Tribunal de Justiça Do Estado Da Bahia Poder Judiciário PROJUDI - Processo Judicial Digital

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
PODER JUDICIÁRIO
PROJUDI - Processo Judicial Digital
Baixado do PROJUDI em: 04/09/2023
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
Exequente(s): Nome CPF/CNPJ Identidade

CLAITON PIRES DE OLIVEIRA 755.559.805-15
Endereço Advogados
OAB 12994 N BA - ROSEMBERGUE
RUA RIO DE CONTAS, 900, CASA 03, RECANTO DAS ARVORES, FENELON MEIRA CORDEIRO
IRECÊ - BA, BRASIL, 44.900-000 OAB 49859 N BA - WEVERTON SEIXAS
BARROS
Executado(s): Nome CPF/CNPJ Identidade
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA 07.666.744/0005-12
Endereço Advogados
Rodovia BA 052, S N, KM 354, CENTRO, IRECÊ - BA, BRASIL, OAB 51607 N BA - WILLAME JUNIOR
44.900-000 GOMES RANGEL
Nome CPF/CNPJ Identidade
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA 03.470.727/0001-20
Endereço Advogados
Avenida DO TABOAO, 899, X, SAO BERNARDO DO CAMPO - SP, OAB 36272 N BA - CELSO DE FARIA
BRASIL, 96.559-000 MONTEIRO
Testemunha(s):
Terceiro(s):
Classe: Cumprimento de sentença
Assunto: Indenização por Dano Material
Prioridade: NORMAL
Segredo de Justiça: Não
Data da Distribuição: 03/12/2019
Valor da Causa: R$ 21.588,62
Índice de Documentos
Id Data Assinatura Documento Tipo
88462415 03/12/2019 10:38 1. CLAILTON PIRES DE OLIVEIRA X FORD BURITI E FORD. AÃ§Ã£o Petição Inicial
de RepetiÃ§Ã£o de IndÃ©bito.pdf
88462398 03/12/2019 10:38 14. Recibo.pdf Outros
88462400 03/12/2019 10:38 13. Guincho.pdf Outros
88462401 03/12/2019 10:38 12. Nota Fiscal Prefeitura de IrecÃª.pdf Outros
88462402 03/12/2019 10:38 11. Nota Fiscal.pdf Outros
88462404 03/12/2019 10:38 10. Ordem de ServiÃ§o.pdf Outros
88462405 03/12/2019 10:38 9. TROCA MENSAGENS CLAITON PIRES X CONCESSIONÃRIA Outros
FORD.pdf
88462407 03/12/2019 10:38 8. ORÃ¿AMENTO TROCA BICOS INJETORES.pdf Outros
88462409 03/12/2019 10:38 7. REGISTRO DE MANUTENÃ¿Ã¿ES PROGRAMADAS.pdf Outros
88462410 03/12/2019 10:38 6. CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO VEÃCULO.pdf Outros
88462411 03/12/2019 10:38 5. NOTA FISCAL AQUISIÃ¿Ã¿O VEÃCULO.pdf Outros
88462412 03/12/2019 10:38 4. COMPROVANTE DE RESIDÃ¿NCIA.pdf Comprovante Residência
88462413 03/12/2019 10:38 3. DOCUMENTOS PESSOAIS.pdf Outros
88462414 03/12/2019 10:38 2. PROCURAÃ¿Ã¿O.pdf Procuração
88514936 04/12/2019 07:38 online.html Citação
89308222 21/12/2019 00:01 806784801_266525_BV075761915BR Citação
89438948 08/01/2020 00:02 806784801_266525_BV075761907BR Citação
91210305 16/03/2020 09:36 1. ContestaÃ§Ã£o - Claiton Pires De Oliveira.pdf Contestação
91210306 16/03/2020 09:36 2. KIT FORD.pdf Procuração
91239440 21/02/2020 14:49 1. Pet Docs AudiÃªncia - Claiton Pires De Oliveira.pdf Petição
91239441 21/02/2020 14:49 2. Substabelecimento.pdf Substabelecimento
91239442 21/02/2020 14:49 3. Carta de PreposiÃ§Ã£o 1.pdf Outros
95002745 25/06/2020 11:17 01. ManifestaÃ§Ã£o - Claiton_Pires_De_Oliveira.pdf Petição
95002746 25/06/2020 11:17 02. Decreto.pdf Outros
95663046 21/07/2020 07:35 CLAITON PIRES DE OLIVEIRA BURITI E FORD. requer resignacao Petição
audiencia.pdf
97338435 21/09/2020 09:09 CLAITON PIRES OLIVEIRA X BURITI E FORD. requer designacao Petição
audiencia presencial.pdf
97866427 21/09/2020 09:09 online.html Certidão
105399849 16/04/2021 09:23 online.html Intimação
105436833 16/04/2021 17:00 online.html Mandado
105505069 19/04/2021 15:08 BURITI 0017322 18 2019 8 05 0110.pdf Comprovante Intimação
108495172 25/06/2021 16:33 1-PET_DOCS_AUD_-_Claiton_Pires_De_Oliveira.pdf Petição
108495173 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta I - Aud 2.pdf Outros
108495174 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta II - Aud 2.pdf Outros
108495175 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta III - Aud 2.pdf Outros
108495176 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta IV - Aud 2.pdf Outros
108495177 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta V - Aud 2.pdf Outros
108495178 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta VI - Aud 2.pdf Outros
108495179 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta VII - Aud 2.pdf Outros
108495180 25/06/2021 16:33 Claiton Pires De Oliveira - Carta VIII - Aud 2.pdf Outros
108495181 25/06/2021 16:33 Subs.pdf Substabelecimento
108519126 28/06/2021 08:02 ContestaÃ§Ã£o Buriti x Clainton (Danos Materiais).pdf Contestação
108519127 28/06/2021 08:02 01. ProcuraÃ§Ã£o Buriti.pdf Procuração
108519128 28/06/2021 08:02 02. Contrato Social Buriti.pdf Outros
108519129 28/06/2021 08:02 CARTA DE PREPOSIÃ¿Ã¿O.pdf Outros
108519130 28/06/2021 08:02 03. O.S. 10548.pdf Outros
108519131 28/06/2021 08:02 04. Conversas de WhatsApp.pdf Outros
108519132 28/06/2021 08:02 05. PÃ¡gina do Manual - Garantia.pdf Outros
108519133 28/06/2021 08:02 01. Gerente fala sobre Abastecimento.mp3 Outros
108519134 28/06/2021 08:02 02. InformaÃ§Ã£o sobre qualidade do CombustÃ-vel.mp3 Outros
108519135 28/06/2021 08:02 03. ServiÃ§os no carro.mp3 Outros
108519136 28/06/2021 08:02 04. Impossibilidade de Garantia.mp3 Outros
108519137 28/06/2021 08:02 05. Cliente questiona diagnÃ³stico feito.mp3 Outros
108519138 28/06/2021 08:02 06. Procedimento a ser feito no veÃ-culo.mp3 Outros
108519139 28/06/2021 08:02 07. Esclarecimento sobre o procedimento.mp3 Outros
108519140 28/06/2021 08:02 08. Cliente fala sobre pissibilidade de troca do carro.mp3 Outros
108519141 28/06/2021 08:02 09. Cliente daclara nÃ£o ter pressa em pegar o veÃ-culo.mp3 Outros
108519142 28/06/2021 08:02 10. AutorizaÃ§Ã£o + InformaÃ§Ã£o de que nÃ£o tinha pressa em pegar Outros
o carro.mp3
108519143 28/06/2021 08:02 11. Gerente solicita autorizaÃ§Ã£o para trocar o diesel.mp3 Outros
108519144 28/06/2021 08:02 12. Cliente autoriza compra de novo diesel.mp3 Outros
108522611 28/06/2021 09:22 0017322-18.2019.8.05.0110termo.pdf Termo de Audiência
109701680 23/07/2021 17:04 PETDOCSAUDIENCIAClaitonPiresDeOliveira899927.pdf Petição
109701681 23/07/2021 17:04 2KITFORD.pdf Procuração
109701682 23/07/2021 17:04 Subs.pdf Substabelecimento
109701683 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresdeOliveiraCartaI.pdf Outros
109701684 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaII.pdf Outros
109701685 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaIII.pdf Outros
109701686 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaIV.pdf Outros
109701687 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaV.pdf Outros
109701688 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaVI.pdf Outros
109701689 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaVII.pdf Outros
109701690 23/07/2021 17:04 ClaitonPiresDeOliveiraCartaVIII.pdf Outros
109703363 23/07/2021 17:29 1. PET DOCS AUDIÃ¿NCIA- Claiton Pires De Oliveira-899927.pdf Petição
109703364 23/07/2021 17:29 2. Subs.pdf Substabelecimento
109703365 23/07/2021 17:29 Claiton Pires de Oliveira - Carta I.pdf Outros
109703366 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta II.pdf Outros
109703367 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta III.pdf Outros
109703368 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta IV.pdf Outros
109703369 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta V.pdf Outros
109703370 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta VI.pdf Outros
109703371 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta VII.pdf Outros
109703372 23/07/2021 17:29 Claiton Pires De Oliveira - Carta VIII.pdf Outros
109737959 26/07/2021 09:39 CLAITON PIRES X BURITI E FORD.impugnaÃ§Ã£o Ã s preliminares de Petição
defesa.pdf
109740214 26/07/2021 11:00 6. CLAITON PIRES DE OLIVEIRA 09.40.pdf Termo de Audiência
111141886 25/08/2021 11:50 TFTS5520359v1petdocaudClaitonPiresDeOliveira899927.pdf Petição
111141887 25/08/2021 11:50 Subs.pdf Outros
111141888 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaI.pdf Outros
111141889 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaII.pdf Outros
111141890 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaIII.pdf Outros
111141891 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaIV.pdf Outros
111141892 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaV.pdf Outros
111141893 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaVI.pdf Outros
111141894 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaVII.pdf Outros
111141895 25/08/2021 11:50 ClaitonPiresDeOliveiraCartaVIII.pdf Outros
111251803 27/08/2021 09:15 online.html Ato Ordinatório
112617001 27/09/2021 12:21 Peticao.pdf Petição
112617002 27/09/2021 12:21 PeticaoInicial.pdf Outros
117897720 14/02/2022 07:46 1. RECURSO INOMINADO-CLAITON PIRES DE OLIVEIRA- 899927.pdf Petição
117897721 14/02/2022 07:46 2. Guia de pagamento - Causa.pdf Outros
117897722 14/02/2022 07:46 3. Comprovante de pagamento - Causa.pdf Outros
117897723 14/02/2022 07:46 4. Guia de pagamento - IntimaÃ§Ã£o EletrÃńica.pdf Outros
117897724 14/02/2022 07:46 5. Comprovante de pagamento - IntimaÃ§Ã£o EletrÃńica.pdf Outros
117897725 14/02/2022 07:46 6. Guia de pagamento - Litisconsorcio.pdf Outros
117897726 14/02/2022 07:46 7. Comprovante de pagamento - Litisconsorcio.pdf Outros
117897727 14/02/2022 07:46 8. Guia de pagamento - OJ.pdf Outros
117897728 14/02/2022 07:46 9. Comprovante de pagamento - OJ.pdf Outros
117897729 14/02/2022 07:46 10. Guia de pagamento - Postagem.pdf Outros
117897730 14/02/2022 07:46 11. Comprovante de pagamento - Postagem.pdf Outros
117897731 14/02/2022 07:46 12. Guia de pagamento - Recurso.pdf Outros
117897732 14/02/2022 07:46 13. Comprovante de pagamento - Recurso.pdf Outros
119206507 15/03/2022 07:28 CLAITON PIRES X BURITI. contrarrazÃµes.pdf Petição
120034085 30/03/2022 10:07 online.html Decisão
121840092 09/05/2022 18:47 CLAITON PIRES DE OLIVEIRA X BURITI E FORD. junta comprovante Petição
cumprimento sentenca.pdf
121840093 09/05/2022 18:47 CUMPRIMENTO DE SENTENCA . PROC. 0015135- Outros
37.2019.8.05.0110.pdf
125078895 19/07/2022 17:22 EMBARGOSDEDECLARACAOCLAITONPIRESDEOLIVEIRA899927.pdf Petição
126043497 08/08/2022 17:38 CLAITON X FORD COMPANY. impugnaÃ§Ã£o embargos Petição
declaraÃ§Ã£o.pdf
130854247 21/11/2022 11:42 1 - pet pagamento - claiton.pdf Petição
130854248 21/11/2022 11:42 2 - guia de pagamento - claiton.pdf Outros
130854249 21/11/2022 11:42 3 - comprovante de pagamento - claiton.pdf Outros
131397637 01/12/2022 17:28 CLAITON PIRES X BURITI VEÃCULOS E FORD . requer expediÃ§Ã£o Petição
alvarÃ¡.pdf
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA___VARA DO SISTEMA DE
JUIZADOS ESPECIAIS DA COMARCA DE IRECÊ/BA
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, brasileiro, casado,

