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O autor, Jadir Antunes, busca em seu artigo igualmente traçar a trajetória de Marx
em relação a teoria do valor, porém dando ênfase na influência feuerbachiana e
argumentando que o desenvolvimento de Marx se condiciona antes como uma
critica da metafisica e da religião do que como uma crítica à economia política de
fato. Antunes aponta para o processo de abstração das determinações nos valores
argumentando que, em função do fato do valor-de-uso de uma mercadoria ser
completamente oposto ao seu valor-de-troca na medida em que o primeiro
constitui-se no corpo da mercadoria e o segundo apenas na relação entre duas ou
mais mercadorias, a própria categoria de Mercadoria é essencialmente contraditória.
Essa contradição entre o ente abstrato e o concreto no interior da mercadoria seria,
então, o primeiro fundamento para a seguinte abstração decorrente do
valor-de-troca, a saber, o dinheiro. O dinheiro entendido como abstração de uma
abstração (o valor de troca) e como “alvo” do fetiche da mercadoria pode ser
entendido, segundo Antunes, como uma aplicação por parte de Marx do conceito de
Alienação presente em Hegel e desenvolvido como crítica da religião por
Feuerbach.
ARAUJO, Renan Ferreira de; PALLUDETO, Alex Wilhans Antonio. Uma nota sobre
dinheiro e dinheiro creditício: uma interpretação da teoria do valor de Marx. Nova
Economia, v. 31, p. 955-979, 2022.
“Nesse contexto, a consideração do dinheiro Mais uma vez vale lembrar que já haviam
em sua forma acabada exige situá-lo no complexos sistemas de crédito na antiga
sistema de crédito, a partir da circulação do civilização mesopotâmica. (Graeber, 2016)
capital, que busca incessantemente romper
com os limites à sua contínua expansão”
(Araujo e Palludeto, 2022)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRAEBER, David. Dívida: os primeiros 5.000 anos. São Paulo: Três Estrelas,
2016.
ARAUJO, Renan Ferreira de; PALLUDETO, Alex Wilhans Antonio. Uma nota sobre
dinheiro e dinheiro creditício: uma interpretação da teoria do valor de Marx. Nova
Economia, v. 31, p. 955-979, 2022.