Você está na página 1de 131

Economia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Bem vindo(a)!

As empresas desempenham suas atividades de comércio, produção e serviços sob


um contexto de comportamentos diferenciados dos consumidores, a existência da
escassez de recursos, a falta ou excesso de demanda e oferta e a presença do estado
regulamentado, incentivando e demandando. Desta forma a disciplina de economia
torna-se necessária ao aluno por proporcionar condições de avaliar essa dinâmica de
mercado e confrontar com a realidade da atividade empresarial onde atua.

Nesta nossa disciplina de economia contemplaremos na unidade I, os princípios da


economia de forma que serão abordados os primórdios do pensamento econômico
percorrendo um caminho de correntes e pensamentos que levam até os tempos
atuais.

Já na unidade II serão apresentados conceitos de economia, o problema econômico


fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos.

Na unidade III conceituaremos e contextualizaremos a microeconomia,


compreenderemos os tipos de análise microeconômica visando estabelecer a
importância da aplicação da sua análise. Conceituaremos e contextualizaremos 
demanda, oferta e equilíbrio de mercado com o objetivo de compreender demanda
e oferta. Ao nal da unidade III abordaremos os conceitos de teoria de mercado. Por
m, na unidade IV conceituaremos macroeconomia além de promover a
compreensão dos objetivos da política macroeconômica. Apresentaremos os
instrumentos de política macroeconômica  e contextualizaremos os agregados
macroeconômicos, além de conceituar e tipi car moeda e conceituar e
compreender a in ação.

Ao estudar este material esperamos capacitar o estudante a avaliar


sistematicamente a atuação de todos os agentes econômicos que participam de
um sistema econômico. Preparar o aluno para lidar com os conceitos e instrumentos
básicos da teoria econômica, especialmente de Microeconomia, em que o
administrador se baseia para tomar decisões empresariais, sobrelevando os aspectos
das decisões dos agentes econômicos individuais: o consumidor e a rma, e como
estes se relacionam nos mercados. Compreender a in uência do Estado sobre as
empresas. Compreender as políticas e os impactos na demanda por meio da
ampliação ou redução do crédito; moeda e in ação.

Aproveite seu material. Bons Estudos!


Unidade 1
Antecedentes históricos da
economia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
Olá,

Este capítulo foi carinhosamente preparado para que você possa antes mesmo de
ter contato com os assuntos econômicos mais próximos da nossa realidade, buscar
compreender o porquê e como chegamos até aqui. Dessa forma passaremos
cronologicamente por períodos que remetem desde os primórdios da humanidade
até os tempos atuais. Percorrendo  por períodos como por exemplo na antiguidade
quando percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber.
É fato de que economia não é uma disciplina simples de se entendida, nem é nosso
objetivo que você pense que é, por isso este material traz conteúdos de forma
sucinta, considerando uma abordagem simples e objetiva acerca do que cada época
passada gerou de conteúdo que possa hoje, ser amplamente estudado e além disso
utilizado como base de uma ciência social que faz parte da vida de todos nós. Espero
que goste.

Bons estudos!
Precursores da teoria
econômica

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Ao iniciar esse capítulo suponho que seja necessário esclarecer uma importante
indagação: qual a necessidade de estudar sobre teoria da economia? Pensemos
bem a esse respeito. Talvez você possa estar pensando que não existe necessidade,
até mesmo porque poderia ser uma tremenda perda de tempo pesquisar algo que
ocorreu a tanto tempo, certo? Errado. Veja o que nos diz Nogami e Passos (2016, p. 7)
acerca desse assunto:” como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a
previsão e a explicação de fenômenos. Para tanto, utiliza-se de teorias. Em
economia, construir teorias signi ca extrair conhecimentos sobre o funcionamento
do sistema econômico”. E essas teorias servem como base para as próximas que
poderão surgir.

Uma vez que entende-se a importância de tal pesquisa histórica, passamos a partir
de agora então, aos fatos que merecem destaque ao longo do tempo.

ATENÇÃO
Nunca é demais frisar que o objetivo do estudo da Ciência Econômica é
analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los,
de forma a melhorar nossa qualidade de vida (VASCONCELLOS E
GARCIA, 2008).

Alguns importantes períodos históricos podem ser associados a fatores econômicos,


como exemplo disso, pode-se citar os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, e
a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo,
que alteraram profundamente a história mundial. As próprias guerras e revoluções
são permeadas por motivações que podem ter origens e interesses econômicos.

E para ajudar na compreensão da economia como a conhecemos hoje, o(a) convido


para olhar para o passado.

Antiguidade 
Para iniciar nossos estudos sobre economia, se faz importante destacar que por um
bom tempo, ela constituiu-se como um conjunto de preceitos ou de soluções
adequadas a problemas particulares.

Como bem mencionado por Pinho et al (2017, p. 67) “na antiguidade grega, por
exemplo, apareceram apenas algumas ideias econômicas fragmentárias em
estudos losó cos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da
loso a, ética, política, mecânica ou geometria”. Sendo possível identi car tais
correlações por exemplo conforme observados em Aristóteles, Platão e Xenofonte:

“Aristóteles (384-322 a.C.), em seus estudos sobre aspectos de


administração privada e sobre nanças públicas. Também
encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos
de Platão (427-347 a.C.) e de Xenofonte (440-335 a.C.), sendo que este
último aparentemente cunhou o ter- mo economia (oikonomia), no
sentido de gestão de bens privados” (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008,
p. 22).

Contudo, para Silva e Azevedo (2017, p. 17) “na antiguidade os estudos não
apresentavam um padrão homogêneo ou sistemático das relações econômicas, não
havendo contribuições consistentes para o surgimento da Teoria Econômica”. Por
isso, nessa época tal atividade econômica associada ao homem era vista como parte
da loso a social, moral e ética, a qual deveria se orientar seguindo princípios gerais
da ética, justiça e igualdade.

Rossetti (2016, p. 16) também destaca que “ lósofos da Grécia Antiga, como Platão e
Aristóteles, e os escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo
econômico”.
Mercantilismo

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
O Mercantilismo (1450-1750) segundo Pinho et al (2017, p. 68) “imprimiu ao
pensamento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração
pública que os governantes de- veriam usar para aumentar a riqueza da nação e do
príncipe”.

Importantes transformações marcaram o início do Mercantilismo, destacando-se as


seguintes:
intelectuais — com o Renascimento e sua magní ca oração
artística (Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Ticiano e
outros) e literária, a laicização do pensa- mento, o retorno aos
métodos de observação e de experiência, a difusão de novas ideias
por meio da imprensa (Gutemberg imprimiu a primeira Bíblia em
1450) etc.;
religiosas — trazidas principalmente pelo movimento da Reforma,
em especial a implantada por Calvino e pelos puritanos anglo-
saxões, que exaltavam o individualismo e a atividade econômica,
condenavam a ociosidade, justi cavam os empréstimos a juros, a
busca do lucro, o sucesso nos negócios etc.;
padrão de vida — marcadas pela reabilitação teológica da vida
material em relação ao ascetismo e, consequentemente, pelo
desejo de bem-estar, de alimentação requintada (com o uso de
especiarias, do açúcar etc.), de habitações confortáveis e arejadas
(que implicavam a necessidade de decoração dos interiores, com
móveis trabalhados, quadros, tapeçarias, louças nas etc.), de
viagens inter-regionais (que contribuíram para a propagação das
novas maneiras de viver e de pensar) etc.;
políticas — com o aparecimento do Estado Moderno, coordenador
dos recursos materiais e humanos da nação, aglutinador das
forças da nobreza, do clero, dos senhores feudais, da burguesia
nascente etc.;
transformações geográ cas — decorrentes da ampliação dos
“limites do mundo”, graças às grandes descobertas (sobretudo a
bússola) e aos esforços para desenvolver a navegação (em especial
dos soberanos portugueses, como o infante D. Henrique, o
Navegador): Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas (1487),
Colombo desembarcou em Guanahani (1492), Vasco da Gama
atingiu as Índias (1498), Cabral descobriu o Brasil (1500), Magalhães
empreendeu, pela primeira vez, uma viagem de circum-
navegação, concluída por seu lugar-tenente Sebastião del Cano
(1514), Cortez conquistou o México (1519-1521), Pizarro dominou a
terra dos Incas (1531) etc.;
transformações econômicas — ao uxo à Europa de metais
preciosos, provenientes do Novo Mundo, provocou o
deslocamento do eixo econômico mundial: os grandes centros
comerciais marítimos não mais se limitaram ao Mediterrâneo,
estendendo- se também ao Atlântico e ao Mar do Norte (Londres,
Amsterdã, Bordéus, Lisboa etc.). O aparecimento de interessantes
ideias sobre a moeda possibilitou a elaboração da concepção
metalista, base do Mercantilismo: o ouro e a prata passaram a ser
considerados os mais perfeitos instrumentos de aquisição de
riqueza (PINHO, 2017, p. 19).
Vasconcellos e Garcia (2008) contribuem para a formação do nosso entendimento
ressaltando que o surgimento da primeira escola econômica denominada
mercantilismo pôde ser percebida a partir do século XVI, mesmo não apresentando
um conjunto técnico homogêneo possuía algumas características importantes,
como:

Apresentava algumas preocupações explícitas sobre acumulação de riquezas


de uma nação;
Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar
riquezas;
Aparecem relatos mais elaborados da moeda em detrimento da grande
importância proveniente do acúmulo de metais.

E foi a partir disso que a política mercantilista estimulou guerras, aqueceu o


nacionalismo mantendo a forte presença do Estado no que tange os assuntos
econômicos.
Fisiocracia - "Regras da
natureza"

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Surge como reação ao mercantilismo. Escola de pensamento francesa que elaborou
trabalhos importantes. Sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que
havia um ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais,
absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Proveniência Divina para a
felicidade dos homens. Fisiocracia quer dizer “regras da natureza” e o trabalho de
maior destaque obteve respaldado em François Quesnay. Tableau Économique, sua
obra de maior relevância.

Quesnay, foi o Primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre


eles.  Está na origem do sistema de circulação monetária input-output   criado no
século XX (anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily
Leontief , da Universidade de Harvard.

Para os siocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza


em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. A agricultura era
encorajada, pois só a terra tinha capacidade de multiplicar riqueza. Existia a
exigência que as pessoas empenhadas no comércio e nas nanças fosse reduzidas
ao menor número possível (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).

A Fisiocracia impôs-se principalmente como doutrina da ordem


natural: o universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e
universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos
homens. Estes, por meio da razão, poderão descobrir essa
ordem[...]Alguns autores consideram as teorias de Quesnay sobre o
Estado e a sociedade meras reformulações da doutrina escolástica que
satisfaziam aos nobres e à sociedade. Uns poucos chegam a destacar
certa tendência teológica no pensamento de Quesnay, mas a maioria
está de acordo em reconhecer a natureza puramente analítica ou
cientí ca de sua obra econômica (PINHO 2017, p. 71).

Silva e Azevedo (2017, p. 18) destacam que “acreditava--se em uma ordem natural
que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e
universais, desejadas pela providência divina para a felicidade dos homens”. Desse
modo os siocratas, consideravam que toda a vida permanece na dependência da
produtividade do solo bruto e a capacidade natural de renovação do meio ambiente.
Liberalismo

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Adam Smith (1723-1790)
Teve como um dos seus maiores pensadores na gura de Adam Smith (1723-1790).
Considerado precursor da moderna teoria econômica, ou ainda, Smith é
comumente conhecido como “pai” da economia.

A Riqueza das Nações (1976), sua obra,  trata de questões econômicas que vão desde
as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra,
concluindo com um conjunto de recomendações políticas. “No qual defendia o
liberalismo, ou seja, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas
questões econômicas, o que cou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em
francês” (SILVA E AZEVEDO, 2017, p. 18).

Em sua visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre
concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento
econômico, como que guiada por uma mão invisível.  Com Argumentos baseados
na livre iniciativa, no laissez –faire  considerava-se que a causa da riqueza das nações
é o trabalho humano ou teoria do valor-trabalho. Divisão do trabalho, especialização
em tarefas especi cas (áreas) e daí como consequência Fator decisivo para aumento
da produção (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).

Para Smith A Produtividade decorre da divisão de trabalho que por sua vez decorre
da tendência inata da troca, que, nalmente é estimulada pela ampliação dos
mercados. O papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção
da sociedade contra eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e
instituições necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e,
consequentemente, na prática econômica.

Embora a maioria dos autores tenha feito de Smith (1723-1790) o


apologista da nascente classe industrial capitalista, a verdade é que ele
se mostrava favorável aos operários e aos trabalhadores agrícolas,
opondo-se aos privilégios e à proteção estatal que apoiavam o “sistema
mercantil” (PINHO, 2017, p. 72).

David Ricardo (1772-1823)


Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho na qual traça
uma relação entre o trabalho e o seu respectivo valor monetário; a teoria da
distribuição, que relaciona os lucro e os salários; o comércio internacional e temas
monetários (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).   

John Stuart Mill (1806-1873)


Morreu em 1873. Deixou-nos uma obra vasta que, ainda hoje, constitui excelente
motivo de re exão e cujo estudo é incontornável. Dela se destacam: Sistema de
Lógica Dedutiva e Indutiva (1837), Princípios de Economia Política (1844), Sobre a
Liberdade (1859), Considerações Sobre o Governo Representativo (1861), Utilitarismo
(1863), Sujeição das Mulheres (1869) e Autobiogra a (1873) (VASCONCELLOS E
GARCIA, 2008).

Jean-Baptiste Say (1768-1832)


Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção realiza-
se através de 3 elementos: 1. o trabalho; 2. o capital;e, 3 agentes naturais (por agentes
naturais entenda-se a terra, etc). Deu atenção especial ao empresário e ao lucro.
Subordinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-
se conhecida sua concepção de que oferta cria a procura equivalente
(VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).

Thomas Malthus (1766-1834)


Economista inglês que elaborou uma teoria que a rmava que a população iria
crescer tanto que seria impossível produzir alimentos su cientes para alimentar o
grande número de pessoas no planeta. Dentre suas obras a principal foi o Princípio
da População. Para Malthus a produção de alimentos crescia de forma aritmética,
enquanto o crescimento populacional crescia de forma alarmante.
REFLITA
Até aqui, me dei conta que a economia:

Surgiu no período da antiguidade com os primeiros pensamentos


econômico (Aristóteles, Platão e Xenofonte);
Mercantilismo, sendo o controle do estado sua principal
característica, foco na riqueza interna (ouro e prata). Menos
importações e mais exportações ;
Fisiocracia,  (Quesnay): Para os siocratas, toda a vida permanece
dependente da produtividade do solo bruto e a capacidade do
meio ambiente natural se renovar;
Liberalismo, a livre concorrência e a desnecessidade do governo
nas questões econômicas, o que cou conhecido por laissez-faire,
ou “deixar-fazer”, em francês.

