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(ESNEC)
Gestão de empresas
3º Ano/1º Semestre
CADEIRA: microeconomia
TEMA:
Equilíbrio económico
Discentes:
Lourenço Chitete
Kelven Chilengue
Suzana Bila
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1.1. Geral..........................................................................................................................1
1.1.2. Especifico..................................................................................................................1
2. Metodologia..............................................................................................................................2
3. Equilíbrio económico...............................................................................................................3
3.1. O Equilíbrio Econômico Estático e o Equilíbrio Econômico dinâmico..........................3
4. Teoria do bem-estar..................................................................................................................6
4.1. Modelo económico de Walras...........................................................................................7
4.2. Modelo económico de Pareto............................................................................................8
5. Conclusão...............................................................................................................................11
6. Referências bibliográficas......................................................................................................12
1. Introdução
Num mundo cada vez mais desigual, a priorização do mercado externo na estrutura económica
dos países periféricos como Moçambique pode orientar uma parcela dos recursos colectivos para
criação de infraestruturas, serviços e formas de organização do trabalho e do espaço ao serviço
do capital e do mercado externo. Isto é, como considera Santos (1996), uma actividade ritmada
pelo imperativo da competitividade e localizada nos pontos mais aptos para desenvolver essas
funções.
O tema bem-estar econômico refere-se aos diferentes modos de distribuição, conforme nível de
utilidade dos agentes econômicos, visando a alcançar alocações de recursos socialmente
eficientes. A teoria econômica do bem-estar tradicional discute o tema a partir da agregação do
bem-estar dos agentes que compõem a sociedade, relacionando o espaço das utilidades com
ênfase na renda, riquezas ou bens. Amartya Sen amplia o estudo do bem-estar apresentando uma
necessidade de reaproximar a economia da ética.
1.1. Objetivos
1.1.1. Geral
Falar da problemática do desenvolvimento e seus indicadores
1.1.2. Especifico
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2. Metodologia
A metodologia é o caminho para se chegar a um determinado fim. É um método científico como
o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para se atingir o conhecimento.
(Gil, 2006 p:26).
De acordo com LAKATOS & MARCONI (1991), “método é o conjunto das atividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo
conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detetando erros e
auxiliando as decisões do cientista.”
A pesquisa foi feita por meio de páginas e blogs da internet, e ainda por meio de consulta de
artigos e monografias com temas afins.
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3. Equilíbrio económico
O modelo de equilíbrio geral determina os preços e as quantidades em todos os mercados
simultaneamente, diferente da análise de equilíbrio parcial, quando um mercado causa pouco
efeito ou nenhum sobre outros mercados. “Na prática, não é viável desenvolver uma análise
completa de equilíbrio geral que leve em conta os efeitos de uma mudança ocorrida em
determinado mercado sobre todos os demais mercados.” (PINDYCK, 2013, p. 590).
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econômico dinâmico (EED). Posto de forma simples, o equilíbrio econômico indica que todo e
cada agente considerado, diante dos incentivos e restrições relevantes, esteja agindo de forma
compatível com a maximização da utilidade. Neste sentido, o EE procura expressar,
exclusivamente, uma condição de adequação à lógica postulada para a operação interna do
sistema. O comportamento ótimo dos agentes em determinado instante do tempo pode estar
implicando na tendência à manutenção ou alteração dos valores observados das variáveis
econômicas no decorrer do tempo. Para diferenciar estas duas situações, basta qualificar o EE
como estático ou dinâmico.
