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Elias Eduardo Ntumi

Amostragem
(Licenciatura em Gestao de Recursos Humanos)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Elias Eduardo Ntumi

Amostragem
(Licenciatura em Gestao de Recursos Humanos)

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Estatística, a ser
apresentado ao Departamento de
ciências Económicas e Empresariais,
curso de Gestão de Recursos
Humano Sob orientação do dr. Juma
Nlayawa.

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

2.Amostragem..................................................................................................................................4

2.1. Conceito................................................................................................................................4

2.1.2. Os problemas que interessam o observador no estudo da amostra................................4

2.1.3. Princípios da representatividade da amostra..................................................................5

3.Tipos de amostragem................................................................................................................6

3.1. Amostragem probabilística.......................................................................................................6

3.1.Seleccao de Amostra..............................................................................................................6

3.1.1.Amostragemaleatória simples.........................................................................................6

3.1.2.Amostragem sistemática..................................................................................................7

3.1.3.Amostragem estratificada................................................................................................9

3.1.4.Amostragem porconglomerado.....................................................................................11

4.Conclusao...................................................................................................................................12

Referências Bibliográficas.............................................................................................................13
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1. Introdução
Este trabalho tem como tema amostragem, e de salientar que a teoria de amostragem hoje em dia
é utilizada em quase todas as áreas de investigação desde o tratamento dos fenómenos
demográficos, dados na agricultura, na indústria e comércio, medicina, psicologia até na
Educação e pesquisas de opiniões realizada pelos meios de comunicação.

Objectivos:
Gerais:

 Conhecer a amostragem.

Específicos:
 Identificar o conceito de amostragem;
 Descrever os tipos de amostragem;
 Analisar as vantagens da amostragem.

Metodologias
Para a realização do trabalho usou-se várias fontes conforme constam nas referências
bibliográficas.
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2.Amostragem

2.1. Conceito
Teoria da amostragem - é o estudo das relações existentes entre uma população e as amostras
delas extraídas. Utiliza-se para a estimação das grandezas desconhecidas da população
(parâmetros) através de conhecimento das grandezas correspondentes nas amostras (estatística
amostrais). Também utiliza-se para determinar se as diferenças observadas entre duas amostras
são verdadeiramente significativa.

Para que as conclusões sejam válidas, é necessário que a amostra seleccionada seja
representativa da população. Para isso podem ser utilizados os métodos de amostragens
probabilísticos, tais como: aleatória, sistemática, estratificada ou por conglomerados. Mas, o
método mais utilizado é o por amostragem aleatória.

Amostragem é todo o conjunto não vazio e com menor número de elemento em relação a
população. Em relação ao tamanho da amostra são possíveis duas situações: se n <30, diz-se que
a amostra é pequena, caso contrário, quando n ≥ 30 diz-se que a amostra é grande. Amostragem
é o processo de extrair amostras ou seleccionar a população os elementos que devem pertencer a
amostra.

2.1.2. Os problemas que interessam o observador no estudo da amostra


Existem principalmente três tipos de problemas que interessam ao pesquisador resolver,
mediante o estudo de uma ou mais amostras:

1. O primeiro problema, consiste em estimar os parâmetros da população a partir do


conhecimento das estatísticas de uma amostra. São consideradas estatísticas ou medidas
amostrais desvio padrão (S), coeficiente de correlação (R), proporção (P).

2. O segundo problema, consiste em determinar se a amostra de uma estatística conhecida


provém de uma população da qual os parâmetros também são conhecidos. Neste problema, a
resolução consiste em comparar os parâmetros populacionais com as respectivas estatísticas.

3. O terceiro, último problema, consiste em procurar saber a partir de duas estatísticas se as


amostras correspondentes provêm de uma mesma população.
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A teoria de amostragem hoje em dia é utilizada em quase todas as áreas de investigação desde o
tratamento dos fenómenos demográficos, dados na agricultura, na indústria e comércio,
medicina, psicologia até na Educação e pesquisas de opiniões realizada pelos meios de
comunicação.

2.1.3. Princípios da representatividade da amostra


A validade das conclusões tiradas numa amostra sobre uma população depende do facto da
amostra ter sido bem escolhida e ter um tratamento representativo da população.

Considera-se os seguintes princípios:

1. Quando maior for a fracção de amostragem n / N, maior será a probabilidade de obter


uma amostragem representativa.
2. Se a população tem mais de 10.000, unidades estatísticas e a fracção de amostragem é de
pelo menos 0,1 (10%), a amostra tem uma probabilidade aceitável de ser representativa.

