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Trabalho de Laboratório de

Macroeconomia
Consumo, Restrição a Liquidez, e
Bem Estar no Brasil

Alunos: Alessandro Guerino


Eduarda Coelha
Larissa Soares
Alexandre Barbosa
INTRODUÇÃO
Histórico:
Após a Revolução Industrial, toda a dinâmica da sociedade foi alterada. Antes acostumados à uma
cultura de subsistência e cooperação entre os produtores rurais, as pessoas se viram a trabalhar
continuamente para sobreviver.
Desde seu princípio, a Economia teve como preocupação, questões administrativas. Adam Smith
foi o precursor da corrente teórica chamada de Escola Clássica, que com seu auge durante os
séculos XVIII e XIX forneceu a base para todas as correntes teóricas que se formaram na
Economia.
Até o século XIX, o economista tinha o papel não só de explicar a economia mundial e fazer
prognósticos sobre o curso futuro da economia, mas também de estabelecer princípios de
Economia Política, que direcionassem quais políticas poderiam levar ao bem-estar social ou
empobrecimento. Porém, no século XX, apesar da continuidade de uma escola de escritores que
acreditava que a Economia poderia cumprir esta função política, surge outra que vai contra esse
pensamento, da qual se originou a teoria tradicional do bem-estar.
O tema bem-estar refere-se aos diferentes modos de distribuição, conforme nível de utilidade dos
agentes econômicos, visando a alcançar alocações de recursos socialmente eficientes. A economia
do bem-estar na ciência econômica está inserida no estudo microeconômico.
INTRODUÇÃO
Na vertente tradicional de estudo do bem-estar econômico destacam-se os autores: Léon Walras
(1834-1910); Vilfredo Pareto (1848-1923); Francis Ysidro Edgeworth (1845-1926); William Stanley
Jevons (1835-1882), entre outros. Discutem que dadas as condições gerais de equilíbrio - atingir
modos de distribuição da utilidade individuais, por meio da agregação do bem-estar dos agentes
que compõem a sociedade, relacionando o espaço das utilidades focalizadas nas rendas, riquezas
ou bens.
A Economia tradicional do bem-estar consolidou-se rapidamente, exerceu e exerce forte influência
na discussão econômica sobre desenvolvimento e bem-estar, em especial pela sua capacidade de
formalização para analisar e supor situações econômicas. Esta teoria fundamenta atualmente a
maioria dos manuais estudados nos cursos de Economia.
Em relação ao consumo, Friedman (1957) e Modigliani e Beumberg (1954, 1979) proporcionam
uma reviravolta na literatura sobre o consumo. Segundo esses autores, o consumo depende de
um fluxo contínuo de renda pessoal e financeira a longo prazo.
A teoria da renda permanente que revolucionou a função consumo que era baseada na renda
corrente e contemporânea. De acordo com a teoria da renda permanente, a variação do consumo
de um ano para o outro é imprevisível.
Em relação ao Brasil, uma investigação da série de consumo que permita revisitar os principais
resultados obtidos pela literatura sobre os dados brasileiros.
Principais Resultados Teóricos da Literatura de Consumo
Na Teoria Geral, Keynes apresenta, pela primeira vez, uma proposta para a função consumo. Após a descrição dos
fatores subjetivos e objetivos que determinam as decisões dos consumidores, a nível individual, é apresentado um
modelo bastante simples que explica as variações do Consumo pelas variações da Renda corrente. 
Da interpretação keynesiana, identificou-se um modelo que explica o consumo agregado como dependente apenas da
renda corrente , especificado como:

Esta função satisfaz as três propriedades propostas por Keynes: a Propensão marginal a consumir c1 entre 0 e 1, a Propensão Média a
Consumir e consumo dependente da renda. A constante c0 é conhecida como o Consumo Autônomo, ou a parte do consumo que não
depende da Renda.
Lucas, em sua famosa critica, colocou a questão da importância das expectativas em relação a renda futura na determinação do consumo. Ele
argumentou que não há razão para se esperar uma relação estável entre consumo e renda passada, ao passo que as expectativas em relação
a renda futura influenciam a decisão de consumir hoje, decisão esta que muda sempre que algum evento induz os agentes a revisarem suas
expectativas.
A critica de Lucas redirecionou a agenda de pesquisa em torno da função consumo, introduzindo a questão das expectativas de tal forma que
o consumo passa a depender das expectativas sobre a renda, não sendo, portanto, possível modelá-lo sem modelar a renda.
A teoria da renda permanente, a partir da incorporação dos avanços teóricos e técnicos mencionados, passou a ser formulada da seguinte
maneira:
Para um consumidor que gasta todos os seus ativos ao longo da vida, vale a seguinte equação:

