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FACULDADE DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO DE RUBIATABA

UNIEVANGÉLICA – UNIDADE RUBIATABA

CURSO DE DIREITO

RAIMUNDO REIS DE OLIVEIRA

INFRAÇÕES À ORDEM ECONÔMICA

RUBIATABA /GO
2016
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Infração à ordem econômica


Raimundo Reis de Oliveira (raimundoreisolier@gmail.com.br)
Vilmar Martins Moura Guarany (guaranimoura@yahoo.com.br)

Resumo
O intuito deste trabalho não é esgotar o tema "infração á ordem econômica, mas fazer
levantamentos e ponderações sobre a importância de se conhecer e proteger a ordem
econômica deste ilícito que afetam profundamente a sociedade. A importância da
economia na origem do Estado passa pelas teorias de Platão e Marx. A abordagem
sociológica do Estado que implica uma série de fatos sociais na vida concreta do Estado
dentre elas o econômico. As correntes doutrinarias controversas do século XVIII, com a
revolução francesa e a criação do Estado liberal, descentralizando assim, a economia do
controle estatal. Nesta mesma seara, Marx desenvolveu o pensamento socialista onde o
Estado seria o centro do controle econômico. Discorreremos a descoberta do Brasil e o
desenvolvimento da ordem econômica em suas constituições. Neste contexto de historia e
aperfeiçoamento da ordem econômica no mundo e especialmente no Brasil, estudaremos
os crimes cometido contra este instituto, que dentre outro veremos, o Dumping, o
Monopólio, Oligopólio, e o Cartel. Conheceremos os meios de combater às infrações a
ordem econômica positivadas na Constituição Federal de 1.988 a Lei 8.884/94 e as
modificações e ampliações do campo de atuação do Estado para a cessação ou punição dos
crimes contra a ordem econômica na Lei 12.529/11. Saber-se-á sobre o CADE (conselho
administrativo de defesa econômica) autarquia que a lei 12.529/11 ampliou sua agilidade
aos processos administrativos e os órgãos interno criados pela lei supracitada que tem por
objetivo de especializar e fortalecer o CADE, como a Superintendência –Geral e o
Departamento de Estudos Econômicos.
Palavras-chaves: Ordem Econômica; Infração; Combate; Estado.

Abstract
The aim of this paper is not to exhaust the theme "offense will economic" order, but do
surveys and considerations on the importance of understanding and protecting the
economic order of this illicit profoundly affect society the importance of the economy in
the State of origin passes. The theories of Plato and Marx. the sociological approach of the
State which involves a number of social events in real life state among them economic. the
controversial doctrinal currents of the eighteenth century with the French revolution and
the creation of the liberal state, thus decentralizing the economy from state control. at the
same harvest, Marx developed socialist thought in which the state would be the center of
economic control. We will discourse about the discovery of Brazil and the development of
the economic order in their constitutions. in this context of history and improvement of the
order economic in the world and especially in Brazil, study the crimes committed against
the institute, which among other we shall see, dumping, Monopoly, Oligopoly, and the
Cartel. We will know the means of combating the offenses the economic order positive the
Federal Constitution of 1988 the Law 8,884 / 94 and the modifications and extensions of
the state of the field for the cessation or punishment of crimes against the economic order
in Law 12.529 / 11. Know is it on the CADE (Administrative Council for Economic
Defense) authority that the law 12.529 / 11 increased its agility to administrative processes
and internal organs created by the above law that aims to specialize and strengthen CADE,
as the oversight General and the Department of Economic Studies.
Keywords: Economic; Offense; Fight.
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INTRODUÇÃO

Para discorrer sobre infração à ordem econômica, faz-se necessário


primeiramente entendermos o que vem a ser o instituto da ordem econômica, sua história, a
importância desta para o mundo político e para o bem estar da sociedade.
O estudo da ordem econômica tem relevância porque o sistema econômico de
um país apresenta uma inter-relação com o próprio sistema político, além de uma intima
relação com o sistema social. Constata-se uma estreita relação entre grau de liberdade
pessoal e grau de liberdade econômica, isto porque épocas em que as atividades
econômicas são menos liberadas coincidem com momentos de escassez de liberdades
pessoais já que a ordem econômica estabelecida pelas constituições políticas é que dá
indicação do grau de liberdade econômica. Nas constituições brasileiras, tais restrições á
liberdade pessoal e econômica poderão ser observadas nas cartas outorgadas de 1.937 e na
de 1.967 com alteração da emenda 1 de 1.969.
1 A origem do estado em decorrência da economia

