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08/05/2024 18:56 Moradia independente anticapacitista chega a São Paulo

Moradia independente anticapacitista


chega a São Paulo
22 de abril de 2024

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Criado no Rio de Janeiro, projeto chega à capital paulista com a proposta de oferecer
autonomia e independência para adultos com deficiência.

Criada no Rio de Janeiro com a proposta de garantir bem-estar e ampliar os horizontes das
pessoas com deficiência intelectual, síndrome de Down e/ou autismo, a moradia
independente anticapacitista do Instituto JNG está se expandindo para São Paulo, a maior
cidade do país. A capital paulista tem mais de 12 milhões de habitantes. Deste total, 3,5
milhões têm algum tipo de deficiência, segundo dados divulgados pelo Observatório do
Trabalho e Pessoa com Deficiência.

O projeto do Instituto JNG, pioneiro no Brasil, oferece unidades residenciais para que
adultos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), síndrome de Down e/ou
deficiência intelectual possam viver com autonomia e independência. Para isso, conta com
um programa de apoio individualizado para a pessoa e os familiares, com foco em inclusão
e acessibilidade.

A presidente e cofundadora do Instituto JNG, Flavia Poppe, diz que a chegada do projeto em
São Paulo é emocionante, gratificante e, também, desafiadora. “Ainda há muito o que fazer
na área dos direitos associados à vida adulta independente, como trabalho e moradia.
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Somos o único ator da sociedade civil atuando e incidindo sobre moradia para vida
independente.”

Ela destaca a importância de ver um projeto que defende direitos, inclusão e bem-estar se
expandindo. “É com muito orgulho e trabalho que o Instituto JNG está furando a bolha que
exclui as pessoas com deficiência intelectual, síndrome de Down e/ou autismo.
Presenciamos, diariamente, como é possível impactar a trajetória da vida adulta de pessoas
com deficiência de forma positiva.”

O projeto de São Paulo contará com algumas novidades em relação ao do Rio de Janeiro. O
grupo de famílias da nova unidade está mais heterogêneo, sendo formado por adultos de
idades entre 23 e 50 anos, com diagnósticos diversos. A segunda fase do projeto tem início
em maio, com a realização de entrevistas com os futuros moradores e suas famílias, para
mapear o tipo e quantidade de suporte que cada um deles necessita no dia a dia. O
resultado é um relatório técnico com a Avaliação de Perfil e Autonomia.

“Por isso a moradia independente é tão incrível. O apoio é centrado na pessoa. A partir da
Avaliação de Perfil e Autonomia é que se entende o tipo e a quantidade de apoio necessário
para, assim, definir a equipe e o imóvel com as características arquitetônicas que atendam às
necessidades dos moradores”, explica Flavia.

Expansão do projeto

A materialização da primeira moradia independente do Brasil começou a se desenhar em


2020, ano em que a pandemia da Covid-19 assolou o mundo. Segundo Flavia, inicialmente
imaginava-se que o caminho natural fosse seguir para São Paulo. Naquele momento,
surgiram parcerias imobiliárias para viabilizar o projeto, mas como apenas duas famílias se
interessaram, não foi possível dar continuidade.

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A moradia do Instituto JNG acabou encontrando seu espaço no Rio de Janeiro, onde o
número de interessados foi suficiente para a implementação do projeto. Na capital carioca,
ela está localizada na Uliving, um residencial para estudantes no bairro do Flamengo, Zona
Sul da cidade. “Temos com a Uliving uma parceria estratégica, pois eles abraçaram a causa
da inclusão, apostando em um projeto inovador e inédito no Brasil”, destaca Flavia.

A expectativa de expansão para o território paulista aconteceu no segundo semestre do ano


passado, a partir de uma série de palestras realizadas na cidade, duas delas em parceria com
o TEAMM Unifesp – Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista, ligado ao
Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

“Foi um sucesso e tivemos muitos pedidos para levar o projeto para São Paulo”, relembra
Flavia. “Decidimos, então, nos mobilizar e fazer acontecer.” Ela conta que quando as
inscrições para a participação foram abertas, a expectativa era reunir, no mínimo, 30 famílias,
já que mais de 100 informaram o interesse na moradia independente. “Tivemos apenas 10
confirmadas e quase desistimos, mas decidimos seguir em frente e apostar que outras
famílias virão ao longo do processo. Hoje temos um grupo de 12 famílias participando da
Fase I.”

As fases do novo projeto

O projeto de moradia independente anticapacitista é estruturado em três fases. Em São


Paulo, as atividades começaram no final de janeiro e a chamada FASE I encerra-se em abril.

Conduzida por especialistas e convidados durante reuniões online semanais, o diálogo com
os jovens adultos e suas famílias abordou temas da vida adulta, como segurança, finanças,
autonomia e independência, A ideia foi provocar reflexões com o intuito de quebrar

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paradigmas e desconstruir crenças, servindo também como uma rede de apoio para os
familiares. Entre as especialistas que participam do projeto estão Daniela Karmeli, Livia
Castro, Juliana Righini, além de Flavia Poppe.

A FASE II começa em maio. Com duração de três meses, engloba as avaliações de perfis de
12 futuros moradores, reuniões com as famílias para alinhar expectativas sobre tipo e bairro
do prédio, prospecção imobiliária, definição do modelo jurídico, encontros para atualização
dos processos e apresentação de propostas para o serviço de apoio. No término desta
etapa, previsto para meados de julho, as famílias decidem se desejam migrar para a moradia
independente.

Por fim, na última fase do processo, que tem duração de dois meses, ocorrem visitas guiadas
aos imóveis selecionados, assinaturas de contratos, recrutamento e capacitação da equipe
de apoio de acordo com as necessidades dos futuros moradores, assessoria jurídica e
reuniões quinzenais de atualização.

Os interessados em conhecer ou participar da moradia independente podem entrar em


contato com Ana Maria Machado pelo telefone (21) 96906-0401 ou mandar e-mail para o
destino moradia@institutojng.org.br

De acordo com Flavia, o projeto pode ser levado para outros estados e regiões do país.
“Estamos prontos para replicar o modelo de moradia JNG em qualquer cidade, com uma
metodologia consolidada, indicadores e resultados comprovados”, garante.

“Podemos liderar o processo, como estamos fazendo em São Paulo, ou dar consultoria para
outras instituições, governos e grupos de famílias. O principal ponto é que as famílias
acreditem no modelo, desconstruam crenças e estejam dispostas a dar oportunidades para
o desenvolvimento de autonomia do(a) filho(a) adulto. Afinal, as crianças crescem e a fase
escolar não dura para sempre.”

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