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Medicina paseada em Evidência

Habilidades Gerais VI

Definição Praticar MBE


É o uso da melhor evidência clínica, através dos 1. Transformação da necessidade da
estudos de qualidade e a meta analise, juntamente informação em uma pergunta que pode ser
com os saberes práticos para exercer o melhor respondida [PICO].
atendimento respeitando as preferências do 2. Identificar a melhor evidência [Melhor base
paciente. de dados].
3. Realização de análise crítica da evidência
Pilares da MBE em relação a validade e aplicabilidade [
Qualidade da informação: atualizado,
1. Valores do paciente. impacto, utilidade clínica].
2. Melhor evidência e de pesquisa.
3. Experiência clínica. PICO
História da MBE Paciente: População/Paciente, idade, raça,
medicação, status de saúde, sexo.
Século XVIII (René Descartes): Publicou o primeiro
ensaio clínico controlado. Intervenção: Indicação/interesse.

1834 (Alexandre Louis): Estudos comparativos. Comparação: Procedimento padrão/ Não


intervenção.
1948 (Bradford Hill e Archibald Cochrane): Primeiro
ensaio clínico randomizado. Outcome (Desfecho): Resultado esperado x
efetividade.
Importância da MBE
Bom Desfecho
A importância da Medicina Baseada em Evidência
repousa em manter os profissionais atualizados, Validade (proximidade da verdade);
melhores decisões clinicas e a redução ou Aplicabilidade (utilidade na pratica clínica);
prevenção de erros. (Isso acontece através da busca Impacto (tamanho do efeito);
de informações de qualidade). VAI!

Competências da MBE CAPES

1. Identificar os problemas relevantes do CAPES qualifica a evidência, dividem-se em A, B e C.


paciente; Internacional > Nacional (A> B> C).
2. Converter os problemas em questões que
“NACIONAIS: SCIELO (A), LILACS (B) e DEMAIS
conduzam às respostas necessárias;
PUBLICAÇÕES (C). “
3. Pesquisar eficientemente as fontes de
informação; “INTERNACIONAIS: JCR (JOURNAL CITATION
4. Avaliar a qualidade da informação e a força REPORT) e MEDLINE (Pubmed melhor que
da evidência; medline).”
5. Chegar a uma conclusão correta;
6. Aplicar conclusões dessa avaliação na
melhoria dos cuidados desses
Fator de Impacto
pacientes;
Quantidade de citações desse tema/ Quantidade de
artigos publicados (2 anos).
Tipo de pesquisa grupos para determinação dos resultados. “O grupo
de expostos desenvolveu prejuízo clínico ou não?” /
“O grupo de não expostos desenvolveu ainda assim
prejuízo clínico ou não?” (Porque é ruim? Estudo
prolongado, perca de indivíduos, não adequado para
doenças raras). Sujeito a poucos vieses. – Analítico
Observacional PROSPECTIVO.

