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Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
1. INRODUÇÃO
A doutrina mercantilista, que vigorou entre o século XV e meados do século XVIII, era
fundada na crença de que um país seria mais rico quanto maiores fossem sua população e
seu estoque de metais preciosos. Portanto, o Estado deveria fomentar o comércio, a
indústria e a agricultura com o objetivo de estimular as exportações e obter um superávit
comercial nas transações com seus parceiros, pois os pagamentos internacionais eram feitos
em ouro ou prata (SILVA; CARVALHO, 2007).
"A falha dos mercantilistas, segundo Smith, foi não perceber que uma troca deveria
beneficiar as duas partes envolvidas no negócio, sem que se registre, necessariamente, um
déficit para uma das nações envolvidas" (SILVA; CARVALHO, 2007, pag. 4).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. VISÃO GERAL DA ESCOLA CLÁSSICA: O Cenário Histórico da Escola
Clássica
O impacto de Newton pode ser percebido nas ideias da escola clássica. De acordo com os
Clássicos, as instituições feudais remanescentes e os controles restritivos do mercantilismo
não Eram mais necessários. Para eles, a ciência newtoniana fez surgir uma natureza tão
verdadeira quanto à vontade de Deus, anteriormente. Se a vontade divina tivesse criado um
mecanismo que funcionasse harmoniosa e automaticamente sem interferência, o laissez-faire
seria a forma mais alta de sabedoria nas questões sociais. As leis naturais guiariam o sistema
económico e as acções das pessoas.
A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo económico. Suas bases são liberdade
pessoal, propriedade privada, iniciativa individual, empresa privada e interferência mínima do
governo.
David Hume
Richard Cantilon
Adam Smith
A teoria da vantagem absoluta de Adam Smith defende que os países devem abrir-se para o
comércio, realizando trocas. Desta maneira, obtém-se vantagem quando cada nação concentra
seus esforços na produção do bem que consegue produzir em melhores condições (SILVA;
CARVALHO, 2007).
Desta maneira, Adam Smith elaborou um forte argumento para contribuir com a expansão do
comércio e redução de controles comerciais que caracterizaram o período mercantilista, capaz
de promover o aumento da produção de cada país por meio da especialização e, com as trocas,
aumentar o consumo e o bem-estar da população (APPLEYARD et al., 2010).
Após a percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos
finais o que gerou a especialização dos indivíduos em habilidades especiais.
"Os indivíduos, em função de suas capacidades se orientam para uma profissão a qual se
dedicam após um período de aprendizagem. Uma vez estabelecidos em sua ocupação
profissional, eles venderão os produtos de sua actividade, e os ganhos assim auferidos vão
lhes permitir obter os bens e serviços que não produzem e que lhes são necessários"
(DROUIN, 2008, pag. 18).
A percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos finais
geraria o interesse próprio de cada indivíduo em especializar-se em habilidades especiais,
conforme exposto anteriormente. Dessa forma, o interesse pessoal e a competição regulariam
automaticamente o mercado, com pouca necessidade de intervenção governamental,
intensificando a política governamental da laissez-faire. (APPLEYARD et al., 2010).
Adam Smith denomina a “mão invisível” a orientação do interesse pessoal na direção mais
adequada aos interesses da sociedade. Além disso, o Estado tem um papel a desenvolver, visto
que deve assegurar as funções que são atinentes a ele como Estado-polícia e ainda, em relação
ao mercado proteger a livre concorrência e produzir certas actividades. (DROUIN, 2008).
Referências Bibliográficas