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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema: AS CORRENTES ECONÓMICAS E SUAS REVOLUÇÕES

Estudante: Zacarias Castigo Nelson; Código: 70821198

Licenciatura em Ensino de História


História Económica.
1º Ano

Cuamba, Maio de 2022

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Tema: AS CORRENTES ECONÓMICAS E SUAS REVOLUÇÕES

Estudante: Zacarias Castigo Nelson; Código: 70821198

Trabalho apresentado para avaliação do


rendimento escolar na cadeira da História
Económico, do curso de Licenciatura em
ensino de História da Universidade
Católica de Moçambique – IED, tutorado
por dr. Amostra Sobrinho Gomes
Alfandiga.

Cuamba, Maio de 2022

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Índice

Introdução …………………………………...……………………………….……........…..…3
As Correntes Económica…………………..……………………………….…………………. 4
Corrente económica Clássica …………………….……...………………………………….....5
Corrente económica Marxista…………..……….……………………………...…..………… 6
Corrente económica Neoclássica………..……………………………………………….…….6
Corrente económica Keynesiana ……………………….……………………………...………7
Revolução das correntes económicas…………...………………………………………….8 a 9
Conclusão……………………………………………………..………………………………10
Referencia Bibliográfica…………………………………………..………………………….11

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INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa, tem como teor segundo trabalho do campo da cadeira de História
Económica I. A pesquisa espelha-se no seguinte Tema: As Correntes Económicas e Suas
Revoluções. Com base no tema acima apresentada, a pesquisa goza no seguinte objectivo:
falar das correntes Económicas e suas Revoluções. Quanto a metodologia para a realização
deste trabalho, pretendo realizar uma recolha bibliográfica, leitura de algumas obras que
falam do tema em destaque e leitura de algumas fontes da internet que ajudarão no
desenvolvimento do tema. Neste contexto, a historia do pensamento económico é um estudo
da herança deixada pelos que escrevem sobre assuntos económicos no transverso de muitos
anos. Antes da renascença (século XV e XVI), era quase impossível a visualização da
economia como campo específico de estudo, pois tudo era contra: a dominação do estado e da
Igreja, a forca dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a amplitude
limitada da actividade económica.

Por último esta pesquisa será estruturada por seguinte maneira Capa ; contra capa; índice;
introdução; desenvolvimento; conclusão e referência bibliográfica.

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AS CORRENTES ECONÓMICAS E SUAS REVOLUÇÕES

A história do pensamento económico pode ser dividida, grosso modo, em três períodos: Pré-
moderno (grego, romano, árabe), Moderno (mercantilismo, fisiocracia) e Contemporâneo (a
partir de Adam Smith no final do século XVIII). A análise económica sistemática tem se
desenvolvido principalmente a partir do surgimento da Modernidade.

O pensamento económico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com


muitas discrepâncias e oposições. A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de
doutrinas teológicos, filosóficas e tentativas de moralização das actividades económicas.
Antes do século XVIII a economia não era uma disciplina autónoma. A Economia ganha
status de ciência a partir do século XVIII, com as obras fundadoras de Adam Smith, David
Ricardo e Thomas Malthus.

John Stuart Mill (1844) define o assunto em um contexto social como: A ciência que traça as
leis desses fenómenos da sociedade que surgem das operações combinadas da humanidade
para a produção de riqueza, na medida em que esses fenómenos não são modificados pela
busca de qualquer outro objecto.

AS PRINCIPAIS CORRENTES DA ECONOMIA


Segundo Rasmussen, (2006, p.123) Esses pensamentos foram a base para a evolução da
economia e das formas de distribuição de riquezas, bens e serviços. Entre as escolas mais
populares dentro da economia estão o mercantilismo, a economia clássica, o marxismo, a
economia neoclássica, a escola keynesiana e o neoliberalismo.

Para tornar mais clara a nossa pesquisa abaixo temos as principais correntes económicas:
 Corrente Clássica:
 Corrente Marxista.
 Corrente Neoclássica:
 Corrente Keynesiana.

