O documento resume as visões das principais escolas econômicas sobre o papel do Estado na economia, desde a escola fisiocrática defendendo a não intervenção até a keynesiana defendendo a intervenção para promover o pleno emprego. A pesquisa utilizou métodos bibliográfico e comparativo para analisar os escritos dos pensadores dessas escolas.
O documento resume as visões das principais escolas econômicas sobre o papel do Estado na economia, desde a escola fisiocrática defendendo a não intervenção até a keynesiana defendendo a intervenção para promover o pleno emprego. A pesquisa utilizou métodos bibliográfico e comparativo para analisar os escritos dos pensadores dessas escolas.
O documento resume as visões das principais escolas econômicas sobre o papel do Estado na economia, desde a escola fisiocrática defendendo a não intervenção até a keynesiana defendendo a intervenção para promover o pleno emprego. A pesquisa utilizou métodos bibliográfico e comparativo para analisar os escritos dos pensadores dessas escolas.
A VISÃO DAS ESCOLAS ECONÔMICAS SOBRE A INTERVENÇÃO DO
ESTADO NA ECONOMIA
Fernanda Panassolo (3º Ano de Ciências Econômicas -UNICENTRO),
Sandra ReginaTonin (3º Ano de Ciências Econômicas- UNICENTRO), Poliana Peixoto Amaral (3º Ano de Ciências Econômicas- UNICENTRO), Amarildo Hersen (Orientador), e-mail: amarildohersen@yahoo.com.br
Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências Sociais Aplicadas.
Palavras-chave: liberdade econômica, intervenção do Estado, economia.
Resumo: O objetivo do presente estudo é de averiguar as diferentes
interpretações que as escolas do pensamento econômico manifestaram acerca do verdadeiro papel do Estado na economia. Para tanto se fez uso dos métodos comparativo e bibliográfico de pesquisa. Os resultados apontam que as diferentes interpretações sobre o papel do Estado na economia, pelas escolas, vão desde o liberalismo (laissez-faire) econômico até funções ativas na economia como indutor do equilíbrio econômico e do emprego.
Introdução
As Escolas Econômicas são conhecidas por evidenciarem importantes
questões econômicas, em suas respectivas épocas, desde o século XVIII, manifestadas nos escritos de célebres pensados como François Quesnay, Adam Smith, David Ricardo, Thomas R. Malthus, Karl Marx, Jevons e John M. Keynes. Suas opiniões acerca dos mais diversos assuntos econômicos sofreram, muitas vezes, diferentes e contrárias interpretações. A proposta deste trabalho é identificar as diferentes interpretações e evoluções das Escolas Econômicas Fisiocrática, Clássica (Liberal), Marxista, Neoclássica (Marginalista) e Keynesiana relacionadas especificamente ao papel do Estado na economia nacional.
Materiais e Métodos
A pesquisa realizou-se mediante utilização do método bibliográfico e
comparativo. Para o autor EGG (1978) citado no livro de Santos (2001), o método é bibliográfico, consiste no procedimento reflexivo sistemático, controlado e critico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento. Já o método comparativo de acordo com (GIL, 1999) procede pela investigação de indivíduos, classes,
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26 a 30 de outubro de 2009 fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre ele. Após a pesquisa bibliográfica ser concluída, deu-se início ao processo de comparação entre os escritos dos pensadores correspondes às escolas econômicas mencionadas, referente à intervenção do Estado na economia.
Resultados e Discussão
A Escola Fisiocrática foi a primeira escola econômica, originária da
França, surgiu no século XVIII. De acordo com Feijó (2007) a escola defende a liberdade de mercado e acredita que o interesse individual está na base do funcionamento harmônico da economia. Os fisiocratas combatiam as medidas intervencionistas do governo e tem como máxima o conhecido refrão laissez-faire, laissez-passer, que apela para a liberdade de produção e de comércio. A crítica ao controle da autoridade não significa que os homens não tenham que se submeter a algum poder. Acreditavam os autores fisiocratas na existência de uma ordem providencial, desejada por Deus, e por isso é a melhor possível, portanto, deve ser deixada livre para o alcance do progresso econômico e social. Para a escola é inútil contrariar leis (naturais e divinas), regulamentos ou sistemas. Assim, o discurso fisiocrático aponta para um teórico ápice natural da economia, onde quem se opõe a ele fatalmente se destroi. (BELL, 1976). A Escola Econômica Clássica, verificada no final do século XVIII, caracteriza-se pelo entendimento do equilíbrio automático das forças de oferta e demanda de mercado, através dos preços (HUGON, 1956). Smith (1776) faz uso do termo “mão invisível” para explicar a característica de auto-regulagem do sistema econômico. A escola mostra não ser adepta à intervenção do Estado na atividade econômica. Para Adam Smith o Estado teria apenas as funções de segurança, administração da justiça e execução/manutenção de obras públicas. David Ricardo, outro autor clássico, manifesta a mesma interpretação quando critica as corn laws imposta aos produtores de cereais, pelo governo inglês. De forma complementar, Thomas Malthus também critica a atuação do Estado quando este pratica a Lei dos Pobres na Inglaterra (HUGON, 1956). As interpretações das escolas econômicas foram severamente criticadas pela teoria marxista. Marx, ao analisar a exploração da classe capitalista sobre o proletariado, coloca o Estado como intermediador das relações de produção. O autor alerta que a classe expropriada dos recursos de produção poderia ser ainda mais explorada, caso o Estado não se manifestasse com legislações e fiscalizações acerca das relações existentes. Para Marx, portanto, o Estado está acima das classes e passa a ser entendido como representa dos interesses comuns (ANTUNES, 2005 ).