médico, portador do RG nº 06.887.587-89-SSP/BA, inscrito no
CPF/MF sob o nº 755.559.805-15, residente e domiciliado na
Rua Rio de Contas nº 900, Casa III, Recanto das Árvores,
CEP 44900-000, Irecê/BA, por seus advogados abaixo
assinados, com endereço profissional no rodapé desta peça,
ali indicado parta o fim de intimação, vem ajuizar a
presente
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS C/C
REPETIÇÃO DE INDÉBITO
em desfavor da BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS

LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob o nº. 07.666.744/0005-12, sediada na BA-052, nº
2.767, Contorno, CEP 44900-000, Irecê/BA e da FORD MOTOR
COMPANY BRASIL LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.470.727/0001-20, com sede
na Av. Taboão n° 899, CEP 09655-000, São Bernardo do
Campo/SP, pelos fundamentos de fato e de direito que passa
a expor:
1
Rua Lafaiete Coutinho nº 19 – Edifício COE – Sala 102 – Fórum – CEP 44900-000 – Tel (74) 3641 5172 – Irecê/BA
E-mail: rosembergue@rmcadvogados.adv.br
Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 1

Código de validação do documento: 70551516 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1. DISPOSIÇÃO FÁTICA
O Autor é proprietário de uma picape FORD

RANGER XLT CD 4A32C, ano/modelo 2018/2019, placa PLL 5A83,
fabricada pela 2ª Ré e adquirida ZERO KM, junto à
revendedora autorizada FORD, ora 1ª Ré, na data de
16/01/2019, conforme nota fiscal anexa.
Acontece que, passados nove meses da aquisição

do utilitário, o Autor e sua esposa, deslocando-se da
cidade de Barreiras/BA para Salvador/BA pela rodovia BR-
242, na altura do km 348, proximidades do Morro do Pai
Inácio, se viu diante de uma pane mecânica que fez o
veículo parar de funcionar repentinamente. Tudo isso no dia
13/11/2019, às 19h da noite, em plena rodovia federal.
Apreensivo e angustiado diante da falha

mecânica do seu utilitário, o Autor acionou o serviço de
assistência FORD, que, após certo tempo de espera,
finalmente mandou um caminhão guincho para transportar o
veículo até a 1ª Ré, localizada em Irecê/BA.
Na revendedora autorizada Ford, 1ª Ré, o Autor

foi informado que a pane mecânica no veículo teria
decorrido supostamente de um defeito nos bicos injetores,
e, para a absoluta surpresa do consumidor, as Rés aduziram
que a garantia do veículo não cobriria o conserto, devendo
ele arcar com todo o custo do reparo, no valor de R$
13.919,31, que com o “desconto concedido” totalizou R$
10.794,31(dez mil, setecentos e noventa e quatro reais e
trinta e um centavos).
Ciente dos seus direitos, o Autor questionou o

motivo pelo qual o reparo não seria coberto pela garantia
do veículo, que é de 5 (cinco) anos, frise-se, ao que as
Rés se limitaram a, tão somente, reiterar negativa da
cobertura, numa completa afronta ao Código de Defesa do
Consumidor.
2