Fonte: o autor.

Karl Marx (1818-1883)


Para Pinho (2017, p.75) Marx “opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e às suas
conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade no
século XIX”. Aqui podendo ser citado a loso a alemã, a economia política inglesa e
o socialismo francês”.

Vasconcellos e Garcia (2008, p. 29) salientam que a escola marxista “critica a


abordagem pragmática da ciência econômica e propõe-se um enfoque analítico,
em que a Economia interage com os fatos históricos e sociais”. A rma que analisar
questões econômicas deixando de lado a observação de fatores históricos e sociais
pode gerar uma visão distorcida da realidade. Em seu trabalho de maior relevância,
a obra intitulada de O capital, Marx enfatiza a teoria do valor do trabalho analisando
aspectos da economia com sua teoria referenciada. Para ele, o capital detém-se com
a burguesia, classe social desenvolvida após o desaparecimento do sistema Feudal.
Essa classe tem a apropriação dos meios de produção, cabendo a outra parte, classe
social, intitulada de proletariado vender sua força de trabalho já que não possuem
condições para produzirem aquilo que seria necessário para sua sobrevivência.
Teoria Neoclássica

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008) essa corrente de pensamento teve
início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX.A
crença na economia de mercado e em sua capacidade autorreguladora fez com que
os teóricos econômicos não se preocupassem tanto com a política e o planejamento
macroeconômicos. Foco nos aspectos microeconômicos.

O trabalho de maior destaque teve respaldo em Alfred Marshall e sua obra


Princípios de economia (1890) - Teoria marginalista.

“Esses estudos privilegiavam aspectos microeconômicos, pois


defendiam o Estado mínimo, devido à crença de autorregulação dos
mercados, deixando de lado questões macroeconômicas ou políticas.
Deste modo, as contribuições da era neoclássica se deram pelos
estudos de redução de custos, da utilidade marginal (capacidade de
satisfazer as necessidades humanas), a lei da oferta e da demanda, a
formação de preços, entre outros” (SILVA E AZEVEDO,2017 p.19).

Outros teóricos importantes do período:

William Jevons: com a Teoria da Utilidade Marginal;


Léon Walras: com sua Teoria Geral do Equilíbrio (dos preços);
Eugen Böhm-Bawerk: contribuições, especialmente à teoria do capital e do
juro;
Arthur Pigou: identi cou situações em que a presença de “in uências
externas” na produção justi cam a intervenção do Estado, para a provisão de
bens ou de serviços.
Teoria Keynesiana

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Teve como maior precursor John Maynard Keynes (1883-1946) que utilizando de suas
obras rompeu a tradição neoclássica, pois apresentaram um programa de ação do
governo para a promover o pleno emprego (PINHO, 2017).

Sua obra, Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda(1936) causou um impacto
revolucionário que tornou-se conhecido como a Revolução Keynesiana.

Para Keynes de acordo com Fernandes (2016, P. 20), “um dos fatores responsáveis
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia,
determinado pela demanda agregada ou efetiva de bens e serviços”.

Mostrou que a combinação das políticas econômicas da época não funcionava


adequadamente dentro do novo contexto econômico. Um dos principais fatores
responsáveis pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma
economia determinada por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva. Invertendo
a lei de Say  onde a oferta cria sua própria procura. Para Keynes, numa economia em
recessão, não existem forças de auto ajustamento, por isso  se torna necessário a
intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos.

Keynes utilizando de seus argumentos obteve uma forte in uência na economia dos
países capitalistas. 

Nesse período, houve desenvolvimento expressivo da teoria econômica.


Por um lado, incorporaram-se os modelos por meio do instrumental
estatístico e ma- temático, que ajudou a formalizar ainda mais a ciência
econômica. Por outro, alguns economistas trabalharam na esteira de
pesquisa aberta pela obra de Keynes. Debates teóricos sobre aspectos
de seu trabalho duram até hoje, desta- cando-se três grupos: os
monetaristas, os scalistas e os pós-keynesianos. Apesar de nenhum
deles ter um pensamento homogêneo e todos terem pequenas diver-
gências internas, é possível fazer algumas generalizações
(VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 28).

Esse posicionamento teórico signi ca o m da crença no laissez-faire como


regulador dos uxos real e monetário da economia, e é chamado de princípio da
demanda efetiva.
O período recente

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Silva e Azevedo (2016) destaca que novas abordagens e teorias econômicas foram
criadas após o período Keynesiano. Essas por sua vez foram inspiradas nas diversas
abordagens e teorias citadas anteriormente neste material. Hoje em dia é
amplamente possível observar questões eu foram tratadas nos tópicos anteriores e
que são levantadas, um exemplo disso é nível de intervenção do Estado nas
economias, sem que se chegue a alguma conclusão concreta.

A economia vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir


dos anos 1970.

1. Existe uma consciência maior das limitações e possibilidades da teoria;


2. Avanço no conteúdo empírico da economia;
3. Consolidação das contribuições dos períodos anteriores.

Atualmente, a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana,


sendo considerável o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do
bem-estar da sociedade. O controle e o planejamento macroeconômico permitem
antecipar muitos problemas e evitar algumas utuações desnecessárias na
economia (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).

Na gura a seguir é possível visualizar de forma simpli cada as principais correntes


do pensamento econômico ao longo da história.
Figura 1. Síntese: principais correntes do pensamento econômico.

Fonte: Rossetti (2016, p.36)


SAIBA MAIS
Este prêmio, o cialmente denominado "Prêmio do Banco da Suécia em
Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel", é o único que não
estava previsto no testamento do inventor sueco da dinamite.  

O Nobel de Economia é o cialmente chamado de Prêmio Sveriges


Riksbank em Ciências Econômicas e foi estabelecido pelo banco central
sueco nos anos 1960 em homenagem a Nobel. A premiação não fazia
parte dos prêmios originais, criados no testamento de Alfred Nobel, em
1895.

Veja Abaixo lista com os vencedores do Nobel de Economia do ano:

2018: William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por integrar a


mudança climática e a inovação tecnológica no crescimento
econômico.

2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as


consequências dos mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos
consumidores e dos investidores.

2016: Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström


(Finlândia), por suas contribuições à teoria dos contratos.

2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos


sobre "o consumo, a pobreza e o bem-estar".

2014: Jean Tirole (França), por sua "análise do poder do mercado e de


sua regulação".

2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados


Unidos), por seus trabalhos sobre os mercados nanceiros.

2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos
sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um
mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação.

2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por


trabalhos que permitem entender como acontecimentos imprevistos
ou políticas programadas in uenciam os indicadores
macroeconômicos.
2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher
Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos
mercados nos quais a oferta e a demanda têm di culdades para se
acoplar, especialmente no mercado de trabalho.

2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus


trabalhos separados que mostram que a empresa e as associações de
usuários são às vezes mais e cazes que o mercado.

ACESSAR
Conclusão - Unidade 1

Chegamos ao nal deste capítulo. Nele acompanhamos a contribuição que cada


período da história proporcionou para o entendimento atual da ciência econômica.
Este capítulo foi especialmente preparado pensando na importância de fundamentar
nossos estudos antes mesmo de abordar temas muito mais próximos da nossa
realidade. Temas muito mais especí cos dentro do contexto econômico. 

Como a economia faz parte da rotina dos indivíduos, é muito comum em muitos
casos, até mesmo, motivados por questões políticas, que opiniões e vereditos sejam
lançados ao vento desde salas de reuniões até as mesas dos bares, isso acontece
mesmo sem nenhum entendimento dos motivos pelos quais o objeto da discussão
ocorre da forma que ocorre. Nas discussões econômicas, muitas vezes a emoção fala
mais alto que a razão.  

Agora que você já sabe onde (provavelmente) e como tudo começou, poderá
desfrutar dos próximos capítulos desse desa ante conteúdo. É importante lembrar
que ler este material é sinal da sua busca por compreender os porquês e como
chegamos até aqui. Por isso que passamos sucinta e cronologicamente por períodos
que remetem desde a antiguidade até bem próximo dos tempos atuais, para que
além de se situar você possa compreender de onde esses estudos originaram e como
foram respaldados. Percorremos  por períodos como por exemplo na civilização
antiga de Platão, quando percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos
econômicos a saber, passamos pelo mercantilismo, expomos as principais  teorias
como a de Keynes, por exemplo. 

E como mencionado no início desta unidade, é um fato de que economia realmente


não é uma disciplina simples de se entendida, contudo acreditamos sinceramente
que este material é uma grande porta de entrada para despertar seu interesse pelo
tema que poderá obviamente ser muito mais enriquecido em estudos futuros.
Leitura complementar
Resumo Histórico-Econômico do Brasil: A Internacionalização da Economia e o
Estado Empresário

A modernização econômica do Brasil ocorrida durante a segunda metade do século


XX, destacando a internacionalização da economia e as suas consequências
socioeconômicas.

Nos últimos 50 anos, as chamadas economias em desenvolvimento alcançaram níveis


expressivos de industrialização e urbanização, formando uma burguesia nacional e
uma classe média de assalariados com renda relativamente elevada. Esse momento
pode ser compreendido através de dois pressupostos: a participação do Estado como
empresário e a atração de empresas transnacionais.

Após a década de 1950, ocorreu no Brasil o processo de internacionalização da


economia, com grande participação do Estado como empresário e no
desenvolvimento de infraestrutura (transportes, energia, portos) e políticas de
incentivos scais. Todos esses fatores, aliados à disponibilidade de mão-de-obra
barata, mercado consumidor emergente e acesso a matérias-primas e fontes de
energia, atraíram empresas transnacionais para o território brasileiro. Houve uma
grande ampliação do parque industrial, principalmente indústrias de bens de
consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos).

O país conheceu a sua industrialização tardia e adotou plenamente o Fordismo, um


sistema produtivo tradicional que considerava a capacidade de produção e os
grandes parques industriais como fundamentos para a atividade industrial. Esse
padrão concretizado com o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi ampliado
pela ditadura militar (1964-1985). Os militares criaram obras estruturais em diferentes
regiões brasileiras, a destacar as usinas hidrelétricas e as rodovias. Muitos municípios
do interior do estado de São Paulo começaram a desenvolver seus distritos
industriais. Durante a década de 1970, ocorreu o “milagre econômico brasileiro”, que
elevou o país à posição de 8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de
crescimento em torno de 10%.

No caso brasileiro, o modelo fordista trouxe crescimento econômico para o país, mas
não foi capaz de promover o desenvolvimento econômico regional. O aumento de
renda per capita de um país nem sempre representa avanços na qualidade de vida. O
crescimento que o Brasil obteve, principalmente durante o período correspondente
ao regime militar, construiu um arcabouço técnico e logístico para o
desenvolvimento, mas não o privilegiou.

A partir da década de 1980, ocorreu o esgotamento da capacidade do Estado em


promover o desenvolvimento industrial - m do Estado empresário - devido às
políticas econômicas mal sucedidas que aumentaram a dívida externa e a in ação.
No plano externo, os países desenvolvidos começaram a adotar medidas neoliberais,
reduzindo o papel do Estado na sua participação em determinados setores
econômicos.
O Brasil iniciou, a partir da década de 1990, um acelerado programa de abertura
econômica conduzido pelo governo Collor. Através da redução de alíquotas de
importações, desregulamentação do Estado, privatizações das empresas estatais e
diminuição de subsídios, mudanças profundas foram implementadas na estrutura
industrial do país. Apesar de estimular a competitividade, muitas pequenas e médias
empresas não tiveram suporte técnico e nanceiro para se adaptarem a essas
transformações. Até os dias atuais, a principal di culdade enfrentada pelos pequenos
e médios empreendedores no Brasil é que os investimentos em tecnologia e o crédito
necessário para a efetuação de qualquer base de estruturação produtiva ainda
dependem do resguardo estatal. En m, o país abraçou o neoliberalismo econômico
como política de Estado.

Livro
Filme
Unidade 2
Introdução a Economia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
Olá caro(a) aluno(a),

Na unidade anterior vimos os primórdios dos estudos econômicos. Passamos desde


a antiguidade até o período atual, a importância desse estudo justi ca-se a partir de
agora, pois nesta unidade você verá sobre os conceitos de economia, o que é e qual
sua importância. Outro fator importante que será exposto a seguir é relacionado ao
problema econômico fundamental. Você sabe o que é escassez? Sabe quais são
seus re exos na sociedade? Se eu dissesse a você que provavelmente para estar
estudando neste curso agora, antes você teve que fazer uma escolha, por exemplo,
entre estudar ou comprar um carro, ou ainda sua decisão pôde ter sido entre
nanciar uma casa ou entrar na faculdade. Eu estaria errado? Se não, saiba que isso
tem muito a ver com a economia, e suas contribuições com ciência das escolhas.

Você verá também as contribuições dos setores básicos da economia além de poder
a partir deste material distinguir os sistemas econômicos atuais.

Bons estudos!
Conceitos de Economia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Etimologicamente, a palavra ECONOMIA, vem do Grego: OIKOS = casa NOMOS =
norma, Lei. Assim: “OIKOSNOMOS”

 “Administração da casa”
 “Aquele que administra o lar”
 “Administração da coisa pública”

Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de


bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas.
(VICECONTI E NEVES, 2013)

Para Nogami e Passos (2016) a economia é considerada como “uma ciência social
justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e
funciona. A partir de um determinado ponto de vista de que outras ciências sociais
tais como o direito, a sociologia, a antropologia e a psicologia também estudam o
funcionamento da sociedade, a economia por estudar comportamento humano
interagindo com  as organizações  na sociedade também o pode ser reconhecida
como ciência social.

Assim, de acordo com Vasconcellos (2015) “trata-se de uma ciência social, já que
objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas,
provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção”.

Esses fatores de produção são:

mão de obra;
capital;
terra;
matérias-primas.

De acordo com Rossetti (2016, p. 19) “a economia é um estudo da humanidade nas


atividades correntes da vida; examina a ação individual e social em seus aspectos
mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso das condições materiais do bem-
estar”.

Linhas básicas da teoria econômica


Nosso material tem como foco de estudo a análise das duas grandes áreas da Teoria
Econômica:

MICROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento


econômico das unidades individuais de decisão representados pelos consumidores,
pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos. As unidades
individualizáveis da economia, como o consumidor e a empresa, consideradas
isoladamente ou em agrupamentos de nidos por critérios classi catórios
(ROSSETTI, 2016, p. 40).

Figura 1: Compartimentos” usuais da economia: conexões entre principais


segmentos

Fonte: Rossetti (2016)

MACROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da


economia como um todo, procurando identi car e medir as variáveis que
determinam o volume da produção total, o nível de emprego e o nível geral de
preços do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia
mundial. (VICECONTI E NEVES, 2013).

