.
Minha recomendação aos responsáveis pelos escritórios
contábeis é: repassem essa informação aos empregadores que
estão em mora com o FGTS e recomende a regularização o
quanto antes.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 1: LER A
DOCUMENTAÇÃO
OFICIAL DO ESOCIAL

“Mesmo sendo empregado, você pode ser empreendedor no


seu trabalho”.
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Sim, parece óbvio, mas muitas pessoas têm dúvidas so-


bre os eventos, suas obrigações e prazos e não sabem que essas
informações constam na documentação oficial do eSocial.
Essa documentação é composta por:

• Manual de Orientação do eSocial (MOS);


• Leiautes do eSocial;
• Leiautes do eSocial – Anexo I – Tabelas;
• Leiautes do eSocial – Anexo II – Tabelas Regras;
• Manual do Desenvolvedor.

São mais de 500 (quinhentas) páginas de leitura obri-


gatória para todos os profissionais que vão lidar diretamente
com o eSocial.
Para ter acesso a esses documentos, basta fazer down-
load diretamente do site do eSocial (www.gov.br/esocial/pt-br),
clicando na aba “Documentação Técnica”.

39
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Você pode começar pelo MOS – Manual de Orientação


do eSocial – e fazer anotações sobre o que entendeu e o que
não entendeu ao longo do estudo.
Além disso, o leitor deve ficar atento à legislação que
rege o eSocial: o Decreto 8.373/14, as Resoluções do Comitê
Gestor do eSocial, as Resoluções do Comitê Diretivo do eSo-
cial e as Portarias do Ministério da Economia e da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho. Ao final deste livro, você
encontrará a legislação básica de leitura imprescindível.
O Comitê Gestor também publicou a Resolução 15
(DOU 14/06/2018), na qual regulamenta a alteração de leiau-
tes e o Manual do eSocial através de Notas Técnicas, Notas
Orientativas e Notas de Documentação Evolutiva, sem que
tenha havido novo leiaute ou manual. Assim, fique realmente
atento às alterações desses documentos no portal do eSocial.
Uma dica é discutir o que não entender com os partici-
pantes do Grupo de Estudos que criamos. Para facilitar, todos
os links e materiais estarão no blog da Nitth, no seguinte link:
https://blog.nith.com.br

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 2:
RELACIONAR AS NÃO
CONFORMIDADES

“Para resultados diferentes, ações diferentes”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

A segunda prática recomendada é relacionar TUDO o


que você, leitor, já sabe que a empresa (ou clientes, no caso de
escritório contábil) faz que não está de acordo com a legislação
vigente. E como você já leu a documentação técnica do eSocial,
já sabe tudo que o eSocial vai exigir.
Separe um caderno ou elabore uma planilha (verifique
de que forma você tem mais facilidade para trabalhar) e liste
as ações da empresa (ou dos clientes) que não estão de acordo
com a legislação.
Há algumas situações que, se não cuidadas, transfor-
mam-se em pontos críticos no eSocial:

1. ADMISSÃO, DESLIGAMENTO E PAGAMENTO


DE FÉRIAS RETROATIVOS.
A empresa tem o hábito de admitir ou demitir funcioná-
rios com data retroativa? E de pagar férias depois do prazo? A
palavra RETROATIVO tem que ser eliminada do dia a dia da
empresa, já que todos esses acontecimentos são considerados
“eventos” no eSocial e serão informados ao fisco.

2. ESTAGIÁRIOS.
A empresa tem estagiários? Os contratos e as práticas
estão de acordo com a legislação? Esse é um ponto tão crítico
que citei lá no início do livro e será a prática número 7.

43
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

3. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO.


A empresa mantém os laudos e paga adicionais devidos
conforme previsto na legislação? Esse também é um ponto
muito crítico, que passa a ser uma boa prática a ser melhor
explicada na prática número 9.

4. COTAS DE APRENDIZES E PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA.
A empresa faz a contagem e mantém corretamente as
cotas de aprendizes e de pessoas com deficiência? A legislação
sobre a contratação de aprendizes está na CLT, a partir do
artigo 428. Já a contratação de pessoas com deficiência é a
chamada “Lei de Cotas”, que está no artigo 93 da lei 8.213/91.
Neste último caso, a obrigação de fazer contratação de pessoas
com deficiência é apenas para empresas com 100 (cem) ou
mais empregados.

5. TRIBUTAÇÃO DE RGPS, IRRF, FGTS.


A empresa tributa corretamente os proventos sobre
INSS, IRRF e FGTS? Esse também é um ponto tão crítico
que tem a devida atenção na prática 8.

6. FECHAMENTO DE 1 A 31 DO PRÓPRIO MÊS.


A empresa realiza o fechamento da folha do dia 1 ao
dia 31, ou fecha no dia 25 de cada mês? De acordo com a CLT
e a legislação previdenciária, toda a remuneração devida ao
trabalhador é registrada por competência. Assim, horas extras,
comissões e outros direitos devem ser computados dentro do
próprio mês. Embora seja um ponto que sofre pouca fiscali-

44
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

zação presencial, essa prática – que não é boa – ficará mais


evidente no eSocial. O empregador deve estar ciente do risco,
mesmo que continue fechando o “ponto” em outros dias do
mês (26 a 25, por exemplo).
E aí? Na sua empresa, há outras práticas que estão em
desacordo com a legislação?

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 3: BUSCAR
SOLUÇÕES E CRIAR
UMA CARTILHA

“Pare de reclamar e use seu tempo para ser e


fazer melhor”.
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Sabe aquela lista que você compilou na prática 2? Todas


as atividades que a sua empresa (ou seus clientes) executa e
que não estão em conformidade com a legislação? Então, agora
vamos colocá-las em uso.
Agora, é a hora de buscar as soluções para essas não
conformidades.
Você pode fazer uma reunião (tenha sempre anuência
do seu superior) com a equipe que está trabalhando com o
eSocial para buscar as soluções ideais.
Você também pode chamar colegas de outros
departamentos (como do setor Fiscal e setor Contábil) para a
reunião para auxiliarem na busca por soluções.
Conseguiu achar soluções viáveis para todas as não
conformidades? Ótimo! Agora, é hora de apresentá-las ao
gestor/diretor da empresa. No caso de escritório contábil, é
hora de apresentá-las aos seus clientes.
Uma sugestão é reunir todas as informações sobre o
que a empresa está fazendo de errado e o que o eSocial exige.
Mostre as bases legais, e as informações que constam no MOS
– Manual de Orientação do eSocial – e nos leiautes.
Tenha consciência de que, no primeiro momento, talvez
você não consiga fazer com que todos obedeçam e sigam as
regras conforme a legislação. Mas daqui a pouco, você já vai
notar diferença se tiver firmeza para educar os gestores e os
clientes.
O importante é começar essas correções o mais cedo
possível. Evite corrigir apenas na implantação. Como o volume

48
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

de atividades é muito grande, é provável que não haja tempo


hábil para que todas as novas ações sejam colocadas em prática.

PERGUNTAS PODEROSAS
Uma sugestão para achar as soluções é fazer as perguntas
poderosas a seguir e criar uma lista com as soluções:
1. O que precisa ser resolvido, ou, qual o PROBLEMA?
2. Qual a CAUSA do problema?
3. Quais todas as SOLUÇÕES possíveis?
4. Qual a MELHOR solução?
Pontos Críticos na Qual a Melhor Pessoas
Minha Empresa Solução? Envolvidas

10

Encontradas as soluções, é hora de compilar tudo em


novos procedimentos. E tais procedimentos farão parte de
uma cartilha.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

VAMOS CONVERSAR SOBRE A CARTILHA DE


NOVOS PROCEDIMENTOS?
O objetivo de criar uma Cartilha é passar a informação
a quem toma decisões na empresa mas não tem conhecimento
sobre o eSocial e/ou sobre a Legislação Trabalhista.
A Cartilha deve ser utilizada como material de apoio
durante reuniões com gestores ou clientes. Ela não deve ser
enviada por e-mail, pois poderá passar despercebida por quem
recebê-la.
Para montar a Cartilha, primeiramente, enumere todos
os procedimentos de rotina do Departamento Pessoal para
conscientizar seu gestor (ou seus clientes), de forma que ele(s)
conheça(m) seu papel dentro dos procedimentos e os prazos
que deve(m) cumprir.
Por exemplo: admissões na empresa dependem do
processo seletivo e da aprovação do gestor, o qual deve ter
a ciência de que não pode pedir para o novo colaborador
iniciar o procedimento sem antes trazer toda a documentação
obrigatória para o seu registro. Dessa forma, pode-se
estabelecer que o início das atividades de novos colaboradores
será 48 horas depois da entrega da documentação completa
– ou outro procedimento que melhor se encaixar na política
da empresa, desde que os prazos seja cumpridos e seja viável
ao setor.
Na Cartilha, você também pode colocar questões
referente a férias. Por exemplo: a empresa deve comunicar
as férias com 30 dias de antecedência e o período de gozo

50
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

não pode iniciar até dois dias antes de descanso semanal ou


feriado. Ainda – e mais importante –: a empresa deve informar
que o prazo de pagamento é dois dias ANTES do início do
período de férias e que essa data de pagamento será informada
ao eSocial. Portanto, pagamentos retroativos estarão sujeitos
a multas.

REUNIÃO PARA APRESENTAR OS NOVOS


PROCEDIMENTOS
Com relação à reunião com o público-alvo (sejam
gestores da empresa ou clientes do seu escritório contábil),
sempre recomendo que ela tenha duração de uma hora.
Durante no máximo 15 minutos, explique, de forma
sucinta, o que é o eSocial, de forma que os envolvidos tenham
ideia da dimensão.
É interessante enfatizar sobre o aumento na frequência
das fiscalizações trabalhistas, considerando que o governo
terá acesso a todas as informações das relações de trabalho de
forma online e em tempo real.
Não será mais necessário, por exemplo, que um fiscal
da Subsecretaria de Inspenção Trabalho vá presencialmente
à sua empresa para verificar se há colaboradores trabalhando
sem registro.
Nos 10 minutos seguintes, você pode apresentar a tabela
de multas trabalhistas – que está logo no início deste livro –
para cada infração que a empresa comete atualmente.

51
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Nos 35 minutos restantes da reunião, você mostra slides


e apresenta as soluções que você encontrou, incentivando a
implementação de novas práticas. Uma das soluções, por
exemplo, pode ser que as admissões passarão a ser enviadas
até dois dias antes do início das atividades e, juntamente com
os documentos de registro, o Exame Médico Admissional
também deve ser enviado. Outro exemplo é estabelecer prazos
para informar sobre férias, renovar os exames periódicos, etc.
Também pode ocorrer, por exemplo, que, na contratação
de autônomos, o eSocial vai exigir data de nascimento para
esses contratos. Esse é outro exemplo da importância de
conhecer os leiautes, pois é através dessa leitura que saberemos
o que é informação obrigatória exigida pelo eSocial e o que é
informação opcional.
Após a apresentação das soluções e das sugestões de
novos procedimentos para que a empresa esteja preparada
para o eSocial, você pode sugerir uma nova reunião para que
esses procedimentos sejam determinados e fixados para cada
rotina. A partir de então, comece a cobrar que os gestores (ou
clientes) sigam o que foi definido.
Pode ser que você não consiga uma colaboração imediata
dos gestores e/ou clientes. Mas não se frustre! Essa mudança
será gradual. O importante é começar o quanto antes para que a
empresa esteja, de fato, preparada para quando o eSocial chegar.
Tenho vários alunos que trabalham em escritórios
contábeis e que já relatam a mudança no comportamento de
seus clientes.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 4: FAZER UM
PLANO DE AÇÃO

“Quais ações você fará hoje para alcançar o seu melhor?”


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Agora, farei uma pergunta: você tem um Plano de Ação,


tanto para a implantação do eSocial quanto para cumprir as
obrigações posteriores?
Pela complexidade do eSocial e pelo constante turnover
de colaboradores, é importante que os empregadores tenham
um Plano de Ação para operacionalizar o eSocial, assim como
fazer um Plano de Ação para cada evento do eSocial.
Se você já executou o que eu indico nas práticas ante-
riores, então já deve ter relacionado as não conformidades
da empresa e suas soluções. Agora, é hora de colocar isso em
prática! Como? É aí que entra o Plano de Ação.
Esse Plano de Ação vai estruturar cada passo a ser toma-
do: quem vai fazê-lo, quem vai revisar e quem é responsável.
O Plano de Ação indicado é o 5W2H, um acrônimo
para 7 palavras em inglês que já traduzimos para o português,
que significa:
1. O que será feito
2. Como será feito
3. Quem fará
4. Quando será feito
5. Onde será feito
6. Por que será feito
7. Quanto custará
Com base nessas perguntas, podemos ter as diretri-
zes para criar o Plano de Ação para cada um dos eventos do
eSocial.

