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A participação política Embora haja uma variedade enorme de formas de participação política,
podemos classificá-las em três grupos, que também podem ser considerados como vias principais
de participação política presentes no mundo contemporâneo:
Comente a sua visão:
A) Eleitoral (também chamado de institucional): abrange todo tipo de atividade eleitoral e
partidária, conforme as regras eleitorais fixadas, e permite que os cidadãos se candidatem ou
elejam os representantes políticos que ocupam cargos governamentais. O canal eleitoral só é
efetivamente democrático quando a sociedade é pluralista e quando há oportunidade e igualdade
de recursos à disposição dos diferentes grupos e forças políticas.
B) Corporativo: pode ser entendido como a representação de interesses privados a partir da
interferência direta na burocracia estatal. A forma de participação política de tipo corporativo pode
ser entendida como uma instância intermediária de organização dos cidadãos a partir da
solidariedade classista (os sindicatos, associações profissionais, os lobbies empresariais e
profissionais), cujo objetivo é obter benefícios do sistema estatal.
C) Organizacional: são formas de participação que surgem no âmbito da sociedade civil a partir
de interesses compartilhados por um grupo social. A ação coletiva pode levar à formação de
movimentos em defesa de interesses específicos, abrangendo os movimentos sociais, as
associações cívicas e as organizações não governamentais (ONGs). A participação política de tipo
organizacional também recebe a denominação de Terceiro Setor, que compreende o espaço de
participação constituído por grupos que se formam a partir de uma situação de "déficit de
reconhecimento": o movimento dos sem-teto, dos sem-terra, dos gays, das mulheres, dos negros,
entre outros. Os movimentos sociais fazem parte da realidade política do Brasil; foram e são
fundamentais para ampliação dos direitos sociais e civis. O dilema do Terceiro Setor é
"democratizar a democracia".
D) A extensão do sufrágio universal foi um poderoso instrumento de integração e motivação para
que os cidadãos participassem da política. Ao lado dos partidos políticos elitistas surgem partidos
políticos populares. A participação política, dentro dos limites e padrões estipulados pelo sistema
político democrático representativo (ou democracia liberal), foi criticada pelos teóricos e
revolucionários socialistas, anarquistas e demais adeptos de ideologias de esquerda com base no
seguinte argumento: você integra politicamente os cidadãos pertencentes às classes sociais mais
baixas, mas limita a possibilidade de eles efetuarem transformações sociais pela via política, caso
conquistem o poder por via eleitoral - isso se faz estabelecendo leis, uma Constituição que fixa as
regras e normas e limita o poder político. A ação das oposições ocorre dentro dos limites do que é
estritamente permitido pelo sistema político em questão (constitucionalismo).