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NATAL – RN
JULHO/2016
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NATAL/RN
2016
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 49
APÊNDICES
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1 INTRODUÇÃO
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Segundo Skandar; Leal (2002) o francês Augusto Comte (1798-1895) é conhecido como o iniciador do
positivismo, mas historicamente já se sabe que houve outros estudiosos que influenciaram esse pensador.
Augusto Comte defendia que se investigasse a sociedade com os meios e métodos usados na matemática e na
física, ou seja, a sociedade deveria ser organizada com base nos princípios da racionalidade. As ideias do
positivismo de Comte chegaram ao Brasil em meados do século XIX. As ideias positivistas encontraram boa
receptividade entre muitos oficiais do exército. Com um currículo voltado para as ciências exatas e para a
engenharia, a educação se distancia da tradição humanista e acadêmica, havendo uma certa aceitação das formas
de disciplina típicas do positivismo. As palavras “ordem e progresso” que fazem parte da bandeira brasileira
indicam claramente a influência positivista. Na década de 70 deste mesmo século, a escola tecnicista teve uma
presença marcante. A valorização da ciência como forma de conhecimento objetivo, passível de verificação
rigorosa por meio da observação e da experimentação, foi importante para a fundamentação da escola tecnicista
no Brasil.
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Conforme Nova (2011) tal Reforma aconteceu a partir de 1942 em meio ao Estado Novo e foi marcada pela
articulação entre os ideais nacionalistas de Vargas e o projeto político para a educação. Foi a Reforma Capanema
que enfatizou o dualismo do ensino brasileiro.
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Diferentemente desse contexto exposto nos anos de 1984 e 1985, acontece alguns
avanços em relação à disciplina de Sociologia, diz-se isso porque a educação pública passa a
fornecer cursos de atualização em Sociologia e em 1986 realiza o primeiro concurso público
para admissão de professores na disciplina de Sociologia em São Paulo.
Após três anos, ou seja, em 1989, incluiu-se um artigo na legislação educacional
brasileira obrigando ao poder público, a oferta do ensino de Sociologia no 2º grau, o que de
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De acordo com Morais et al (2013, p.61) a aprovação da Lei 7.044/82 propõe o fim da obrigatoriedade da
profissionalização no 2º grau, que não estava efetivando nem a preparação para o mercado de trabalho, nem a
continuidade dos estudos no ensino superior. A partir dessa nova lei surge a Resolução nº 06, do Conselho
Federal de Educação, que reformulou o currículo de 2º grau e colocou a possibilidade de existência de dois tipos
de curso: o acadêmico, para a formação geral do aluno, e o profissionalizante, de acordo com o interesse da
escola diante das necessidades do mercado de trabalho. Daí então a Sociologia passa a constar da parte
diversificada do currículo, principalmente nos cursos acadêmicos.
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fato não se efetiva, uma vez que não havia interesse dos representantes do poder manter uma
disciplina tão polêmica e crítica.
No ano de 1990, a Sociologia volta às salas de aula do Ensino Médio brasileiro, por
força da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96, com destaque para o artigo 36,
estabelecendo que a Sociologia e a Filosofia fossem vistas como sendo conhecimentos
necessários ao exercício cidadania. A partir de então alguns vestibulares passaram a cobrar
em seus exames domínios de conteúdos de Sociologia, como é o caso da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU).
Diante desse contexto histórico, em que a Sociologia se estrutura no Brasil, e da sua
obrigatoriedade no Ensino Médio, conforme rege a LDB, Nº 9.394/96, questiona-se: Por que
estudar Sociologia nesse segmento de ensino? Para que serve o componente curricular de
Sociologia?
Para responder esses dois questionamentos levantados, adverte-se que a Sociologia
deve ser estudada porque se trata de um conhecimento científico importante para a preparação
dos jovens frente à tecnologia e ao mundo do trabalho, como afirma Santos (2004) e também
para o pleno exercício da cidadania.
A Sociologia é a ciência que estuda a sociedade, assim como os atores sociais que dela
fazem parte, o estudo dessa ciência possibilita ao estudante pensar a sociedade, os atores
sociais e as instituições sociais de maneira crítica e reflexiva.
As ideias de Guimarães (2004) fazem-me recordar quando nos anos de 1990, ainda
estudante do Ensino Técnico Profissionalizante de Assistente em Administração, na Escola
Estadual Professor Anísio Teixeira em Natal/RN, a disciplina de Sociologia era introduzida
em minha vida como sendo uma ciência teórica que objetivava apenas conhecer o pensamento
de grandes estudiosos como Karl Marx, Durkheim e Max Weber.
Rememoro que a metodologia aplicada tinha como base uma perspectiva tradicional,
centrada na aula expositiva, sem haver a discussão e reflexão das definições expostas pelo
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professor, depois da exposição sem diálogo o docente copiava no quadro negro um exercício
de fixação mecânico e assim, nós reproduzíamos aquelas informações transferidas, uma
espécie de “conhecimento bancário”4.
Quando cheguei ao curso superior de Ciências da Religião nos anos 2000, na
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) deparei-me com a disciplina de
Fundamentos de Sociologia e Sociologia da Educação e depois Sociologia das Religiões I e
II, não mais como no Ensino Básico, dessa vez tratava-se de um estudo mais aprofundado,
com foco nas pesquisas, discussões, análises e reflexões da teoria sociológica como um todo.