55
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Vamos a um exemplo: criar o Plano de Ação para a Ta-


bela de Horários – Tabela S-1050 –, onde será necessário enviar
ao eSocial os horários existentes no empregador.
Ao lermos o MOS – Manual de Orientação do eSocial –,
observamos que devemos cadastrar os horários diários bem
como a flexibilidade de horário e o horário de intervalo (caso
houver). Os horários cadastrados serão utilizados no Cadastro
dos Empregados.
No caso dos escritórios contábeis, é importante enviar
os dados ao eSocial com qualidade. Com isso, será um pro-
cedimento adequado verificar os horários existentes com os
empregadores clientes, pois os horários podem ter mudado.
Agora, vamos gerar o Plano de Ação para a Tabela de
Horários.
5W2H Descrição das atividades S/N
1 – O que
Geração da Tabela de Horário
será feito
2 – Onde
No setor de Cadastro
será feito
Execução: João
3 – Quem Conferência: Pedro
fará Transmissão: João
Responsável pela atualização: João
A tabela é de envio obrigatório na Fase 1 do eSocial.
Referências para leitura:
MOS – a partir da página __
4 – Por
Leiautes – a partir da página ___
que será
Regras de Validação: nenhuma relevante
feito
CLT: artigo 58 e seguintes
Norma Interna: xxxx/xx

56
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Os dados que constam no sistema não estão adequados


e não há todos os campos no sistema.
1. Enviar e-mail aos empregadores solicitando por
escrito o nome dos empregados os horários
5 – Como
existentes, incluindo o intervalo.
será feito
2. Digitar os novos dados no sistema.
3. Conferir os horários.
4. Transmitir ao eSocial após o cadastro S-1000 e
S-1005.
6–
Data de Início: ___/____/____
Quando
Data de fim: ___/____/____
será feito
O custo para a execução deste plano de ação é estimado
7–
em horas. Estimamos uma carga horária de ___ horas.
Quanto
(Observação: esse tempo é variável conforme a realidade
Custará
de cada empresa)

Costumo falar que o eSocial “é complexo, volumoso e


fiscalizador”. Se você leu o Manual de Orientação do eSocial
e os Leiautes, já sabe o quão volumoso o eSocial é de fato. Por
isso, é necessário de se organizar minuciosamente na correção
dos procedimentos que não estão corretos, mas que mesmo
assim são praticados pela empresa.
Os cadastros de empregadores e colaboradores também
são bastante extensos. Se não forem atualizados e corrigidos
de forma organizada e metódica, você corre risco de deixar
alguma informação crucial em branco ou incorreta.
Faça o Plano de Ação para se organizar, estudar de for-
ma metódica e entender os eventos eSocial.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 5:
RELACIONAR OS
CARGOS COM A CBO

“Seja incansável e o sucesso virá”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Já no cadastro inicial, que deve ser enviado na fase 1 de


implantação do eSocial, as empresas devem enviar a Tabela de
Cargos (evento S-1030). Ela é obrigatória para todas as empre-
sas que tenham movimento, ou seja, que tenham empregados
ou contribuintes individuais.
Essa tabela deve conter o Código Interno do Cargo, a
CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) e o Nome do
Cargo. Até aí, tudo certo. Você já tem esses dados no seu
sistema.
Mas quais são os problemas mais recorrentes que as em-
presas devem corrigir com urgência?

1. CBO não compatível com o nome do cargo.


Exemplo: Assistente de Departamento Pessoal para o
Assistente Administrativo. Alguns colocam CBO 4110-10 (As-
sistente Administrativo); alguns colocam na 4110-05 (Auxiliar
de escritório). Tem várias mudanças na extensão do código.
Como proceder:

a. Imprima uma lista de todos os cargos cadastrados na


sua empresa com a CBO que já existe no sistema.
b. Entre no site da CBO (www.mtecbo.gov.br) e verifi-
que, pelas descrições do site, se as CBOs da lista do
seu sistema estão compatíveis com os cargos.

2. Não observar as exigências da CBO.


Empresas utilizam cargos e CBOs que têm exigência
de escolaridade que, muitas vezes, os sócios e/ou colabora-
dores não possuem. Por exemplo: Cargo de Administrador.

60
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

É comum classificar os sócios das empresas com a CBO de


Administrador (2521-05), que exige ensino superior na área e
regulamentação de acordo com o Conselho Regional.
Outro exemplo são os cargos de Analistas, cuja CBO
exige ensino superior. Para os colaboradores que não atendem
às exigências, o mais correto é buscar uma CBO mais próxima
à escolaridade e à função exercida – isso também é importante
para não mascarar a cota de aprendizes.
Vale observar que, em caso de fiscalização, a empresa
deve ter os certificados para a comprovação da escolaridade.
Para Aprendizes, utilizar a CBO que relacione a ativida-
de desenvolvida para a empresa e informar, na descrição, que
se trata de Aprendiz. Não custa reforçar que, por não serem
empregados, os estagiários não têm CBO relacionado a cargo.
Embora pareça bastante simples, é bom lembrar que a
CBO determina os cargos que compõem a chamada “cota de
contratação de aprendizes”, estando diretamente relacionado
ao grau de instrução dos empregados. Assim, ao criar o Plano
de Ação para a Tabela de Cargos, é bom revisar os cargos que
exigem nível superior, a exemplo de verificar se o empregado
realmente tem comprovante de nível superior. A empresa tam-
bém já pode aproveitar para identificar se está cumprindo a
cota de contratação de aprendizes conforme determina a CLT
a partir do artigo 428.
Com base nessas observações, veja como ficaria um Pla-
no de Ação para a Tabela de Cargos em uma empresa qualquer.

61
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

5W2H Descrição das Atividades S/N


1 – O que será
Geração da Tabela de Cargos e Empregos Públicos
feito
2 – Onde será
No setor de Cadastro (admissões)
feito
Execução: João
Conferência: Pedro
3 – Quem fará
Transmissão: João
Responsável pela atualização: João
A tabela é de envio obrigatório na Fase 1 do eSocial.
Referências para leitura:
MOS – a partir da página 91
Leiautes – a partir da página 28
4 – Por que
Regras de Validação: nenhuma relevante
será feito
CBO – www.mtecbo.gov.br
Súmula Vinculante 33 (Riscos para Aposentadoria
Especial)
Norma Interna: xxxx/xx
Os dados que constam no sistema devem ser
conferidos.
1 – Imprimir lista e cargos ativos, aqueles que estão
sendo utilizados
5 – Como será 2 – Conferir nome dos cargos com a tabela de CBO
feito 3 – Identificar o grau de instrução exigido pelo cargo
na Tabela da CBO e se o empregado tem o grau de
instrução adequado
4 – Corrigir erros eventuais no sistema
5 – Transmitir ao eSocial
6 – Quando Data de Início: ___/____/____
será feito Data de fim: ___/____/____
O custo para a execução deste plano de ação é
7 – Quanto estimado em horas. Estimamos uma carga horária
Custará de ___ horas. (observação: este tempo é variável
conforme a realidade de cada empresa)

62
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Uma dica: se você tem muitos cargos na tabela do seu


sistema mas não utiliza todos, não precisa verificar os cargos
que não são utilizados. Ainda, à medida que for incluindo
novos cargos, faça a análise para enviar ao eSocial.
Para as empresas sem movimento, não é obrigatório o
envio da Tabela S-1030; porém, não existe nenhum impeditivo
para o seu envio.

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 6: CONFERIR
RAT X FAP X CNAE
PREPONDERANTE

“Crescer profissionalmente é uma decisão unicamente sua”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Vamos começar pelo começo. Você sabe o que significa


cada sigla?
RAT – Riscos ambientais de trabalho;
FAP – Fator acidentário de prevenção;
CNAE – Classificação nacional da atividade econômica.
E como saber de que maneira classificar os estabele-
cimentos e as obras da sua empresa? Qual o RAT correto?
Onde encontro o FAP? CNAE é sempre o que consta no car-
tão CNPJ? E por que saber tudo isso é importante? Porque o
eSocial utilizará tais dados para o cálculo da Contribuição
Patronal Previdenciária, podendo, inclusive, bloquear o envio
dos eventos S-1005 em caso de divergência de dados.
De forma resumida e prática:

1. CNAE Preponderante é a classificação da atividade


em que você tem o maior número de empregados
atuando no mês no estabelecimento. Base legal: art. 72
IN RFB 971/09.
A atividade NÃO precisa estar registrada no cartão
CNPJ do estabelecimento. É a atividade preponderan-
te que determinará a alíquota do RAT. Caso haja mais
de uma atividade no estabelecimento, é possível mudar
todo mês.
2. RAT determina o Grau de Risco do estabelecimento ou
da obra com fins de pagamento da contribuição previ-
denciária adicional para financiamento dos acidentes
de trabalho. Pode ser de 1, 2 ou 3%. Para saber qual o
RAT correto, busque no Anexo V do Decreto 3.048/99
– Regulamento da Previdência Social, o RAT relacio-

65
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

nando com o CNAE do estabelecimento. É o que cons-


tará no eSocial.
3. FAP deve ser pesquisado individualmente por esta-
belecimento no Portal FAP WEB – https://www2.da-
ta-prev.gov.br/FapWeb/pages/login.xhtml – utilizando
a raiz do CNPJ (8 primeiros números) e a senha pre-
videnciária. O FAP varia de 0,5000 a 2,0000 e pode
mudar anualmente, sendo divulgado em setembro de
um ano para ser utilizado no ano seguinte. O FAP é
um multiplicador do RAT e é divulgado por estabeleci-
mento. Mesmo empresas com contribuição substituída
precisam informar o FAP no eSocial.

E por que você não vai conseguir errar sobre isso no


eSocial? Simplesmente porque se você mandar a alíquota do
RAT errado (1%, 2% ou 3%), o eSocial vai retornar com erro
informando que o RAT informado é diferente do que o ele
tem no sistema.
Para o FAP, é a mesma coisa. Se você mandar errado,
ele também vai retornar com erro informando inconsistência.
Então, se não tem como errar, não preciso fazer nada?
Não é isso que estou dizendo. Você deve conferir tudo! Imagi-
ne que você está enviando os eventos do eSocial e, de repente,
tudo começa a retornar com erros. Por onde começar? Como
corrigir? Faça as pesquisas e confira. Por isso, é necessário
deixar seu sistema todo parametrizado antes mesmo do início
da obrigatoriedade.

66
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

ALERTA ADICIONAL SOBRE CARGOS X CNAE


PREPONDERANTE
Existe uma relação entre Cargos e CNAE Preponderan-
te. A empresa deve observar se os códigos da CBO dos cargos
dos seus colaboradores estão compatíveis com as atividades
do estabelecimento.
Exemplo: sua empresa tem atividades de comércio e in-
dústria e, em determinado mês, você informa que a atividade
preponderante é a de comércio. É possível associar com os
cargos relacionados ao comércio (vendedor, estoquista, gerente,
empacotador). O governo vai fazer essa prática nas trilhas de
auditoria e levar para a malha fiscal.
Antes do eSocial, não existia esse tipo de controle; mas,
certamente, com o eSocial será possível. Da mesma forma, se
você informar que a sua atividade preponderante é Indústria,
o governo tem como verificar, através dos cargos, se há ativi-
dade de produção, linha de produção, gerente de produção, etc.
A Receita Federal do Brasil fiscaliza a arrecadação pre-
videnciária e, como o RAT é determinado pela atividade pre-
ponderante, há grande interesse da União em controlar esse
recolhimento com a correta determinação das alíquotas do
RAT. Fique atento para não cometer erros que possam deixar
o empregador vulnerável nos próximos cinco anos.

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 7: REVISAR
CONTRATOS DE
ESTÁGIO

“Informação conectada com a sua atividade gera


conhecimento”.
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Sim! Estagiários também serão informados no eSocial. O


primeiro passo é ler a lei 11.788/08, que é a lei dos estagiários.
Duas previsões desta lei que eu considero pontos críti-
cos, são:
1. Cada grupo de dez estagiários precisa ter um supervi-
sor que tenha “formação ou experiência profissional
na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário” (art. 9º, III).
2. Os estagiários devem fazer parte dos programas de
Segurança e Saúde no Trabalho (art. 14º).
Para atender o art. 9º, o supervisor pode ter apenas ex-
periência profissional quando o estágio não requerer nível
superior. Porém, se existir a exigência de ensino superior, o
supervisor deve ter a formação no curso do estagiário. E por
quê? Porque seria incabível, por exemplo, um estagiário de
arquitetura ter como supervisor um administrador ou até
mesmo como um contador, e vice-versa.
Já com relação aos programas de SST – Segurança e Saú-
de no Trabalho –, conforme o art. 14º, são raras as empresas
que atendem ao que é exigido em lei. Por estar coberto pelos
programas, o estagiário deveria fazer todos os ASOs (admis-
sional, periódico, demissional, etc.).
• Então, o que deve ser feito em relação aos estagiários?
• O supervisor possui os requisitos exigidos por lei?
Você tem as informações de Nome completo e CPF
do supervisor?
• O estagiário está em dia com seus exames
ocupacionais?

70
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Revisar todos os contratos de estágio! Verifique os con-


tratos. Se essas regras estão sendo cumpridas, ótimo! Uma
preocupação a menos.
Mas e se os contratos não estivem corretos? O que fazer?
• Cancelar (minha indicação) se não houver um su-
pervisor adequado; ou
• Atualizar, se tiver alguém que tem formação na área.
Faça a alteração de contrato com o estagiário e com
a instituição de ensino, e
• Atualizar os exames ocupacionais, deixar tudo em dia.

