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E. E. E. F.

M EMANUEL SALGADO VIEIRA


Professor: Elizeu J da S Souza
Aluno (a):________________________________________
Série: 2º Turma: ________ Turno: ____________ Data: ____/____/_____
3ª ATIVIDADE AVALIATIVA DE SOCIOLOGIA.
A sociologia desde o seu surgimento no século XIX. Quando aparece como campo
científico do conhecimento para análise crítica das relações sociais e suas contradições, passou por
algumas interrupções drásticas, sobretudo no currículo escolar no Brasil. A primeira interrupção foi
pela Reforma Epitácio Pessoa em 1901, e só volta ao ensino médio por outra Reforma, a Rocha Vaz.
Outras reformas, no Estado Novo com a Reforma Capanema e período do regime militar dos anos 60
até o final dos anos 80 influenciaram descontinuidades da disciplina. Vale salientar que A LDB n.°
9.394/96 estabeleceu conteúdos de sociologia no Ensino Médio com finalidade de fomentar a
construção da cidadania dos educandos. Porém, somente a partir do parecer CNE Nº 38/2006 torna-
se obrigatório a implementação da sociologia em todo o Ensino Médio em âmbito nacional. Já no
governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, vetou integralmente projeto de lei
aprovado pela Câmara e pelo Senado que tornava obrigatórias aulas de filosofia e de sociologia no
ensino médio. Na época o Ministério da Educação justificou insanamente: "Assim, o projeto de
inclusão da filosofia e da sociologia como disciplinas obrigatórias no currículo do ensino médio
implicará ônus para os Estados, pressupondo a necessidade da criação de cargos para a contratação
de professores de tais disciplinas, com o agravante de que não há no país formação suficiente de tais
profissionais para atender à demanda". Sua interrupção no currículo só cessa em 2008. E mais
recentemente com a aprovação da Medida Provisória de Nº 746/2016 que trata da reforma do Ensino
Médio através de um processo que interrompe a dura conquista do ensino médio como educação
básica universal. É evidente a intencionalidade de ajustar a educação às demandas do mercado.
Sobretudo quando a grande maioria de jovens e adultos do ensino médio que frequentam a escola
pública é da classe trabalhadora. O estudo das Ciências Sociais no Ensino Médio brasileiro tem entre
seus objetivos inserir os estudantes nas principais questões conceituais e metodológicas da disciplina
de Sociologia, sendo sustentada num tripé de base: sociológica, antropológica e Política.
A relação didático-pedagógico no ensino é o que norteia o ensino-aprendizagem na educação
compreendendo todos os componentes curriculares. O conhecimento sociológico sistematizado, por
sua vez possibilita que entre indivíduo e sociedade, a partir das influências das ações humanas sobre
os processos sociais de aprendizagem, permita ao educando construir uma postura mais reflexiva e
crítica diante da realidade social em que está inserido. E assim, compreender melhor a dinâmica da
sociedade em que vive atuante e com postura política capaz de transformar sua realidade através do
exercício da cidadania.
Marque a alternativa correta.
A) Tem como objetivo a qualificação dos professores ativos das redes públicas de ensino estadual
para a análise das questões sociais, políticas e culturais contemporâneas?
B) Os conteúdos abordados durante o curso se mostraram apropriados para desenvolver a
formação sociológica, em especial aquelas atreladas nos atuais marcos legais para oferta do ensino
médio, substanciados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº. 9394/96), art. 35; e no
referencial do Curso de especialização em ensino de sociologia: nível médio: módulo 1, 2 e 3. -
Cuiabá, MT: Central de Texto, 2013. Dentre as áreas selecionadas destaca-se: Introdução ao AVA
Memória e Formação Docente Memória e Prática Docente História da Sociologia Cultura e identidade
Estrutura e mudanças sociais Participação política e cidadania Espaço escolar
C) Ensino de Sociologia: conteúdos e metodologias. Ente os bônus dessa formação contamos com
a qualificação do professor que ministra a disciplina de sociologia no ensino médio, atualizando sua
formação teórica e metodológica, além do estímulo à reflexão da prática pedagógica sobre as
perspectivas do ensino da sociologia no ensino médio; e, a atualização dos estudos sociológicos das
sociedades contemporâneas e em particular da sociedade brasileira, com ênfase na situação da
juventude e suas perspectivas.
D) Portanto, vale destacar a preocupação de elencar neste plano de ensino o que está previsto nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do ensino médio (2010), estão presentes importantes
competências básicas para o ensino da sociologia, entre elas: a investigação, descrição, identificação,
explicação e classificação de todos os fenômenos relacionados à vida em sociedade e que instigue
nos alunos a consciência de que os fenômenos sociais podem e devem ser investigados e
compreendidos através dos debates e problematizarão realizadas pela sociologia. O plano de ensino
está estruturado com base no eixo temático que enfatiza a cidadania, a democracia e participação
política no ensino da sociologia.
E) Em um recorte especifico é aplicado na turma de 1º do ano do ensino médio na Escola Estadual
Senador Jessé Pinto Freire em Parazinho/RN. No plano está presente a justificativa para a escolha do
eixo temático, metodologia, objetivos e detalhamento das unidades didáticas de ensino para cada
bimestre durante o ano letivo.