Recordo-me que os estudos da Sociologia serviam para fundamentar o objeto de
estudo das Ciências da Religião, o fenômeno religioso, isso num olhar sociológico, como por
exemplo, investigar os ritos e cultos sagrados sobre a concepção de Durkheim, a ideologia da
religião como sendo o ópio do povo em Karl Marx e pensar o próprio indivíduo como ator
social, implicados no grande sistema econômico, político e cultural.
O curso de Ciências da Religião não era uma graduação em Sociologia ou Ciências
Sociais, mas foi o primeiro passo para que eu pudesse compreender a ciência da sociedade
como tal, e mais que isso, aplicá-la como um dos instrumentos em minha vida, de modo a
refletir sobre a minha condição de cidadão de direito e de deveres.
Educar o estudante para que ele seja crítico, reflexivo e participativo, é tarefa nobre,
uma vez que há uma emergência em proporcionar ao estudante um conhecimento
eficientemente significativo e que ele possa fazer uso nas diversas situações da vida em
sociedade, demandando saberes integrais (humanísticos, técnicos e científicos), mas não
esquecendo jamais dos conhecimentos prévios construídos por ele socialmente e
historicamente.
Tendo a consciência de que educar é um ato social, que serve para o convívio do
indivíduo na sociedade, é que em 2005 quando fui convidado para lecionar a disciplina de
Sociologia, nas turmas de 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Governador Walfredo
Gurgel, experimentei aplicar a didática de Paulo Freire (1996) para formar jovens com
atitudes críticas e reflexivas, sendo conhecedores de seus direitos e deveres.
Os direitos e deveres eram trabalhados por meio de conteúdos próximos da realidade
de vida dos educandos, tais conteúdos versavam, por exemplo, sobre a violência no seu
bairro, a falta de moradia, de saúde e de educação de qualidade.
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De acordo com Freire (1996) o conhecimento bancário é o acúmulo de conteúdos em que o professor tentar
colocar na cabeça do estudante sem que ele faça relação alguma com os saberes já adquiridos ao longo da vida.
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Rememoro que tentava relacionar os textos teóricos com os fatos sociais. Nas aulas
expositivas havia sempre os momentos de discussões e diálogos. Os diálogos eram sempre um
momento de aprendizagem, pois no momento da convergência das ideias que se fazia valer à
tolerância às concepções contrárias. Nas aulas em que eram utilizados recursos como vídeos e
ou documentários ocorria sempre um debate sobre o tema gerador abordado nos mesmos,
desse modo articulava-se os saberes prévios dos estudantes com os projetados nos vídeos ou
documentários, dando sentido aos temas trabalhados.
Uma das motivações tecidas na prática pedagógica de Sociologia no Ensino Médio era
desenvolver os conteúdos de modo a favorecer a interdisciplinaridade, articulando os saberes
das ciências humanas com outras ciências trabalhadas no Ensino Médio. Exemplo disso, eram
os júris simulados, realizados como propostas de ensino (técnicas) que abordavam os temas e
subtemas, muitas vezes polêmicos, como é o caso do aborto, da eutanásia e da clonagem
humana.
Nesse cenário, tentavam-se articular as concepções de mundo trazidas pelos estudantes
aos temas polêmicos discutidos nas aulas. Os conteúdos eram trabalhados de maneira
dinâmica e interessante, permitindo ao educando se expressar e refletir sobre a teoria
implicada numa vida prática.
Quanto ao planejamento, compreendia-se que ele deveria ser flexível e partilhado com
os educandos, permitindo que eles sugerissem por meio de um registro escrito, como
gostariam que fossem as aulas de Sociologia. Mesmo considerando as opiniões dos
educandos, o planejamento tinha fundamentação teórica e sistematização metodológica.
Seguiam-se os tramites de um plano de trabalho, com tema, objetivos, conteúdos,
metodologia, recursos didáticos, avaliação e bibliografia, como o proposto aqui.
Além de considerar o planejamento, devem-se levar em conta os objetivos do Ensino
Médio, a clientela e o tipo de instituição, que nesse caso destina-se a alunos do 1º ano do
Ensino Médio de uma escola pública estadual.
Em relação aos objetivos do Ensino Médio apresenta-se o que fala os Parâmetros
Curriculares Nacionais:
Todos esses objetivos destacados acima reforçam cada vez mais a importância de um
planejamento didático-pedagógico, tendo como foco a formação integral do estudante,
propiciando a ele o contato com sistemas de conhecimentos sobre o universo social,
instigando a capacidade de suscitar um posicionamento crítico, reflexivo e atuante frente às
práticas humanas.
Para entender a complexidade da formação humana, em especial no componente
curricular de Sociologia, foi que se buscou essa formação continuada por meio da
especialização lato sensu em Ensino de Sociologia para o Ensino Médio, ela capacitou-me no
sentido de exercitar e ressignificar novas formas de ler os fenômenos societários, interpretá-
los, problematizá-los e, em alguns momentos, intervir sobre eles, transformando assim a
minha prática pedagógica e subsidiando a construção dessa proposta de trabalho para ser
executada no 1º ano do Ensino Médio, no componente curricular de Sociologia, no âmbito de
uma escola pública estadual.
Essa proposta de trabalho, que ora se apresenta foi organizada em uma justificativa,
tratando do porquê da escolha do eixo temático “Indivíduo e Sociedade”, no 1º ano do Ensino
Médio. No item três tem-se um delineamento da metodologia para construção desse plano de
trabalho. No tópico quatro descrevem-se os objetivos gerais desse plano anual de ensino. Já o
item cinco compõe-se pelo detalhamento dos planos de ensino, nessa parte existem 32 panos
de aula, com identificação, objetivos, conteúdos, metodologias, atividades propostas e
avaliação. E, para finalizar têm-se as considerações finais e as referências, como forma de
consulta de material bibliográfico.
