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CENTRO PAULA SOUZA

Escola Técnica Estadual Martin Luther King

LPC – Laboratórios de Processos Criativos

PROJETO INTERVENÇÃO SOCIAL

INTEGRANTES
Amanda Capella
Ana Caroline
Gustavo Fernandes
Júlia Oliveira
Nicolly de Oliveira
Sophia Bering

Orientador:
Prof. Daniel Capela

São Paulo
2022
Fase 2 – ANÁLISE DIAGNÓSTICA
A-
Para inicial a comunicação com a responsável da ONG Transmutar
Geração, nós utilizamos de uma carta introdutória explicando quem somos e
qual o objetivo do contato.

“Somos alunos cursando técnico em administração na Etec Martin Luther King, e estamos
coletando informações sobre a ONG para o projeto “Intervenção Social”.
O contato com a ONG é muito importante para gente, pois nosso objetivo é descobrir pontos
na zona leste de São Paulo que oferecem acesso à cultura para crianças e adultos que não
possuem a oportunidade de se deslocar para tão longe.
Contudo, nosso objetivo é conhecer a organização através de uma entrevista para uma melhor
coleta de dados.”

Desenvolvemos também um roteiro de perguntas que ajudou na coleta


de informações sobre a organização que auxiliou para a construção de uma
análise SWOT, persona e entender melhor o público-alvo da ONG.
Segue aqui as perguntas utilizadas na entrevista que aconteceu
virtualmente. A transcrição do áudio pode ser encontrada ao final do arquivo:
1. O que é o projeto?
2. Como foi criado?
3. Para quem é destinado o projeto?
4. Por que atuam nesse segmento?
5. Quantas pessoas trabalham nessa ONG?
6. Como se tornou um instituto?
7. A organização já recebeu ajuda financeira de terceiros? (POLÍTICOS)
8. Há outras pessoas a frente da organização juntamente com você?
9. Como é trabalhar com crianças?
10. O que te motiva a continuar com o projeto depois de tantos anos?
11. A organização realiza outros projetos sociais? Se sim, quais?
12. A comunidade ao seu redor contribui para a realização desses projetos sociais?
13. O que você identifica como força, fraqueza, oportunidade e ameaça dentro da
organização?
14. Quais são os valores que a organização leva?
15. Como você se sente em tirar as crianças do mundo digital para um mundo com
acesso a arte e cultura?
16. Como é o ambiente em que realiza as atividades?
17. Qual é a sua relação com os responsáveis?
18. Você sente diferença trabalhando com o público infantil e público adulto?
B-
Depois da conversa com a responsável, ficou mais fácil realizar a análise
SWOT, construir a Persona e o Mapa de Empatia.

Figura 3 - Persona

Figura 1 - Análise SWOT

Figura 4 - Mapa de Empatia

Analisando tudo, desde as Figura 2 - Persona

respostas obtidas através da entrevista, ao mapa de empatia realizado grupo, é


possível ver e determinar quem a organização busca atender e como ela está
atualmente.
A ONG possui como público-alvo crianças de 7 a 15 anos que moram
nas periferias da cidade de São Paulo que tenham interesse em cultura e na
dança como forma de arte.
Se mantendo de pé a 7 anos, a organização já adquiriu uma base muito
bem consolidada, tendo desenvolvido parcerias e conseguido auxílio de
diversas pessoas solitárias que enxergaram e se propuseram a ajudar para que
as crianças consigam atingir seus objetivos de vida.

TRANSCRIÇÃO ENTREVISTA COM TUANE, RESPONSÁVEL PELA ONG:

1) O que é o projeto?
O projeto é uma instituição sem fins lucrativos, no qual a gente tem a
capacitação do imposto de renda, reforço escolar e também uma maneira de
fazer a arte como um instrumento contra o combate a desigualdade. E isso a
gente consegue contribuir o que, impactar como na vida das crianças. Tirar
elas dos ambientes de violência, de brigas dentro de casa, das ruas, e tenta
inserir no meio da arte com alguma atividade física, além como o bem estar vai
ajudar com o cognitivo deles de uma forma plena, que eles consigam
desenvolver habilidades de uma forma que eles consigam lidar melhor com o
meio social. E sempre prezando o respeito e a solidariedade, que é um dos
valores que a gente tem, que é a fraternidade, solidariedade e o protagonismo
de acreditar neles mesmo.

