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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA – SEDIS
ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

ANTONIO MAX FERREIRA DA COSTA

INDIVÍDUO E SOCIEDADE: UMA PROPOSTA DE TRABALHO PARA O 1º ANO DO


ENSINO MÉDIO (SOCIOLOGIA)

NATAL – RN
JULHO/2016
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ANTONIO MAX FERREIRA DA COSTA

INDIVÍDUO E SOCIEDADE: UMA PROPOSTA DE TRABALHO PARA O 1º ANO DO


ENSINO MÉDIO (SOCIOLOGIA)

Plano de Ensino Anual para a disciplina Sociologia no


Ensino Médio apresentado à Coordenação do Curso de
Especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
como requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em Ensino de Sociologia no Ensino Médio.

Orientador: Professor Dr. José Glebson Vieira.

NATAL/RN
2016
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

2 JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO DO EIXO TEMÁTICO INDIVÍDUO E


SOCIEDADE .................................................................................................................... 10

3 METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO ANUAL PARA A


DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO X ANO DO ENSINO MÉDIO .................................. 15

4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO ......................................... 18

5 DETALHAMENTO DO PLANO ANUAL DE ENSINO ............................................. 19

5.1 Identificação .................................................................................................................. 19

5.2 Detalhamento das Unidades Didáticas ............................................................................ 19

5.2.1 Unidade I (1° Bimestre) ............................................................................................. 19

5.2.2 Unidade II (2° Bimestre) ........................................................................................... 25

5.2.3 Unidade III (3° Bimestre) .......................................................................................... 32

5.2.4 Unidade IV (4° Bimestre) .......................................................................................... 39

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 47

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 49

APÊNDICES
4

1 INTRODUÇÃO

Historicamente, a Sociologia tem sua gênese no Brasil enquanto disciplina escolar no


ano de 1882 durante o ministério de Rui Barbosa, esse apresentou uma proposta de inclusão
da Sociologia no curso secundário e no primário, contendo tópicos de economia política e
noções de vida social.
Já em 1891, a Sociologia é introduzida após a proclamação da república brasileira,
criando a cadeira de Sociologia e Moral que deveria ser ministrada nos últimos anos do ensino
secundário como defendeu Benjamin Constant. Nesse mesmo momento, o Brasil era
influenciado pelas ideias do sociólogo Augusto Comte1.
Os ensinamentos de Augusto Comte permitiram a Benjamin Constant ver a sociedade
e o homem e o próprio mundo, obedecerem às imutáveis leis naturais, devendo a reforma das
instituições serem preparadas pelas alterações das opiniões e dos costumes. Benjamin
Constant, ainda aplicava projetos educacionais, tendo por referência os preceitos da evolução
social defendida por Comte, nesse período instauraria no Brasil uma sociedade baseada na
ciência e não mais nos valores da religião católica do império. Na proposta de Benjamin
Constant, os estudantes seriam guiados pelos princípios racionais e científicos, necessários à
consolidação da organização social da república.
No ano de 1930 o ensino de Sociologia passa a ser disciplina de formação
complementar, sendo esse o ideal do governo de Getúlio Vargas e do ministro da educação
Francisco Campos. Logo, em 1942 a Sociologia é excluída do currículo, pois se vivia no
Brasil o governo militar, e o contexto da reforma de Gustavo Capanema 2. Concebe-se a era
Vargas na historiografia brasileira como período percussor do golpe militar de 1964. Getúlio

1
Segundo Skandar; Leal (2002) o francês Augusto Comte (1798-1895) é conhecido como o iniciador do
positivismo, mas historicamente já se sabe que houve outros estudiosos que influenciaram esse pensador.
Augusto Comte defendia que se investigasse a sociedade com os meios e métodos usados na matemática e na
física, ou seja, a sociedade deveria ser organizada com base nos princípios da racionalidade. As ideias do
positivismo de Comte chegaram ao Brasil em meados do século XIX. As ideias positivistas encontraram boa
receptividade entre muitos oficiais do exército. Com um currículo voltado para as ciências exatas e para a
engenharia, a educação se distancia da tradição humanista e acadêmica, havendo uma certa aceitação das formas
de disciplina típicas do positivismo. As palavras “ordem e progresso” que fazem parte da bandeira brasileira
indicam claramente a influência positivista. Na década de 70 deste mesmo século, a escola tecnicista teve uma
presença marcante. A valorização da ciência como forma de conhecimento objetivo, passível de verificação
rigorosa por meio da observação e da experimentação, foi importante para a fundamentação da escola tecnicista
no Brasil.
2
Conforme Nova (2011) tal Reforma aconteceu a partir de 1942 em meio ao Estado Novo e foi marcada pela
articulação entre os ideais nacionalistas de Vargas e o projeto político para a educação. Foi a Reforma Capanema
que enfatizou o dualismo do ensino brasileiro.
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Vargas, inclusive se colocava contrário ao comunismo, é tanto que as pressões internas e


externas, o fez romper em 1942 com a neutralidade brasileira e declarar guerra ao eixo:
Alemanha, Itália e Japão. A participação do Brasil foi efetiva na Segunda Guerra Mundial,
diz-se isso porque ele envia a Força Expedicionária Brasileira e a Força Aérea Brasileira.
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, no governo de Vargas provocou
um paradoxo político, externamente o Brasil trava uma luta pela democracia e contra as
ditaduras, internamente há uma ausência democrática em razão da ditadura. Esta situação,
somada à vitória dos aliados contra os regimes totalitários, favoreceu o declínio do Estado
Novo e ampliou as manifestações contra o regime.
No ano de 1964 houve o fortalecimento da extinção da Sociologia nos currículos
escolares, pois pensavam que esse conhecimento defendia e disseminava as ideias comunistas,
e em 1982 com a redemocratização do Brasil, aprova-se a Lei 7.0443 e o ensino da Sociologia
volta a fazer parte do currículo, principalmente nos cursos superiores.
Vale ainda destacar que nos anos de 1970 houve a Reforma Jarbas Passarinho, com a
materialização da Lei nº 5.692/71 que tornava todo o ensino de 2º grau fosse ele público,
como o privado, profissionalizante. Nesse contexto, da Reforma Jarbas Passarinho inclui-se
no currículo escolar disciplinas de Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e com a
Reforma Capanema entra no currículo a disciplina de Educação Moral e Cívica (EMC). Essas
duas disciplinas
[...] objetivava medidas de contenção do movimento estudantil,
referenciadas nos princípios da ideologia da segurança nacional. Dentre os
objetivos da Educação Moral e Cívica constava o fortalecimento da unidade
nacional e o culto à obediência à lei. (MORAIS et al, 2013, p.60).

Diferentemente desse contexto exposto nos anos de 1984 e 1985, acontece alguns
avanços em relação à disciplina de Sociologia, diz-se isso porque a educação pública passa a
fornecer cursos de atualização em Sociologia e em 1986 realiza o primeiro concurso público
para admissão de professores na disciplina de Sociologia em São Paulo.
Após três anos, ou seja, em 1989, incluiu-se um artigo na legislação educacional
brasileira obrigando ao poder público, a oferta do ensino de Sociologia no 2º grau, o que de

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De acordo com Morais et al (2013, p.61) a aprovação da Lei 7.044/82 propõe o fim da obrigatoriedade da
profissionalização no 2º grau, que não estava efetivando nem a preparação para o mercado de trabalho, nem a
continuidade dos estudos no ensino superior. A partir dessa nova lei surge a Resolução nº 06, do Conselho
Federal de Educação, que reformulou o currículo de 2º grau e colocou a possibilidade de existência de dois tipos
de curso: o acadêmico, para a formação geral do aluno, e o profissionalizante, de acordo com o interesse da
escola diante das necessidades do mercado de trabalho. Daí então a Sociologia passa a constar da parte
diversificada do currículo, principalmente nos cursos acadêmicos.
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fato não se efetiva, uma vez que não havia interesse dos representantes do poder manter uma
disciplina tão polêmica e crítica.
No ano de 1990, a Sociologia volta às salas de aula do Ensino Médio brasileiro, por
força da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96, com destaque para o artigo 36,
estabelecendo que a Sociologia e a Filosofia fossem vistas como sendo conhecimentos
necessários ao exercício cidadania. A partir de então alguns vestibulares passaram a cobrar
em seus exames domínios de conteúdos de Sociologia, como é o caso da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU).
Diante desse contexto histórico, em que a Sociologia se estrutura no Brasil, e da sua
obrigatoriedade no Ensino Médio, conforme rege a LDB, Nº 9.394/96, questiona-se: Por que
estudar Sociologia nesse segmento de ensino? Para que serve o componente curricular de
Sociologia?
Para responder esses dois questionamentos levantados, adverte-se que a Sociologia
deve ser estudada porque se trata de um conhecimento científico importante para a preparação
dos jovens frente à tecnologia e ao mundo do trabalho, como afirma Santos (2004) e também
para o pleno exercício da cidadania.
A Sociologia é a ciência que estuda a sociedade, assim como os atores sociais que dela
fazem parte, o estudo dessa ciência possibilita ao estudante pensar a sociedade, os atores
sociais e as instituições sociais de maneira crítica e reflexiva.

Como ciência, a Sociologia é constituída por um conjunto de pressuposto


que a sedimentam, formam e informam o seu arcabouço teórico. Como
ciência da sociedade, esses pressupostos precisam estar em constante
sintonia com o próprio movimento da vida social, mantendo o rigor da
análise sem, contudo, perder a capacidade para perceber as variações da
contemporaneidade. O profissional da educação precisa estar atento a essa
caracterização particular da ciência Sociologia, tão rigorosa com as análises
que constrói e, ao mesmo tempo, tão sensível à percepção do novo, do
inédito, do desconhecido. (GUIMARÃES, 2004, p.266).

As ideias de Guimarães (2004) fazem-me recordar quando nos anos de 1990, ainda
estudante do Ensino Técnico Profissionalizante de Assistente em Administração, na Escola
Estadual Professor Anísio Teixeira em Natal/RN, a disciplina de Sociologia era introduzida
em minha vida como sendo uma ciência teórica que objetivava apenas conhecer o pensamento
de grandes estudiosos como Karl Marx, Durkheim e Max Weber.
Rememoro que a metodologia aplicada tinha como base uma perspectiva tradicional,
centrada na aula expositiva, sem haver a discussão e reflexão das definições expostas pelo
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professor, depois da exposição sem diálogo o docente copiava no quadro negro um exercício
de fixação mecânico e assim, nós reproduzíamos aquelas informações transferidas, uma
espécie de “conhecimento bancário”4.
Quando cheguei ao curso superior de Ciências da Religião nos anos 2000, na
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) deparei-me com a disciplina de
Fundamentos de Sociologia e Sociologia da Educação e depois Sociologia das Religiões I e
II, não mais como no Ensino Básico, dessa vez tratava-se de um estudo mais aprofundado,
com foco nas pesquisas, discussões, análises e reflexões da teoria sociológica como um todo.
Recordo-me que os estudos da Sociologia serviam para fundamentar o objeto de
estudo das Ciências da Religião, o fenômeno religioso, isso num olhar sociológico, como por
exemplo, investigar os ritos e cultos sagrados sobre a concepção de Durkheim, a ideologia da
religião como sendo o ópio do povo em Karl Marx e pensar o próprio indivíduo como ator
social, implicados no grande sistema econômico, político e cultural.
O curso de Ciências da Religião não era uma graduação em Sociologia ou Ciências
Sociais, mas foi o primeiro passo para que eu pudesse compreender a ciência da sociedade
como tal, e mais que isso, aplicá-la como um dos instrumentos em minha vida, de modo a
refletir sobre a minha condição de cidadão de direito e de deveres.
Educar o estudante para que ele seja crítico, reflexivo e participativo, é tarefa nobre,
uma vez que há uma emergência em proporcionar ao estudante um conhecimento
eficientemente significativo e que ele possa fazer uso nas diversas situações da vida em
sociedade, demandando saberes integrais (humanísticos, técnicos e científicos), mas não
esquecendo jamais dos conhecimentos prévios construídos por ele socialmente e
historicamente.
Tendo a consciência de que educar é um ato social, que serve para o convívio do
indivíduo na sociedade, é que em 2005 quando fui convidado para lecionar a disciplina de
Sociologia, nas turmas de 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Governador Walfredo
Gurgel, experimentei aplicar a didática de Paulo Freire (1996) para formar jovens com
atitudes críticas e reflexivas, sendo conhecedores de seus direitos e deveres.
Os direitos e deveres eram trabalhados por meio de conteúdos próximos da realidade
de vida dos educandos, tais conteúdos versavam, por exemplo, sobre a violência no seu
bairro, a falta de moradia, de saúde e de educação de qualidade.