Ora, o Autor é profissional liberal autônomo,
e faz uso do veículo todos os dias, sendo este o seu único
meio de transporte para ir e voltar do trabalho, realizar
viagens para Salvador e Barreiras, onde presta os seus
serviços médicos, bem como para transportar pequenos
equipamentos aos seus consultórios.
Assim, inobstante as várias tentativas de

resolução amigável do problema, as Rés continuaram
irredutíveis quanto à negativa de acionamento da garantia,
e o veículo permaneceu nas dependências da 1ª Ré, o que
motivou o ajuizamento, em 30/10/2019, da ação tombada sob o
nº 0015135-37.2019.8.05.0110, pleiteando o consumidor, além
de medida liminar, a condenação das Rés na obrigação de
fazer e na indenização por danos morais diante da
ilegalidade perpetrada.
Nesta senda, diante do não deferimento do

pedido liminar no processo acima mencionado, aliada a
urgente necessidade em utilizar o veículo nas suas
atividades cotidianas, ao Autor não restou alternativa
senão realizar, dia 07/11/2019, o pagamento da quantia de
R$ 10.794,31 (dez mil, setecentos e noventa e quatro reais
e trinta e um centavos) imposta pela 1ª Ré para que fosse
realizada a troca dos bicos injetores do carro (recibos e
notas fiscais anexos).
Destarte, inconformado com a continuidade das

ilegalidades perpetradas contra si, e objetivando o
ressarcimento dos valores pagos indevidamente, vem o Autor,
mais uma vez, bater às portas do judiciário, para que os
seus direitos sejam observados e garantidos.
3

2. DO DIREITO
2.1. APLICAÇÃO IN CASU DO CDC
Como sabido, a relação jurídica exposta é

disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor.
Nos termos dos arts. 2º e 3º do CDC, o Autor

se enquadra no conceito legal de consumidor, as Rés no
conceito de fornecedoras, e como objeto da relação
consumerista tem-se o produto denominado FORD RANGER XLT CD
4A32C, ano/modelo 2018/2019, placa PLL 5A83. In verbis:
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou

utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,

ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
consumo.
Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação
de serviços.
§ 1°. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou

imaterial.
Realizado tal enquadramento, elucidar-se-á os

demais fundamentos jurídicos que embasam a demanda.
2.2. ATO ILÍCITO
As Demandadas incorreram no cometimento de ato

ilícito, em vista do desrespeito das normas insculpidas na
Constituição Federal, no Código Civil e no Código de Defesa
do Consumidor.
4

A Carta Magna de 1988, em seu art. 5º, consagra
a tutela do direito à indenização por dano material ou
moral decorrente da violação de direitos fundamentais.
Art.5º Omissis
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além

da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem

das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação;
O ato ilícito é aquele praticado em desacordo

com a norma jurídica destinada a proteger interesses
alheios, violando direito subjetivo individual, causando
prejuízo a outrem e criando o dever de reparar tal lesão.
Sendo assim, o Código Civil define o ato

ilícito em seu art. 186 e, determina no art. 927, a sanção
àquele que praticá-lo causando dano a outrem:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
2.3. VÍCIO NO PRODUTO. RESPONSABILIDADE DO

FORNECEDOR
No caso sub examine, é patente a ilicitude

perpetrada pelas Requeridas em razão da negativa de
cobertura do defeito pela garantia do veículo, onde,
inobstante ter apenas poucos 09(nove) meses de uso,
apresentou pane mecânica causada por suposto defeito nos
bicos injetores, segundo os prepostos da 1ª Ré.
5

Realmente, é inadmissível que um veículo
utilitário ZERO KM, bem adquirido por um valor considerável
(nota fiscal anexa), de onde se espera uma durabilidade no
mínimo razoável, apresente grave defeito com poucos meses
de uso e seja negada a cobertura pela garantia contratual
em vigor, tão alardeada no momento da aquisição do produto.
A este respeito, o Código de Defesa do

consumidor assegura que serão consideras nulas eventuais
clausulas contratuais que violem os direitos consumeristas.
Veja-se:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas

contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do

fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços
ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de
consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
Da análise do art. 12 do CDC, extrai-se a

teoria da responsabilidade objetiva do fornecedor diante
dos danos causados aos consumidores dos seus produtos,
perfeitamente subsumida ao caso em tela, onde não foi
observado pelas Rés o dever de qualidade do produto posto
no mercado e adquirido pelo Autor.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou

estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
6

Registre-se que o Autor cumpriu rigorosamente
os termos da garantia do produto, realizando as revisões na
concessionária, respeitando o plano de manutenção do
veículo etc. Enfim, a negativa de cobertura da garantia
contratual e a cobrança indevida não têm qualquer respaldo
jurídico, devendo, portanto, serem consideradas ilegais por
este juízo.
Abordando o tema, o egrégio Tribunal de Justiça

do Estado da Bahia confirma o entendimento aqui esposado,
restando pacificada a questão acerca da responsabilidade do
fornecedor em casos que tais, sendo consideradas nulas
eventuais cláusulas que atenuem a responsabilidade do
fornecedor em casos que tais, in verbis:

DIREITO CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL.
ÔNUS DA PROVA DA PARTE RÉ. ART. 6º, VIII DO CDC. ART. 373, II
DO CPC/2015. ALEGAÇÃO DE INFLUÊNCIA EXTERNA PARA
AFASTAR A COBERTURA DA GARANTIA DO VEÍCULO. MÁ
UTILIZAÇÃO DO PRODUTO PELO CONSUMIDOR POR USO DE
COMBUSTÍVEL ADULTERADO. NÃO COMPROVAÇÃO. PROVA
PERICIAL DISPENSADA PELO DEMANDADO, QUE TERIA O CONDÃO
DE AFASTAR O FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR.
DEVER DE REPARO. OBRIGAÇÃO DE FAZER CONVERTIDA EM
PERDAS E DANOS. DANOS MATERIAS. DEVER DE
INDENIZAÇÃO PELAS DESPESAS COM LOCAÇÃO DE OUTRO
VEÍCULO. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. INVERSÃO DOS
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA
REFORMADA. (...) 4. Danos materiais. De acordo com o
princípio da restituição integral, insculpido no artigo 6º, VI,
do Código de Defesa do Consumidor, devem as apeladas
indenizar o recorrente pelas despesas com locação de outros
veículos no valor de R$3.600,00 (três mil e seiscentos reais),
corrigidos monetariamente pelo INPC a partir do evento danoso e
acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a contar
da mesma data. 5. Dano moral. A negativa de cobertura da
garantia contratada foi apta a gerar a quebra de confiança no
consumidor, que não podia esperar a apresentação de
problemas de tamanha relevância em um veículo novo.
Levando em consideração a frustração sofrida, o valor do
bem objeto do contrato e a negativa de reparo pela garantia,
mostra-se razoável a quantia de R$10.000,00 (dez mil reais),
a ser corrigida monetariamente pelo INPC a partir data de publicação
da decisão e com incidência de juros de mora de 1% (um por cento)
7

ao mês a partir da data de citação. 6. Inversão dos ônus
sucumbenciais. APELO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-BA, APL:
0000678422009805 0274, Relator: Roberto Maynard Frank, Quarta
Câmara Cível, Data de Publicação: 16/04/2019).
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

APELAÇÕES CÍVEIS – Interposições contra sentença que julgou
procedente ação de indenização por danos materiais e morais.
Compra e venda de veículo novo. Alegação de existência de
defeito no produto. Conserto no motor do veículo cobrado
pela concessionária, não obstante a garantia de fábrica.
Inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII, do
Código de Defesa do Consumidor. Rés que não lograram
provar os fatos impeditivos, modificativos e extintivos do
direito do autor. Culpa exclusiva do autor, decorrentes da utilização
de combustível adulterado, não demonstrada. Ressarcimento do
valor despendido para o conserto devido. (...). Sentença
parcialmente reformada. (TJ-SP - APL: 10095401220158260008 SP
Relator: Mario A. Silveira, Data de Julgamento: 23/05/2016, 33ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/05/2016).
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