Dentre as várias teorias a respeito da origem do Estado é que a organização


econômica das sociedades foi à mola propulsora deste fato. Platão, no livro II de A
República, já fazia menção à teoria supracitada. Karl Marx (século XVII) atribuiu ao
conjunto das relações de produção a base real sobre a qual se ergue uma superestrutura
jurídica e política. Para Marx, "o modo de produção da vida material determina o processo
social, político e espiritual da vida em geral." Modernamente, Alexandre Groppali,
discorrendo sobre a teoria econômica da origem do Estado, comenta que no livro "As bases
Econômica da Constituição Social", Achiles Loria subordina tudo, até mesmo os valores da
religião e da arte às relações econômicas.
2 A influência econômica na relação social

A abordagem sociológica do Estado se justifica neste estudo em razão da


intima ligação existente entre o meio social e o direito. Para a sociologia jurídica, a ordem
jurídica que formata o Estado, chamada Constituição, é fundamentada na realidade social.
A abordagem sociológica do Estado abrange, assim, uma série de fatos sociais que formam
a vida concreta dos Estados dentre eles, o econômico.
A adoção de políticas pelo Estado implica a realização de determinados fins
estritamente ligados aos direitos sociais, entre os quais se incluem os direitos econômicos.
Assim, estudar as políticas públicas, de um modo geral significa estudar as políticas
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econômicas, porque o viés econômico permeia a quase totalidade das políticas de governo,
em última análise.
3 Controvérsias na história da economia

A revolução francesa trouxe o chamado Estado liberal, na segunda metade do


século XVIII, operando uma evidente separação entre atividade econômica e atividade
política até então consideradas atividades exercidas pelo Estado de forma indissociável
pelos registros históricos.
A concepção de Estado liberal nasceu da influência do individualismo filosófico
e político do século XVIII, que culminando na revolução francesa, considerava como um
dos objetivos do regime estatal a proteção de certos direitos individuais contra os abusos de
autoridades e do liberalismo econômicos, para o qual a intervenção da coletividade não
deveria falsear o jogo das leis econômicas, por ser essa coletividade imprópria para exercer
funções de ordem econômica.
No plano econômico o liberalismo foi defendido por duas importantes escolas, a
escola fisiocrata na França e a escola clássica na Inglaterra que deram à economia o status
de ciências. Os fisiocratas, cujo expoente foi François Quesnay, acreditavam que as
atividades econômicas não deveriam ser excessivamente regulamentadas e tampouco
coordenadas por forças exteriores antinaturais. Uma ordem importa pela natureza e regida
pelas leis naturais superaria com real proveito para toda a sociedade o conjunto de
coordenações artificiais praticadas no período mercantilista.
Os clássicos que tiveram em Adam Smith a mais importante figura do
pensamento econômico consideravam que a riqueza e o poder nacional não deveria limitar
se aos estoques de metais preciosos. "Ao invés do poderio militar manutenção da nobreza a
preocupação deveria ser com a elevação do nível de vida de toda população” (SMITH,
l.776). O liberalismo defendido pelos fisiocratas e clássicos propunha a não intervenção do
Estado no sistema econômico por acreditar que a ordem econômica seria governada por
um conjunto de leis naturais.
Esse sistema econômico refletiu-se diretamente no pensamento jurídico e
político com a elaboração de varias Constituições que passaram a reger a vida política dos
Estados europeus do século XIX e que foram imitados pelos países da América Latina ao
conquistarem sua independência. As leis naturais que regulariam a economia, difundida
pelos clássicos, não se sustentaram diante das crises que abalaram as economias nacionais
e a reação veio especialmente do ponto de vista ideológico e político por conta da Escola
Socialista que teve como precursores Karl Marx e Frederick Engels.
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Marx desenvolveu e consolidou o pensamento socialista do século XIX