2.1.4. Vantagens da amostragem

 Ajuda nos a representar no caso em que a população for infinita;


 É menos dispendiosa e fácil controlar por ter poucas unidades economicamente;
 Porque o tempo é escasso, a informação pode variar se transcorrer muito tempo entre o
primeiro e o último elemento a ser inquerido;
 Porque, por vezes, os elementos da amostra podem ser distribuídos durante o processo de
amostragem ou podem provocar danos durante as experiências.

Fases, para a realização de um inquérito por amostragem

1º Definição com clareza dos objectivos do inquérito;

2º Definição da população a ser estudada e da unidade estatística;

3º Definir as bases teóricas da sondagem (variáveis, tamanho, etc.);

4º Elaborar o questionário com instrução de notação (simulação da validação dos dados);


5º Escolha do período de referência para a recolha das informações;

6º Escolha do método de amostragem conveniente;


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7º Selecção de amostra;

8º Processamento e controle;

9º Realização das inferências e divulgação dos resultados.

3.Tipos de amostragem
Podemos classificar a amostragem em não-probabilística e probabilística (mais utilizada).
Dentro da amostragem não probabilística temos a amostragem a esmo, intencional e cotas, para a
amostragem probabilística existe a amostragem simples ou ocasional, sistemática, estratificada e
por conglomerados

3.1. Amostragem probabilística


A amostragem é probabilística quando a selecção da amostra é feita de forma aleatória, sendo
que cada elemento da população tem uma probabilidade conhecida de participar da amostra.
Assim: se N define o tamanho da população e se todos os elementos da população possuem igual
1
probabilidade, teremos que é a probabilidade de cada elemento participar da amostra.
N
A principal característica da amostragem probabilística é a possibilidade de se obter uma
estimativa do erro amostral.

3.1.Seleccao de Amostra
As principais técnicas de amostragem probabilística são:

 Amostragem aleatória simples;


 Amostragem sistemática;
 Amostragem estratificada;
 Amostragem por conglomerado.

3.1.1.Amostragemaleatória simples
Os elementos da população são enumerados, onde a selecção da amostra é feita por Meio de um
sorteio, sem restrição, onde cada elemento da população tem a mesma Probabilidade de
pertencer à amostra.
É aleatória porque a escolha é meramente por meio do acaso; é simples porque todos elementos
componentes da população têm igual probabilidade de serem escolhidos para amostra.
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Para este tipo de amostragem tem sido vulgar enumerar todos elementos da população e coloca-
los numa urna, o que geralmente acontece em sorteios de bilhetes nas lojas comerciais para um
determinado concurso. Também é usual para casos em que após atribuição de números aos
elementos da população e sem os colocar numa urna se proceda ao sorteio extra para mais tarde
procurar-se pelo vencedor (casos de lotaria). Ainda se pode considerar outro caso em que se
possa recorrer a tabela de números aleatórias.
Passos a considerar para seleccionar uma amostra aleatória:
a) Definir o número de elementos que devem fazer parte da amostra (tamanho da amostra
n);
b) Numerar sucessivamente os elementos da população de 1 a N;
c) Escolher os n elementos da amostra usando um procedimento aleatório, como tabela de
números aleatórios ou outros. Deve-se garantir que o numero seleccionado da população
para amostra não seja re-seleccionado (garantia de não repetição na escolha);
d) Estabelecer a correspondência entre o número aleatório com a numeração dos elementos
da população. Para caso que haja coincidência (repetição de numero aleatório) esse
elemento da população é considerado seleccionado para fazer par da amostra, não
podendo ser repetido (escolha sem reposição), mas se a coincidência for movida pela
repetição do elemento da população e não de número aleatória, então será considerada
mera coincidência sendo que o elemento devera ser considerado. Este procedimento deve
ser repetido ate atingir n elementos requeridos para amostra.
Nem sempre é fácil executar esse tipo de amostragem, em virtude de ser uma tarefa penosa ʺna
maior parte dos casos, porque a população é infinitas, tornando difícil enumerar todos elementos
da população. Por outro lado, esta amostragem pode fazer com que elementos da amostra
estejam dispersos geograficamente (se os elementos da população estiverem em regiões
geográficas dispersas).

3.1.2.Amostragem sistemática
Se tomarmos em linha conta que o tamanho da população é N e o tamanho da amostra é n, onde
N
a razão k é k = . De entre as primeiras k unidades selecciona-se uma (por exemplo t, onde
n
1 ≤t ≤k ) e, obtermos a lista de elementos a seleccionar da população nas posições
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t ,t +k , t+2 k , … , t + ( n−1 ) k , então estaremos na presença duma amostragem aleatória


sistemática.

