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Paulani destaca que a ciência econômica é uma disciplina social, que lida com fenômenos
humanos e que, portanto, é influenciada por fatores culturais, históricos e políticos. Ela
argumenta que, por essa razão, a ciência econômica deve ser vista como um campo em
constante evolução, e que os modelos econômicos devem ser continuamente atualizados e
aprimorados.
O autor começa apresentando as principais ideias do positivismo lógico, que defendia a ideia
de que a ciência deveria se limitar a fatos observáveis e verificáveis empiricamente, sem
recorrer a hipóteses ou teorias especulativas. Essa abordagem influenciou a economia durante
algum tempo, levando à construção de modelos econômicos baseados em pressupostos
simplificados e na busca por regularidades empíricas.
Em seguida, o autor discute a crítica que surgiu ao positivismo lógico, especialmente por parte
dos filósofos da ciência Karl Popper e Thomas Kuhn. Eles argumentaram que a ciência não é
um processo linear e acumulativo, mas sim uma atividade que envolve a construção de teorias
e hipóteses especulativas, bem como sua constante revisão e aperfeiçoamento em função das
evidências empíricas.
Essa abordagem deu origem ao realismo crítico, que busca entender a ciência como um
processo de construção de teorias que precisam ser constantemente testadas e refinadas. Na
economia, o realismo crítico implica reconhecer a complexidade e a incerteza inerentes aos
fenômenos econômicos, bem como a importância da interdisciplinaridade e do diálogo com
outras áreas do conhecimento.
O texto também destaca a importância da crítica aos modelos econômicos, uma vez que eles
são baseados em suposições e hipóteses que podem não refletir adequadamente a realidade.
A crítica deve se direcionar tanto às suposições utilizadas quanto à capacidade dos modelos de
representar a realidade de forma adequada.
Por fim, o texto enfatiza a importância da pluralidade metodológica na economia, que envolve
a utilização de diferentes abordagens teóricas e empíricas para analisar os fenômenos
econômicos. Isso permite uma análise mais abrangente e completa, levando em consideração
as diversas perspectivas existentes
O Capítulo 2 de "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" de John Maynard Keynes,
intitulado "A Definição de Renda, Poupança e Investimento", apresenta as principais definições
e conceitos que Keynes utiliza em sua teoria econômica.
Keynes começa por definir a renda como a soma de todos os rendimentos recebidos por um
indivíduo ou por uma sociedade em um determinado período de tempo. A poupança é
definida como a parte da renda que não é gasta em consumo imediato, enquanto o
investimento é a aplicação dessa poupança em bens de capital que produzem renda no futuro.
O autor argumenta que, em uma economia em equilíbrio, a poupança deve ser igual ao
investimento, ou seja, toda poupança deve ser utilizada para investimento, caso contrário, a
economia entrará em desequilíbrio. No entanto, Keynes observa que, em uma economia
deprimida, a poupança pode exceder o investimento, o que leva a uma redução da renda e do
emprego.
Keynes também discute a relação entre a taxa de juros e o investimento. Ele argumenta que,
em uma economia em equilíbrio, a taxa de juros deve ser igual à eficiência marginal do capital,
que é a taxa de retorno esperada do investimento. Se a taxa de juros for menor que a
eficiência marginal do capital, o investimento será estimulado, o que aumentará a renda e o
emprego na economia.
Por fim, Keynes discute as implicações políticas de sua teoria. Ele argumenta que, em uma
economia deprimida, o governo deve intervir para estimular o investimento e aumentar a
renda e o emprego. Isso pode ser feito por meio de políticas fiscais, como gastos públicos, e
políticas monetárias, como a redução da taxa de juros.
O Capítulo 3 de "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" de John Maynard Keynes,
intitulado "As Propriedades da Equação Monetária da Troca", apresenta a relação entre a
quantidade de dinheiro em circulação na economia e os preços dos bens e serviços
produzidos.