procurando demonstrar que as sociedades estão sujeitas a uma constante transformação
histórica e que os clássicos erraram ao admitir que a ordem natural do sistema capitalista
uma vez estabelecida conduziria à estabilização e ao crescimento econômico. Para Marx as
forças que criaram essa ordem procuraram estabilizá-la, sufocando o crescimento de novas
forças que ameaçavam destruí-la, impedindo que essa novas forças se firmassem e
realizassem suas aspirações. O século XIX revelou-se fértil em teorias econômicas. Em
oposição à teoria de Marx desenvolvida sobre o valor do trabalho, surgiu a teoria
marginalista. Basicamente considerava essa teoria que o valor do trabalho deveria ser
determinado pelo valor do produto e não o valor do produto pelo valor do trabalho como
defendia Marx. Segundo Jervous, defensor inglês dessa teoria, “o trabalho uma vez feito
não tem influência alguma sobre o valor futuro de qualquer artigo, está feito e perdido para
sempre, no comércio as coisa passadas são esquecidas e nós estamos sempre começando
do nada a cada momento, julgando o valor das coisas com vistas a sua utilidade subjetiva.”.
4 Evoluções Histórico-Econômica do Estado brasileiro

Há muitas história para o chamado "descobrimento do Brasil." Em todas,


porém, um dado é comum: a história do Brasil está ligada a expansão comercial da Europa.
Quando as invasões turcas obstruíram as linhas orientais de abastecimento de produtos de
alta qualidade para as metrópoles, portuguesas e espanholas, buscando alternativas para o
comércio, procuraram contornar os obstáculos e acabaram se deparando com as terras
americanas.
No final do século XIX e início do século XX as atividades econômicas
passaram a ser estimuladas pela finança internacional que passou a interferir na vida
brasileira em todos os setores que ofereciam perspectivas de bons negócios. A evolução do
capitalismo financeiro modificou as relações primárias. Substituiu o simples objetivo de
vender produtos industriais pela ampla expansão do capital financeiro que procurou
explorar em seu proveito as diferentes atividades que compõem a economia.
Das considerações expendidas neste tópico constata-se que só a partir do
século XIX é que se pode falar em estado brasileiro. Nos três séculos precedentes, na
condição de colônia de Portugal, o que realmente importava às metrópoles e aso demais
países era a exploração econômica da colônia.
5 A ordem econômica nas constituições brasileiras
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A carta lei de 1.824, chamada de Constituição Política do Império, fiel às ideias


liberais da época, não traz menção ou regra sobre sistema econômico, determinando
expressamente no artigo 178 que somente são considerados assuntos constitucionais o
respeitante às atribuições dos poderes políticos e individuais. A Constituição de 1.891,
resultante da proclamação da república, também de caráter liberal, não inova no sistema
econômico, levando os Estados federados a intervir na ordem econômica por meio de
normas infraconstitucionais.
A Constituição de 1.934, abandonando a neutralidade do Estado Liberal,
incorpora conceitos do Estado Social e insere pela primeira vez em texto Constitucional
regra sobre a ordem econômica e social. Na Constituição de 1.937, cujo preocupação maior
é o controle político, muitos dos dispositivos referentes à ordem econômica se mantem
semelhantes à Constituição anterior. A Constituição de 1.946, da redemocratização,
destaca-se pelos princípios programáticos, de compromisso para o futuro, que em muitos
casos restaram descumpridos. A Constituição de 1.967, alterada pela emenda 1 de 1.969,
mantem em relação à ordem econômica (e social) as mesmas diretrizes da Constituição de
1.946.
A Constituição de 1.988, em vigência, dispõe de forma minuciosa sobre a
ordem econômica e financeira e é emoldurada por fundamentos e princípios gerais, cuja
interpretação e aplicação vêm sendo consolidada pela hermenêutica jurídica-constitucional
afinada com modernas teorias econômicas que direcionam a ordem econômica mundial.
6 Crimes contra a ordem econômica