O principal objetivo da teoria econômica é analisar como são determinados os


preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes
na economia (PINHO, 2017 p. 301).
Problema econômico
fundamental

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Pinho et al (2017) ressalta que se todos tivessem uma renda maior, seria fácil
imaginar que nem todos iriam gastar as mesmas proporções em consumo. Desse
modo a caracteriza  então como uma ciência não exata, em que se podem
programar os resultados sem erros.

As necessidades humanas são in nitas ou ilimitadas. Os Fatores de produção


(trabalho, capital e recursos naturais) são nitos ou limitados. É por esses motivos
que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas.
Nunca é demais rea rmar que de forma sucinta a economia é a ciência da escassez.

Para Silva e Azevedo (2017, p. 39) “a escassez é derivada do termo latino excarpus,
que signi ca algo em pouca quantidade, que possui carência, falta ou insu ciência”.

REFLITA
Suponha “se uma quantidade in nita de cada bem pudesse ser
produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente
satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem
fosse, de fato, produzida”

Fonte: Pinho et al (2017, p. 10).

Após entender o signi cado e a importância da economia, cabe explicitar o objeto


de análise da economia, ou seja, a variável “culpada” por todos os problemas
econômicos: escassez.

Se os recursos não fossem escassos, não haveria ciências econômica. Mas o que é
escassez?   Qual o sentido da escassez na economia? Escassez é  situação em que os
recursos são limitados e podem ser utilizados de diferentes maneiras, de tal modo
que devemos sacri car uma coisa por outra. A escassez está relacionada ao tempo,
dinheiro, espaço, matéria prima, empregos, etc. Ou seja, recursos limitados e
necessidades ilimitadas!

A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as


seguintes perguntas:

O que e quanto produzir?


Como produzir?
Para quem produzir?
Veja o quadro a seguir:

Quadro 1: questões fundamentais sobre escassez.

necessidades humanas – o que e quanto


 
ilimitadas produzir

escassez 🡪
x – como produzir
escolha 🡪

recursos produtivos – para quem


 
escassos produzir

A sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo


    O QUE E ou bens de capital, ou, como num exemplo clássico: quer
QUANTO produzir mais canhões ou mais manteiga? em que
PRODUZIR: quantidade? os recursos devem ser dirigidos para a
produção de mais bens de consumo, ou bens de capital?

Trata-se de uma questão de e ciência produtiva: serão


    COMO utilizados métodos de produção capital-intensivos? ou mão
PRODUZIR: de obra-intensivos? ou terra-intensivos? Essa decisão
depende da disponibilidade de recursos de cada país.

A sociedade deve decidir quais os setores que serão


bene ciados na distribuição do produto: trabalhadores,
    PARA
capitalistas ou proprietários da terra? agricultura ou
QUEM
indústria? mercado interno ou mercado externo? Região Sul
PRODUZIR:
ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir como será distribuída a
renda gerada pela atividade econômica.

Fonte: Vasconcellos, (2015).

Lei da Demanda e da Oferta


Lei da Demanda: é a visão do consumidor, expressa a relação inversa existente entre
a quantidade de um bem e seu preço. Quanto mais escasso for um bem, maior será
o seu preço e a abundância ocorrerá o inverso.
Portanto:
                   DEMANDA maior que a OFERTA = a tendência é o preço subir
                   DEMANDA menor que a OFERTA = a tendência é o preço
baixar

Por outro lado, a partir da visão do empresário/produtor a Lei da Oferta: estabelece


uma relação direta entre os preços dos bens e a quantidade ofertada. Assim, quanto
maior o preço, maior é a quantidade ofertada.

Agentes econômicos
São aqueles que agem sobre a economia. São pessoas de natureza física ou jurídica
que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema
econômico. Segundo Nogami e Passos (2016) são eles:

as Famílias (ou unidades familiares);


as Empresas (ou unidades produtivas);e, 
o Governo.

Acompanhe o quadro a seguir:


Quadro 2: Agentes econômicos

incluem todos os indivíduos e unidades


familiares da economia e que, no papel de
consumidores, adquirem os mais diversos tipos
de bens e serviços, objetivando o atendimento
      
de suas necessidades de consumo. Por outro
Famílias
lado, as famílias, na qualidade de “proprietárias”
dos recursos produtivos, fornecem às empresas
os diver- sos fatores de produção: Trabalho,
Terra, Capital e Capacidade Empresarial.

são unidades
encarregadas de
produzir e/ou
comercializar bens e
serviços. A produção é
realizada por meio da
combinação dos fatores
produtivos adquiridos
   
juntos às famílias. Tanto
Empresas
na aquisição de
recursos produtivos
quanto na venda de
seus produtos, as
decisões das empresas
são guiadas pelo
objetivo de se conseguir
o máximo lucro.

por sua vez, inclui todas as organizações que,


direta ou indiretamente, estão sob o controle do
Estado, nas suas esferas federais, estaduais e
municipais. Muitas vezes o governo intervém no
sistema econômico atuando como empresário e
produ- zindo bens e serviços através de suas
     empresas estatais; em outras, age como
Governo compra- dor – quando, além de contratar
serviços, adquire materiais, equipamentos etc. –,
tendo em vista a realização de suas tarefas;
outras vezes, ainda, o governo intervém no siste-
ma econômico por meio de regulamentos e
controles com a nalidade de disciplinar a
conduta dos demais agentes econômicos.

Fonte: Nogami e Passos (2016, p.16)


Setores básicos da
Economia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
As atividades produtivas são divididas em três setores, são eles:

1. Setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas


minerais animais ou vegetais.
2. Setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são
transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor nal.
3. Setor terciário: este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não
ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema
econômico. É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços,
como as instituições nanceiras, escolas, hospitais, transportes, comércio etc.

Veja o detalhamento no quadro 3.


Quadro 3 - atividades produtivas

ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE PRODUÇÃO

Culturas permanentes. Culturas temporárias extensivas.


Lavouras
Horticultura. Floricultura.

Produção Criação e abate de gado e aves. Pesca. Caça. Derivados da


animal produção animal.

Extração Produção orestal: silvicultura e re orestamento para


vegetal usos múltiplos. Extração de recursos orestais nativos.

ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE PRODUÇÃO

Indústria
extrativa Extração de minerais metálicos e não metálicos.
mineral

Transformação de minerais não metálicos. Siderurgia e


metalurgia. Material eletroeletrônico e de comunicações.
Material de transporte. Bene ciamento de madeira e
Indústria de mobiliário. Celulose, papel e papelão. Química. Produtos
transformação farmacêuticos e veterinários. Borracha. Produtos de
matéria plástica. Produtos de higiene e limpeza. Têxtil,
vestuário, calçados e artefatos de couro. Produtos
alimentares. Bebidas. Fumo. Editorial e grá ca.

Indústria da Obras públicas. Construções e edi cações para ns


construção residenciais e não residenciais.

Atividades Produção, transmissão e distribuição de energia elétrica.


semi- Gás encanado. Tratamento de esgotos. Potabilização e
industriais distribuição de água.

ATIVIDADES TERCIÁRIAS DE PRODUÇÃO

Comércio exterior. Comércios internos atacadista e


Comércio
varejista, subagrupados segundo grandes ramos.

Intermediação Instituições reguladoras e de emissão monetária. Bancos


nanceira comerciais e de desenvolvimento. Sociedades de crédito,
nanciamento e investimento. Seguros. Capitalização.
Atividades complementares dos mercados monetário,
nanceiro, de capitais e cambial.

Transportes e Transportes aéreos, ferroviários, hidroviários e rodoviários.


comunicações Comunicações. Telecomunicações.

Administração pública direta e autarquias, das diferentes


Governo
esferas de governo: central, estadual, municipal.

Assistência à saúde. Educação e cultura. Hospedagem e


Outros alimentação. Conservação e reparação de máquinas,
serviços veículos e equipamentos. Lazer. Atividades pro ssionais
liberais.

Fonte: Rossetti (2016)

Bens e serviços
Os bens e serviços de acordo com Nogami e Passos (2016) são tudo aquilo capaz de
atender uma necessidade humana.

Bens segundo Rossetti (2016, p. 126):

“é a denominação usual de produtos tangíveis, resultantes de


atividades primárias e secundárias de produção. É a denominação
genérica dos produtos que provêm das atividades agropecuárias e das
diferentes categorias de atividades industriais, de transformação e de
construção.” 

Por que os bens e serviços são procurados? Porque são úteis ou seja, atendem a
necessidade humana

Os bens podem ser classi cados, quanto a raridade, em:

Livres: aqueles cuja a quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum
esforço humano. Ex: Luz solar, ar, mar, etc.
Econômicos: são escassos, tem valor de mercado e precisam de esforço
humano para produzi-los. Ex: carro, computador, caneta, etc.

Os bens econômicos são classi cados, quanto a natureza, em:                                   


Materiais: são tangíveis: consumo - e a eles podemos atribuir características
como peso, altura etc. Ex: roupa, caderno; capital – equipamentos;
intermediários – Livro, borracha, etc.
Imateriais ou serviços: são intangíveis: Ex: consulta médica, aula, os serviços de
um advogado, os serviços de transporte, etc.

Os bens podem ser classi cados também em: bens de consumo; bens de capital;
bens nais; bens intermediários; bens privados e bens públicos.

Acompanhe o detalhamento no quadro a seguir.

Quadro 4 - Outros bens: detalhamento

São aqueles diretamente utilizados para a satisfação das


necessidades humanas. Podem ser de uso não durável,
Bens de ou seja, que desaparecem uma vez utiliza- dos
consumo (alimentos, cigarros, gasolina etc.), ou de uso durável, que
tem como característica o fato de que podem ser usados
por muito tempo (moveis eletrodomésticos etc.).

(ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que


Bens de permitem produzir outros bens. São exemplos de Bens
capital de Capital as maquinas, computadores, equipamentos,
instalações, edifícios etc.

Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital


são classi cados como Bens Finais, uma vez que já́
Bens nais
passaram por todos os processos de transformação
possíveis, signi cando que estão acabados.

São aqueles que ainda precisam ser transformados para


atingir sua forma de nitiva. A título de exemplo,
Bens
podemos citar o fertilizante utilizado na produção de
intermediários
arroz, ou o aço, o vidro e a borracha utilizados na
produção de carros.

São os produzidos e possuídos privadamente. Como


Bens privados
exemplo temos os automóveis, aparelhos de televisão etc.

Referem-se ao conjunto de bens gerais fornecido pelo


Bens públicos setor público: educação, justiça, segurança, transportes
etc.

Fonte: Nogami e Passos (2016, p. 11)


Fatores de produção
Para produzir bens e serviços são os fatores de produção ou recursos produtivos.
Mas o que são fatores de produção?

São os elementos, limitados, utilizados no processo de fabricação dos mais variados


tipos de bens que irão satisfazer as necessidades humanas ilimitadas. Eles são
“constituídos pelas dádivas da natureza, pela população economicamente
mobilizável, pelas diferentes categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas
e empresarial”. (ROSSETTI, 2016 p. 65). Respectivamente, são as seguintes as
denominações usuais desses recursos (como são classi cados):

Recursos naturais ou terra → é a origem de todo o processo produtivo. Ex:


minerais, água, sol, etc;
Trabalho →  é a contribuição do ser humano na produção. Pode ser físico ou
intelectual. Ex: Trabalho de um agricultor no campo ou uma consulta médica;
Capital → são bens utilizados no processo produtivo. Ex: máquinas,
construções, infraestrutura, etc…
Tecnologia→  é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que
dão sustentação ao processo de produção. O quadro 4 demonstra em detalhes
esse conjunto de conhecimentos e habilidades que se dá a denominação
genérica de capacidade tecnológica.
Quadro 5 - Capacidade tecnológica: conceito e tipologia.

Conjunto de conhecimentos e de habilidades que dão


sustentação ao processo de produção.
Conceitualmente corresponde às expressões savoir
faire (saber fazer) ou know-how (como fazer). Localiza-
se em todos os elos de todas as cadeias produtivas.
Está presente em todos os setores e em todas as
Capacidade
atividades humanas de produção. Envolve, de um lado,
tecnológica
os conhecimentos acumulados sobre as reservas
naturais; de outro lado, a capacitação do quadro
demográ co; de outro ainda, a con guração e o
desempenho dos bens de capital e dos bens e serviços
gerados. Nesse sentido, é um elo de ligação entre o
capital e a força de trabalho.

Capacitação para atividades de pesquisa e


desenvolvimento (P&D).
Tipologia da
Capacitação para desenvolver e implantar novos
capacidade
projetos.
tecnológica
Capacitação para operar os processos de produção.

Traduz-se pelo talento, pelo conhecimento e pelas


habilidades requeridas para atividades de pesquisa
Capacitação básica e aplicada. Envolve tecnologias de
para P&D armazenamento, processamento, interpretação, fusão
e interação de conhecimentos técnico-cientí cos.
Fundamentalmente, resulta em invenções. 

Traduz-se por conhecimentos e habilidades para


Capacitação formatar projetos de novos processos e de novos
para produtos. Envolve a seleção e a combinação de
desenvolvimento tecnologias tradicionais dominadas e de última
e implantação geração para de nir plantas e viabilizar a produção de
de projetos protótipos em escala econômica. Fundamentalmente,
é a passagem da invenção à inovação.

Traduz-se por capacidades associadas à operação do


processo produtivo. Envolve habilidades relacionadas à
Capacitação manutenção de plantas, ao planejamento e controle
para operar o da produção, à otimização de processos e ao controle
processo de da qualidade dos produtos resultantes. Diz respeito
produção também aos relacionamentos com os demais
integrantes a jusante e a montante da cadeia
produtiva em que cada atividade se situa.
Fonte: Rossetti (2016)

Empresariedade → a mobilização, a interação e a combinação dos recursos


fundamentais de produção pressupõem a existência de um quinto fator de alta
relevância: a capacidade de empreendimento.

Curva de Transformação e o Custo de


oportunidade
Como foi exposto anteriormente, a economia está ligada ao problema da escolha.
Isso muito provavelmente não lhe era novidade, visto que muito provável ou
certamente você já teve que escolher adquirir alguma coisa em relação à outra. E
por que isso acontece mesmo? Vale lembrá-lo que para responder a essa questão
basta se lembrar  que os recursos são limitados e as necessidades ilimitadas.

Em outras palavras, é imposto às empresas uma escolha para a produção de


diversos tipos de  bens.

Para ilustrar, será descrito a seguir uma breve situação hipotética:

a) Uma economia produz dois tipos de bens: X e Y;

b) A quantidade e qualidade dos recursos é xa;

c) Existe pleno emprego;

d) A tecnologia é constante.

Essa Fronteira ou  Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também é


costumeiramente identi cada como a Curva de Transformação, “é a fronteira
máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a
tecnologia” (VASCONCELLOS, 2015 p. 10). Através de sua análise será possível obter a
percepção das alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos
disponíveis plenamente empregados.

