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Nome: Lucas de Farias Gomes


Sede: Benfica
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Sumário

Pesquisa qualitativa e quantitativa................................................................ 03

Princípios metodológicos básicos em pesquisa ........................................... 05

Relato de caso .............................................................................................. 09

Ensaio clínico ............................................................................................... 11

Estudo epidemiológico ................................................................................. 14

Pesquisa laboratorial .................................................................................... 16

Bioética na pesquisa ..................................................................................... 18

Referências ................................................................................................... 21
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PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA:

Pesquisa quantitativa
 Quantificação, análise e interpretação dos dados e resultados da pesquisa
ocorre por meio de estatística;
 Objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo;
 Informação numérica resultante se apresentará em forma de quadros,
tabelas e medidas;
 Ausência de detalhes nos aspectos e enfoques;
 Maior controle e precisão.

Características:
1. Ideia e formulação do problema;
2. Revisão da literatura e desenvolvimento do marco teórico;
3. Visualização do alcance do estudo;
4. Elaboração de hipóteses e definição de variáveis;
5. Desenvolvimento do desenho de pesquisa;
6. Definição e seleção da amostra;
7. Coleta de dados;
8. Análise de dados;
9. Elaboração do relatório de resultados.

Pesquisa qualitativa
 Descritiva;
 Investigação voltada para as características qualitativas do fenômeno
estudado;
 Considera a parte subjetiva do problema;
 Coleta de dados rápida, no entanto, análise demorada e complexa.

Características:
1. Ambiente nativo é a fonte de obtenção de dados;
2. Pesquisador é considerado instrumento principal de coleta de dados;
3. A pesquisa usa processos de detalhamentos da realidade observada e
busca o sentido das situações e seus impactos para o grupo
pesquisado.

Questões:
1. Cite 3 tipos de pesquisa quantitativa.
4

Pesquisa experimental, pesquisa correlacional e investigação através de


_______________________________________________________________
pesquisas.
_______________________________________________________________

2. Cite 2 tipos de pesquisa qualitativa e um exemplo de cada.


A pesquisa documental e o estudo de caso. Exemplos dessa pesquisa
_______________________________________________________________
são entrevistas, diários, questionários abertos.
_______________________________________________________________

3. De acordo com os aspectos das pesquisas quantitativa e qualitativa,


analise as assertivas a seguir e marque o item verdadeiro.
I. A pesquisa laboratorial é um tipo de pesquisa quantitativa e não pode

·
ser realizada em humanos.
II. Técnicas estatísticas, como média, desvio-padrão e percentual, são
usadas na pesquisa qualitativa.
III. O estudo de caso é um tipo de pesquisa qualitativa, e tem como uma
vantagem o baixo custo.
IV. A pesquisa qualitativa analisa e interpreta questões mais profundas,
descrevendo a complexidade do comportamento humano. -
V. As pesquisas do tipo documental, epidemiológica e etnográfica fazem
parte dos estudos qualitativos.
Marque o item
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I e III.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.
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PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS BÁSICOS EM PESQUISA

A metodologia de pesquisa é dividida em validade interna e externa


Validade interna: Resultados válidos para uma população específica
Validade externa: Resultados dessa pesquisa podem ser aplicados a outros
grupos.
Durante uma pesquisa devo fugir dos erros “viés” pois compromete o resultado
final dessa pesquisa.
TIPOS DE VIÉS
Viés do observador (pesquisador)
 Distorção (consciente ou inconsciente) na percepção ou no relato feito
pelo observador.
 Pesquisa tendenciosa

Viés do instrumento
 Defeito de um instrumento mecânico
 Falta de calibração do instrumento mecânico provocando leituras
errôneas

Viés do sujeito
 Possibilidade do sujeito avaliado a apresentar dada característica
tendenciosa

Viés metodológico
 Padronização dos métodos de uma pesquisa

PRINCÍPIOS BÁSICOS EM PESQUISA

Concordância inter-examinador – A equipe deve funcionar de modo a


examinar sempre a partir de um mesmo critério, concordando, o máximo
possível em seus diagnósticos. Deve examinar um mesmo grupo de indivíduos
e os resultados devem ser comparados entre si. E seu principal objetivo é
verificar quais examinadores estão diferindo de forma mais significativa,
reduzindo a variabilidade entre eles.
Concordância intra-examinador - Busca aferir o quanto o examinador
concorda com ele mesmo em diferentes momentos ao longo do tempo.
Índice Kappa - Proposto por Jacob Cohen em 1060. Trata-se de um método
estatístico para avaliar o nível de concordância ou reprodutibilidade entre dois
conjuntos de dados.
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O coeficiente de concordância de Kappa, sugerido por Cohen em 1960, é


calculado utilizando a fórmula abaixo

RANDOMIZAÇÃO

Processo que sorteia aleatoriamente em que grupo de tratamento cada sujeito


de pesquisa irá atuar. A randomização reduz as fontes de viés em comparação
aos estudos não randomizados.

