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UNIVERSIDADE LUSÍADA DE ANGOLA

FACULDADE DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


RELATÓRIO SOBRE AS TEÓRIAS CLÁSSICAS E
NEOCLÁSSICAS
DIREITO ECONÓMICO
TURMA: D2M
2ª ANO

INTEGRANTES:
AUGUSTA CAUAIA
CÁSSIA SOZINHO
CONCEIÇÃO SOUSA
DENISE ANTÓNIO
QUIRINA TENENTE
ROSANA CAPEMBA

PROFº ARTUR PAULO GABRIEL


TEÓRIAS CLÁSSICAS ECONÓMICAS
Economia clássica é a primeira escola moderna de pensamento econômico, é
geralmente aceite que o marco inaugural do pensamento econômico clássico seja a obra
“A Riqueza das Nações”, do escocês Adam Smith. Seus conceitos giram em torno da
noção básica de que os mercados tendem a encontrar um equilíbrio econômico a longo
prazo, ajustando-se a determinadas mudanças no cenário econômico. Os principais
economistas clássicos incluem: Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill.
Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 – Edimburgo, 17 de julho de
1790).
Ele foi um filósofo e economista britânico nascido na Escócia. Teve como
cenário para a sua vida o atribulado Século das Luzes, no século XVIII.
É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do
liberalismo econômico. Autor de Uma Investigação sobre a Natureza e a Causa da
Riqueza das Nações, a sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como
referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das
nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas
exclusivamente), pelo seu próprio interesse, promoviam o crescimento econômico e a
inovação tecnológica.
Ele defendia a propriedade privada, a não intervenção do Estado na economia e
a liberdade contratual entre patrões e empregados, dizendo que o papel do Estado
deveria ser apenas de manter a segurança pública e a ordem e garantir o direito de
propriedade privada e as liberdades individuais das pessoas.
David Ricardo (Londres, 18 de Abril de 1772 – Gatcombe Park, 11 de setembro
de 1823)
Ele foi um economista e político britânico — um dos mais influentes
economistas clássicos, ao lado de Thomas Malthus, Adam Smith e James Mill. Ricardo
e a sua família têm origens sefarditas que remontam à Holanda e Portugal.
Considerado como um dos fundadores da escola clássica inglesa da economia
política, juntamente com Adam Smith e Thomas Malthus.
As principais obras foram: Princípios de Economia Política e Tributação.
A sua obra trata da distribuição do produto gerado pela sociedade e como devia
ser distribuída nas três classes sociais, realça que o papel da ciência económica, seria
então o de determinar quais leis naturais orientam essa distribuição.
A sua teoria das vantagens comparativas constitui a base essencial da teoria do
comércio internacional. Demonstrou que duas nações podem beneficiar mutuamente do
comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os
tipos de bens do que o seu parceiro comercial.
Ricardo defendia que nem a quantidade de dinheiro num país, nem o valor
monetário desse dinheiro, era o maior determinante para a riqueza de uma nação.
Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que
contribuam para a comodidade e o bem-estar de seus habitantes.
John Stuart Mill  (Londres, 20 de maio de 1806 – Avignon, 8 de maio de 1873)
Ele foi um filósofo e economista britânico. É considerado por muitos como o
filósofo de língua inglesa mais influente do século XIX.
É conhecido principalmente pelos seus trabalhos nos campos da filosofia
política, ética, economia política e lógica, além de influenciar inúmeros pensadores e
áreas do conhecimento. Defendeu o utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por
seu padrinho, Jeremy Bentham. Além disso, é um dos mais proeminentes e
reconhecidos defensores do liberalismo político, sendo seus livros fontes de discussão e
inspiração sobre as liberdades individuais ainda nos tempos atuais.
As principais obras foram: Princípios da Economia Política, Ensaio sobre a
liberdade, Sujeição das mulheres, outros.
Mill explora a natureza da produção, e afirma que os requisitos da produção são
dois: trabalho (força humana) e objetos naturais apropriados ( capital, terra e meios de
produção). Distribuição Mill diz que está é uma das quetões das instituições humanas
afirma que distribuição da riqueza, depende das leis comuns da sociedade.
Mill defendia a liberdade do cidadão buscar o seu próprio bem, juntamente com
o principio do dano que dizia que cada individuo tem o direito de agir como quiser,
deste que as suas ações não prejudiquem as outras pessoas, para ele o desenvolvimento
da sociedade parte do desenvolvimento do indivíduo e quanto maior a liberdade do
indivíduo, maior o bem-estar geral da população.
Mill ataca o argumento que dizia que as mulheres são naturalmente piores do
que os homens, em certos aspetos e que, por isso, eles deveriam ser desencorajadas e
proibidas de realizarem certos atos. Ele acreditava que não se sabe do que as mulheres
são capazes porque os homens, nunca as deixavam tentar, portanto não se pode fazer
uma afirmação autoritária sem essa evidencia. Ataca as leis do casamento e compara
com a escravização da mulher.
TEÓRIAS NEOCLASSICAS ECONÓMICAS
A teoria neoclássica da economia é uma abordagem da economia focada na
determinação de distribuição de bens, produtos e renda nos mercados por meio da oferta
e demanda. Se consolida como teoria econômica em meados de 1870 com a descoberta
que revolucionou a ciência econômica (a designada revolução marginalista) preconizada
por três economistas nomeadamente William S. Jeovons, Carl Menger e Léon
Walras.

