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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais ✓ Discussão 0.5
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
✓ Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
✓ Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
✓ Articulação e
domínio do discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e ✓ Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos
2.5
dados
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................. 13
1. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito do comprimento exigido pela Universidade Católica de
Moçambique para aquisição de alguns créditos académicos de modo a fazer a cadeira de E-
governament e Globalização.
Portanto, o conceito de e-Gov foi criado, não apenas para dar maior eficiência e eficácia às
práticas e ações internas do Estado com vista ao oferecimento de serviços públicos, mas
também para proporcionar, através do uso das TIC, uma boa relação com a sociedade no
que tange à participação e controle das atividades do Estado.
Neste caso, a presente trabalho é constituído por três (3) partes. A primeiro inclui a introdução,
seguida os objectivos e os procedimentos metodológicos que foram adoptados na
operacionalização do trabalho. Na segunda parte é feita a fundamentação teórica, segundo
vários autores que são devidamente citados e apresentados nas referências bibliográficas. E na
terceira parte, são apresentadas as considerações finas e por fim nas referências bibliográficas.
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1.2. Objectivos
1.3. Metodologias
Metodologicamente, este trabalho adoptou o tipo de pesquisa bibliográfica, feita através de
leituras específicas sobre Governo electrónico em Moçambique. A pesquisa foi fundamentada
com bases em autores que discutem conceitos dos temas abordados.
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2. Governo Electrónico
São várias as conceitualizações do governo electrónico mas daria dois conceitos mais referidos
a nível mundial.
A Pacific Council no Internacional Policy, 2002, define o governo electrónico como uso da
tecnologia de informação e da comunicação para promover maior eficiência governamental,
facilitando o acesso à informação, e tornando o governo mais perspicaz para o cidadão. Este
conceito não quer de certa maneira referir que os cidadãos se acomodarão fazendo do Governo
electrónico um atalho para o desenvolvimento económico, o salvamento orçamental ou a
eficiência governamental.
2.2.1. Universalidade
Este princípio significa que toda e qualquer informação não protegida por lei têm de estar
disponível nos sítios governamentais, de modo “fidedigno, exaustivo, facilmente acessível e
actualizado (Rodrigo, 2001) Se as informações não estão na forma adequada para ingressarem
no mundo virtual, devem ser convertidas, obedecendo-se à diversidade entre o meio
convencional (escrita) e o meio electrónico (virtual). Do mesmo modo que a informação, como
bem provido pelo Estado, os serviços prestados aos cidadãos têm de ter seu análogo de maneira
digital.
Este princípio, também, significa permitir que, na prática, o Estado esteja efectivamente
presente, a qualquer momento, em todos lugares simultaneamente, reduzindo custos e
simplificando procedimentos. Dentro desse princípio que deve ser criado um banco de dados
unificador do registo de cada cidadão, de acordo com o seu perfil, com uma única identificação.
Esse banco de dados universal deve alimentar um sistema capaz de emitir, on-line ou
convencionalmente, questionamentos do governo sobre os assuntos pertinentes à gestão das
acções do governo e sobre a satisfação da sociedade. Ou seja: é preciso mapear e identificar,
em único local, aqueles que, ao menos potencialmente, receberam determinada provisão para,
no futuro, ser feita a verificação. Por fim, não é possível levar à sociedade ferramentas
tecnológica sem que esta esteja preparada para usar da melhor forma possível os seus avanços.
2.2.2. Unicidade
É ponto pacífico que, actualmente, a internet não possui um sentido de ordem ou uma
arquitectura capaz de sustentar a oferta de informações e de serviços de acordo com a
expectativa dos usuários, pois os tempos de obtenção do produto e o número de mediações para
alcança-lo podem ser infindos.