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Esse plano de trabalho configura-se como sendo uma proposta pedagógica a ser
executada no 1º ano, do Ensino Médio, especificamente no componente curricular de
Sociologia, abordado no eixo temático 1, “Indivíduo e Sociedade”, cujos temas e subtemas
seguem no quadro abaixo:
INDIVÍDUO E SOCIEDADE
TEMAS SUBTEMAS
Sociologia Como Ciência Conhecimento Científico Versus Senso
Comum;
Ciência e Educação.
As Ciências Sociais e o Cotidiano As Relações Indivíduo-Sociedade;
Sociedades, Comunidades e Grupos.
As Instituições Sociais e o Processo de Família, Escola, Igreja e Justiça;
Socialização Socialização e Outros Processos Sociais.
Mudança Social e Cidadania As Estruturas Políticas;
Democracia Participativa.
(portátil) e cotidiano, fora do contexto estático dos projetos de pesquisa mais densos e
demorados, inclusive permitindo ao pesquisador antecipar a prática da pesquisa sem haver
necessidade de vínculo ou fomento institucional, bastando apenas observar as coisas
cotidianas com um olhar investigativo.
Nessa perspectiva o educador promove o contato cognitivo do educando com o pensar
sociológico utilizando de recursos metodológicos que permita a mediação do conhecimento
das Ciências Sociais com a imaginação sociológica do estudante.
Nas palavras de DUMONT (1997 apud MORAES, Amaury C. et al. 2013) para que o
indivíduo torne-se social, não mais ele e os outros, mas ele em meio aos outros. Por meio da
aproximação da metodologia de pesquisa à metodologia de ensino, bem como por ações
pedagógicas que busquem desvelar e discutir narrativas sociais, sejam elas científicas,
literárias, e outras, suas implicações, seus dilemas, o que falam da heterogeneidade cultural e
da estrutura social. Ensinar sociologia é, antes de tudo, desenvolver uma nova postura
cognitiva no indivíduo como afirmar MAGALHÃES (2007, apud SARANDY 2007).
Assim, o ensino de Sociologia no ensino médio tem como objetivo desenvolver a
imaginação sociológica Mills (1972), e permitir que os educandos compreendam o processo
histórico em suas relações individuais percebendo-os como integrantes deste mesmo processo
e de um destino comum. Logo, essa percepção só ocorre a partir de princípios
epistemológicos essenciais na Sociologia, que são o desenvolvimento de uma atitude crítica e
analítica dos fenômenos sociais. Este exercício reflexivo ocorre com o trabalho diário em sala
de aula, no qual os educadores desenvolvem práticas de ensino com base no conhecimento
científico das Ciências Sociais visando desnudar a realidade, assim como promover o
estranhamento dos fenômenos sociais.
Observamos comumente que os fenômenos sociais que acontecem em nosso cotidiano
aparecem sempre como comuns e normais, sem quaisquer questionamentos ou explicações.
Estamos acostumados com eles, e na maioria das vezes nem percebemos o que ocorre de fato.
Nas Ciências Sociais, os fatos sociais só são compreendidos e explicados quando submetidos
a um processo de estranhamento, ou seja, quando são problematizados. Visto que, estamos
acostumados a estranharmos o desconhecido, o que não nos é familiar, porém é necessário
desenvolver o estranhamento com aquilo que nos é familiar, pois como sabemos o cotidiano e
a acomodação leva a uma resignação dos fatos.
Dar sentido aos fatos no contexto da prática pedagógica do componente curricular de
Sociologia e em especial na abordagem do eixo “Indivíduo e Sociedade” é, por exemplo,
aproximar o estudante o máximo possível da realidade prática, ou seja, do seu cotidiano. O
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estudantes) deveriam gravar imagens e sons sobre a religiosidade de cada zona da cidade de
Natal. Depois de gravada as imagens e sons, os estudantes editaram o vídeo e apresentaram os
resultados da pesquisa para a comunidade escolar.
No quarto momento tentou-se desenvolver aos objetivos do componente curricular de
Sociologia como sendo uma das fases do planejamento, mas antes disso foi preciso organizar
a estrutura de cada unidade temática do eixo 1 “Indivíduo e Sociedade”. Na primeira unidade
Sociologia como ciência: conhecimento científico versus senso comum; ciência e educação.
Na segunda unidade “As ciências sociais e o cotidiano: as relações individuo-sociedade”;
“Sociedades, comunidades e grupos”. Na unidade três “As instituições sociais e o processo de
socialização: família, escola, igreja e justiça; socialização e outros processos sociais”. Na
quarta e última unidade estuda-se a Mudança social e a cidadania: as estruturas políticas e
democracia participativa.
As unidades temáticas do eixo 1 “Indivíduo e Sociedade” foram construída a partir da
proposta didática exposta e teorizada por Tomazi (2000) na qual sistematiza o eixo em quatro
temas e subtemas, nesse caso optou-se por dividir os temas e subtemas em quatro bimestre,
totalizando em média 10 aulas por bimestre. Para selecionar os conteúdos de cada unidade
considerou-se o nível de conhecimento dos estudantes (através do exercício de sondagem)
partindo de uma abordagem menos complexa para uma mais complexa, como se pode
visualizar no parágrafo anterior os conteúdos iniciam tratando da gênese das ciências sociais e
conclui-se a unidade discutindo o processo de democracia.