O Equilíbrio Econômico Estático é uma situação na qual todos os agentes estão em suas posições
desejadas. Alternativamente, e por exclusão: o Equilibrio Econômico Dinâmico é uma situação
na qual algum agente não está em sua posição desejada. Cumpre que se note a diferença entre a
significação dada ao "equilíbrio" nas interpretações alternativas apresentadas: o termo
"equilíbrio", na definição de EG, presta-se à caracterização de um eventual estado de
imutabilidade de uma ou mais variáveis de um sistema qualquer, enquanto que, na noção de EE,
o conceito de "equilíbrio" expressa o respeito à consistência lógica postulada para a operação do
sistema econômico. Neste sentido, enquanto o qualificativo "estático" sequer aparece na
definição de EG - o que, com efeito, configuraria uma redundância -, o mesmo adjetivo é
essencial à caracterização do equilíbrio econômico que tende a se perpetuar invariante no
decorrer do tempo. A aceitação das definições acima sugeridas traz diversas implicações
analíticas. Um primeiro ponto a ser notado é que a noção de equilíbrio econômico estático
mostra-se plenamente compatível com a de equilíbrio genérico, ainda que o oposto não precise
ser verdadeiro: se o sistema estiver em EEE necessariamente estará em EG, mas um sistema em
EG não precisa estar em EEE. Considere, por exemplo, um exercício de análise de equilíbrio
parcial de curto-prazo, assumindo curvas de oferta e demanda que exibam as quantidades que os
indivíduos estejam dispostos a comprar e vender a cada preço relativo e que se interceptem, uma
única vez, no primeiro quadrante. Segundo a noção de EG, a combinação de preço e quantidade
encontrada no cruzamento das duas curvas seria suficiente à caracterização de uma situação que,
se atingida, tenderia a se manter. Para que esta posição possa ser considerada um EEE, contudo,
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seria necessário mostrar que os agentes não percebem ganhos líquidos de utilidade em alterar
esta posição, qualquer que seja o horizonte de planejamento. Não é suficiente caracterizar uma
situação onde, instantaneamente, todos os ofertantes e demandantes estejam em suas posições
ótimas para qualificar este equilíbrio como estático no sentido econômico. Para tanto, cumpre
que se ofereça a justificativa econômica para que tais posições tendam a se perpetuar no decorrer
do tempo.
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instrumental entre os dois tipos de análise, o presente argumento desenvolve-se a partir e em
função de considerações estritamente metodológicas e substantivas. A divergência entre as
ênfases permite diferenciar formalmente as duas interpretações, denominando a relação
postulada por Samuelson de "correspondência instrumentaI", que se distinguirá da
"correspondência metodológica", mais abrangente; aqui preconizada. É importante notar que é
possível caracterizar uma situação de EEE mesmo quando se observem alterações nos valores
das variáveis econômicas, desde que estas mudanças sigam um padrão constante e que tenda a se
manter indefinidamente à medida em que o tempo passa. Isto ocorre pois as posições desejadas,
expressas por vetores ex; são determinadas pela ausência de mudanças nas ações consideradas
ótimas à medida em que o tempo passa, o que é perfeitamente compatível com a ocorrência de
alterações nos valores observados das variáveis econômicas. Com efeito, se as posições
desejadas pelos agentes se associarem a um acréscimo em suas dotações à taxa de 2% ao ano,
configurar-se-ia um EEE, mesmo com a observação de variações nas dotações no decorrer do
tempo. As noções de equilíbrio econômico aqui apresentadas podem ser aplicadas tanto a
sistemas econômicos extremamente complexos, envolvendo diversos países, setores ou
mercados, como a sistemas mais simples, compostos por um único indivíduo. É fundamental,
contudo, que nos modelos particularmente considerados tenha-se o cuidado em explicitar e
justificar, consistentemente, o comportamento dinâmico das variáveis que possam ser
endogenamente alteradas no decorrer do tempo. Contrapõem-se à definição de EED aqui
sugerida, pelo menos, duas outras acepções de equilíbrio bastante disseminadas na literatura: o
equilíbrio dinâmico expectacional e o equilíbrio estático contínuo.
4. Teoria do bem-estar
O tema bem-estar econômico refere-se aos diferentes modos de distribuição, conforme nível de
utilidade dos agentes econômicos, visando a alcançar alocações de recursos socialmente
eficientes. A economia do bem-estar na ciência econômica está inserida no estudo
microeconômico (VARIAN, 2006).
A microeconomia trabalha “de baixo para cima” para mostrar como os participantes econômicos
individuais, perseguindo seus próprios interesses, determinam de forma coletiva como os
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recursos são usados, conforme Krugman (2010). Na vertente tradicional de estudo do bem-estar
econômico destacam-se os autores: Marie-Esprit Léon Walras (1834-1910); Vilfredo Pareto
(1848-1923); Francis Ysidro Edgeworth (1845-1926); William Stanley Jevons (1835-1882),
entre outros. Discutem que - dadas as condições gerais de equilíbrio - atingir modos de
distribuição da utilidade individuais, por meio da agregação do bem-estar dos agentes que
compõem a sociedade, relacionando o espaço das utilidades focalizadas nas rendas, riquezas ou
bens. No entanto, a vertente tradicional negligencia a abordagem ética no estudo do bem-estar.