CIVIL. CONSUMIDOR. REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. RAZÕES DISSOCIADAS. VEÍCULO NOVO. VÍCIO
OCULTO. LEGITIMIDADE PASSIVA DA CONCESSIONÁRIA.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICABILIDADE.
PERÍODO DE GARANTIA. PROBLEMA EM RAZÃO DE
COMBUSTÍVEL ADULTERADO. NÃO COMPROVADO. DANO
MORAL. CABÍVEL. QUANTUM. PROPORCIONAL E RAZOÁVEL.
SENTENÇA MANTIDA. (...) 3. O fato de o autor utilizar o veículo
também para seu trabalho não retira a sua qualidade de consumidor,
haja vista a sua vulnerabilidade e a utilização para uso próprio sem a
finalidade de revenda, apenas como auxiliar ao exercício da sua
atividade econômica que provê o seu sustento. Precedentes. (...). As
rés não comprovaram que o defeito nos bicos injetores e na
bomba de alta pressão tenha como causa a má utilização do
veículo, por uso de combustível adulterado, ônus que lhe
incumbia (artigo 373, inciso II, do CPC) e que seria facilmente
constatado se no momento da avaliação do problema tivesse colhido
amostra do combustível para análise. 6. O dano moral se relaciona
diretamente com os prejuízos ocasionados aos direitos da
personalidade, cuja violação afeta diretamente a dignidade do
indivíduo e constitui motivação suficiente para fundamentar uma
ação compensatória dessa natureza. Sendo verificada a conduta
antijurídica causadora do dano, qual seja, negativa de
cobertura da garantia contratada, inúmeros retornos do
consumidor à Concessionária e o descaso na solução do
defeito, findando por negar a garantia, afigura-se cabível o
pleito de indenização por danos morais. 7. Revelando-se
8

adequado o valor estabelecido a título de danos morais, impõe-se sua
manutenção. 8. Recurso parcialmente conhecido e desprovido. (TJ-
DF 07268490320178070001 DF, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Data
de Julgamento: 01/06/2018, 2ª Turma Cível, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 08/06/2018).
2.4. DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Como explanado alhures, o Autor teve que

custear os reparos no veículo (troca de filtro e bicos
injetores de combustível), quando a responsabilidade pelo
conserto seria integralmente das Rés.
Sendo a presente lide calcada numa relação de

consumo, imperiosa a incidência do Código de Defesa do
Consumidor, que determina a repetição de indébito em casos
que tais:
O art. 42 do CDC respalda tal entendimento,
veja-se:
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será
exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem

direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou
em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável.
Assim, de acordo com a legislação aplicável à

espécie, mostra-se cabível a repetição de indébito, impondo
às Rés o dever de restituir ao Autor, em dobro, os valores
pagos por ele para realizar o reparo do veículo, no
montante de R$ 10.794,31 (dez mil, setecentos e noventa e
quatro reais e trinta e um centavos), conforme recibo, nota
fiscal e ordem de serviço anexos, totalizando a quantia de
R$ 21.588,62 (vinte e um mil, quinhentos e oitenta e oito
reais e sessenta e dois centavos).
9

2.5. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega

o fato gerador do direito mencionado ou a quem o nega,
fazendo nascer um fato modificativo, conforme disciplina o
artigo 373, incisos I e II do Novo Código de Processo
Civil.
O CDC, representando uma atualização do direito

vigente, trouxe no seu art. 6º, VIII, o instituto da
inversão do ônus da prova, no intuito de possibilitar ao
magistrado a atenuação da disparidade de forças comumente
verificadas no âmbito processual.
O consumidor revela-se como sendo a figura

vulnerável da relação jurídica de consumo. O fornecedor,
como detentor dos meios de prova, os quais são muitas vezes
buscados pelo primeiro, que a tais meios não tem acesso,
está quase sempre na situação de hipersuficiência em face
do consumidor.
Por esta razão o legislador adotou essa moderna

teoria que orienta no sentido de, como medida justa,
inverter o ônus da prova em favor da parte menos capacitada
da relação jurídica, em face da não detenção dos meios de
aquisição probatória.
Havendo uma relação jurídica onde está

caracterizada a vulnerabilidade entre as partes, como de
fato há no presente caso, aquela mais fraca deve ser
agraciada com as normas protetivas da Lei nº 8.078/1990,
principalmente no que tange aos direitos básicos do
consumidor, e os doutrinadores pátrios ratificam, in
verbis:
10

O CDC permite a inversão do ônus da prova em favor do consumidor,
sempre que foi hipossuficiente ou verossímil sua alegação. Trata-se
de aplicação do princípio constitucional da isonomia, pois o
consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca e vulnerável
na relação de consumo (CDC 4º, I), tem de ser tratado de forma
diferente, a fim de que seja alcançada a igualdade real entre os
participes da relação de consumo. O inciso comentado amolda-se
perfeitamente ao princípio constitucional da isonomia, na medida em
que trata desigualmente os desiguais, desigualdade essa reconhecida
pela própria Lei. (Código de Processo Civil Comentado, Nelson Nery
Júnior et al, Ed. Revista dos Tribunais, 4ª ed.1999, pág. 1805, nota
13).
Com os fundamentos ora pautados, faz-se

necessária a inversão do ônus da prova, incumbindo às Rés o
dever de provar aquilo que V.Exa., eventualmente, entender
ainda não demonstrado documentalmente.
3. PEDIDOS FINAIS
Ex positis, o Autor requer a V.Exa. a adoção

das seguintes providências:
a) a citação das Rés para, querendo, comparecerem a audiência a

ser designada, pena de revelia e confissão;
b) a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do

Código de Defesa do Consumidor, em face da verossimilhança
das alegações e da flagrante hipossuficiência do consumidor;
c) o julgamento procedente do(s) pedido(s), com a condenação das

Rés na devolução, em dobro, do valor pago indevidamente pelo
Autor, totalizando o montante de R$ 21.588,62 (vinte e um mil,
quinhentos e oitenta e oito reais e sessenta e dois centavos),
conforme documentos anexos (recibo, nota fiscal e ordem de
serviço);
11

d) a condenação das Requeridas, na hipótese de interposição de
recurso, ao pagamento dos honorários advocatícios, fixados em
20% (vinte por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos
termos do art. 55 da Lei 9.099/1995.
Protesta provar o alegado por todos os meios

admitidos em Direito, notadamente, prova testemunhal,
documental, bem como, quaisquer outras providências que
V.Exa. julgue necessárias à perfeita resolução do feito,
ficando tudo de logo requerido.
Dá-se à causa o valor de R$ 21.588,62 (vinte e

um mil, quinhentos e oitenta e oito reais e sessenta e dois
centavos).
Espera deferimento.
Irecê/BA, 02 de dezembro de 2019.
Rosembergue Fenelon Meira Cordeiro

OAB/BA nº 12.994
Weverton Seixas Barros

OAB/BA nº 49.859
12

Código de validação do documento: 7055146c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7055148a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 705514a8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
De: Ana Caroline Dourado Freitas Matos
<ana.caroline@buritiveiculos.com.br>
Data: 22 de outubro de 2019 14:57:42 BRT
Para: claitonpires@gmail.com
Assunto: Orçamento Ranger PLL5A83
Boa tarde!
Dr. Claiton segue anexo orçamento referente a serviço que precisamos

efetuar na Ranger placa PLL5A83. O orçamento anexo está sem desconto
mais nós conseguimos para o senhor o desconto de 25% no valor dos bicos.
O valor correto do orçamento total com desconto é de R$ 10.794,31.
Atenciosamente,
Ana Caroline Dourado - Gerente de serviços

ana.caroline@buritiveiculos.com.br
(74) 98824-7128 / (74) 3688-7906
Buriti Veículos Peças e Serviços Ltda
(74) 3688-7900
Rodovia BR 052, Km - 354, S/N - Centro - Irecê - BA
http://www.buritiford.com.br

Código de validação do documento: 705514b2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 705514c6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 705514da a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 705514e4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 705514ee a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 705514f8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7055150c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
AVENIDA Sol Poente, s/n
Asa Norte
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA
EMAIL: irece-1vsj@tjba.jus.br
PROCESSO ELETRÔNICO: 0017322-18.2019.8.05.0110

PARTE(S) AUTORA(S): CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
PARTE(S) RÉ(S): BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
CITAÇÃO
Pela presente ordem, fica a parte RÉ acima nomeada CITADA e INTIMADA para todos os termos da ação judicial que contra ela foi proposta
pela(s) parte(s) AUTORA(S), também acima nomeada(s). A parte ré deve comparecer à AUDIÊNCIA JUDICIAL designada para o dia 26 de
Junho de 2020, às 09:30h, neste Juizado, localizado no endereço acima indicado. Não havendo acordo, proceder-se-á imediatamente à
audiência de instrução e julgamento, desde que não resulte prejuízo para a defesa, NA QUAL a parte ré: a) deverá comparecer à audiência
e, se a causa for de valor superior a vinte salários mínimos, deverá comparecer à mesma assistida por advogado; b) apresentar toda a
defesa que tiver, por escrito ou verbalmente, na audiência designada, c) produzir toda prova que tiver na audiência designada.
ADVERTÊNCIA: A parte ré fica advertida de que DEVERÁ COMPARECER À AUDIÊNCIA, pois a sua ausência, por força da REVELIA,
importará em admitir verdadeiro(s) o(s) fato(s) alegado(s) na postulação (art.20 Lei federal N. 9099/95). Havendo documentos a serem
juntados no processo de que tenha interesse (petições, contestações, documentos probatórios, constitutivos, gravações de áudio e imagem
etc.), a parte ré deverá fazer a digitalização e juntada no respectivo processo eletrônico até a data da audiência. Caso verse a matéria em
julgamento sobre relação de consumo, poderá ocorrer a inversão do ônus da prova (art. 6º inc VIII Lei 8078/90).
Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer
horário, mediante digitação do código individual de acesso 1f9b7c1 no campo "Teor do Processo".
IRECÊ, 4 de Dezembro de 2019.
EVELINE COSTA NEVES DOURADO