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De acordo com Freire (1996) o conhecimento bancário é o acúmulo de conteúdos em que o professor tentar
colocar na cabeça do estudante sem que ele faça relação alguma com os saberes já adquiridos ao longo da vida.
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Rememoro que tentava relacionar os textos teóricos com os fatos sociais. Nas aulas
expositivas havia sempre os momentos de discussões e diálogos. Os diálogos eram sempre um
momento de aprendizagem, pois no momento da convergência das ideias que se fazia valer à
tolerância às concepções contrárias. Nas aulas em que eram utilizados recursos como vídeos e
ou documentários ocorria sempre um debate sobre o tema gerador abordado nos mesmos,
desse modo articulava-se os saberes prévios dos estudantes com os projetados nos vídeos ou
documentários, dando sentido aos temas trabalhados.
Uma das motivações tecidas na prática pedagógica de Sociologia no Ensino Médio era
desenvolver os conteúdos de modo a favorecer a interdisciplinaridade, articulando os saberes
das ciências humanas com outras ciências trabalhadas no Ensino Médio. Exemplo disso, eram
os júris simulados, realizados como propostas de ensino (técnicas) que abordavam os temas e
subtemas, muitas vezes polêmicos, como é o caso do aborto, da eutanásia e da clonagem
humana.
Nesse cenário, tentavam-se articular as concepções de mundo trazidas pelos estudantes
aos temas polêmicos discutidos nas aulas. Os conteúdos eram trabalhados de maneira
dinâmica e interessante, permitindo ao educando se expressar e refletir sobre a teoria
implicada numa vida prática.
Quanto ao planejamento, compreendia-se que ele deveria ser flexível e partilhado com
os educandos, permitindo que eles sugerissem por meio de um registro escrito, como
gostariam que fossem as aulas de Sociologia. Mesmo considerando as opiniões dos
educandos, o planejamento tinha fundamentação teórica e sistematização metodológica.
Seguiam-se os tramites de um plano de trabalho, com tema, objetivos, conteúdos,
metodologia, recursos didáticos, avaliação e bibliografia, como o proposto aqui.
Além de considerar o planejamento, devem-se levar em conta os objetivos do Ensino
Médio, a clientela e o tipo de instituição, que nesse caso destina-se a alunos do 1º ano do
Ensino Médio de uma escola pública estadual.
Em relação aos objetivos do Ensino Médio apresenta-se o que fala os Parâmetros
Curriculares Nacionais:

• a formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências


necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em
que se situa;
• o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
• a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do
trabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional
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e permitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso


tempo;
• o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma
autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos. (BRASIL, 2000,
p.10).

Todos esses objetivos destacados acima reforçam cada vez mais a importância de um
planejamento didático-pedagógico, tendo como foco a formação integral do estudante,
propiciando a ele o contato com sistemas de conhecimentos sobre o universo social,
instigando a capacidade de suscitar um posicionamento crítico, reflexivo e atuante frente às
práticas humanas.
Para entender a complexidade da formação humana, em especial no componente
curricular de Sociologia, foi que se buscou essa formação continuada por meio da
especialização lato sensu em Ensino de Sociologia para o Ensino Médio, ela capacitou-me no
sentido de exercitar e ressignificar novas formas de ler os fenômenos societários, interpretá-
los, problematizá-los e, em alguns momentos, intervir sobre eles, transformando assim a
minha prática pedagógica e subsidiando a construção dessa proposta de trabalho para ser
executada no 1º ano do Ensino Médio, no componente curricular de Sociologia, no âmbito de
uma escola pública estadual.
Essa proposta de trabalho, que ora se apresenta foi organizada em uma justificativa,
tratando do porquê da escolha do eixo temático “Indivíduo e Sociedade”, no 1º ano do Ensino
Médio. No item três tem-se um delineamento da metodologia para construção desse plano de
trabalho. No tópico quatro descrevem-se os objetivos gerais desse plano anual de ensino. Já o
item cinco compõe-se pelo detalhamento dos planos de ensino, nessa parte existem 32 panos
de aula, com identificação, objetivos, conteúdos, metodologias, atividades propostas e
avaliação. E, para finalizar têm-se as considerações finais e as referências, como forma de
consulta de material bibliográfico.
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2 JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO DO EIXO TEMÁTICO INDIVÍDUO E


SOCIEDADE

Esse plano de trabalho configura-se como sendo uma proposta pedagógica a ser
executada no 1º ano, do Ensino Médio, especificamente no componente curricular de
Sociologia, abordado no eixo temático 1, “Indivíduo e Sociedade”, cujos temas e subtemas
seguem no quadro abaixo:

INDIVÍDUO E SOCIEDADE
TEMAS SUBTEMAS
Sociologia Como Ciência Conhecimento Científico Versus Senso
Comum;
Ciência e Educação.
As Ciências Sociais e o Cotidiano As Relações Indivíduo-Sociedade;
Sociedades, Comunidades e Grupos.
As Instituições Sociais e o Processo de Família, Escola, Igreja e Justiça;
Socialização Socialização e Outros Processos Sociais.
Mudança Social e Cidadania As Estruturas Políticas;
Democracia Participativa.

O eixo “Indivíduo e Sociedade” apresenta-se como um tema gerador, sendo que a


partir dele ramificam-se temas e subtemas, como mostra o quadro acima. Falar de “Indivíduo
e Sociedade” é tecer a gênese da própria ciência da sociedade, pois segundo Berger (1990)
primeiramente somos seres de sensação e ao longo do nosso desenvolvimento vamos tendo
contato com outros seres e mantendo relações com as instituições sociais.
Essa sensação de necessidade do outro é pertinente e ao mesmo tempo paradoxal, diz-
se isso, porque é por meio da sensação da necessidade do outro que temos a consciência de
que a sobrevivência em sociedade é marca das relações que estabelecemos com o outro. Esse
outro que se menciona ditará inclusive as normas a qual deveremos nos submeter, o outro que
se esta falando pode ser a figura de um pai/mãe, um professor ou até mesmo um cuidador
como nos fala Vygotsky (1896-1936), por outro lado sabe-se que esse outro (indivíduo) tem
subjetividade e carrega em si, poder de decisão e, portanto, apresenta-se com autonomia.
11

A relação indivíduo e sociedade impulsionam-nos a questionar sobre o que é


sociedade e ao mesmo tempo, indivíduo (homem). De acordo com Berger e Luckmann
(1999), a sociedade é vista como sendo uma realidade ao mesmo tempo objetiva e subjetiva,
ou seja, a sociedade é uma espécie de produção humana e o indivíduo (homem) uma produção
social. Se sociedade e indivíduo (homem) são duas produções paradoxalmente ligadas, pode-
se conceber a sociedade como um processo dialético de exteriorização, objetivação e
interiorização.
Essas ideias de Berger e Luckmann (1999) motivam-nos a refletir sobre a relevância e
ou até mesmo importância do indivíduo (homem) na produção, reprodução e transformação
da sociedade. Essa perspectiva dos autores acerca do indivíduo e da sociedade tenciona-se a
pensar que cada indivíduo quando ainda recém-nascido é quase 100% sensação como nos
adverte Piaget (1896-1980). Porém, com o desenvolvimento e com as relações dadas na
sociedade ele vai se tornando social e paradoxalmente histórico, como sugere Vygotsky
(1896-1936). Desse modo, compreende-se que o indivíduo e a sociedade são categorias
convergentes, exemplo prático disso são as primeiras experiências de uma criança que se dá
na instituição família, ela só come o que seu cuidador lhe dá, mas esse alimento é construído e
representado por uma imagem social de um dado grupo, comunidade ou sociedade. Na escola
ele será convidado a conviver com outras crianças e pessoas, cada uma com suas
particularidades e funções sociais, nesse cenário terá que cumprir regras e saber o que é
permitido e o que não, assim o indivíduo vai compreendendo, selecionando, decidindo o que é
importante para a sua relação social enquanto cidadão.
A construção dessa cidadania do indivíduo anunciada no parágrafo anterior através da
formação educacional trata-se de um dos maiores motivadores para o desenvolvimento desse
plano de trabalho, que em síntese destina-se aos alunos do 1º ano, do Ensino Médio, do
componente curricular de Sociologia. A Sociologia é o mote de promoção e discussão sobre a
questão do indivíduo e da sociedade, bem como da nossa própria ação na sociedade como
atores sociais.
Este exercício de reflexão pode e deve ser aplicado em sala de aula com os educandos,
o professor de Sociologia deve problematizar um dado acontecimento do cotidiano, a partir do
conhecimento da ciência, e ainda permitir que os próprios educandos produzam o
conhecimento crítico. Segundo Mills (1972), para se compreender as modificações nos
ambientes pessoais, precisa-se olhar além deles. O fato de ir além da compreensão das
modificações dos ambientes pessoas nos reporta ao conceito de artesanato intelectual
teorizado por Mills (2009) traduzindo como um exercício de observação sociológico rápido
12

(portátil) e cotidiano, fora do contexto estático dos projetos de pesquisa mais densos e
demorados, inclusive permitindo ao pesquisador antecipar a prática da pesquisa sem haver
necessidade de vínculo ou fomento institucional, bastando apenas observar as coisas
cotidianas com um olhar investigativo.
Nessa perspectiva o educador promove o contato cognitivo do educando com o pensar
sociológico utilizando de recursos metodológicos que permita a mediação do conhecimento
das Ciências Sociais com a imaginação sociológica do estudante.
Nas palavras de DUMONT (1997 apud MORAES, Amaury C. et al. 2013) para que o
indivíduo torne-se social, não mais ele e os outros, mas ele em meio aos outros. Por meio da
aproximação da metodologia de pesquisa à metodologia de ensino, bem como por ações
pedagógicas que busquem desvelar e discutir narrativas sociais, sejam elas científicas,
literárias, e outras, suas implicações, seus dilemas, o que falam da heterogeneidade cultural e
da estrutura social. Ensinar sociologia é, antes de tudo, desenvolver uma nova postura
cognitiva no indivíduo como afirmar MAGALHÃES (2007, apud SARANDY 2007).
Assim, o ensino de Sociologia no ensino médio tem como objetivo desenvolver a
imaginação sociológica Mills (1972), e permitir que os educandos compreendam o processo
histórico em suas relações individuais percebendo-os como integrantes deste mesmo processo
e de um destino comum. Logo, essa percepção só ocorre a partir de princípios
epistemológicos essenciais na Sociologia, que são o desenvolvimento de uma atitude crítica e
analítica dos fenômenos sociais. Este exercício reflexivo ocorre com o trabalho diário em sala
de aula, no qual os educadores desenvolvem práticas de ensino com base no conhecimento
científico das Ciências Sociais visando desnudar a realidade, assim como promover o
estranhamento dos fenômenos sociais.
Observamos comumente que os fenômenos sociais que acontecem em nosso cotidiano
aparecem sempre como comuns e normais, sem quaisquer questionamentos ou explicações.
Estamos acostumados com eles, e na maioria das vezes nem percebemos o que ocorre de fato.
Nas Ciências Sociais, os fatos sociais só são compreendidos e explicados quando submetidos
a um processo de estranhamento, ou seja, quando são problematizados. Visto que, estamos
acostumados a estranharmos o desconhecido, o que não nos é familiar, porém é necessário
desenvolver o estranhamento com aquilo que nos é familiar, pois como sabemos o cotidiano e
a acomodação leva a uma resignação dos fatos.
Dar sentido aos fatos no contexto da prática pedagógica do componente curricular de
Sociologia e em especial na abordagem do eixo “Indivíduo e Sociedade” é, por exemplo,
aproximar o estudante o máximo possível da realidade prática, ou seja, do seu cotidiano. O
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professor de Sociologia tem a possibilidade de desenvolver os temas do eixo 1, já citado


através de uma discussão em sala de aula sobre o que é ser um político, dessa questão cada
aluno com seus conhecimentos prévios falará as funções e competências que um político deve
ter e além disso, o educador estará trabalhando a instituição “Estado”.
Ao trabalhar um tema como a instituição “Estado” dentre outros correspondentes ao
eixo 1 em destaque, faz-se necessário que o professor de Sociologia desenvolva o hábito de
problematizar todas as questões pertinentes ao conteúdo trabalhado em sala de aula, de modo
que provoque nos estudantes inquietações e dúvidas, transformando o seu modo de pensar e
agir.
A mudança no modo de pensar e agir como atitudes refletivas são objetivos
educacionais de qualquer disciplina ainda mais do componente curricular de Sociologia,
presente no Ensino Médio. Essa disciplina permitirá uma desmitificação das estruturas
sociais, assim como a construção de uma consciência sociológica, onde os educandos de
posse dessa ambiência serão capazes de exercer um pensamento autônomo e de se posicionar
no mundo como cidadãos críticos e reflexivos.
Essas duas finalidades apontadas no final desse parágrafo se relacionam com os
objetivos do Ensino Médio, explicitados no artigo 35, da LBD, Nº 9.394/96:

I- a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no


Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
II- a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III- o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
IV- a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

As quatro finalidades do Ensino Médio coadunam-se com o eixo 1, “Indivíduo e


Sociedade” no sentido de articular a compreensão da sociedade, sua gênese e transformação,
aspectos motivados por fatores da ação humana e dos interesses de determinados grupos e
indivíduos. Outro ponto interessante nessa articulação é a questão da tecnologia associada às
ciências humanas, traço marcante do desenvolvimento do conhecimento de senso comum para
o científico.
Mostrou-se nas linhas acima alguns pontos de ligação dos objetivos do Ensino Médio,
com a área das Ciências Humanas e suas Tecnologias, mas é bom entender que a intenção da
Sociologia enquanto componente curricular do Ensino Médio é contribuir e desenvolver no
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educando um pensar crítico-refletivo para o pleno desenvolvimento dele na vida social,


potencializando aos mesmos fazerem inúmeras associações de conteúdos, temas, saberes,
disponibilizados e construídos no contexto escolar.
As associações dos conteúdos do componente curricular de Sociologia com outras
disciplinas das Ciências Humanas, como é o caso da Filosofia, da História e da Geografia
pode advertir que no contexto das práticas pedagógicas é possível desenvolver um trabalho,
como por exemplo, sobre o tema “Família” na abordagem interdisciplinar. Em Filosofia,
compreendendo a ideia de família enquanto essência da gênese transcendental, na História, os
tipos de família em cada período histórico, na Geografia, pode-se estudar a economia familiar
nos países, regiões ou estados e na Sociologia discute-se a família em seus aspectos políticos,
sociais e culturais. Cientes que os temas e subtemas avança-se para uma discussão bem mais
ampla e cara, é que a relevância das conexões do eixo temático 1, “Indivíduo e Sociedade”
com os temas e subtemas tratados nesse plano de trabalho destinado ao 1º ano do Ensino
Médio.
15

3 METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO ANUAL PARA A


DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

Para a construção desse plano de trabalho percorreu-se metodologicamente três etapas.