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Definiu-se como objetivos gerais para esse plano anual de ensino, do componente
curricular de Sociologia, destinado ao 1º ano, do Ensino Médio, os seguintes: Entender o
processo de socialização através do estudo da categoria “Indivíduo e Sociedade”; Conhecer
historicamente a construção da Sociologia enquanto conhecimento científico; Promover a
articulação dos saberes produzidos pelas ciências sociais na vida das pessoas; Pesquisar sobre
as instituições sociais e os processos de socialização; Valorizar, debater e discutir as atitudes e
estruturas políticas que oportunizam a materialização da democracia e da cidadania plena de
direito.
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5.1 Identificação
Escola A Voz da Sociedade
Ano do Ensino Médio 1º
Carga horária total 32 horas
Período letivo 2017
Professor (a) Indivíduo
Durkheim;
A aula iniciará com a exposição dos slides. Esse material conterá os conceitos e as
definições do que é senso comum e conhecimento científico. Depois da exposição do
conteúdo já citado, o educador entregará um texto digitado, disponível em:
<http://blog.portalpositivo.com.br/sociologiatecnologia/2013/02/13/introducao-a-sociologia-
senso-comum-e-conhecimento-cientifico/>. Acesso em jul. 2016. Com o texto em mãos e já
lido, o educador deverá oportunizar uma discussão, tentando encaminhar o diálogo reflexivo
sobre o saber de senso comum e o científico, fazendo comparações e indagações se um
conhecimento sobrepõe ao outro ou se cada um tem sua importância.
Será proposto como avaliação da aula, uma questão discursiva individual, na qual o
estudante deverá dissertar em no mínimo 10 linhas a diferença e ou semelhanças existentes
entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico.
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Será solicitada como avaliação da aula 2 uma resenha crítica do vídeo assistido e
discutido. Nessa resenha o estudante deverá focar a importância da Sociologia como
disciplina escolar. Essa resenha servirá como ponto de partida para a aula sobre “A Sociologia
como disciplina escolar”, correspondente a aula 7. Por meio da resenha crítica serão
observados itens como: sequência lógica de ideias, argumentação crítica e posicionamento do
educando frente às discussões suscitadas no vídeo.
A aula nº 3 será desenvolvida por meio da leitura impressa do texto “Os clássicos da
Sociologia”, disponível em: <http://cafecomsociologia.com/2011/03/comte-marx-durkheim-e-
weber.html>. Acesso em jul. 2016. Em posse do texto os estudantes deverão fazer uma roda
(círculo) e juntamente com o professor deverão realizar uma leitura do texto, além disso,
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propõe-se um diálogo sobre os pontos que mais chamaram atenção dos educandos. Após esse
diálogo, os educandos deverão de modo individual produzir um resumo escrito do que
aprenderam na aula.
A aula nº 7 será desenvolvida por meio da leitura das resenhas solicitadas na aula nº 2.
Em posse da resenha os estudantes deverão fazer uma roda (círculo) e mediado pelo professor
deverão realizar uma leitura do texto, permeado pelo diálogo-reflexivo.
A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias. No
final da unidade I, será realizada uma prova tradicional com 2 questões discursivas (conforme
consta em apêndices). Essa prova valerá 10 pontos, que somado e dividido com as outras
atividades totalizará a nota do bimestre. Nessa prova será verificado se os educandos
aprenderam os conteúdos propostos na referida unidade, tais como conhecimento científico e
de senso comum e os clássicos da sociologia, bem como a relação da ciência sociologia com o
indivíduo e a sociedade.
01 Como se dão as Relações entre Conhecer a gênese das relações entre o indivíduo
Indivíduo e Sociedade. e a sociedade.
03 A Ação Social em Max Weber. Discutir a ação social idealizada por Max
Weber.
08 Qual o meu Grupo Social? Debater ideias e defender o grupo que pertenço.
A aula iniciará com a exposição dos conceitos e definições sobre “Como se dão as
relações entre indivíduo e sociedade”, os assuntos serão embasados no item “Indivíduo e
Socialização” do texto disponível em: <http://blogdoenem.com.br/individuo-sociedade-
socializacao-sociologia-enem/>. Acesso em jul. 2016. Finalizada a exposição do professor,
será aberto para a discussão da temática.
Como avaliação dessa aula será proposto, aos estudantes a escrita de uma questão
discursiva individual, tratando da seguinte reflexão: Como é possível a convivência
harmoniosa entre os indivíduos? Essa proposta avaliativa busca verificar o grau de discussão
do educando em relação à reflexão em destaque.
Como avaliação dessa aula será proposto, que os estudantes construam em grupo, uma
história em quadrinho (no mínimo 10 quadrinhos) composta por imagens (figuras impressas
ou desenhos coloridos) e balões de diálogo, refletindo sobre o “fato social” na concepção de
Durkheim. Essa proposta de avaliação tem como objetivo verificar a compreensão dos
educandos quanto ao domínio da escrita, da leitura, da criatividade e da sequência lógica.
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Como avaliação da aula será proposto, que os estudantes construam em grupo, uma
história em quadrinho (no mínimo 10 quadrinhos) composta por imagens (figuras impressas
ou desenhos coloridos) e balões de diálogo, refletindo sobre a concepção de classe social na
teoria de Marx. Será verificada a coerência da produção textual com as ideias sobre a classe
social, a divisão das classes sociais articuladas ao cotidiano.