E quais os riscos que a empresa corre caso não esteja


cumprindo com o que consta na lei 11.788/08?
Numa possível reclamatória trabalhista, pode ser carac-
terizado vínculo empregatício com a empresa que está forne-
cendo o estágio.
Importante: quem informa o estagiário não é o agente
de integração (se houver), mas a parte concedente do estágio.
Ainda, nos escritórios contábeis, identifique com os
clientes se há algum estagiário contratado diretamente com
o empregador e do qual o escritório contábil não tenha ciência.
Isso pode ser mais comum do que se imagina.
Também é importante ressaltar que, sendo remunerado
ou não, todos os estagiários deverão ser informados ao eSocial
pela parte concedente.
Se o empregador utiliza serviços de um Agente de Inte-
gração, pode continuar utilizando; porém, pode ser benéfico

71
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

ao empregador solicitar os arquivos dos dados para inclusão


do sistema do empregador (parte concedente) e posterior envio
ao eSocial.
Então, vamos colocar isso tudo num checklist? Agora
é a hora de seguir o que a legislação determina e verificar se
tudo que precisa ser analisado está sendo cumprido pela parte
concedente do estágio. O maior risco de não cumprimento é o
empregador sofrer uma reclamatória trabalhista e perder em
virtude de o profissional do DP não estar atento ao cumpri-
mento da legislação.

ESTAGIÁRIOS NO ESOCIAL – CHECKLIST DE


REVISÃO
# Item a Analisar S/N/Ver Observações
O contrato está assinado pelas 3 partes
(estagiário, instituição de ensino e parte
1 concedente) e está no prazo? Se o
estagiário é menor, o responsável assinou
o contrato também?
O seguro de acidentes pessoais está no
2
prazo?
Os dados pessoais do estagiário estão
3
atualizados?
Há declaração em janeiro e em julho
4 de que o estagiário está regularmente
matriculado para o semestre?
O estagiário tem exames médicos em dia
5
e usa EPI?
O supervisor do estágio trabalha na parte
concedente e tem experiência na área do
6
estágio (em caso não seja um estágio de
nível superior)?

72
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

# Item a Analisar S/N/Ver Observações


O supervisor do estágio trabalha na parte
concedente e tem formação no mesmo
7
curso do estagiário (em caso de estágio
de nível superior)?
Escritório Contábil: sabe se todos os
8 estagiários existentes nos clientes são
informados ao escritório?
Havendo Agente de Integração (AI):
os dados serão enviados pelo AI (com
9 procuração), ou o AI vai enviar os dados
em arquivo, para alimentar o sistema da
Parte Concedente?
Havendo remuneração, o estagiário
já está fazendo parte da Folha de
Pagamento – evento S-1200?
10
Sendo a bolsa do estagiário tributável
para fins de Imposto de renda, já está no
envio do evento S-1210?
Havendo benefícios, como vale-refeição,
auxílio-transporte, etc., os dados já estão
11
na folha como verbas informativas –
evento S-1200?
Não havendo remuneração, já está sendo
12
feito o Cadastro no evento S-2300?
A jornada do estagiário está dentro
13 dos limites e não há hora extra ou
compensação (art. 10 da lei 11.788/08)?
A parte concedente observa o limite de
estagiários por supervisor (até 10) e
14
o limite de estagiários contratados no
estabelecimento?
Base legal: Lei 11.788/08 – Lei dos estagiários Manual do eSocial - MOS
Leiautes dos Eventos S-2300, S-1200 e S-1210

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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PRÁTICA 8:
TRIBUTAÇÃO E TABELA
DE RUBRICAS

“Quer ser protagonista? Planeje e corra riscos”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Mais uma tabela que compõe os envios do cadastro ini-


cial no eSocial é a Tabela de Rubricas, a qual considero uma
das mais importantes. Ela poderá deixar o empregador bas-
tante vulnerável a autuações caso não seja enviada de maneira
adequada.
Você tem essa tabela no seu sistema de folha de paga-
mento, onde há informação de tributações de proventos e des-
contos (se há incidência de Previdência Social, IRRF ou FGTS).
E você sabia que, no eSocial, é necessário enviar item
por item (ou seja, rubrica por rubrica) que consta na folha de
pagamento?
O governo terá condições de verificar se a empresa está
tributando corretamente todos os pagamentos ou não.
Então, digamos que você envie uma rubrica de proventos
de horas extras. Você vai ter que dizer que tributa para a Pre-
vidência, para o Imposto de Renda, para o Fundo de Garantia.
Você já imaginou o tamanho dessa complicação? Ana-
lise a Tabela 3 (Tabela de Natureza de Rubricas), que é uma
tabela interna do eSocial, para ver o que o eSocial já considera
como Provento e Desconto.
Não é à toa que a Tabela de Rubricas é considerada a
mais complexa. Revise todas as tributações de proventos que
você está passando na folha de pagamentos. Revise também o
que deveria estar passando na folha mas não está, pois, para o
eSocial, é considerada como Rubrica Informativa aquela que
não é considerada nem provento nem desconto. Consulte o
artigo 47 da IN RFB 971/09 – que está ao final desta prática

76
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

– para identificar se a empresa está cumprindo tudo o que


deveria.
Uma outra dica: pegue o Manual de Orientação do eSo-
cial (Prática #1), identifique os eventos de tabelas de rubricas e
remuneração do trabalhador e verifique, dentro da sua tributa-
ção atual (se você está fazendo na sua empresa ou nos clientes
escritório contábil), se ela está sendo seguida corretamente. Se
não está, a hora de corrigir é agora.
Não espere a notificação chegar para corrigir eventuais
erros de tributação. O empregador, descessariamente, corre o
risco de enviar essas tabelas erradas e enviar o contracheque
todo aberto para o fisco sem saber se a tributação está correta
ou se está pagando corretamente os reflexos e as médias.
Deixo, a seguir, a Tabela de Incidências que utilizo em
meus treinamentos para dar uma noção do que deve ser tri-
butado ou não em cada uma das situações.
Bases legais:

• INSS RGPS: IN RFB 971/09, Decreto 3048/99, Lei


8.212/91e CLT;
• FGTS: IN SIT 144/2018, Decreto 99.648/90 e Lei
8.036/90;
• I RRF, IN RFB 1500/2014, Decreto 9.580/2018 e MA-
FON – Manual do Imposto de Renda na Fonte

77
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
1 Abono do Programa de Integração Social PIS e Não Não Não
do Programa de Assistência ao Servidor Público
PASEP;
2 Abono Pecuniário de Férias; Não Não Não
3 Abonos Eventuais ou NÃO – as importâncias Não Não Sim
recebidas a título de ganhos eventuais e os
abonos expressamente desvinculados do salário,
por força da lei. O “ou NÃO” por força da queda
da MP 808/2017;
4 Adicionais em geral; Sim Sim Sim
5 Adicionais de insalubridade, periculosidade e do Sim Sim Sim
trabalho noturno;
6 Adicional por tempo de serviço (quinquênios, Sim Sim Sim
triênios, etc.);
7 Adicional por transferência de local de trabalho; Sim Sim Sim
8 Ajuda de custo em parcela única, recebida Não Não Não
exclusivamente em decorrência de mudança de
local de trabalho do empregado, na forma do art.
470 da CLT;
9 Ajudas de custo e adicional mensal recebidos pelo Não Não Sim
aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de
outubro de 1973;
10 Ajudas de custo em geral – com a queda da Não Não (?) Sim
MP 808/2017, não há mais limite de 50% da
remuneração mensal (art. 457 da CLT, alterado).
Recomendamos CUIDADO, pois a legislação
previdenciária NÃO MUDOU e, por esse motivo,
a “(?)” na coluna INSS!
11 Assistência – as parcelas destinadas à assistência Não Não Sim
ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que
trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro
de 1965;

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
12 Auxílio-Alimentação, dado de acordo com o PAT Não Não Não
(Lei 6.321/76 - Programa de Alimentação do
Trabalhador) e cadastro no site www.mte.gov.
br. Ou dado IN NATURA (o próprio alimento),
MESMO SEM CADASTRO NO PAT (ADI RFB
03/2015 DOU 16/04/2015).
Órgãos públicos podem se inscrever no PAT para
evitar a tributação (desde que o Auxílio seja dado
em ticket ou carga em cartão e não em dinheiro);
13 Auxílio-alimentação dado em dinheiro/espécie/ Sim Sim Sim(*)
pecúnia (ou carga em cartão sem inscrição no
PAT), segundo a legislação previdenciária (exceto
para servidores temporários federais).
IRRF: isento para servidores públicos federais (IN
RFB 1.500/14, 5º, II);
14 Auxílio-combustível ou vale-combustível ou vale- Não Não Não
transporte (inclusive em pecúnia). A não incidência
está limitada ao valor equivalente ao estritamente
necessário para o custeio do deslocamento
residência- trabalho e vice-versa, em transporte
coletivo, conforme prevê a Lei 7.418/1985.
O empregador somente poderá suportar a parcela
que exceder a seis por cento do salário básico
do empregado. Caso deixe de descontar esse
percentual do salário do empregado, desconte
percentual inferior, pois a diferença será
considerada como salário indireto e sobre ela
incidirá a contribuição previdenciária e demais
tributos.
Fonte: Solução de Consulta Cosit 313, de
19/12/2019 (DOU 26/12/2019) Vide auxílio-
transporte;

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
15 Auxílio-doença – a importância paga ao Não Não Sim
empregado a título de complementação ao
valor do auxílio-doença (desde que esse direito
seja extensivo à totalidade dos empregados da
empresa);
16 Auxílio-transporte (valor dado em dinheiro, Sim Sim Sim
desvinculado do valor das passagens e em (*)
desacordo com a Lei do vale-transporte) ou
Auxílio-Combustível.
(*) IRRF: Isento para servidores da União (IN RFB
1.500/14, 5º, IV). ver tópico vale-transporte!
17 Aviso prévio, trabalhado; Sim Sim Sim
18 Aviso prévio indenizado. Sim Não (*) Não
Obs: Segundo a IN RFB 925/09 – alterada pela
IN RFB 1.730/17 –, o aviso prévio indenizado
não deve ser informado na GFIP e não incide
contribuição previdenciária a partir de 06/2016.
O “avo” do 13º salário relativo à projeção do
aviso prévio indenizado incide contribuição (Vide
Gratificação Natalina);
19 Babá – o reembolso-babá é limitado ao menor Não Não Não
salário de contribuição mensal e condicionado à
comprovação do registro na Carteira de Trabalho e
Previdência Social da empregada, do pagamento
da remuneração e do recolhimento da contribuição
previdenciária, pago em conformidade com a
legislação trabalhista, observado o limite máximo
de 6 (seis) anos de idade da criança;
20 Bolsa de estágio – importância recebida a título Não Não Sim
de bolsa de complementação educacional de
estagiário, quando paga nos termos da Lei nº
6.494, de 7 de dezembro de 1977 ou 11.788 de
25/09/08;

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
21 Outras bolsas de estudos – ISENTAS também Não N ã o / Não/
de IMPOSTO DE RENDA, como a do médico Sim Sim
residente, mestrado, etc.
Obs.: Bolsa de veterinário-residente é tributável,
a RFB não aceita analogia – Solução de Consulta
42, de 12/09/2014);
22 Bolsa do Programa Mais Médicos (contribuintes Não Sim Não
individuais) Lei 12.871/2013;
23 Bolsa Pronatec – não há desconto previdenciário Não N ã o / Não/
se for recebida por servidor público federal dos Sim Sim
Institutos Federais. Se for recebida por outra
pessoa, é tributável SIM para fins previdenciários
e IRRF;
24 Comissões; Sim Sim Sim
25 Côngruas, prebendas e afins – valores pagos a Não Não (*) Sim
ministros de confissão religiosa e que independem
de natureza e da quantidade do trabalho executado.
(*) = não há desconto na entidade, se é valor fixo.
Se houver valor variável, é tributável para todos os
fins como contribuinte Individual;
26 Convênios médicos para empregados (parte paga Não Não Não
pelo empregador) – o valor relativo à assistência
prestada por serviço médico ou odontológico,
próprio ou não, inclusive o reembolso de
despesas com medicamentos, óculos, aparelhos
ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-
hospitalares e outras similares, mesmo quando
concedido em diferentes modalidades de planos e
coberturas, não integram o salário do empregado
para qualquer efeito nem o salário de contribuição,
para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do
art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
27 Convênios médicos para dirigentes (parte paga Não (*) Sim Sim
pelo empregador) – SIM no IRRF, por não inclusão
na lista de ISENTOS na IN RFB 1.500/14 (art. 5º,
IX) e sem citação literal no parágrafo 5º do artigo
458 da CLT, que só cita “empregado”. (*) A IN SIT
144/2018 (FGTS) é omissa quanto ao dirigente e
isenta o empregado;
28 Convênios médicos pagos pelo empregador Sim Sim Sim
para DEPENDENTES de empregados e
DEPENDENTES de dirigentes – por falta de
previsão legal LITERAL de DISPENSA de
TRIBUTAÇÃO na legislação vigente;
29 Creche – o reembolso-creche, pago em Não Não Não
conformidade com a legislação trabalhista e (*)
observado o limite máximo de 6 (seis) anos de
idade da criança (para fins de RGPS e FGTS),
quando devidamente comprovadas as despesas
realizadas; (*)IRRF: limite de 5 anos (IN RFB
1.500/14, ART 62, inciso XIV);
30 Despesas com veículos – o ressarcimento de Não Não Não
despesas pelo uso de veículo do empregado;
31 Diárias para viagem, de qualquer valor (CLT, art. Não Não Não
457, alterado pela Lei 13.467/17, com vigência a
partir de 11/11/2017);
32 Diárias para viagem, se não houver prestação de Sim Não Não
contas do montante gasto (IN SIT 144/2018, DOU
21/05/2018);