Randomização simples

 Alocação em grupos através de sorteio simples

Randomização em blocos

 Sequência aleatória de blocos de participantes em vez de participantes


individuais. Os blocos têm um tamanho pré-determinado. Exemplo,
blocos de quatro pacientes para dois tratamentos (A e B), ocorrendo seis
formas diferentes de alocação: (AABB), (BBAA), (ABAB), (BABA),
(ABBA) ou (BAAB).

Randomização estratificada

 Na randomização simples, ou em blocos, não há garantias de que


características como, gênero e idade sejam bem distribuídos. Para evitar
essa situação, utiliza-se a randomização estratificada, que visa equilibrar
as características mais importantes entre os grupos, garantindo a
homogeneidade destas. O objetivo da randomização é manter os grupos
semelhantes o máximo possível.

CEGAMENTO (MASCARAMENTO)

No cegamento, os envolvidos não conhecem em que grupo foi realizada a


intervenção. Detalhes da pesquisa ficam no anonimato de maneira a evitar
tendências. Pode-se classificar o cegamento nos estudos em mono-cego,
duplo-cego e triplo-cego.

Mono-cego

 Paciente ou avaliador não conhecem em que grupo está.


Duplo-Cego
 Paciente e avaliador não conhecem em que grupo está.
Triplo-Cego
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 Paciente, avaliador e estatístico não conhecem em que grupo está


Não Cego
 Ausência de ocultação de uma intervenção

ESTUDOS CONTROLADOS

Grupo experimental - Grupo de sujeitos designados ao tratamento em teste


Grupo controle - Serve como base de comparação para o grupo que recebe o
tratamento em teste
Questões:

1- Marque com V(verdadeiro) ou F(falso) sobre os riscos de não utilizar


a estratégia de mascaramento/cegamento em ensaios clínicos.

(V) Este procedimento objetiva neutralizar a influência que os participantes


podem ter em decorrência das expectativas sobre eficácia e tolerabilidade
do tratamento utilizado, e não tem qualquer influência sobre a atuação da
equipe de pesquisa.

( V) Com o cegamento (ou mascaramento) objetiva-se minimizar o erro de


informação e consequentemente o viés de informação.

( F) O conhecimento do grupo de tratamento ao qual os indivíduos


pertencem não interferem no processo de coleta de dados.

(V) É importante que um membro designado da equipe tenha acesso ao real


uso de intervenção de cada participante para decisões relacionadas a
segurança dos participantes.

(F) Detalhes da pesquisa fica no anonimato para evitar tendências.


2- O principal objetivo da randomização em um ensaio clínico
randomizado é:

a. Facilitar o duplo cegamento (mascaramento) do estudo.


b. Fazer com que os grupos em estudo sejam comparáveis nas características
iniciais, e com isso minimizar a confusão na atribuição de efeitos.
c. Ajudar a assegurar que os sujeitos do estudo sejam representativos da
população geral.
d. Reduzir o viés de seleção, ocultando informações sobre o estudo.

3- O objetivo de um estudo duplo-cego é:

a. Proporcionar comparabilidade aos pacientes tratados e não tratados de um


estudo.
b. Reduzir efeitos na variação de amostragem
c. Evitar o viés do observador e do participante em uma pesquisa
d. Evitar o viés do observador e da variação de amostragem
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e. Evitar o viés do participante e da variação da amostragem