Secretário(a)
Documento assinado eletronicamente
Assinado eletronicamente por: JAIME BARRETO FILHO Id. 88514936 - Pág. 26

Código de validação do documento: 705d18b0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
AVENIDA Sol Poente, s/n
Asa Norte
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA
EMAIL: irece-1vsj@tjba.jus.br
PROCESSO ELETRÔNICO: 0017322-18.2019.8.05.0110

PARTE(S) AUTORA(S): CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
PARTE(S) RÉ(S): BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
CITAÇÃO
Pela presente ordem, fica a parte RÉ acima nomeada CITADA e INTIMADA para todos os termos da ação judicial que contra ela foi proposta
pela(s) parte(s) AUTORA(S), também acima nomeada(s). A parte ré deve comparecer à AUDIÊNCIA JUDICIAL designada para o dia 26 de
Junho de 2020, às 09:30h, neste Juizado, localizado no endereço acima indicado. Não havendo acordo, proceder-se-á imediatamente à
audiência de instrução e julgamento, desde que não resulte prejuízo para a defesa, NA QUAL a parte ré: a) deverá comparecer à audiência
e, se a causa for de valor superior a vinte salários mínimos, deverá comparecer à mesma assistida por advogado; b) apresentar toda a
defesa que tiver, por escrito ou verbalmente, na audiência designada, c) produzir toda prova que tiver na audiência designada.
ADVERTÊNCIA: A parte ré fica advertida de que DEVERÁ COMPARECER À AUDIÊNCIA, pois a sua ausência, por força da REVELIA,
importará em admitir verdadeiro(s) o(s) fato(s) alegado(s) na postulação (art.20 Lei federal N. 9099/95). Havendo documentos a serem
juntados no processo de que tenha interesse (petições, contestações, documentos probatórios, constitutivos, gravações de áudio e imagem
etc.), a parte ré deverá fazer a digitalização e juntada no respectivo processo eletrônico até a data da audiência. Caso verse a matéria em
julgamento sobre relação de consumo, poderá ocorrer a inversão do ônus da prova (art. 6º inc VIII Lei 8078/90).
Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer
horário, mediante digitação do código individual de acesso 1f9b7cb no campo "Teor do Processo".
IRECÊ, 4 de Dezembro de 2019.

Secretário(a)

Código de validação do documento: 705d18ec a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: ECT Id. 89308222 - Pág. 28
Código de validação do documento: 70d6246c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: ECT Id. 89438948 - Pág. 29
Código de validação do documento: 70ea16e8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ/BA
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., pessoa jurídica de direito privado

situada na Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo,
Estado de São Paulo, inscrita junto ao CNPJ/MF sob nº 03.470.727/0001-20,
vem respeitosamente à presença de V. Exa., por seus advogados, nos autos da
Ação Indenizatória que lhe promove CLAITON PIRES DE OLIVEIRA,
apresentar sua
CONTESTAÇÃO
com fulcro nos art. 30 e seguintes da Lei 9.099/95 pelas razões de fato e de
direito a seguir elencadas.
I - SÍNTESE FÁTICA
1. Trata-se de ação de reparação de danos materiais c/c repetição de indébito

na qual alega o Autor ser proprietário de um veículo Ford Ranger XLT CD
4ª32C, ano/modelo 2018/2019, zero KM, adquirido em 16/01/2019.
Tozzini, Freire, Teixeira e Silva

Av. Paulista 2421 8 º andar CEP 01311-300 São Paulo SP
T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
TOZZINIFREIRE.COM.BR
Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 91210305 - Pág. 30

Código de validação do documento: 71f8608a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
2. Narra que em 13/11/2019 encaminhou o veículo à Concessionária
Autorizada FORD, qual seja, BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA,
oportunidade na qual fora constada suposta falha nos bicos injetores.
3. Segue narrando que a Concessionária negou-lhe o conserto em garantia

ocasião em que teve que arcar com todo o custo do reparo, no importe de
R$13.919,31 e que, com o desconto concedido totalizou R$10.794,31
relacionados aos bicos injetores do automóvel.
4. Aduz que após várias tentativas de resolução amigável, ajuizou em

30/10/2019 ação sob nº 0015135-37.2019.8.05.0110, pleiteando medida
liminar bem como a condenação das Rés na obrigação de fazer e na
indenização por danos morais diante da ilegalidade.
5. Assim, ajuizou a presente ação pleiteando restituição do valor pago pelo
reparo do veículo, em dobro.
6. Ante o exposto, requer:
I. A Inversão do ônus da prova.

II. A repetição do indébito no importe de R$ 21.588,62 referentes ao dobro
do montante pago pelo requerente pelo conserto do veículo em garantia.
7. Assim, as alegações do Autor carecem de respaldo fático e jurídico,

devendo seu pleito ser julgado improcedente por esse MM. Juízo.
II - ESCLARECIMENTOS INICIAIS
8. De início, a Ford esclarece que zela pelo absoluto respeito a seus

consumidores e está sempre atenta a oferecer ao mercado de consumo
produtos de excelente qualidade, que atendam satisfatoriamente ou até mesmo
superem as expectativas dos consumidores com absoluta segurança e
responsabilidade.
9. Nesse passo, os veículos da marca Ford passam por um rigoroso controle

de qualidade antes de serem colocados no mercado, assim como atendem a
todas as normas vigentes impostas pelos órgãos competentes para
homologação de veículos.
10. E, no caso de serem, eventualmente, identificados vícios de

fabricação no veículo dentro do prazo de garantia concedida, a Ford
responsabiliza-se pelo conserto destes, sem ônus algum ao cliente.

11. No entanto, a garantia fornecida pela FORD não é ilimitada, devendo ser
observada a vigência contratual e ainda o fato de que há itens do veículo que
naturalmente sofrem desgastes naturais ou por mau uso, e são excluídos da
garantia contratual fornecida pela Ré.
12. No caso em exame, o Autor dramatiza a realidade dos fatos, mas é fato
que não houve qualquer ato ilícito por parte da Ré que enseje compensação por
danos materiais bem como repetição de indébito, uma vez que o problema
ocorrido em seu veículo não decorre de defeito de fabricação, mas sim de
mau uso decorrente combustível de má qualidade, não estando coberto
pela garantia contratual, motivo que afasta a responsabilidade da FORD
em reparar o veículo em garantia bem como o ônus pelo reparo.
13. Assim, como restará demonstrado, o pedido formulado não merece

acolhimento.
III - PRELIMINARMENTE
III.A - DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL.

CAUSA DE MAIOR COMPLEXIDADE. NECESSIDADE DE PERÍCIA.
INCIDÊNCIA DO ART. 98 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ART. 3º,
CAPUT, E 51, II, DA LEI 9.099/95:
14. Primeiramente se faz necessário destacar que o feito deverá ser julgado
extinto sem julgamento do mérito em razão da evidente necessidade de prova
pericial no caso em tela, sendo que o procedimento célere, simples e informal
dos Juizados Especiais Cíveis não pode ser aplicado ao presente processo, por
se tratar de demanda que exigirá a produção de prova técnica complexa, o que
não se coaduna com a sistemática da lei 9.099/95.
15. Ao tratar da competência dos Juizados Especiais Cíveis, a Lei 9.099/95, em

seu art. 3º, determina que o “Juizado Especial Cível tem competência para
conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade”.
16. Assim, em que pese o esforço do Autor em dar veracidade às suas

alegações, não há qualquer indício de que o problema apresentado seja defeito
de fábrica. Pelo contrário, o que se evidenciou foi que o suposto defeito
ocorreu por desgaste natural da própria peça em decorrência do seu
mau uso pelo Autor.
17. Todavia, para constatação desta apuração, somente poderá se realizar por
meio de perícia técnica, indispensável na presente demanda, justamente

porque norteará a responsabilidade que o Autor procura imputar à Ré, sendo
certo que somente a realização de perícia técnica poderá constatar as
razões dos problemas constatados no veículo do Autor se são
decorrentes de mau uso ou vício de fabricação.
18. Ora, o Enunciado nº 54 do Fórum Permanente de Juízes Coordenadores

