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Adam Smith, fundador da escola clássica inglesa, é considerado o “pai da política”, sendo a

sua principal obra “A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas”. O
economista não concorda com as ideias dos fisiocratas, pois para ele a riqueza se baseia na
divisão do trabalho e na liberdade econômica e não somente ao trabalho na terra (DROUIN,
2008).

A doutrina mercantilista, que vigorou entre o século XV e meados do século XVIII, era
fundada na crença de que um país seria mais rico quanto maiores fossem sua população e seu
estoque de metais preciosos. Portanto, o Estado deveria fomentar o comércio, a indústria e a
agricultura com o objetivo de estimular as exportações e obter um superávit comercial nas
transações com seus parceiros, pois os pagamentos internacionais eram feitos em ouro ou prata
(SILVA; CARVALHO, 2007).

"A falha dos mercantilistas, segundo Smith, foi não perceber que uma troca deveria beneficiar
as duas partes envolvidas no negócio, sem que se registre, necessariamente, um déficit para
uma das nações envolvidas" (SILVA; CARVALHO, 2007, pag. 4).

A teoria da vantagem absoluta de Adam Smith defende que os países devem abrir-se para o
comércio, realizando trocas. Desta maneira, obtém-se vantagem quando cada nação concentra
seus esforços na produção do bem que consegue produzir em melhores condições (SILVA;
CARVALHO, 2007).

Desta maneira, Adam Smith elaborou um forte argumento para contribuir com a expansão do
comércio e redução de controles comerciais que caracterizaram o período mercantilista, capaz
de promover o aumento da produção de cada país por meio da especialização e, com as trocas,
aumentar o consumo e o bem-estar da população (APPLEYARD et al., 2010).

Após a percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos finais
o que gerou a especialização dos indivíduos em habilidades especiais.
"Os indivíduos, em função de suas capacidades se orientam para uma profissão a qual se
dedicam após um período de aprendizagem. Uma vez estabelecidos em sua ocupação
profissional, eles venderão os produtos de sua atividade, e os ganhos assim auferidos vão lhes
permitir obter os bens e serviços que não produzem e que lhes são necessários" (DROUIN,
2008, pag. 18).

A percepção de que a riqueza era obtida através da produção de serviços e produtos finais
geraria o interesse próprio de cada indivíduo em especializar-se em habilidades especiais,
conforme exposto anteriormente. Dessa forma, o interesse pessoal e a competição regulariam
automaticamente o mercado, com pouca necessidade de intervenção governamental,
intensificando a política governamental da laissez-faire. (APPLEYARD et al., 2010).

Adam Smith denomina a “mão invisível” a orientação do interesse pessoal na direção mais
adequada aos interesses da sociedade. Além disso, o Estado tem um papel a desenvolver, visto
que deve assegurar as funções que são atinentes a ele como Estado-polícia e ainda, em relação
ao mercado proteger a livre concorrência e produzir certas atividades. (DROUIN, 2008).

Ao contrário da teoria da vantagem absoluta, David Ricardo defende a teoria da vantagem


comparativa, em que uma nação pode preferir importar algumas mercadorias que poderia fazer
com custos mais baixos do que outro país, desde que tiver a possibilidade de conquistar uma
posição dominante em outras mercadorias exportáveis. Cada país opta pelo tipo de produção
em que se destaca, sendo que as receitas obtidas com as exportações permitem financiar as
importações (DROUIN, 2008).

Embora um país seja menos eficiente na produção de dois bens em comparação a outro país, a
teoria das vantagens comparativas defende que pode haver comércio de forma vantajosa entre
países quando os custos de produção envolvidos são diferentes determinados pelas diferenças
tecnológicas que se refletem na produtividade da mão de obra e nas vantagens comparativas
(SILVA; CARVALHO, 2007).
"O princípio das vantagens comparativas prevê que uma nação exportará os produtos com
custos de oportunidade relativamente menores e importará os produtos nos quais tenha custos
de oportunidade relativamente maiores" (VASCONCELLOS, 2007, p. 17).

David Ricardo, foi considerado o principal teórico da escola clássica, exibiu uma reformulação
da teoria do valor-trabalho de Adam Smith. (DROUIN, 2008).