4. Ao realizar um estudo para verificar o efeito de uma substância, um


pesquisador utilizou dois grupos: 3 animais receberam o
tratamento com a substância a ser testada (grupo experimental)
enquanto outros 3 animais não receberam nenhuma substância
(grupo controle). Sobre grupo controle e grupo experimental, é
correto afirmar que

a. O grupo controle é essencial, pois serve como base de comparação para


o grupo que recebe o tratamento em teste.
b. O grupo controle não é necessário, pois o interesse era apenas no teste
da substância experimental
c. O experimento não foi eficaz porque o grupo controle deveria ter recebido
uma dose menor da mesma substância.
d. O experimento não foi eficaz, pois os números de animais deveriam ser
diferentes em cada grupo.
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RELATO DE CASO

 É um tipo de pesquisa qualitativa, que descreve detalhadamente os


indivíduos ou grupos estudados;
 As técnicas fundamentais de coleta de dados são: a observação, a
entrevista e a história de vida;
 É um estudo limitado, que se restringe ao caso estudado, não podendo ser
generalizado;
 Não há esquema estrutural, ou seja, não se organiza um esquema de
problemas, hipóteses e variáveis com antecipação;
 Reúne grande número de informações detalhadas.

Características fundamentais:
 Visar à descoberta;
 Enfatizar a interpretação do contexto;
 Retratar a realidade de forma ampla;
 Valer-se de fontes diversas de informações;
 Permitir substituições;
 Representar diferentes pontos de vista em dada situação;
 Usar linguagem simples.

Etapas do delineamento:
1. Formulação do problema de pesquisa;
2. Definição das unidades-caso;
3. Seleção dos casos;
4. Determinação das técnicas de coleta de dados;
5. Elaboração do protocolo de pesquisa (relação de decisões tomadas ao
longo da pesquisa; esclarecimento dos procedimentos adotados na coleta
de dados; em geral, os protocolos são compostos de: identificação do
projeto, responsável, entidade patrocinadora, período de realização, local
da pesquisa; introdução com especificação da relevância teórica e prática
do estudo e identificação dos beneficiários da investigação; definição das
pessoas que serão objeto da pesquisa, bem como das estratégias a serem
utilizadas para a obtenção de informações; questões necessárias à coleta
de dados; previsão de análise dos dados);
6. Coleta de dados (entrevistas, observação, documentos);
7. Análise e interpretação dos dados;
8. Redação do relatório de pesquisa.

Quando o relato de caso pode ser útil?

Relatar resultados inesperados; associação rara entre as doenças; efeitos


colaterais pouco comuns; interação medicamentosa incomuns ou um evento
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inesperado durante o tratamento. Além disso, alguns aspectos éticos devem


ser respeitados como: permissão do uso de imagem do paciente, aprovação
em comitê de ética, impessoalidade e importância do não reconhecimento do
paciente, siglas no nome, fotos recortadas, uso de tarjas.

Questões:
1. Cite 2 características do relato de caso.
É um estudo limitado, que se restringe ao caso estudado, não podendo ser
_______________________________________________________________
generalizado,não há esquema estrutural, ou seja, não se organiza um
_______________________________________________________________
esquema de problemas, hipóteses e variáveis com antecipação.

2. De acordo com os aspectos do relato de caso, analise as assertivas a


seguir e marque o item verdadeiro.
I. O relato de caso é um tipo de pesquisa qualitativa.
II. Tem como objetivo apreender determinada situação e descrever
complexidade de um caso.
III. Possui abordagem metodológica de estudo de condições raras ou de
difícil investigação.
Marque o item.
a) I, apenas.
b) II, apenas
c) I e II.
d) I, II e III.
e) II e III.

3. Qual a importância de um relato de caso clínico?


Pode ser importante em relatar doenças raras, efeitos colaterais
_____________________________________________________________
pouco comuns, interação medicamentosa, etc.
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
4. Qual a importância dos aspectos éticos em um estudo?
Permissão do uso da imagem do paciente, aprovação no comitê de
_____________________________________________________________
ética, importância do reconhecimento do paciente, etc.
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
- _____________________________________________________________
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ENSAIO CLÍNICO

 Um tipo de estudo que vai estudar um tratamento, seja ele farmacológico ou


cirúrgico, por exemplo, analisando sua eficácia;
 Maior evidencia científica;
 Estudo experimental randomizado, em seres humanos, que visa o
conhecimento do efeito de intervenções em saúde.

Características:

 Pesquisador deixa de ser apenas um observador;


 Intervencionista;
 Avaliaeficácia de um tratamento.

