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Lógica de Programação

As instruções são regras criadas para serem realizadas em situações


específicas.

Por exemplo, quando compramos aparelhos eletrônicos, recebemos


manuais de instrução. Esses manuais descrevem o que deve ser feito
para que os aparelhos funcionem corretamente.

Como você já pôde perceber, o computador é uma máquina que realiza,


exclusivamente, o que ela for programada para fazer.

Dessa forma, um programa nada mais é do que uma sequência lógica


de instruções organizadas para manipular informações inseridas pelos
usuários. Tudo isso é feito para atingir determinado fim.
Instruções são informações, ordens ou comandos que indicam a um
computador o que ele deve fazer.

O algoritmo não é a solução do problema porque ele é, na realidade, a


descrição detalhada das etapas que devem ser percorridas para se
chegar a uma solução. Em outras palavras, é preciso diferenciar a
solução (programa) da proposta de solução (algoritmo).

Algoritmo é o conjunto de regras e procedimentos lógicos perfeitamente


definidos que levam à solução de um problema por meio de um número
finito de etapas.

Já vimos que a lógica de programação está baseada em um raciocínio


estabelecido para resolver problemas usando computadores. Desse
modo, o raciocínio precisa ser descrito por meio de instruções
conhecidas como sequências lógicas.

Na realidade, programas são algoritmos que foram codificados em uma


determinada linguagem de programação.
Agora, vamos conhecer o método pseudocódigo, também chamado de
Português estruturado.

O pseudocódigo usa termos da língua portuguesa encadeados e


organizados de forma parecida com as diferentes linguagens de
programação. Seu objetivo é simplificar o processo de programação.

Exemplo: Algoritmo para conversão do real em dólar


Algoritmo Conversao_real_dolar
// rotina que converte um determinado valor em reais em dólares
Var
VALOR_REAL, COTACAO_DOLAR, CONVERSAO: real
VALOR_REAL = 0
COTACAO_DOLAR = 0
CONVERSAO = 0
Início
Escreva “Programa para converter reais em dólares”
Escreva “Informe o valor disponível em reais (para comprar
dólares): R$”
Leia VALOR_REAL
Escreva “Informe o valor do dólar em reais (cotação do dia): R$”
Leia COTACAO_DOLAR
CONVERSAO = VALOR_REAL / COTACAO_DOLAR
Escreva “Com essa quantia será possível comprar: US$”
Escreva CONVERSAO
Escreva “Boa viagem!”
Fim

Tal como você pôde perceber, o pseudocódigo é uma técnica que


organiza os algoritmos em blocos formados por comandos escritos.

Para isso, são usados, por exemplo, os comandos Leia e Escreva para
inserção (captura) e exibição (apresentação) de dados,
respectivamente.

Além dos comandos, o pseudocódigo permite a declaração de variáveis


e expressões aritméticas para realizar contas.
Apresentaremos, a seguir, a forma básica de um algoritmo em
português estruturado:

Algoritmo <nome_do_algoritmo>
// <explicação resumida do que a rotina irá fazer>
Var
<declaração das variáveis e do tipo de informação que elas
receberão>
Início
<instruções e processamentos encadeados de forma lógica>
Fim

Todo algoritmo começa com a definição de um nome de identificação


para ele, na primeira linha: <nome_do_algoritmo>

Na linha de baixo, deve ser feita a declaração de variáveis, cuja palavra


reservada é Var. O termo Var é uma redução da palavra "variável".
Nesse sentido, o termo Var é um marcador, assim como as palavras
INÍCIO, FIM, SE, SENÃO, ENTÃO, FAÇA CASO etc. Um marcador ou
uma palavra reservada são termos interpretados de forma diferenciada
pelos programas. Por isso, não devem ter outros usos, como nomear
variáveis.

Em linhas gerais, variáveis são espaços em memória que servem para


guardar um tipo de dado ou informação.

Esses espaços em memória devem receber nomes específicos e


únicos, para que possam ser referenciados exclusivamente e usados
sempre que necessário.

Ao criar um espaço em memória, com conteúdo variável ou constante,


precisamos definir e registrar o tipo de dado que será inserido e
manipulado.