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
33 Diárias para viagem – até 10/11/2017 – pelo seu Sim (*) Sim (*) Não
valor global, quando excederem a 50% (cinquenta
por cento) do salário art. 457 CLT do empregado
– exceto para comissionados federais)
(*) = com a alteração do artigo 457 da CLT pela Lei
13.467/17 (vigência 11/11/2017), as diárias para
viagem deixam de constituir base de incidência de
encargos trabalhistas e previdenciários;
34 Direitos Autorais – os valores recebidos em Não Não Sim
decorrência da cessão de direitos autorais;
35 Dispensa – a importância prevista do inciso I do Não Não Não
art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, pela dispensa imotivada;
36 Etapas (marítimos); Sim Sim Sim
37 Férias gozadas e seu respectivo 1/3 Sim Sim Sim
Constitucional (art. 137 CLT) – Ver item “Férias –
Valor Correspondente à dobra da remuneração”;
38 Férias – Abono Pecuniário – correspondente à Não Não Não
conversão de 1/3 (um terço) das férias em pecúnia
(art. 143 da CLT) e seu respectivo 1/3 (um terço)
de adicional constitucional;
39 Férias indenizadas – as importâncias recebidas Não Não Não
a título de férias e respectivo 1/3 constitucional,
recebidas em rescisão contratual;
40 Férias – valor correspondente à dobra da Não Não Não
remuneração de férias, prevista no art. 137,
caput, da CLT + 1/3 CF/88, quando indenizadas
em rescisão contratual;
41 Férias – valor correspondente à dobra da Não Não Sim
remuneração de férias, prevista no art. 137, caput,
da CLT + 1/3 CF/88, quando pagas na vigência
do contrato;
42 Gorjetas; Sim Sim Sim

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
43 Décimo terceiro salário – adiantamento – 1ª Sim Não Não
PARCELA;
44 Décimo terceiro salário – 2ª PARCELA – inclusive Sim (*) Sim Sim
quando indenizadas em rescisão e os avos de
projeção sobre o aviso prévio indenizado.
Tributação em separado da remuneração habitual
– Solução de Consulta COSIT 99014/2016 (DOU
27/03/2017) – (*) = FGTS da 2ª parcela deduz o
valor recolhido sobre a 1ª parcela;
45 Décimo terceiro salário – Projeção do aviso prévio Sim Sim (*) Sim
indenizado.
(*) = Era SIM antes, ficou NÃO com a Consulta
Cosit 292/2019, de 07/11/2019 (DOU
06/12/2019) ORIGINAL e voltou a SIM com a
mesma SC revisada em 19/12/2019;
46 Gratificações legais e de função ou cargo de Sim Sim Sim
confiança;

47 Horas extras; Sim Sim Sim

48 Honorários pagos por serviços prestados Não Sim Sim


por contribuintes individuais (autônomos,
conselheiros, etc.), também chamado de “JETON”;
49 Honorários de sucumbência (para o advogado, Não Não Sim
deve fazer parte do salário de contribuição);
50 Indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, Não Não Sim
de 8 de junho de 1973;
51 Indenização de que trata o art. 479 da CLT; Não Não Não
52 Indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, Não Não Não
de 29 de outubro de 1984, relativa à dispensa no
período de 30 (trinta) dias que antecede a data-
base do empregado;

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TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
53 Indenização por quebra de Estabilidade. Não Não Não
IRRF: Solução de Consulta COSIT 48/2015
RGPS: TST – RECURSO DE REVISTA: RR
21758420135120055;
54 Indenização recebida a título de incentivo a Não Não Não
demissão;
55 JETON – Gratificação a Conselheiros diversos; Não Sim Sim
56 Licença-prêmio indenizada ou não gozada por Não Não Não
necessidade de serviço.
(IRRF: IN RFB 1.500/14, art 62, VI, RGPS: IN
RFB 971/09, art 58, V, j);
57 Licença-prêmio; Sim Sim Sim
58 Multa – valor da multa prevista no § 8º do art. 477 Não Não Sim
da CLT; (IRRF: sim, IN RFB 1.500/14, art 12, XII);

59 Parcela “in natura” (o próprio alimento) recebida Não Não Não


ou não de acordo com o PAT – Programa de
Alimentação do Trabalhador. Se for dado em
DINHEIRO (auxílio-alimentação), integra a
remuneração para todos os efeitos legais e tributa
para INSS, IRRF e FGTS, exceto para servidores
temporários federais;
60 Participações do empregado nos lucros ou Não Não Sim
resultados da empresa, quando pagas ou
creditadas de acordo com lei específica; (Lei
10.101/2000) (ver limites anuais de isenção para
IRRF);

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
61 Plano educacional – valor relativo a plano Não Não Sim
educacional ou bolsa de estudo, que vise
à educação básica de empregados e seus
dependentes e desde que vinculada às atividades
desenvolvidas pela empresa, à educação
profissional e tecnológica de empregados, nos
termos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996 e: 1. não seja utilizado em substituição de
parcela salarial; e  2. o valor mensal do plano
educacional ou bolsa de estudo, considerado
individualmente não ultrapasse 5% (cinco por
cento) da remuneração do segurado a que se
destina ou o valor correspondente a uma vez e
meia o valor do limite mínimo mensal do salário-
de-contribuição, o que for maior;
Incluindo matrícula, mensalidade, anuidade, livros
e material didático (IN SIT 144/2018, art 10, inciso
XXXV);
62 Prêmios – liberalidades concedidas pelo Não Não Sim
empregador em forma de bens, serviços ou
valor em dinheiro a empregado ou a grupo de
empregados, em razão de desempenho superior
ao ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades. (Art. 457 da CLT, alterado pela lei
13.467/17, com vigência a partir de 11/11/2017).
Com a queda da MP 808/2017, caiu a restrição
de pagamento em apenas duas vezes por ano;
63 Previdência complementar – o valor das Não Não Não
contribuições efetivamente pago pela pessoa
jurídica relativo a programa de previdência
complementar, aberto ou fechado, desde que
disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes, observados, no que couber, os arts.
9º e 468 da CLT;

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
64 Quarentena remunerada ou “Remuneração Não Não Sim
Compensatória” – valor equivalente à
remuneração se em exercício estivesse devida ao
trabalhador desligado, em período de quarentena
– Lei 12.813/13 (servidores federais) e mera
liberalidade de empregadores.
IRRF: STJ: RECURSO ESPECIAL Nº 1.224.252
- SC (2010/0222462-5)
RGPS: CARF Acórdão 2403-001.851;
65 Quebra de caixa do bancário e do comerciário; Sim Sim Sim
66 Repouso semanal e feriados civis e religiosos; Sim Sim Sim
67 Retiradas de diretores não empregados, quando Sim Sim Sim
haja deliberação da empresa, garantindo-lhes os
direitos decorrentes do contrato de trabalho (art.
16 da Lei nº 8.036/90);
68 Salário em dinheiro, inclusive salário-maternidade; Sim Sim Sim

69 Salário in natura (em bens ou serviços); Sim Sim Sim


70 Salário-família e os demais benefícios pagos pela Não Não Não
Previdência Social, nos termos e limites legais,
salvo o salário-maternidade;
71 Salário-família, no que exceder do valor legal Sim Sim Sim
obrigatório;
72 Seguro – o valor das contribuições efetivamente Não Não Sim(*)
pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de
seguro de vida em grupo, desde que previsto
em acordo ou convenção coletiva de trabalho e
disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º
e 468 da CLT. (*) = RIR (Dec. 9.580/2018, art, 36)

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS - IRRF


Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
73 Transporte, Alimentação e Habitação – valores Não Não Não
correspondentes a transporte, alimentação e
habitação fornecidos pela empresa ao empregado
contratado para trabalhar em localidade distante
da de sua residência, em canteiro de obras
ou local que, por força da atividade, exija
deslocamento e estada, observadas as normas
de proteção estabelecidas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego;
74 Vale-transporte ou vale-vombustível (vide vale- Não Não Não
Combustível);
75 Vestuário e Equipamentos – o valor Não Não Não
correspondente a vestuários, equipamentos e
outros acessórios fornecidos ao empregado e
utilizados no local de trabalho para prestação
dos respectivos serviços;
76 Pró-labore (remuneração do sócio que trabalha Não (*) Sim Sim
na empresa).
(*) O FGTS sobre pró-labore é opcional;

Bases Legais da Tabela:IRRF: Decreto 9.580/2018, IN RFB 1.500/14 e MA-


FON (Manual do Imposto de Renda na Fonte) - RGPS (INSS): Lei 8.212/91
art. 28, Decreto 3.048/99 (RPS) art. 214 e IN RFB 971/09 art. 57 e 58 -
FGTS: Lei 8.036/90, Dec. 99.684/90 e IN SIT 144/2018

O artigo 47 da IN RFB 971/09 traz a obrigação de in-


formar na folha de pagamento até mesmo o que não faz parte
da remuneração.
Art. 47. A empresa e o equiparado, sem prejuízo do cumpri-
mento de outras obrigações acessórias previstas na legislação
previdenciária, estão obrigados a:
I - inscrever, no RGPS, os segurados empregados e os trabalha-
dores avulsos a seu serviço, observado o disposto no § 1º;
II - inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes in-
dividuais no RGPS, a partir de 1º de abril de 2003, as pessoas

88
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios coo-


perados, no caso de cooperativas de trabalho e de produção, se
ainda não inscritos;
III - elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga,
devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma
coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por
tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo
geral, nela constando:
a) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo,
função ou serviço prestado;
b) agrupados, por categoria, os segurados empregado, traba-
lhador avulso e contribuinte individual;
c) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salário-
-maternidade;
d) destacadas, as parcelas integrantes e as não-integrantes da
remuneração e os descontos legais;
e) indicado, o número de cotas de salário-família atribuídas a
cada segurado empregado ou trabalhador avulso;
IV - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabi-
lidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as
contribuições sociais a cargo da empresa, as contribuições so-
ciais previdenciárias descontadas dos segurados, as decorrentes
de sub-rogação, as retenções e os totais recolhidos, observado o
disposto nos §§ 5º, 6º e 8º e ressalvado o disposto no § 7º;
V - fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços,
comprovante do pagamento de remuneração, consignando a
identificação completa da empresa, inclusive com o seu número
no CNPJ, o número de inscrição do segurado no RGPS, o valor
da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e
o compromisso de que a remuneração paga será informada na
GFIP e a contribuição correspondente será recolhida;
VI - prestar à RFB todas as informações cadastrais, financeiras
e contábeis de interesse desta, na forma por esta estabelecida,
bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;
VII - exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal,
todos os documentos e livros com as formalidades legais intrín-
secas e extrínsecas, relacionados com as contribuições sociais;
VIII - informar mensalmente, à RFB e ao Conselho Curador
do FGTS, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa,

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

com informações distintas por tomador de serviço e por obra de


construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base
de cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e ou-
tras informações de interesse da RFB e do INSS ou do Conselho
Curador do FGTS, na forma estabelecida no Manual da GFIP;
IX - matricular-se no CEI, dentro do prazo de 30 (trinta) dias
contados da data do início de suas atividades, quando não ins-
crita no CNPJ;
X - matricular no CEI obra de construção civil executada sob
sua responsabilidade, dentro do prazo de 30 (trinta) dias conta-
dos do início da execução;
XI - comunicar ao INSS acidente de trabalho ocorrido com se-
gurado empregado e trabalhador avulso, até o 1º (primeiro) dia
útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato;
XII - elaborar e manter atualizado Laudo Técnico de Condições
Ambientais do Trabalho (LTCAT) com referência aos agentes
nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhado-
res, conforme disposto no inciso V do art. 291;
XIII - elaborar e manter atualizado Perfil Profissiográfico Pre-
videnciário (PPP) abrangendo as atividades desenvolvidas por
trabalhador exposto a agente nocivo existente no ambiente de
trabalho e fornecer ao trabalhador, quando da rescisão do con-
trato de trabalho, cópia autêntica deste documento, conforme
disposto no inciso VI do art. 291 e no art. 295;
XIV - elaborar e manter atualizadas as demonstrações ambien-
tais de que tratam os incisos I a IV do art. 291, quando exigíveis
em razão da atividade da empresa.
§ 1º A inscrição do segurado empregado é efetuada diretamen-
te na empresa, mediante preenchimento dos documentos que o
habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato
de trabalho, e a inscrição dos trabalhadores avulsos é efetuada
diretamente no OGMO, no caso dos portuários, ou no sindicato
de classe, nos demais casos, mediante cadastramento e registro
do trabalhador, respectivamente, no OGMO ou sindicato.
§ 1º-A Durante a implementação progressiva do Sistema de Es-
crituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Tra-
balhistas (eSocial) e da Escrituração Fiscal Digital de Retenções
e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), conforme calendário
fixado por Resolução do Comitê Diretivo do eSocial e por Instru-
ção Normativa da RFB:

