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Zélia Arnaldo Augusto

Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria


A Escola Clássica

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023

Zélia Arnaldo Augusto


A Escola Clássica

Trabalho de História do Pensamento


Económico, a ser entregue no Curso de
Contabilidade, como requisito parcial de
avaliação, sob orientação de:
Docente:

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
1. INRODUÇÃO

O presente trabalho de História do Pensamento Economico, tem como tema “A Escola


Clássica. Nele, serão apresentados os percursores da Escola Clássica bem como as teorias por
eles defendidas.
A Escola Clássica começou em 1776, quando Adam Smith publicou seu trabalho intitulado
“A Riqueza das Nações” e terminou em 1871 quando W. Stanley Jevons, Carl Menger e Leon
Walras publicaram independentemente trabalhos expondo as teorias neoclássicas. O
economista não concordava com as ideias dos fisiocratas, pois para ele a riqueza se baseiava
na divisão do trabalho e na liberdade económica e não somente ao trabalho na terra.

A doutrina mercantilista, que vigorou entre o século XV e meados do século XVIII, era
fundada na crença de que um país seria mais rico quanto maiores fossem sua população e
seu estoque de metais preciosos. Portanto, o Estado deveria fomentar o comércio, a
indústria e a agricultura com o objetivo de estimular as exportações e obter um superávit
comercial nas transações com seus parceiros, pois os pagamentos internacionais eram feitos
em ouro ou prata (SILVA; CARVALHO, 2007).

"A falha dos mercantilistas, segundo Smith, foi não perceber que uma troca deveria
beneficiar as duas partes envolvidas no negócio, sem que se registre, necessariamente, um
déficit para uma das nações envolvidas" (SILVA; CARVALHO, 2007, pag. 4).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. VISÃO GERAL DA ESCOLA CLÁSSICA: O Cenário Histórico da Escola
Clássica

Duas "revoluções", uma relativamente madura e a outra apenas no início, foram


especialmente significativas para o pensamento económico clássico. Estas revoluções foram:

2.1.1. A Revolução Científica (1687):

O impacto de Newton pode ser percebido nas ideias da escola clássica. De acordo com os
Clássicos, as instituições feudais remanescentes e os controles restritivos do mercantilismo
não Eram mais necessários. Para eles, a ciência newtoniana fez surgir uma natureza tão
verdadeira quanto à vontade de Deus, anteriormente. Se a vontade divina tivesse criado um
mecanismo que funcionasse harmoniosa e automaticamente sem interferência, o laissez-faire
seria a forma mais alta de sabedoria nas questões sociais. As leis naturais guiariam o sistema
económico e as acções das pessoas.

2.1.2. A Revolução Industrial (1776):

A Revolução Industrial estava apenas começando, mas se intensificou durante o período em


que os economistas clássicos mais recentes escreveram. Eles estavam cientes do crescimento
substancial da manufactura, do comércio e das invenções, além da divisão do trabalho. Muitas
práticas mercantilistas estavam acabando com o surgimento da actividade comercial que se
espalhava em todas as direcções.
2.2. Principais Dogmas da Escola Clássica

A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo económico. Suas bases são liberdade
pessoal, propriedade privada, iniciativa individual, empresa privada e interferência mínima do
governo.

 Envolvimento mínimo do governo – o primeiro princípio da escola clássica era que o


melhor governo governa o mínimo. As forças do mercado livre e competitivo guiariam
a produção, a troca e a distribuição;
 Comportamento económico de auto interesse – Os economistas clássicos supunham
que o comportamento de auto interesse básico para a natureza humana;
 Harmonia de interesses –  Com excepção importante de Ricardo, os clássicos
enfatizavam a harmonia natural de interesses em uma economia de mercado. Ao correr
atrás de seus interesses individuais, as pessoas atendiam aos melhores
interesses da sociedade;
 Importância de todos os recursos e actividades económicas – os clássicos
assinalavam que todos os recursos económicos como as actividades económicas
contribuíam para a riqueza de uma nação;
 Leis económicas – a escola clássica deu grandes contribuições para a economia ao
concentrar a analise em teorias económicas explicitas ou "leis.
Sir Dudley North

David Hume
Richard Cantilon

Adam Smith
A teoria da vantagem absoluta de Adam Smith defende que os países devem abrir-se para o
comércio, realizando trocas. Desta maneira, obtém-se vantagem quando cada nação concentra
seus esforços na produção do bem que consegue produzir em melhores condições (SILVA;
CARVALHO, 2007).

Desta maneira, Adam Smith elaborou um forte argumento para contribuir com a expansão do
comércio e redução de controles comerciais que caracterizaram o período mercantilista, capaz
de promover o aumento da produção de cada país por meio da especialização e, com as trocas,
aumentar o consumo e o bem-estar da população (APPLEYARD et al., 2010).

Após a percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos
finais o que gerou a especialização dos indivíduos em habilidades especiais.

"Os indivíduos, em função de suas capacidades se orientam para uma profissão a qual se
dedicam após um período de aprendizagem. Uma vez estabelecidos em sua ocupação
profissional, eles venderão os produtos de sua actividade, e os ganhos assim auferidos vão
lhes permitir obter os bens e serviços que não produzem e que lhes são necessários"
(DROUIN, 2008, pag. 18).

A percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos finais
geraria o interesse próprio de cada indivíduo em especializar-se em habilidades especiais,
conforme exposto anteriormente. Dessa forma, o interesse pessoal e a competição regulariam
automaticamente o mercado, com pouca necessidade de intervenção governamental,
intensificando a política governamental da laissez-faire. (APPLEYARD et al., 2010).

Adam Smith denomina a “mão invisível” a orientação do interesse pessoal na direção mais
adequada aos interesses da sociedade. Além disso, o Estado tem um papel a desenvolver, visto
que deve assegurar as funções que são atinentes a ele como Estado-polícia e ainda, em relação
ao mercado proteger a livre concorrência e produzir certas actividades. (DROUIN, 2008).
Referências Bibliográficas

APPLEYARD, Dennis., COBB, Steven., LIMA, André Fernandes. Economia


Internacional, 6ª Edição. São Paulo: ArtMed, 2010.
DROUIN, Jean-Claude. Os grandes economistas, 1ª Edição. São Paulo: Martins, 2008.

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