Dados literais – ou caracteres – são sequências contendo letras,


números e outros símbolos especiais. Uma sequência de caracteres
deve ser indicada entre aspas (“”). Esse tipo de dado é conhecido
também como Alfanumérico, String, Literal ou Cadeia. Como exemplos,
temos: “Fundação Bradesco”, “Técnico em Desenvolvimento de
Sistemas”, “84”, “843.48”, entre outros.

Os dados numéricos reais são números positivos, negativos e


fracionários. Como exemplo, temos: 584.87, -848.43, 84, 82, -19.20.
Lembrando que, na formatação universal, a parte fracionária é separada
por ponto “.” e não por vírgula “,”, como fazemos na formatação
brasileira.
Os dados numéricos inteiros são definidos como tipos inteiros. Podem
ser dados numéricos positivos ou negativos. Nesse tipo, não se
encaixam números fracionários. Como exemplo, temos: 10, -10, 5, 85,
-33, 88, -67, entre outros.

Os dados lógicos são apenas dois valores utilizados por elementos


condicionais para tomadas de decisão. Algumas bibliografias escrevem
os valores lógicos entre pontos, para dar mais ênfase e diferenciá-los de
outros conceitos ou definições (como variáveis ou valores literais). Por
exemplo: .V. ou .F. Esses dois valores podem ser: Verdadeiro ou Falso,
ou .V. ou .F. Sim ou Não 0 ou 1. São também conhecidos como
dados booleanos, por referência a George Boole, matemático que deu
nome à álgebra booleana, expressão que trata desses tipos de dados.

Chamamos de constante todo valor fixo que não será alterado durante a
execução de um programa.

Uma variável representa um endereço da memória RAM que armazena,


temporariamente, valores e informações. Esses endereços recebem um
nome e um conteúdo. Cada vez que mencionamos o nome da variável,
seu conteúdo é manipulado.

Operadores são elementos que atuam sobre os operandos (variáveis ou


constantes), ou seja, são símbolos ou palavras reservadas (true/false)
por meio dos quais é possível fazer cálculos, comparar resultados e
atribuir valores às variáveis.
Com isso, os operadores são a chave para que possamos incrementar,
decrementar, comparar e avaliar dados dentro do computador.
Controle de Fluxo

A estrutura sequencial é uma sequência de instruções que acontecem


uma após a outra, sem desvios ou interrupções.

Esse tipo de estrutura é composto somente de linhas de comando


sucessivas (que compõem um único fluxo possível de processamento) e
está sempre limitado pelos marcadores INÍCIO e FIM do algoritmo ou de
uma outra estrutura.

As estruturas de seleção são usadas para que sejam estabelecidos


caminhos diferentes de instruções, a serem percorridos a partir de
tomadas de decisão. Justamente por isso, esses recursos podem ser
chamados de estruturas de seleção ou estruturas de decisão.

Amplie seu conhecimento com algumas leituras.

ALMEIDA, Marilane. Curso essencial de lógica de programação. [S.l.]:


Brasil Universo dos Livros. 112 p. (edição digital – B009SK3R4O).

LÓGICA de programação - Aula 02 – Tipos de algoritmos. Realização


de Ricardo Bernardi. 2015. (8 min.), son., color. Série Lógica de
Programação. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=JLlTo3SwxJE&index=2&list=PLInBAd
9OZCzxxk0VvMGrq7l-ZMu5lOSwC . Acesso em: 9 nov. 2015.

MORAES, Paulo Sérgio de. Lógica de programação. 2000. São Paulo:


Unicamp – Centro de Computação – DSC, 2000. Disponível em:
http://www.facom.ufu.br/~claudio/Cursos/Antigos/ICC/Resources/Modulo
04/logica2prog.pdf . Acesso em: 4 mai, 2022.

OLIVEIRA, Luiz Affonso Henderson Guedes de; ROCHA, Kliger


Kissinger F.; BITTENCOURT, Valnaide Gomes. Algoritmos. Natal:
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Centro de Tecnologia –
Departamento de Computação e Automação, 2004. Disponível em:
http://www.dca.ufrn.br/~lmarcos/courses/DCA800/pdf/algoritmos_apres_
parte1.pdf . Acesso em: 19 nov. 2015.

SAID, Ricardo. Curso de lógica de programação. [S.l.]: Brasil: Universo


dos Livros, 2014. 163 p. (edição digital –9788579304286).

SENAC-RS (Rio Grande do Sul). Lógica de programação. Porto Alegre:


Senac, 2003. 68 p.

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