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Licenciatura em Gestão
Vamos assumir um sistema bancário composto por um único banco, cuja atividade é
iniciada com as operações descritas nos slides mais à frente.
1
Macroeconomia I
Licenciatura em Gestão
OBJETIVOS
1
PLANO
1. O que é a moeda?
2. Agregados monetários
3. Como a moeda entra em circulação na
economia
4. Criação de moeda e sistema bancário
Introdução
• Economias de troca directa
– Trocam-se bens por outros bens
– Para haver trocas é necessário uma dupla coincidência de
vontades ou desejos
– Custo de oportunidade elevado
• Economias monetárias
– Trocam-se bens por moeda
– Especialização e divisão do trabalho
– Maior eficiência
2
O que é a moeda? Funções da moeda
• A moeda pode definir-se pelas funções
Exemplos de formas monetárias
que desempenha, sendo algo que possa Sal Pedras
ser usado nas seguintes funções: Conchas Vinho
– Meio de troca: a moeda é o que usamos
para comprar bens e serviços; evita a Marfim Tabaco
necessidade de dupla coincidência de
desejos/vontades, facilitando assim as Peles de animais Arroz
3
O que é a moeda? Instituições monetárias e não monetárias
Agregados Monetários
• Base Monetária=moeda do BC=M0 (monetary base / high-
powered money): H = C + R
– C (circulação – currency) = notas e moedas
metálicas (N&M) em circulação – detidas pelo
público em geral (setor não monetário
residente)
4
Agregados Monetários
Agregados Monetários
10
10
5
Como a Moeda entra em circulação na economia
• O sistema bancário é composto por instituições, públicas e
privadas, que têm capacidade para criar moeda (instituições
financeiras monetárias) e gerem o sistema monetário e de
pagamentos de cada país/região (autoridade monetária).
Como varia a Base Monetária (H)
• Valor de H: BC controla a base monetária (e portanto o stock de
moeda) através das seguintes operações de mercado aberto
(open market operations):
– Criação de base monetária: BC compra títulos (ex. de dívida
pública) a um banco comercial, pagando com emissão de base
monetária (R H).
• O aumento das reservas permite ao banco expandir os depósitos de
clientes, aumentando assim a massa monetária (explicação nos
diapositivos seguintes).
– Destruição de base monetária: BC vende títulos fazendo-se pagar
com destruição de base monetária (R H). Processo oposto ao
anteriormente descrito.
• A divisão de H entre C e R é determinada pela procura de notas
e moedas metálicas por parte do público em geral.
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12
12
6
Criação de Moeda e Sistema Bancário
O processo de criação de moeda pelo banco comercial
• O banco tem reservas para além das desejadas.
• O banco empresta tendo por base as reservas em excesso.
• Os depósitos aumentam.
• A quantidade de moeda em circulação na economia aumenta.
• A nova moeda é utilizada para efetuar pagamentos.
– Alguma da nova moeda permanece na forma de depósitos.
– Alguma da nova moeda é convertida em moeda do BC.
• As reservas desejadas aumentam porque os depósitos
aumentaram.
• As reservas em excesso diminuem, até tomarem o valor zero,
caso exista procura de crédito para tal.
A capacidade de criação de moeda pelo banco comercial vai
então depender dos seguintes rácios:
• x = R/D = taxa de reservas => R = xD
• b= C/D = quociente notas-depósitos ou preferência do público por
moeda do BC=> C = bD
13
13
Multiplicador Monetário:
• quantidade máxima de moeda que pode ser criada por
cada unidade de moeda do Banco Central/base
monetária.
– É o quociente entre a massa monetária/stock de
moeda e a base monetária:
𝑀 = 𝐶 + 𝐷 = 𝑏𝐷 + 𝐷 = (𝑏 + 1)𝐷
H=C+R = bD+xD = (b+x)D
Multiplicador Monetário(mm) =
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14
7
Criação de Moeda e Sistema Bancário
𝑀 𝑏+1
Multiplicador Monetário(mm) = =
𝐻 𝑏+𝑥
• Exemplos:
– x = 10%, b = 0 mm=(b + 1)/(b + x) = 1/0,1 = 10; H=100
M=10xH=10x100=1000
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16
8
Criação de Moeda e Sistema Bancário
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17
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18
9
Criação de Moeda e Sistema Bancário
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19
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20
10
Criação de Moeda e Modelos do Sistema Bancário
Passivo Ativo
Depósitos 100 Notas e Moedas 100
2
Criação de Moeda e Modelos do Sistema Bancário
• Hip.: x=R/D=0,1 ou 10% o banco pretende deter apenas 10% dos seus
depósitos em reservas.