Ao contrário do que a Teoria Clássica assumia, os neoclássicos defendem que o


valor de uma mercadoria não depende do trabalho que se realizou para produzi-las, mas
sim de sua utilidade e raridade. Assim, quanto mais abundante for um produto
considerado útil, menos valor ele irá ter, e o mesmo se aplica a mercadorias e serviços
de menor procura. A Economia Neoclássica é uma abordagem da economia que estuda
o comportamento da oferta e da procura, tendo em conta a racionalidade de cada agente
e sua capacidade de maximizar os seus interesses fundamentais (utilidade no caso das
famílias ou lucro no caso das empresas).

William Stanley Jevons (Liverpool, 1 de setembro de 1835 — Bexhill, 13 de


agosto de 1882).

Ele foi um dos fundadores da Economia Neoclássica e formulador da teoria da


utilidade marginal, que imprimiu novo rumo ao pensamento econômico mundial,
especialmente no que se refere à questão da determinação do valor, solucionando o
paradoxo utilidade na determinação dos valores das coisas (por que o pão, tão útil, é
barato, e o brilhante, quase inútil, é caro?) que até então confundia os economistas.

A Teoria da Utilidade, se tornou a tônica de sua teoria geral da economia


política, foi praticamente formulada em uma carta escrita em 1860; e o germe de seus
princípios lógicos da substituição de semelhantes pode ser encontrado na visão que ele
propôs em outra carta escrita em 1861, de que "a filosofia consistiria unicamente em
apontar a semelhança das coisas" , define que, o grau de utilidade de uma mercadoria é
alguma função matemática contínua da quantidade da mercadoria disponível,
juntamente com a doutrina implícita de que a economia é essencialmente uma ciência
matemática.

Carl Menger (Neu-Sandez , 23 de fevereiro de 1840 — Viena, 26 de


fevereiro de 1921)

Ele foi um economista austríaco, fundador da escola austríaca. Desenvolveu uma


teoria subjetiva do valor ou a teoria da utilidade marginal, ligando-a à satisfação dos
desejos humanos. A teoria subjetiva do valor(também chamada de teoria do valor
subjetivo ou teoria do valor marginal) é uma teoria do valor que explica que o valor de
um produto não está em si mesmo mas sim na mente de quem quer adquiri-lo.

Para exemplificar: para um consumidor que esteja com fome, a primeira fatia de
pão tem uma utilidade enorme. Essa utilidade vai decrescendo à medida que se vai
adicionando mais unidades.

A décima fatia de pão já representará uma utilidade bem menor que a primeira.
A trigésima fatia de pão terá uma utilidade quase nula e a centésima poderá até ter
uma utilidade marginal negativa se causar, em nosso consumidor, uma indigestão.

Léon Walras (Évreux, 16 de dezembro de 1834 — Clarens, 5 de


janeiro de 1910)

Ele foi um economista e matemático francês, conhecido como o criador


da Teoria do Equilíbrio Geral.

Também descreveu o processo de tâtonnement ("tateio", do verbo "tatear", em


português), segundo o qual determinado mercado pode atingir o equilíbrio, tendo em
conta que o equilíbrio geral, conforme delimitado pela matemática, pode não ser
possível.
Walras foi um dos três líderes da chamada “revolução marginalista”, ao lado do
austríaco Carl Menger (1840-1921) e do britânico William Stanley Jevons (1835-1882),
apesar de seu mais notável trabalho, Elements d'économie politique pure (em
português, Elementos da Economia Política Pura), de 1874, ter sido publicado três anos
após a disseminação das ideias marginalistas dos dois anteriores.

Walras defendia a livre iniciativa como instrumento para alcançar a justiça


social e a justificava matematicamente, unindo as teorias de produção, troca, moeda e
capital.

Com esse relatório podemos concluir que :

A Teoria Neoclássica surge a partir de questionamentos que não foram sanados


na Teoria Clássica. A diferença mais marcante é que a Teoria Clássica se preocupava só
com a organização formal, porém a Teoria Neoclássica enxerga a organização como um
todo, tanto seu aspeto formal quanto seu aspeto informal.

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