Keynes também discute a relação entre a taxa de juros e a demanda por dinheiro. Ele
argumenta que a demanda por dinheiro é composta por duas partes: a demanda por dinheiro
para transações (para realizar compras e pagamentos) e a demanda por dinheiro para fins
especulativos (para investir em títulos e valores mobiliários). Keynes argumenta que a
demanda por dinheiro para transações é relativamente estável, enquanto a demanda por
dinheiro para fins especulativos é mais volátil e pode ser afetada pela taxa de juros.
Por fim, Keynes argumenta que a política monetária (ou seja, a manipulação da quantidade de
dinheiro em circulação) pode ter um impacto limitado sobre a economia em uma situação de
recessão ou depressão. Nesse caso, Keynes argumenta que a política fiscal (ou seja, a
manipulação dos gastos e dos impostos pelo governo) é uma ferramenta mais eficaz para
estimular a economia e reduzir o desemprego.
O Capítulo 12 de "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" de John Maynard Keynes,
intitulado "O Estado Estacionário de Atividade", aborda a possibilidade de uma economia
estacionária, onde a produção e o emprego se estabilizam em um determinado nível.
Por fim, Keynes argumenta que a política fiscal pode ser usada para estimular a economia e
manter o pleno emprego em uma economia estacionária. Ele sugere que o governo pode
aumentar os gastos públicos ou reduzir os impostos para estimular a demanda agregada e
aumentar a produção e o emprego. Ele argumenta que essa política pode ser financiada por
meio da emissão de moeda ou da venda de títulos públicos, e que a inflação pode ser
controlada por meio da regulação da oferta de moeda.
O Capítulo 17 de "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" de John Maynard Keynes,
intitulado "As Possibilidades da Política Econômica Internacional", aborda as implicações da
teoria de Keynes para a política econômica internacional.
Keynes argumenta que a teoria econômica clássica, que enfatiza a importância do livre
comércio e da livre circulação de capitais entre países, pode levar a desequilíbrios econômicos
e crises. Ele argumenta que, em uma economia global interdependente, a política econômica
de um país pode afetar os outros países, e que, portanto, é necessário coordenar a política
econômica internacional.
Keynes sugere que os países devem trabalhar juntos para manter a estabilidade da moeda e
evitar a deflação e a inflação. Ele argumenta que os países devem cooperar para estabelecer
um sistema monetário internacional baseado em uma moeda de reserva internacional, que
poderia ser utilizada para regular o comércio internacional e evitar desequilíbrios econômicos.
Além disso, Keynes argumenta que os países devem adotar políticas que estimulem a
demanda agregada e reduzam o desemprego, em vez de depender do comércio internacional
para estimular a economia. Ele sugere que os países devem adotar políticas fiscais
expansionistas, mesmo que isso signifique um aumento no déficit orçamentário e na dívida
pública.
Por fim, Keynes argumenta que os países devem trabalhar juntos para reduzir as barreiras
comerciais e adotar políticas que promovam o comércio justo e equitativo entre os países. Ele
sugere que os países devem adotar políticas que protejam os trabalhadores e os produtores
nacionais, mas sem prejudicar os outros países.
O Capítulo 22 de "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" de John Maynard Keynes,
intitulado "Notas sobre a Evolução do Sistema Monetário", discute a evolução histórica do
sistema monetário e as possíveis mudanças futuras.
No entanto, Keynes argumenta que o sistema monetário atual tem suas limitações e pode
levar a crises financeiras e instabilidade econômica. Ele sugere que é necessário um sistema
monetário internacional mais coordenado e regulamentado, que possa regular a oferta de
moeda e evitar desequilíbrios econômicos.
Keynes sugere que uma possível solução seria a criação de uma moeda de reserva
internacional, que poderia ser utilizada para regular o comércio internacional e evitar
desequilíbrios econômicos. Ele argumenta que essa moeda de reserva internacional poderia
ser emitida por uma autoridade monetária internacional, que teria o poder de regular a oferta
de moeda global e evitar crises financeiras.