2) Como foi criado?


O projeto foi criado a algum tempo atrás, por meio de uma convivência com
uma criança, e vendo por meio dessa criança a gente começou a atingir outras
crianças, nós começamos a idealizar planos maiores. Mas na verdade iniciou
mesmo com a vontade de ajudar uma única criança, que tinha vontade de fazer
aulas e não tinha esse acesso. E aí foi formado o que hoje existe a 7 anos.
Mas de início começou sem muito objetivo, aí acabou vendo a potência que
tinha por meio desse projeto de trazer as crianças para uma aula de dança, e
começamos a idealizar e a colocar mais objetivo.
3) Para quem é destinado o projeto?
Para as famílias, mas o ponto maior são crianças e adolescentes entre 7 a 15
anos. O público-alvo é essa faixa etária, mas a gente consegue abraçar a
família toda, desde a primeira infância que são crianças entre 2 e 3 anos com o
ballet baby, e tem as aulas dos adultos aonde tem alguns projetos que a gente
consegue inserir algumas aulas gratuitas para a família.

4) Por quê atuam nesse segmento?


O que motiva mesmo é gerar impacto na sociedade. Porque hoje infelizmente a
gente vê muitas crianças perdidas nas drogas, além do vício digital. Por mais
que atualmente seja muito falado sobre a saúde e os exercícios físicos, as
crianças acabam sendo hipnotizadas com a tecnologia, e por não saber utilizar
essa ferramenta, acabamos encontrando crianças com depressão, ansiedade,
porque são tudo muito direcionado ao que tá na mídia. E acaba gerando de
querer tudo aquilo que está na Internet pra si, e aí as crianças e adolescentes
acabam ficando meio que doentes, porque não tem a condição de ter aquilo.
Então a gente tenta trazer a criança para outro tipo de realidade, o que nos
mobiliza mesmo é gerar o impacto social e ajudar essa nova geração a ter o
diferencial no amanhã, e isso que nos motiva a continuar lutando.

5) Quantas pessoas trabalham nessa ONG?


Ao total tem 7 educadores, e tem por volta agora de 3 voluntários.

6) Como se tornou um instituto?


Se tornou o Instituto desde quando a gente precisou abrir o CNPJ, e tivemos
que passar a existir, aí se tornou o Instituto desde o início mas não era
conhecido. A gente tirou o CNPJ em 2007, porque precisávamos existir perante
a lei. Mas praticamente a identidade de Instituto a gente conseguiu somente no
ano passado, porque éramos vistos mais como uma escola. Então batalhamos
para conseguimos ser reconhecidos como o Instituto, aí tivemos que criar um
pouco a nossa identidade, que ainda estou trabalhando nisso.

7) A organização já recebeu ajuda financeira de terceiros? (POLÍTICOS)


Sim, algum tempo atrás a gente conseguiu uma parceria com a corporativa da
dança, na onde conseguimos um valor de R$100.000,00 para estar investindo
aqui no projeto. Foi aí que sobrevivemos a pandemia, porque esses
colaboradores eles nos ajudou, trabalhou e doou esse valor, aí conseguimos
pagar todas as contas.

8) Há outras pessoas a frente da organização juntamente com você?


Sim, hoje eu tenho a equipe de diretoria, que está sempre a frente opinando e
me ajudando.

9) Como é trabalhar com crianças?


Trabalhar com criança é uma coisa encantadora. Porque a gente vivência
momentos que nos ensina, então a gente acaba descobrindo o potencial tanto
das crianças e acaba descobrindo o nosso próprio potencial, e aí nos
fortalecemos porque aprendemos a não olhar só para o nosso problema. Então
esse trabalho com as crianças é aprender a viver de uma maneira diferente.

