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Discentes: Nayume Santos da Costa e Lucas Roberto Ribeiro Silva.

CASO CLÍNICO 2

História
Uma mulher de 24 anos deu entrada no hospital com dor no baixo ventre e vômitos.
Ela relatou que os sintomas se desenvolveram repentinamente, cerca de 45 minutos
antes. Ela havia se sentido bem no início do dia e negou qualquer outro sintoma. Ela
tinha comido torradas no café da manhã e nada desde então. Ela não teve diarreia e
não teve contato com sintomas semelhantes. Sua história médica pregressa incluía
refluxo gastroesofágico e um diagnóstico recente de tuberculose pulmonar, para a
qual ela estava sendo tratada no momento. Seus medicamentos regulares incluíam:
isoniazida, rifampicina, pirazinamida, omeprazol e a pílula anticoncepcional oral
combinada. Ela trabalhava como vendedora e não fumava, não bebia álcool ou
usava drogas recreativas.

Exame:
O paciente estava pálida e angustiada. Sua frequência cardíaca era de 140 bpm e
sua pressão arterial de 106/74 mmHg. Seu abdômen estava levemente sensível,
com dor principalmente na fossa ilíaca direita, com proteção presente.

Resultados:
Sangues: leucócitos: 14.2, Hb 105, Plt 460, Na 135, K 3.8, Creat 60, CRP 122
Exame de urina: positivo para leucócitos e positivo para a subunidade beta da
gonadotrofina coriônica humana (hCG).

Perguntas:
1. Qual diagnóstico deve ser considerado para esta jovem que apresenta dor na
fossa ilíaca direita de início súbito?
R: Hipótese diagnóstica principal é gravidez ectópica em trompa direita, o que
condiz com o local da dor de início súbito; porém apendicite surge como segunda
hipótese diagnóstica devido ao quadro agudo, de dor em fossa ilíaca direita
juntamente com vômitos, mesmo na ausência de sintomas como diarréia, essa
hipótese diagnóstica não pode ser descartada. Independente do caso deve ser feita
uma intervenção rápida, pois qualquer um dos casos é de extrema urgência.

2. Há alguma interação potencial de seu histórico de medicação que deve ser


considerada?
R: Como a rifampicina é de uma classe de antibióticos, utilizado para o
tratamento de infecções micobacterianas, tal qual a de tuberculose pulmonar, tem
como órgão de ação principal o fígado, acelerando a metabolização e
decomposição de moléculas diversas, assim como o de alguns fármacos, incluindo
anticoncepcionais orais, cujo processamento também ocorre no fígado. Logo,
desabilitando seus princípios ativos e reduzindo sua eficácia no organismo,
aumentando a probabilidade de gravidez. Nesse caso, uma orientação médica deve
ser realizada e uma possível alteração da forma contraceptiva utilizada, caso a
paciente não tenha planos imediatos de gravidez, como contraceptivos injetáveis,
em adesivos e DIU de cobre ou hormonal, assim como uso de preservativos
externos e internos.

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