90
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1767, de 14 de


dezembro de 2017)
I - a inscrição dos segurados a que se referem os incisos I e II
do caput no RGPS deverá ser feita na forma prevista nos citados
incisos e mediante o envio, com sucesso, dos eventos S-2200 e
S-2300 ao eSocial, quando o envio destes se tornar obrigatório;
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25
de janeiro de 2019)
II - a obrigação acessória prevista no inciso III do caput deve-
rá ser cumprida na forma prevista no citado inciso e mediante
o envio, com sucesso, dos eventos S-1200 e S-1210 ao eSocial,
quando o envio destes se tornar obrigatório;
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25
de janeiro de 2019)
III - a obrigação acessória prevista no inciso VIII do caput de-
verá ser cumprida na forma prevista no citado inciso e median-
te o envio, com sucesso, dos eventos S-1299 - Fechamento dos
Eventos Periódicos ao eSocial, R-2099 - Fechamento dos Even-
tos Periódicos e R-3010 - Receita de Espetáculo Desportivo à
EFD-Reinf, quando o envio destes se tornar obrigatório; e
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25
de janeiro de 2019)
IV - as obrigações acessórias previstas nos incisos XI e XIII do
caput deverão ser cumpridas na forma prevista nos citados inci-
sos e mediante o envio, com sucesso, dos eventos S-1060, 2210,
S-2220 e S-2240 relativos a Saúde e Segurança do Trabalhador
(SST), ao eSocial, quando o envio destes se tornar obrigatório.
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25
de janeiro de 2019)
§ 1º-B Após a implementação do eSocial e da EFD-Reinf, em
conformidade com o disposto no § 1º do art. 2º do Decreto nº
8.373, de 11 de dezembro de 2014, será emitido ato normativo
da RFB fixando o termo a quo, a partir do qual as obrigações
acessórias previstas nos incisos I, II, III, VIII, XI e XIII do caput
passarão a ser cumpridas integralmente mediante o envio dos
eventos pertinentes ao eSocial e à EFD-Reinf e a apresentação
da DCTFWeb.
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25
de janeiro de 2019)

91
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

§ 1º-C (Revogado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867,


de 25 de janeiro de 2019)
§ 2º A empresa deve manter, em cada estabelecimento e obra de
construção civil executada sob sua responsabilidade, uma cópia
da respectiva folha de pagamento.
§ 3º A filiação e a inscrição do trabalhador de que trata o inciso
XXX do art. 6º na Previdência Social decorre, automaticamen-
te, da sua inclusão, pelo empregador, na GFIP.
§ 4º A responsabilidade pela preparação das folhas de pagamen-
to dos trabalhadores avulsos portuários e não-portuários é do
OGMO ou do sindicato de trabalhadores avulsos, respectiva-
mente, conforme estabelecido nos arts. 264 e 278.
§ 5º Os lançamentos de que trata o inciso IV do caput, escritura-
dos nos Livros Diário e Razão, são exigidos pela fiscalização após
90 (noventa) dias contados da ocorrência dos fatos geradores das
contribuições sociais, devendo:
I - atender ao princípio contábil do regime de competência;
II - registrar, em contas individualizadas, todos os fatos gera-
dores de contribuições sociais de forma a identificar, clara e
precisamente, as rubricas integrantes e as não-integrantes do
salário-de--contribuição, bem como as contribuições sociais
previdenciárias descontadas dos segurados, as contribuições
sociais a cargo da empresa, os valores retidos de empresas pres-
tadoras de serviços, os valores pagos a cooperativas de trabalho
e os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra
de construção civil e por tomador de serviços.
§ 6º As exigências previstas no inciso IV do caput e no § 4º não
desobrigam a empresa do cumprimento das demais normas le-
gais e regulamentares referentes à escrituração contábil.
§ 7º Estão desobrigados da apresentação de escrituração contá-
bil, inclusive quanto à obrigatoriedade de o incorporador manter
escrituração contábil segregada para cada incorporação subme-
tida ao regime especial tributário do patrimônio de afetação, de
acordo com o art. 7º da Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004:
I - as pessoas físicas equiparadas a empresa, previstas nos incisos
I e VI do § 4º do art. 3º, matriculadas no CEI;
II - o pequeno comerciante, nas condições estabelecidas pelo
Decreto-Lei nº 486, de 3 de março de 1969, e no Decreto nº
64.567, de 22 de maio de 1969;

92
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

III - a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido,


de acordo com a Legislação Tributária Federal, e a pessoa jurídi-
ca optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Por-
te (SIMPLES) ou pelo Regime Especial Unificado de Arrecada-
ção de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), desde que es-
criturem Livro Caixa e Livro de Registro de Inventário.
§ 8º Para fins do disposto nos incisos III e IV do caput, a em-
presa deve manter à disposição da fiscalização da RFB os có-
digos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas
utilizadas na elaboração das folhas de pagamento, bem como as
utilizadas na escrituração contábil.
§ 9º Para o fim previsto no inciso IV do caput, a empresa pres-
tadora de serviços está obrigada a destacar nas notas fiscais, nas
faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos, o valor
da retenção para a Previdência Social, na forma estabelecida nos
arts. 126 e 127.
§ 10. Estão obrigados, também, ao cumprimento da obrigação
acessória prevista no inciso VII do caput, o segurado do RGPS,
o serventuário da justiça, o titular de serventia extrajudicial, o
síndico de massa falida ou seu representante, o administrador
judicial definido pela Lei nº 11.101, de 2005, o comissário e o
liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial,
relativamente aos documentos e livros sob sua guarda ou de sua
responsabilidade.
§ 11. Para o fim do inciso VIII do caput, considera-se informado
à RFB quando da entrega da GFIP, conforme definição contida
no Manual da GFIP.
§ 12. O contribuinte que deixar de apresentar a GFIP no prazo
fixado ou que a apresentar com incorreções ou omissões será
intimado a apresentá-la ou a prestar esclarecimentos e sujei-
tar-se-á às multas por descumprimento da obrigação acessória,
aplicadas na forma do art. 476.
§ 13. A empresa deve manter à disposição da RFB, pelo prazo
decadencial previsto na legislação tributária, os documentos
comprobatórios do cumprimento das obrigações acessórias re-
feridas neste artigo, ressalvado o disposto no art. 48 e observa-
das as normas estabelecidas pelos órgãos competentes.

93
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

§ 14. Nas situações previstas nos §§ 3º e 4º do art. 6º, quando


o servidor civil for filiado ao RGPS no órgão ou entidade de
sua origem, as obrigações previstas neste artigo, especialmente
quanto à elaboração da folha de pagamento, do desconto e re-
colhimento da contribuição do segurado e da contribuição pa-
tronal devida, bem como da prestação de informações em GFIP,
são de responsabilidade:
I - do órgão ou entidade cedente ou requisitada, em relação à re-
muneração por ela paga, inclusive na hipótese de reembolso pelo
órgão ou entidade cessionária ou requisitante;
II - do órgão ou entidade cessionária ou requisitante em relação
à parcela de remuneração por ela paga, exceto aquela que carac-
terize o reembolso referido no inciso I.
§ 15. Na hipótese do § 14, cada fonte pagadora efetuará o re-
colhimento e prestará as informações em GFIP no respectivo
CNPJ, respeitado o limite máximo do salário-de-contribuição e
observadas, quanto à GFIP, as orientações do respectivo Manual,
especialmente as relativas à informação de múltiplas fontes pa-
gadoras.
§ 16. A empresa ou equiparado é obrigado a informar, anual-
mente, à RFB,na forma por ela estabelecida, o nome, o número
de inscrição na previdência social e o endereço completo dos
segurados de que trata o inciso III do § 15 do art. 9º do RPS, por
ela utilizados no período, a qualquer título, para distribuição ou
comercialização de seus produtos, sejam eles de fabricação pró-
pria ou de terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize
vendas diretas.
§ 17. A falta de entrega da GFIP e da DCTFWeb na forma, prazo
e condições estabelecidos pela RFB impede a expedição da certi-
dão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional.
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1867, de 25
de janeiro de 2019).

94
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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95
PRÁTICA 9:
SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO

“Quanto maior o risco, maior deve ser o planejamento”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Por muitos anos, principalmente por pequenas empre-


sas e órgãos públicos, os programas de segurança e saúde no
trabalho foram ignorados. Raramente, os laudos técnicos para
prevenir acidentes eram realizados, e nem todos os exames
preventivos eram feitos. Muitas dessas práticas se davam por
falta de informação e de fiscalização.
Quem tem colaborador celetista – mesmo que seja ape-
nas um – está obrigado a fazer PPRA – Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais – e o PCMSO – Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – de acordo com a legislação
vigente, conforme as normas regulamentadoras do Ministério
do Trabalho.
Os órgãos públicos não têm celetistas, mas têm servido-
res vinculados ao RGPS – Regime Geral de Previdência Social.
Sendo assim, também devem cumprir algumas obrigações de
SST, pois está previsto na IN RFB 971/09, art. 291.
Este mesmo artigo obriga todas as empresas que contra-
tam serviços com cessão de mão de obra a entregar seus pró-
prios laudos às empresas contratadas para que elas cumpram
a legislação vigente em relação aos seus empregados que estão
trabalhando no contratante, para fins de EPI, pagamento de
insalubridade e periculosidade.
Tudo isso vai ser informado no eSocial em vários even-
tos. Conforme os Leiautes do eSocial v 2.5, são os eventos
relacionados a SST no eSocial:

97
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Eventos de SST – Segurança e Saúde No Trabalho


Prazo envio após
Código Evento Observações
Faseamento
Comunicação de 1º dia útil seguinte ou
Substitui o formulário
S-2210 Acidente de Trabalho de imediato, em caso
da CAT
(CAT) de morte
Até o dia 07 do mês
seguinte, antes do
fechamento da folha
Tabela de Ambientes Mapear ambientes de no eSocial, sempre
S-1060
de Trabalho trabalho que for necessário
fazer inclusão,
alteração ou exclusão
de informações.
Exames Admissional,
P e r i ó d i c o ,
Monitoramento de
Desligamento,
S-2220 Saúde do Trabalhador
Retorno, Mudança
(ASO)
de Função ou
Complementares
Informar dados dos
Exame Toxicológico do exames admissional
S-2221
Motorista Profissional e de desligamento dos
motoristas
Informar os
treinamentos
Treinamentos e
S-2245 obrigatórios
Capacitações
das Normas
Regulamentadoras
Informações baseadas
Condições Ambientais no LTCAT, no PPRA e
S-2240 de Trabalho – Fatores nos Laudos Técnicos
de Risco de Insalubridade e
Periculosidade

98
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

O que podemos perceber é que, pela primeira vez, o


governo fará uma fiscalização mais acirrada no cumprimento
dessas obrigações. Então a dica é: revise se você tem esses
laudos de acordo com as normas.
Quem tem escritório contábil deve alertar seus clientes e
mandar atualizar, ou deve contratar uma empresa da área de
Medicina e Segurança ocupacional para dar o devido suporte
para o cumprimento dessas obrigações.

BOA PRÁTICA ADICIONAL


As empresas contratadas (empresas que prestam serviços
com cessão de mão de obra) devem solicitar cópia dos laudos
para que sejam cumpridas as exigências desde já. Isso não
tem nada a ver com o eSocial: é a legislação vigente art. 291
IN 971/09. No eSocial, as empresas contratadas também terão
que informar o ambiente de terceiros onde elas têm emprega-
dos prestando serviço com cessão de mão de obra. Essa dica
é muito importante para evitar autuação e bloqueio de CND
para os seus clientes.
Se você é de escritório contábil e os empregadores estão
com esses Laudos e Exames Médicos em atraso, mande para
eles a Tabela de Multas apresentada no início deste livro para
que vejam que podem ter multa no valor de R$ 6.700,00. Será
muito mais barato cumprir a obrigação do que ficar sujeito a
uma autuação pelos próximos 5 anos.
O PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário – é um
documento previsto na legislação previdenciária e que mapeia
atividades e riscos do trabalhador no ambiente do emprega-

99
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

dor. O PPP passará a ser eletrônico, com entrada em vigor do


eSocial e todas as informações que nele constam deverão ser
enviadas.
Para ampliar seu conhecimento nas exigências da RFB
– órgão que fiscaliza a arrecadação previdenciária –, leia o
artigo 291, citado neste capítulo:
Art. 291. As informações prestadas em GFIP sobre a existên-
cia ou não de riscos ambientais em níveis ou concentrações que
prejudiquem a saúde ou a integridade fpisica do trabalhador de-
verão ser comprovadas perante a fiscalização da RFB mediante
a apresentação dos seguintes documentos:
I - PPRA, que visa à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento,
da avaliação e do consequente controle da ocorrência de riscos
ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes
das características dos riscos e das necessidades de controle, de-
vendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabe-
lecimento, nos termos da NR-9, do MTE;
II - Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que é obri-
gatório para as atividades relacionadas à mineração e substitui
o PPRA para essas atividades, devendo ser elaborado e imple-
mentado pela empresa ou pelo permissionário de lavra garim-
peira, nos termos da NR-22, do MTE;
III - PCMAT, que é obrigatório para estabelecimentos que de-
senvolvam atividades relacionadas à indústria da construção,
identificados no grupo 45 da tabela de CNAE, com 20 (vinte)
trabalhadores ou mais por estabelecimento ou obra, e visa a
implementar medidas de controle e sistemas preventivos de se-
gurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de
trabalho, nos termos da NR-18, substituindo o PPRA quando
contemplar todas as exigências contidas na NR-9, ambas do
MTE;
IV - PCMSO, que deverá ser elaborado e implementado pela
empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA, PGR e
PCMAT, com o caráter de promover a prevenção, o rastrea-
mento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados
ao trabalho, inclusive aqueles de natureza subclínica, além da