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CORRENTE ECONOMIA CLÁSSICA

O paradigma "Clássico" sublinha o hipotético processo de autor regulação em uma economia


de mercado. O livre funcionamento das forças de mercado conduziria a economia ao
equilíbrio de plenoemprego devido à verificação de dois factores de estabilização:

(a) A flexibilidade da taxa de juro garante que choques nas componentes da procura agregada
não tenham qualquer impacto no nível de procura agregada, mas apenas na sua composição;

(b) A flexibilidade dos preços e dos salários nominais garante que alterações na procura
agregada devido a choques exógenos na oferta de moeda, não afetem as variáveis reais da
economia.

(c) As variáveis reais seriam, portanto, completamente independentes dos fatores monetários,
o que dá origem à chamada "dicotomia clássica". Ao regular a oferta de moeda a autoridade
monetária conseguiria afectar o nível de preços, as variáveis nominais. A intervenção estatal
na economia apenas se justificaria para assegurar um nível adequado de oferta de moeda.

Adam Smith, autor da The Wealth of Nations, A Riqueza das Nações em português (1776),
geralmente tido como pai da economia moderna.

Smith se referia à disciplina como 'economia política', mas esse termo foi gradualmente
substituído por ciência económica (economics) depois de 1870.

A publicação da obra A Riqueza das Nações de Adam Smith em 1776, tem sido descrita como
o "efetivo nascimento da economia como uma disciplina separada." O livro identificava o
trabalho, a terra e o capital como os três factores de produção e maiores contribuidores para a
riqueza de uma nação. Para Smith, a economia ideal seria um sistema de mercado auto-
regulador que automaticamente satisfaria as necessidades económicas da população. Ele
descreveu o mecanismo de mercado como uma

"mão invisível" que leva todos os indivíduos, na busca de seus próprios interesses, a produzir
o maior benefício para a sociedade como um todo. Smith incorporou algumas das ideias dos
fisiocratas, inclusive o laissez-faire, nas suas próprias teorias económicas, mas rejeitou a ideia
de que somente a agricultura era produtiva.

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CORRENTE ECONOMIA MARXIANA

A economia marxista, mais tarde chamada marxiana, descende da economia clássica, em


particular da obra de Karl Marx. O primeiro volume da obra-prima de Marx, O Capital, foi
publicado em alemão em 1867. Nela, Marx foca na teoria do valor-trabalho e o que ele
considera a exploração do trabalho pelo capital. Assim, a teoria do valor-trabalho, além de ser
uma simples teoria dos preços, se transformou em um método para medir a exploração do
trabalho num sistema capitalista, apesar de disfarçadas pela economia política "vulgar".

CORRENTE ECONOMIA NEOCLÁSSICA


A economia neoclássica sistematizou a oferta e demanda como determinantes conjuntos do
preço e da quantidade transaccionada em um equilíbrio de mercado, afectando tanto a
alocação da produção quanto a distribuição de renda. Ela dispensou a teoria do valor-trabalho
em favor da teoria do valor-utilidade marginal no lado da demanda e uma teoria mais geral de
custos no lado da oferta.

A economia neoclássica é a base do que hoje é chamada economia ortodoxa, tanto pelos
críticos quanto pelos simpatizantes, mas com muitos refinamentos que ou complementam ou
generalizam as análises anteriores, como a econometria, a teoria dos jogos, a análise das
falhas de mercado e da competição imperfeita, assim como o modelo neoclássico do
crescimento económico para a análise das variáveis de longo-prazo que afectam a renda
nacional.

A escola clássica, de Smith a Marx, passando por Ricardo, se ocupa com o que se chama de
plutologia ou estudo da riqueza. Smith investigava a causa da riqueza das nações: por que a
Inglaterra e a Europa largamente superou o padrão de vida das outras culturas? Ricardo e
Marx se preocupavam com a distribuição dessa riqueza entre classes de pessoas, como
proprietários de terra, trabalhadores e capitalistas. Para esses autores, aplica-se a metáfora do
bolo: dada uma quantidade de riqueza, como se dá a repartição dos pedaços entre as pessoas?