A quantidade de cada bem que pode ser produzido dado a quantidade de fatores
de produção disponíveis pode ser melhor acompanhado na tabela 1.
Tabela 1 - Tabela representativa das possibilidades de produção.

QUANT. QUANTIDADES QUANT.


BEM
MAX. X INTERMEDIÁRIAS MAX. Y

X 0 10 15 20 30

Y 55 45 25 5 0

PONTO A B C D E

Fonte: o autor.

A tabela pode ser representado no grá co 1, como:

Grá co 1 - Curva de transformação ou possibilidades de produção.

Fonte: o autor.

Curva de transformação mostra a possibilidade de produzir bens dada uma certa


quantidade de fatores de produção A situação anterior apresenta o custo de
oportunidade, no qual as empresas deverão “abrir mão” da produção de um bem
para produzir outro. Assim:

Trata-se de uma curva das possibilidades de produção ou curva de


transformação;
No limite da curva (pontos A, B, C, D e E) algumas respostas para as
possibilidades de produção poderão ser obtidas, tais como:
representa o que melhor está cotado no mercado no momento.
representa o sacrifício de escolher o que produzir dado a falta de
espaço disponível para produzir vários produtos.
Falta de tempo para produzir mais.
Mudanças nos rumos estratégicos dos negócios. Etc.

Pode-se de nir custo de oportunidade como todo sacrifício de se transferir os


recursos de uma atividade para outra, ou seja, é a quantidade de um bem ou serviço
a que se deve renunciar para obter outro.
Sistemas Econômicos

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
A forma de comprar e vender bens, os impostos que se paga, o tipo de máquina
utilizados pelas empresas, etc variam de país para país.

Engloba todos os métodos pelos quais os recursos são alocados e os bens e serviços
distribuídos.

“Sistemas econômicos são arranjos historicamente constituídos, a partir dos quais os


agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir via produção,
distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos institucionais de
controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores produtivos até
as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes” (ROSSETTI,
2016, p. 141).

É formado por um conjunto de organizações que fazem com que os recursos


escassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É composto por:

a) Estoque de fatores de produção;

b) Empresas;

c) Instituições;

Sistema Socialista
A base do socialismo é a propriedade coletiva ou estatal dos recursos produtivos.
Estado toma todas as decisões. As indústrias são propriedade da sociedade como
um todo. O controle da propriedade é mantido pelo Estado para, supostamente, o
benefício da sociedade.

Para Rossetti (2016, p. 21) “o binômio produção-distribuição (entendendo-se


distribuição no sentido de processo distributivo ou, mais simplesmente, como
repartição) é a base a partir da qual a perspectiva socialista construiu sua
concepção”. Essa concepção é sobre a matéria de que se ocupa a economia.

Sistema capitalista
Para Comparato (2014) usando uma consagrada expressão de Gramsci, uma das
principais justi cativas desse  sistema intitulado de capitalista, que foram
apresentadas pelos seus intelectuais, sempre foi a de que, embora provocando
necessariamente uma situação de desigualdade socioeconômica, ele é insuperável
em matéria de produção de bens.

Algumas características do sistema capitalista:

Fatores de produção, bens de consumo e dinheiro são propriedades privada;


Controle da economia é via sistema de preços;
Incentivo para a produção é o lucro;
As empresas são competitivas;
O papel do governo é limitado.
SAIBA MAIS
Qual a diferença entre comunismo e socialismo?

As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem signi cados nem


sempre muito precisos. Numa explicação bem resumida, daria para
dizer que, segundo a teoria marxista, o socialismo é uma etapa para se
chegar ao comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de
organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando o
desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No
socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens
em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no
comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de
seu trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina
Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Mas essas duas expressões também pode assumir outros signi cados.
“Pode-se entender o socialismo, num sentido mais limitado,
signi cando as correntes de pensamento que se opõem ao comunismo
por defenderem a democracia. Em contraposição, o comunismo serviria
de modelo para a construção de regimes autoritários”, a rma o
historiador Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) em Assis (SP).

Os especialistas são quase unânimes em a rmar que nunca houve um


país comunista de fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam
até mesmo a existência de nações socialistas. “Os países ditos
comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem
nas idéias marxistas. Contudo, para os críticos de esquerda, esses países
sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes,
nos quais uma burocracia ligada a um partido único exerce o poder em
nome dos trabalhadores”, diz o sociólogo Marcelo Ridenti, também da
Unicamp.

Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa,


sob liderança da União Soviética, um bloco de nações chamadas de
comunistas. “Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo
perseguições contra dissidentes. A sociedade comunista, justa e
harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, a rma Cristina.

ACESSAR
Conclusão - Unidade 2

Aqui, encerramos mais uma unidade da nossa disciplina de economia. Neste capítulo
vimos os conceitos de economia, uma ciência social justamente porque tais ciências
estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona. objetiva atender às
necessidades humanas.

O estudo da economia segue duas linhas básicas teóricas: microeconomia que é o


ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades
individuais de decisão representados e a macroeconomia, sendo que esta é o ramo
da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. A
partir dessas distinções, a economia procura resolver um problema que
fundamentalmente norteia toda sua base de estudos.

Vimos que as necessidades humanas são in nitas ou ilimitadas. Os Fatores de


produção (trabalho, capital e recursos naturais) são nitos ou limitados. É por esses
motivos que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das
escolhas. A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as
seguintes perguntas: o que e quanto produzir? como produzir? para quem produzir?
A ação dos agentes econômicos que são aqueles que agem sobre a economia,
denominados como famílias (ou unidades familiares), empresas (ou unidades
produtivas) e governo. Estudamos também sobre o setor primário: são atividades
agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas minerais animais ou vegetais; setor
secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são transformadas em
produtos acabados, prontos para o consumidor nal; e, setor terciário: que se
diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora seja
de grande importância no sistema econômico.

Por m, apresentamos os sistemas econômicos, arranjos historicamente constituídos,


a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a
interagir via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de
mecanismos institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o
emprego dos fatores produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de
cada um dos agentes.
Leitura complementar
Coronavírus começa a atingir economia na China

Informações divulgadas ontem (26), por autoridades chinesas em coletiva de


imprensa, revelaram que o coronavírus está começando a afetar a economia. Além de
inibir o deslocamento da população pelo país, o alerta pelo risco de contaminação
atrasará também o cronograma chinês. Depois de cancelar as comemorações do Ano
Novo, o coronavírus impossibilitará o retorno às aulas e aos postos de trabalho.

Em primeiro lugar, as consequências do coronavírus foram sentidas no setor dos


transportes. Com a restrição de deslocamentos por trem, ônibus e avião, o uxo de
passageiros, seja por turismo ou por mobilidade, teve redução. De acordo com o vice-
ministro de Transportes, Liu Xiaoming, no sábado (25), as viagens, em geral,
despencaram 28,8% em relação a 2019.

Ainda segundo os dados apresentados por Xiaoming, o declínio foi representativo,


especi camente, em viagens aéreas civis (41,6%), de trem (41,5%) e rodoviárias (25%).
Inclusive, no domingo (26), a China Railway Chengdu anunciou a interrupção de
diversas rotas de trem de alta velocidade. Até Xangai, centro nanceiro mundial e a
maior cidade da China, faz parte dos percursos que sofrerão a paralisação. Devido ao
coronavírus, esse recesso terá início já nos próximos dias e deve ter m no início de
fevereiro.

No entanto, a avaliação governamental é de que os efeitos das interrupções gerarão


problemas de longo prazo para a China.

Combate ao coronavírus

Apesar das exigências com a higiene, como a obrigatoriedade do uso de máscaras


faciais, há uma escassez de materiais. Além das máscaras, faltam também kits de
teste de coronavírus e roupas especiais de proteção. Diante disso, o governo assumiu
a carência de suprimentos, especialmente na cidade de Wuhan, epicentro da doença.
Outro ponto crítico é o desequilíbrio entre a demanda e o montante de produção.
Segundo o vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Wang Jiangping,
40% da capacidade total de produção foi ativada. A ação é um esforço para atender a
essas necessidades, mesmo com a pausado feriado do Ano Novo no país.

Por isso, o Ministério das Finanças da China emitiu cerca de 1,6 bilhões de dólares em
subsídios para assistência médica, compra de equipamentos e outros esforços. Assim
como as autoridades estão trabalhando para aumentar a equipe médica e
disponibilizar mais leitos hospitalares.
Disponível em:

ACESSAR

Livro
Filme
Unidade 3
Microeconomia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
A partir desse momento faremos uma divisão em nosso estudo sobre economia.
Nesta e na próxima unidade deste material abordaremos os assuntos ligados à
micro e macroeconomia.  

Aqui especi camente trataremos sobre a microeconomia e seus derivados. Você


verá adiante os conceitos que norteiam o estudo microeconômico e entender os
tipos de análise que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal análise.  

Vamos conceituar também demanda, oferta e equilíbrio de mercado e ver a


importância estabelecida entre elas e obviamente compreender o que é demanda e
o que é oferta, além de sua in uência na economia.

Por m, abordaremos as teorias de mercado.

Bons estudos!
Microeconomia: conceitos

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
A microeconomia é o ramo ligado a Teoria Econômica que estuda como se
comporta economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos
consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos
(VICECONTI; NEVES 2013).

Para Mankiw (2013, p. 28) “ microeconomia é o estudo de como as famílias e


empresas tomam decisões e de como elas interagem em mercados especí cos”.

O estudo da microeconomia foca em analisar a formação de preços no mercado, ou


seja, a interação entre os agentes econômicos, a empresa e o consumidor, por
exemplo, e como estes interagem e decidem qual o preço e a quantidade de
determinado bem ou serviço em mercados especí cos” (VASCONCELLOS, 2015).
Análise Microeconômica

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Pressupostos básicos
A hipótese coeteres paribus (ceteris paribus)
Ao empregar o uso de tal hipótese, está sendo a rmado que o foco de estudo é
dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda
nele exercem, supondo que outras variáveis inter ram muito pouco, ou que não
inter ram de maneira absoluta. Tudo o mais permanece constante.   Isto signi ca
que a validade das leis e dos modelos econômicos implica que sejam mantidos
constantes todos os demais fatores que podem interferir nas magnitudes das
variáveis sob observação.  Rossetti (2016, p. 57) salienta que essa expressão “signi ca
mantidos inalterados todos os demais fatores ou, então, permanecendo iguais todos
os demais elementos”.

É exatamente a esta particularidade que os economistas se referem quando


empregam a expressão latina ceteris paribus:

Mantidos inalterados todos os demais fatores;


Permanecendo iguais todos os demais fatores.

Objetivos da empresa
A grande questão na microeconomia, reside na hipótese adotada quanto aos
objetivos da empresa produtora de bens e serviços. A análise tradicional supõe o
princípio da racionalidade (homo economicus) segundo o qual o empresários
sempre buscam a maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos
de que dispões.
SAIBA MAIS
O homo economicus é o homem econômico racional, ou seja, aquele
indivíduo que identi ca suas preferências e processa todas as
informações disponíveis. Além disso, suas escolhas são sempre
consistentes e referendadas pelo uso da razão. Ainda de acordo com a
economia racional, esse homem é descrito como alguém que evita
trabalho desnecessário usando o julgamento racional. Nesse sentido,
ele consegue sempre maximizar sua riqueza. Finanças
Comportamentais: Veja 6 truques da mente contra você Ou seja, o
homo economicus sempre analisa todos os custos de oportunidades
envolvidos na tomada de decisão. Então ele faz as escolhas mais
acertadas e consequentemente otimiza seus resultados.

Fonte: Suno Research

ACESSAR

Dessa corrente surgem conceitos de receita marginal, custo marginal e


produtividade marginal ao invés de médias.
Aplicações da Análise
Microeconômica

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Análise microeconômica ou ainda teoria dos preços é a parte do estudo dedicada
em explorar, como parte da ciência econômica obviamente, como se determina o
preço dos bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também dos fatores de 
produção.

Essa análise preocupa-se em responder, também, algumas questões


aparentemente rotineiras, um exemplo delas é:

porque, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada


desse bem deve cair, ceteris paribus?

Analise microeconômica: empresas


De acordo com Rossetti (2016, p. 145) “as empresas são os agentes econômicos para
os quais convergem os recursos disponíveis da economia, mobilizados para ns
produtivos”.   Do ponto de vista microeconômico as análises realizadas pelas
empresas condizem com decisões que podem ser tomadas por elas a partir da
análise da microeconomia, elas devem considerar, por exemplo:

Políticas de preços da empresa;


Previsões de demanda e faturamento;
Previsões de custo de produção;
Decisões ótimas de produção ( escolha da melhor alternativa);
Avaliação e elaboração de projetos de investimento( custo-benefício);
Politica de propaganda e publicidade;
Localização da empresa;
Diferenciação de mercados.

Analise microeconômica: política


econômica
São decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e à política e à
programação econômica do setor público. Consistem:

Avaliação de projetos de investimentos públicos;


Efeitos de impostos sobre mercados especí cos;
Política de subsídios;
Fixação de preços mínimos na agricultura;
Fixação do salário mínimo;
Controle de preços;
Política salarial;
Política de preços e tarifas públicas (água, luz e outras);
Fixação de tarifas alfandegárias;
Leis antitruste (defesa da concorrência).

Para Vasconcellos (2015, p.15) “as políticas econômicas governamentais (políticas


salariais, políticas assistencialistas, gastos com educação etc.) in uenciam direta e
indiretamente na mobilidade social”.
Demanda e oferta de
mercado

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Conceito de Demanda
A demanda ou procura pode ser de nida como a quantidade de um determinado
bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de
tempo.

Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço


que os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua
renda, seus gastos e o preço de mercado. Representa um desejo, um
plano: o máximo a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os
preços no mercado (VASCONCELLOS 2015, p.31).

A procura depende de variáveis que in uenciam a escolha do consumidor. São elas:


o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e o gosto
ou preferência do indivíduo. Para estudar-se a in uência dessas variáveis utiliza-se a
hipótese do coeteris paribus (Ceteris paribus), ou seja, considera-se cada uma
dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor.

Demanda é o mesmo que quantidade demandada? Embora tendam a ser utilizados


como sinônimo existe distinção entre demanda e quantidade demandada, esses
termos têm signi cados diferentes.

Essa relação entre preço e quantidade demandada se aplica à maioria


dos bens existentes na economia e, de fato, ela é tão universal que os
economistas a chamam lei da demanda: com tudo o mais mantido
constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade
demandada deste diminui; quando o preço diminui, a quantidade
demandada do bem aumenta (MANKIW 2013, p. 65).

Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a
determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos entender um
ponto especí co da curva relacionando um preço a uma quantidade.
Grá co 1 - Demanda ou quantidade demandada.