Erros sistemáticos - causas metodológicas:


 Viés do observador;
 Viés do instrumento;
 Viés do sujeito.
 Estratégias para melhorar (acurácia): padronização; treinamento;
otimização, automatizados e calibração dos instrumentos;
cegamento/randomização; índice kappa; concordância.

Ensaio clínico randomizado:


1. Definição do objetivo;
2. Seleção dos participantes;
3. Medição de variáveis;
4. Definição de tratamento (dosagem, frequência, duração do tratamento,
efeitos colaterais, tratamento auxiliar, distribuição da droga, comparação de
políticas de tratamento);
5. Randomização;
6. Cegamento;
7. Acompanhamento de aderência ao protocolo;
8. Medição do desfecho;
9. Análise dos resultados.
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Randomização:

 Define como o processo se torna aleatório. Pode-se fazer um sorteio para


escolha dos participantes de cada grupo;
 O processo possui os elementos de uma amostra com as mesmas
possibilidades, ou seja, os dois grupos vão ser analisados da mesma forma;
 Garante que todos os participantes tenham a mesma oportunidade de
serem selecionados;
 Busca garantir que os elementos dos grupos apresentem o mesmo nível em
relação aos fatores de risco;
 Tanto a randomização quando o cegamento protege o ensaio de diferentes
resultados de aspectos associados ao tratamento, mas que não fazem parte
da intervenção.

Cegamento

 Não cego: Ensaio em que pesquisador e integrantes da pesquisam sabem a


que grupo pertence cada indivíduo;
 Unicego: investigador sabe a que grupo pertence o participante;
 Duplo-cego: pesquisador e participantes submetidos ao tratamento não
sabem a que grupos pertencem;
 Triplo-cego: pesquisador, participante e estatístico não sabem a alocação
dos participantes.

Questões:
1. Cite 3 desvantagens do estudo ensaio clínico.
Viés do observador, viés do instrumentador, viés do sujeito.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2. Diferencie viés do observador, do instrumento e do sujeito.


Viés do observador, ocorre quando as ações de um investigador afetam
_______________________________________________________________
os resultados de um estudo, viés do instrumentador precisa permanecer
_______________________________________________________________
atento aos detalhes e o viés do sujeito é a concordância.
_______________________________________________________________

3. De acordo com os aspectos do ensaio clínico, analise as assertivas a


seguir.
I. A randomização torna o processo aleatório e garante que todos os
participantes tenham a mesma oportunidade.
II. O cegamento do tipo não-cego é aquele que apenas o investigador
sabe a alocação dos participantes.
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III. Os ensaios clínicos estão no topo da pirâmide do nível de evidencia


científica.
a) I, apenas.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) III, apenas.
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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

Tem por objetivo Descrever as condições de saúde de uma determinada


população, sendo possível desenvolver estratégias preventivas que reduzam
ou eliminem a exposição aos fatores de risco.
Estudos descritivos: tem por objetivo descrever uma determinada situação;
analisando, classificando e interpretando de acordo com o estudo e sua
principal característica é a ausência de um grupo de comparação.
Estudos analíticos: tem por objetivo examinar a existência de associação entre
uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde.
Relato de caso: Descrição detalhada de um ou alguns casos clínicos,
geralmente de um evento clínico raro ou uma nova intervenção.
- Possuem algumas limitações podendo levar a conclusões
equivocadas, pois frequentemente avaliam acontecimentos passados,
não possuem grupos de comparação.

Série de caso: é um estudo com maior número de participantes.


Características entre indivíduos de um grupo com uma doença ou
exposição durante um período de tempo. Os dados são coletados
retrospectivamente ou prospectivamente. Não possuem grupo controle.

Ecológico: Os estudos ecológicos procuram avaliar como os contextos


social e ambiental podem afetar a saúde de grupos populacionais.
examinar associações entre exposição e doença/condição relacionada
na coletividade.

Transversal: é um tipo de estudo onde a relação exposição-doença em


uma população é investigada em um momento particular, fornecendo um
retrato da situação naquele momento.

Caso-controle: Estudo retrospectivo, os dados são coletados a partir de


informações do passado, através da análise de registros, entrevistas e
assim por diante. O objetivo desse estudo é identificar a freqüência
(prevalência) com que ocorrem as exposições nos diferentes grupos
(casos e controles).

Coorte: indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o


status de exposição (expostos e não expostos), sendo seguidos para
avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo.