dos Juizados Especiais é neste sentido, ao afirmar que a complexidade da
demanda afere-se pelo objeto da prova a ser produzida nos autos e não em
face do direito material, confira-se:
“A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida

pelo objeto da prova e não em face do direito material”
19. A simples leitura da peça vestibular evidencia que a causa do pedido

formulado pela parte Autora importa na INDISPENSÁVEL realização de
PROVA TÉCNICA de elevada COMPLEXIDADE para se aferir a efetiva causa
do problema constatado no veículo automotor de propriedade do Autor, a teor
dos arts. 420 e seguintes do CPC.
20. Neste sentido, os Colégios Recursais vêm decidindo reiteradamente,

confira-se:
“PROVA - Perícia técnica - Não cabimento da realização de perícia formal no

procedimento do Juizado Especial - Recurso parcialmente provido.” (Recurso
Inominado nº 00173735020108260016 – Nona Turma Recursal Cível – São
Paulo - Relator Alcides Leopoldo e Silva Junior – Votação Unânime -
19.10.2011)
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. PROVA. FRAUDE ELETRÔNICA ENTRE
PARTICULARES. UTILIZAÇÃO DE CANAIS DE COMUNICAÇÃO VIA INTERNET
EM NOME DE TERCEIRO. PROVA. PERÍCIA. NECESSIDADE. No caso dos
autos a prova técnica necessária não se satisfaz com aquela mais
singela, prevista no artigo 35 da Lei n. 9099/95, ademais não
produzida. Impossibilidade de substituição pela prova oral. Incompetência
absoluta reconhecida. Processo extinto sem conhecimento do mérito.
(Recurso Inominado nº 989100092110 – Primeira Turma Recursal Cível – São
Paulo - Relator Carlos Eduardo Borges Fantacini – Votação Unânime –
06.10.2010 – grifos nossos)
21. Sendo assim, verifica-se, insofismavelmente, que a causa supera, em

complexidade, o âmbito de aplicação da Lei 9.099/95, motivo pelo qual,
afigura-se esse M. D. Juízo absolutamente incompetente para apreciar e julgar
a matéria em debate.

22. Diga-se, ainda, que a prova pericial é direito da parte que a pretende
produzir, equivalendo uma sentença sem a produção da referida prova ao seu
indeferimento, em flagrante CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA DA
RÉ, contrariando o quanto disciplinado no artigo 5, inciso LV, da Constituição
Federal.
23. Face ao exposto, requer que V. Exa. se digne a EXTINGUIR O

PROCESSO, sem resolução do mérito, com fulcro no art. 51, II, da Lei
9.099/95.
III.B - EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO POR AUSÊNCIA DE

CONDIÇÃO DA AÇÃO - FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL
24. Exa., a presente demanda deve ser de plano extinta por ausência de
condição da ação, especificamente, o interesse processual.
25. Verifica-se da narração dos fatos e dos documentos juntados que o Autor
praticou atos incompatíveis ao interesse processual objeto da presente
demanda.
26. Ora, se o Autor não concordava com a informação de que os reparos não
seriam em garantia em razão de utilização de combustível de má qualidade,
deveria questionar neste momento e, se o caso, requerer a análise por um
profissional de sua confiança, ingressar com medida cautelar ou ao menos
garantir a situação do veículo para que se pudesse analisar se era ou não vício
de fábrica.
27. Ao contrário, autorizou os reparos e somente após o reparo ingressa com a

presente demanda.
28. Veja que a troca dos bicos injetores em novembro de 2019 impede a
produção de provas pela Ré, de demonstrar que não se trata vício, mas sim,
reparos decorrentes de mau uso por utilização de combustível adulterado,

assim como impede o próprio Autor de comprovar suas alegações de que havia
vício no veículo.
29. Possível afirmar, portanto, que a autorização do reparo mediante

pagamento impediu a principal prova da alegação do Autor e da defesa da Ré:
a PERÍCIA REALIZADA POR ENGENHEIRO MECÂNICO.
30. O pedido de restituição dos valores dispendidos com o reparo em dobro e o

ato praticado pelo Autor de é totalmente incompatível com a pretensão de
discutir tal negativa, pois não apenas cerceia o direito da FORD de demonstrar
que o veículo não possuía vício, mas também da autora demonstrar que há
vício!
31. Evidente que o Autor praticou ato incompatível com seu interesse
processual, pois não manteve a situação que pretendia provar seu direito em
juízo e cerceou o direito da FORD de demonstrar que o problema, em verdade,
era por conta do mau uso do automóvel.
32. Diante do exposto e com fulcro no artigo 485, IV, do CPC, é de se

reconhecer que não estão presentes as condições da ação, especificamente o
interesse processual.
IV - DO MÉRITO
IV.A - DA UTILIZAÇÃO DE COMBUSTÍVEL DE MÁ QUALIDADE - DA

INEXISTÊNCIA DE VÍCIO DE FABRICAÇÃO E NÃO VIGÊNCIA DA
GARANTIA – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA FORD
33. O Autor ingressou com a presente demanda sob o fundamento de que o

problema em seu veículo, apesar de em seu entendimento ser decorrente de
vício, não foi reparado em garantia.
34. Afirma que o veículo objeto da lide apresentou pane elétrica, sendo
necessária a troca de bicos injetores.
35. De plano, merece atenção para a necessidade de manutenção periódica

que deve ser realizada pelo proprietário no veículo, assim como para a
responsabilidade quanto ao combustível utilizado no veículo, nos termos do
Manual do Usuário.
36. Os vícios decorrem tão somente pela utilização de combustível de má

qualidade, o que interfere diretamente no bom desempenho de todas as
peças e do veículo como um todo.

37. Excelência, no presente caso, ao contrário que alega o Autor em inicial, o
veículo foi encaminhado para reparos em 13/11/2019, sendo que após análise
e imagens verificou-se a necessidade de troca dos bicos injetores em
razão de utilização de combustível contaminado.
38. Ainda Excelência, merece destacar que após a Ford passar o orçamento
para o Autor para realização do reparo, apenas não houve o reparo de
imediato, pois o Autor demorou em concordar com o pagamento dos valores,
assim resta devidamente impugnada a alegação do autor de que houve demora
no reparo.
39. Excelência, muito embora a preliminar de incompetência do Juizado

Especial Cível em razão da prova pericial, evidente que os problemas narrados
em inicial não se tratam de vícios de fabricação, sendo excludente de ilicitude
prevista no artigo 12 do CDC.
40. Tais informações são encontradas com facilidade até mesmo na rede
mundial de computadores:
A cena se repete diariamente por todo o Brasil. Pouco depois de abastecer o

carro, o motorista nota que ficou mais difícil dar a partida, percebe falhas no
motor e lentidão na passagem da marcha, que se torna estranhamente
irregular. Com o tempo, aparecem os engasgos, a perda de potência e os
problemas na aceleração. Para completar, o carro passa a consumir mais. O
diagnóstico costuma ser um só: combustível adulterado, uma prática que
atinge sem discriminação carros à gasolina, álcool ou flex. É importante saber
os riscos que seu carro corre andando com combustível ilegal e o que fazer
para evitar esses problemas.
O modo mais comum de adulterar combustíveis é misturando-os com
álcool hidratado (que contém água, diferente do álcool anidro
combustível) e solventes com poder de combustão, como aguarrás. A
água e as impurezas podem derreter as mangueiras de combustível,
entupir o carburador, poluir o óleo lubrificante e sobrecarregar as
velas e válvulas. Motores a álcool ainda correm o risco de ter seus pistões
corroídos. Tanque, bicos injetores, filtros e a bomba de combustível também
sofrem. A longo prazo, o motor pode até fundir, causando um prejuízo que
pode chegar a R$ 5 mil, se for o caso de uma retífica completa! “Já aconteceu
com o meu próprio carro”, narra Aydano Corrêa, proprietário da Auto