Fonte: o autor.

No grá co 1 é possível perceber a relação entre demanda e quantidade demandada


ao ponto de que por exemplo considerando o fator preço (céteris páribus) ao ponto
de que se este subir a demanda/quantidade demandada tende a reduzir. A mesma
regra se aplica quando inversamente analisado. A curva de demanda é
negativamente inclinada, pois ao ponto de que o preço sobe as quantidades
demandadas tendem a baixar ou conforme citado acima, analisando pelo ponto de
vista de que se o preço baixar as quantidades procuradas tende a subir.

Conceito De Oferta
A oferta é conceituada como sendo as várias quantidades que os produtores
desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. “É a quantidade
que os vendedores querem e podem vender” (MANKIW 2013, p. 71).

Da mesma maneira que foi exposto quando tratamos da demanda, a oferta


depende de vários fatores. Dentre eles, destaca-se seu próprio preço, dos demais
preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e da
tecnologia.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 77) lei da oferta, “refere-se ao fato de que quanto mais
elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do empresário
em disponibilizar o seu produto para os consumidores, coeteris paribus”.

Grá co 2 - Oferta

Fonte: o autor.

Equilíbrio de mercado
A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de
equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Grá co 3 - Equilíbrio de mercado.

Fonte: o autor.

Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E) ou seja, ao se cruzarem,


teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que
atendem às aspirações, necessidades dos consumidores e dos produtores de forma
simultânea.

Quando a quantidade ofertada estiver abaixo daquela de equilíbrio “PE” (A, por
exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição
entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as
ofertadas. Formar-se-ão las, o que forçará a elevação de preços, até atingir-se o
equilíbrio, quando as las cessarão. Más se a quantidade ofertada se encontrar
acima do ponto de equilíbrio “PE” (B, por exemplo), haverá um excesso ou excedente
de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que poderá
provocar uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos
preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio (VASCONCELLOS 2015, p. 55) .

Dessa forma visando a equidade, o governo pode intervir na formação de preços no


mercado através de:

1. Impostos;
2. Subsídios;
3. Tabelamento;
4. Fixação de preços mínimos;
5. Congelamentos de preços e salários;  Etc.

Elasticidade
É possível explicar a elasticidade como o grau de reação de um produto à variação
de, por exemplo, seu preço, isto é, a elasticidade demonstra uma relação entre o
efeito nas quantidades demandadas ou ofertadas de determinado produto e as
causas que o determina, sob a condição de coeteris/céteris paribus.

Para resumir podemos conceituar elasticidade com o grau de reação ou de


sensibilidade de um bem ou serviço à variação de, seu preço, preço dos produtos
substitutos ou complementares e renda do consumidor. “A elasticidade é uma
medida do tamanho da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das
condições do mercado” (MANKIW 2013, p. 87).

Sua metodologia de cálculo parte da análise do quociente entre a variação


percentual da quantidade em função da variação percentual de outra variável, que
lhe provoque alguma mutação, como o preço do próprio bem ou serviço. Ela poderá
ser calculada no ponto ou num intervalo ou arco.

Elasticidade-Preço da Demanda
Sua função é avaliar a reação da quantidade da demanda de um bem ou serviço em
relação às variações em seu preço. Essa é a visão do quando considerado o lado do
consumidor.

A elasticidade-preço da demanda pode ser de nida “como sendo a relação entre a


variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço”
(VASCONCELLOS 2011 p. 8).

Algebricamente, a elasticidade-preço da demanda pode ser representada por:

ΔQ

Q
Edp = onde :
ΔP

ΔQ = Variação na quantidade demandada

ΔP = Variação no preço
Figura 1 - A elasticidade-preço da procura

Fonte: Rossetti (2016, p. 432)

Elasticidade-Preço da Oferta
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, a
gura 2 mostra perfeitamente essa relação de raciocínios. No entanto, neste caso
que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e
quantidade ofertada é direta.
Figura 2 - A elasticidade-preço da procura

Fonte: Rossetti (2016, p. 433)

“A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada


res- ponde a mudanças no preço. A oferta de um bem é chamada
elástica se a quantidade ofertada responde substancialmente a
mudanças no preço. A oferta é chamada inelástica se a quantidade
ofertada responde pouco a mudanças no preço” (MANKIW 2013, p. 96).
Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a
ofertar, coeteris paribus.
Teoria da produção

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Conceito da Teoria da Produção
A Teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os
produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles
produzidos.

Produção é o processo pelo qual uma rma transforma os fatores de


produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no
mercado. Assim, a rma é uma intermediária: compra insumos (inputs,
fatores de produção), combina-os segundo um processo de produção
escolhido e vende produtos (outputs) no mercado (VASCONCELLOS,
2015 p. 113)

Para que essa teoria seja melhor entendida, antes, devemos nos ater aos conceitos
de rma e posteriormente na de nição da função de produção:

Firma, ou empresa: Na Teoria da Produção, não há interesse em de nir a


empresa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, aqui, a empresa será
apenas uma unidade técnica de produção. Em decorrência, o empresário será
o proprietário ou pessoa que administra a rma (SILVA; LUIZ, 2010).

Vasconcellos (2015, p. 143) destaca como objetivo proposto pelas rma a “maximizar
lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade
sobre os custos etc”.

Função de produção: que é uma relação técnica entre as quantidades


empregadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou
serviço, podendo ser representada pela expressão:

Q= f (K, L) em que:
Q= quantidade produzida do bem;
K=  quantidade empregada de fator capital;
L=  quantidade empregada de fator trabalho;

Essa expressão signi ca que a quantidade produzida do bem depende, ou “é


função”, das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho. “No qual
insumos tais como serviços de mão de obra, matéria-prima e serviços de bens de
capital são transformados em um produto nal” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E
BARBIERI, 2011, p. 147).

Lei dos Rendimentos Decrescentes


Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da Teoria da
Produção, é o da Lei ou Princípio dos Rendimentos Decrescentes, que trata sobre
quando elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo xa a
quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará as taxas
crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável,
continuará a crescer, mas a taxas que tendem a cair continuando o incremento da
utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois
diminuir.

A Lei dos Rendimentos Decrescentes se refere a uma teoria que explica


o motivo por aumentos nas quantidades produzidas serem cada vez
menores em relação ao acréscimo de unidades produtivas no processo
de produção de um bem ou serviço. A teoria defende que a e ciência
produtiva diminui a cada novo fator de produção incrementado ao
mesmo fator xo (SILVA; FERNANDES, 2017 p. 57).

Se considerarmos como exemplo dois fatores: terra ( xo) e mão-de-obra (variável) é


possível veri car que, se várias combinações de terra e mão-de-obra forem utilizadas
para produzir um item como o feijão e se a quantidade de terra for mantida
constante, os aumentos da produção dependerão do aumento da mão-de-obra
empregada na lavoura para sua efetiva produção. 

Assim, a produção deste item aumentará até certo ponto e depois cairá, isto é, a
maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra,
permitirá que a produção cresça até um certo ponto (máximo) e depois passe a
diminuir. Como a proporção entre os fatores xo e variável vai se alterando, quando
aumenta a produção, essa lei também é chamada de Lei das Proporções Variáveis.

Custo de Oportunidade
São os custos relacionados às oportunidades deixadas de lado por determinado
indivíduo ou empresa, num espaço de tempo especí co. Essa situação é mais fácil
de ser veri cada se tomarmos por base o exemplo de uma empresa que possua
galpão próprio. Enquanto os contadores normalmente contabilizam o custo igual a
zero na utilização desse galpão, mesmo que ele abrigue as máquinas da própria
empresa, os economistas identi cam nessa situação uma possibilidade de ganho,
pois o empresário poderia receber algum tipo de receita não operacional, caso ele
alugasse esse galpão. Dessa forma, os aluguéis não recebidos correspondem ao
custo de oportunidade (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011).

Custos Fixos e Variáveis


De acordo com Vasconcellos (2015, p. 127) “custos contábeis são aqueles
normalmente lançados na contabilidade privada, ou seja, são custos explícitos, que
sempre envolvem um dispêndio monetário”.

São os gastos efetivos contabilizados no balanço da empresa, que podem ser:


a) Custos Fixos: Ele independe da produção, não varia de acordo com seu volume e é
representado por fatores xos, como aluguel, IPTU etc. - ,que são denominados,
contabilmente, custos indiretos.

b) Custos Variáveis: Esse custo depende da produção e varia de acordo com seu
volume. É representado por fatores variáveis – como mão-de-obra, matéria-prima
etc. – e são denominados, contabilmente, custos diretos.

Custos Médio e Marginal


Custo Total Médio: é o resultado do quociente do custo total pela quantidade total
produzida, também conhecido como custo unitário.

Custo T otal
CTM e =
T otal P roduzido

Custo Marginal: Também denominado custo incremental, é o resultado da produção


de uma unidade adicional de produto. Podemos calculá-lo pelo quociente da
variação do custo total pela variação da quantidade total produzida. Sua ocorrência
só é possível para o custo variável, uma vez que os custos xos não variam em
função da produção. 

ΔCV T
CTM g =
Δ Quantidade T otal

Economias e Deseconomia de Escala


As economias de escala ocorrem quando a curva de custo total médio de longo
prazo decresce com o aumento da produção, já as deseconomias de escalas
ocorrem quando a curva de custo total médio se eleva com a produção (MANKIW,
2013)

Quanto às economias de escala podemos destacar três possíveis causas para sua
ocorrência. São elas:

a)  Economia de escala na fábrica – está ligada ao investimento no capital xo e


humano, trazendo ganhos provenientes da especialização, que, por sua vez, estão
relacionados à produtividade dos fatores, ou seja, estão relacionados aos aumentos
mais que proporcionais da capacidade produtiva em relação aos custos de
produção. Também podemos ter o que chamamos de economias de escopo, que
re etem os benefícios de menores custos ao se produzir dois ou mais produtos em
conjunto em vez de separados.

b) Economia de escala no produto – está relacionada ao aumento da especialização


dos fatores quando a produção de um único e especí co produto, por exemplo a
mão-de-obra, tende a se tornar cada vez mais quali cada para a elaboração de um
produto por causa das repetidas vezes que lida com ele. Esse fato está ligado à curva
de aprendizado, que se re ete diretamente nos custos.

c)  Economia de escala ligada à empresa – são várias as vantagens que esse tipo de
economia pode trazer, e dentre as mais importantes destacamos:

Vantagens de produção e distribuição – quando se possui muitas fábricas e


produtos, são vários os benefícios relacionados à logística da produção e
distribuição, originados por essas múltiplas operações;
Vantagens provenientes das inovações tecnológicas – como é o caso da
Pesquisa de Desenvolvimento (P&D) de produtos, que é algo bastante oneroso.
Essa tarefa é muito mais fácil para as grandes empresas, ou para grupos delas,
do que para as pequenas;
Vantagens para se levantar recursos nanceiros – em razão de seu tamanho e
suas garantias, é muito mais fácil para as grandes empresas levantarem
recursos, quer por intermédio de nanciamentos ou empréstimos, quer pelo
lançamento de seus papéis no mercado acionário;
Vantagens ligadas ao marketing e à promoção de vendas – é muito comum os
grandes grupos terem o próprio pessoal e até mesmo o próprio veículo de
divulgação para seus produtos, além disso, em função da quantidade de
eventos, ca mais fácil a negociação com os agentes de comunicação.

Quanto às deseconomias de escala, pode-se destacar como suas principais causas


os seguintes fatores:

Problemas administrativos ligados à coordenação e controle das


operações, à medida que elas aumentam de escala;
Falta de mão-de-obra especializada, levando as empresas a
elevarem os salários para conquistarem ou manterem seus
técnicos, causando pressões sobre o custo variável;
Problemas logísticos na distribuição dos produtos, quando há
uma única fábrica, distante dos centros consumidores, isso
provoca elevação dos custos de transporte.
Teoria de Mercado

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três
características:

1. Número de empresas que compõem esse mercado;


2. Tipo do produto (se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
3. Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.

Concorrência pura ou perfeita


É um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de
tal forma que uma empresa, isoladamente, por ser pouco expressiva, não afeta os
níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio.

Num sistema de concorrência pura ou perfeitamente competitivo,


predomina o laissez-faire: milhares de produtores e milhões de
consumidores têm condições de resolver os problemas econômicos
fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como que
guiados por uma “mão invisível”. Isso sem a necessidade de
intervenção do Estado na atividade econômica (VASCONCELLOS, 2015
p. 5).      

É um mercado pulverizado, pois é composto de um número considerável de


empresas. Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes premissas:

Produtos homogêneos: Não existe diferenciação entre produtos ofertados


pelas empresas concorrentes.
Não existem barreiras: para o ingresso de empresas no mercado.
Transparência do mercado: todas as informações sobre lucros, preços etc., são
conhecidas por todos os participantes do mercado.

Monopólio
O mercado monopolista se caracteriza por apresentar condições diametralmente
opostas às da concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, uma única empresa
dominando inteiramente a oferta e, do outro, todos os consumidores. Não há,
portanto, concorrência, nem produto substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os
consumidores se submetem `às  condições impostas pelo vendedor, ou
simplesmente deixarão de consumir o produto.
Monopólio é um termo que tem origem grega. Mono signi ca “um” e
polein, “vender”. Ele consiste em uma das principais estruturas de
mercado. Tem como principal característica a ausência de
concorrentes. A concorrência ocorre quando há disputa entre as várias
empresas atuantes no mesmo segmento, com o intuito de atrair fatias
maiores de clientes e, portanto, obter lucros mais elevados (SILVA;
AZEVEDO, 2017, p. 212)

Para Vasconcelos (2015) a existência de monopólios, deve haver barreiras que


praticamente impeçam a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras
podem advir das seguintes condições:

Monopólio puro ou natural: Ocorre quando o mercado, por suas próprias


características, exige a instalação de grandes plantas industriais, que operam
normalmente com economias de escala e custos unitários bastante baixos,
possibilitando à empresa cobrar preços baixos por seu produto, o que acaba
praticamente inviabilizando a entrada de novos concorrentes.
Elevado volume de capital: A empresa monopolista necessita de um elevado
volume de capital e uma alta capacitação tecnológica.
Patentes: Enquanto a patente não cai em domínio público, a empresa é a
única que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele determinado
bem.
Controle de matérias-primas básicas: Por exemplo, o controle de minas de
bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.

Existem ainda, os monopólios institucionais ou estatais em setores considerados


estratégicos ou segurança nacional (energia, comunicação, petróleo).
REFLITA
Não se pode negar que, no atual mundo intervencionista em que
vivemos, vários monopólios de fato possuem o poder de restringir a
produção e praticar preços monopolísticos.  Porém, a causa desta
lamentável situação está na multiplicidade de restrições
governamentais à livre concorrência, como regulamentações,
burocracias, restrições ambientalistas e carga tributária alta, que serve
como uma barreira protecionista que defende quem já está no
mercado.  