Na primeira fez-se um levantamento bibliográfico nos documentos que regem o ensino de
Sociologia enquanto componente curricular no Ensino Médio, depois pesquisou em base de
dados virtuais sobre o eixo “Indivíduo e Sociedade” e posteriormente os conceitos e
definições sobre os temas e subtemas ligados a esse eixo.
Os documentos que tratam da Sociologia no Ensino Médio consultados foram a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Nº 9.394/96), As Orientações Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio, Ciências Humanas e suas Tecnologias, Os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio, Ciências Humanas e suas Tecnologias todos disponíveis no
site do Ministério da Educação. Em relação aos conceitos e definições realizado como
segunda fase metodológica da primeira parte, nesse momento foram pesquisados no google,
usando os descritores “Indivíduo e Sociedade” seguidos pelo termo: “Artigos”. Além dessas
buscas, pesquisou-se no portal de períodos da Capes, banco de Teses e Dissertações (Capes) e
livros didáticos de Sociologia destinados ao Ensino Médio, com destaque para Tomazi (1999)
e Oliveira (2000).
No segundo momento investigaram-se os recursos didáticos, conteúdos e as opções
metodológicas a seguir. Nesse delineamento percebeu-se que não existe apenas um caminho a
ser percorrido pelo professor de Sociologia, no Ensino Médio. Para aplicar qualquer recurso
didático e seguir uma sequência metodologia faz-se necessário que o educador conheça e
considere o contexto da escola e da sala de aula. Para isso ele pode lançar mão de um
exercício de sondagem, tentando verificar se os estudantes têm noção de questões ligadas a
Sociologia e em especial ao eixo1, “Indivíduo e Sociedade”.
Já em posse deste diagnóstico (realizado por meio do exercício de sondagem em
apêndice) é hora de planejar, no planejamento o educador traça o tema da aula, os conteúdos,
teorias e conceitos, objetivos, os recursos didáticos e metodológicos.
Os conteúdos devem estar sempre em consonância com os objetivos e com o tema da
aula e ele deve ser sempre adaptado à linguagem do Ensino Médio, mas não fugir dos
resultados produzidos pela ciência sociológica, o que não deve se fazer é academicismo, uma
vez que os objetivos do ensino de Sociologia no Ensino Médio não é formar sociólogos,
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contudo refletir sobre as questões sociais e o pleno desenvolvimento da cidadania do


educando.
No que tange aos recursos didáticos destaca-se aqui a pesquisa, que segundo Schon
(2000) trata-se de princípio educativo, que deve nortear a vida de qualquer estudante e
perpassar qualquer conteúdo, tema ou conceito. Logicamente que essa pesquisa não deve
preconizar a produção do conhecimento, mas ela deve ter um encadeamento metodológico,
uma sistematização mediada pelo professor e não ser apenas uma cópia de um texto para ser
apresentado em feiras de conhecimento ou ciência.
Acredita-se que essa pesquisa deve seguir os tramites metodológicos clássicos, tais
como: delineamento do objeto de estudo, objetivos da pesquisa, levantamento de hipóteses,
técnicas e análises. Confessa-se que esse recurso didático (Pesquisa) é de fundamental
importância para o pleno desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos educandos, por meio
dele é possível aplicar outros como recursos como, por exemplo, a aula expositiva dialogada,
nela o professor faz uma exposição do assunto, problematizando determinadas questões de
ordem sociológica, depois pode utilizar outros meios como textos de jornais, fotografias,
filmes, charges, música, poesias, blogs etc.
A pesquisa como princípio educativo faz com que o estudante tenha curiosidade sobre
o mundo que o cerca, desenvolva inquietações sobre assuntos ligados ao sensu comum e aos
científicos. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2013, p.164):

Essa atitude de inquietação diante da realidade potencializada pela pesquisa,


quando despertada no Ensino Médio, contribui para que o sujeito possa,
individual e coletivamente, formular questões de investigação e buscar
respostas em um processo autônomo de (re)construção de conhecimentos.

A pesquisa como princípio educativo faz-me rememorar uma experiência exitosa


realizada por mim quando estava exercendo prática docente na disciplina de Ensino Religioso
em uma instituição escolar da rede estadual do Rio Grande do Norte. Propôs aos alunos do 9º
ano, do Ensino Fundamental a produção de uma série de vídeo sobre a religiosidade do povo
de cada região da cidade do Natal. Primeiro elaborou-se um plano de ação juntamente com a
turma, depois dividiu a turma em 4 grupos, depois ministrou-se uma aula expositiva sobre
como fazer pesquisa de campo envolvendo sujeitos, num outro momento o educador fez uma
exposição sobre a religiosidade do povo brasileiro, utilizando os dados bibliográficos do
IBGE, das obras de Câmara Cascudo e de Clifford Geertz (1989).
Passada essas etapas construiu-se juntamente com os educandos um roteiro com os
para que eles seguissem no campo de pesquisa. Ao chegar no campo empírico (professor e
17

estudantes) deveriam gravar imagens e sons sobre a religiosidade de cada zona da cidade de
Natal. Depois de gravada as imagens e sons, os estudantes editaram o vídeo e apresentaram os
resultados da pesquisa para a comunidade escolar.
No quarto momento tentou-se desenvolver aos objetivos do componente curricular de
Sociologia como sendo uma das fases do planejamento, mas antes disso foi preciso organizar
a estrutura de cada unidade temática do eixo 1 “Indivíduo e Sociedade”. Na primeira unidade
Sociologia como ciência: conhecimento científico versus senso comum; ciência e educação.
Na segunda unidade “As ciências sociais e o cotidiano: as relações individuo-sociedade”;
“Sociedades, comunidades e grupos”. Na unidade três “As instituições sociais e o processo de
socialização: família, escola, igreja e justiça; socialização e outros processos sociais”. Na
quarta e última unidade estuda-se a Mudança social e a cidadania: as estruturas políticas e
democracia participativa.
As unidades temáticas do eixo 1 “Indivíduo e Sociedade” foram construída a partir da
proposta didática exposta e teorizada por Tomazi (2000) na qual sistematiza o eixo em quatro
temas e subtemas, nesse caso optou-se por dividir os temas e subtemas em quatro bimestre,
totalizando em média 10 aulas por bimestre. Para selecionar os conteúdos de cada unidade
considerou-se o nível de conhecimento dos estudantes (através do exercício de sondagem)
partindo de uma abordagem menos complexa para uma mais complexa, como se pode
visualizar no parágrafo anterior os conteúdos iniciam tratando da gênese das ciências sociais e
conclui-se a unidade discutindo o processo de democracia.
18

4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO

Definiu-se como objetivos gerais para esse plano anual de ensino, do componente
curricular de Sociologia, destinado ao 1º ano, do Ensino Médio, os seguintes: Entender o
processo de socialização através do estudo da categoria “Indivíduo e Sociedade”; Conhecer
historicamente a construção da Sociologia enquanto conhecimento científico; Promover a
articulação dos saberes produzidos pelas ciências sociais na vida das pessoas; Pesquisar sobre
as instituições sociais e os processos de socialização; Valorizar, debater e discutir as atitudes e
estruturas políticas que oportunizam a materialização da democracia e da cidadania plena de
direito.
19

5 DETALHAMENTO DO PLANO ANUAL DE ENSINO

5.1 Identificação
Escola A Voz da Sociedade
Ano do Ensino Médio 1º
Carga horária total 32 horas
Período letivo 2017
Professor (a) Indivíduo

5.2 Detalhamento das Unidades Didáticas

5.2.1 Unidade I (1° Bimestre) “Sociologia Como Ciência”


A) Descrição da Unidade
A proposta desenvolvida nessa primeira unidade, destina-se a trabalhar o tema
“Sociologia como Ciência”, referente ao Eixo 1 “Indivíduo e Sociedade”. A unidade I
contempla 8 aulas, sendo cada uma com duração de 50 minutos.
Essa primeira unidade tem como objetivo conhecer a trajetória histórica da Sociologia
enquanto campo teórico e prático, bem como desenvolver através de metodologias inovadoras
e interdisciplinares um ensino-aprendizagem significativo, na qual o educando possa usar para
dá seguimento aos futuros estudos e para o mundo do trabalho.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos de aprendizagem

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 Senso comum e conhecimento Comparar o conhecimento de senso comum ao


científico. conhecimento científico;

02 História da Sociologia enquanto Conhecer o desenvolvimento da Sociologia ao


ciência. longo da história, no mundo e no Brasil;

03 Os Clássicos da Sociologia Identificar nos clássicos da Sociologia conceitos


e temas desenvolvidos por eles;

04 Biografia de Durkheim Ler, redigir e interpretar a biografia de


20

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

Durkheim;

05 Biografia de Karl Marx Ler, redigir e interpretar a biografia de Karl


Marx;

06 Biografia de Max Weber Ler, redigir e interpretar a biografia de Max


Webber;

07 A Sociologia enquanto disciplina Reconhecer a importância da Sociologia para a


Educacional vida estudantil;

08 Ciência e Educação Relacionar ciência e educação como sendo


propulsora da cidadania.

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1: Senso comum e conhecimento científico.


Duração: 50 minutos.
Foco: Comparar o conhecimento de senso comum ao conhecimento científico.
Tipo de aula: Expositiva e dialogada utilizando o auxílio de slides projetados em data show.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 1.

A aula iniciará com a exposição dos slides. Esse material conterá os conceitos e as
definições do que é senso comum e conhecimento científico. Depois da exposição do
conteúdo já citado, o educador entregará um texto digitado, disponível em:
<http://blog.portalpositivo.com.br/sociologiatecnologia/2013/02/13/introducao-a-sociologia-
senso-comum-e-conhecimento-cientifico/>. Acesso em jul. 2016. Com o texto em mãos e já
lido, o educador deverá oportunizar uma discussão, tentando encaminhar o diálogo reflexivo
sobre o saber de senso comum e o científico, fazendo comparações e indagações se um
conhecimento sobrepõe ao outro ou se cada um tem sua importância.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 1

Será proposto como avaliação da aula, uma questão discursiva individual, na qual o
estudante deverá dissertar em no mínimo 10 linhas a diferença e ou semelhanças existentes
entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico.
21

Aula nº 2: História da Sociologia enquanto ciência.


Duração: 50 minutos.
Foco: Conhecer o desenvolvimento da Sociologia ao longo da história, no mundo e no Brasil.
Tipo de aula: Dialogada utilizando o vídeo “O surgimento da Sociologia como ciência”, parte
1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Zf6MdcnEHBg

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 2.

A aula começará com a exposição do vídeo “O surgimento da Sociologia como


ciência” parte 1, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Zf6MdcnEHBg>.
Acesso em jul. 2016, que trata da história da Sociologia no contexto das revoluções e das
necessidades dos atores sociais. Concluída a projeção do filme será aberto o debate sobre o
que se viu, ouviu e sentiu. O ponto chave dessa aula será a reflexão em torno da gênese da
ciência da sociedade, que emerge dentro de um cenário de conflitos e interesses.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 2

Será solicitada como avaliação da aula 2 uma resenha crítica do vídeo assistido e
discutido. Nessa resenha o estudante deverá focar a importância da Sociologia como
disciplina escolar. Essa resenha servirá como ponto de partida para a aula sobre “A Sociologia
como disciplina escolar”, correspondente a aula 7. Por meio da resenha crítica serão
observados itens como: sequência lógica de ideias, argumentação crítica e posicionamento do
educando frente às discussões suscitadas no vídeo.

Aula nº 3: Os Clássicos da Sociologia.


Duração: 50 minutos.
Foco: Identificar nos clássicos da Sociologia conceitos e temas desenvolvidos por eles.
Tipo de aula: Roda de conversa.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 3.