Nesse sentido, a análise econômica do bem-estar pode ser substancialmente enriquecida quando
somada a uma abordagem ética (Sen, 1999). Amartya Sen (2001) insere no debate a distinção
entre os aspectos do bem-estar e os aspectos da condição de agente; a visão de bemestar não
sendo limitada das interpretações de utilidade (felicidade, satisfação desejos); e a liberdade de
uma pessoa valorizada por seu valor intrínseco e não apenas instrumental na análise. O
questionamento que guia este trabalho é: Como a abordagem ética dos estudos de Amartya Sen
modificam as hipóteses de comportamento humano e eficiência econômica na teoria do bem-
estar tradicional? Para responder a esse problema, serão discutidas as hipóteses do
comportamento humano (princípio da otimização e princípio do equilíbrio) e do critério de
eficiência econômica (no sentido de otimalidade de Pareto) presentes na Teoria Econômica do
Bem-Estar tradicional, em seguida, é apresentada a abordagem ética do estudo de Amartya Sen
e, por fim, será elaborada uma análise comparativa das duas vertentes. A referente pesquisa será
desenvolvida como uma pesquisa bibliográfica. Os dados são obtidos por fontes bibliográficas
sobre determinado assunto, com um levantamento realizado em base de informações diversas,
com o objetivo de desenvolver o tema proposto.
O modelo desenvolvido por Walras recebeu críticas de alguns teóricos e foi aprimorado por
outros, a exemplo de Vilfredo Pareto, que deu relevante contribuição lógica ao modelo de
Equilíbrio Geral. Autores como Bergson, Kaldor, Samuelson, Arrow, dentre outros, também
contribuíram para o desenvolvimento e aprofundamento da Teoria do Bem-estar social. Dentre
as contribuições de Pareto à Ciência Econômica destacam-se três para esta análise: a criação de
uma teoria ordinal de bem-estar; o desenvolvimento da teoria do equilíbrio geral de Walras; e a
criação de um critério de avaliação do bem-estar social (Ótimo de Pareto), que inaugurou uma
nova linha de pesquisa (GARCIA, 1996). Segundo Garcia (1996), Pareto partiu do conceito de
utilidade marginal desenvolvido por Jevons, Menger e Walras. A utilidade marginal é o adicional
de utilidade proveniente do incremento de consumo, que seria positivo e decrescente. Como a
utilidade, nessa abordagem, está relacionada com o consumo, há uma restrição ao seu
crescimento imposta pela renda, pois não é possível consumir para além do limite de renda (Lei
de Walras).
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introduziu o conceito ordinal de bem-estar social. Pareto deixou evidente na sua análise que o
equilíbrio de uma economia em concorrência perfeita leva ao máximo de bem-estar da
sociedade, reforçando a defesa de liberdade econômica e não intervenção no mercado. Dado que
cada estado social Pareto-ótimo é um equilíbrio perfeitamente competitivo, tal instrumento
analítico ―[...] permite discernir profundamente a natureza do funcionamento do mecanismo de
preços, explicando a natureza mutuamente vantajosa da troca, produção e consumo regidos pelo
auto interesse‖ (SEN, 1999, p. 50). Com essa inovação analítica é possível comparar diferentes
estados da economia, a partir da observação do bem-estar de cada indivíduo, ou seja, se em uma
situação o bem-estar é maior ou menor do que em outra (GARCIA, 1996).
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5. Conclusão
No período contemporâneo percebe-se que o centro do crescimento da economia se descola para
as relações de consumo, onde ganha espaço a oferta e demandas baseadas no aumento da renda,
da produção e da produtividade. Mais tarde, esse centro abrange variáveis como geração de
emprego, preços, inflação e fatores tecnológicos tendo como plano de fundo fatores como
inovação, empreendedorismo e as relações de lutas entre as classes sociais para a mais justa e
melhor distribuição de renda.
A abordagem utilitarista, ao tratar a condição de bem-estar apenas sobre a ótica da otimalidade
de Pareto, sem distinguir a condição de agente do bem-estar (distinção apresentada nos estudos
de Amartya Sen), torna o estudo do bem-estar econômico restrito e limitado. Além disso, a
vertente tradicional apoia-se em uma sistemática utilitarista fortemente tendenciosa, voltada para
motivações de autointeresse, que rejeita o papel da ética (consequentemente, o papel da tomada
de decisão por parte dos agentes), ao considerar a maximização do autointeresse como prova
única da racionalidade.
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6. Referências bibliográficas
ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do Pensamento Econômico: Uma Abordagem
Introdutória. São Paulo: Atlas, 1998, 158 p.
ELLERY Jr, Roberto, e GOMES, Victor. Modelo de Solow, Resíduo de Solow e Contabilidade
do Crescimento. São Paulo: MAKRON Books, 2000. 848 páginas.
SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras,
2000, 409 p.
VARIAN, Hal R. Microeconomia: princípios básicos. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. xxvi,
807p. ISBN 9788535216707.
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