Se o governo impede concorrentes de entrarem no mercado, os


consumidores perdem a proteção oferecida pela concorrência
potencial.  

A empresa de utilidade pública que desfruta uma concessão exclusiva é


um monopólio local.  Neste caso, a única linha de resistência dos
consumidores é a elasticidade da sua demanda — e talvez também sua
capacidade de recorrer a uma produção independente.  Enquanto isso,
os planejadores estatais vão intensi cando os controles políticos.

Fonte: Sennholz (2013).

ACESSAR

Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de


novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em
mercados monopolizados.

Concorrência monopolista
Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e
o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas seguintes
características:
Número relativamente grande de empresas com certo
concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos
diferenciados, seja por características físicas, embalagem ou
prestação de serviços complementares (pós-venda). 
Margem de manobra para xação dos preços não muito ampla,
uma vez que existem produtos substitutos no mercado
(VASCONCELLOS, 2015).

Oligopólio
É um tipo de estrutura normalmente caracterizada por um pequeno número de
empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um
mercado em que há um pequeno número de empresas, como a indústria de
automóveis, antes do governo Fernando Affonso Collor de Mello, ou então onde há
um grande número de empresas, mas poucas dominam o mercado, como a
indústria de bebidas.

Oligopólio, “é uma organização de mercado em que há poucos vendedores de uma


mercadoria ou de substitutos muito próximos de modo que as ações de cada
vendedor afetam todos os outros vendedores” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E
BARBIERI, 2011, p. 222).

O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar


inúmeros exemplos: montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de
papel, indústria de bebidas, indústria química, indústria farmacêutica.

No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são xados entre as


empresas por meio de conluios ou cartéis.

Estruturas do mercado de fatores de


produção
Até aqui identi camos as estruturas de mercados de bens e serviços. O mercado de
fatores de produção – mão-de-obra, capital, terra e tecnologia – também apresenta
diferentes estruturas. Como o mercado de fatores depende da demanda de insumos
pelos setores produtores de bens e serviços, ou seja, deriva do mesmo, a demanda
por esses fatores é chamada de demanda derivada (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E
BARBIERI, 2011).
Concorrência perfeita no mercado de
fatores
É uma mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção (por
exemplo, mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante.
Os ofertantes ou fornecedores, com são em grande número, não têm condições de
obter preços mais elevados por seus serviços (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E
BARBIERI, 2011).

Monopsônio
Trata-se de uma forma de mercado na qual há somente um comprador para muitos
vendedores dos serviços dos insumos. È o caso da empresa que se instala em uma
determinada cidade do interior e, por ser a única, torna-se demandante exclusiva da
mão-de-obra  local e das cidades próximas, tendo para si a totalidade da oferta de
mão-de-obra (VASCONCELLOS, 2015).

Oligopsônio
É um mercado onde existem poucos compradores que dominam o mercado para
muitos vendedores. Exemplo: indústria de laticínios. Em cada cidade existem dois ou
três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais
locais. A indústria automobilística, além de oligopolista no mercado de bens e
serviços, também é na compra de autopeças (VASCONCELLOS, 2015).

Monopólio Bilateral
O monopólio bilateral ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de
produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a
empresa “A” compra um tipo de aço que é produzido apenas pela siderúrgica “B”.  A
empresa “A” é monopsonista, porque só ela compra esse tipo de aço, e a siderúrgica
“B” é monopolista, porque só ela vende esse tipo de aço.

Nesses casos, a determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores


econômicos, mas do poder de barganha de ambos: o monopsonista tentando pagar
o preço mais baixo (usando a força de ser o único comprador), e o monopolista
tentando vender por um preço mais elevado (usando o poder de ser o único
fornecedor).

Ação governamental e abusos de mercado


Criado em 1962 (Lei nr 4.137), o Conselho Administrativo de Direito Econômico
(CADE) é uma autarquia ligada ao Ministério da Justiça, que tem por objetivo julgar
processos administrativos relativos a abusos de poder econômico, bem como
analisar fusões de empresas que podem criar situações de monopólio ou maior
domínio de mercado. Quando se prova que a limitação da concorrência não propicia
ganhos aos consumidores em termos de menores preços ou produtos
tecnologicamente mais avançados, o CADE manda desfazer o negócio entre as
partes. (disponível em:
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identi cacao/lei%204.137-
1962?OpenDocument )

SAIBA MAIS
Concentração econômica no Brasil

De acordo com o artigo 90 da Lei 12.529/2011, os atos de concentração


são as fusões de duas ou mais empresas anteriormente independentes;
as aquisições de controle ou de partes de uma ou mais empresas por
outras; as incorporações de uma ou mais empresas por outras; ou,
ainda, a celebração de contrato associativo, consórcio ou joint venture
entre duas ou mais empresas. Apenas não são considerados atos de
concentração, para os efeitos legais, os consórcios ou associações
destinadas às licitações promovidas pela administração pública direta e
indireta e aos contratos delas decorrentes.

Fonte: CADE.

ACESSAR
Conclusão - Unidade 3

Neste capítulo foi possível estudar a economia a partir da divisão em dois grandes
campos. Sabe-se que a economia divide-se em micro e macroeconomia. Aqui
especi camente tratamos sobre a microeconomia e seus derivados. 

Você pôde perceber durante tais estudos, sobre os conceitos que norteiam o estudo
microeconômico sendo ramo ligado à Teoria Econômica que estuda como se
comporta economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos
consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos o que
proporcionou entendimento sobre os tipos de análise microeconômica e ou ainda
teoria dos preços que é a parte do estudo dedicada em explorar, como parte da
ciência econômica obviamente, como se determina o preço dos bens e serviços, ou
seja, como eles são formados, também dos fatores de  produção: empresas, política
econômica, entre outros que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal
análise.  Conceituar também demanda ou procura pode ser de nida como a
quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam
adquirir em determinado período de tempo, a oferta referindo-se ao fato de que
quanto mais elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do
empresário em disponibilizar o seu produto para os consumidores. Equilíbrio de
mercado e elasticidade. 

Vimos a importância estabelecida entre elas sendo amplamente possível


compreender o que é demanda e o que é oferta. Estudamos também sobre a teoria
da produção que se preocupa com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os
produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles
produzidos. 

Por m abordamos as várias formas ou estruturas de mercado, percebeu-se que elas


dependem fundamentalmente de três características, tais como o número de
empresas que compõem esse mercado, tipo do produto (se as empresas fabricam
produtos idênticos ou diferenciados) e se existem ou não barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado além de sua in uência na economia.
Leitura complementar
Elasticidade, o que é? - Conceito, tipos, fórmula, oferta e demanda

Sinônimo de sensibilidade, a elasticidade é a resposta da mudança entre duas


variáveis, dada uma variação percentual entre as mesmas

Você sabe do que se trata a elasticidade? Sabe que ela vai além de física e atinge até
na economia? Em síntese, ela é utilizada para descrever a relação entre duas variáveis,
podemos chamar aqui de fator A e fator B.

Assim, quando uma variável é tida como “elástica”, quer dizer que ela é mais volátil a
alterações em uma outra. Sobretudo, uma perturbação em A é capaz também alterar
B. Isto é, quando A muda, B também muda; elas estão interligadas.

Enquanto isso, as variáveis “inelásticas” tem uma sensibilidade menor. Logo, não
estão sujeitas aos efeitos correlatos de outras; quando A muda, B continua a mesma.

De antemão, o que de ne a elasticidade são as variáveis percentuais, que buscam


provar “ação” e “reação”.

Podemos exempli car a elasticidade com o caso da oferta, demanda e os preços.


Geralmente, quando a oferta de um produto aumenta, os preços caem. Portanto, A
interfere em B. Com isso, como quando apenas a demanda aumenta, os preços
sobem, repetindo a sensibilidade anterior.

Para entendermos bem, os estudos de elasticidade na economia costumam girar em


torno dos preços. Embora, também possa ser aplicado em qualquer área do
conhecimento cientí co.

Como funciona?

Quando criança, você já tentou jogar pedrinhas em um lago ou algo semelhante?


Parece estranho, mas existe algo hipnotizador no barulho da pedra saltando na água,
que cria ondas circulares ao seu redor. Logo, quanto maior e mais pesada, mais água
será movimentada até que ela perca o impulso e é engolida pelo lago.

Quando falamos de elasticidade, algo muito parecido acontece. Basicamente, as


inúmeras pedrinhas na margem, à sua disposição, seriam as alterações sofridas pela
variável A. Com isso, o próprio lago seriam a variável B.

Logo, se entende que a elasticidade corresponde à quantidade de água, que uma


alteração no peso da pedrinha é capaz de movimentar. Ora, todas as vezes que a
pedrinha e as ondas seguem o mesmo padrão, conforme tamanho e peso, são
inelásticas. Enquanto isso, quando há uma alteração nas ondas ao menor sinal de
pedras diferentes, elas são elásticas.
Assim, essa é a dinâmica por trás da elasticidade: qual é tamanho do impacto de um
fator sobre o outro?

Veja bem: se o preço da água sobe muito, você não deixa de consumir, senão morre.
Logo a demanda por água é inelástica em relação ao preço. Em contramão, quando
sobe só um pouco o preço da mensalidade de uma academia, um número expressivo
de pessoas a deixa de pagar (o que em nada tem a ver com a preguiça, imagina…).
Logo, a demanda por academia é bastante elástica em relação ao seu preço.

Como é calculada?

Primeiramente, ela é medida através do grau de perturbação percentual. Para isso, é


utilizada a seguinte fórmula:

Elasticidade = variação percentual do fator A / variação percentual de B.

Com isso, se o resultado for superior a 1%, tem-se uma relação de elasticidade.
Entretanto, se for inferior, a relação demonstra que o fator é inelástico.

Tipos de elasticidade:

Preço da demanda:

Em primeiro lugar, a elasticidade-preço da demanda é a variação percentual na


quantidade demandada, dada uma variação percentual do bem. Com isso, mede a
sensibilidade, a resposta dos consumidores quando ocorre uma variação no preço de
um bem ou serviço.

Assim, quanto mais substituídos são os bens, mais elástica é a demanda. Já que, dado
um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para não consumir esse
produto. Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura, não trazendo
muitas opções para o consumidor fugir do aumento de preços.

Preço cruzada da demanda:

Basicamente, é a variação percentual da quantidade demandada do bem, dada uma


variação percentual no preço de outro bem.

Renda da demanda:

De antemão, é a variação percentual da quantidade demandada, dada uma variação


percentual da renda do consumidor. Assim, é o conceito mais difundido, sendo que a
elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade
renda de produtos básicos. Porque, quanto mais elevada a renda, a tendência é
aumentar mais o consumo de produtos manufaturados relativamente aos alimentos.

Preço da oferta:
Em resumo, é a variação que mede a variação percentual da quantidade ofertada,
dada uma variação percentual no preço do bem.

Livro
Filme
Unidade 4
Macroeconomia

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
Bem vindos e bem vindas a nossa quarta e última unidade da disciplina de
Economia. Nesta derradeira unidade estudaremos o segundo grande campo
divisionário da ciência economia. Estou falando da macroeconomia, que
conceitualmente e de forma simpli cada trata do comportamento do mercado em
níveis amplos, ou seja, estudo do todo.

Dessa forma nosso primeiro objetivo aqui será o de conceituar a macroeconomia.


No decorrer do capítulo e na sua devida sequência proposta de estudos propomos a
compreensão dos objetivos da política macroeconômica e apresentação dos
instrumentos de política macroeconômica considerados as políticas scais,
monetárias cambiais e comerciais.

No que tange os principais agregados macroeconômicos, nosso foco de estudo


estará centrado no que diz respeito ao produto, renda e despesa nacional.

Por m abordaremos um assunto muito mais presente na vida dos indivíduos a se


julgar pelo ponto de vistas das próprias pessoas que a é a moeda e a in ação, sem
dúvida alguma um dos principais fatores para o bom uxo de qualquer economia
vigente.

Bons estudos!
Macroeconomia:
Introdução

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Macroeconomia trata em suma do “comportamento da economia em seu conjunto,
agregativamente considerado. A unidade de referência é o todo, não suas partes
individualizadamente consideradas” (ROSSETTI, 2016, p. 43).

Temos como base a economia, logo então a tratativa de sua  evolução como um
todo, analisando o que determina, bem como o comportamento de todos os
agregados econômicos.

Alguns exemplos dos principais agregados são:

Renda
Emprego
Produto Nacional
Desemprego
Investimento
Estoque de Moeda
Poupança
Taxa de Juros
Consumo
Balanço de Pagamentos
Nível Geral de Preços
Taxa de Câmbio

Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém


permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das
interações entre estes.

É o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um


todo, procurando identi car e medir as variáveis que determinam o volume da
produção total, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico,
bem como a inserção do mesmo na economia mundial.” (VICECONTI; NEVES 2013)

Estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento


de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços,
emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de
pagamentos e taxa de câmbio. (VASCONCELLOS, 2015)
SAIBA MAIS
O presidente Barack Obama assumiu a Casa Branca em 2009, durante
um período de intensa turbulência econômica. A economia estava se
reerguendo lentamente de uma crise nanceira, ocasionada pela
queda signi cativa nos preços dos imóveis, pelo aumento vertiginoso
da inadimplência no crédito imobiliário e pela falência, ou quase
falência, de diversas instituições nanceiras. Ao se espalhar, a crise
nanceira fez ressurgir o espectro da Grande Depressão da década de
1930, momento em que, em seu pior ano, um em cada quatro cidadãos
norte-americanos que desejavam trabalhar não conseguia encontrar
um emprego. Em 2008 e 2009, autoridades do Tesouro e do Federal
Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), bem como de outros
setores do governo, estavam tomando medidas vigorosas para evitar a
recorrência daquelas mesmas consequências. E, embora tenham tido
sucesso – o pico da taxa de desemprego foi de 10,1% –, a queda na
atividade econômica foi grave, a recuperação subsequente
dolorosamente lenta e as políticas adotadas deixaram como legado
uma dívida governamental ainda maior.

A história da macroeconomia não é um relato simples, mas proporciona


uma valiosa motivação para a teoria macroeconômica. Embora os
princípios básicos da macroeconomia não mudem de uma década para
outra, o macroeconomista precisa aplicá-los com exibilidade e
criatividade para se adequar às mudanças nas circunstâncias ao longo
do tempo.