A aula nº 3 será desenvolvida por meio da leitura impressa do texto “Os clássicos da
Sociologia”, disponível em: <http://cafecomsociologia.com/2011/03/comte-marx-durkheim-e-
weber.html>. Acesso em jul. 2016. Em posse do texto os estudantes deverão fazer uma roda
(círculo) e juntamente com o professor deverão realizar uma leitura do texto, além disso,
22

propõe-se um diálogo sobre os pontos que mais chamaram atenção dos educandos. Após esse
diálogo, os educandos deverão de modo individual produzir um resumo escrito do que
aprenderam na aula.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 3

A turma será avaliada na aula nº 3 através de um estudo dirigido com perguntas e


respostas elaboradas por eles mesmos e entregue na aula seguinte para correção. Esse estudo
dirigido poderá ser feito individualmente, sendo avaliada a compreensão dos conteúdos, na
construção lógica das perguntas e repostas problematizadas.

Aula nº 4: Biografia de Durkheim.


Duração: 50 minutos.
Foco: Ler, redigir e interpretar a biografia de Durkheim.
Tipo de aula: Pesquisa orientada.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 4.

Nessa aula os educandos deverão ser encaminhados ao laboratório de informática da


instituição escolar para que juntamente com o professor iniciem uma pesquisa orientada em
base de dados digitais e ou bibliotecas digitais. No laboratório os estudantes farão buscas
sobre a estrutura de um gênero textual biografias, depois de concluída essa etapa pesquisarão
a biografia do clássico da sociologia Durkheim, identificando as categorias desenvolvidas em
sua teoria.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 4

Será solicitado da turma a escrita da biografia de Durkheim, contendo textos e


imagens relacionadas à vida e obra desse teórico da Sociologia, sendo verificado a
organização cronológica da vida e da obra do clássico Durkheim, bem como a relação entre
imagens e textos usados na escrita da biografia.

Aula nº 5: Biografia de Karl Marx.


Duração: 50 minutos.
23

Foco: Ler, redigir e interpretar a biografia de Karl Marx.


Tipo de aula: Pesquisa Orientada.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 5.

Nessa aula os educandos deverão ser encaminhados ao laboratório de informática da


instituição escolar para que juntamente com o professor iniciem uma pesquisa orientada em
base de dados digitais e ou bibliotecas digitais. No laboratório os estudantes pesquisarão a
biografia do clássico da sociologia Karl Marx, identificando as categorias desenvolvidas por
esse sociólogo clássico.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 5

Será solicitado do educando a escrita da sua própria biografia, contendo textos e


imagens relacionadas à sua história de vida. Com essa escrita da história de vida do educando
pretende-se avaliar se eles compreenderam a estrutura do gênero textual biografia.

Aula nº 6: Biografia de Max Weber.


Duração: 50 minutos.
Foco: Ler, redigir e interpretar a biografia de Max Weber.
Tipo de aula: Pesquisa Orientada.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 6.

Nessa aula os educandos deverão ser encaminhados ao laboratório de informática da


instituição escolar para que juntamente com o professor iniciem uma pesquisa orientada em
base de dados digitais e ou bibliotecas online. No laboratório os estudantes pesquisarão a
biografia do clássico da sociologia Max Weber.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 6

Será solicitada da turma a escrita da biografia de Max Weber, contendo textos e


imagens relacionadas à vida e obra desse teórico da Sociologia, verificando sua história de
vida e seu percurso como pesquisador.
24

Aula nº 7: Sociologia enquanto disciplina educacional.


Duração: 50 minutos
Foco: Reconhecer a importância da Sociologia para a vida estudantil.
Tipo de aula: Roda de conversa.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 7.

A aula nº 7 será desenvolvida por meio da leitura das resenhas solicitadas na aula nº 2.
Em posse da resenha os estudantes deverão fazer uma roda (círculo) e mediado pelo professor
deverão realizar uma leitura do texto, permeado pelo diálogo-reflexivo.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 7

Será solicitado da turma um pequeno relato individual sobre a discussão desenvolvida


ao longo da roda de conversa, observando se os educandos conseguiram transpor para o papel
toda fidelidade e detalhes das discussões encaminhadas na aula.

Aula nº 8: Ciência e Educação.


Duração: 50 minutos.
Foco: Relacionar ciência e educação como sendo complementares.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada utilizando o auxilio de slides projetados em data
show e uma visita a Expotec-IFRN.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 8.

Ao iniciar a aula será exposto através de slides os conceitos e definições do que é


Ciência e Educação. Os slides serão organizados através da sistemática de perguntas e
respostas, estimulando os estudantes a refletirem e dialogarem com o professor durante toda a
aula expositiva. A aula terá como apoio o texto disponível em:
<http://www.educacao.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=115079&ACT=null&
PAGE=null&PARM=null&LBL=NOT%C3%8DCIA>. Acesso em jul. 2016, tratando de uma
reportagem dos estudantes potiguares que foram premiados por produzirem ciência no Ensino
Médio. Além desse texto será disponibilizado o texto “As regras do método sociológico-
25

Emile Durkheim”, disponível em: <http://www.sociologia.com.br/as-regras-do-metodo-


sociologico-emile-durkheim/>. Acesso em jul. 2016.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 8

Será proposto uma vista a Expotec-IFRN, lá os educandos deveram observar, anotar e


fotografar como unir ciência e educação para a promoção da vida cidadã. Com esses dados
coletados os alunos deveram em grupo produzir um texto gênero reportagem, contemplando
criatividade e organização das ideias, esse texto deverá conter no máximo duas laudas.

Sistemática de Avaliação para a Unidade I

A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias. No
final da unidade I, será realizada uma prova tradicional com 2 questões discursivas (conforme
consta em apêndices). Essa prova valerá 10 pontos, que somado e dividido com as outras
atividades totalizará a nota do bimestre. Nessa prova será verificado se os educandos
aprenderam os conteúdos propostos na referida unidade, tais como conhecimento científico e
de senso comum e os clássicos da sociologia, bem como a relação da ciência sociologia com o
indivíduo e a sociedade.

5.2.2 Unidade II (2° Bimestre) “As Ciências Sociais e o Cotidiano”


A) Descrição da Unidade
A proposta desenvolvida nessa segunda unidade destina-se a trabalhar o tema “As
Ciências Sociais e o Cotidiano”, referente ao Eixo 1 “Indivíduo e Sociedade”. A unidade I
contempla 8 aulas, sendo cada uma com duração de 50 minutos.
Essa unidade II tem como objetivo refletir e aproximar os conhecimentos das Ciências
Sociais ao cotidiano do indivíduo, portanto utilizam-se como metodologia inúmeras
atividades em grupo e de construção de gêneros literários mais próximos da vida prática do
educando.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos de aprendizagem


26

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 Como se dão as Relações entre Conhecer a gênese das relações entre o indivíduo
Indivíduo e Sociedade. e a sociedade.

02 Os Fatos Sociais em Durkheim. Entender os fatos sociais na concepção de


Durkheim.

03 A Ação Social em Max Weber. Discutir a ação social idealizada por Max
Weber.

04 As Classes Sociais em Karl Construir e entender a categoria “classes sociais”


Marx. teorizadas por Karl Marx.

05 Sociedade: O que é? Refletir sobre “O que é sociedade”.

06 Tipos de Sociedade. Classificar e comparar os vários tipos de


sociedades.

07 As Comunidades e suas Entender e caracterizar o que são comunidades.


Características.

08 Qual o meu Grupo Social? Debater ideias e defender o grupo que pertenço.

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1: Como se dão as Relações entre Indivíduo e Sociedade.


Duração: 50 minutos.
Foco: Apresentar a gênese das relações entre indivíduo e sociedade.
Tipo de aula: Expositiva e dialogada utilizando o auxílio de slides projetados em data show.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 1.

A aula iniciará com a exposição dos conceitos e definições sobre “Como se dão as
relações entre indivíduo e sociedade”, os assuntos serão embasados no item “Indivíduo e
Socialização” do texto disponível em: <http://blogdoenem.com.br/individuo-sociedade-
socializacao-sociologia-enem/>. Acesso em jul. 2016. Finalizada a exposição do professor,
será aberto para a discussão da temática.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 1


27

Como avaliação dessa aula será proposto, aos estudantes a escrita de uma questão
discursiva individual, tratando da seguinte reflexão: Como é possível a convivência
harmoniosa entre os indivíduos? Essa proposta avaliativa busca verificar o grau de discussão
do educando em relação à reflexão em destaque.

Aula nº 2: Os Fatos Sociais em Durkheim.


Duração: 50 minutos.
Foco: Construir histórias em quadrinhos sobre os fatos sociais (Durkheim).
Tipo de aula: Pesquisa orientada pelo professor.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 2.

Os estudantes deverão ser encaminhados ao laboratório de informática da instituição


escolar para que juntamente com o professor iniciem uma pesquisa orientada em base de
dados digitais e ou bibliotecas digitais. No laboratório os estudantes pesquisarão sobre o que é
fato social, qual a característica dele e exemplos práticos do “fato social”, tendo em mãos
esses conhecimentos pesquisados iniciarão a construção das histórias em quadrinhos. Para
nortear a pesquisa o educador poderá sugerir o texto disponível em:
<https://professores.faccat.br/moodle/pluginfile.php/28213/mod_resource/content/0/O%20Qu
e%20%C3%A9%20Fato%20Social%20%28%C3%89mile%20Durkheim%29%5B1%5D.pdf
>. E a charge:
<https://www.google.com.br/search?q=exemplos+pr%C3%A1ticos+de+fatos+sociais+para+d
urkheim&biw=1360&bih=609&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjWidbb0fD
OAhUKE5AKHcibAoIQ_AUICSgE&dpr=1#imgrc=KoHIbnViMXKn_M%3A>. Acessos em
jul. 2016.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 2

Como avaliação dessa aula será proposto, que os estudantes construam em grupo, uma
história em quadrinho (no mínimo 10 quadrinhos) composta por imagens (figuras impressas
ou desenhos coloridos) e balões de diálogo, refletindo sobre o “fato social” na concepção de
Durkheim. Essa proposta de avaliação tem como objetivo verificar a compreensão dos
educandos quanto ao domínio da escrita, da leitura, da criatividade e da sequência lógica.
28

Aula nº 3: A Ação Social em Max Weber.


Duração: 50 minutos.
Foco: Construir histórias em quadrinhos sobre a ação social (Weber).
Tipo de aula: Pesquisa orientada pelo professor.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 3.

Os estudantes deverão ser encaminhados ao laboratório de informática da instituição


escolar para que juntamente com o professor iniciem uma pesquisa em base de dados digitais
ou bibliotecas virtuais. No laboratório os estudantes pesquisarão o conceito de ação social,
características e exemplos práticos dessa categoria, de posse desses conhecimentos
pesquisados, iniciaram-se a construção das histórias em quadrinhos. Como norteamento para
os educandos o professor pode sugerir o endereço eletrônico disponível em:
<http://sociologiavirtual.blogspot.com.br/2009/05/sociologia-de-max-weber.html>. E a tirinha
disponível em:
<https://www.google.com.br/search?q=exemplos+pr%C3%A1ticos+de+fatos+sociais+para+d
urkheim&biw=1360&bih=609&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjWidbb0fD
OAhUKE5AKHcibAoIQ_AUICSgE&dpr=1#tbm=isch&q=exemplos+pr%C3%A1ticos+do+c
onceito+de+a%C3%A7%C3%A3o+social+em+Max+Weber&imgdii=-
XpaMaMHMgEzTM%3A%3B-XpaMaMHMgEzTM%3A%3BhyFJ1ZfZ64-
zoM%3A&imgrc=-XpaMaMHMgEzTM%3A>. Acesso em jul. 2016.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 3

Como avaliação da aula será proposta a construção em grupo, de uma história em


quadrinho (no mínimo 10 quadrinhos) composta por imagens (figuras impressas ou desenhos
coloridos) e balões de diálogo, refletindo sobre a ação social a partir das ideias de Max
Weber. Serão avaliados aspectos da produção textual, tais como: introdução, desenvolvimento
e conclusão, bem como a estética do texto e a compreensão do que é “Ação social”.

Aula nº 4: As Classes Sociais e Karl Marx.


Duração: 50 minutos.
Foco: Construir histórias em quadrinhos sobre as classes sociais (Marx).
Tipo de aula: Pesquisa orientada pelo professor.
29

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 4.