“A teoria do valor-trabalho é empregada no modelo. Consequentemente, o valor relativo de


uma mercadoria baseia-se somente em seu conteúdo de trabalho relativo. De um ponto de vista
de produção, isso significa que (a) nenhuma outra entrada é usada no processo produtivo, ou
(b) quaisquer outras entradas são medidas em termos do trabalho representado em sua
produção, ou (c) as outras entradas/médias de trabalho são as mesmas em todas as indústrias.
Em termos simples, essa suposição significa que um produto que representa duas horas de
trabalho é duas vezes mais caro do que um produto que utiliza apenas uma hora”
(APPLEYARD et al., 2010, p.29).

Além disso, elaborou uma nova ponderação sobre repartição de rendas, lucros e salários, bem
como adotou a teoria do livre câmbio a estabilidade da moeda. Ricardo consentia com as ideias
de Smith e Malthus em relação a taxa salarial resulta em um crescimento demográfico, e
quando a demanda de trabalho é maior que a oferta os salários tendem a aumentar, dessa
forma, acredita tal como Malthus que os desequilíbrios econômicos decorrem da mão-de-obra
excessiva. Além disso, defendia que a alta nos preços dos bens de subsistência origina maiores
salários e queda nos lucros causando a estagnação a economia. (DROUIN, 2008).

Thomas Malthus, o teórico da superlotação defende que as terras cultiváveis do planeta estão
limitadas pelo espaço geográfico do território nacional, e que naturalmente irá existir um ponto
de esgotamento na produção de alimentos. O mesmo autor explica que a população cresce de
maneira mais rápida em comparação à produção agrícola, gerando o aumento da fome e da
destruição da ordem social (DROUIN, 2008).
"Os que se beneficiam de recursos econômicos suficientes poderão contrair uma aliança
matrimonial e procriar; por outro lado, todos os que apenas conseguem não morrer de fome
terão de se impor como dever uma castidade completa, até o momento em que forem capazes
de manter uma família" (DROUIN, 2008, p.59).

A teoria da superlotação ficou conhecido como pessimista, pois além do que foi citado
anteriormente, houve a preocupação com o desenvolvimento tecnológico, uma vez que não
haveria recursos naturais suficientes para atender a expansão da população causando a
redução das áreas cultiváveis (ALBERGONI, 2008).

O economista Jean-Baptiste Say define o empreendedorismo como a reunião dos fatores de


produção, são estes: os agentes naturais, o trabalho humano e o capital. A função do
empreendedor é associar os homens, as máquinas e as matérias-primas com o objetivo de criar
os produtos necessários à satisfação dos consumidores (DROUIN, 2008).

O termo entrepreneur foi primeiramente utilizado pelo economista francês Jean Baptiste Say,
para referir-se aos indivíduos capazes de gerar valor ao estimular o progresso econômico
através da convergência e interação entre os meios de produção disponíveis (BULGACOV et
al., 2007).

Ao contrário de Smith, que se concentrava na atividade industrial como sua tese sobre a
riqueza das nações, Say estendeu a noção de trabalho produtivo ao conjunto das atividades dos
prestadores de serviços, que devem ser incluídos no mesmo nível de utilidade social das partes
que contribuem para a criação das riquezas materiais (DROUIN, 2008).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBERGONI, Leide. Economia. 1ª Edição. Curitiba: IESDE Brasil S. A., 2008.


APPLEYARD, Dennis R., FIELD JR., Alfred, COBB, Steven L., LIMA, André
Fernandes. Economia Internacional, 6ª edição. São Paulo: ArtMed, 2010.
GACOV, Sergio; SOUZA, Queila Regina; PROHMANN, José Ivan Paula; COSER,
Claudia. Administração estratégica: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2007.
DROUIN, Jean-Claude. Os grandes economistas, 1ªedição. São Paulo: Martins, 2008.
SILVA, César Roberto da, CARVALHO, Maria de. Economia Internacional, 4ª edição. São
Paulo: Saraiva, 2007.
VASCONCELLOS, Marco Antonio de. Manual de Economia e negócios internacionais,
1ªedição. São Paulo: Saraiva, 2007.

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