Por fim, Keynes argumenta que a evolução do sistema monetário deve ser guiada pelos
princípios da estabilidade monetária e da coordenação internacional. Ele sugere que os países
devem trabalhar juntos para estabelecer um sistema monetário internacional mais estável e
justo, que possa promover o crescimento econômico e a prosperidade global.
Keynes argumenta que a economia é guiada pela demanda agregada, e que a demanda pode
ser insuficiente para garantir o pleno emprego e a estabilidade econômica. Ele sugere que os
governos devem desempenhar um papel ativo na estabilização da economia, por meio de
políticas fiscais e monetárias.
Keynes argumenta que o objetivo principal da política econômica deve ser garantir o pleno
emprego e a estabilidade de preços. Ele sugere que a política fiscal, incluindo gastos
governamentais e impostos, pode ser utilizada para estimular a demanda agregada e garantir o
pleno emprego.
Além disso, Keynes argumenta que a política monetária, incluindo a regulação da oferta de
moeda e das taxas de juros, pode ser utilizada para controlar a inflação e estimular a
economia. Ele sugere que os bancos centrais devem estar comprometidos com a estabilidade
de preços e a estabilização econômica.
Por fim, Keynes argumenta que a economia é uma ciência social complexa e que a teoria
econômica deve ser revisada e atualizada continuamente à medida que novas informações e
insights surgem. Ele sugere que a teoria econômica deve ser guiada por princípios éticos e
sociais, e que a economia deve ser utilizada para promover a justiça social e o bem-estar
humano
O artigo "A Economia Monetária e a Fórmula Geral do Capital: preliminar da fissão Marx-
Keynes" discute a relação entre as teorias de Karl Marx e John Maynard Keynes sobre
economia monetária e a fórmula geral do capital.
Os autores argumentam que, embora Marx e Keynes tenham perspectivas diferentes sobre a
economia, ambos reconhecem a importância do dinheiro e da moeda na economia capitalista.
Enquanto Marx enfatiza a relação entre dinheiro e valor, Keynes enfatiza a relação entre
dinheiro e demanda agregada.
Os autores também argumentam que a fórmula geral do capital de Marx pode ser vista como
uma precursora da teoria de Keynes sobre o ciclo econômico. A fórmula geral do capital de
Marx (D-M-D ') enfatiza o papel do dinheiro na geração de lucro e acumulação de capital,
enquanto a teoria de Keynes sobre o ciclo econômico enfatiza o papel do investimento e da
demanda agregada na geração de crescimento econômico.
Por fim, os autores argumentam que as teorias de Marx e Keynes são complementares e
podem ser utilizadas para desenvolver uma abordagem mais abrangente e crítica da economia
monetária. Eles sugerem que a combinação das teorias de Marx e Keynes pode fornecer uma
base para a formulação de políticas econômicas mais justas e sustentáveis.
Artigo Metodologia e modelos econômicos
O autor destaca que ambos os modelos são importantes para entender a economia, mas
também têm suas limitações. O modelo clássico é incapaz de lidar com situações de recessão e
desemprego persistente, enquanto o modelo keynesiano não leva em conta a inflação e a
possibilidade de excesso de demanda.
Em relação aos modelos econômicos clássico e keynesiano, o autor explica que o modelo
clássico é baseado na ideia de que a economia sempre se ajusta automaticamente às
mudanças na oferta e demanda, enquanto o modelo keynesiano enfatiza a importância da
intervenção governamental para manter a economia funcionando plenamente e evitar
recessões.
O autor destaca que ambos os modelos têm limitações e são importantes para entender a
economia. O modelo clássico não consegue lidar com situações de recessão e desemprego
persistente, enquanto o modelo keynesiano não leva em conta a inflação e a possibilidade de
excesso de demanda.
O texto também discute as críticas ao modelo neoclássico de economia, que não leva em conta
a importância do investimento e do financiamento para o crescimento econômico, e
argumenta que a teoria do circuito de financiamento pode ser uma alternativa mais adequada
para entender a dinâmica da economia real.