• Então, o banco poderá expandir os seus depósitos através da concessão
de empréstimos (quando um banco empresta dinheiro a um cliente aumenta o
saldo da conta de depósitos do cliente), dando origem à criação de moeda
(D M).
ii) Restabelecimento de uma taxa de reservas de 10%: depois do
banco receber um depósito novo de 100€ poderá expandir os seus
empréstimos em 900€:
x = R / D = 0,1 0,1 = 100 / D D = 100 / 0,1 = 1000;
Depósitos (D) = depósito novo (R) + empréstimos (E)
E = D – R = D – xD = (1 – x)D = (1 – 0,1)1000 = 900
H = C + R = 0 + 100= 100
M = C + D = 0 + 1000 = 1000
Passivo Ativo
Depósitos 1000 Notas e Moedas 100
Empréstimos 900
1000 1000
Passivo Ativo
Depósitos 500 Notas e Moedas 100
Empréstimos 400
500 500
3
Criação de Moeda e Modelos do Sistema Bancário
M b 1
Multiplicador Monetário
H bx
• Exemplos:
– x = 10%, b = 0 (b + 1)/(b + x) = 1/0,1 = 10
M=10xH=10x100=1000
4
Macroeconomia I
Licenciatura em Gestão
Mercado Monetário
(Bibliografia: Lipsey and Chrystal, cap. 19)
baseado nos slides da Professora Conceição Pereira ano letivo 2016-17
OBJETIVOS
1
PLANO
Introdução
• A quantidade de moeda em circulação na economia
influencia o comportamento da economia real?
2
Introdução
• Devemos então estudar o mercado da moeda e
acrescentá-lo ao modelo de determinação do
produto:
– a ligação entre o setor monetário e o setor real é
estabelecida pela taxa de juro, que é endógena.
– para além da política orçamental, passa a haver a
possibilidade de estabilizar a economia por recurso à política
monetária.
3
Taxa de juro e preço das obrigações
• Uma subida (descida) no preço de mercado de uma obrigação
que produza um determinado rendimento fixo é equivalente a
uma descida (subida) na taxa de juro que essa obrigação rende.
– Imagine-se que certas obrigações perpétuas são emitidas pelo valor nominal
de 1000€, conferindo um direito ao seu detentor de receber o valor de 100€
por ano, ou seja, com uma taxa de juro contratada de 10%.
• Quem comprar esta obrigação pelo valor de emissão obtém efetivamente uma taxa
de juro de 10% (100€/1000€).
– Mas suponha-se que em certo momento o mercado obrigacionista está em
alta, em consequência da elevada procura de obrigações, e que:
• obrigações estão a ser transacionadas por um valor superior, p. ex 2000€.
• Isto significa que rendendo elas 100€,
• a taxa de juro efetivamente auferida é somente 5% (100€/2000€).
– Suponha-se pelo contrário que o mercado obrigacionista está em baixa, em
consequência da reduzida procura de obrigações, e que:
• obrigações estão a ser transacionadas por um valor inferior, p. ex. 500€.
• Isto significa que rendendo elas 100€,
• Quem as adquirir por este preço irá obter uma taxa de juro de 20% (100€/500€).
Procura de Moeda
4
Procura de Moeda
• Por que razão desejam então os agentes económicos
deter moeda?
– Os agentes económicos detêm moeda quando esta proporciona
serviços aos quais é atribuído pelo menos tanto valor como o
custo de oportunidade de deter moeda.
Três importantes serviços dão origem a três motivos para deter
moeda:
• Motivo transação: moeda permite enfrentar transações
planeadas, porque pagamentos e recebimentos não são
sincronizados.