Os estudantes deverão ser encaminhados ao laboratório de informática da instituição


escolar para que juntamente com o professor iniciem uma pesquisa orientada em base de
dados digitais e ou bibliotecas virtuais. No laboratório os estudantes pesquisarão a concepção
de classes sociais, divisão das classes sociais e exemplos práticos de classe social, tendo em
mãos esses conhecimentos pesquisados poderão dá inicio a construção das histórias em
quadrinhos. Como norteamento para os estudantes, o professor pode sugerir o endereço
eletrônico disponível em: <http://euensinomedio.blogspot.com.br/2013/09/sociologia-karl-
marx.html>. E a tirinha disponível em:
<https://www.google.com.br/search?q=exemplos+pr%C3%A1ticos+de+fatos+sociais+para+d
urkheim&biw=1360&bih=609&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjWidbb0fD
OAhUKE5AKHcibAoIQ_AUICSgE&dpr=1#tbm=isch&q=exemplos+pr%C3%A1ticos+do+c
onceito+de+classe+social++em+karl+Marx&imgrc=vpMcMFbxkstnmM%3A>. Acesso em
jul. 2016.
Elencou-se nessa aula o tema classes sociais em Karl Mar, pois percebe-se
empiricamente que os educandos concebem a sociedade capitalista como boa e que o sistema
político, social e econômico é harmonioso.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 4

Como avaliação da aula será proposto, que os estudantes construam em grupo, uma
história em quadrinho (no mínimo 10 quadrinhos) composta por imagens (figuras impressas
ou desenhos coloridos) e balões de diálogo, refletindo sobre a concepção de classe social na
teoria de Marx. Será verificada a coerência da produção textual com as ideias sobre a classe
social, a divisão das classes sociais articuladas ao cotidiano.

Aula nº 5: Sociedade: o que é?


Duração: 50 minutos.
Foco: Refletir e argumentar por meio da escrita o que é sociedade.
Tipo de aula: Expositiva e dialogada utilizando o auxilio de slides projetados em data show.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 5.


30

A aula iniciará com a exposição de depoimentos de pessoas da comunidade escolar


(professores, alunos, gestores e funcionários) sobre “O que é Sociedade”. Feito isso será
disponibilizado para a turma um texto de apoio intitulado “A sociedade, a educação e os
indivíduos” de Émile Durkheim, disponível no livro didático “Sociologia para o ensino
médio” de Tomazi (2012) capítulo 3, página 25-26. Após a leitura compartilhada do texto
citado será aberto à discussão da temática.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 5

Como avaliação da aula será proposto, que aos educandos redija um artigo de opinião
contendo introdução, desenvolvimento e conclusão. Nesse texto, o educando deverá se
posicionar em torno da questão: “Será que uma sociedade que divide as pessoas por classes é
de fato uma sociedade boa?” Com essa avaliação pretende-se verificar o poder de
argumentação do educando e prepará-lo para a dissertação do Enem.

Aula nº 6: Tipos de Sociedade.


Duração: 50 minutos.
Foco: Classificar e comparar os tipos de sociedade.
Tipo de aula: Expositiva e dialogada utilizando o quadro branco.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 6.

A aula iniciará com o professor perguntando quais e quantos tipos de sociedade


existem, a partir desse momento serão copiados no quadro branco, os tópicos dos vários tipos
de sociedades, seguindo os dados disponíveis em:
<http://bragaig.blogspot.com.br/2011/05/sociologia-tipos-de-sociedade.html>. Acesso em jul.
2016. Finalizada a exposição do professor, será aberto para a discussão da temática com o
apoio do texto didático “Tipos de Sociedade” (Conforme consta em apêndices).

Sistemática de Avaliação da Aula nº 6

Como avaliação dessa aula será proposto, que aos educandos a organização de grupos
composto por 6 componentes, eles deverão construir em uma folha de papel A4, branca um
quadro comparativo tratando dos vários tipos de sociedade exposto pelo professor. Pretende-
31

se com a metodologia do trabalho em grupo avaliar as relações interpessoais, o poder de


liderança e saber se os educandos conseguem identificar e comparar os tipos de sociedades
trabalhadas. Adverte-se ainda que a avaliação dessa aula será também em grupo.

Aula nº 7: As Comunidades e suas Características.


Duração: 50 minutos.
Foco: Entender e caracterizar o que venham a ser comunidades.
Tipo de aula: Projeção do vídeo e discussão.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 7.

Os estudantes serão encaminhados à sala de vídeo da escola e lá deverão assistir a


projeção do vídeo intitulado “O que é Comunidade???”, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=m_Eh6sDCNo0>. Acesso em jul. 2016. Despois de
exposto o vídeo com duração de 6 minutos e 41 segundos, o professor deverá provocar uma
discussão acerca do debate apresentado pelos jovens do vídeo.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 7

Como avaliação da aula será proposto, que os estudantes copiem na sala um exercício
de fixação e depois responda individualmente. O exercício compõe-se de 4 questões, 2 de
múltipla escolha e 2 dissertativas (conforme consta em apêndices). Esse exercício avaliativo
servirá para verificar a aprendizagem do tema “Comunidades” e ainda se os educandos
conseguiram caracterizar os tipos de comunidades como apresentada no vídeo.

Aula nº 8: Qual o meu Grupo Social?


Duração: 50 minutos.
Foco: Debater ideias e defender porque pertenço a determinado grupo.
Tipo de aula: Exposição iconografia exposta em slides pelo professor.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 8.

Ao iniciar a aula o professor deverá organizar 5 grupos, depois ele fará a projeção das
imagens de vários grupos sociais (escolares, políticos, trabalhadores, religiosos dentre outros)
na medida em que forem sendo projetadas as imagens, o educador perguntará: Qual grupo
32

pertence tal fotografia. Concluída essa etapa o professor disponibilizará revistas, livros e
jornais (recorte e colagem) para que os estudantes procurem imagens que falam do grupo que
ele pertence.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 8

Como avaliação da aula será proposto, que os educandos colem no caderno imagens
do grupo que ele se identifica e depois apresente para toda a turma de forma oral e sintética.
Pretende-se por meio dessa avaliação identificar se os educandos conseguem fazer leitura de
imagens e relacionar aos conceitos discutidos na aula.

Sistemática de Avaliação para a Unidade II

A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias. No
final da unidade II, será proposta a construção de um grande mural coletivo, contendo os
artigos de opinião, as histórias em quadrinhos e as imagens de qual grupo os educandos se
identificam. Essa parte da avaliação valerá 5 pontos e os outros 5 serão das produções que
haviam sido realizadas durante a unidade.
Será verificada nessa unidade II, toda a produção dos educandos, com destaque para
os artigos de opinião, cuja atenção maior incidirá sobre a relação entre as Ciências Sociais e o
cotidiano, ou seja, a vida prática.

5.2.3 Unidade III (3° Bimestre) “As Instituições Sociais e o Processo de Socialização”
A) Descrição da Unidade
A proposta desenvolvida nessa terceira unidade destina-se a trabalhar o tema “As
Instituições Sociais e o Processo de Socialização”, referente ao Eixo 1 “Indivíduo e
Sociedade”. A unidade III contempla 8 aulas, sendo cada uma com duração de 50 minutos.
Essa unidade III tem como objetivo pesquisar sobre as instituições sociais e os
processos de socialização, essas pesquisas serão orientadas pelo professor, culminado com
produções de texto e outros gêneros.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos de aprendizagem


33

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 Quais são as Instituições Identificar o que são instituições sociais e quais


Sociais? os tipos.

02 A Instituição Social “Família”. Proporcionar a discussão sobre o papel da


família enquanto instituição social.

03 Novas Configurações da Família. Entender as novas formas de família e suas


modificações ao longo dos tempos.

04 A Instituição Social “Escola”. Perceber a escola como transmissora e


transformadora de atitudes socioculturais.

05 As Relações de Poder na Escola. Debater as inúmeras formas de poder


estabelecidas no contexto da escola.

06 A Instituição Social “Igreja”. Discutir o que é Igreja.

07 Justiça: qual a sua concepção? Refletir sobre as concepções de justiça.

08 A Instituição Social “Estado” Discutir o que é Estado, os três poderes e seus


papeis na sociedade.

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1: Quais são as Instituições Sociais?


Duração: 50 minutos.
Foco: Identificar o que são instituições sociais e quais os tipos existentes.
Tipo de aula: Expositiva e dialogada utilizando o auxilio de slides projetados em data show.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 1.

A presente aula iniciará com a exposição dos conceitos e definições do que é


“Instituições Sociais” e os “Tipos de Instituições Sociais” sendo embasadas pelo texto
disponível em: <http://manguevirtual.blogspot.com.br/2010/08/instituicoes-sociais.html>.
Acesso em jul. 2016. Finalizada a exposição do professor, será aberto para a discussão da
temática.
Sugere-se como recurso didático-pedagógico o uso do livro “Introdução a Sociologia”
de Pérsio dos Santos de Oliveira (2000), especificamente o capítulo 8, As Instituições Sociais,
nesse capítulo Oliveira (2000) apresenta a definição do que são instituições sociais, assim
34

como as diferenças entre grupos/instituição social e ainda problematiza sobre “Família, Igreja
e Estado”.
Sistemática de Avaliação da Aula nº 1

Como avaliação da aula será proposto aos estudantes à escrita de um pequeno texto
relatando os conteúdos expostos pelo professor e o que mais lhe chamou a atenção.

Aula nº 2: A Instituição Social “Família”.


Duração: 50 minutos.
Foco: Valorizar os saberes transmitidos por essa primeira instituição formadora.
Tipo de aula: Pesquisa orientada pelo professor.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 2.

Os educandos deverão ser dirigidos ao laboratório de informática e orientados pelo


educador, lá eles farão uma pesquisa individual buscando letras de músicas diversas que
versem sobre o tema “família”. O educador poderá sugerir algumas letras disponíveis no
endereço eletrônico disponível em: <https://www.letras.mus.br/>. Acesso em jul. 2016.
Cada educando deverá escolher uma letra de música que mais lhe agrada, copiar ou
imprimir (colar no caderno), além disso, os educandos também deverão ser orientados a
trazerem de casa uma fotografia impressa da sua família.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 2

Será proposto como avaliação que o educando construa em casa uma análise reflexiva
escrita por meio de um cartaz. Primeiramente o educando deverá trazer de casa uma fotografia
impressa da sua família e correlacionar com a música escolhida por ele, para só
posteriormente expor no cartaz.
O cartaz poderá ser organizado da seguinte maneira: escreve-se o título ou cola-se um
layout semelhante; coloca-se a foto, e depois a letra da música. Quanto à análise da foto e da
letra da música os educandos deverão fazer oralmente por meio da apresentação individual do
cartaz. Espera-se que nessa tarefa os educandos digam se as letras das canções e a fotografia
retratam as características da instituição família que ele gosta ou defende.
35

Aula nº 3: Novas Configurações da Família.


Duração: 50 minutos.
Foco: Respeitar e entender que os laços de família se modificaram.
Tipo de aula: Debate.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 3.

A aula nº 3 terá seu início com a seguinte reflexão exposta pelo professor: “Quais são
as novas configurações da família? Você concorda ou discorda desses novos laços de
família?” Despois desse questionamento será exposto o vídeo: “Você já parou para pensar nas
inúmeras configurações familiares existentes na escola?” disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=HW3B4RTVrp8>. Acesso em jul. 2016. Após a
projeção do vídeo, o professor deverá intervir no sentido de possibilitar que os educandos
pensem que na contemporaneidade não existe apenas a família tradicional, mas existem
outras.
Concluído a exposição do vídeo e a intervenção do professor, a turma deverá ser
dividida 4 grupos, e os grupos deverão debater sobre as questões colocadas antes da exposição
do filme, ao longo do desenvolvimento da aula, sugere-se que um membro de cada grupo faça
as anotações das ideias que os outros grupos debateram, e se fizeram alguma menção
valorativa a família tradicional como o modelo correto. Finalizada essa etapa cada líder de
grupo deverá ler para a turma o que concluíram sobre a discussão.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 3

Será proposto como avaliação que o grupo construa uma carta aberta mostrando a toda
comunidade escolar, que além da família tradicional formada por pai, mãe e filhos existem
outras que são tão importantes quanto a tradicional. Essa carta será exposta no jornal mural
que os estudantes construirão na aula nº 4. Nessa aula serão avaliados aspectos
argumentativos usados na escrita do gênero textual carta aberta, assim como os discursos
reflexivos em torno dos tipos de família.

Aula nº 4: A Instituição Social “Escola”.


Duração: 50 minutos.
Foco: Perceber a importância da escola como transmissora de saberes e transformadora de
atitudes.
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Tipo de aula: Leitura individual, resolução de questões e pesquisa orientada pelo professor
nos sites do IBGE e do MEC.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 4.


A aula nº 4 será iniciada com a construção do jornal mural para exposição das cartas
construídas na aula anterior. Finalizada a construção que deve durar em média 20 minutos,
logo após, essa confecção será entregue a cada aluno, um texto sobre a instituição escolar
(conforme consta em apêndice) todos deverão ler silenciosamente e depois resolverem as
questões que se encontra abaixo do texto.
A questão 4 como consta no texto de apoio, será resolvida com o auxílio do professor,
pois trata-se de uma pesquisa orientada em bases de dados digitais, nesse caso os educandos
serão encaminhados ao laboratório de informática da escola e lá pesquisarão os dados
estatísticos propostos, nos sites do IBGE e do MEC.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 4

A avaliação dessa aula será com base nos resultados da resolução das questões
respondidas, uma vez que os grupos mostrarão os dados em porcentagem dos brasileiros que
se formaram e se formarão no ensino fundamental, médio e superior nas décadas de 2010 e
2020. Com essa avaliação pretende-se proporcionar aos educandos o contato com as questões
educacionais, assim como o conhecer e interpretar dados estatísticos.

Aula nº 5: As Relações de Poder na Escola.


