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Macroeconomia
Consumo, Restrição a Liquidez, e
Bem Estar no Brasil
Esta função satisfaz as três propriedades propostas por Keynes: a Propensão marginal a consumir c1 entre 0 e 1, a Propensão Média a
Consumir e consumo dependente da renda. A constante c0 é conhecida como o Consumo Autônomo, ou a parte do consumo que não
depende da Renda.
Lucas, em sua famosa critica, colocou a questão da importância das expectativas em relação a renda futura na determinação do consumo. Ele
argumentou que não há razão para se esperar uma relação estável entre consumo e renda passada, ao passo que as expectativas em relação
a renda futura influenciam a decisão de consumir hoje, decisão esta que muda sempre que algum evento induz os agentes a revisarem suas
expectativas.
A critica de Lucas redirecionou a agenda de pesquisa em torno da função consumo, introduzindo a questão das expectativas de tal forma que
o consumo passa a depender das expectativas sobre a renda, não sendo, portanto, possível modelá-lo sem modelar a renda.
A teoria da renda permanente, a partir da incorporação dos avanços teóricos e técnicos mencionados, passou a ser formulada da seguinte
maneira:
Para um consumidor que gasta todos os seus ativos ao longo da vida, vale a seguinte equação:
Onde A, representa os ativos financeiros do individuo no período t, Y a renda do trabalho e T, o tempo da morte. Usando o
resultado da equação da renda permanente e levando T à infinito tem-se a equação da TRP:
TEORIA DO CICLO DA VIDA
Partindo da análise microeconômica novamente, Modigliani (1963), Ando (1963) e Brumberg (1954), propuseram um
modelo que considera que o consumo agregado depende do valor presente da renda da vida toda.
Os autores observaram que o padrão de consumo dos indivíduos é relativamente constante ao longo da vida. Da análise das
determinantes do Consumo nessa visão, conclui-se que o consumo depende, a cada período, da renda do trabalho (Y), da
riqueza acumulada (W), da expectativa de vida restante (T) e do tempo esperado médio de trabalho (Te ). A função consumo
que resulta da adaptação da teoria do ciclo da vida aos dados disponíveis no mundo real é dada por:
OUTRAS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM NO CONSUMO
A taxa de juros era considerada importante pelos clássicos, na medida em que altos juros estimulariam a poupança, em prejuízo
do consumo. Entretanto, a idéia foi criticada por se considerar que a taxa de juros teria uma influência indireta, através da relação
entre juros e renda.
A riqueza acumulada ao longo da vida também foi considerada como determinante do consumo, pela influência sobre o padrão
de vida e de consumo. Ainda a análise micro verificou que as pessoas mais ricas, que são minoria, teriam tendência a poupar
cada vez mais e consumir proporções cada vez menores de renda.
As expectativas, consideradas determinantes do consumo, na medida em que os otimistas não poupariam tanto quanto os
pessimistas, que temem a falta de renda no futuro, não conseguiram ser incluídas em um modelo, por serem subjetivas e difíceis
de mensurar.
A distribuição da renda foi considerada como determinante da propensão marginal a consumir decrescente, pela verificação que
as famílias mais ricas gastam em consumo proporcionalmente menos que os mais pobres. Portanto, alterações na distribuição da
renda alterariam o padrão de consumo. Mas, verificações empíricas não mostraram efeitos significativos.
A investigação de ganho de bem estar: uma
parametrização
Quando os três critérios de convergência são atendidos pode se classificar os seguintes níveis:
Após um cálculo matemático que teve como objetivo fazer a convergência dos dados gerados pela decomposição
anterior , pode analisar com estes dados , dois valores de intensidade bem diferentes, os quais serão analisados a
seguir. Os dados mostram duas situações em dois diferentes país:
Como observado nas tabelas anteriores, conclui-se dois casos, um no qual o macroeconomista possui plenos poderes
para prover políticas de bem estar social, gerando ganhos de bem estar significativos , atuando em cima de variâncias
de ciclo e da tendência, sendo a última um efeito maior de ganhos de bem estar . No caso oposto, os
macroeconomistas com poderes restritos geram um menor resultado, agindo apenas nas variâncias de ciclos.
Pode-se observar no caso prático, entre EUA e Brasil. No qual o Macroeconomista do Brasil que detém plenos
poderes ou até mesmo poderes restritos, em porcentual, possui maior eficácia de ganhos de bem estar. Isso deve-se
ao fato que a variância da tendência estocástica na série de consumo brasileira é bem maior que a dos EUA.
Contudo, o efeito dos ganhos de bem estar gerados a partir de políticas macroeconômicas afetam o consumo futuro.
Cabe ao macroeconomista com plenos poderes reconhecer os efeitos de suas políticas, pois caso gere um excesso
de consumo pode gerar um grande efeito inflacionário, como já aconteceu no Brasil.
Conclusão
O trabalho resultou em verificar os principais pontos da teoria do consumo à luz dos dados brasileiros de consumo constante.
Verificou-se a imprevisibilidade da variação do consumo de um ano para outro. Crítica que se pode fazer ao teste da Teoria da
Renda Permanente: o fato de que ela é construída a partir de um consumidor representativo de modo que, quando se trabalha com
dados agregados, teste de tal teoria pode ser prejudicado pela simples agregação.