100
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

constatação da existência de casos de doenças profissionais ou


de danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores, nos termos da
NR-7 do MTE;
V - LTCAT, que é a declaração pericial emitida para eviden-
ciação técnica das condições ambientais do trabalho, podendo
ser substituído por um dos documentos dentre os previstos nos
incisos I e II, conforme disposto neste ato e na Instrução Nor-
mativa que estabelece critérios a serem adotados pelo INSS;
VI - PPP, que é o documento histórico-laboral individual do
trabalhador, conforme disposto neste ato e na Instrução Nor-
mativa que estabelece critérios a serem adotados pelo INSS;
VII - CAT, que é o documento que registra o acidente do tra-
balho, a ocorrência ou o agravamento de doença ocupacional,
mesmo que não tenha sido determinado o afastamento do tra-
balho, conforme disposto nos arts. 19 a 22 da Lei nº 8.213, de
1991, e nas NR-7 e NR-15 do MTE, sendo seu registro funda-
mental para a geração de análises estatísticas que determinam
a morbidade e mortalidade nas empresas e para a adoção das
medidas preventivas e repressivas cabíveis, sendo considerados,
também, os casos de reconhecimento de nexo técnico epide-
miológico na forma do art. 21-A da citada Lei, acrescentado pela
Lei nº 11.430, de 26 de dezembro de 2006.
§ 1º Os documentos previstos nos incisos II e III do caput deve-
rão ter ART, registrada no Crea.
§ 1º Os documentos previstos nos incisos II e III do caput deve-
rão ter ART, registrada no Crea, ou RRT, registrado no CAU.
(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1477, de 03
de julho de 2014)
§ 2º As entidades e órgãos da Administração Pública Direta,
as autarquias e as fundações de direito público, inclusive os
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que não possuam
trabalhadores regidos pela CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1943, estão desobrigados da apresentação dos do-
cumentos previstos nos incisos I a IV do caput, nos termos do
subitem 1.1 da NR-1 do MTE.
§ 3º A empresa contratante de serviços de terceiros intramuros
é responsável:
I - por fornecer cópia dos documentos, dentre os previstos nos
incisos I a III e V do caput, que permitam à contratada prestar

101
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

as informações a que esteja obrigada em relação aos riscos am-


bientais a que estejam expostos seus trabalhadores;
II - pelo cumprimento dos programas, exigindo dos trabalha-
dores contratados a fiel obediência às normas e diretrizes esta-
belecidas nos referidos programas;
III - pela implementação de medidas de controle ambiental, indi-
cadas para os trabalhadores contratados, nos termos do subitem
7.1.3 da NR-7, do subitem 9.6.1 da NR-9, do subitem 18.3.1.1 da
NR-18, dos subitens 22.3.4, alínea “c” e 22.3.5 da NR-22 do MTE.
§ 4º A empresa contratada para prestação de serviços intramu-
ros, sem prejuízo das obrigações em relação aos demais traba-
lhadores, em relação aos envolvidos na prestação de serviços
em estabelecimento da contratante ou no de terceiros por ela
indicado, com base nas informações obtidas na forma do inciso
I do § 3º, é responsável:
I - pela elaboração do PPP de cada trabalhador exposto a riscos
ambientais;
II - pelas informações na GFIP, relativas à exposição a riscos
ambientais;
III - pela implementação do PCMSO, previsto no inciso IV do
caput.
§ 5º A empresa contratante de serviços de terceiros intramuros
deverá apresentar à empresa contratada os documentos a que
estiver obrigada, dentre os previstos nos incisos I a V do caput,
para comprovação da obrigatoriedade ou não do acréscimo da
retenção a que se refere o art. 145.
§ 6º Na prestação de serviços mediante empreitada total na
construção civil, hipótese em que a responsabilidade pelo ge-
renciamento dos riscos ambientais é da contratada, para a eli-
são da solidariedade prevista no inciso VI do art. 30 da Lei nº
8.212, de 1991, ressalvado o disposto no inciso IV do § 2º do
art. 151, observar-se--á o disposto na alínea “e” do inciso II
do art. 161.
§ 7º Entende-se por serviços de terceiros intramuros todas as
atividades desenvolvidas em estabelecimento da contratante ou
de terceiros por ela indicado, inclusive em obra de construção
civil, por trabalhadores contratados mediante cessão de mão-
de-obra, empreitada, trabalho temporário e por intermédio de
cooperativa de trabalho.

102
PRÁTICA 10:
CHECKLIST DO
ESOCIAL

“O profissional conhecedor é aquele que faz conexões e aplica


as informações que recebe”.
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

O checklist a seguir é para quem fará a implantação do


eSocial e para a manutenção dos dados atualizados.
Inclua ou exclua ações para evitar autuações ao
empregador.
Item Ação Responsáveis S/N/VER Obs.
Imprimir, ler e anotar o Manual
1 do eSocial, Leiautes e Tabelas
de Regras e legislação publicada;
Dedicar duas horas diárias para
2
estudos do eSocial;
Fazer uma lista de todos os
eventos do eSocial e identificar
3
os responsáveis por cada um
deles;
Identificar rotinas que
estão erradas (admissões,
4
desligamentos, férias,
fechamento de ponto, folha etc.);
Mapear as rotinas de acordo com
5
a legislação vigente e o eSocial;
Preparar a Cartilha de Novos
6
Procedimentos;
Fazer os Planos de Ação para
7
cada um dos eventos do eSocial;
Fazer a Consulta de Qualifi-
8 cação Cadastral de todos os
trabalhadores;
Incluir a Consulta de Qualificação
9 Cadastral para as novas admis-
sões;
Fazer Recadastramento de
10 Trabalhadores com dados
atualizados (6 meses antes);

104
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Item Ação Responsáveis S/N/VER Obs.


Revisar Cargos x CBO e corrigir
11
no sistema atual;
Revisar FAP, RAT e CNAE
12
Preponderante e corrigir;
13 Revisar contratos de estágio;
Revisar as tributações da folha de
14
pagamento;
Fazer o “De – Para” na Tabela
15 de Rubricas com a Tabela 3 do
eSocial;
Revisar os laudos e exames
16
médicos – SST;
Renovar as Declarações de
17 Encargos de Família de todos os
empregados;
Fazer a comunicação com o
18
público-alvo (listar os públicos);
19 Estudar a EFD-REINF;
20 Estudar a DCTFWEB;

105
QUAL O PRÓXIMO
PASSO?

“Qual a conexão que você faz com as informações que obtém


para aumentar seus conhecimentos?”
Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

O eSocial é complexo, volumoso e fiscalizador. Incluir


boas práticas nas relações trabalhistas da empresa e conti-
nuar a cumprir as obrigações da legislação vigente é o que se
espera de todo empregador no Brasil, onde não é fácil nem
barato empreender e onde as leis são bastante protecionistas
nas relações de trabalho.
A recomendação para o próximo passo é para que o
profissional que atua no Departamento Pessoal se mantenha
constantemente atualizado e capacitado, pois ele é o grande
“guardião” e “protetor” do empregador, aquele que vai alertar
para o que está errado e fazê-lo cumprir o que é certo.
Veja nos links a seguir os treinamentos online da Nith
Treinamentos e como podemos ajudar nessa árdua tarefa.
Programa de Treinamento para Formação de Especia-
lista em DP e eSocial:
https://nith.com.br/ e https://nithtreinamentos.com.br/
Esse treinamento é completo, tendo detalhamento so-
bre todos os eventos do eSocial e planejamento para sua im-
plantação. É indicado para profissionais da área de pessoal,
instrutores, consultores e palestrantes, pelo fato de ser online
e poder ser acessado por 12 (doze) meses, com direito a todas
as atualizações no período.
Treinamentos sobre DCTFWEB e EFD-REINF e outros
treinamentos na área trabalhista e previdenciária:
www.nithtreinamentos.com.br

107
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Você também pode fazer o MBA Legislação e Auditoria


Trabalhista e Previdenciária, da BSSP. Nesse curso, você ficará
apto a desenvolver várias expertises relacionadas ao eSocial,
tais como Auditoria Trabalhista, Perícia Trabalhista, Recu-
peração de Créditos e até gestão de carreira. Para saber mais,
acesso o portal da BSSP no link:
http://bsspce.com.br.
Espero poder contar com você, leitor, nas próximas ca-
pacitações e desejo um excelente trabalho com o eSocial!

108
LEGISLAÇÃO E
TABELAS

“As atitudes de coração é que te levarão ao sucesso”.


Zenaide Carvalho
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Como a legislação do eSocial é muito dinâmica, apre-


sentaremos apenas o básico da legislação e um quadro resumo.
Para o leitor que deseja se aprofundar, recomendamos
que se mantenha atualizado com a legislação vigente no Portal
do eSocial: www.gov.br/esocial/pt-br.
Tipo Objetivo Data
Mensagens do Mensagens de validação do sistema
Sistema v 1.6 eSocial expedidas pelo servidor do 02/2020
eSocial.
NDE 02/2018 Alterar e incluir eventos relacionados às
informações dos órgãos públicos. Não 16/07/2018
foi incluído no leiaute 2.5 e sem previsão
de entrar em vigor.
NDE 01/2018 Altera, cria e exclui Eventos e Tabelas 30/05/2018 às 19h40
de SST. - já foi incluída no leiaute
Altera: e Manual versão 2.5
• S-1005; S-1060; S-2210;
S-2220; S-2240;
• Tabela 23; Tabela 24.
Cria:
• S-1065; S-2245;
• Tabela 27; Tabela 28; Tabela
29; Tabela 30.
Exclui:
• S-2241.
• Regras de Validação.
L e i a u t e s d o Leiautes do eSocial. Inclui o Leiaute, 04/2020
eSocial versão a Tabela de Regras de Validação e as
2.5 (ver.) (cons. Tabelas Internas.
até NT 18.2020)
M a n u a l d e Versão 2.5.01 do Manual de Orientação 01/2019
Orientação do do eSocial.
eSocial - MOS

110
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Tipo Objetivo Data


Decreto N º Institui o Sistema de Escrituração Digital 11/11/2014
8.373/2014 das Obrigações Fiscais, Previdenciárias
e Trabalhistas - eSocial e dá outras
providências.
Resolução do Dispõe sobre o Sistema de Escrituração 20/02/2015
Comitê Gestor Digital das Obrigações Fiscais,
do eSocial Nº 1 Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
Resolução do Dispõe sobre aprovação de nova versão 03/07/2015
Comitê Gestor do Manual de Orientação do eSocial.
do eSocial Nº 2
Resolução do D i s p õ e s o b r e o t r a t a m e n t o 27/07/2015
Comitê Gestor diferenciado, simplificado e favorecido
do eSocial Nº 3 a ser dispensado às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte no âmbito
do eSocial.
Resolução do Dispõe sobre a liberação do Módulo 20/08/2015
Comitê Gestor Consulta Qualificação Cadastral on-line
do eSocial Nº 4 para atendimento do eSocial.
Resolução do Regulamenta novas versões corretivas De 12/06/2018, DOU
Comitê Gestor e evolutivas de leiautes e manual do 14/06/2018
do eSocial Nº 15 eSocial.
Resolução do Aprova a versão 2.5 do leiaute do De 09/11/2018, DOU
Comitê Gestor eSocial 12/11/2018
do eSocial Nº 19
Resolução do Dispõe sobre o sistema de escrituração 24/06/2015
Comitê Diretivo digital das obrigações fiscais,
do eSocial Nº 1 previdenciárias e trabalhistas (eSocial).
Resolução do Dispõe sobre o Sistema de Escrituração 30/08/2016
Comitê Diretivo Digital das Obrigações Fiscais,
do eSocial Nº 2 Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
Resolução do Altera a Resolução do Comitê Diretivo 29/11/2017
Comitê Diretivo do eSocial nº 2 para estabelecer a
do eSocial Nº 3 implementação progressiva do eSocial.

111
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Tipo Objetivo Data


Resolução do Altera a Resolução nº 2, para mudar o 0 4 / 0 7 / 2 0 1 8 DOU
Comitê Diretivo Faseamento do eSocial 11/07/2018
do eSocial nº 4
Resolução do Altera a Resolução nº 2, para mudar o 0 2 / 1 0 / 2 0 1 8 DOU
Comitê Diretivo Faseamento do eSocial 05/10/2018
do eSocial nº 5
PORTARIA Nº Institui as instâncias de governança 13/06/2019
300 ME do Sistema de Escrituração Digital das Publicada no DOU de
Obrigações Fiscais, Previdenciárias 14/06/2019
e Trabalhistas - eSocial, e dá outras
providências.
PORTARIA Nº Dispõe sobre o cronograma de 04/07/2019
716 SEPTR e implantação do Sistema de Escrituração Publicado DOU em:
ME Digital das Obrigações Fiscais, 05/07/2019
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
PORTARIA Nº Dispõe sobre o cronograma de 24/12/2019
1.419 SEPTR e implantação do Sistema de Escrituração Publicado DOU em:
ME Digital das Obrigações Fiscais, 24/12/2019
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
P O R T A R I A Suspende o cronograma de novas 03/092020
CONJUNTA Nº i m p l a n t a ç õ e s d o S i s t e m a d e P u b l i c a d o DOU
55 SEPTR e ME Escrituração Digital das Obrigações em: 04/09/2020
Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
- eSocial previsto na Portaria SEPRT nº
1.419, de 23 de dezembro de 2019.