Ensaio clinico randomizado: Participantes são alocados de forma


randomizada (aleatória) para receber as intervenções.
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Ensaio de campo: Semelhante ao ensaio clínico, mas a população


estudada não são pacientes e sim pessoas saudáveis que estão sob
risco.

Ensaio comunitário: Intervenção em comunidade e não em indivíduo.


Vai buscar a modificação dos fatores de risco numa população.

Questões

Quais as diferenças de um estudo experimental para um estudo


observacional?
No observacional, recolhemos medidas ou respostas a inquéritos de uma
_______________________________________________________________
amostra de uma população sem os afetar e a experimental se dividem os
_______________________________________________________________
elementos da amostra em dois grupos adequando um tratamento a um
_______________________________________________________________
grupo e o outro não.
_______________________________________________________________

Um pesquisador observou as taxas de prevalência de câncer mamário,


buscando informações do passado dessas mulheres para a conclusão de
um caso. O ESTUDO É:

( ) Coorte; pois observar a ocorrência de câncer entre as mulheres que


possuem risco.

( ) Caso controle; pois busca observar a prevalência em que ocorrer o câncer


de mama.

(X) Ecológico, pois fazem análise de grupos populacionais.

( ) Estudo de caso, pois compara um grupo de mulheres acometidas pela


doença.

Comente alguns fatores que influenciam a prevalência de uma


determinada doença.
Podem ser fatores genéticos, adquiridos ao longo do tempo.

_______________________________________________________________

Dois grupos semelhantes são formados, o 1° grupo é classificado como,


indivíduos saudáveis e o 2° grupo é classificado como, indivíduos com a
doença, esse estudo tem por objetivo buscar os possíveis fatores de
risco associados ao surgimento da doença. Estou falando de qual tipo de
estudo?

Série de casos.
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PESQUISA LABORATORIAL

 Ocorre em situações controladas por isso denominada como laboratorial;


 Busca diminuir as margens de erros;
 Necessita de um ambiente possível de ser controlado;
 Geralmente será um laboratório fechado, entretanto, há a possibilidade de
que o projeto seja conduzido em locais abertos ou artificiais. Nestes casos,
as pessoas responsáveis pela pesquisa devem comandar, ou controlar, o
perímetro em que se é observada a experiência.

Características gerais em laboratórios:

 Mais rápido;
 Replicam situações clínicas;
 Controle rigoroso.

Vantagens:
 Elimina a subjetividade dos achados e proporciona melhor comparação de
estudos;
 Ensaios controlados (redução de viés);
 Útil quando há restrições no uso de seres humanos.

Desvantagem:
Limitação da extrapolação de resultados laboratoriais para seres humanos.

Estudos laboratoriais:
In vitro:

 "Experimentos em tubo de ensaio";


 Conduzido com organismos vivos em seu estado normal e intacto,
enquanto os estudos ex vivo são conduzidos em órgãos funcionais que
foram removidos do organismo intacto.
In vivo:
 Experimentação usando um organismo vivo inteiro;
 Testes em animais e ensaios clínicos são duas formas de pesquisa in
vivo;
 Observa-se os efeitos gerais de um experimento em um sujeito vivo.
Ex vivo:
 Ocorre fora de um organismo;
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 Refere-se à experimentação ou medições feitas no tecido em um


ambiente artificial fora do organismo com a mínima alteração das
condições naturais.

Princípios básicos em pesquisa:


1. Grupo controle:
 Controle positivo – espera-se os melhores resultados;
 Controle negativo – espera-se resultados inferiores.
2. Cegamento.
3. Randomização.

Princípio dos 3Rs:


Tem como premissa uma pesquisa humanitária para os animais.
Replace (substituição):

 Métodos que evitam ou substituem o uso de animais;


 Uso de pesquisa bibliográfica visando a compilação de resultados pré-
estabelecidos;
 Uso de modelos matemáticos e computador (in silico);
 Uso de técnicas físico-quimicas;
 Uso de técnicas in vitro.
Reduce:
 Métodos que minimizem o número de animais utilizados por experiência
ou estudo;
 Utilização de tecnologias, tais como imagens, para permitir estudos
longitudinais nos mesmos animais.
Refine:

 Métodos que minimizem a dor, sofrimento, angústia ou dano duradouro


que pode ser experimentado pelos animais;
 Exemplos de refinamento incluem uso de anestésicos e analgésicos
adequados, evitando o stress, treino dos animais para cooperar com os
procedimentos, como coleta de sangue, e fornecer animais com
microambiente adequado que permite a expressão de comportamentos
específicos da espécie, tais como nidificação de ratos.