10) O que te motiva a continuar com o projeto depois de tantos anos?


Hoje o que me motiva é olhar para trás e vê os frutos de tudo aquilo que você
plantou, ver que floresceu e deu um bom resultado, então o que motiva é ver
que deu certo.

11) A organização realiza outros projetos sociais? Se sim, quais?


Sim, hoje o projeto ele é muito amplo, tem as atividades de dança que é o que
chama mais a atenção aqui da comunidade, tem os cursos de capacitação que
é o reforço de língua portuguesa, matemática e o inglês, e ano que vêm vamos
ter de espanhol. Temos campanha no inverno, onde vendemos caldos e damos
agasalhos para moradores de rua, que são campanhas emergencial. E temos
essa campanha constante que é do desenvolvimento, que é o anual que é tipo
o em processo, então a gente incentiva também a doação de sangue, porque
um dos nossos valores aqui é o de solidariedade. E também tem uma ação
aberta para falar sobre o Setembro Amarelo, porque hoje temos parceria com
duas psicólogas, onde elas sempre fazem palestra em grupos.

12) A comunidade ao seu redor contribui para a realização desses projetos


sociais?
Sim contribui bastante, a gente fez uma colagem no ponto de ônibus, e isso
gerou um público muito grande. Então hoje estamos mais conhecidos, e eles
contribuem sim, como hoje quando tem a reunião com a psicóloga, hoje temos
uma lista de espera para um concurso de inglês. E os pais vendo o isso na vida
dos filhos deles acabam indicando para algum vizinho, amigo, então eles
contribuem para continuarmos o nosso trabalho e assim não desistimos.

13) O que você identifica como força, fraqueza, oportunidade e ameaça


dentro da organização?
Eu acredito que uma equipe desmotivada, acaba gerando todos esses
aspectos que você falou, que ao mesmo tempo seria uma força vai ser uma
fraqueza. Então vamos dizer que se conta mesmo na equipe de educadores,
que está na ponta da frente porque vai ter que liderar de uma forma que
envolva tanto a comunidade, quanto as crianças assistidas e toda equipe. Eu
percebo por exemplo, o educador que começa a faltar eles começam a dar
sinais que está desmotivado, ou qualquer outra situação tipo que não saiba
lidar ás vezes com os pais, porque lidar com as pessoas é bem difícil, então
tem que ficar muito atento, a ameaça está dentro desde quando o pai
desentende com algum educador, de ficar algum mal-entendido. Então a
ameaça é quando o diálogo tá falho ou a equipe está desmotivada por algum
motivo.

14) Quais são os valores que a organização leva?


Os valores são protagonismo, dá pessoa acreditar no seu potencial.
Solidariedade dele aprender a enxergar além dele, enxergar o próximo e saber
que essa é a melhor maneira de seguir em frente. E a fraternidade, de tratar as
pessoas como um irmão independente do seu tipo sanguíneo.

15) Como você se sente em tirar as crianças do mundo digital para um


mundo com acesso a arte e cultura?
O que a gente sente é um prazer muito grande, de trazer o fruto da saúde,
porque o exercício físico da dança é além de um entretenimento, é uma saúde
física aonde a gente contribui. Porque hoje a gente vê as pessoas muito
doente, e a atividade física consegue contribuir tanto na saúde física quanto
mental, então é muito gratificante.

16) Como é o ambiente em que realiza as atividades?


O ambiente é bem arejado, amplo e confortável.

17) Qual é a sua relação com os responsáveis?


Eu tento ser bastante acolhedora, bem afetiva.

18) Você sente diferença trabalhando com o público infantil e adulto?


Sinto essa diferença do público infantil e adulto. É porque a criança sempre tem
uma boa energia, sempre estão ligadas no 220, e do adulto precisa ter um
pouco mais de jogo de cintura, porque ele vem cansado, cheio de problemas. E
a criança pode até vir com algum problema, pode ter acabado de brigar com o
pai mas a criança sempre chega ligada no 220. E essa é a diferença.

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