112
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

1 – DECRETO 8.373/14
DECRETO Nº 8.373, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014
Institui o Sistema de Escrituração Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhis-
tas - eSocial e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribui-
ção que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, alínea “a”, da
Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Escrituração Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial.
Art. 2º O eSocial é o instrumento de unificação da prestação
das informações referentes à escrituração das obrigações fis-
cais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padro-
nizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribui-
ção, constituindo ambiente nacional composto por:
I - escrituração digital, contendo informações fiscais, previden-
ciárias e trabalhistas;
II - aplicação para preenchimento, geração, transmissão, recep-
ção, validação e distribuição da escrituração; e
III - repositório nacional, contendo o armazenamento da escri-
turação.
§ 1º A prestação das informações ao eSocial substituirá, na for-
ma disciplinada pelos órgãos ou entidades partícipes, a obriga-
ção de entrega das mesmas informações em outros formulários e
declarações a que estão sujeitos:
I - o empregador, inclusive o doméstico, a empresa e os que fo-
rem a eles equiparados em lei;
II - o segurado especial, inclusive em relação a trabalhadores
que lhe prestem serviço;
III - as pessoas jurídicas de direito público da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios; e
IV - as demais pessoas jurídicas e físicas que pagarem ou credi-
tarem por si rendimentos sobre os quais tenha incidido retenção

113
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF, ainda que em


um único mês do ano-calendário.
§ 2º A prestação de informação ao eSocial pelas microempresas
e empresas de pequeno porte, conforme a Lei Complementar nº
123, de 15 de dezembro de 2006, e pelo Microempreendedor Indi-
vidual - MEI será efetuada em sistema simplificado, compatível
com as especificidades dessas empresas.
§ 3º As informações prestadas por meio do eSocial substituirão as
constantes na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, na
forma disciplinada no Manual de Orientação do eSocial.
§ 4º As informações prestadas pelos empregadores serão enviadas
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e armazena-
das no repositório nacional.
§ 5º A escrituração digital de que trata o inciso I do caput é com-
posta pelos registros de eventos tributários, previdenciários e tra-
balhistas, na forma disciplinada no Manual de Orientação do
eSocial.
Art. 3º O eSocial rege-se pelos seguintes princípios:
I - viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhis-
tas;
II - racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações;
III - eliminar a redundância nas informações prestadas pelas
pessoas físicas e jurídicas;
IV - aprimorar a qualidade de informações das relações de tra-
balho, previdenciárias e tributárias; e
V - conferir tratamento diferenciado às microempresas e em-
presas de pequeno porte
Art. 4º Fica instituído o Comitê Diretivo do eSocial, composto
pelos Secretários-Executivos dos seguintes órgãos: (Revogado
pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
I - Ministério da Fazenda; (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de
2019) (Vigência)
II - Ministério da Previdência Social; (Revogado pelo Decreto
nº 10.087, de 2019) (Vigência)
III - Ministério do Trabalho e Emprego; e (Revogado pelo De-
creto nº 10.087, de 2019) (Vigência)

114
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

IV - Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da


República.(Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigên-
cia)
§ 1º Ao Comitê Diretivo, com coordenação exercida alternada-
mente por período de um ano, compete: (Revogado pelo Decre-
to nº 10.087, de 2019) (Vigência)
I - estabelecer o prazo máximo da substituição de que trata o §
1º do art. 2º . (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vi-
gência)
II - estabelecer diretrizes gerais e formular as políticas referen-
tes ao eSocial; (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vi-
gência)
III - acompanhar e avaliar a implementação das diretrizes ge-
rais e políticas do eSocial; (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de
2019) (Vigência)
IV - propor o orçamento e acompanhar a execução das ações
referentes ao eSocial e das integrações dele decorrentes; (Revo-
gado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
V - propor ações e parcerias para comunicação, divulgação e
aperfeiçoamento do eSocial entre os empregadores e empregados;
(Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
VI - propor ajustes nos processos de trabalhos dos órgãos, vi-
sando à melhoria da qualidade da informação e dos serviços
prestados à sociedade; e (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de
2019) (Vigência)
VII - decidir, em última instância administrativa, mediante re-
presentação do subcomitê temático específico e após oitiva do
Comitê Gestor, sobre proposições não implementadas no âmbi-
to de suas atribuições, discriminadas no § 1º do art. 6º . (Revo-
gado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
§ 2º As deliberações do Comitê Diretivo serão tomadas por
consenso e formalizadas por meio de resolução. (Revogado pelo
Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
Art. 5º Fica instituído o Comitê Gestor do eSocial, formado por
representantes dos seguintes órgãos: (Revogado pelo Decreto nº
10.087, de 2019) (Vigência)
I - Ministério do Trabalho e Emprego; (Revogado pelo Decreto
nº 10.087, de 2019) (Vigência)

115
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

II - Ministério da Previdência Social; (Revogado pelo Decreto


nº 10.087, de 2019) (Vigência)
III - Secretaria da Receita Federal do Brasil; (Revogado pelo De-
creto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
IV - Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; e (Revogado
pelo Decreto nº 10.087, de 2019) Vigência)
V - Conselho Curador do FGTS, representado pela Caixa Eco-
nômica Federal, na qualidade de agente operador do FGTS. (Re-
vogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
§ 1º Compete ao Comitê Gestor: (Revogado pelo Decreto nº
10.087, de 2019) (Vigência)
I - estabelecer diretrizes para o funcionamento e a divulgação
do ambiente nacional; (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de
2019) (Vigência)
II - especificar, desenvolver, implantar e manter o ambiente na-
cional; (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
III - promover a integração com os demais módulos do sistema;
(Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
IV - auxiliar e regular o compartilhamento e a utilização das
informações armazenadas no ambiente nacional do eSocial; e
(Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
V - aprovar o Manual de Orientação do eSocial e suas atuali-
zações. (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
§ 2º A gestão do eSocial será exercida de forma compartilhada
e as deliberações do Comitê Gestor serão adotadas por meio de
resolução. (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigên-
cia)
§ 3º Os órgãos e entidades partícipes do Comitê Gestor exer-
cerão, alternadamente, as funções de Secretaria-Executiva pelo
período de um ano, tendo como secretário-executivo o respecti-
vo representante no Comitê. (Revogado pelo Decreto nº 10.087,
de 2019) (Vigência)
Art. 6º O Comitê Gestor será assessorado pelo Subcomitê Temá-
tico do Módulo Micro e Pequena Empresa e Microempreendedor
Individual - MEI, formado por representantes dos órgãos referi-
dos no caput do art. 6º e por representante da Secretaria da Mi-
cro e Pequena Empresa da Presidência da República. (Revogado
pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)

116
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

§ 1º Ao Subcomitê Temático de que trata o caput compete for-


mular proposta de simplificação, formalização, inovação, me-
lhorias da especificação, arquitetura do sistema e de processos
de trabalho que envolvam MEI, microempresas, empresas de pe-
queno porte e outros beneficiários enquadrados no Estatuto da
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, disciplinado pela Lei
Complementar nº 123, de 15 de dezembro de 2006. (Revogado
pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
§ 2º As deliberações do subcomitê serão tomadas por consenso,
registradas em ata e encaminhadas ao Comitê Gestor. (Revogado
pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
§ 3º O Comitê Gestor se pronunciará, de forma motivada, sobre
as propostas encaminhadas pelo subcomitê na forma prevista no
§ 2º do art. 6º . (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vi-
gência)
§ 4º As propostas elaboradas pelo subcomitê que não forem acei-
tas pelo Comitê Gestor poderão ser analisadas pelo Comitê Di-
retivo, mediante representação, para decisão final acerca de sua
implantação. (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigên-
cia)
§ 5º Em caso de divergências no subcomitê temático, a iniciativa
apenas poderá ser implementada pelo Comitê Gestor após deci-
são do Conselho Diretivo. (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de
2019) (Vigência)
§ 6º O Comitê Gestor poderá constituir outros subcomitês para
desenvolver as ações necessárias à implementação, à operaciona-
lização, ao controle e ao aprimoramento do eSocial. (Revogado
pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
Art. 7º A participação nas atividades dos Comitês Diretivo e Ges-
tor será considerada função relevante, não remunerada. ((Revo-
gado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)
Art. 8º A Caixa Econômica Federal, na qualidade de agente ope-
rador do FGTS, o Instituto Nacional do Seguro Social, a Secre-
taria da Receita Federal do Brasil, o Ministério da Previdência
Social e o Ministério do Trabalho e Emprego regulamentarão, no
âmbito de suas competências, sobre o disposto neste Decreto.
§ 1º O eSocial não implica, em qualquer hipótese, transferência de
atribuições e competências entre os órgãos ou entidades partícipes,
nem transferência ou compartilhamento de propriedade intelec-
tual de produtos não abrangidos por esse sistema.

117
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

§ 2º Os integrantes do Comitê Gestor terão acesso compartilha-


do às informações que integram o ambiente nacional do eSocial
e farão uso delas no limite de suas respectivas competências e
atribuições, não podendo transferi-las a terceiros ou divulgá-las,
salvo previsão legal.
§ 3º As informações de natureza tributária e do FGTS observarão
as regras de sigilo fiscal e bancário, respectivamente.
Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 11 de dezembro de 2014; 193º da Independência


e 126º da República.
DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega
Manoel Dias
Garibaldi Alves Filho
Guilherme Afif Domingos
Este texto não substitui o publicado no DOU de
12.12.2014

2 – RESOLUÇÃO 01 DO COMITÊ GESTOR DO


ESOCIAL
RESOLUÇÃO DO COMITÊ GESTOR DO ESOCIAL Nº 1,
DE 20 DE FEVEREIRO DE 2015
Dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital das
Obri-gações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
Alterações: Resolução CG 006, de 2016
O COMITÊ GESTOR DO eSOCIAL, no uso das atri-
buições previstas no art. 5º do Decreto nº 8.373, de 11 de de-
zembro de 2014, e, considerando o disposto no art. 41 da Con-

118
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

solidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº


5.452, de 1º de maio de 1943, no art. 1º da Lei nº 4.923, de 23 de
dezembro de 1965, no art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho
de 1973, no art. 8º da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, no
art. 11 do Decreto-Lei nº 1.968, de 23 de novembro de 1982,
no art. 24 da Lei nº 7.998 de 11 de janeiro de 1990, no art. 23
da Lei nº 8.036 de 11 de maio de 1990, nos incisos I, III e IV
do caput e nos §§ 2º, 9º e 10 do art. 32 da Lei nº 8.212, de 24
de julho de 1991, nos arts. 22, 29-A e 58 da Lei nº 8.213, de 24
de julho de 1991, no art. 9º da Lei n° 9.717, de 27 de novembro
de 1998, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999,
nos arts. 219, 1.179 e 1.180 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002, nos arts. 10 e 11 da Medida Provisória nº 2.200-2, de
24 de agosto de 2001, no § 3º do art. 1º e no art. 3º da Lei nº
10.887, de 18 de junho de 2004, no art. 4° da Lei n° 12.023, de
27 de agosto de 2009, no Decreto n° 97.936, de 10 de julho de
1989, no Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999 e no Decreto
nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, resolve:
Art. 1º Fica regulamentado o eSocial como instrumento de
unificação da prestação das informações referentes à escritu-
ração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, que
padroniza sua transmissão, validação, armazenamento e distri-
buição, constituindo Ambiente Nacional, composto por:
I – escrituração digital contendo os livros digitais com informa-
ções fiscais, previdenciárias e trabalhistas;
II – sistemas para preenchimento, geração, transmissão, recep-
ção, validação e distribuição da escrituração; e
III – repositório nacional contendo o armazenamento da escri-
turação. Parágrafo único. As informações prestadas pelos em-
pregadores serão enviadas ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço – FGTS e armazenadas no ambiente nacional.