Duração: 50 minutos.
Foco: Debater e conhecer as inúmeras formas de poder estabelecidas no contexto da escola.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada com projeção de slides.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 5.

Será exposto pelo professor às relações de poder existentes na escola, quem é o


diretor, vice, coordenador, professor, funcionários, alunos e pais, baseados nas ideias de
Marx, Weber e Durkheim, do texto “Relações de Poder no Interior das Instituições” de autoria
de Lemos; Organista (2013) disponível no material do curso de especialização em Ensino de
Sociologia, módulo 2, aula 3, p.170-173, tópico que trata da “Escola”. Além dessa discussão
proporcionada pelo professor os educandos terão como apoio os textos disponíveis na unidade
37

4, do livro didático “Sociologia para o Ensino Médio” de Tomazi (2011), página 97-123 que
trata das questões de “Poder”.
Feito isso um grupo de alunos serão encaminhados para a reunião do conselho escolar
a fim de conhecer a função de cada segmento, e como se dão as discussões/deliberações na
reunião do conselho. O grupo deverá gravar toda a reunião com o aparelho celular para
projeção na aula 8, que tratará do “Estado”.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 5

Propõe-se como avaliação dessa aula 5 a própria construção do vídeo gravado com o
aparelho celular, mas sabendo que o vídeo sozinho não dá conta do debate sobre as relações
de poder na escola, sugere-se que o educador organize a turma em três grupos, o primeiro
grupo fará a exposição do vídeo na sala e o outro articulará o debate tendo como referência o
próprio conteúdo do vídeo, e o terceiro grupo produzira um texto sobre as relações de poder
estabelecidas na reunião do conselho escolar.

Aula nº 6: A Instituição Social “Igreja”.


Duração: 50 minutos.
Foco: Discutir sobre o que é Igreja e a sua função social.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada com projeção de slides.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 6.

A aula será iniciada com a projeção de slides tratando sobre o que é religião, qual o
seu papel social, o que dizem os clássicos da Sociologia sobre a religião. Como apoio
bibliográfico o professor poderá utilizar o texto disponível em: <http://sociologia-
profgisi.blogspot.com.br/2008/11/instituio-social-igreja.html>. Acesso em jul. 2016. Ao
concluir a exposição, propõe-se que o educador faça uma discussão relacionando os aspectos
da religião conceituados pelos clássicos com o mundo prático, tendo como apoio o livro
didático “Introdução a Sociologia” de Pérsio dos Santos de Oliveira (2000), especificamente o
capítulo 8, parte que trata da “Igreja” como uma das principais instituições sociais.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 6


38

A avaliação da aula 6, será composta de uma pesquisa individual feita em casa, na


qual o estudante deverá realizar um levantamento das principais religiões existentes na cidade
do Natal, tendo como objetivo o conhecimento das religiões que exercem práticas sociais em
prol da valorização da vida.

Aula nº 7: Justiça: qual a sua concepção?


Duração: 50 minutos.
Foco: Discutir a concepção de justiça a partir da religião.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada com projeção de vídeo.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 7.

O educador iniciará a aula expondo o documentário “Justiça” da cineasta Maria


Augusta Ramos, disponível em: <http://justicaofilme.com.br/snopsis. php>. Acesso em jul.
2016. Depois de finalizado o filme o professor deverá fazer uma discussão sobre as
concepções de justiça e o cotidiano de quem trabalha com a justiça. Para apoiar a discussão
sugere-se o seguinte texto: COMPARATO, Fábio Konder. JUSTIÇA – rumo à justiça ou a
indignidade? Anexo 10, p. 476-478. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/sociologia.PDF>. Acesso em jul. 2016.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 7

Será proposto como avaliação da aula 7, a construção em grupo de uma resenha crítica
sobre o documentário assistido e discutido em sala, tentando verificar a compreensão dos
educandos em relação as concepções de justiça, bem como a sequência detalhada do filme e a
crítica empregada na resenha, articulando teoria e prática.

Aula nº 8: A Instituição Social “Estado”.


Duração: 50 minutos.
Foco: Discutir o que é Estado, os três poderes e o papel deles na sociedade.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada com projeção de vídeo.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 8.


39

A aula começara com a exposição do vídeo “Qual a diferença entre câmara, senado e
congresso?” Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2ExdX5851Ww>. Acesso
em jul. 2016. Ao finalizar o vídeo o educador fará uma discussão instigadora com a turma,
refletindo sobre o significado do Estado e se os Poderes estão de fato cumprindo o seu papel.
Sistemática de Avaliação da Aula nº 8

Será proposto como avaliação da aula 7, a elaboração de quatro questões com


perguntas e respostas tratando do exposto no vídeo e da discussão desenvolvida em sala de
aula.

Sistemática de Avaliação para a Unidade III

A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias. No
final da unidade III, propõe-se uma aula de campo no centro histórico da cidade de Natal.
Essa visita terá como pontos: a Escola Industrial (IFRN), Igreja Matriz de Nossa Senhora da
Apresentação, Memorial Câmara Cascudo (religiosidade popular), Praça dos três poderes e
Igreja Presbiteriana. Durante a visita os estudantes deverão fotografar e anotar dados que
julga importante, pois será solicitado como parte da nota da unidade, um relatório dessa aula
de campo.

5.2.4 Unidade IV (4° Bimestre) “Mudança Social e Cidadania”


A) Descrição da Unidade
A proposta desenvolvida nessa quarta unidade destina-se a trabalhar o tema “Mudança
Social e Cidadania”, referente ao Eixo 1 “Indivíduo e Sociedade”. A unidade IV contempla 8
aulas, sendo cada uma com duração de 50 minutos.
Essa unidade tem como objetivo entender, valorizar e discutir as questões ligadas à
cidadania e da mudança social, associadas ao contexto do indivíduo na sociedade.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos de aprendizagem

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 A Política em Nossa Vida. Discutir de que maneira a política está presente


40

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

no cotidiano das pessoas.

02 O Poder na mão de Poucos! Debater o porquê do poder se concentrar nas


mãos de poucos.

03 O Poder na Concepção de Karl Ler, interpretar e redigir por meio de cordéis a


Marx. definição e concepção de poder em Marx.

04 O Poder na Concepção de Max Ler, interpretar e redigir por meio de cordéis a


Weber. definição e concepção de poder em Weber.

05 Os Regimes Políticos Interpretar e discutir a partir de textos reflexivos


Brasileiros. os regimes políticos no país.

06 Os poderes executivo, legislativo Conhecer, identificar e relacionar dos três


e judiciário e suas funções. poderes, observando semelhanças e diferenças
quanto à função de cada um.

07 O Voto: o espelho da Apresentar por meio de um teatro a concepção


democracia. do voto na sociedade democrática.

08 Será que há uma cidadania plena Debater ideias semelhantes e contrarias sobre a
no Estado brasileiro? O que cidadania plena no Estado democrático.
podemos fazer com nosso voto?

C) Procedimentos Metodológicos/Detalhamento das Sequências Didáticas

Aula nº 1: A Política em Nossa Vida.


Duração: 50 minutos.
Foco: Discutir de que maneira a política está presente no cotidiano das pessoas.
Tipo de aula: Expositiva e dialogada utilizando o texto “Participação juvenil...”

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 1.

A aula começará com duas indagações: O que é Política? Será que ela se encontra
presente em nossas ações cotidianas? A partir dessas reflexões serão expostos no quadro
branco tópicos que tratam da política na abordagem sociológica. Tendo finalizado a exposição
os estudantes deverão se reunir em dupla para lerem o texto intitulado “Participação Juvenil:
quem ganha é a sociedade civil” disponível em:
41

<https://fundacaoabrinq.wordpress.com/2014/03/21/participacao-juvenil-quem-ganha-e-a-
sociedade-civil/>. Acesso em jul. 2016.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 1

Como avaliação dessa aula 1, será solicitado da dupla a criação de uma charge
referente ao conteúdo do texto e depois a dupla deverá expor sua atividade no jornal mural.

Aula nº 2: O Poder nas mãos de Poucos!


Duração: 50 minutos.
Foco: Debater o porquê do poder se concentrar nas mãos de poucos.
Tipo de aula: Pesquisa orientada pelo professor.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 2.

Os estudantes deverão ser encaminhados ao laboratório de informática, e orientado


pelo educador para que faça uma pesquisa em dupla buscando letras de músicas sobre o tema
poder nas mãos. O educador poderá sugerir algumas letras disponíveis no endereço eletrônico:
<https://www.letras.mus.br/>. Cada dupla deverá escolher uma letra de música que mais lhe
agrada, depois copiar ou imprimir (colar no caderno).
Para apoiar a discussão da aula propõe-se como textos “Democracia” de Renato Janine
Ribeiro, disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/sociologia.PDF>, anexo
11, página 478-479 e o texto intitulado “Chico Buarque e a Ditadura Retratada em Músicas”
disponível em: <http://educacao.globo.com/artigo/chico-buarque-e-ditadura-retratada-em-
musicas.html>. Acesso em jul. 2016.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 2

Será proposto como avaliação que o estudante construa em casa uma análise reflexiva
escrita por meio de um cartaz. Nessa tarefa a dupla deverá dizer se a letra da canção escolhida
retrata fielmente a temática do poder concentrado nas mãos de poucos. Será avaliada nessa
aula a forma como os educandos organizaram as músicas no cartaz e se fizeram uma leitura
crítica articulando os conteúdos dos textos com as letras das músicas.
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Aula nº 3: O Poder na Concepção de Karl Marx.


Duração: 50 minutos.
Foco: Discutir e interpretar o conceito de poder em Marx.
Tipo de aula: Expositiva dialogada com auxilio do texto.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 3.

Será entregue aos estudantes um texto impresso (conforme consta em apêndice) sobre
“O poder na concepção de Karl Marx e de Max Weber”. Já realizada a leitura silenciosa e
depois a leitura compartilhada de cada parágrafo, o professor deverá fazer questionamentos
em torno da definição e concepções de poder idealizado por Karl Marx.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 3

Será proposto como avaliação que o estudante pesquise no link:


http://www.professorjailton.com.br/home/biblioteca/o-manifesto-comunista-em-cordel-
antonio-queiroz-de-franca.pdf, o cordel “O manifesto comunista”. De pose deste texto o
estudante deverá buscar pontos de convergência entre os conceitos trabalhados no texto “O
poder na concepção de Karl Marx e de Max Weber” (lembrando que o foco dessa aula será
apenas a concepção de Karl Marx) como se refere o cordel em destaque.
Será avaliado nessa aula a reflexão, comparação e semelhança feita entre o texto base
e o cordel, inclusive a percepção divergente entre os gêneros textuais utilizados.

Aula nº 4: O Poder na Concepção de Max Weber.


Duração: 50 minutos.
Foco: Discutir e interpretar o conceito de poder em Weber.
Tipo de aula: Roda de conversa sobre a literatura de cordel do tema proposto.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 4.

No primeiro instante da aula, será feito uma exposição pelo professor sobre a
concepção de poder em Max Weber, tendo por base o texto “O poder na concepção de Karl
Marx e de Max Weber” (conforme consta em apêndice). Esse texto será discutido com a
43

turma e depois será proposto que os educandos se reúnam em grupo para escreverem cordéis
sobre o poder na concepção de Weber.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 4

Para essa aula 4, será proposto que os estudantes formem grupos para realizarem a
rescrita de um cordel tratando da concepção de poder, além dessa atividade os estudantes
deverão apresentar exemplos práticos das relações de poder. Propõe-se que esses cordéis
sejam lidos no intervalo da escola para outros alunos. Será considerada nessa aula a
construção dos cordéis, observando a organização dos versos, estrofes, categorias da teoria de
Weber e imagens ou desenhos ilustrativos usados na confecção desse gênero textual.

Aula nº 5: Os Regimes Políticos Brasileiros.


Duração: 50 minutos.
Foco: Interpretar e discutir os regimes políticos do país.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada com o auxílio de vídeo.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 5.

No início da aula será exposto a entrevista do cientista político e professor Vitor


Amorim de Ângelo, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=l8Lm2Lm7wuU>.
Acesso em jul. 2016. Nessa entrevista o professor discute os regimes políticos, tecendo uma
articulando com a vida prática. Concluída a projeção do vídeo, sugere-se que o professor abra
para a discussão, tentando encaminhar os estudantes a refletirem sobre o sistema político
democrático.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 5

Será proposto como atividade de avaliação dessa aula 5, pesquisas em dicionários de


Sociologia e ou sites do Governo Federal, Estadual e Municipal, buscando conhecer a função
dos legisladores e dos administradores (presidentes, governos e prefeitos). Essa atividade
servirá para iniciar as discussões da aula nº 6.

Aula nº 6: Os poderes executivo, legislativo e judiciário e suas funções.


44

Duração: 50 minutos.
Foco: Construir um quadro apresentando a função dos três poderes.
Tipo de aula: Aula prática para produção de um quadro.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 6.