O Estado, que deve ater-se, hoje, à oferta custo-eficiente de bens e serviços para a sociedade,
pode dar ordens e sentido às coisas, se conseguir que os mecanismos de trânsito das relações
Estado/Sociedade estejam em um único local virtual, conhecido por portal. Tal como o próprio
nome indica, o cidadão deve ter uma única porta mediante a qual possa ter acesso a tudo aquilo
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que corresponda às suas demandas e à sua participação no controle dos actos do governo e da
própria máquina pública.
A unicidade quebra o problema antigo, existente mesmo nos ambientes físicos das repartições
públicas, de remessa das pessoas a dezenas de locais para exercer a cidadania e não só, todos
os órgãos de todos os poderes em todas esferas do governo devem escoar as suas informações
e serviços para esse local único, o que deve demandar aprimoramento do portal e sustentação
do mesmo independentemente do governo que esteja exercendo actualmente o poder.
Além disso, é crucial que os sistemas tecnológicos estejam unificados, mediante a fórmula
múltiplas entradas uma única saída, tanto em nível externo ou privado (do cidadão para o
Estado), quanto em nível interno (do estado para o próprio estado). Não pode haver diferença
entre uma solicitação de um título de leitor de um boletim de ocorrência ou de formalização de
uma denúncia. Os objectivos são diferentes, mas o sentido de trâmite é o mesmo.
2.2.3 Integralidade
A informação e o serviço em si mesmos, não são nada se não estiverem sendo oferecidos de
maneira integral. É preciso determinar que as ferramentas sejam seguras, constantemente
acessíveis e nunca tenham tempo de espera para resposta maior do que a esperada, em média,
pela sociedade. Além disso, integralidade significa que os fóruns, os callcenters, as bibliotecas,
enfim, todos os espaços que permitam a participação do cidadão, bem como todas a
comunicações pelo estado, devem ser feitos de forma a que o único responsável seja
identificado e que tudo que seja oferecido seja indubitável: o cidadão não tem de ficar
retornando ao local virtual ou mesmo ficar entrando em contacto novamente com o órgão para
fazer novas perguntas ou para reiterar uma denúncia.
UNDP (2001) definiu e mediu um índice que indirectamente é capaz de indicar a capacidade
ou habilidade dos países para participarem da chamada era digital. Quer dizer, o Índice de
Realização Tecnológica (TAI) tem como objectivo captar como está um determinado país na
criação e na difusão de tecnologias e como está na criação de uma base de habilidade ou
capacidade humana para esse fim de modo a reflectir sua capacidade para participar das
inovações tecnológicas da era digital. O TAI não é uma medida de como um país está liderando
globalmente o desenvolvimento tecnológico, mas fixa-se ao facto de como o país está
participando da criação e do uso de tecnologia, o que, obviamente, permite analisar a eficácia
do Governo Electrónico, a qual é dependente, além de outras coisas, da tecnologia dominada
por um país (antiga e nova). Em outras palavras deve-se imaginar que o TAI é altamente
correlacionado com o grau do país para um Governo Electrónico potencialmente bom, porque
capacitação e aptidão para o uso das tecnologias são elementos necessários para os
empreendimentos voltados para o Governo Electrónico.
Para ter êxitos e ser efectivo, o Governo Electrónico deve ser parte de um programa mais
alargado de reforma do Governo e do Sector Público em geral – nos aspectos de como funciona,
como gere a informação, como gere as funções internas, como serve os cidadãos e o sector
privado. O Governo Electrónico é uma oportunidade para repensar o Governo e pode tornar-se
numa ferramenta para catalisar o desenvolvimento económico e a boa governação.
Importa, no entanto, reconhecer que o Governo Electrónico por si só não leva de imediato ao
desenvolvimento económico, disponibilização de serviços públicos e redução dos custos
operacionais ou a transparência e eficiência dos Governos, nem é necessariamente um
acontecimento que vá de imediato alterar a natureza do Governo. Tais transformações apenas
acontecem quando a adopção das tecnologias é acompanhada de vontade politica e de mudança
de atitude enquadradas num conjunto de políticas.
