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AUDITORIA DE GESTÃO

Gestão: Compreende todas as atividades de uma organização que garantem o


cumprimento das metas e objetivos a partir do desenho estratégico
desenvolvido com a participação da direção e demais trabalhadores, inclui a
avaliação oportuna e sistemática de seu desempenho operativo em função das
estratégias previstas.
Controle de Gestão: Atividade gerencial que se desenvolve dentro das
organizações dirigida a assegurar o cumprimento de sua missão e objetivos; de
seus planos, programas e metas; das disposições normativas que regulam seu
desempenho; e de que a gestão seja eficaz e ajustada a parâmetros de
qualidade.
Auditoria de Gestão: Exame e avaliação que se realiza a uma entidade para
estabelecer o grau de economia, eficiência e eficácia no planejamento, controle
e uso dos recursos e comprovar a observação das disposições pertinentes,
com o objetivo de verificar a utilização mais racional dos recursos e melhorar
as atividades e matérias examinadas.
TABELA COMPARATIVA AUDITORIA FINANCEIRA E DE GESTÃO
ASPECTO AUDITORIA AUDITORIA DE
FINANCEIRA GESTÃO
Estados Financeiros São um fim São um meio
Objetivos Emitir uma opinião a Ajudar à administração a
respeito da aumentar sua economia,
razonabilidade dos sua eficiência e sua
Estados financeiros Eficácia
Insumos Emprega os estados Emprega os planos
financeiros, princípios de estratégicos, os
contabilidade geralmente orçamentos.
aceitos
O controlo interno Está orientado a obter Avalia o controle interno
estados financeiros em forma integral,
confiáveis e no marco relacionado com o
legal cumprimento de metas e
objetivos
As perssoas que a Participam Participa uma equipe
realizam são fundamentalmente multidisciplinario
profissionais da área integrado por
econômica profissionais das
especialidades afins à
atividade que se audita.
As recomendações se As recomendações se As recomendações se
orientam a orientam a melhoras no orientam a erradicar as
sistema contável causas das separações e
ao lucro das metas e os
objetivos da organização
Objectivos da auditoria de gestão.
• Avaliar a economia, a eficiência e a eficácia das entidades.
• Avaliar o cumprimento das políticas governamentais.
• Avaliar o cumprimento de metas e resultados assinalados nos programas,
projetos ou operações dos organismos sujeitos a controle.
• Analisar o custo da atividade e o correto uso dado aos recursos passados.

Términos de medição: critérios que permitem a avaliação qualitativa


equantitativa da gestão em qualquer organização.

Economia na atribuição dos recursos: ótimo aprovisionamento das entidades,


com os recursos disponíveis, de insumos que constituem o estritamente
necessário para maximizar os resultados.

Eficácia nos resultados: a capacidade de produzir resultados, obter propósitos


ou realizar objetivos, cumprindo com padrões predeterminados de quantidade,
qualidade, de tempo, de custo e de serviço. é a relação entre os serviços ou
produtos gerados e os objetivos e metas programados.

Eficiência nos processos: Relação entre as quantidades ou valor dos produtos


de um processo às quantidades ou valor dos insumos do mesmo. relaciona-se
com um padrão ou estado ideal do processo, também expresso pelas relações
producto/insumo. Em geral, é-se eficiente quando se obtêm os resultados
previstos na melhor forma possível.

Se resumirám os términos de medição da forma seguinte:

economia na atribuição dos recursos = insumos corretos ao menor custo


eficiência nos processos = insumos que produzem os melhores resultados
eficácia nos resultados = resultados que brindam os efeitos desejados

Preço do descumprimento: Sumatoria dos efeitos produzidos pelos descumprimentos,


prácticas antieconômicas, ineficiências, ineficácias, prejuízos econômicos, danos
materiais, financeiros e humanos que se detectam na entidade e repercutem na
sociedade e o Estado. Constitui uma expressão sintética dos resultados da auditoria de
gestão.
Exemplos:
a) Ganhos deixados de receber por descumprimentos dos objetivos previstos;
b) Ofertas de preço por afetações dos parâmetros de qualidade;
c) Pagamentos de salários sem respaldo na produção ou serviços;
d) Excesso nos consumos por não aplicação de normas ou outros parâmetros de
medição; e
e) Ajuste por excesso por faltantes, diminuições ou deteriorações.