Ao chegar à sala de aula, os educandos serão organizados em grupos. Depois da


reflexão o professor fará uma discussão sobre os três poderes numa república, tendo por base
as ideias do texto didático intitulado “Interdependência dos Três Poderes nas Ideias de
Montesquieu” (conforme consta em apêndice). Finalizada essa parte, o professor deverá
entregar a cada grupo uma folha de isopor, canetas coloridas, cola, tesoura e revistas para
recorte e colagem. Esses materiais servirão para que os grupos construam um quadro
mostrando a função do poder executivo, legislativo e judiciário.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 6

Quanto à avaliação, essa será feita a partir da criatividade de cada grupo e a forma de
apresentação dos dados coletados no dicionário e sites. Observando se eles foram bem
transplantados para o quadro construído com isopor e se fizeram uma reflexão a partir das
ideias de interdependência dos três poderes em Montesquieu, apresentada no texto didático
trabalhado.

Aula nº 7: O Voto: o espelho da democracia.


Duração: 50 minutos.
Foco: Apresentar por meio de um teatro a concepção do voto na sociedade democrática.
Tipo de aula: Aula expositiva dialogada e organização de uma peça de teatro.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 7.

A aula será iniciada com a organização de 4 grupos, depois o professor fará a


exposição de imagens, retiradas do endereço disponível em:
<https://www.google.com.br/search?q=voto&biw=1360&bih=609&source=lnms&tbm=isch
&sa=X&ved=0ahUKEwjD3JK7u7fPAhXEhZAKHZUBAtIQ_AUIBigB#tbm=isch&q=voto+
charge&imgrc=_>. Acesso em jul. 2016. E notícias sobre a questão do voto, disponível em:
45

<http://brasilescola.uol.com.br/politica/importancia-voto.htm>. Após a exposição, o professor


entregará um texto com conceitos de democracia e cidadania, disponível em: <
http://jkcarlossofia.blogspot.com.br/2011/09/apostila-de-sociologia-para-o-3.html>. Acesso
em jul. 2016.
Finalizada essa etapa o professor sorteará duas questões que deverão ser apresentadas
no conteúdo da peça teatral. As questões são: 1. O que é o voto?; Você venderia seu voto?; 2.
Eu venderia meu voto por serviços médicos e uma cesta básica; Eu não venderia meu voto por
dinheiro e nem por um emprego de 4 anos.

Sistemática de Avaliação da Aula nº 7

A avaliação dessa aula será focada em torno dos ensaios, da criatividade, diálogo e
abordagem das questões propostas a cada grupo e expostas no momento da apresentação da
peça teatral, observando se os grupos compreenderam o verdadeiro sentido do voto, enquanto
ato democrático e exercício pleno da cidadania.

Aula nº 8: Será que há uma cidadania plena no Estado brasileiro? O que podemos fazer com
nosso voto?
Duração: 50 minutos.
Foco: Debater ideias semelhantes e contrarias sobre a cidadania plena no Estado democrático.
Tipo de aula: Júri simulado.

Detalhamento dos procedimentos metodológicos para a Aula nº 8.

O júri simulado será organizado em 2 momentos. Devendo ser considerado que a


turma foi divido em 4 grupos na aula anterior e os educandos já haviam tomado conhecimento
dos procedimentos do júri, desde a questão norteadora da discussão até o papel que cada
grupo deverá exercer. No primeiro momento: O grupo verde (defesa) tem 15 minutos para
defender com argumentos positivos a seguinte máxima: “O voto deve ser comprado!”. O
grupo vermelho (acusação) tem 15 minutos para acusar com argumentos negativos à máxima:
“O voto deve ser comprado!”. No segundo momento: O grupo branco (júri) tem 15 minutos
para apresentar a sentença favorável à máxima: “O voto deve ser comprado!” destacando qual
o grupo melhor argumentou teoricamente a questão posta.
46

Sistemática de Avaliação da Aula nº 8

A avaliação dessa aula será focada na produção de uma campanha de esclarecimento,


advertindo que o voto trata-se de uma arma poderoso do cidadão no Estado democrático e que
por isso é crime a venda e compra do voto. Os estudantes poderão seguir o que diz a Lei nº
9.504/97, disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9504.htm>.
Essa Lei deverá ser disponibilizada pelo professor antes da preparação do júri e se
possível discutida entre cada grupo, pois a sentença deverá ser embasada por meio dela.

Sistemática de Avaliação para a Unidade IV

A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias e a
criatividade. No final da unidade IV, será aplicada uma prova com questões de múltipla
escolha e discursivas (conforme consta em apêndice). Essa prova valerá a metade da nota, ou
seja, cinco pontos, os outros restantes dos pontos virão das atividades avaliativas realizadas
em cada aula dessa unidade.
47

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Elaborar uma proposta de trabalho para o componente curricular de Sociologia, no


segmento do Ensino Médio foi o objetivo maior desse documento, mas refletir sobre o eixo 1
“Indivíduo e Sociedade” e seus respectivos temas e subtemas confessa-se não ter sido nada
simples, pelo contrário exigiu-se bastante pesquisa e organização para que se pudesse
apresentar planos de ensino composto por metodologias significativas e que potencializassem
cada vez mais a reflexão e o diálogo do educando.
Pensar todos os temas e subtemas elencados no eixo 1 “Indivíduo e Sociedade” foi de
certo modo uma escolha teórica e didático-pedagógica, pois caso quiséssemos
implementaríamos uma discussão fundamentada em metodologias dialógicas, polifônicas e
participativas que mais se aproximasse do fazer crítico, flexível e significativo. Considerando
toda essa singularidade decidiu-se desenvolver essa proposta de trabalho dentro de um fazer
crítico, flexível e significativo.
O fazer crítico, reflexivo e significativo mistura-se aos meios didáticos pedagógicos,
inovando assim ainda mais a prática pedagógica, deixando a atividade docente mais dinâmica.
Inovar não é só colocar um vídeo para os estudantes assistirem e depois realizarem um
exercício de fixação qualquer, mas é fazer uso desses recursos nas práticas sociais ou
cotidianas.
Introduzir as mídias como recursos pedagógicos nas aulas de Sociologia foi é de certa
forma inovar e querer fazer algo que em algumas realidades é, muitas vezes, quase
impossível. Diz-se isso porque muitas de nossas escolas até têm computadores, mas quase
todos destruídos por falta de manutenção ou porque as pessoas que ali trabalham não são
especializadas na tarefa do uso das novas tecnologias, estando ali presentes apenas porque
foram mandadas para executar tal função.
Todo esse pensar pedagógico proporcionado pela formação continuada em nível de
pós-graduação lato sensu em Ensino de Sociologia para o Ensino Médio, pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte e a SEDIS/UFRN, fez-me ressignificar e entender que não é
possível formar o educando sem que haja um processo continuo de reflexão de uma teoria e
de uma didática específica como é o caso do componente curricular de Sociologia.
Com essa base já ressignificada, e adquirida nesse curso de formação continuada de
professores, destaca-se que a partir de agora, não terei medo de provocar os educandos e nem
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desafiá-los para atitudes que demandem deles um posicionamento frente aos novos desafios
da sociedade, pois é assim que o processo de ensino e aprendizagem acontece. Ensinar e
aprender não é apenas ir para uma sala de aula e expor conteúdos, mas é uma construção
tecida por meio dos conteúdos e pelas atitudes sociais estabelecidas entre as pessoas. É
realizar uma leitura do mundo, porém de forma crítica e reflexiva.
Para finalizar, recomenda-se que os gestores das escolas e os governantes
implementem outros programas e ou políticas públicas voltados à qualidade do ensino, assim
como a experiência exitosa da formação de professores para o ensino de Sociologia na
modalidade EaD, que já passaram a dar frutos e como resultado deste, tem-se essa proposta de
trabalho para o componente curricular de Sociologia, especialmente 1º ano do Ensino Médio,
de qualquer escola pública brasileira.
49

REFERÊNCIAS

AMAURY, C. M. et al. Curso de Especialização em Ensino de Sociologia: nível médio:


módulo 1. Cuiabá, MT: Central de Texto, 2013.

ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do


trabalho. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2009.

BERGER, Peter; BERGER, Brigitte. Socialização: como ser um membro da sociedade. In:
FORACCHI, Marialice M. e MARTINS, José de Souza (Org.). Sociologia e sociedade. Rio
de Janeiro: Livros Técnicose Científicos, 1990.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de


sociologia do conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 24 de Jun. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares


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Nacionais para o Ensino Médio, Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília, DF, vol.
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01 de Ago. 2016.

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COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014.

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GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC,1989.

GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca. Anexo III - Projeto de Pesquisa da UFU – Sociologia


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MORAES, Amaury C.. de et al. Curso de Especialização em Ensino de Sociologia: nível


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TOMAZI, Nelson Dácio et al. Iniciação à Sociologia. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Atual,
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TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia Para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2011,
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ensino-medio-nelson-dacio-tomazi-blog-conhecimentovaleouroblogspotcom.html. Acesso em
19 de set. 2016.
51

APÊNDICES
52

Escola a Voz da Sociedade


Natal, _____de _____________de 2017
Professor Indivíduo
Aluno (a):________________________________________________, 1º Ano, Turma:_____.

EXERCÍCIO DE SONDAGEM: I UNIDADE, AULA 1, 1º BIM. “SOCIOLOGIA”

2. Descreva o que você entende pelo termo “Sociedade”


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.

2. Você já estudou a disciplina de Sociologia? Caso sim; Comente o que ela trata.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.

3. Na sua concepção o que é a Escola? Você acha que a única função da escola é só transmitir
conteúdos? Explique.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
53

Escola a Voz da Sociedade NOTA: _________.


Natal, _____de _____________de 2017
Professor Indivíduo
Aluno (a):________________________________________________, 1º Ano, Turma:_____.

I PROVA: I UNIDADE, AVALIAÇÃO, 1º BIMESTRE “SOCIOLOGIA”

2. Com base nos estudos e discussões realizados nessa primeira unidade, estabeleça um
paralelo entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico, lembre-se de
fazer referência a ciência da Sociologia.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.

2. Apresente os objetivos do processo de socialização conforme a visão de Durkheim. (2,0)


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.

Boa Sorte!
54

TEXTO: AULA 06, UNIDADE II, 2º BIMESTRE “SOCIOLOGIA”

TIPOS DE SOCIEDADE

Sociedade Civil: se refere à totalidade das organizações e instituições cívicas


voluntárias que formam a base de uma em funcionamento, por oposição às estruturas apoiadas
pela força de um estado.
Sociedade Indígena: a característica principal da população indígena do Brasil é a sua
grande heterogeneidade cultural. Vivem no Brasil desde grupos que ainda não foram
contatados e permanecem inteiramente isolados da civilização ocidental, até grupos indígenas
semiurbanos e plenamente integrados às economias regionais. Independentemente do grau de
integração que mantenham com a sociedade nacional, esses grupos aculturados preservam sua
identidade étnica, se auto identificam e são identificados como índios.
Sociedade Burguesa: é uma classe social que surgiu na Europa na Idade Média com o
renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comercio de mercadorias e prestação de
serviços.
Sociedade Sustentável: sociedade sustentável é aquela que satisfaz as suas
necessidades sem diminuir as possibilidades das gerações futuras de satisfazer as delas.
Sociedade Empresária: é um tipo de aglutinação de esforços de diversos agentes,
interessados nos lucros que uma atividade econômica complexa, de grande porte, que exige
muitos investimento e diferentes capacitações, promete propiciar. É a que explora uma
empresa, ou seja, desenvolve atividade econômica de produção ou circulação de bens e
serviços, normalmente sob a forma de sociedade ou sociedade anônima.

Fonte: texto adaptado para fins didáticos conforme disponível no blog:


http://bragaig.blogspot.com.br/2011/05/sociologia-tipos-de-sociedade.html. Acesso em 15 de
set. 2016.
55

Escola Voz da Sociedade

PROPOSTA: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO (AULA 7, UNIDDADE II, 2º BIMESTRE)

Professor Indivíduo

QUESTÕES

Com base no vídeo sobre “O que é Comunidade???” disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=m_Eh6sDCNo0. Faça o que se pede:

1. Em relação ao conceito de comunidade exposto no vídeo é certo afirmar:

I - Comunidade é qualquer grupo de pessoas e de animais;

II - Comunidade é apenas um grupo de animais sociais;

III - Comunidade pode ser, por exemplo, a família, os rockeiros, os quilombolas;

IV - Comunidade são várias pessoas juntas que se ligam por ideias comuns.

É ou são correta(s) a(s) alternativa(s):

A) I, II e III B) I, III e IV C) Apenas I D) I e IV.

2. Marque a alternativa incorreta no que diz respeito à comunidade:

A) Toda comunidade deve ter por obrigação pessoas que compartilham dos mesmos gostos;

B) Comunidade é uma forma de partilha de mesmos interesses sociais e humanos;

C) Dentro de uma comunidade pode haver outras comunidades;

D) Comunidade é uma necessidade humana e social.

3. Descreva de forma sintética o que mais lhe chamou atenção no vídeo.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
56

___________________________________________________________________
__________________________________________________________________.