Onde A, representa os ativos financeiros do individuo no período t, Y a renda do trabalho e T, o tempo da morte. Usando o
resultado da equação da renda permanente e levando T à infinito tem-se a equação da TRP:
TEORIA DO CICLO DA VIDA

Partindo da análise microeconômica novamente, Modigliani (1963), Ando (1963) e Brumberg (1954), propuseram um
modelo que considera que o consumo agregado depende do valor presente da renda da vida toda.
Os autores observaram que o padrão de consumo dos indivíduos é relativamente constante ao longo da vida. Da análise das
determinantes do Consumo nessa visão, conclui-se que o consumo depende, a cada período, da renda do trabalho (Y), da
riqueza acumulada (W), da expectativa de vida restante (T) e do tempo esperado médio de trabalho (Te ). A função consumo
que resulta da adaptação da teoria do ciclo da vida aos dados disponíveis no mundo real é dada por:
OUTRAS VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM NO CONSUMO
A taxa de juros era considerada importante pelos clássicos, na medida em que altos juros estimulariam a poupança, em prejuízo
do consumo. Entretanto, a idéia foi criticada por se considerar que a taxa de juros teria uma influência indireta, através da relação
entre juros e renda.
A riqueza acumulada ao longo da vida também foi considerada como determinante do consumo, pela influência sobre o padrão
de vida e de consumo. Ainda a análise micro verificou que as pessoas mais ricas, que são minoria, teriam tendência a poupar
cada vez mais e consumir proporções cada vez menores de renda.
As expectativas, consideradas determinantes do consumo, na medida em que os otimistas não poupariam tanto quanto os
pessimistas, que temem a falta de renda no futuro, não conseguiram ser incluídas em um modelo, por serem subjetivas e difíceis
de mensurar.
A distribuição da renda foi considerada como determinante da propensão marginal a consumir decrescente, pela verificação que
as famílias mais ricas gastam em consumo proporcionalmente menos que os mais pobres. Portanto, alterações na distribuição da
renda alterariam o padrão de consumo. Mas, verificações empíricas não mostraram efeitos significativos.
A investigação de ganho de bem estar: uma
parametrização

Esta investigação partira de uma abordagem axiomática, a onde a um


estudo de cálculos de matrizes de rendas baseadas no método de VAR.
Os macroeconomistas calculam esta transições de bens estar para
suavizar os ciclos econômico

LUCAS : Log normal – não sofrem restrições de créditos


Resultados da Investigação de Ganhos de Bem-Estar
Com o intuito de metrificar os resultados das investigações de ganhos de Bem estar,  utilizou-se um software
denominado Stamp 5.0 e posteriormente utilizou-se um filtro de Kalman para separar-se as séries em componentes
ortogonais. São necessários três critérios para o processo de maximização da função de verossimilhança de Stamp:

Quando os três critérios de convergência são atendidos pode se classificar os seguintes níveis:
Após um cálculo matemático que teve como objetivo  fazer a convergência dos dados gerados pela decomposição
anterior , pode analisar com estes dados , dois valores de intensidade bem diferentes, os quais  serão analisados a
seguir.  Os  dados mostram duas situações em dois diferentes país:
Como observado nas tabelas anteriores, conclui-se dois casos, um no qual o macroeconomista possui plenos poderes
para prover políticas de bem estar social, gerando ganhos de bem estar significativos , atuando em cima de variâncias
de ciclo e da tendência, sendo a última um efeito maior de ganhos de bem estar . No caso oposto, os
macroeconomistas com poderes restritos geram um menor resultado, agindo apenas nas variâncias de ciclos. 
Pode-se observar no caso prático, entre EUA  e Brasil. No qual o Macroeconomista do Brasil que detém plenos
poderes ou até mesmo poderes restritos, em porcentual,  possui maior eficácia de ganhos de bem estar. Isso deve-se
ao fato que a variância da tendência estocástica na série de consumo brasileira é bem maior que a dos EUA.
Contudo, o efeito dos ganhos de bem estar gerados a partir de políticas macroeconômicas afetam o consumo futuro.
Cabe ao macroeconomista com plenos poderes reconhecer os efeitos de suas políticas, pois caso gere um excesso
de consumo pode gerar um grande efeito inflacionário, como já aconteceu no Brasil.
Conclusão

O trabalho resultou em verificar os principais pontos da teoria do consumo à luz dos dados brasileiros de consumo constante.
Verificou-se a imprevisibilidade da variação do consumo de um ano para outro. Crítica que se pode fazer ao teste da Teoria da
Renda Permanente: o fato de que ela é construída a partir de um consumidor representativo de modo que, quando se trabalha com
dados agregados, teste de tal teoria pode ser prejudicado pela simples agregação.

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