• Motivo precaução: moeda permite enfrentar transações
incertas.
• Motivo especulação: moeda constitui reserva de valor e
proporciona proteção da incerteza inerente às flutuações dos
preços de outros ativos financeiros.
Procura de Moeda
• Transação e precaução: procura de moeda
crescente com o produto, porque se admite
relação positiva estável entre transações e produto.
• Especulação: procura de moeda decrescente com
a taxa de juro.
– Moeda proporciona liquidez e é um ativo sem risco, mas não
proporciona rendimento/retorno/rentabilidade/juros.
– Obrigações proporcionam rendimento mas são menos líquidas
que a moeda e os seus preços estão sujeitos a flutuações.
• Agentes económicos devem escolher uma repartição
equilibrada da sua riqueza, detendo uma menor parcela de
moeda/maior parcela de obrigações se o custo de
oportunidade de deter moeda for elevado, i.e. se a taxa de
juro for elevada, e vice-versa.
• Com uma maior riqueza maior será a detenção de
moeda, assim como a detenção de obrigações.
10
10
5
Procura e oferta de moeda
• Procura de moeda nominal (MD) e real (L)
– Procura nominal de moeda: procura de moeda em unidades
monetárias
– Procura real de moeda: unidades de poder de compra que o
público deseja deter sob a forma de encaixes monetários,
L = MD/P
MD = MD(Y, i, P)=PL L = L(Y, i)
11
11
Equilíbrio Monetário
• Equilíbrio monetário: MS = MD MS/P = L
• ocorre quando o público detém a quantidade de moeda (e de
obrigações) que deseja deter.
• A curva da oferta de moeda MS é representada por uma reta vertical,
traduzindo uma dada quantidade de moeda existente na economia, M0.
• A curva da procura de moeda MD tem um declive negativo, porque uma
redução da taxa de juro conduz a um aumento na procura de moeda por motivo
especulação.
i
EOM
MS
EPM MD
M0 M
12
12
6
Equilíbrio Monetário
• Em desequilíbrio o público ajusta a composição da sua
riqueza, o que propicia o ajustamento da taxa de juro e
assim o retorno ao equilíbrio:
M2 M0 M1 M
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13
14
7
Atuação da política monetária (BC controla i)
• O BC fixa um objetivo para a taxa de juro, comprometendo-se a
comprar/vender qualquer quantidade de obrigações para o alcançar.
– O BC compra/vende obrigações (oferta de moeda determinada pela procura à taxa de
juro em vigor), para alcançar valor definido para i;
– Alterações da taxa de juro conduzem a variações da procura de moeda, e portanto a
ajustamentos na composição da riqueza dos indivíduos através de compra ou venda
de obrigações.
15
i i
MS LM0
E1 i1 E1
i1
E0
i0
E0 i0
MD1(Y1)
MD0(Y0)
M Y0 Y1 Y
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16
8
Curva LM – dedução algébrica e declive
• Modelo MS
representativo do L
P
mercado da moeda: MS M
L f Y g i
MS
L
• Dedução algébrica P
da curva LM: M
f Y g i
P
M /P g M /P f
Y i i Y
f f g g
• Declive positivo:
i
Y L EPM público LM
pretende deter mais moeda do
que a que detém vende
obrigações preço das ↑i
obrigações e i ↑Y
Y
17
17
↑M
i0
i1
MD0(Y0)
M Y0 Y
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18
9
Macroeconomia I
Licenciatura em Gestão (1º Ciclo)
O Modelo IS-LM
Bibliografia: LIPSEY, R.; CHRYSTAL, A., Cap. 20
(baseado nos slides da Professora Conceição Pereira ano letivo 2016-17)
OBJETIVOS GERAIS
1
PLANO
1. Investimento
2. Curva IS
3. Modelo IS-LM
4. Interdependência dos setores real e
monetário, modelo IS-LM e políticas de
estabilização
5. Modelo IS-LM: multiplicadores
Introdução
Mercado de bens e serviços (MBS)
• Mercado onde se trocam os bens e serviços produzidos no
território económico nacional e onde é determinado o nível de
produto de equilíbrio.