Passos para recolha duma amostragem sistemática:

N
a) Determinar k.k = . Quando se trata de medidas expressas duma forma discreta é
n
aconselhável que k seja inteiro, o que quer dizer que é susceptível de arredondamento;
b) Escolher um valor da posição t dentre as primeiras k unidade;
c) Partindo de t, seleccionar respectivamente os elementos das posições
t+ k , t +2 k , … , t+ ( n−1 ) k .
Repare-se que a maior garantia da aleatoriedade é feita por escolha do primeiro elemento. Os
elementos seguintes são obtidos e dependentes do primeiro.

Reiterando: as amostras sistemáticas podem ser aleatórias ou não dependendo da forma como o
primeiro elemento foi escolhido. Se o primeiro elemento localizado dentre essas primeiras t
unidade for escolhido usando aleatoriedade, estaremos sob presença duma amostragem aleatória
sistemática, caso contrario diremos somente que estamos sob presença duma amostragem
sistemática.

Uma amostragem sistemática é uma amostragem que deve ser usada no campo de trabalho, e é
melhor que aleatória para uma população que se encontre geograficamente dispersa.

Exemplo:

De uma população de N=1000 elementos ordenados, retirar uma amostra sistematica de


tamanho 100.

Resolução

1000
k= =10
100

Seja 1 ≤t ≤10. Suponhamos que t=7. Logo teremos:

1º Elemento da amostra………….7º
9

2º Elemento da amostra………….17º

3º Elemento da amostra………….27º

….

100º Elemento da amostra………….997º.

3.1.3.Amostragem estratificada
As duas amostragens anteriores, tomam a população como um todo. Esta amostragem é diferente
e que é mais usada para casos em que haja certeza de que a população é heterogénea em relação
as características a estudar. Neste caso, deve proceder-se a uma prévia de composição da
população em estratos homogéneos, isto é, a população deve ser sob dividida em estratos. Os
elementos que compõem o estrato deverão ser homogéneos. A obtenção dos estratos pode
basear-se num único critério (por exemplo a raça, o que a permitira estabelecer quatro estratos:
branca, negra, amarela e caneca) ou na combinação de dois ou mais critérios (por exemplo na
raça e o estatuto social, obtendo-se deste modo pelo menos 8 estratos). A amostra total será
constituída pelo conjunto de sob amostras referentes a cada um dos estratos e obtidas através de
um método aplicável da amostra simples. Reduz-se assim, a margem de erro e os custos da
operação. Alem destas vantagens, pode se salientar a possibilidade de realização de análises mais
profundas de cada estrato separadamente e permite-nos ainda uma melhor estimativa de sertãs
grandezas.

Há sempre vantagem em estratificar. No caso de não se conhecer em cada estrato o desvio


padrão da variável utilizada como critério de estratificação, não se pode calcular a repartição
óptima da amostra. No entanto uma estratificação com taxa de amostragem uniforme (amostra
estratificada proposicional) é preferível ausência de estratificação. A eficácia da estratificação
depende da homogeneidade dos estratos. Os estratos devem ser o mais homogéneo possível e
heterogéneo entre si.

Passos para recolha duma amostragem estratificada


a) Definir o estrato - pode ser a partir dos estudos anteriores cujos resultados são conhecidos
ou foram divulgados, trabalhos pilotos, conhecimento prévio da situação, etc. Em geral
usam-se variáveis geográficas, demográficas, económicas ou outras que facilitem a
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estratificação. Por ExemploLocalidade, bairros, quarteirões, idade, sexo, nível salarial,


etc. A ideia fundamental é que os elementos constituintes do estrato sejam mais
homogéneos. Quanto mais estratos existirem, facilita a análise e aumenta a variabilidade;
b) Organizar as bases de amostragem – cada estrato é tratado como uma população
independente no estudo, levando com que se defina diversas formas para analisar
diferentes estratos;
c) Seleccionar os elementos de cada estrato usando amostragem aleatórias simples ou
n1 n2 ni n
amostragem sistemática. Deve garantir que = =…= = , isso é possível se o
N 1 N2 Ni N
n
tamanho de cada estrato for dado por ni =N i x
N