Mecânica Mondego, no Rio de Janeiro. “A gasolina ruim transformou o óleo
lubrificante em uma verdadeira goma, que criou uma crosta no cabeçote e
entupiu a bomba de óleo. Deu um tremendo trabalho para limpar”.
http://www.dicasautore.com.br/publicador/CMS.do?idSecao=C47070B3-
D3D5-29FE-AC68-2D025FB973EC&idMateria=FA63A8A6-B1EA-157C-A822-
7F35C32BD023
41. Assim sendo, a indignação do Autor com relação ao ocorrido é

absolutamente infundada, posto que lhe foi esclarecido que o veículo por ele
adquirido, assim como todos os veículos automotores, necessitava da devida
manutenção, cuja responsabilidade é do proprietário do veículo, como
expressamente descrito no manual.
42. Em outras palavras, os defeitos narrados pelo Autor não podem ser
caracterizados como vício de fabricação, mas sim, fruto de sua conduta
negligente para com a manutenção de seu veículo e utilização de combustível
de procedência duvidosa.
43. Exa., certo é que os procedimentos adotados pela Ford em relação

ao Autor são lícitos, já que o fabricante não é obrigado a arcar com os
problemas encontrados no veículo em decorrência de negligência do
mesmo, constituindo assim causa de excludente de responsabilidade,
consoante o artigo 12, parágrafo 3º, III do CDC.
44. Nesse sentido, colaciona-se julgado exatamente com o mesmo vício

ocasionado:
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONHECIMENTO. COMPRA E VENDA

DE VEÍCULO NOVO. OCORRÊNCIA DE DEFEITOS DECORRENTES DE
USO DE COMBUSTÍVEL INADEQUADO. RECUSA DE COBERTURA DOS
REPAROS POR PARTE DA CONCESSIONÁRIA E DA FABRICANTE DO
VEÍCULO. INEXISTÊNCIA DE GARANTIA CONTRATUAL. ILICITUDE
NÃO CARACTERIZADA. RESCISÃO CONTRATUAL E FIXAÇÃO DE
INDENIZAÇAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. IMPROCEDÊNCIA DOS
PEDIDOS. MANUTENÇÃO. 1. Somente estão abrangidos pela garantia
contratual e pela garantia legal, os defeitos de fabricação do veículo,
não sendo possível a cobertura de defeitos provocados por mau uso
ou por desgaste natural do bem. 2. Tendo em vista que a prova pericial
produzida em Ação Cautelar Preparatória indicou que os defeitos
apresentados pelo veículo adquirido pelo autor decorreram da utilização de
combustível contaminado ou de baixa qualidade, e não em virtude de vícios
de fabricação, não há como ser acolhida a pretensão de rescisão contratual
por culpa da fabricante e da concessionária revendedora do automóvel. 3.
Tratando-se de defeitos decorrentes de uso de combustível
contaminado ou de má qualidade, a fabricante e a concessionária
revendedora não deve responder por danos materiais e ou morais
experimentados pelo adquirente do automóvel. 4. Recurso de Apelação

conhecido e não provido. (TJ-DF 20150110665588 DF 0018980-
98.2015.8.07.0001, Relator: NÍDIA CORRÊA LIMA, Data de Julgamento:
26/07/2018, 8ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE :
30/07/2018 . Pág.: 626/628)
45. Evidente, portanto, que o Autor estava ciente das condições da garantia
fornecida pela Ré, nos termos do manual do veículo.
46. Portanto, certo é que os procedimentos adotados pela Ré em relação à

Autora são lícitos e não atentatórios à lei, razão pela qual a pretensão autoral
deverá ser julgada totalmente improcedente.
IV.B - DA TOTAL INEXISTÊNCIA DE PROVAS
47. Conforme já salientado, o Autor alega que os problemas do veículo são

decorrentes de vícios de fabricação, todavia, como amplamente demonstrado a
necessidade de troca dos bicos injetores apenas fora necessária em razão da
utilização de combustível de má qualidade.
48. Inclusive o próprio Autor junta nos autos da presente demanda comprova
que em nenhum momento houve negligência dos Distribuidores os quais
atenderam o Autor, sendo informado que não poderiam realizar os reparos em
garantia em razão de reparos decorrentes de combustível adulterado.
49. De acordo com o artigo 373, do CPC, seria imperativo ao Autor juntar aos
autos, ao menos, um indício de prova de vício no veículo dele.
50. Ao contrário e como já esclarecido no tópico de ato incompatível, nada

trouxe o Autor a demonstrar a verossimilhança de suas alegações, o que já se
encontra pacificado na jurisprudência que não é abarcado pelo Poder Judiciário:
APELAÇÕES CÍVEIS. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO

ANULATÓRIA DE TÍTULO C/C INDENIZATÓRIA POR DANO MORAL E
SUSTAÇÃO DE PROTESTO. ALEGADO DEFEITO NOS SERVIÇOS. CONSERTO
NO MOTOR DE TRATOR. AUSÊNCIA DE PROVA DO FATO ALEGADO COMO
FUNDAMENTO PARA O DIREITO DO AUTOR. O autor não se desincumbiu de
comprovar o fato constitutivo de seu direito, a teor do disposto no art. 373, I,
do CPC/2015, porquanto não há prova de que os defeitos apresentados no
motor seriam decorrentes da má-execução dos serviços requerida. RECURSO
IMPROVIDO.
(TJ-RS - AC: 70073391500 RS, Relator: Guinther Spode, Data de
Julgamento: 28/09/2017, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 02/10/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO
REDIBITÓRIA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. COMPRA
E VENDA DE VEÍCULO NOVO. VÍCIO OCULTO. AUSÊNCIA DE PROVA DO
VÍCIO ALEGADO. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA
MANTIDA. Vício oculto. No caso dos autos, a alegações de vício oculto no
veículo, bem como de qualquer conduta ilícita por parte das rés não vieram
acompanhadas de prova mínima a autorizar o acolhimento dos pedidos,
impondo-se a manutenção da sentença de improcedência do feito.
Indenização. Inexistindo comprovação da existência do vício oculto, estando
atualmente o veículo em perfeitas condições de uso, e tendo os problemas
encontrados sido pronta e integralmente sanados pelos apelados, não há falar
em rescisão do contrato de compra e venda, tampouco em indenização por
perdas e danos e/ou dano moral. NEGARAM PROVIMENTO AO APELO.
UNÂNIME.
(TJ-RS - AC: 70075849414 RS, Relator: Giovanni Conti, Data de Julgamento:
22/02/2018, Décima Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da
Justiça do dia 28/02/2018)
51. E nem se diga que, por se tratar de relação de consumo, poderia se falar
em inversão do ônus da prova sem qualquer demonstração de vício, ou seja,
partindo-se do nada.
52. A boa-fé é uma estrada de duas mãos e, assim, a proteção jurídica do

consumidor não é absoluta, a ponto de se permitir a produção de provas sequer
minimamente trazidas aos autos, ou uma ínfima possibilidade de
verossimilhança.
53. Pelo exposto, imperativo reconhecer que não há sequer verossimilhança

das alegações, não havendo uma mínima demonstração de se tratar de vício do
produto!
V - DOS DANOS MATERIAIS
V.A.1 - DA IMPOSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS

PELOS SERVIÇOS PRESTADOS - CUSTOS DEVIDOS PELO AUTOR
54. Conforme demonstrado acima, não houve qualquer ato ilícito pela Ford na
cobrança do reparo referente ao reparo realizado pela Ré, uma vez que fora
constado que houve mau uso pelo Autor, motivo pelo qual não havia cobertura
contratual para realização do reparo, sendo cobrado o importe de R$10.794,31.
55. Em que pese tal esclarecimento ser exposto no Manual do proprietário em

total clareza, pretende o Autor ressarcimento com as despesas do reparo do
veículo, sob a alegação de que a fabricante Ford seria responsável pelo custo
do reparo do veículo.
10