Mercado monetário (MM)
• Mercado onde se trocam ativos financeiros (moeda e obrigações) e
onde é determinada a taxa de juro de equilíbrio.
2
Investimento
• Principais formas de investimento:
• variações de existências;
• construção e reconstrução de residências;
• capital fixo de empresas.
Investimento
• Financiamento do investimento:
• Poupanças internas (das famílias e das empresas=lucros
retidos) e externas.
• Poupanças são canalizadas para investimento de forma
direta, através da compra de ações ou obrigações emitidas
pelas empresas, ou indiretamente através de intermediários
financeiros.
• Determinantes do investimento:
• Preço e produtividade dos bens de capital
• Expectativas quanto à procura pelo produto e aos custos de
produção
• Inovações
• Lucros (fundos próprios)
• Taxa de juro
6
3
Investimento
Efeito da taxa de juro (i) sobre o investimento
Um aumento da taxa de juro real desencoraja o investimento,
porque ela mede o custo dos fundos para financiar o investimento:
• grande parte do investimento é financiado por recurso ao crédito,
que encarece com a subida da taxa de juro (ex. investimento em
habitação das famílias);
• o custo de oportunidade da parte do investimento que é financiada
por capitais próprios (lucros retidos) aumenta com a taxa de juro,
porque o retorno das aplicações alternativas aumenta.
4
Curva IS – dedução algébrica
Modelo representativo do mercado dos bens e serviços
• Economia com Estado e setor externo (ver cap. 17)
Y AE
AE C I G Ex Im
C a bYd a b(Y T tr )
Investimento passa a
I d ei depender explicitamente
da taxa de juro.
G G
Ex Im x m Y
T u t Y
tr tr
9
9
Y a b Y tr (u tY ) d ei G x mY
10
10
5
Curva IS – dedução algébrica
• Resolve-se em ordem a Y para obter a expressão da
curva IS:
Y a btr bu d ei G x bY btY mY
Y bY btY mY a btr bu d ei G x
Y (1 b bt m) a btr bu d G x ei
𝑎 + 𝑏(𝑡𝑟 − 𝑢) + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 𝒆
𝑌= − 𝒊
1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 𝟏 − 𝒃 + 𝒃𝒕 + 𝒎
<0
11
11
a b(tr u ) d G x e
Y i
1 b bt m 1 b bt m
12
12
6
Curva IS – declive
IS tem declive negativo:
i I AE Y
• Por ex. aumento da taxa de juro => desencoraja o investimento, porque
mede o custo do capital (recurso ao crédito fica mais caro; custo de
oportunidade aumenta) => investimento é parte da despesa agregada
planeada, que diminui => diminuição do produto em equilíbrio.
IS
a b(tr u ) d G x e
Y i
i 1 b bt m 1 b bt m
↓Y A e
Y i
↑i
1 c 1 c
A a b(tr u ) d G x; c b bt m
i 1 1 1- c
- 0
Y Y e e
Y i
1 c
13
13
Curva IS – deslocação
AE AE=Y
• Variações na despesa autónoma,
AE1 (A1, i0) A curva AE desloca-se para
AE0 (A0, i0) cima curva IS desloca-se para
a direita
• Deslocação horizontal da curva IS
mostra Y a cada nível de taxa de
juro.
45o
• É visível na expressão teórica da
Y
IS que, mantendo a taxa de juro
i constante, o nível de produto
aumenta quando qualquer
componente da despesa
autónoma (ex. G) aumenta:
i0
a b(tr u ) d G x e
IS1
Y i
1 b bt m 1 b bt m
IS0
Y0 Y1 Y
14
14
7
Diagrama IS/LM – equilíbrio macroeconómico
i Curva LM: lugar geométrico das combinações
LM
de Y e i que asseguram o equilíbrio no mercado
monetário.
E0
i0
Curva IS: lugar geométrico das combinações
de Y e i que asseguram o equilíbrio no
mercado dos bens e serviços.