Como avaliação da aula será proposto, que aos educandos redija um artigo de opinião
contendo introdução, desenvolvimento e conclusão. Nesse texto, o educando deverá se
posicionar em torno da questão: “Será que uma sociedade que divide as pessoas por classes é
de fato uma sociedade boa?” Com essa avaliação pretende-se verificar o poder de
argumentação do educando e prepará-lo para a dissertação do Enem.
Como avaliação dessa aula será proposto, que aos educandos a organização de grupos
composto por 6 componentes, eles deverão construir em uma folha de papel A4, branca um
quadro comparativo tratando dos vários tipos de sociedade exposto pelo professor. Pretende-
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Como avaliação da aula será proposto, que os estudantes copiem na sala um exercício
de fixação e depois responda individualmente. O exercício compõe-se de 4 questões, 2 de
múltipla escolha e 2 dissertativas (conforme consta em apêndices). Esse exercício avaliativo
servirá para verificar a aprendizagem do tema “Comunidades” e ainda se os educandos
conseguiram caracterizar os tipos de comunidades como apresentada no vídeo.
Ao iniciar a aula o professor deverá organizar 5 grupos, depois ele fará a projeção das
imagens de vários grupos sociais (escolares, políticos, trabalhadores, religiosos dentre outros)
na medida em que forem sendo projetadas as imagens, o educador perguntará: Qual grupo
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pertence tal fotografia. Concluída essa etapa o professor disponibilizará revistas, livros e
jornais (recorte e colagem) para que os estudantes procurem imagens que falam do grupo que
ele pertence.
Como avaliação da aula será proposto, que os educandos colem no caderno imagens
do grupo que ele se identifica e depois apresente para toda a turma de forma oral e sintética.
Pretende-se por meio dessa avaliação identificar se os educandos conseguem fazer leitura de
imagens e relacionar aos conceitos discutidos na aula.
A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias. No
final da unidade II, será proposta a construção de um grande mural coletivo, contendo os
artigos de opinião, as histórias em quadrinhos e as imagens de qual grupo os educandos se
identificam. Essa parte da avaliação valerá 5 pontos e os outros 5 serão das produções que
haviam sido realizadas durante a unidade.
Será verificada nessa unidade II, toda a produção dos educandos, com destaque para
os artigos de opinião, cuja atenção maior incidirá sobre a relação entre as Ciências Sociais e o
cotidiano, ou seja, a vida prática.
5.2.3 Unidade III (3° Bimestre) “As Instituições Sociais e o Processo de Socialização”
A) Descrição da Unidade
A proposta desenvolvida nessa terceira unidade destina-se a trabalhar o tema “As
Instituições Sociais e o Processo de Socialização”, referente ao Eixo 1 “Indivíduo e
Sociedade”. A unidade III contempla 8 aulas, sendo cada uma com duração de 50 minutos.
Essa unidade III tem como objetivo pesquisar sobre as instituições sociais e os
processos de socialização, essas pesquisas serão orientadas pelo professor, culminado com
produções de texto e outros gêneros.
como as diferenças entre grupos/instituição social e ainda problematiza sobre “Família, Igreja
e Estado”.
Sistemática de Avaliação da Aula nº 1
Como avaliação da aula será proposto aos estudantes à escrita de um pequeno texto
relatando os conteúdos expostos pelo professor e o que mais lhe chamou a atenção.
Será proposto como avaliação que o educando construa em casa uma análise reflexiva
escrita por meio de um cartaz. Primeiramente o educando deverá trazer de casa uma fotografia
impressa da sua família e correlacionar com a música escolhida por ele, para só
posteriormente expor no cartaz.
O cartaz poderá ser organizado da seguinte maneira: escreve-se o título ou cola-se um
layout semelhante; coloca-se a foto, e depois a letra da música. Quanto à análise da foto e da
letra da música os educandos deverão fazer oralmente por meio da apresentação individual do
cartaz. Espera-se que nessa tarefa os educandos digam se as letras das canções e a fotografia
retratam as características da instituição família que ele gosta ou defende.
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A aula nº 3 terá seu início com a seguinte reflexão exposta pelo professor: “Quais são
as novas configurações da família? Você concorda ou discorda desses novos laços de
família?” Despois desse questionamento será exposto o vídeo: “Você já parou para pensar nas
inúmeras configurações familiares existentes na escola?” disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=HW3B4RTVrp8>. Acesso em jul. 2016. Após a
projeção do vídeo, o professor deverá intervir no sentido de possibilitar que os educandos
pensem que na contemporaneidade não existe apenas a família tradicional, mas existem
outras.
Concluído a exposição do vídeo e a intervenção do professor, a turma deverá ser
dividida 4 grupos, e os grupos deverão debater sobre as questões colocadas antes da exposição
do filme, ao longo do desenvolvimento da aula, sugere-se que um membro de cada grupo faça
as anotações das ideias que os outros grupos debateram, e se fizeram alguma menção
valorativa a família tradicional como o modelo correto. Finalizada essa etapa cada líder de
grupo deverá ler para a turma o que concluíram sobre a discussão.