4. Estabeleça as diferenças e ou semelhanças entre sociedade e comunidade.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________.
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TEXTO: AULA 04, UNIDADE III, 3º BIMESTRE “SOCIOLOGIA”

INSTITUIÇÃO ESCOLAR

A escola é um dos mais importantes espaços de socialização das sociedades modernas. É através dela
que se podem promover certos valores que serão assumidos pelos indivíduos e que os definirão como
parte de determinada cultura ou nação.
A escola como se conhece na atualidade surgiu na Idade Moderna juntamente com as indústrias. A
burguesia que dividiu o trabalho para produzir mais no interior das fábricas fez o mesmo com o
conhecimento, escolheu determinados saberes e os dividiu em séries, além disso, impôs à escola que
nascia a mesma disciplina criada para a indústria.
Isto significa que os trabalhadores não fizeram parte do processo de constituição da escola, assim, a
classe dominante até hoje impõe seu ponto de vista sobre determinados fatos e acontecimentos. As
características valorizadas pela burguesia passam a ser transmitidas pelas escolas como se fossem os
valores fundamentais de toda a sociedade.
No Brasil, por exemplo, durante muito tempo, os livros escolares fizeram com que diversas gerações
acreditassem que os responsáveis pelas transformações históricas são apenas os grandes heróis, as
grandes personalidades que pertenciam às classes abastadas. E por outro lado, muitos acontecimentos
históricos liderados pelo povo praticamente desapareceram dos livros.
Entretanto, a escola é mesmo contraditória, pois se por um lado reproduz os valores das gerações mais
antigas e da burguesia, por outro lado, como ela abriga a juventude sempre foi um lugar de inovação,
de rebeldia e de crítica.
Um dos sociólogos mais importantes que pesquisam a instituição escolar é o francês Pierre Bourdieu
que criou a teoria reprodutivista que criticava ao alertar que a escola é responsável por reproduzir em
seu interior as desigualdades sociais e os preconceitos. Além disso, percebe que a escola ignora as
características culturais dos alunos de periferia ao impor os valores e costumes da classe dominante.
Para que isto não aconteça, Bourdieu acreditava que seria preciso a escola tomar consciência de seu
papel, do que faz e do que poderia fazer para transformar a realidade ao seu redor.
Outro sociólogo relevante foi Durkheim que via como positivo o fato da escola se esforçar em fazer
com que a geração mais nova seja a mais próxima possível dos costumes e valores da geração anterior.
No Brasil existe o educador Paulo Freire que acreditava que a escola poderia emancipar o homem,
porque segundo ele, quanto mais conhecimento, maiores serão as opções na hora da tomada de alguma
decisão. Isto significa que o saber pode libertar os trabalhadores da ignorância que o sistema
capitalista impõe a eles.
Para tanto, é necessário que o professor conheça o aluno, sua realidade social, seus costumes para
58

fazer com que o conhecimento faça sentido para o aluno e assim ele o incorpore como realmente seu,
podendo transformar sua vida e o mundo ao seu redor.
Fonte: Texto adaptado do blog Sociologia no Ensino Médio, disponível em:
http://lucianapauladasilvadeoliveira.blogspot.com.br/2011/01/instituicoes-sociais.html

ATIVIDADE

1) Como surgiu a escola, nos moldes como se conhece hoje?


2) O que pensa Bourdieu, Durkheim e Freire sobre a escola?
3) De que forma o texto trata a educação no Brasil?
4) Pesquise sobre a porcentagem dos brasileiros que se formaram e/ou que se formarão no
ensino fundamental, médio e universitário na década de 2010 e 2020, nos sites do IBGE e
MEC.
59

TEXTO: AULA 04, UNIDADE IV, 4º BIMESTRE “SOCIOLOGIA”

O PODER NA CONEPÇÃO DE KARL MARX E MAX WEBER

O poder

Antes de qualquer conceituação sobre a concepção de poder com esses dois clássicos
da Sociologia é interessante definir o que é poder. O termo poder traduz-se como sendo algo
que se exerce, que se efetua, que funciona, ou seja, é em ação que se analisa o poder. Nada
nessa vida social está isento de poder, ainda mais nos contexto da relação entre indivíduo e
sociedade.

O poder está sempre presente nas relações sociais e é exercido como uma
multiplicidade de associações de forças. É o que se dá quando mantemos preconceitos contra
nosso semelhante, nenhum indivíduo nasce preconceituoso, pelo contrário ele aprende esse
comportamento no social, sendo que esse tal comportamento foi influenciado e está
submetido a algum poder. Quando alguém é vítima de preconceito racial, essa ação tem
origem e funcionalidade políticas, inclusive serve para justificar formas de exploração e de
dominação.

Concepção de Karl Marx

Já apresentado a definição de poder em linhas gerais é hora de mostrar o que pensa


Marx e Weber sobre o poder. Para Karl Marx, as formas de poder se dão a partir da divisão do
trabalho e da propriedade privada. Na divisão do trabalho enuncia-se a atividade, na
propriedade privada o produto desta atividade. Nesse caso a divisão implica na contradição
entre o interesse particular e o interesse coletivo, fazendo com que este último adquira uma
qualidade de Estado, uma forma independente, além dos interesses das classes.

Concepção de Max Weber

A concepção de poder para Max Weber define-se como a possibilidade de impor a


própria vontade ao comportamento alheio. Max Weber parte do modelo teleológico da ação:
um sujeito individual (ou um grupo que pode ser considerado como um indivíduo) se propõe
um objetivo e escolhe os meios apropriados para realiza-lo.
60

De acordo com as ideias de Max Weber o sucesso da ação consiste em provocar no


mundo um estado de coisas que corresponda ao objetivo desejado. Na medida em que tal
sucesso depende do comportamento projetado. É essa a capacidade de disposição sobre meios
que permite influenciar a vontade do outro que esse clássico da sociologia chama de poder,
logo podemos dizer que poder significa aquela probabilidade de realizar a própria vontade,
dentro de uma relação social, mesmo em face de resistência.

Fonte: Texto adaptado para fins didáticos pedagógicos.


61

TEXTO: AULA 06, UNIDADE IV, 4º BIMESTRA “SOCIOLOGIA”

INTERDEPÊNCIA DOS TRÊS PODERES NAS IDEIAS DE MONTESQUIEU

MONTESQUIEU (1689 – 1755)

A sua mais importante obra é o “Espírito das leis”, trata das instituições e das leis,
numa acepção ampla, Mo ntesquieu reconhece a importância das leis como um sistema
universal, a natureza segue suas leis, a força divina também tem suas leis, assim também a
sociedade.
Para Montesquieu, as leis da organização social tem a ver com Deus, estando ligados
pelo vinculo da moral e da religião, bem como pela natureza – não somos sujeitos apenas às
leis do Estado. Obedecemos também às leis divinas, às leis da natureza física.
Neste sentido Montesquieu propõe a divisão dos três poderes independentes com
objetivo de evitar o arbítrio e a violência:

Executivo – responsável em cumprir as leis;


Legislativo – responsável em elaborar as leis;
Judiciário – responsável em garantir o cumprimento das leis.

Para Montesquieu somente assim o poder estará descentralizado e equilibrado na


sociedade, pois: “só o poder freia o poder”.

MAQUIAVEL (1469 – 1527)

É considerado um dos fundadores da ciência política, sua principal obra é: O Príncipe.


Para Maquiavel, o príncipe (político) age em nome do bem comum, por isso, suas ações não
devem ser avaliadas por uma ética ou moral cristã típica da época medieval, mas pela ação
política enquanto vontade de seu povo, por isso, o príncipe (político) deve usar de todos os
meios para atingir o fim, ou seja, tudo que necessário para atender a necessidade de sua nação
(do povo, do bem comum). O príncipe de Maquiavel não é bom nem mau apenas um político
em defesa da soberania e manutenção do seu Estado.
Apresenta três categorias elementares de maneiras necessárias para a conquista e a
manutenção do poder e que formam um conjunto de ação política:
Virtu – é aquele que apresenta características especiais como inteligência, talento,
coragem, etc. suas próprias armas tem capacidade de perceber o jogo de força da política,
conquistando e mantendo o poder, pode ser bom e justo ou cruel e violento dependendo da
necessidade para o bem comum.
Fortuna – é a ocasião, acaso, o momento de ser precavido, oportuno (não
oportunista), por isso, virtu e fortuna se combinam.
Velhacaria – atitudes necessárias para a conquista e manutenção do poder como
traição, manipulação, promessas, persuasão.
É por tudo isso, que os leitores de Maquiavel, afirmam que em suas obras podemos
interpretar que: “os fins justificam os meios”.
Fonte: Texto adaptado do blog Sociologia Hoje, disponível em:
http://jkcarlossofia.blogspot.com.br/2011/09/apostila-de-sociologia-para-o-3.html.
62

Escola a Voz da Sociedade NOTA: _________.


Natal, _____de _____________de 2017
Professor Indivíduo
Aluno (a):________________________________________________, 1º Ano, Turma:_____.

IV PROVA: IV UNIDADE, AVALIAÇÃO, 4º BIMESTRE “SOCIOLOGIA”

1. Sobre o termo “Política” é possível afirmar:


I – A palavra política vem do inglês e significa “guerra na cidade”;
II – Política é uma palavra de origem grega Polis, que quer dizer “cidade”;
III – Na Polis grega os cidadãos participavam ativamente das decisões e definições dos
destinos da cidade;
IV – A política está relacionada à sociedade como um todo, ao elemento de interesse público
ou da coletividade.
A alternativa correta é:
a) I, II e III b) Apenas a II c) II, III e IV d) Todas as afirmativas estão corretas
2. Considerando a análise dos movimentos sociais, qual sociólogo identifica os três
princípios: Identidade, oposição e totalidade?
a) Karl Marx
b) Emile Durkheim
c) Max Weber
d) Alan Touraine
3. Segundo Karl Marx a classe operária tem interesse e capacidade para transformar a
sociedade capitalista por meio da ação revolucionária. Para esse teórico clássico, as classes e
as lutas teriam não só a primazia da transformação desta. Sendo assim assinale a alternativa
que representa um movimento operário.
a) Marcha para Jesus c) Movimento dos sem terra (MST)
b) Êxodo d) União dos Estudantes do Brasil
4. Os professores da rede pública de Natal, reunidos em assembleia com o SINTE-RN, na
Assem, no dia 19 de fevereiro de 2016, decidiram por unanimidade interromper
provisoriamente as atividades docentes, eles desejam que com essa ação o prefeito e a
representante da pasta de educação atendam as suas reinvindicações. Diante dessa situação é
correto afirmar:
a) Essa atitude configura-se como uma greve;
b) Essa atitude configura-se como um movimento de sabotagem política;
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c) Essa atitude configura-se como uma negação dos direitos dos estudantes;
d) Essa atitude configura-se como um ato de guerra civil contra a sociedade.
5. Em um Estado democrático existem os três poderes como mostra a imagem abaixo. Cada
um deles tem uma competência, que são:

a) Administrar as cidades, Estados e Países; Elaborar as Leis; Aplicar as Leis.


b) Ministrar cursos de administração pública e de gestão escolar.
c) Administrar os Estados brasileiros e aplicar as Leis democráticas.
d) Cuidar do bem estar social; Votar as Leis e outorgar.
6. A Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 6º declara que todo cidadão brasileiro tem
direito a:
a) Educação, Saúde, Trabalho, Segurança, previdência social, proteção à maternidade e a
infância e viagem ao Mercosul;
b) Educação, Saúde, Trabalho, lazer, Segurança, previdência social, proteção à maternidade e
a assistência aos desamparados;
c) Educação, Saúde, Trabalho, Segurança, previdência social, proteção à maternidade e a
assistência aos desamparados;
d) Educação, apoio psicológico, nutricional, lazer e bem estar.
7. Com base nas discussões e leituras realizadas em sala de aula sobre “A política em nossa
vida”, assinale a concepção de “Poder” teorizada por Karl Marx:
a) O poder é uma possibilidade de impor a própria vontade ao alheio, ou seja, é a capacidade
de disposição sobre meios que permite influenciar a vontade de outrem.
b) O poder é uma forma ideológica do cidadão exercer por meio das instituições sociais a sua
hegemonia.
c) O poder está fundamentado na propriedade privada e relacionado a divisão social do
trabalho. Os indivíduos que possuem propriedades pertencem às classes dominantes, já
aqueles que nada possuem, a não ser a força de trabalho, constituem as classes dominadas.
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Essa divisão promove a luta de classes, isto é, uma luta pelo poder e sua realização na
sociedade.
d) O poder é uma espécie de mudança de mentalidade, essa mudança seria possível através da
educação escolar. O poder reside nas relações sociais e não no aparelho de Estado.
10. Na segunda semana do mês de fevereiro do ano de 2016, a câmara dos vereadores da
cidade de Natal, deu inicio ao processo de aprovação do plano de educação municipal. Dentro
desse documento continha uma redação tratando da ideologia de gênero. O fator gênero gerou
no plenário uma grande discussão, pois a maioria da bancada vetou esse tema, advertindo que
a questão de gênero é competência da família e não da escola. Considerando toda essa
problemática disserte em sete linhas um breve texto argumentativo se posicionando contra ou
a favor da ideologia do gênero ser trabalhada na escola ou não.

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Boa Sorte!

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