119
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Art. 2º O eSocial é composto pelo registro de informações fis-


cais, previdenciárias e trabalhistas agrupadas em eventos que
contêm:
I – dados cadastrais dos empregadores, inclusive domésticos,
da empresa e a eles equiparados em legislação específica e dos
segurados especiais;
II – dados cadastrais e contratuais de trabalhadores, incluídos
os relacionados ao registro de empregados;
III – dados cadastrais, funcionais e remuneratórios dos servido-
res titulares de cargos efetivos amparados em regime próprio de
previdência social, de todos os poderes, órgãos e entidades do
respectivo ente federativo, suas autarquias e fundações, dos ma-
gistrados, dos membros do Tribunal de Contas, dos membros
do Ministério Público e dos militares;
IV – dados cadastrais dos dependentes dos empregados, inclu-
sive domésticos, dos trabalhadores avulsos e dos segurados dos
regimes geral e próprios de previdência social;
V – dados relacionados às comunicações de acidente de traba-
lho, às condições ambientais do trabalho e do monitoramento da
saúde do trabalhador e dos segurados relacionados no inciso III;
VI – dados relacionados à folha de pagamento e outros fatos
geradores, bases de cálculo e valores devidos de contribuições
previdenciárias, contribuições sociais de que trata a Lei Com-
plementar nº 110, de 29 de junho de 2001, contribuições sindi-
cais, FGTS e imposto sobre renda retido na fonte; e
VII – outras informações de interesse dos órgãos e entidades
integrantes do Comitê Gestor do eSocial, no âmbito de suas
competências.
§ 1º Os órgãos partícipes disciplinarão os procedimentos e os efei-
tos para que as informações prestadas no eSocial componham
a base de cálculo para a apuração dos débitos delas decorrentes
e a base de dados para fins de cálculo e concessão de benefícios
previdenciários e trabalhistas em atos administrativos específicos
das autoridades competentes
§ 2º O disposto no caput não dispensa os obrigados ao eSocial da
manutenção, sob sua guarda e responsabilidade, dos documen-
tos, na forma e prazos previstos na legislação aplicável.
§ 3º As informações previdenciárias constantes do eSocial refe-
rem-se ao Regime Geral de Previdência Social e aos regimes pró-

120
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

prios de previdência social previstos no art. 1º da Lei nº 9.717 de


27 de novembro de 1998.
§ 4º Os dados de que trata o inciso III do caput referem-se a
ativos, aposentados, transferidos para reserva remunerada, re-
formados ou reincluídos, seus dependentes e pensionistas, de-
vendo abranger também as informações de outras categorias de
segurados amparados em regime próprio de previdência social
com fundamento em decisão judicial ou em legislação específica
do ente federativo.
Art. 3º (Revogado pela Resolução CG 006, de 2016)
Nota: o art. 2º da Resolução CG 006, de 2016 estabeleceu que
os eventos que compõem o eSocial passam a obedecer aos for-
matos, regras e prazos constantes no Leiaute e no Manual de
Orientação do eSocial.
Art. 4º O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido
a ser dispensado às empresas optantes pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples
Nacional, MEI com empregado, ao empregador doméstico, ao
segurado especial e ao produtor rural pessoa física será definido
em atos específicos.
Art. 5º (Revogado pela Resolução CG 006, de 2016) Nota: o art.
1º da Resolução CG 006, de 2016 aprovou a versão 2.2 do Ma-
nual de Orientação do eSocial - MOS.
Art. 6º Os órgãos e entidades integrantes do Comitê Gestor do
eSocial regulamentarão, no âmbito de suas competências, o dis-
posto nesta Resolução.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ ALBERTO REYNALDO MAIA ALVES FILHO p/Minis-


tério do Trabalho e Emprego
JARBAS DE ARAÚJO FÉLIX p/Ministério da Previdência Social
JANAÍNA DOS SANTOS DE QUEIROZ p/Instituto Nacional
do Seguro Social
HENRIQUE JOSÉ SANTANA p/Caixa Econômica Federal
CLÓVIS BELBUTE PERES p/Secretaria da Receita Federal do
Brasil

Publicado no Diário Oficial da União em 24/02/2015

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

3 – RESOLUÇÃO 01 DO COMITÊ DIRETIVO DO


ESOCIAL
RESOLUÇÃO DO COMITÊ DIRETIVO DO ESOCIAL Nº
1, DE 24 DE JUNHO DE 2015
Por eSocial — publicado 25/06/2015 00h00, última mo-
dificação 06/04/2017 15h19.
Dispõe sobre o sistema de escrituração digital das obri-
gações fiscais, previdenciárias e trabalhistas (eSocial).
O Comitê Diretivo do eSocial, no uso das atribuições
previstas no art. 4º do decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de
2014, e, considerando o disposto no art. 41 da consolidação
das leis do trabalho, aprovada pelo decreto-lei nº 5.452, de 1º
de maio de 1943, no art. 1º da lei nº 4.923, de 23 de dezembro
de 1965, no art. 14-a da lei no 5.889, de 8 de junho de 1973,
no art. 8º da lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, no art. 11
do decreto-lei nº 1.968, de 23 de novembro de 1982, no art.
24 da lei nº 7.998 de 11 de janeiro de 1990, no art. 23 da lei nº
8.036 de 11 de maio de 1990, nos incisos i, iii e iv do caput e
nos §§ 2º, 9º e 10 do art. 32 da lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991, nos arts. 22, 29-a e 58 da lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, no art. 9º da lei n° 9.717, de 27 de novembro de 1998, no
art. 16 da lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, nos Arts. 219,
1.179 e 1.180 da lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, nos
Arts. 10 e 11 da medida provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto
de 2001, no § 3º do art. 1º e no art. 3º da lei nº 10.887, de 18 de
junho de 2004, no art. 4° da lei n° 12.023, de 27 de agosto de
2009, no decreto n° 97.936, de 10 de julho de 1989, no decreto

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

n° 3.048, de 6 de maio de 1999 e no decreto nº 6.022, de 22 de


janeiro de 2007, resolve:
Art. 1º conforme disposto no decreto nº 8.373, de 11 de dezem-
bro de 2014, a implantação do eSocial se dará conforme o se-
guinte cronograma:
I - A transmissão dos eventos do empregador com faturamento
no ano de 2014 acima de r$ 78.000.000,00 (setenta e oito mi-
lhões reais) deverá ocorrer
a) A partir da competência setembro de 2016, obrigatoriedade
de prestação de informações por meio do eSocial, exceto as
relacionadas na alínea (b);
b) A partir da competência janeiro de 2017, obrigatoriedade
da prestação de informação referente à tabela de ambientes
de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monito-
ramento da saúde do trabalhador e condições ambientais
do trabalho.
II - A transmissão dos eventos para os demais obrigados ao eSo-
cial deverá ocorrer
a) A partir da competência janeiro de 2017, obrigatoriedade
de prestação de informações por meio do eSocial, exceto as
relacionadas na alínea (b);
b) A partir da competência julho de 2017, obrigatoriedade da
prestação de informação referente à tabela de ambientes de
trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitora-
mento da saúde do trabalhador e condições ambientais do
trabalho
§ 1º O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, ao
Micro Empreendedor Individual (MEI) com empregado, ao em-
pregador doméstico, ao segurado especial e ao pequeno produtor
rural pessoa física será definido em atos específicos observados os
prazos previstos no caput.
§ 2º Aquele que deixar de prestar as informações no prazo fixado
ou que a apresentar com incorreções ou omissões ficará sujeito às
penalidades previstas na legislação.
§ 3º A prestação das informações ao eSocial substituirá, na forma
e nos prazos regulamentados pelos órgãos integrantes do comitê
gestor do eSocial, a entrega das mesmas informações em outros

123
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

formulários e declarações a que estão sujeitos os obrigados ao


eSocial.
Art. 2º Os órgãos e entidades integrantes do comitê gestor do
eSocial regulamentarão, no âmbito de suas competências, o dis-
posto nesta resolução.
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação

TARCÍSIO JOSÉ MASSOTE DE GODOY p/Ministério da


Fazenda
MARCELO DE SIQUEIRA FREITAS p/Ministério da Previ-
dência Social

Publicado no Diário Oficial da União em 25/06/2015

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BOAS PRÁTICAS QUE COMEÇAREI JÁ:


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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,


Brasília, 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil03/
constituicao/constituicaocompilado.htm. Último acesso em 15 de
julho de 2018.
BRASIL. Decreto 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a
tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto
sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, Brasília, 2018.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2018/Decreto/D9580.htm#art4. Último acesso em 04 de
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da Previdência Social e dá outras providências., Brasília, 1999.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/
d3048.htm. Último acesso em 04 de outubro de 2020.
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Público de Escrituração Digital – Sped., Brasília, 2007. Disponível
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Decreto/D6022.htm. Último acesso em 04 de outubro de 2020.
BRASIL. Decreto-lei 5.452, de 1º de maio de 1943. Dispõe sobre a
organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá
outras providências., Brasília, 1943. Disponível em http://www.
pla-nalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm.
Último acesso em 04 de outubro de 20208.
BRASIL. Decreto 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Institui o Sistema
de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias
e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências. Brasília, 2014.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-

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eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

2014/2014/decreto/d8373.htm. Último acesso em 04 de outubro


de 2020.
BRASIL. Instrução Normativa RFB 971, de 13 de novembro de 2009.
Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de
arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência
Social e as destinadas a outras entidades ou fundos, administradas
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)., Brasília,
2009. Dispo-nível em http://normas.receita.fazenda.gov.br/
sijut2consulta/link. action?idAto=15937&visao=anotado. Último
acesso em 04 de outubro de 2020.
BRASIL. Instrução Normativa RFB 1.500, de 29 de outubro de 2014.
Dispõe sobre normas gerais de tributação relativas ao Imposto
sobre a Renda das Pessoas Fisicas., Brasília, 2014. Disponível em
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?i-
dAto=57670&visao=anotado. Último acesso em 04 de outubro
de 2020.
BRASIL. Instrução Normativa RFB 1.701, de 14 de março de 2017.
Institui a Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras
Informações Fiscais (EFD-Reinf). Brasília, 2017. Disponível
em http:// normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
action?visao=a-notado&idAto=81226. Último acesso em 04 de
outubro de 2020.
BRASIL. Instrução Normativa 1.767, de 14 de dezembro de 2017.
Al-tera a Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro
de 2009 e a Instrução Normativa RFB nº 1.701, de 14 de março
de 2017, para estabelecer a forma de cumprimento das obrigações
previdenciárias acessórias durante a implementação progressiva
do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) e adequar o cronograma da
entrada em produção da Escrituração Fiscal Digital de Retenções

127
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) ao do eSocial. Brasília,


2017. Disponível em http://normas.receita.fazenda.gov.br/
sijut2consulta/link.action?vi-sao=anotado&idAto=88696. Último
acesso em 04 de outubro de 2020.
BRASIL. Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema
Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário
aplicáveis à União, Estados e Municípios., Brasília, 1966. Disponí-
vel em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.
htm. Último acesso em 04 de outubro de 2020.
BRASIL. Lei 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização
da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras
providências., Brasília, 1991. Disponível em http://www.planalto.
gov.br/ ccivil_03/leis/l8212compilado.htm. Último acesso em 04
de outubro de 2020.
BRASIL. Lei 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de
Benefícios da Previdência Social e dá outras providências., Brasília,
1991. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8213compilado.htm. Último acesso em 04 de outubro de 2020.
BRASIL. Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio
de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o
de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; re-
voga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de
março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41,
de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências., Brasília, 2008.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11788.htm. Último acesso em 04 de outubro de
2020.
BRASIL. Lei 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das

128
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de


maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036,
de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de
adequar a legislação às novas relações de trabalho. Brasília, 2017.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/L13467.htm. Último acesso em 04 de outubro de
2020.
BRASIL. Manual do Desenvolvedor. Brasília, 2017. Disponível em
www.esocial.gov.br. Último acesso em 15 de julho de 2018.
BRASIL. Manual do eSocial. Brasília, 2019. Disponível em www.gov.
br/esocial/pt-br. Último acesso em 04 de outubro de 2020.
BRASIL. Medida Provisória 808, de 14 de novembro de 2017. Altera a
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decre-to-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília, 2017. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Mpv/
mpv808.htm. Último acesso em 15 de julho de 2018.
BRASIL. Notícia: Auditoria da CGU gera economia de R$ 1,2 bilhão
em folha de pagamento de pessoal. Brasília, 2015. Disponível em
http://www.cgu.gov.br/noticias/2015/04/auditoria-da-cgu-gera-
e-conomia-de-r-1-2-bilhao-em-folha-de-pagamento-de-pessoal.
Úl-timo acesso em 09 de maio de 2015.
BRASIL. Notícia: Cancelamento da adesão antecipada ao eSocial para
janeiro/2018 poderá ocorrer até 20/12. Brasília, 2017. Disponível
em: https://bit.ly/2mIFhmh. Último acesso em 15 de julho de 2018.
BRASIL. Resolução 01 do Comitê Diretivo do eSocial, de 20 de
fevereiro de 2015. Dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital
das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).,
Brasília, 2016. Disponível em http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/
jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=80&data=24/02/2015.
Último acesso em 15 de julho de 2018.

129
eSocial - 10 boas práticas para evitar autuações

BRASIL. Resolução 02 do Comitê Diretivo do eSocial, de 30 de


agosto de 2016. Dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital
das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).,
Brasília, 2015. Disponível em https://portal.esocial.gov.br/
institucional/le-gislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-
no-2-de-30-de--agosto-de-2016. Último acesso em 15 de julho
de 2018.
BRASIL. Resolução 03 do Comitê Diretivo do eSocial, de 29 de no-
vembro de 2017. Altera a Resolução do Comitê Diretivo do eSocial
nº 2, de 30 de agosto de 2016, para estabelecer a implementação
progressiva do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações
Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial. Brasília, 2017.
Disponível em https://portal.esocial.gov.br/institucional/
legislacao/resolucao-do--comite-diretivo-do-esocial-no-03-de-
29-de-novembro-de-2017. Último acesso em 15 de julho de 2018.
BRASIL. Resolução 11 do Comitê Gestor do eSocial, de 14 de se-
tembro de 2017. Publicar o leiaute 2.4 do eSocial que incorpora as
mudanças da legislação trabalhista. Brasília, 2017. Disponível em
ht-tps://portal.esocial.gov.br/institucional/legislacao/resolucao-
do-co-mite-gestor-do-esocial-no-11-de-14-de-setembro-de-2017.
Último acesso em 15 de julho de 2018.

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N este livro, o leitor terá 10 boas práticas para evitar autuações
ao trabalhar com o eSocial. O foco é proteger o empregador das
possíveis notificações, enviando dados com qualidade a este
grande banco de dados que será enviado aos órgãos
fiscalizadores dos direitos trabalhistas e previdenciários:
Ministério do Trabalho e Receita Federal do Brasil.

O livro dá dicas realmente práticas para que o profissional que


atue com o eSocial desenvolva ações preventivas e atenda à
fiscalização vigente e que será exigida no eSocial. É pegar e
praticar. Mãos à obra!

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