Depois de exposto um pouco da história da evolução da ordem econômica,


discorreremos dos ilícitos cometido contra a economia e da intervenção estatal para manter
a ordem econômica e consequentemente à ordem social.
Os crimes contra a ordem econômica são atos que ocasionam uma lesão direta
ao patrimônio público. Tal lesão, não obstantes seus efeitos e repristinações em âmbito
econômico, são ilícitos que causam atrasos no desenvolvimento do nosso país, punível em
âmbito penal. São crimes classificados pelo nosso ordenamento de forma implícita como o
dumping, monopólio, o oligopólio e o cartel.
O dumping se caracteriza por ser a venda de um produto por um valor menor
que o de mercado e o de custo, de forma a eliminar a concorrência.
O monopólio é em geral, a figura comercial mais conhecida por todos e pode
ser definida como a situação em que uma empresa detém o controle do mercado em relação
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a determinado serviço ou produto, impondo seu preço e restringindo a liberdade do


consumidor a determinado ramo, e a constituição de uma única organização empresarial.
O oligopólio é algo espontâneo e se caracteriza pela junção de alguns
produtores que tem a percepção que é mais lucrativo agirem de maneira interdependente
do que de forma solitária. Esse instituto pode dar ensejo a monopólio também, quando o
objetivo de tal união é a constituição de uma única organização empresarial. No oligopólio
não se tem incentivo para a competição nos preços, mas devem-se evitar as imposições
abusivas dos mesmos, ou seja, aqui não se tem uma associação entre empresas, à
competição ainda existe e os preços podem até ser parecidos, mas isso se dá
espontaneamente, não são acordados.
Cartel é uma união de empresas que tem como objetivo aumentar o preço dos
produtos ou restringir a oferta para os consumidores, dominando assim o mercado e
suprimindo a livre iniciativa.
Fundamentação da intervenção do Estado na ordem econômica
No artigo 170 da Constituição Federal encontra-se estabelecido um conjunto de
princípios constitucionais de como a ordem econômica deve se pautar: a ordem econômica,
fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observado os seguintes
princípios:
I- Soberania nacional;
II- Propriedade privada;
III- Função social da propriedade;
IV- Livre concorrência;
V- Defesa do consumidor;
VI- Defesa do meio ambiente;
VII- Redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII- Busca do pleno emprego;
IX- Tratamento favorecidos para as empresas de pequeno porte constituídas, sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede administração no país.
Já no caput do artigo 170, destaca-se que a ordem econômica possui dois
fundamentos: valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, com a finalidade de
assegurar a todos uma existência digna, conforme o ditame da justiça social. Esses
princípios apontam a direção dada à ordem econômica, mas sempre analisados de acordo
com o sistema constitucional, que tem como norte a função social.
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A atuação do Estado na área econômica apenas se apresenta legítima para


proteger esses princípios estabelecidos constitucionalmente. A correção de distúrbios que
possam afetar a ordem econômica como o monopólio, cartel e dumping, determinam a
intervenção do poder público. Basicamente, as formas e os limites de intervenção do
Estado no domínio econômico estão definidos na Constituição Federal. Conforme
determina o artigo 173, só pode o Estado diretamente explorar atividade econômica
quando necessário ao imperativo da segurança nacional ou a relevantes interesses coletivo,
definidos em lei. Ainda o artigo 174 prevê a atuação do Estado como agente normativo e
regulador da atividade econômica, na forma da lei, mediante o exercício de funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público nessa
seara, limitada pelos princípios estabelecidos no artigo 170 da Constituição Federal.
Monopólio, repressão ao abuso econômico, controle de abastecimento e tabelamento de
preço representa, basicamente, as medidas interventivas que i Estado pode adotar para
sanar vícios no campo econômico.
7 A Lei 8.884 de 1.994

O artigo 173 § 4º da Constituição Federal, por sua vez, determina que a lei
estabeleça mecanismo para reprimir o abuso do poder econômico que vise à dominação
dos mercados, à eliminação da concorrência e o aumento arbitrário dos lucros. A Lei
antitruste (8.884/94) dispõe sobre a pretensão e a repressão às infrações contra a ordem
econômica, orientada pelos ditames constitucionais da livre iniciativa, livre concorrência,
função social da propriedade, defesa do consumidor e o abuso do poder econômico.
Constitui a coletividade a titular dos bens jurídico protegidos por esta lei que
não visa apenas reprimir, mas também prevenir infrações à ordem econômica. O artigo 20
desta lei estabelece quatro espécies de infração à ordem econômica: limitar, falsear ou de
qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou livre iniciativa; dominar mercado
relevante de bens e serviços; exercer de forma abusiva a posição dominante. A principal
entidade de proteção da concorrência é a autarquia federal "CADE" (conselho
administrativo de defesa econômica), vinculada ao ministério da justiça.
8 Modificações substanciais da nova Lei Antitruste (Lei 12.529/12)

