Você está na página 1de 5

DEYVID BARBOSA SILVA – EXERCÍCIO 2 – ECO024

QUESTÃO 1:
No artigo “Mais pluralismo: considerações sobre a relevância do
movimento por uma economia Pró-Autista” de Vasconcelos et al. (2018), é
apresentado uma discussão fundamental acerca de uma maior pluralidade de
ideias e perspectivas na teoria da economia contemporânea.
Historicamente, o pensamento econômico é dominada por teorias que
dão ênfase à maximização de recursos individuais, alocação de recursos e
estabilidade macroeconômica como objetivos primordiais da economia. Essas
teses são muitas vezes baseadas em modelos matemáticos complexos e
abstratos que podem negligenciar diferenças culturais, históricas e
institucionais entre países e regiões.
Nesse contexto, o texto de Vasconcelos argumenta que a
homogeneização das teorias econômicas pode levar a uma falta de ideias e
perspectivas, o que limita a capacidade da economia de lidar com fenômenos
complexos, como desigualdade econômica, pobreza e problemas ambientais.
Um dos principais argumentos do artigo é que a promoção do pluralismo
econômico é importante para garantir uma ampla gama de perspectivas
teóricas e abordagens metodológicas que podem ajudar a compreender melhor
as questões econômicas e sociais e contribuir na elaboração de políticas
públicas eficazes.
Para alcançar essa pluralidade, os autores defendem a valorização de
outras tradições, além da visão neoclássica dominante. Isso inclui a abordagem
das ideias heterodoxas, que questionam pressupostos teóricos convencionais e
exploram diferentes modelos de economia política, bem como a inclusão de
perspectivas não-econômicas como as de história, sociologia e antropologia.
Ademais, os autores enfatizam a necessidade de uma maior diversidade
de pesquisadores e acadêmicos na economia, destacando a importância da
inclusão de grupos historicamente excluídos, como mulheres e negros. Essa
diversidade pode ajudar a garantir uma gama mais ampla de perspectivas e
experiências na economia.
Vale ressaltar que essa discussão é útil num contexto em que a
pandemia de COVID-19 causou impactos em todo o mundo. Sendo assim, a
promoção de uma economia mais plural pode ser essencial para garantir uma
abordagem mais abrangente e justa para lidar com as suas consequências.
Em resumo, o artigo “Mais pluralismo: considerações sobre a relevância
do movimento por uma economia Pró-Autista” destaca a importância da
promoção de uma economia mais plural para garantir uma maior diversidade
de pesquisadores e acadêmicos na economia. Tal discussão é vital não
somente para a teoria econômica, mas também para a construção de políticas
públicas justas, eficientes e eficazes.
QUESTÃO 2:
No livro “Consenso e contrassenso: por uma economia não dogmática” o
autor André Lara Resende exibe a história da moeda como um exemplo dos
problema enfrentados na construção dos modelos econômicos. Lara Resende
destaca que a compreensão da natureza do papel e da moeda é fundamental
para o desenvolvimento de teorias e políticas econômicas eficazes, mas a
construção de modelos econômicos que expliquem a complexidade da moeda
de forma satisfatória é um enorme desafio.
André Lara Resende explica que a construção de modelos econômicos
baseia-se em hipóteses simplificadoras, que não refletem a complexidade da
realidade econômica. Em relação à moeda, uma das hipóteses mais comuns é
de que a moeda é neutra, ou seja, de que ela não afeta as variáveis reais da
economia, como a produção e o emprego. No entanto, Lara Resende
argumenta que essa teoria é inadequada, uma vez que a moeda afeta a
economia de diversas maneiras, desde a alocação de recursos até a
distribuição de renda.
O autor também destaca a dificuldade de definir o que é a moeda é
como ela funciona na economia. Conforme Lara Resende, a moeda é uma
instituição social complexa, cujo valor é determinado pela confiança dos
agentes econômicos. A moeda é uma convenção social, e seu valor depende
da confiança e expectativas de seus agentes acerca do seu valor futuro. Essa
complexidade dificulta a criação de modelos econômicos precisos e
abrangentes que precisam explicar a moeda e suas implicações para a
economia.
Além disso, Lara Resende argumenta que a construção de modelos
econômicos baseados em hipóteses simplificadoras pode levar a erros de
análise e políticas econômicas inadequadas. Por exemplo, se os modelos
econômicos considerarem a moeda como neutra, os formadores de políticas na
economia podem não levar em conta os efeitos da política monetária sobre a
economia real. Isso pode levar a políticas inadequadas que não conseguem
alcançar os seus objetivos.
Em suma, a história da moeda contada por André Lara Resende no livro
“Consenso e contrassenso: por uma economia não dogmática” destaca os
problemas enfrentados na construção de modelos econômicos para explicar a
natureza e o papel da moeda na economia. A complexidade da moeda e a
necessidade de hipóteses simplificadoras para a construção de modelos
econômicos podem levar a erros de análise e políticas inadequadas. Essa
discussão destaca a importância da adoção de uma abordagem não dogmática
na economia, que reconhece a complexidade da realidade econômica e evite
simplificações indevidas.

Você também pode gostar