Será proposto como avaliação que o grupo construa uma carta aberta mostrando a toda
comunidade escolar, que além da família tradicional formada por pai, mãe e filhos existem
outras que são tão importantes quanto a tradicional. Essa carta será exposta no jornal mural
que os estudantes construirão na aula nº 4. Nessa aula serão avaliados aspectos
argumentativos usados na escrita do gênero textual carta aberta, assim como os discursos
reflexivos em torno dos tipos de família.
Tipo de aula: Leitura individual, resolução de questões e pesquisa orientada pelo professor
nos sites do IBGE e do MEC.
A avaliação dessa aula será com base nos resultados da resolução das questões
respondidas, uma vez que os grupos mostrarão os dados em porcentagem dos brasileiros que
se formaram e se formarão no ensino fundamental, médio e superior nas décadas de 2010 e
2020. Com essa avaliação pretende-se proporcionar aos educandos o contato com as questões
educacionais, assim como o conhecer e interpretar dados estatísticos.
4, do livro didático “Sociologia para o Ensino Médio” de Tomazi (2011), página 97-123 que
trata das questões de “Poder”.
Feito isso um grupo de alunos serão encaminhados para a reunião do conselho escolar
a fim de conhecer a função de cada segmento, e como se dão as discussões/deliberações na
reunião do conselho. O grupo deverá gravar toda a reunião com o aparelho celular para
projeção na aula 8, que tratará do “Estado”.
Propõe-se como avaliação dessa aula 5 a própria construção do vídeo gravado com o
aparelho celular, mas sabendo que o vídeo sozinho não dá conta do debate sobre as relações
de poder na escola, sugere-se que o educador organize a turma em três grupos, o primeiro
grupo fará a exposição do vídeo na sala e o outro articulará o debate tendo como referência o
próprio conteúdo do vídeo, e o terceiro grupo produzira um texto sobre as relações de poder
estabelecidas na reunião do conselho escolar.
A aula será iniciada com a projeção de slides tratando sobre o que é religião, qual o
seu papel social, o que dizem os clássicos da Sociologia sobre a religião. Como apoio
bibliográfico o professor poderá utilizar o texto disponível em: <http://sociologia-
profgisi.blogspot.com.br/2008/11/instituio-social-igreja.html>. Acesso em jul. 2016. Ao
concluir a exposição, propõe-se que o educador faça uma discussão relacionando os aspectos
da religião conceituados pelos clássicos com o mundo prático, tendo como apoio o livro
didático “Introdução a Sociologia” de Pérsio dos Santos de Oliveira (2000), especificamente o
capítulo 8, parte que trata da “Igreja” como uma das principais instituições sociais.
Será proposto como avaliação da aula 7, a construção em grupo de uma resenha crítica
sobre o documentário assistido e discutido em sala, tentando verificar a compreensão dos
educandos em relação as concepções de justiça, bem como a sequência detalhada do filme e a
crítica empregada na resenha, articulando teoria e prática.
A aula começara com a exposição do vídeo “Qual a diferença entre câmara, senado e
congresso?” Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2ExdX5851Ww>. Acesso
em jul. 2016. Ao finalizar o vídeo o educador fará uma discussão instigadora com a turma,
refletindo sobre o significado do Estado e se os Poderes estão de fato cumprindo o seu papel.
Sistemática de Avaliação da Aula nº 8
A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias. No
final da unidade III, propõe-se uma aula de campo no centro histórico da cidade de Natal.
Essa visita terá como pontos: a Escola Industrial (IFRN), Igreja Matriz de Nossa Senhora da
Apresentação, Memorial Câmara Cascudo (religiosidade popular), Praça dos três poderes e
Igreja Presbiteriana. Durante a visita os estudantes deverão fotografar e anotar dados que
julga importante, pois será solicitado como parte da nota da unidade, um relatório dessa aula
de campo.
08 Será que há uma cidadania plena Debater ideias semelhantes e contrarias sobre a
no Estado brasileiro? O que cidadania plena no Estado democrático.
podemos fazer com nosso voto?
A aula começará com duas indagações: O que é Política? Será que ela se encontra
presente em nossas ações cotidianas? A partir dessas reflexões serão expostos no quadro
branco tópicos que tratam da política na abordagem sociológica. Tendo finalizado a exposição
os estudantes deverão se reunir em dupla para lerem o texto intitulado “Participação Juvenil:
quem ganha é a sociedade civil” disponível em:
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<https://fundacaoabrinq.wordpress.com/2014/03/21/participacao-juvenil-quem-ganha-e-a-
sociedade-civil/>. Acesso em jul. 2016.
Como avaliação dessa aula 1, será solicitado da dupla a criação de uma charge
referente ao conteúdo do texto e depois a dupla deverá expor sua atividade no jornal mural.
Será proposto como avaliação que o estudante construa em casa uma análise reflexiva
escrita por meio de um cartaz. Nessa tarefa a dupla deverá dizer se a letra da canção escolhida
retrata fielmente a temática do poder concentrado nas mãos de poucos. Será avaliada nessa
aula a forma como os educandos organizaram as músicas no cartaz e se fizeram uma leitura
crítica articulando os conteúdos dos textos com as letras das músicas.
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Será entregue aos estudantes um texto impresso (conforme consta em apêndice) sobre
“O poder na concepção de Karl Marx e de Max Weber”. Já realizada a leitura silenciosa e
depois a leitura compartilhada de cada parágrafo, o professor deverá fazer questionamentos
em torno da definição e concepções de poder idealizado por Karl Marx.