A escola neoclássica, no entanto, coloca outro tipo de problema no centro da atenção dos
economistas. A economia não seria fundamentalmente a ciência da riqueza, mas a ciência da
ação humana. Quando os homens têm necessidades e os recursos usados para satisfazê-las são
escassos, de modo que apenas um conjunto das necessidades pode ser atendido de uma vez,
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surge o problema da escolha de como alocar os recursos escassos aos fins alternativos mais
importantes. A economia se ocupa do estudo da lógica dessa escolha. Como observou o
mesmo Smith da escola clássica, os homens atingem melhor seus objetivos através da
cooperação. A cooperação pressupõe troca. A economia, segundo a escola neoclássica, estuda
a acção humana de através da troca nos mercados. Dessa maneira, a economia seria o estudo
das trocas, ou catalaxia, em contraste com o foco plutológico da escola clássica.

CORRENTE ECONOMIA KEYNESIANA


A economia keynesiana deriva de John Maynard Keynes, em particular do seu livro A
Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936), que deu início à macroeconomia como
um campo de estudo distinto. O livro foca nos determinantes da renda nacional no curto
prazo, em que os preços são relativamente inflexíveis. Keynes tentou explicar com riqueza de
detalhes teóricos por que o alto desemprego poderia não ser auto-corrigido devido a baixa
"demanda efetiva" e por que mesmo a flexibilidade dos preços e a política monetária pode não
ser suficiente para corrigir a situação. Expressões como “revolucionário” foram aplicadas ao
livro devido ao seu impacto na análise económica.

Segundo os autores Hunt, E.K. e H. J. Sherman (1990, p. 159) a perspectiva keynesiana não
difere muito da versão de Marx. A explicação principal da depressão económica advém da
incapacidade dos empresários encontrarem suficientes oportunidades de investimento para
compensar o aumento da poupança suscitado pelo crescimento económico.

A principal diferença consiste no facto de Marx considerar que o capitalismo daria lugar a
um novo "modo de produção" (socialista) por ele considerado superior, enquanto Keynes
advogava que a economia estabilizaria a um nível de rendimento inferior ao potencial e
portanto com desemprego, mas propôs medidas de política económica a implementar pelo
Governo que permitissem ultrapassar o dilema.

Assim, se a poupança excede o investimento privado então o Estado deve utilizar essa
poupança em excesso para financiar a sua despesa em obras públicas, projetos de
investimento de cariz social. Estes projectos não deveriam diminuir as oportunidades de
investimento dos particulares nem aumentar a capacidade produtiva da economia de forma a
não dificultar que em períodos seguintes se atingisse o pleno-emprego.

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A despesa pública devia consistir em obras de cariz social que beneficiassem as camadas mais
desfavorecidas da população. A partir da nova administração americana, com a eleição do
Presidente Franklin Roosevelt, a partir de 1933, implementou-se um novo rumo para a
política económica com a sua Nova Política Económica "New Deal". Um programa de
política económica que recorreu, ainda que de modo ligeiro, à solução keynesiana de aumento
das despesas públicas e lançou as premissas de um sistema de segurança social americano.
Pela primeira vez nos E.U.A. se verifica a adopção de importantes medidas de intervenção
governamental na actividade económica.

A II Guerra Mundial e o grande esforço dos Governos da época na realização de despesas de


armamento voltou a reactivar a economia e a reduzir apreciavelmente as taxas de desemprego.
Muitos analistas económicos adoraram as ideias de Keynes e um novo impulso foi dado na
crença do "bom funcionamento" da economia de mercado.

REVOLUÇÃO DAS CORRENTES ECONÓMICAS

O pensamento económico na Antiguidade remonta às civilizações mesopotâmicas, Grega,


Romana, Indiana, Chinesa, Persa e àrabe. Dentro os autores mais notáveis estão Aristóteles,
Chanakya, Qin Shi Huang, Tomás de Aquino e Ibn Khaldun. Joseph Schumpeter considerou
inicialmente a escolástica tardia do período que vai do século XIV ao XVII como a "que
chega mais perto do que qualquer outro grupo de ser os 'fundadores' da economia científica
quanto às teoria monetária, de juros e do valor dentro de uma perspectiva das leis naturais.