Exemplo1:
Uma população encontra-se dividida em 3 estratos com tamanhos respectivamente
N 1=80 , N 2=120 , N 3=60. Ao realizar uma amostragem estratificada proporcional, 12 elementos
da amostra foram retirados do 1º estrato. Qual é o numero total dos elementos da amostra?
Resolução
n1 12
Calculemos a frequência para o estrato 1 que possui n1 =12. f = = =0,15. Como é
N 1 80
estratificada proporcional, significa que a frequência nos estratos é igual. Sendoassim, teremos:
n1 =N 2 xf =120 x 0,15=18

e
n3 =N 3 xf =60 x 0,15=9

Portanto, o tamanho da amostra será:

n=n1 +n2 +n 3=12+18+9=39

Exemplo2:
Realizou-se uma amostragem entre os moradores da cidade de Lichinga da seguinte forma: em
cada distrito sorteou-se um número de quarteirões proporcional a área do distrito. De cada
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quarteirão foram sorteados 5 residências cujos moradores são envolvidos. De que amostragem se
trata?
Resposta:

É estratificada porque possui unidades primaria ʺdistritoʺ e secundário quarteirões.

3.1.4.Amostragem porconglomerado
As amostragens aleatórias, sistemática e estratificada, requerem uma identificação individual dos
elementos da população. Geralmente é difícil ter a listagem de todos elementos da população
para se realizar a escolha dos constituintes da amostra, mas que sempre é mais fácil encontrar
conglomerados. Neste caso a única exigência é que se disponha de uma lista completa dos
grupos da população, mais conhecido por Unidades Primarias.

De realçar que os conglomerados devem ser grupos mutuamente exclusivos de modo a garantir
que cada elemento seleccionado não faca parte da interacção entre conglomerados.

Vejamos alguns exemplos deste tipo de amostragem

Unidade primária Unidade Exemplo

(conglomerado) Elementar

Mercados informais Vendedor Conhecer a opinião dos vendedores dum mercado de


Lichinga acerca das taxas de lixo
Informal

Hospitais Doentes Estimar o tempo médio de espera para atendimento


matinal na enfermaria

Banco Trabalhador Conhecer a opinião do trabalhador dum Banco qualquer


a respeito da nova taxa de juros para consumo dirigido

Passos para recolha de uma amostragem por conglomerado:


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a) Especificar os conglomerados tomando-se como unidades primárias. Os elementos dos


conglomerados estão geralmente próximo, na Maior parte das casas eles devem
apresentar características comuns. Há dois cenários, ou define conglomerados grandes
com maior variabilidade ou conglomerados pequenos em casos de garantia de não
existência de variabilidade. A ideia fundamental é que a variabilidade dentro do
conglomerado deve ser próxima a da população de modo que se garanta respostas do
inquérito mais fiáveis e com diversidade de opiniões;
b) Seleccionar aleatoriamente uma amostra de unidades primárias e incluir na amostra todos
os elementos resultantes da totalidade dos conglomerados seleccionados.
Esta amostragem diminui custos, com a desvantagem de possuir um desvio padrão maior entre
os conglomerados, causado pela maior homogeneidade dos elementos dos conglomerados.
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4. Conclusão
Chegado a este ponto conclui se que amostragem é o processo mais elementar e frequentemente
utilizado. Todos os elementos da população têm igual probabilidade de serem escolhidos. Para
uma população finita o processo deve ser sem reposição. Todos os elementos da população
devem ser numerados.

Nem sempre é fácil executar a amostragem em virtude de ser uma tarefa penosa” na maioria
parte dos casos porque a população é infinita”, tornando difícil enumerar todos elementos da
população. Por outro lado esta amostragem pode fazer com que elementos da amostra estejam
dispersos geograficamente (se os elementos da população estiverem em regiões geográficas
dispersas).

A precisão dos estimadores segundo um esquema aleatório simples pode ser avaliada a partir da
sua variabilidade. Tornando como exemplo o caso da media amostral como estimador da media
da população, ignorando o factor de correcção de populações finitas.

A população é infinita quando a população é grande; como é o caso dos infectados pelo vírus de
HIV/SIDA, para fins práticos, podemos admitir como infinita, em virtude do número de
infectados no mundo, subir de minuto a minuto.
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Referências Bibliográficas
Bussab, WO; Morettin, PA. Estatística básica. São Paulo: Saraiva, 2006. [Cap. 10].
Magalhães, MN; Lima, ACP. Noções de Probabilidade e Estatística. São Paulo: EDUSP, 2008.
[Cap. 7].
Montgomery, DC; Runger, GC. Estatística aplicada e probabilidade para engenheiros. Rio de
Janeiro: LTC Editora, 2012. [Cap. 7].
M. N. Magalhães e A. C. P. De Lima (2001) Noções de Probabilidade e Estatística, 3 edição,
Editora USP.

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