IS
Y0 Y
15
15
a b(tr u ) d G x e
Curva IS : Y i
1 b bt m 1 b bt m
M /P f
Curva LM : i Y
g g
Através da resolução do sistema de equações dado pelas
expressões algébricas das curvas IS e LM, calculamos as
coordenadas do ponto de equilíbrio macroeconómico, E0:
a b(tr u ) d G x e
Y i
1 b bt m 1 b bt m
i M / P f Y
g g
16
16
8
Modelo IS/LM – equilíbrio macroeconómico
a b(tr u ) d G x e
Y i
1 b bt m 1 b bt m
i M / P f Y
g g
M /P f
(1 b bt m)Y a b(tr u ) d G x e ( Y)
g g
e f M /P
(1 b bt m)Y Y a b(tr u ) d G x e ( )
g g
e M
a b(tr u ) d G x
g P
Y
e f
1 b bt m
g
M /P f
i g
Y
g
17
17
18
9
Interdependência entre setores real e monetário
• O investimento depende da taxa de juro, determinada no
mercado monetário.
• A procura de moeda depende do produto/rendimento,
determinado no mercado de bens e serviços.
MBS MM
Y=C+I+G+Ex-Im Md=MS
(determina Y) (determina i)
I depende de i Md depende de Y
19
19
20
20
10
Interdependência entre setores real e monetário
• A POE (ou qualquer A) expande o produto, mas também
aumenta a taxa de juro.
• Porquê?
• A AE Y L (motivo transação e precaução) EPM
público tenta vender obrigações para aumentar encaixes de
moeda preço das obrigações e i (que reduz L compensando a
subida causada por Y).
• Note-se que o que se passa no MBS tem reflexos no MM.
i
LM
E1
i1
E0
i0
ΔA
IS1
IS0
Y0 Y1 Y’1 Y
21
21
Porquê?
• ΔM/ i BC compra obrigações => Δ preço das obrigações
(público ajusta a composição da sua riqueza vendendo obrigações ao BC e
aumentando os seus encaixes monetários atingindo-se o novo equilíbrio no MM);
• i I AE Y.
• Note-se que o que se passa no MM tem reflexos no MBS.
i LM
E0
LM1
i0
i1 E1
ΔM
IS0
Y0 Y1 Y
22
22
11
Interdependência entre setores real e monetário
23
23
𝝏𝒀 𝟏
• Por ex., para G, o multiplicador será: 𝑲𝒀,𝑮 =
𝝏𝑮
=
𝒆⋅𝒇
𝑰𝑺/𝑳𝑴 𝟏 − 𝒃 + 𝒃𝒕 + 𝒎 +
𝒈
24
24
12
Modelo IS/LM – multiplicadores (MBS)
a b(tr u ) d G x e
IS : Y i
1 b bt m 1 b bt m
1 b b 1
Y a tr u d
1 b bt m 1 b bt m 1 b bt m 1 b bt m
1 1 e
G x i
1 b bt m 1 b bt m 1 b bt m
Y 1
• Por ex., para G, o multiplicador será: K Y ,G
G IS 1 b bt m
25
25
1 1
Y KY ,G IS / LM
G
1 b bt m
e f
G
< Y K Y ,G IS G
1 b bt m
G
g
26
26
13
Modelo IS/LM – multiplicadores (MBS)
• Multiplicadores e, consequentemente, Y são menores quando
a taxa de juro é variável (ex. G):
Y 1 Y
K Y ,G
G IS / LM 1 b bt m e f < KY ,G
1
G IS 1 b bt m
g
27
27
Y0 Y1 Y’1 Y
28
14
Modelo IS/LM – multiplicadores (MM)
i
• O multiplicador que permite
LM0 medir Y no gráfico onde se
representa o impacto de um
E0 aumento da oferta de
LM1
i0 moeda, é obtido a partir da
expressão do rendimento de
i1
E1 equilíbrio simultâneo.