No primeiro instante da aula, será feito uma exposição pelo professor sobre a
concepção de poder em Max Weber, tendo por base o texto “O poder na concepção de Karl
Marx e de Max Weber” (conforme consta em apêndice). Esse texto será discutido com a
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turma e depois será proposto que os educandos se reúnam em grupo para escreverem cordéis
sobre o poder na concepção de Weber.
Para essa aula 4, será proposto que os estudantes formem grupos para realizarem a
rescrita de um cordel tratando da concepção de poder, além dessa atividade os estudantes
deverão apresentar exemplos práticos das relações de poder. Propõe-se que esses cordéis
sejam lidos no intervalo da escola para outros alunos. Será considerada nessa aula a
construção dos cordéis, observando a organização dos versos, estrofes, categorias da teoria de
Weber e imagens ou desenhos ilustrativos usados na confecção desse gênero textual.
Duração: 50 minutos.
Foco: Construir um quadro apresentando a função dos três poderes.
Tipo de aula: Aula prática para produção de um quadro.
Quanto à avaliação, essa será feita a partir da criatividade de cada grupo e a forma de
apresentação dos dados coletados no dicionário e sites. Observando se eles foram bem
transplantados para o quadro construído com isopor e se fizeram uma reflexão a partir das
ideias de interdependência dos três poderes em Montesquieu, apresentada no texto didático
trabalhado.
A avaliação dessa aula será focada em torno dos ensaios, da criatividade, diálogo e
abordagem das questões propostas a cada grupo e expostas no momento da apresentação da
peça teatral, observando se os grupos compreenderam o verdadeiro sentido do voto, enquanto
ato democrático e exercício pleno da cidadania.
Aula nº 8: Será que há uma cidadania plena no Estado brasileiro? O que podemos fazer com
nosso voto?
Duração: 50 minutos.
Foco: Debater ideias semelhantes e contrarias sobre a cidadania plena no Estado democrático.
Tipo de aula: Júri simulado.
A turma será avaliada durante todo o desenvolvimento das aulas. Será considerado o
envolvimento dos educandos na hora da discussão, percebendo a argumentação das ideias e a
criatividade. No final da unidade IV, será aplicada uma prova com questões de múltipla
escolha e discursivas (conforme consta em apêndice). Essa prova valerá a metade da nota, ou
seja, cinco pontos, os outros restantes dos pontos virão das atividades avaliativas realizadas
em cada aula dessa unidade.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
desafiá-los para atitudes que demandem deles um posicionamento frente aos novos desafios
da sociedade, pois é assim que o processo de ensino e aprendizagem acontece. Ensinar e
aprender não é apenas ir para uma sala de aula e expor conteúdos, mas é uma construção
tecida por meio dos conteúdos e pelas atitudes sociais estabelecidas entre as pessoas. É
realizar uma leitura do mundo, porém de forma crítica e reflexiva.
Para finalizar, recomenda-se que os gestores das escolas e os governantes
implementem outros programas e ou políticas públicas voltados à qualidade do ensino, assim
como a experiência exitosa da formação de professores para o ensino de Sociologia na
modalidade EaD, que já passaram a dar frutos e como resultado deste, tem-se essa proposta de
trabalho para o componente curricular de Sociologia, especialmente 1º ano do Ensino Médio,
de qualquer escola pública brasileira.
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REFERÊNCIAS
BERGER, Peter; BERGER, Brigitte. Socialização: como ser um membro da sociedade. In:
FORACCHI, Marialice M. e MARTINS, José de Souza (Org.). Sociologia e sociedade. Rio
de Janeiro: Livros Técnicose Científicos, 1990.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014.
ISKANDAR, Jamil Ibrahim; LEAL, Maria Rute. Sobre o Positivismo e Educação. Revista
Diálogo Educacional. Curitiba, v.3, n.7, p.89-94, set./dez. 2002.
_________. Sobre o Artesanato Intelectual e Outros Ensaios. Tradução por Maria Luiza X.
de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2009, p.7-19.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 20. ed. São Paulo: Ática, 2000.
SANTOS, Mário Bispo dos. A Sociologia no Contexto das Reformas do Ensino Médio. In:
CARVALHO, L. M. G. de. Sociologia e ensino em debate: experiências e discussão de
sociologia no ensino médio. Ijui: Editora Unijuí, 2004.
TOMAZI, Nelson Dácio et al. Iniciação à Sociologia. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Atual,
2000.
TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia Para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2011,
volume único. Disponível em: http://docslide.com.br/documents/introducao-a-sociologia-
ensino-medio-nelson-dacio-tomazi-blog-conhecimentovaleouroblogspotcom.html. Acesso em
19 de set. 2016.
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APÊNDICES
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2. Você já estudou a disciplina de Sociologia? Caso sim; Comente o que ela trata.
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3. Na sua concepção o que é a Escola? Você acha que a única função da escola é só transmitir
conteúdos? Explique.
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2. Com base nos estudos e discussões realizados nessa primeira unidade, estabeleça um
paralelo entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico, lembre-se de
fazer referência a ciência da Sociologia.
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Boa Sorte!
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TIPOS DE SOCIEDADE
Professor Indivíduo
QUESTÕES
IV - Comunidade são várias pessoas juntas que se ligam por ideias comuns.
A) Toda comunidade deve ter por obrigação pessoas que compartilham dos mesmos gostos;
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INSTITUIÇÃO ESCOLAR
A escola é um dos mais importantes espaços de socialização das sociedades modernas. É através dela
que se podem promover certos valores que serão assumidos pelos indivíduos e que os definirão como
parte de determinada cultura ou nação.