Questões:
1.Conforme o princípio dos 3Rs, correlacione a seguir e marque o item
correto.
1. Replace
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2. Reduce
3. Refine

(1 ) Métodos que minimizem o número de animais utilizados por experiência ou


estudo
( 3) Métodos que minimizem a dor, sofrimento, angústia ou dano duradouro que
pode ser experimentado pelos animais
( 2) Métodos que evitam ou substituem o uso de animais

a) 1, 2, 3
b) 1, 3, 2
c) 2, 3, 1
d) 2, 1, 3
e) 3, 2, 1

2. Cite 2 vantagens dos ensaios laboratoriais.


Útil quando há restrições no uso de seres humanos, ensaios controlados
_______________________________________________________________
(redução de viés).
_______________________________________________________________

3. De acordo com os ensaios laboratoriais, analise as assertivas a seguir.


I. São pesquisas que ocorrem em situações controladas.
II. São características dos ensaios realizados em laboratórios: maior
rapidez, replicar situações clínicas e controle rigoroso.
III. Uma desvantagem das pesquisas laboratoriais é a imitação da
extrapolação de resultados laboratoriais para seres humanos.
IV. Cegamento unicego é aquele que o pesquisador e participantes
submetidos ao tratamento não sabem a que grupos pertencem.
V. A randomização garante que todos os participantes tenham a mesma
oportunidade de serem selecionados.
Marque o item
a) I e II.
b) I, III, IV e V
c) I, II, III e V
d) II e III
e) II, IV e V
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BIOÉTICA NA PESQUISA

Importância da bioética
 Facilitar que os procedimentos estejam de acordo com os valores éticos e
morais mais cultivados em cada sociedade. A Aplicação da bioética na saúde
tem por objetivo garantir que os pacientes recebam o tratamento mais
adequado a sua situação, sem que o tratamento escolhido viole seus princípios
pessoais.
Princípio da Beneficência
 O princípio da beneficência determina que os tratamentos médicos devam
ser aplicados considerando o máximo de benefício com a menor quantidade de
prejuízos.
Princípio da não maleficência
 Abdicar de causar qualquer dano intencional ao paciente
Princípio da autonomia
 Trata-se do respeito à autonomia do indivíduo, pois ELE é o responsável por
si, e é ele que decide se quer ser tratado ou se quer participar de um estudo
científico.
Princípio da justiça
 O princípio da justiça determina que o acesso ao atendimento médico e aos
tratamentos de saúde deve acontecer de forma justa, observando-se as
necessidades dos pacientes.

Questões
1- Assinale a alternativa que apresenta os princípios fundamentalistas
da Bioética

( ) Equidade, universalidade e integralidade.


( ) Integralidade, justiça, autonomia, não maleficência.
( ) Universalidade, justiça, autonomia e não maleficência.
(X) Justiça, autonomia, beneficência e não maleficência.
( ) Justiça, integralidade, beneficência e não maleficência
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2- O princípio bioético que se aproxima da equidade é o de:

( ) autonomia
( ) justiça

.
( ) beneficência
( ) não maleficência
( ) dignidade humana
3- Observe o relato abaixo e responda:

Um Jovem de 40 anos de idade necessita passar por uma cirurgia e


para autorizar o procedimento, o paciente assina um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Esse consentimento obedece qual
princípio da Bioética:
( ) Equidade
( ) Autonomia
( ) Justiça
( ) Beneficência
( ) Não deve interferir na rotina dos serviços de assistência à saúde

4- Qual o princípio que busca a maximização do benefício?

( ) Autonomia
(X) Não maleficência
( ) Beneficência
( ) Justiça
( ) Igualdade
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REFERÊNCIAS:

1. GRAZZIA, Antônio Roberto; GIACON, Fabiana Peixoto; FONTES, Ketilin


Modesto. Metodologia Cientifica e Gestão Projetos. São Paulo: Editora
Érica, 2017.
2. LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da Silva. Metodologia científica. Porto
Alegre: SAGAH, 2018.
3. MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS Eva Maria, MEDEIROS João
Bosco. Metodologia Científica. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2022.

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