IS
Y0 Y1 Y
29
29
30
15
Modelo IS/LM – multiplicadores (MM)
• Efeito multiplicador:
e g
Y K Y , M M M
e f
1 b bt m
g
31
31
16
Macroeconomia I
Licenciatura em Gestão (1º Ciclo)
Produto e Preços
Modelo AS-AD
Bibliografia: LIPSEY, R.; CHRYSTAL, A., Cap. 21
(baseado nos slides da Professora Conceição Pereira ano letivo 2016-17)
OBJETIVOS GERAIS
• explicar o comportamento da procura agregada
• construir e interpretar o gráfico da procura agregada
• relacionar a situação de equilíbrio obtida no modelo
IS-LM com a curva da procura agregada
• explicar o efeito de choques da procura agregada
• explicar o comportamento da oferta agregada
• construir e interpretar o gráfico da oferta agregada
• explicar o efeito de choques da oferta agregada
• apresentar e explicar o efeito de curto prazo sobre o
equilíbrio macroeconómico de choques da procura e da
oferta
• explicar o comportamento da oferta agregada no longo prazo
• apresentar e explicar o efeito no longo prazo de choques da
procura e da oferta
2
1
PLANO
1. Introdução
2. Procura Agregada
3. Oferta Agregada
4. Equilíbrio macroeconómico
5. Análise de choques
Introdução
• Até aqui: análise de curto prazo com preços fixos e
excesso de capacidade produtiva.
• Admitia-se que o produto (oferta) era determinado pela despesa
(procura): por existir excesso de capacidade produtiva, a
produção aumentava em resposta a aumentos da procura
sem subida de preços.
• Só o lado da procura foi estudado.
2
Introdução
Procura Agregada
C a bYd P
No modelo IS-LM, resulta numa deslocação para a esquerda da curva IS:
• Para os mesmos valores da taxa de juro, um aumento do nível de
preços significa menos consumo privado, logo menor despesa
agregada, pelo que o produto de equilíbrio vai ser também menor.
3
Procura Agregada
Procura Agregada
4
Curva da procura agregada (AD) – representação gráfica
• A curva AD representa, para cada nível de preços,
• o nível desejado de despesa em bens e serviços produzidos pela economia nacional.
• o nível de produto em que existe equilíbrio simultâneo no MBS (Y=AE) e no MM
(M/P=L), ou seja, pontos de interseção IS/LM.
Graficamente:
• Ponto inicial (Y0, P0)
• Com P (P0 P1)
• C e PEL AE + M/P i I AE
• Movemo-nos para um novo ponto, (Y1, P1)
• Com novo P (P1 P2)
• C, PEL e M/P, de novo
• Movemo-nos para um novo ponto, (Y2, P2)
P
• Em termos económicos, o declive da curva
AD é negativo devido aos efeitos riqueza, P2
balança de pagamentos e oferta real de
moeda: P1
• P C, (Ex-Im) e I AE
• Note-se que estas explicações nada têm a ver com as
P0
justificações para a o declive negativo das curvas da
AD
procura por um determinado produto
(microeconomia): efeito de substituição e efeito
rendimento.
Y2 Y1 Y0 Y
9
Y = AE = C + I + G + Ex – Im
𝑌 = 𝒂 + 𝒃𝒀𝒅 − 𝜶𝑷 + 𝑑 − 𝑒𝑖 + 𝐺 + 𝒙 − 𝒎𝒀 − 𝜽𝑷
𝑌 = 𝑎 + 𝒃(𝒀 − 𝑻 + 𝒕𝒓) − 𝜶𝑷 + 𝑑 − 𝑒𝑖 + 𝐺 + 𝑥 − 𝒎𝒀 − 𝜽𝑷
𝑌 = 𝑎 + 𝒃(𝑌 − 𝒖 − 𝒕𝒀 + 𝒕𝒓) − 𝜶𝑷 + 𝑑 − 𝑒𝑖 + 𝐺 + 𝑥 − 𝒎𝒀 − 𝜽𝑷
𝑌 = 𝑎 − 𝑏𝑢 + 𝑏𝑡𝑟 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 − 𝑒𝑖 + 𝒃𝒀 − 𝒃𝒕𝒀 − 𝒎𝒀 − 𝜶𝑷 − 𝜽𝑷
𝑌 − 𝒃𝒀 + 𝒃𝒕𝒀 + 𝒎𝒀 = 𝑎 − 𝑏𝑢 + 𝑏𝑡𝑟 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 − 𝑒𝑖 − 𝜶𝑷 − 𝜽𝑷
(𝟏 − 𝒃 + 𝒃𝒕 + 𝒎)𝒀 = 𝑎 − 𝑏𝑢 + 𝑏𝑡𝑟 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 − 𝑒𝑖 − 𝜶𝑷 − 𝜽𝑷
12
12
5