Elementos da auditoria de gestão: Critérios gerais que deve verificar


e comprovar o auditor de gestão.

OBJETIVOS: São os fins ou propósitos gerais que as organizações


pretendem alcançar.

METAS: Fins ou propósitos específicos a alcançar; em geral, suportam a


quantificação dos resultados esperados em um lapso determinado. As
metas devem estar sempre orientadas à materialização da missão e dos
objetivos da organização.

FORNECEDORES: Sujeitos externos à organização, que subministram os insumos


requeridos para a produção de bens ou serviços.

INSUMOS: Conjunto de recursos, materiais e informação, dos quais deve dispor e


requerer a organização para iniciar seu processo produtivo. Os insumos devem cumprir
com as especificações definidas pela organização, para garantir o adequado
funcionamento dos processos e a qualidade do produto final. Estes devem ser
mensuráveis em forma quantitativa e qualitativa.

PROCESSOS: Série de passos, atividades ou tarefas com uma seqüência lógica, para
adicionar valor aos insumos, a fim de transformá-los no produto desejado na
quantidade e qualidade requeridas, com a infra-estrutura, pessoal e tecnologia que
utiliza a organização, quer dizer, sua capacidade instalada. Os processos deverão ser
analisados globalmente quando se tratar de uma organização, para conhecer os
diferentes processos produtivos e de apoio. Ao referir-se aos processos específicos
relativos a programas, projetos e operações, estes deverão alcançar um nível de
desagregação tal, que permita ver as atividades e tarefas executadas e identificar os
responsáveis a nível gerencial e operativo.

PRODUTOS: Bens ou serviços que resultam de utilizar os insumos e de lhe adicionar valor mediante
os processos. Os produtos deverão cumprir com as especificações e custos
estipulados, com as metas riscadas em relação com os objetivos expostos, e satisfazer
aos setores da população aos quais vão dirigidos. Em ocasiões os resultados da
unidade são produtos parciais ou intermédios, que incidem nos bens ou serviços finais
que produz a organização.

EFEITOS: Grau ou nível de repercussão, a curto prazo, originado pelos produtos no


usuário imediato.

IMPACTO: Nível de repercussão a médio ou comprido agrado originado pelos produtos


no entorno econômico, social e ambiental.
USUARIOS/CLIENTES: pessoas ou sujeitos a quem vai dirigido o produto final do processo
realizado.

ENTORNO: ambiente ou comunidade afetada pelo produto gerado pela organização.

ACHADO DE AUDITORIA.
O término ACHADO se emprega em um sentido crítico e se refere a qualquer situação
deficiente e relevante que se determine por meio da aplicação dos procedimentos de
auditoria em áreas consideradas como críticas e portanto examinadas e que além
disso seja estruturada de acordo com determinados atributos e que seja de interesse
para a organização auditada.
Os ATRIBUTOS DO ACHADO DO AUDITORIA DO GESTION são:

A Condição: é a Operação, actividade ou transação tal como se desenvolve. A


condição reflete o grau em que os critérios ou padrões estão sendo obtidos ou
aplicados; constitui a situação encontrada pelo auditor com respeito a uma operação,
actividade ou transação.

O Critério: é o padrão com o qual o auditor mede a condição. São as metas que a
entidade fiscalizada está tratando de obter ou os padrões relacionados com seu lucro.
Constituem as unidades de medida que permitem a avaliação da condição.

A Causa: é a razão ou razões fundamentais pelas quais se apresentou a condição, ou


é o motivo pelo que não se cumpriu o critério ou o padrão. As recomendações que
se formulem como resultado do estudo, devem estar directamente relacionadas com
as causas que se identificaram.

O Efeito: é o resultado ou conseqüência real ou potencial que resulta da comparação


entre a condição e o critério que deveu ser aplicado. Sejam estes reais ou potenciais,
devem definir-se no possível em términos quantitativos, como moeda, tempo,
unidades de produção ou números de transações.