Nesse contexto, para o caso moçambicano, o surgimento da política de e-Gov deve ser analisado
tendo em conta o percurso sociopolítico, associado às condições da infra- estrutura tecnológica
e comunicacional do país.
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O e-Gov foi implementado e ganhou uma crescente aceitação na prática da governação. Para o
governo, o e-Gov constitui [...] o instrumento mais adequado para a colocação dos serviços
públicos ao alcance do cidadão a qualquer momento e em qualquer lugar, para uma prestação
de serviços mais eficaz e eficiente e menos dispendiosa, e para a redução da burocracia e
oportunidades de corrupção (Moçambique, 2006, p.1).
Com esse objetivo percebe-se que é intenção do governo, tentar transformar o e- Gov num
poderoso instrumento de acesso aos serviços públicos em todas as dimensões políticas e
econômico-sociais na prática da governação, “ficando o seu maior ou menor impacto a
depender do maior ou menor grau de integração transversal nas políticas, estratégias e
programas dos governos assim como dos recursos disponibilizados para a sua materialização”.
(Moçambique, 2006, p. 1).
Contudo, pelas inferências desta pesquisa, constata-se que a operacionalização desse objetivo
privilegia o determinismo tecnológico à frente dos aspetos educacionais, econômicos e
socioculturais, o que torna o processo de implementação de e-Gov, tendo em vista uma efetiva
relação Estado- sociedade, sem alcance de resultados efetivos.
Sucede que “qualquer moçambicano”, “Direito de aceder” e “Toda Informação”, são desafios
que requerem um empenho total e completo para materializar esta visão e é aqui onde reside o
centro desta pesquisa, procurar perceber se volvidos cerca de 10 anos da implementação desta
Estratégia e se os programas de formação que têm lugar por todo o País, segundo o INTIC,
contribuem efectivamente para que qualquer moçambicano tenha o direito de aceder à toda
informação necessária para alcançar o máximo do seu potencial sem necessariamente recorrer
aos procedimentos tradicionais que implicam mais esforço e mais custos em termos de tempo
e recursos.
Moçambique conta com oito (8) Centros Provinciais de Recursos Digitais (CPRDs) em igual
número de Províncias e de acordo com MOZTIC (2008), trata-se de mecanismos
organizacionais que permitem localizar, num determinado local, um conjunto de infra-
estruturas e conhecimentos necessários para ligar os vários organismos às TIC. É então
possível, através destes centros, efectuar o acesso à Internet, prestar apoio técnico aos
funcionários do Estado, bem como ministrar formação. Os Centros Provinciais de Recursos
Digitais podem ser vistos como um apoio à extensão da GovNet às províncias. As Províncias
que ainda não possuem CPRDs são as de Manica, Maputo e Maputo Cidade.
Conclusão
Com base no factos que durante a abordagem deste trabalho foram sendo apresentados,
constatou-se que a Estratégia de Implementação do Governo Electrónico nos Países menos
Desenvolvidos como Moçambique devem ter em conta acima de tudo as suas posses e
capacidades financeiras visto ser um mecanismo que requer grandes investimentos nas áreas de
formação dos recursos humanos, aquisição dos equipamentos e construção de infra-estruturas
próprias para o efeito.
Referências bibliográficas
Estratégias do Governo Electrónico de Moçambique, Colocar os Serviços Públicos Junto do
Cidadão, Maputo, Dezembro de 2005
GARTNER GROUP. (2000). Key issues in e-government strategy and management. Research
Notes. Maio.
Riccucci, N. M., & Holzer, M. (2011). A global comparative Analysis of Digital Governance
Practices. Em A. Ajeeli, & Y. Al-Bastaki (Edits.), Handbook of Research on E-Services in the
Public Sector: E-government Strategies and Advances, Nova Iorque: Information Science
Reference.
Rodrigo, Tomás Martín. (2001). Proyectos para uma administración electrónica en España.
Revista CLAD Reforma e Democracia. Caracas, n. 20, jun., p. 198-228.