Ensaios Clínicos: Divide-se em 2 grupos, um recebe


placebo e outro o medicamento/intervenção
dietética/atividade física. – Analíticos Experimentais
*Randomizados: Grupos escolhidos aleatoriamente
(Porque é ruim? Tem VIÉS, o médico sabe quem
recebe ou não, tratamento diferente para os
grupos).
*Controlado: Grupos escolhidos a dedo (Porque é
ruim? Tem VIÉS, negligencia possíveis desfechos
inesperados, tratamento diferente para os grupos).
*Duplo-Cego: Além do paciente o avaliador também
não sabe (Evita que seu julgamento interfira no
Revisão de literatura: A revisão de pesquisas e das estudo).
discussões de outros autores sobre o tema da
Revisão Sistemática: Reunião de informações sobre
pesquisa (Porque é ruim? Tem mais VIÉS, baixa
determinado assunto, através de estudos primários
confiabilidade, a pesquisa pode ser ruim, o autor não
(analíticos).
confiável, etc).
*Meta-analise: Síntese estatística dos dados colhidos
Relato de caso/Série de casos: Apresentação escrita no maior número possível de estudo, com o objetivo
de um caso clínico (Porque é ruim? Tem baixo de sumarizar a informação. “Passar na peneira vários
impacto, pesquisa sem comparação, leva em estudos buscando um resultado uniforme.”
consideração apenas 1 individuo). – Descritivo.
Obs: Estudo Descritivo: Descrevem a realidade,
Estudo ecológico: Comparação de grupos específicos apenas geram hipóteses. Não possui estatística. Não
a algum fator (Porque é ruim? Intenção de levantar compara nada!
hipóteses apenas, não determina causalidade, tem Estudos Analíticos: Associação entre as variáveis do
VIÉS de falácia ecológica, base de dados não tão processo saúde x doença. Possui estatísica. Faz
confiável) – Analítico Observacional. comparação!
Estudo Retrospectivo: Desfecho(resultado ou
Estudo transversal: Condição apresentada naquele doença) para o Risco(causa ou fator de risco).
período, sem comparação a outros períodos de Estudo Prospectivo: Risco (exposição) para o
tempo. Prevalência/Incidência (Porque é ruim? Não Desfecho (resultado ou doença).
possui acompanhamento, sem comparações, não Estudo Observacional: Pesquisador não realiza
estabelece causalidade). – Analítico Observacional. intervenção.
Estudos Experimentais: Pesquisador ele intervem!
Estudos de Caso-controle: Pacientes com a condição
clínica (prévia) e os sadios (controle), observação ao Obs2: Pesquisa primária: Artigo científico.
passado do paciente: procurar fatores de risco que Pesquisa secundária: Síntese dos artigos científicos.
levaram a essa condição. (Porque é ruim? Revisão sistemático: mais de 100 artigos sobre o
Documentos antigos ou falta deles – VIÉS de mesmo tema.
memória e seleção, Não é possível calcular incidência
e prevalência, depende muito paciente, não Níveis de evidência
determina risco, apenas estima ele). – Analítico
Observacional RETROSPECTIVO. A: Ensaio clínico randomizado e meta-analise.
B: Ensaio clínico e observacionais bem desenhados.
Estudo de Coorte: Divide-se o grupo escolhido entre C: Relato e série de casos.
pacientes expostos e não expostos, D: Opiniões de especialistas.
acompanhamento temporal, comparação dos dois
Erros de evidência
1. Erro no tamanho da amostra.
2. Viés de seleção (decorre dos
procedimentos usados para selecionar os
participantes)
3. Viés de mensuração/ informação (erros na
coleta de informação dos pacientes)
4. Fator de confusão (fatores que não são
objeto do estudo, mas podem exercer
influencia sobre os fatos ou desfecho)
5. Viés de publicação (Selecionar os estudos
favoráveis a minha discussão/conclusão).

PICO - FINER
Critério FINER para validação da pesquisa.
Factivel: Se tem base para realizar (nome, tempo,
custo)
Interessante para o investigador.
Nova (Confirma ou Refuta achados anteriores, traz
novos questionamentos)
Etica (Cumpre as normas – CNS196-96)
Relevante para o conhecimento científico e diretrizes
de saúde.

Guia do MBE
1 passo: Elaborar uma boa questão PICO.
2 passo: Reunir informações de forma sistemática
em bases de dados confiáveis.
- Medline/Pubmed; Scielo; Google scholar; Periódicos
capes; Embase; BVS; Dynamed; Uptodate; (voltados
para medicina – boa referência clínica).
- Descritores do assunto: palavras-chave que
facilitam a pesquisa bibliográfica.
- Operadores booleanos: Estratégias de busca de
dados (AND/OR/NOT).
3 passo: Comparativo entre o desfecho científico e o
contexto clínico.
4 passo: Aplicação dos resultados e tomada de
decisões.

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