A Evidência da auditoria de gestão se define como qualquer Informação ou feitos


que utiliza o auditor de gestão para comprovar se as actividades que se estão
auditando, apresentam-se ou não de acordo com os padrões ou critérios
estabelecidos, ou também como quão feitos obtém durante seu trabalho de campo
para documentar e justificar suas observações e conclusões.

Ao planejar a auditoria, o auditor deve identificar a natureza, as fontes e a


disponibilidade provável da evidência requerida. antes de empreender a coleta da
evidência é importante deter-se e pensar no seguinte:
1. que classe de evidência deve ser recolhimento;
2. se esta forma de evidência será a mais útil;
3. como apoiará ou refutará as conclusões iniciais nos temas sob exame; e
4. como pode esta evidência se pode traduzir a feitos para o relatório final.
Os tipos de Evidência são:

 A evidência física se obtém mediante inspeção e observação direta das atividades,


bens ou sucessos; esta evidência pode apresentar-se em forma de documentos,
fotografias, gráficos, quadros, mapas ou amostras materiais. Quando a evidência
física é decisiva para obter os objetivos da ação de controle, deve ser confirmada
adequada e oportunamente pelos auditores governamentais.

 A evidência documentário é de caráter física ou eletrônica. Podem ser externas ou


internas ao sujeito da ação de controle. As evidências externas abrangem, entre
outras, cartas, faturas de fornecedores, contratos, auditorias externas e outros
informe ou dictámenes e confirmações de terceiros. As evidências internas têm sua
origem no sujeito da ação de controle, inclui, entre outros, registros contáveis,
correspondências enviadas, descrições de postos de trabalho, planos, presupostos,
relatórios internos, políticas e procedimentos internos. A confiabilidade das evidências
documentários tem que valorar-se em relação com os objetivos da ação de controle.

 A evidência testimonial se obtém de outras pessoas em forma de declarações feitas


no curso de investigações ou entrevistas. Estas manifestações podem proporcionar
importantes indícios que não sempre cabe obter através de outras formas de trabalho
nas ações de controle. requer-se a confirmação se forem utilizar-se como prova, por
meio da:
a) Confirmação por escrito do entrevistado.
b) A análise de múltiplos fontes independentes que revelem ou expliquem os fatos
analisados.
c) Comprovação posterior nos documentos.

Ao valorá-la confiabilidade da evidência testimonial o Auditor Governamental precisa


ter em conta a credibilidade do entrevistado; quer dizer, o cargo, os conhecimentos,
a experiência e a franqueza da pessoa que se entrevista.

 A evidência analítica surge da análise e verificação dos dados. A análise pode realizar-
se sobre cálculos, indicadores de rendimento e tendências procedentes do sujeito da
acção de controle ou outras fontes que podem ser utilizadas. Também podem
efetuar-se comparações com normas obrigatórias ou níveis próprios do setor ao que
pertence o sujeito da acção de controle. A análise pode ser numérico, por exemplo,
tomando em consideração os indicadores entre produtos e recursos, ou a
percentagem do pressuposto que se gastou. Também pode ter caráter não numérico,
por exemplo, a análise qualitativa do tipo de queixa realizadas com respeito a um
sujeito da acção de controle.

 A evidência informática pode encontrar-se em dados, sistemas de aplicações,


instalações e suportes, tecnologias e pessoal informático utilizados nos
procedimentos do sujeito da ação de controle. Para determinar a confiabilidade da
evidência informática, o Auditor Governamental:
a) Pode efetuar uma revisão dos controles gerais dos sistemas automatizados e dos
relacionados especificamente com suas aplicações, que inclua todas as provas que
sejam permitidas.
b) Se não revisar os controles gerais e os relacionados com as aplicações ou comprova
que esses controles não são confiáveis, poderá praticar provas adicionais ou
empregar outros procedimentos.
As Técnicas de coleta de informação são procedimentos especiais utilizados pelos
auditores, para obter as evidências necessárias e suficientes que lhes permitam formar
um julgamento profissional e objetivo sobre a matéria examinada.