Fonte: Mankiw (2018)

A macroeconomia considera o comportamento da economia como um todo – isso


desde períodos de prosperidade até os de recessão. São as utuações do produto
agregado, das taxas de variação dos preços e dos níveis de emprego. Focaliza os
objetivos macroeconômicos e as variáveis que os afetam. (ROSSETTI, 2016)
Objetivos de Política
Macroeconômica

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Produto agregado
O primeiro objetivo da gestão macroeconômica é a geração de um produto
agregado tão próximo quanto seja possível, objetivando-se com isso atender às
aspirações crescentes da população e estender os benefícios da prosperidade
econômica a todas as camadas sociais. Promover o crescimento do produto a taxas
acima do crescimento demográ co, expandindo-se assim a produção per capita de
bens e serviços nais.

Hall e Lieberman (2003, p. 102), enfatizam que produto interno bruto (PIB) de um
país “é o valor total de todos os bens e serviços nais produzidos para o mercado em
um determinado ano e dentro das fronteiras do país”.

Alto nível de emprego


Entre os objetivos macroeconômicos considerados como fundamental está  o de
reduzir os níveis de desemprego à taxa baixas. Na Teoria Geral do Emprego, dos
Juros e da Moeda (1936), John Maynard Keynes já abordava o assunto. O
desemprego não assustava, muito menos resultava em preocupações. O
pensamento dos liberais era de que a própria economia seria capaz de se ajustar
sempre que necessário. Keynes iniciou a discussão sobre o grau de intervenção na 
economia. Sua grande preocupação era o nível de emprego, para ele quando a
demanda era baixa, a economia reduzia a produção, o que consequentemente
cumularia na também redução do próprio emprego. Para que houvesse maior nível
de emprego, para Keynes, deveria haver um maior nível de consumo.  Keynes propôs
como forma de compensar essas fontes de oscilação que o Estado atuasse
regulando a demanda agregada. Isso poderia ser feito com a utilização de
instrumentos de política econômica, monetária e, principalmente, scal, para que
assim pudesse manter a estabilidade do produto em um alto nível de emprego
(LOPES ET AL, 2018).

Estabilidade de preços
Estabilidade dos preços refere-se ao comportamento do nível geral de preços.
Quando falamos em níveis gerais de preços, a base de estudo parte daquela
relacionada ao contexto macroeconômico. Tem como um de seus objetivos, por
exemplo, doravante da sua estabilidade promover o crescimento contínuo e
sustentável, com justa distribuição de renda. Ao contrário disso, quando se veri ca
um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços temos uma de nido
muito conhecida que é a  in ação.

A esse último fator, prevalece um ponto de muita atenção pois pode acarretar
distorções, in uenciando principalmente sobre a distribuição da renda, expectativa
dos agentes econômicos, mercado de capitais e balanço de pagamento.
Transações externas
Outro objetivo macroeconômico relevante é o equilíbrio das transações externas.

Exportações líquidas
Dé cits
Superávits
Equilíbrio geral

Crescimento econômico
Refere-se ao crescimento da renda per capita, ou seja, em colocar à disposição da
coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento
populacional.

Aumento da atividade produtiva


Aumento da renda nacional per capita

Ou seja, conjunto de medidas tomadas pelo Estado com o objetivo de in uir nos
mecanismos de produção distribuição e consumo de bens e serviços. De forma
sucinta as Políticas Macroeconômicas têm como objetivos: Nível de produção de
bens e serviços próximo da capacidade total;

Nível de desemprego próximo de zero;


Nível de preços estabilizado;
Crescimento contínuo de produção;
Melhor distribuição da renda.
Produção sem desperdícios e ajustados às necessidades;
Equilíbrio nas contas Governamentais;
Equilíbrio na balança de pagamentos.
Instrumentos de política
macroeconômicas

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Políticas Fiscal
Manejo dos orçamentos do governo. Todos os instrumentos que o governo dispõe
para arrecadar tributos e controlar despesas.
SAIBA MAIS
Política Fiscal

Política scal re ete o conjunto de medidas pelas quais o Governo


arrecada receitas e realizar despesas de modo a cumprir três funções: a
estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação
de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do
crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e
estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a
distribuição equitativa da renda. Por m, a função alocativa consiste no
fornecimento e ciente de bens e serviços públicos, compensando as
falhas de mercado.

Os resultados da política scal podem ser avaliados sob diferentes


ângulos, que podem focar na mensuração da qualidade do gasto
público bem como identi car os impactos da política scal no bem-
estar dos cidadãos. Para tanto podem ser utilizados diversos
indicadores para análise scal, em particular os de uxos (resultados
primário e nominal) e estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes
indicadores se relacionam entre si, pois os estoques são formados por
meio dos uxos. Assim, por  exemplo, o resultado nominal apurado em
certo período afeta o estoque de dívida bruta.

Resultado scal primário é a diferença entre as receitas primárias e as


despesas primárias durante um determinado período. O resultado scal
nominal, por sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento
líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém superávit scal
quando as receitas excedem as despesas em dado período; por outro
lado, há dé cit quando as receitas são menores do que as despesas.

No Brasil, a política scal é conduzida com alto grau de


responsabilidade scal. O uso equilibrado dos recursos públicos visa à
redução gradual da dívida líquida como percentual do PIB, de forma a
contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento
econômico do país. Mais especi camente, a política scal busca a
criação de empregos, o aumento dos investimentos públicos e a
ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na redução da
pobreza e da desigualdade.

ACESSAR
Política monetária
Controlar Variáveis:

Moeda
Crédito
 Taxa de Juros

Controle da oferta de moeda, que de ne a liquidez da economia como um todo,


atuando sobre a taxa de juros. Ou seja, refere-se a atuação do governo sobre a
quantidade de moeda e títulos públicos existentes na economia.

REFLITA
A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo o
poder de compra da moeda. Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a
política monetária, política que se refere às ações do BC que visam
afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro
(condições de liquidez) na economia. No caso do BC, o principal
instrumento de política monetária é a taxa Selic, decidida pelo Copom.

ACESSAR

Emissões e Reservas compulsórias (% sobre depósitos que os bancos comerciais


devem colocar à disposição do Banco Central). Open market (compra e venda de
títulos públicos). Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos
comerciais). Regulamentação sobre crédito e taxa de juros.

Política cambial e comercial


Política cambial diz respeito a atuação do governo sobre a taxa de câmbio sob
regime de taxas xas ou utuantes.
É o conjunto de medidas que de ne o regime de taxas de câmbio -
utuante, xo, administrado - e regulamenta as operações de câmbio.
Dessa forma, a política cambial de ne as relações nanceiras entre o
país e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de câmbio, as
regras para movimentação internacional de capitais e de moeda e a
gestão das reservas internacionais. A condução da política cambial
afeta diretamente a vida do cidadão, mesmo que não tenha transações
com exterior. A taxa de câmbio re ete nos preços dos produtos que o
país importa e exporta, in uenciando assim os demais preços da
economia (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2019, ONLINE).
Figura 1 - Política cambial.

Fonte: Banco Central do Brasil (2019, Online) Disponível aqui

Política comercial trata dos instrumentos de incentivos para com as exportações.


Conhecida também por estimular ou desestimular as importações.

Exportações: estímulos scais (icms, ipi etc.). Creditícios (taxa de juros


subsidiados)
Importações: controle das importações via tarifas. E barreiras sobre
importações.
Política Rendas
A política de rendas consiste na Intervenção direta do governo na formação de
renda (salários, aluguéis), com o controle e congelamento de preços. No intuito de
atender a interesses sociais, o governo tem a capacidade de interferir nas forças do
mercado e impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quando o governo
realiza um tabelamento de preços com o objetivo de controlar a in ação (PORTAL
EDUCAÇÃO, ONLINE).

Trata-se de um conjunto de intervenções diretas que geralmente complementam a


atuação dos instrumentos scais, monetários e cambiais.

A denominação política de rendas justi ca-se pelos tipos predominantes de


intervenções, como os controles diretos de preços e os controles legais sobre salários
e demais remunerações de fatores de produção, veja:

 Atuação em preços;
Congelamentos e tabelamentos;
Índices de reajustes;
Aluguel;
Estoques;
Atuação no Mercado de Trabalho;
Salário mínimo;
Índices de reajustes salariais;
Maior interferência nas relações trabalhistas.
Agregados
macroeconômicos:
produto, renda e despesa

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Produto
De acordo com Vasconcellos (2015 p. 212) “o Produto Nacional é o valor de todos os
bens e serviços nais produzidos em determinado período de tempo”.

A expressão agregados, com a qual se identi cam genericamente os


uxos macroeconômicos do produto, da renda e do dispêndio, tem o
signi cado de totalização, conjunto, agrupamento. O PIB, por exemplo,
é um agregado que resulta do agrupamento de um conjunto de
grandes uxos e lançamentos contábeis, como pagamentos a
diferentes categorias de recursos, depreciações e tributos indiretos. E
as macrovariáveis que totalizam os grandes conceitos, como o
consumo e a acumulação bruta de capital, são também agregações de
um elevado número de uxos menores, referentes às subcategorias de
que se constituem (ROSSETTI, 2016 p. 589).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços nais produzidos por um país, estado ou
cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas
respectivas moedas. De acordo com o IBGE O PIB do Brasil em 2018, por exemplo,
foi de R$ 6,8 trilhões. No último trimestre divulgado (1º trimestre de 2019) o valor foi
de R$ 1.713,6 bilhões. Veja abaixo uma tabela com os PIBs dos estados brasileiros.
SAIBA MAIS
A partir da performance do PIB, pode-se fazer várias análises, tais como:

Traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho


ano a ano;
Fazer comparações internacionais do tamanho das economias dos
diversos países;
Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de
habitantes) – que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de
um país se todos recebessem partes iguais.

O PIB é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele


ajuda a compreender um país, mas não expressa importantes fatores
como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde. Um
país pode ter um PIB baixo, como a Islândia, e ter um altíssimo padrão
de vida. Ou, como no caso da Índia, um PIB alto e um padrão de vida
relativamente baixo.

Fonte: IBGE.

ACESSAR

Renda
Vasconcellos (2015 p. 214) salienta que “a Renda Nacional é a soma dos rendimentos
pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de
seus serviços produtivos, em determinado período de tempo”.

Para Mankiw (2018 s/p) o total da produção de uma economia é igual ao total de sua
renda. Veja na gura de uxo circular de renda.
Figura 2 - Fluxo circular de renda

Fonte: Mankiw (2018)

Uma vez que os fatores de produção e a função de produção determinam, juntos, a


produção total de bens e serviços, eles também determinam a renda nacional.

Froyen (2013 p. 34) contribui sobre o tema enfatizando que “a renda nacional é a
soma das rendas dos fatores da produção de bens e serviços no período. Essas
rendas são os ganhos dos fatores de produção: terra, trabalho e capital”.

Despesa
Para Vasconcellos (2015 p. 213) despesa nacional “é o valor das despesas dos vários
agentes na compra de bens e serviços nais”. Ou seja, todo gasto efetuado
provenientes dos agentes econômicos para aquisição de bens e serviços produzidos
numa sociedade.
Moeda

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Conceito de Moeda: É um instrumento ou objeto que é aceito pela população como
meio de pagamento de bens e serviços, essa aceitação é garantida por lei. Antes da
existência da moeda, as transações eram realizadas através de escambo (trocas).

“Pode ser de nida como um ativo nanceiro de aceitação geral, utilizado na troca
de bens e serviços, que tem poder liberatório (capacidade de pagamento)
instantâneo. Sua aceitação é garantida por lei (ou seja, a moeda tem “curso forçado’’
e sua única garantia é a legal)” (VASCONCELLOS, 2015, p. 311).

É fácil imaginar os transtornos trazidos por tal mecanismo, tais como: divisibilidade e
localizar alguém que tivesse produzido o que você desejasse em excesso, como
também alguém que precisasse o que você produziu a mais que o seu consumo.

Funções da Moeda
As funções da moeda no sistema econômico são fundamentalmente as seguintes:

a) Instrumento ou meio de troca: Por ter aceitação geral, serve para intermediar o
uxo de bens e serviços;

b) Denominador comum de valor: Possibilita que sejam expressos em unidades


monetárias os valores de todos os bens e serviços, é um padrão de medida;

Reserva de valor: A posse da moeda representa liquidez imediata para quem a


possui. Assim, pode ser acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no
futuro. Claro está que o requisito básico a)    para que a moeda funcione como
reserva de valor é sua estabilidade diante dos preços de bens e serviços, já que a
in ação diminui o poder de compra e a de ação a valoriza.

Tipos de Moeda
a) Moeda Fiduciária: emitida pelos Bancos Centrais, tendo os agentes econômicos o
direito de uso, representado pelo papel-moeda e a moeda metálica;

b) Moeda Escritural ou Bancária: Criada pelo sistema bancário, ao conceder crédito


aos agentes econômicos, isto é, são os créditos concedidos pelas instituições
nanceiras;

c) Quase Moeda: São meios de pagamento que não tem total aceitação da
população, mas ultimamente é muito utilizado pelos agentes econômicos. obs: os
cheques não são considerados moeda, o seu conceito é uma ordem á vista de
transferência de depósito.

Teoria quantitativa da moeda


A Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) é uma das primeiras tentativas da ciência
econômica de estabelecer uma correlação entre a quantidade de moeda em
circulação no sistema econômico e o nível geral de preços.

De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008) sua origem remonta ao século XVI,
quando foi observado que o ouro descoberto na América e trazido para a Espanha
provocou uma in ação sem precedentes naquele país. A sua formulação mais
elaborada ocorreu, entretanto, no século XX e a TQM constituiu, até a década de
1930, um dos pilares da chamada teoria clássica.

Admitindo-se que a economia esteja em pleno-emprego e que, portanto, o produto


real não possa ser aumentado, um aumento na oferta monetária provocará um
aumento, em igual proporção, no índice geral de preços. Esta é a essência da Teoria
Quantitativa da Moeda.

Um grupo de economistas denominados neo-quantitativistas, entre os quais se


destaca Milton Friedman, tentou reabilitar a teoria quantitativa. A sua conclusão
nal é de que o Governo deve controlar a expansão da oferta monetária de acordo
com o aumento esperado do nível do produto real. Se este é suposto se elevar em
4% a.a., a oferta monetária deve ser acrescida, no máximo, neste percentual, sob
pena de causar descontrole no nível geral de preços.

A maioria dos economistas contemporâneos rejeita esta associação direta entre a


oferta monetária e o índice geral de preços da economia. Embora a in uência da
quantidade de moeda sobre os níveis de elevação dos preços seja um fato
reconhecido por todos, a corrente predominante é de que há situações em que,
mesmo que a oferta monetária permaneça constante em termos nominais, pode
ocorrer in ação provocada por fatores tais como dé cit do Governo, aumento do
nível dos investimentos privados e outros que venham a afetar a Demanda
Agregada por bens e serviços da economia.