A escola como se conhece na atualidade surgiu na Idade Moderna juntamente com as indústrias. A
burguesia que dividiu o trabalho para produzir mais no interior das fábricas fez o mesmo com o
conhecimento, escolheu determinados saberes e os dividiu em séries, além disso, impôs à escola que
nascia a mesma disciplina criada para a indústria.
Isto significa que os trabalhadores não fizeram parte do processo de constituição da escola, assim, a
classe dominante até hoje impõe seu ponto de vista sobre determinados fatos e acontecimentos. As
características valorizadas pela burguesia passam a ser transmitidas pelas escolas como se fossem os
valores fundamentais de toda a sociedade.
No Brasil, por exemplo, durante muito tempo, os livros escolares fizeram com que diversas gerações
acreditassem que os responsáveis pelas transformações históricas são apenas os grandes heróis, as
grandes personalidades que pertenciam às classes abastadas. E por outro lado, muitos acontecimentos
históricos liderados pelo povo praticamente desapareceram dos livros.
Entretanto, a escola é mesmo contraditória, pois se por um lado reproduz os valores das gerações mais
antigas e da burguesia, por outro lado, como ela abriga a juventude sempre foi um lugar de inovação,
de rebeldia e de crítica.
Um dos sociólogos mais importantes que pesquisam a instituição escolar é o francês Pierre Bourdieu
que criou a teoria reprodutivista que criticava ao alertar que a escola é responsável por reproduzir em
seu interior as desigualdades sociais e os preconceitos. Além disso, percebe que a escola ignora as
características culturais dos alunos de periferia ao impor os valores e costumes da classe dominante.
Para que isto não aconteça, Bourdieu acreditava que seria preciso a escola tomar consciência de seu
papel, do que faz e do que poderia fazer para transformar a realidade ao seu redor.
Outro sociólogo relevante foi Durkheim que via como positivo o fato da escola se esforçar em fazer
com que a geração mais nova seja a mais próxima possível dos costumes e valores da geração anterior.
No Brasil existe o educador Paulo Freire que acreditava que a escola poderia emancipar o homem,
porque segundo ele, quanto mais conhecimento, maiores serão as opções na hora da tomada de alguma
decisão. Isto significa que o saber pode libertar os trabalhadores da ignorância que o sistema
capitalista impõe a eles.
Para tanto, é necessário que o professor conheça o aluno, sua realidade social, seus costumes para
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fazer com que o conhecimento faça sentido para o aluno e assim ele o incorpore como realmente seu,
podendo transformar sua vida e o mundo ao seu redor.
Fonte: Texto adaptado do blog Sociologia no Ensino Médio, disponível em:
http://lucianapauladasilvadeoliveira.blogspot.com.br/2011/01/instituicoes-sociais.html
ATIVIDADE
O poder
Antes de qualquer conceituação sobre a concepção de poder com esses dois clássicos
da Sociologia é interessante definir o que é poder. O termo poder traduz-se como sendo algo
que se exerce, que se efetua, que funciona, ou seja, é em ação que se analisa o poder. Nada
nessa vida social está isento de poder, ainda mais nos contexto da relação entre indivíduo e
sociedade.
O poder está sempre presente nas relações sociais e é exercido como uma
multiplicidade de associações de forças. É o que se dá quando mantemos preconceitos contra
nosso semelhante, nenhum indivíduo nasce preconceituoso, pelo contrário ele aprende esse
comportamento no social, sendo que esse tal comportamento foi influenciado e está
submetido a algum poder. Quando alguém é vítima de preconceito racial, essa ação tem
origem e funcionalidade políticas, inclusive serve para justificar formas de exploração e de
dominação.
A sua mais importante obra é o “Espírito das leis”, trata das instituições e das leis,
numa acepção ampla, Mo ntesquieu reconhece a importância das leis como um sistema
universal, a natureza segue suas leis, a força divina também tem suas leis, assim também a
sociedade.
Para Montesquieu, as leis da organização social tem a ver com Deus, estando ligados
pelo vinculo da moral e da religião, bem como pela natureza – não somos sujeitos apenas às
leis do Estado. Obedecemos também às leis divinas, às leis da natureza física.
Neste sentido Montesquieu propõe a divisão dos três poderes independentes com
objetivo de evitar o arbítrio e a violência:
c) Essa atitude configura-se como uma negação dos direitos dos estudantes;
d) Essa atitude configura-se como um ato de guerra civil contra a sociedade.
5. Em um Estado democrático existem os três poderes como mostra a imagem abaixo. Cada
um deles tem uma competência, que são:
Essa divisão promove a luta de classes, isto é, uma luta pelo poder e sua realização na
sociedade.
d) O poder é uma espécie de mudança de mentalidade, essa mudança seria possível através da
educação escolar. O poder reside nas relações sociais e não no aparelho de Estado.
10. Na segunda semana do mês de fevereiro do ano de 2016, a câmara dos vereadores da
cidade de Natal, deu inicio ao processo de aprovação do plano de educação municipal. Dentro
desse documento continha uma redação tratando da ideologia de gênero. O fator gênero gerou
no plenário uma grande discussão, pois a maioria da bancada vetou esse tema, advertindo que
a questão de gênero é competência da família e não da escola. Considerando toda essa
problemática disserte em sete linhas um breve texto argumentativo se posicionando contra ou
a favor da ideologia do gênero ser trabalhada na escola ou não.
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Boa Sorte!