Curva AD – dedução algébrica
(1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚)𝑌 = 𝑎 − 𝑏𝑢 + 𝑏𝑡𝑟 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 − 𝒆𝒊 − 𝜶𝑷 − 𝜽𝑷
𝑴
𝒇 𝒆( )
1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 𝑌 + 𝒆 𝒀 = 𝑎 − 𝑏𝑢 + 𝑏𝑡𝑟 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 + 𝑷 − 𝜶𝑷 − 𝜽𝑷
𝒈 𝒈
𝒇 𝒆 𝑴
1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 + 𝒆 𝒀 = 𝑎 − 𝑏𝑢 + 𝑏𝑡𝑟 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 − (𝜶𝑷 + 𝜽𝑷 − )
𝒈 𝒈 𝑷
13
13
𝑒𝑀
𝑎 + 𝑏 𝑡𝑟 − 𝑢 + 𝑑 + 𝐺 + 𝑥 𝛼+𝜃 𝑷−
𝑔𝑷
𝑌= −
𝑒𝑓 𝑒𝑓
1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 + 𝑔 1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 + 𝑔
Procura agregada:
• Nível desejado de despesa realizada no produto interno
(Y=C + I + G + Ex – Im), para cada nível de preços.
• Nível de produto em que existe equilíbrio simultâneo no MBS
(Y=AE) e no MM (M/P=L), para cada nível de preços.
14
14
6
Curva AD – Choques da procura agregada
𝑒𝑴
𝒂 + 𝒃 𝒕𝒓 − 𝒖 + 𝒅 + 𝑮 + 𝒙 𝛼+𝜃 𝑷−
𝑔𝑷
𝑌= −
𝑒𝑓 𝑒𝑓
1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 + 1 − 𝑏 + 𝑏𝑡 + 𝑚 +
𝑔 𝑔
Exemplo de choque positivo:
• A=aumento de uma das componentes da despesa autónoma
(a,tr;u,d,G,x)
• Para o mesmo nível de preços, um aumento da despesa autónoma resulta num nível
desejado de despesa em bens e serviços produzidos pela economia nacional superior.
• M=aumento da oferta de moeda
• Para o mesmo nível de preços, um aumento da oferta de moeda conduz a mais despesa
de investimento (I) e resulta num nível desejado de despesa realizada em bens e serviços
produzidos pela economia nacional superior. P
• Obtemos uma nova curva AD,
AD1, passando no
ponto (Y1, P0), mais à direita.
P0
E0
AD1(A1>A0 ou M1>M0)
AD0(A0 ;M0)
Y0 Y1 Y
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15
Oferta Agregada
• Oferta agregada: valor da produção de bens e serviços que
os produtores desejam produzir e vender ao longo de um
determinado período de tempo, para cada nível de preços.
• Curva da Oferta:
• Curva da Oferta Agregada de Curto Prazo (short-run
aggregate supply – SRAS): mostra a relação entre o nível de preços
e o produto desejado, ao longo de um curto período de tempo, sob a
seguinte hipótese:
• os preços dos inputs permanecem constantes.
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Curva SRAS – declive
SRAS
• A SRAS tem um declive positivo, o que mostra P
que, com os preços dos inputs dados, quanto
maior for o preço que as empresas podem
cobrar pelo produto maior será a produção
que elas estarão dispostas a produzir e vender. P1
– Produtividade marginal decrescente => custos
médios e marginais (custos unitários da P0
produção) crescentes com a produção.
– Aumento da produção requer aumento do
preço do output para manter ou aumentar os
lucros. Y0 Y1 Y
• A hipótese de que os preços dos inputs permanecem constantes (dados) visa captar
o facto de o preço do produto reagir mais depressa do que os preços dos inputs.
– Os produtores têm liberdade para alterar a maioria dos preços dos seus produtos, enquanto os
preços dos inputs tendem a ser rígidos (ex. os contratos de trabalhos fixam os salários a
vigorar por um ano ou mais).
Existem outras explicações para o declive da SRAS, que omitiremos por simplificação.