Keynes a rmou que as pessoas demandavam moeda por três motivos:

1. Transação;
2. Precaução;
3. Especulação.

A demanda de moeda para ns de precaução é explicada pela necessidade de


dinheiro que as pessoas têm para cobrir despesas imprevistas em caso de
emergências. Keynes acreditava que a demanda de moeda para ns de precaução
variava positivamente com o aumento da renda.

A demanda de moeda para ns de especulação consiste na manutenção de


dinheiro ocioso por parte das pessoas na expectativa que as taxas de juros subam.
Se as taxas de juros estão baixas no presente e há a expectativa de que elas subam
no futuro, muitas pessoas, ao invés de comprarem um ativo nanceiro que rende
juros, preferirão manter sua riqueza na forma de moeda (fenômeno denominado
por Keynes de preferência pela liquidez), esperando para fazerem aplicações quando
a taxa de juros efetivamente aumentar.

A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes
econômicos. Ao nível das empresas, as decisões dos empresários quanto à compra
de máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-
primas ou de bens nais, e de montantes de capital de giro, serão determinadas não
só pelo nível atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das
taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se tornarem
pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo de
capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção desses ativos
poderá ser extremamente oneroso no futuro. O nível da taxa de juros também vai
afetar as decisões de investimento em bens de capital (máquinas, por exemplo): se
as taxas estiverem elevadas, isso inviabiliza muitos projetos de investimento, e os
empresários optarão por aplicar seus recursos no mercado nanceiro.

Os consumidores, por sua vez, exercerão um maior poder de compra à medida que
as taxas de juros diminuírem, e o contrário, se as taxas de juros aumentarem. Desse
modo, se as autoridades governamentais optam por uma redução do nível da
demanda, a taxa de juros tem um importante papel, pois a determinação de seu
patamar acabará por in uenciar o volume de consumo, notadamente de bens de
consumo duráveis, por parte das famílias. Além de representar um aumento do
custo do nanciamento de bens de consumo, taxas de juros elevadas acarretam
também uma diminuição no consumo, porque as pessoas passam a preferir investir
em caderneta de poupança, e dirigem sua renda não gasta para auferirem receitas
nanceiras (VASCONCELLOS; GARCIA, 2008).

A xação da taxa de juros doméstica, por outro lado, está relacionada com a
demanda de crédito junto aos mercados nanceiros internacionais. Se, por exemplo,
tudo o mais constante, a taxa de juros no Brasil se tornar relativamente mais elevada
do que a taxa praticada nos Estados Unidos, haverá uma maior demanda de crédito
externo por parte das empresas brasileiras comparativamente à situação anterior; o
contrário se observará se a taxa de juros diminuir no mercado interno. O movimento
de capitais nanceiros internacionais está, desse modo, condicionado aos
diferenciais de taxas de juros entre os diversos países.

As diferenças entre as taxas de juros nominais e as taxas de juros reais merecem


uma atenção especial, pois elas têm implicações nas decisões de investimento. As
taxas de juros nominais constituem um pagamento expresso em percentagem,
mensal, trimestral, anual etc.., que um tomador de empréstimos faz ao emprestador
em troca do uso de uma determinada quantia de dinheiro. Se não houver in ação
no período, a taxa de juros nominal será igual à taxa de juros real desse mesmo
período de tempo.

Quase como regra, a história evidenciou que os riscos e turbulências do descontrole


monetário não foram compensados pela euforia efêmera que produziram. Os
estragos que as superabundâncias de moeda provocaram superaram seus supostos
e efêmeros benefícios. Resultado: o quantitativismo acabou predominando. E mais:
a forte correlação entre as variações na oferta monetária e as variações nos preços,
empiricamente de nida, conduziu à expressão básica da teoria quantitativa da
moeda: a equação de trocas de I. Fisher, de nida em 1911, em The purchasing power
of Money (ROSSETTI, 2016, p. 735).

Contudo, quando há in ação, torna-se importante distinguir a taxa de juros nominal


da taxa de juros real. Assim, enquanto a taxa de juros nominal mede o preço pago ao
poupador por suas decisões de poupar, ou seja, de transferir o consumo presente
para o consumo futuro, a taxa de juros real mede o retorno de uma aplicação em
termos de quantidades de bens, isto é, já descontada a taxa de in ação.
In ação

AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Conceito de In ação
A in ação é de nida como o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens
e serviços da economia. A alta de preços deve ser generalizada, ou seja, todos os
produtos da economia devem sofrer acréscimos em seus preços. Se apenas alguns
dos bens e serviços apresentam elevações de preços, enquanto outros apresentam
redução, este fenômeno pode decorrer simplesmente do mecanismo de ajuste dos
respectivos mercados em virtude de alterações da demanda ou da oferta.

A in ação é medida pelos números-índices, ou seja, fórmulas matemáticas que


informam a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços num
determinado período.

Tipos de In ação
In ação de demanda
É causada por um crescimento dos meios de pagamento que não é acompanhado
pelo crescimento da produção.

Em virtude da própria natureza desse tipo de in ação, que está associada ao excesso
de moeda na economia, as políticas adotadas pelo governo para combatê-la visam
reduzir a procura de bens e serviços. Dois tipos de políticas podem ser adotadas
para atingir esse objetivo. Inicialmente, pode-se optar por uma política monetária
    que diminua a quantidade de dinheiro na economia, o que é obtido pelo rígido
controle sobre as emissões de papel-moeda, limitações ao crédito (empréstimos e
nanciamentos) e aumento do encaixe (depósito compulsório no Bacen) dos
bancos comerciais (VASCONCELLOS 2015).

A segunda política recebe o nome de política scal e consiste em duas medidas:


aumentar os impostos sobre a renda e sobre bens e serviços, redução da renda
disponível do setor privado e, como consequência, a demanda; e cortar gastos do
governo.

In ação de Custos
As principais causas da in ação de custos são:

 Aumento de salários acima de aumentos da produtividade;


Aumento autônomo das margens de lucro das empresas em mercados
monopolistas ou oligopolista;
Aumento de preços agrícolas em função de intempéries climáticas (geadas,
temporais, etc) ou de outros fatores que reduzam a produção da agricultura;
Elevação autônoma de preços de produtos importados que sejam matérias-
primas importantes na produção de bens na economia (exemplo: aumento no
preço do barril de petróleo);
Desvalorização do real da taxa de câmbio (quando a taxa de câmbio se
desvaloriza nominalmente mais do que o diferencial entre as taxa de in ação
interna e externa;

In ação Inercial
Em economias com altas taxas de in ação e que perduram por longo período de
tempo (in ação crônica), a desorganização total da economia de mercado é
impedida pela adoção da indexação das rendas e dos ativos da economia.

A indexação consiste em se corrigir as rendas recebidas pelos agentes econômicos e


o valor dos ativos de sua propriedade com base na variação de um índice de preços
que re ita a taxa de in ação no período de tempo entre os reajustes.

De modo, os salários dos trabalhadores, os aluguéis, a taxa de câmbio, o capital


emprestado pelo poupador, os títulos da dívida pública emitidos pelo governo, entre
outros, são reajustados periodicamente com base na in ação passada
(VASCONCELLOS, 2015).

A indexação atenua bastante as distorções da in ação sobre o sistema econômico,


porém apresenta a desvantagem de perpetuá-la, pois os agentes econômicos
sempre tenderão a reajustar os rendimentos pela in ação passada, impedindo que a
taxa de in ação venha a cair no futuro.

  No Brasil, a partir de julho de 1994, houve a implantação do Plano Real, cuja viga
mestra foi a criação da URV (Unidade Real de Valor), uma moeda indexada que
serviu como unidade de conta no 1º Semestre de 1994 e uma valorização da taxa de
câmbio, mantida até a saída do Sr. Gustavo Franco da Presidência do Bacen, foi o
único que conseguiu romper a inércia in acionária que caracterizava a economia
brasileira nos últimos trinta anos. A in ação no Brasil, após a implantação do Plano
Real, reduziu-se paulatinamente para um patamar de menos de 10% ao ano.

Principais Consequências da In ação


sobre a economia
a)    Setor de Crédito: os credores são prejudicados, há um aumento da
inadimplência, como consequência aumento da taxa de juros;

b)  Setor produtivo: em virtude do aumento da taxa de juros, os agentes econômicos


deixam de consumir e poupar para aplicar no mercado nanceiro, diminuindo a
oferta e gerando desemprego;

c) Diminuição do poder de compra do consumidor e de investimentos por parte das


empresas;
d) Compromete o balanço de pagamentos, pois há perda da competitividade
internacional gerando dé cit da balança comercial.
Conclusão - Unidade 4

Assim chegamos ao nal da nossa quarta e última unidade da disciplina de


Economia. Nesta unidade estudamos o segundo grande campo divisionário da
ciência economia: a macroeconomia, que, vale a pena lembrar é conceitualmente
de nida por Vasconcellos como sendo aquela que estuda a economia como um todo,
analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como:
renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de
moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.

No decorrer do capítulo e na sua devida sequência proposta de estudos expomos a


compreensão dos objetivos da política macroeconômica, especi camente sobre o
produto agregado, o alto nível de emprego, estabilidade econômica, transações
externas e o crescimento econômico. Foram apresentados também,  instrumentos de
política macroeconômica considerados as políticas scais, monetárias cambiais e
comerciais.

No que tange os principais agregados macroeconômicos, nosso foco de estudo


esteve centrado no que diz respeito ao produto que é valor de todos os bens e
serviços nais produzidos em determinado período de tempo, na renda que diz
respeito a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores
de produção, pela utilização de seus serviços produtivos, em determinado período de
tempo.  E na despesa nacional sendo que esta é o valor das despesas dos vários
agentes na compra de bens e serviços nais. 

Por m abordamos os assuntos moeda e a in ação, seus conceitos, de nições e


impactos na sociedade.
Leitura complementar
O que é IPCA?

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice que representa a


in ação no Brasil. Ao menos, o IPCA é o nosso principal índice quando o assunto é
in ação.

Através desse índice, o Banco Central controla a política monetária para atingir sua
meta para a in ação. A in ação nada mais é do que a perda do poder de compra do
dinheiro.

Então, quando os preços dos produtos ou serviços começam a subir, podemos cogitar
que os preços estão sofrendo com a in ação, ou estão in acionados. O contrário,
quando os preços descem, pode ser denominado de de ação.

Como funciona o IPCA?

O IPCA é um índice elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra a e


Estatística). Dentro desse cálculo é utilizado, como base de referência, o consumo
médio de famílias que possuem dentro de 1 a 40 salários mínimos como renda.

Cada produto tem um peso dentro do cálculo e, assim, se consegue extrair uma
média. Desse modo alcançamos o IPCA do período.

O IPCA é calculado todo mês, mas além do próprio índice, o IBGE ainda trabalha com
outros que são similares e servem como complemento ao estudo da in ação.

Sem falar que ainda existem as prévias do IPCA, ou o cálculo baseado nos primeiros 15
dias do mês.

Tudo isso serve como base para a população, o governo federal e o Banco Central se
manterem atentos à evolução da in ação.
Não é nenhuma novidade que o Brasil já passou por tempos complicados quando
nossa in ação chegava a números estratosféricos.

O dinheiro praticamente não tinha mais valor e compras de grande valor eram
realizadas através do dólar americano.

Para que serve o IPCA?

Um das funções do IPCA é servir como termômetro da economia. Um país em


condições normais deve registrar alguma in ação em sua economia.

Claro, a in ação não pode ser muito alta, mas quando existe o fator de alta dos preços,
mesmo que mínimo, isso signi ca que os salários estão aumentando e que os
produtos estão cando mais caros.

Quando temos uma economia sem in ação (zero) ou negativa (de ação) isso pode
ser sinal de uma economia em queda de atividade.

A nal, a procura (ou demanda) pode estar sendo inferior a oferta. Algo tão
problemático quanto a in ação alta, pois uma economia que não cresce gera sérios
problemas sociais, a começar pelo desemprego.

Uma das entidades que ca de olho no IPCA e toma certas atitudes para in uenciar
no índice, é o Banco Central.

Por meio da taxa de juros (a taxa Selic), o depósito compulsório, a taxa de redesconto
e outros instrumentos de política monetária, o Banco Central consegue in uenciar o
consumo do país, e assim, reduzir de forma indireta as eventuais oscilações da
in ação.

E o IPCA é o principal termômetro para isso.

O IBGE realiza coleta os dados e realiza os cálculos do IPCA, enquanto o Banco


Central pode veri car quais são as atitudes que deverão ser tomadas para proteger o
valor da nossa moeda.

Porque acompanhar o IPCA?

O IPCA é um índice extremamente útil para o Banco Central, órgãos públicos e para
nós! Ao analisar uma estratégia de investimento, observando algumas aplicações e
seus rendimentos, você precisa levar em consideração o IPCA também.

Caso o seu rendimento esteja abaixo do IPCA do período, é provável que você tenha
perdido poder de compra.

Lembre-se: O IPCA é um índice que representa a in ação. Sendo assim, podemos


considerar que o IPCA é a média da in ação em um determinado período.
Hoje, existem investimentos que estão atrelados ao IPCA e que podem te ajudar a
proteger o valor do seu dinheiro no tempo. O próprio Tesouro IPCA, por exemplo, é
um título que oferece uma taxa pre xada ao investidor mais a oscilação do IPCA
como rendimento.

Vários títulos de renda xa como o CDB e a LCI também oferecem essa forma de
rendimento.

E claro, o IPCA in uencia diretamente a sua vida. A nal, quanto maior a in ação e
menor o seu poder de compra, maior terá que ser a sua renda para manter o mesmo
padrão de vida. Por isso, que sempre atento ao IPCA!

Livro
Filme

Web

Acesse o link
Considerações Finais

Prezado(a) aluno(a),

Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito desta
disciplina de economia. Contemplamos na unidade I, os princípios da economia de
forma que foram abordados os primórdios do pensamento econômico percorrendo
um caminho de correntes e pensamentos que nos levaram até os tempos atuais.

Já na unidade II apresentamos os conceitos de economia, o problema econômico


fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos.

Na unidade III conceituamos e contextualizamos a microeconomia,


compreendemos os tipos de análise microeconômica com o objetivo de estabelecer
a importância da aplicação da sua análise. Conceituamos e contextualizamos 
demanda, oferta e equilíbrio de mercado com foco na compreensão da demanda e
da oferta. Ao nal da unidade III abordamos os conceitos de teoria de mercado.

Por m, na unidade IV conceituamos macroeconomia além de promovermos a


compreensão dos objetivos da política macroeconômica. Apresentamos os
instrumentos de política macroeconômica  e contextualizamos os agregados
macroeconômicos, além de conceituar e tipi car moeda e conceituar e
compreender a in ação.

A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente
avaliando essa dinâmica de mercado e confrontando com a realidade da atividade
empresarial onde atua.

Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!

Você também pode gostar