Na perspectiva de enfatizar a cidadania, a democracia. E participação política como eixo


estratégico no ensino da sociologia têm como objetivo compreender as diferentes manifestações
culturais e segmentos sociais, preservando como direito, a diversidade nas dimensões estética,
política e ética em função da superação de conflitos e debates de interesse da sociologia. A temática
em questão visa construir uma visão de identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da
cidadania e a visão crítica como elemento constituinte. Sobretudo, no ensino médio onde os novos
alunos que ingressarão nos bancos universitários, sejam dotados de força política e capacidade de
transformar a sociedade além de construir instrumentos para uma melhor compreensão do seu papel
social. Assim, a compreensão do ensino da sociologia no ensino médio é indispensável entendê-la
como um conhecimento que contribui para a formação cidadã, democrática e política do aluno.
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Sociologia as aulas serão no
sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e expor
ideias, bem como ouvir e respeitar as divergentes configurando um sujeito crítico. Igualmente, as
atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a sensibilização propriamente dita
(através de um problema, questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas
expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter sociológico que possam
dar margem à reflexão. Destaca-se como metodologia a apresentação pelos alunos com supervisão
do professor nos seminários temáticos, divididos em grupos com funções distintas para cada
apresentação temática: grupo de apresentação do tema; grupo de questionamento/problematização;
grupos de resposta; grupo de síntese escrita; grupo de observação/fechamento e grupo de
coordenação, em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão dos temas e problemas
investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, espera-se estar caminhando em direção
ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do ensino médio:
solidariedade, responsabilidade e compromisso social. Alguns referenciais bibliográficos foram
previamente selecionados para serem abordados durante as aulas. Diante de acontecimentos
recentes no Brasil como o processo de impeachment, o acirramento da luta de classes, da
interferência radical da mídia no processo de formação da opinião dos brasileiros algumas leituras se
fizeram necessárias para abordar a democracia, a participação cidadã e política em sala de aula.
Destacam-se entre eles: Escritos de Educação de Pierre de Bourdieu (2007); Pedagogia da
Autonomia de Paulo Freire (1996); BRASIL NUNCA MAIS. Um relato para a História. FOUCAULT,
Michel. “Não ao Sexo Rei”. In: Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979 e Tomazi,
Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi. — 2. ed. — São Paulo :
Saraiva, 2010.
É importante estudar o conceito de "participação política" mesmo sendo tão complexo, onde inclui
uma variedade muito grande de atividades e práticas que estão orientadas para a política. Por
definição simples participação política: "ação de indivíduos e grupos com a finalidade de influenciar o
processo político". O conteúdo desta unidade está estruturado em 8 aulas e tem como objetivo levar
ao conhecimento dos alunos as formas mais comuns de participação política que se organiza os
tópicos principais: a emergência da participação política moderna; direitos políticos e participação
política e as três vias (ou canais) de participação política. Além de buscar o entendimento das
hipóteses que ajudam a explicar as razões que inibem ou estimulam os cidadãos a participarem da
política da forma como o fazem.
Marque V para verdadeira e F para falsa.

conhecimento que contribui para a formação cidadã, democrática e política;


a
Sociologia;

de Estado presentes na história;

A participação política Embora haja uma variedade enorme de formas de participação política,
podemos classificá-las em três grupos, que também podem ser considerados como vias principais
de participação política presentes no mundo contemporâneo:
Comente a sua visão:
A) Eleitoral (também chamado de institucional): abrange todo tipo de atividade eleitoral e
partidária, conforme as regras eleitorais fixadas, e permite que os cidadãos se candidatem ou
elejam os representantes políticos que ocupam cargos governamentais. O canal eleitoral só é
efetivamente democrático quando a sociedade é pluralista e quando há oportunidade e igualdade
de recursos à disposição dos diferentes grupos e forças políticas.
B) Corporativo: pode ser entendido como a representação de interesses privados a partir da
interferência direta na burocracia estatal. A forma de participação política de tipo corporativo pode
ser entendida como uma instância intermediária de organização dos cidadãos a partir da
solidariedade classista (os sindicatos, associações profissionais, os lobbies empresariais e
profissionais), cujo objetivo é obter benefícios do sistema estatal.
C) Organizacional: são formas de participação que surgem no âmbito da sociedade civil a partir
de interesses compartilhados por um grupo social. A ação coletiva pode levar à formação de
movimentos em defesa de interesses específicos, abrangendo os movimentos sociais, as
associações cívicas e as organizações não governamentais (ONGs). A participação política de tipo
organizacional também recebe a denominação de Terceiro Setor, que compreende o espaço de
participação constituído por grupos que se formam a partir de uma situação de "déficit de
reconhecimento": o movimento dos sem-teto, dos sem-terra, dos gays, das mulheres, dos negros,
entre outros. Os movimentos sociais fazem parte da realidade política do Brasil; foram e são
fundamentais para ampliação dos direitos sociais e civis. O dilema do Terceiro Setor é
"democratizar a democracia".
D) A extensão do sufrágio universal foi um poderoso instrumento de integração e motivação para
que os cidadãos participassem da política. Ao lado dos partidos políticos elitistas surgem partidos
políticos populares. A participação política, dentro dos limites e padrões estipulados pelo sistema
político democrático representativo (ou democracia liberal), foi criticada pelos teóricos e
revolucionários socialistas, anarquistas e demais adeptos de ideologias de esquerda com base no
seguinte argumento: você integra politicamente os cidadãos pertencentes às classes sociais mais
baixas, mas limita a possibilidade de eles efetuarem transformações sociais pela via política, caso
conquistem o poder por via eleitoral - isso se faz estabelecendo leis, uma Constituição que fixa as
regras e normas e limita o poder político. A ação das oposições ocorre dentro dos limites do que é
estritamente permitido pelo sistema político em questão (constitucionalismo).

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