É muito importante na auditoria de gestão selecionar a técnica mais apropriada, para


examinar qualquer operação, atividade, área, programa, projeto ou transação da
entidade sob exame. Na auditoria de Gestão, podem-se utilizar as técnicas de general
aceitação em auditoria; ou seja:

Verbais: Consistem na obtenção de informação oral, mediante averiguações ou


indagações dentro ou fora da entidade, sobre possíveis pontos débeis na aplicação dos
procedimentos, práticas de controle interno ou outras situações que o auditor
considere relevantes para seu trabalho. A evidência que se obtenha através desta
técnica, deve documentar-se adequadamente, mediante papéis de trabalho preparados
pelo auditor, nos quais se descrevam as partes envoltas e os aspectos tratados.
As técnicas verbais podem ser:
 Entrevistas: é uma conversação que tem como finalidade a obtenção de
informação. Servem para averiguar de forma direta com o pessoal da entidade
auditada ou com terceiros, sobre atividades que guardem relação com as operações
desta.
 Pesquisa e questionários: é a aplicação de uma lista de perguntas,
relacionadas com as operações realizadas pelo ente auditado, para conhecer a verdade
dos fatos, situações ou operações.

 Atas de declaração dos auditados

Oculares: Consistem em verificar em forma direta e paralela, la maneira como os


responsáveis desenvolvem e documentam os processos ou procedimentos, mediante
os quais a entidade auditada executa as atividades objeto de controle. Esta técnica
permite ter uma visão da organização, do ângulo que o auditor necessita, ou seja, os
processos, as instalações físicas, os movimentos diários, a relação com o entorno, etc.
As técnicas oculares se classificam da forma seguinte:
 Observação: consiste na contemplação a simples vista, que realiza o auditor
durante a execução de uma atividade ou processo.
 Comparação ou confrontação: é quando se fixa a atenção nas operações
realizadas pela entidade auditada e nos esboços normativos, técnicos e práticos
estabelecidos, para descobrir suas relações e identificar suas diferenças e
semelhanças.
 Revisão seletiva: radica no exame de certas características importantes,
que deve cumprir uma atividade, informe ou documentos, selecionando-se assim parte
das operações, que serão avaliadas ou verificadas na execução da auditoria.

 Rastreamento: é o seguimento que se faz ao processo de uma operação,


com o objetivo de conhecer e avaliar sua execução.

Documentários: Consistem em obter informação escrita, para suportar as afirmações,


análise ou estudos realizados pelos auditores. Estas podem ser:
 Revisão Analítica: consiste na análise de índices, indicadores, tendências e a
investigação das flutuações, variações e relações que resultem inconsistentes ou se
desviem das operações prognosticadas.
 Comprovação: consiste em verificar a evidência que apóia ou sustenta
uma operação ou transação, com o fim de corroborar sua autoridade, legalidade,
integridade, propriedade, veracidade mediante o exame dos documentos que as
justificam.
 Classificação
 Pesquisa realizadas pela entidade auditada
 Atas de reuniões
 Comparação

Físicas: É o reconhecimento real sobre feitos ou situações dadas em tempo e espaço


determinados e se emprega como técnica a inspeção.
 Recontagem
 Comparação
 Inspeção
Escritas: Consiste em refletir nos Papéis de Trabalho informação importante para o
trabalho do auditor.
Esta técnica se aplica das formas seguintes:
 Análise: é identificar, estratificar ou classificar elementos constitutivos do
objeto de análise com o propósito de obter informação e chegar a conclusões que a
julgamento do auditor afetem a gestão da entidade auditada.
 Conciliação: é o cotejo de informação produzida por diferentes fontes sobre
um mesmo tema para estabelecer sua conformidade e veracidade.
 Confirmação: comunicação independente com terceiras partes para
determinar a exatidão e validez de uma cifra ou feito registrado.
 Cálculo: é a verificação da exatidão aritmética das operações, contidas nos
documentos.
 Tabulação: realiza-se mediante o agrupamento dos resultados
importantes, obtidos nas áreas e elementos analisados, para atracar ou sustentar as
conclusões.

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