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Y0 Y 23
23
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Equilíbrio macroeconómico
P SRAS
• Equilíbrio macroeconómico ocorre
na interseção das curvas AD e
P3 SRAS (E0) e determina os valores
de equilíbrio para o produto (Y0) e o
E0
nível de preços (P0).
P0
• Se o nível de preços fosse P1<P0,
ocorreria um excesso de despesa
P1 desejada (Y2) relativamente à produção
AD desejada (Y1), que faria elevar o preço
e repunha o equilíbrio.
• Se P fosse superior a P0 aconteceria o
oposto.
Y3 Y0 Y4
Y1 Y2 Y
24
24
P SRAS
• Um choque da procura
agregada faz com que o
nível de preços e o
produto variem na mesma E1
direção. P1
E0
• Um choque positivo P0
(AD0AD1) provoca um AD0
AD1
aumento no nível de
preços e no produto real
(E0E1). Ex. G, M. Y0 Y1 Y’0 Y
25
25
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Equilíbrio macroeconómico – choques da procura
P SRAS
• Um choque negativo
(AD0AD1) provoca uma
redução no nível de P0
preços e no produto real E1
E0
(E0E1). Ex. ↓G, ↓M. P1 AD0
AD1
Y’0 Y1 Y0 Y
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26
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10
Equilíbrio macroeconómico – choques da oferta
29
29
30
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Análise de choques no curto e no longo prazo
LRAS
P
• Como, após ocorridos estes
ajustamentos, a economia se
encontra a produzir Y=Y*, a curva
LRAS é uma linha vertical
desenhada ao nível Y*.
Y* Y
31
31
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Análise de curto e longo prazo - choques da procura agregada
[i]. Análise de curto prazo: choque [ii]. Análise de longo prazo: a SRAS
positivo da procura agregada desloca-se para a esquerda, porque
conduz ao aumento de Y e P, o hiato positivo gera preços dos
fazendo emergir um hiato do inputs, eventualmente repondo Y ao
produto positivo. nível de Y* e fazendo subir P ainda
mais.
En
E1 Pn Nível de preços
P1 aumenta ainda mais E1
Nível de preços P1
E0
aumenta
P0 P0
AD1 E0
AD1
AD0 AD0
Surge hiato
positivo Hiato positivo
é eliminado
Y0=Y* Y1 Y Y0=Y* Y1 Y
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33
[i]. Análise de curto prazo: choque [ii]. Análise de longo prazo: a SRAS
negativo da procura agregada desloca-se para a direita, porque o
conduz à redução de Y e P fazendo hiato negativo gera preços dos
emergir um hiato do produto inputs, eventualmente repondo Y ao
negativo. nível de Y* e fazendo cair P ainda
mais.
P SRAS0 P
LRAS LRAS
SRAS0
SRASn
E0 E0
P0 P0
Nível de
E1 E1
preços cai
P1 P1
AD0 En AD0
Pn Nível de preços
cai ainda mais
AD1 AD1
Emerge hiato
Hiato negativo
negativo
é eliminado
Y1 Y* Y Y1 Y* Y
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34
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Análise de curto e longo prazo - choques da oferta
P P
LRAS LRAS SRAS1
SRAS0=SRASn SRAS0 =SRASn
SRAS1
E1
P1
En = E0
P0 P0 E0= En
P1 AD AD
E1
Y0=Y* Y1 Y Y1 Y0=Y* Y
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35
P SRAS0 P
LRAS LRAS
SRAS SRAS1
AD
AD1
AD0 AD
[i]. Aumento da procura agregada: [ii]. Aumento temporário [iii]. Aumentos permanentes
Se ocorrer quando Y<Y* pode na oferta agregada (deixa Y* da oferta agregada
conduzir a Y=Y* e encurta o inalterado): (aumenta Y*): Levam
a
ajustamento; se ocorrer quando Se ocorrer quando Y<Y*, pode aumentos permanentes do
Y=Y* o aumento em Y é temporário. conduzir a Y=Y*; se ocorrer produto.
quando Y=Y* será anulado. • Ex. de causas: progresso
tecnológico, capital,
população ativa, recursos
naturais.
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