Depois de descobrir a obra Muqaddimah de Ibn Khaldun, no entanto, Schumpeter mais tarde
considerou Ibn Khaldun o mais próximo antecedente da economia moderna, uma vez que
muitas das suas teorias económicas não eram conhecidas na Europa até épocas modernas.
Dois outros grupos, mais tarde chamados de ' mercantilistas e 'fisiocratas', influenciaram mais
directamente o desenvolvimento subsequente da disciplina. Ambos os grupos estavam
associados com a ascensão do nacionalismo económico e do capitalismo moderno na Europa.

O mercantilismo era uma doutrina económica que floresceu do século XVI ao XVIII através
de uma prolífica literatura de panfleto quer de autoria de mercantes ou estadistas. Defendiam

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a ideia de que a riqueza de uma nação dependia da sua acumulação de ouro e prata. Nação que
não tinham acesso à minas poderiam obter ouro e prata através do comércio internacional
apenas se vendessem bens ao exterior e restringissem as importações que não fossem de ouro

A doutrina advogava a importação de matérias-primas baratas para serem transformadas em


produtos manufacturados destinados à exportação e também o intervencionismo estatal no
sentido de impor tarifas proteccionistas à importação de produtos manufacturados e a
proibição de manufacturas nas colónias. Os fisiocratas, um grupo de pensadores e escritores
franceses do século XVIII, desenvolveram a ideia da economia como um fluxo circular.
Adam Smith descreveu esse sistema com "todas as suas imperfeições" como "talvez a mais
pura aproximação da verdade que já foi publicada" no assunto.

Os fisiocratas acreditavam que somente a produção agrícola gerava um claro excedente sobre
o custo, de forma que a agricultura constituía a base de toda riqueza. Assim, eles se opunham
às políticas mercantilistas de promoção das manufacturas e do comércio em detrimento da
agricultura, inclusive tarifas de importação. Advogavam a substituição do complexo e custoso
sistema de arrecadação de tributos por um único imposto sobre a renda dos proprietários de
terra. Variações sobre tal imposto fundiário foram retomadas por economistas posteriores
(inclusive Henry George um século mais tarde) como uma fonte de receita que não distorcia
tanto a economia. Como reacção ás copiosas regulamentações mercantilistas, os fisiocratas
defendiam uma política de laissezfaire, que consistia numa intervenção estatal mínima na
economia.

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CONCLUSÃO
Nesta pesquisa chegamos a uma conclusão de que a escola clássica se preocupava com o
crescimento a longo prazo com as implicações da distribuição de renda entre as classes como
forma de promover esse crescimento, acreditava que a fonte de riqueza era o trabalho, em
oposição aos fisiocratas que consideravam que só a terra podia gerar um produto líquido, os
clássicos defenderam a teoria do valor-trabalho, segundo o qual todo trabalho produtivo gerava
um excedente económico, ou seja riqueza. A escola clássica é contra a intervenção estatal, pois
apoia-se no liberalismo e individualismo. Características principais da Escola Neoclássica A
ideia central dessa escola era baseada no princípio marginal, ou seja, o foco passa ser a
margem de lucro, que é o ponto em que as decisões são tomadas. Sua principal característica
foi o abandono da Teoria Clássica do valor-trabalho, substituída pelo conceito de utilidade,
segundo a Escola Neoclássica, o valor de um bem não depende de última análise da quantidade
de trabalho a ele incorporado, mas sim da utilidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

Módulo de História Económica, da UCM, elaborado Pelos drs. Luís Manuel Chazoita e
Romeu Pinheiro,
Os autores Hunt, E.K. e H. J. Sherman (1990, p. 159)
quais sao as correntes economicas, disciplina Historia económica 1 - Pesquisar (bing.com)
(Acesso no dia 20/05/2022, pelas 15h e 30).

Rasmussen, (2006, p.123)

John Stuart Mill (1844).

Fourquin, Guy. História económica do ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1980.

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