As modificações trazidas pelo novo regramento incorporado ao ordenamento


jurídico pela Lei 12.529/12 indica sobre tudo a aplicação de medidas a atribuir agilidade e
eficiência ao procedimento de análise de atos de concentração pelo CADE. Nesse sentido
Guilherme Frazem Rizzo expõe que, quanto a este novo sistema "visa dar mais agilidade
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aos processos administrativos de prevenção e repressão ao abuso de poder econômico, com


ênfase especial à operabilidade e à agilidade das análises especial à operabilidade e à
agilidade das análises dos atos de concentração". Ademais, ressalte-se que a nova Lei
criou outros órgãos internos com o objetivo de especializar e fortalecer o CADE, como a
Superintendência-Geral e o Departamento de Estudos Econômicos, volvidos à apuração
das práticas anticomerciais e análise técnico-cientifica, respectivamente.
Igualmente, a Lei 12.529/12 possibilita a intervenção de terceiros nos
processos administrativos, bem como aditou como prática contra a ordem econômica
exercer ou explorar de forma abusiva os direitos de propriedade industrial, intelectual,
tecnologia ou marca. Houve redução quanto à multa aplicável, sendo que na vigência da
Lei 8.884/94 era estabelecida entre 1% a 30% do faturamento. Uma das alterações mais
importante diz respeito à obrigatoriedade de autorização pelo CADE para a realização de
aquisições, incorporações, fusões, consórcios, jaint ventures ou outra forma de
concentração que engloba grupos econômicos, que tenham de um lado uma empresa ou
grupo econômico com faturamento bruto anual no último balanço de quatrocentos milhões
e de outo lado, outra empresa ou grupo econômico com faturamento bruto anual no último
balanço de trinta milhões.
A importância de compreender a ordem econômica reside nas várias atuações
do poder Público neste campo que afetam as leis do mercado e os direitos individuais. Com
sua atividade é excepcional, as normas deve ser interpretadas restritivamente, conforme
determina os preceitos de hermenêuticas. O ordenamento jurídico, como visto, prevê uma
atividade vinculada na aplicação de atos de intervenção pelo Estado e sempre condicionada
pelo principio da dignidade da pessoa humana.
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CONCLUSÃO
Diante de todas as considerações lançada neste trabalho, verifica-se que o
mercado é movido por diversos princípios constitucionais, nos quais se destacam princípio
da livre concorrência que demanda regulação dos mercados pelo Estado, por meio de
políticas econômicas, visando evitar abusos e prejuízos a ordem econômica. Cabe ressalvar
que, a intervenção estatal é em face do abuso do poder econômico e não do poder
econômico por si só, pois, faz parte do mercado as empresas melhores administradas
sobressair-se frente às de administração menos competente.
Induvidoso é que para o poder público possa agir como interventor no mercado
econômico cabe a este estipular não somente quis são os atos prejudiciais à economia ou os
efeitos de tais atos, tendo em vista que necessária a imposição de sanção em caso de
descumprimento, mas também incentivar as boas práticas mercadológicas, através de uma
política econômica competente.
Por fim, merece importante destaque na intervenção do Estado na economia os
ditames da lei 12.529/12, denominada Lei Antitruste, bem como a atuação do principal
órgão administrativo criado para tal função, o "CADE" – Conselho Administrativo de
Defesa Econômica-, cuja função primordial consiste um prevenir e reprimir as infrações à
ordem econômica, de acordo com os princípios constitucionais que o norteiam,
especialmente a liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade,
defesa da concorrência, defesa do consumidor e repressão ao abuso do poder econômico.
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REFERÊNCIAS

Platão, livro II A República.

Marx, Karl. O manifesto comunista

Groppali, Alexandre. A teoria econômica do Estado.

Engels, Frederick. O manifesto comunista

Smith, Adam. A Riqueza das Nações, 1776.

Federal, Constituição. Constituição brasileira promulgado em 1.988.

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