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26 a 30 de outubro de 2009 Os marginalistas continuam na defesa do laissez-faire, proveniente da escola clássica como a política mais desejável. Não deveria haver interferência nas leis econômicas naturais para se atingirem os benefícios sociais máximos. Segundo (WALRAS, 1986) o sistema se ajustará automaticamente. Walras defendera uma visão benevolente de concorrência, próxima à concepção da “mão invisível” smithiana. Para ele a concorrência é como um mecanismo que levaria os agentes econômicos a trocas mais vantajosas, devendo eliminar o protecionismo e a intervenção do Estado em atividades cuja livre concorrência pudesse ser estabelecida. O objetivo da concorrência era neutro e desejável para a obtenção do equilíbrio. (WALRAS, 1986) Por fim, a Escola Econômica Keynesiana que surgiu no séc. XX, com a publicação do livro Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda, apresenta interpretação oposta à analise clássica e neoclássica sobre o debate. Para Keynes o Estado deveria intervir na economia, através de políticas macroeconômicas com o objetivo de promover o equilíbrio da economia, tendo em vista que esta não tem a capacidade de se auto-regular (HUGON, 1956). A conclusão pessimista de Keynes: I) numa suposta função de consumo; II) na alegada fixidez dos preços; III) na teoria do juro baseada na preferência da liquidez. Afirmou que o sistema capitalista não podia funcionar automaticamente e manter o pleno emprego constatou que o mesmo, quando entregue aos seus próprios meios, podia encontrar equilíbrio ao nível inferior ao do pleno emprego dos homens e recursos. Assim, recaia sobre o governo a responsabilidade de participar da formulação da política econômica. Formulando a política monetária, a política fiscal e por fim a política de gastos públicos. O objetivo dessas políticas eram corrigir as desigualdades e os desequilíbrios ocasionados pelo fracasso do sistema auto-regulador (BELL, 1976). Nos dias de hoje, o governo intervém na educação através dos programas extensionistas. Sendo assim podemos ressaltar a universidade sem fronteiras, que é um programa extensionistas financiado pelo governo do estado.
Conclusões
No decorrer das Escolas Econômicas nota-se diferentes pensamentos sobre
a atuação do Estado. Percebemos que os fisiocratas pregavam a existência de uma ordem natural, onde o Estado não deveria intervir nas relações econômicas. A escola clássica mostra também não ser adepta à intervenção do Estado na atividade econômica. Os adeptos de Marx acreditavam que o Estado está acima das classes e passa a ser entendido como representante dos interesses comuns da população. Os neoclássicos acreditavam que também não deveria haver
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26 a 30 de outubro de 2009 interferência nas leis econômicas naturais para se atingirem os benefícios sociais máximos. Já para a escola Keynesiana o Estado deveria intervir na economia, através de políticas macroeconômicas.
Agradecimentos
Nossos agradecimentos são para o professor Amarildo Hersen, que
fez as correções e ofereceu importantes ressalvas ao texto.
Referências
ANTUNES, Ricardo A dialética do trabalho 2º Edição Editora
Expressão Popular 2005. BELL, John Fred Historia do Pensamento Econômico 2º edição Rio de Janeiro: Zahar 1976. FEIJÓ, Ricardo História do Pensamento Econômico 2º edição São Paulo: Atlas 2007. GIL, Antonio Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social 5º edição São Paulo, Atlas, 1999. HUGON, Poul História das Doutrinas Econômicas São Paulo: Editora Atlas 1956. SANTOS, Izequias Estevam Textos selecionados de métodos e técnicas de pesquisa científica 3ª edição: Rio de Janeiro, Impetus, 2001. WALRAS, Léon Compêndio dos Elementos de Economia Política Pura 2ª edição: São Paulo, Nova Cultural, 1986.
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