56. E veja que o Autor pretende a restituição de valores arcados por ele para
aquisição das peças – bicos injetores - que seriam substituídas no veículo, o
que jamais poderá prosperar.
57. Ora, a indenização por danos materiais somente pode ser arguida
em casos onde efetivamente ocorreu um desembolso indevido, o que
não ocorre neste caso, já que o reparo custeado pelo Autor decorreu da
sua culpa exclusiva em razão da constatação de mau uso.
58. Exa., o que se deu entre as partes no episódio em questão não foi uma
cobrança indevida ou a maior. Nessa ocasião, deu-se uma discussão acerca da
responsabilidade ou não da fábrica pelo conserto que se fez necessário no
veículo.
59. E, como restou comprovado, inexiste responsabilidade da FORD em arcar

com os custos do reparo do veículo no que se refere à substituição das peças
necessárias para reparo do motor de partida do veículo, já que o reparo fora
decorrente de mau uso, pela utilização de combustível de má qualidade.
60. Ou seja, não há razoabilidade ou plausibilidade no pedido autoral, uma vez

que constatada a existência de mau uso, motivo que enseja no cancelamento
da garantia contratual.
61. Assim, não há como se alegar que houve cobrança indevida quando o
próprio Manual do Proprietário, o qual esclarece que não haverá cobertura
contratual do referido item, sendo a cobrança pela prestação de serviços e pela
substituição das peças totalmente legal, ainda mais quando o serviço foi
realizado apenas após a autorização por parte do Autor.
62. Ora, não há que se falar em devolução do valor desembolsado quando não
houve cobrança indevida no caso em tela.
63. Com efeito, o Autor autorizou a realização do serviço prestado, o

que demonstra a sua concordância com o cancelamento da garantia e
ônus de arcar com o reparo.
64. Se assim não fosse, caberia ao Autor ter contestado as afirmações das rés
quando da recusa em realizar o reparo em garantia. Por óbvio que inexistindo
impugnação por parte do Autor à época dos fatos narrados, não se pode
evidenciar que houve cobrança de fato indevida.
65. No caso em comento, não houve cobrança a mais e nem indevidamente,

de modo que o pagamento do valor da peça arcada pelo Autor foi totalmente
11

devido, posto que a execução do serviço estava fora da garantia, em razão da
constatação de mau uso pelo Autor.
66. Portanto, imperativo reconhecer que o pedido de indenização por danos

materiais carece de respaldo jurídico, diante da excludente de responsabilidade
da fabricante, posto que não caracterizada a cobrança indevida, fato que
comprova a total improcedência do pedido de indenização por danos materiais.
67. Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de Vossa
Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar amplamente
comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a responsabilidade pelos
eventos narrados pelo Autor.
68. Exa., é claro o objetivo de enriquecimento sem causa, havendo, portanto,

de se indeferir o pedido, sob pena de ofensa ao art. 884 do Código Civil.
69. Repisa-se, não há qualquer nexo de causalidade entre os fatos narrados

pelo Autor e a FORD, considerando que não havia garantia contratual ao Autor,
em relação ao reparo solicitado.
70. Assim, diferente do que alega o Autor não há que se falar em devolução
dos valores pagos a título de reparo do veículo.
71. Como amplamente exposto, não há obrigação legal tampouco contratual

da fabricante arcar com substituição da peça, já que evidenciado o uso irregular
do veículo, com o consequente cancelamento da garantia, razão pela qual o
pedido autoral merece ser julgado improcedente.
72. Portanto, se algum valor for devido ao Autor, deve ser reconhecido apenas
o que efetivamente fora cobrado pelo serviço prestado.
V.A.2 - DO DESCABIMENTO DO PEDIDO DE PAGAMENTO EM DOBRO
73. É certo que a regra do artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor, não

deveria ser aplicada ao caso em tela.
74. O que se deu entre as partes no episódio em questão não foi uma
cobrança indevida ou a maior, que são os eventos que efetivamente autorizam
a incidência daquela penalidade.
75. Nessa ocasião, deu-se uma discussão acerca da responsabilidade ou não

da fábrica.
12

76. Houve assim, necessidade de apuração nos presentes autos de:
(i) defeito ou não de fábrica - o que a FORD demonstrou não se tratar

de defeito, porquanto houve análise que se tratava de combustível
adulterado;
(ii) apuração se o problema era ou não garantido pela fábrica - o que a

FORD demonstrou que não estava dentre os reparos cobertos por
garantia;
(iii) cobrança indevida e de má-fé - a cobrança pela prestação de

serviços adveio da efetiva prestação de serviço de reparo, o que
afasta totalmente a cobrança de má-fé
77. A Ré, portanto, não cobrou a mais e nem indevidamente. Por isso,
não há que se falar em pagamento em dobro.
78. Conforme o artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor e artigo 940 do

Código Civil, somente teria lugar a restituição dos valores em dobro caso o
Autor fosse cobrada indevidamente, não podendo, portanto, ser imposta à
FORD, pois trata-se de sanção endereçada ao comportamento temerário da
Autora e que tem inspiração de cunho moral, para combater o procedimento
malicioso.
79. Logo, sem a prova da má-fé, não há lugar para aplicação da penalidade
prevista nos artigos 940 do Código Civil e 42, parágrafo único, do Código de
Defesa do Consumidor.
80. Aliás, o próprio Supremo Tribunal Federal ao editar a Súmula 159 pacificou
a questão ao afirmar que a cobrança excessiva, mas de boa fé, não enseja a
devolução em dobro, confira-se:
“Cobrança excessiva, mas de boa fé, não dá lugar às sanções do art. 1.531
do CC”
81. Portanto, imperativo reconhecer a improcedência do pedido.
VI - IMPOSSIBILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
82. Não há que se falar em inversão do ônus da prova, haja vista que o Autor
não é hipossuficiente em relação à Ré.
13

83. Ainda, insta relembrar que os requisitos para a inversão do ônus da prova
não são considerados de forma alternativa, mas sim de forma cumulativa; é
dizer, para que o ônus da prova pudesse ser efetivamente invertido, imputando
à ré a necessidade de comprovar os fatos alegados, os requisitos da
hipossuficiência e verossimilhança precisam ser constatados cumulativamente,
o que não ocorreu no presente caso.
84. Preceitua o inciso VIII do art. 6º do Código de Defesa do Consumidor que

são direitos do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova a seu favor, quando, a critério do Juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias da experiência.
85. No entanto, admitir a obrigatoriedade da inversão ao ônus da prova em

todos os casos de cunho consumerista, seria inobservar o Principio Geral do
Direito “Allegatio et non probatio, quasi non allegatio.”
86. Ainda que V. Exa. entenda tratar-se de relação de consumo e incline-se

pela inversão ao ônus da prova, tal reconhecimento não exime o consumidor de
demonstrar a verossimilhança na existência do fato constitutivo do seu direito,
a provar o vício de fabricação no motor de partida.
87. Entender de maneira diversa implicaria em que a Ré tivesse que fazer

prova de fato negativo, o que, além de impossível, não é admitido em nosso
ordenamento jurídico.
88. Nestes termos, cumpre consignar o quanto relatado na decisão da relatoria

do Desembargador Cruz Macedo, do TJ do Distrito Federal:
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO E RESCISÃO

CONTRATUAL. COMPRA DE VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO. PRODUÇÃO DE
PROVA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA.
INOCORRÊNCIA. VÍCIOS INSIGNIFICANTES. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO
18, § 1º, DO CDC. DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO.
1. Por ser o juiz o destinatário das provas, a ele cabe decidir sobre sua
necessidade ou não à instrução do processo, consoante o disposto no art. 130
do CPC, não havendo falar, portanto, em cerceamento de defesa pelo
julgamento antecipado da lide.
2. A despeito de se cuidar de relação de consumo, não se impõe a
inversão do ônus da prova, como pretendem os recorrentes, pois o
artigo 6º, inciso VIII, do CDC somente a autoriza quando presentes
os pressupostos da verossimilhança da alegação ou da
14

hipossuficiência do consumidor, em termos de acesso e possibilidades
de produção da prova.
3. Sendo os vícios apontados pelo consumidor insignificantes, por não
afetarem a qualidade e a segurança do veículo, não é caso de aplicação do
artigo 18, § 1º, do CDC, mormente se a concessionária corrige os defeitos em
tempo hábil, ou seja, não ultrapassando o prazo de 30 (trinta) dias para a
solução do vício do produto. 4. Configurando o suposto fato lesivo (idas à
concessionária para reparo do defeito) mero aborrecimento, e não gerando
violação à intimidade, à imagem ou à vida privada do consumidor, não há
falar em indenização a título de danos morais. 5. Recurso não provido. (TJDF;
Rec 2011.01.1.201468-4; Ac. 667.654; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz
Macedo; DJDFTE 12/04/2013; Pág. 156)
89. E no mesmo sentido, de todo pertinente colacionar a decisão do I. Juiz

Augusto Vinícius Fonseca e Silva, quando do julgamento da ação n° 0024633-
16.2013, do Juizado da comarca de Barbacena:
“Sim, sabemos que a inversão do ônus da prova, em casos de vício do

produto, é direito básico do consumidor previsto no art. 6º, VIII, da lei
correspondente, mas não se pode interpretar dito dispositivo como forma de
transferir ao consumidor todo o ônus do fato constitutivo alegado, sob pena
de total desequilíbrio da relação processual, chegando mesmo a fazer com
que este produza prova diabólica. Fábio Costa Soares, em preciosa
dissertação de mestrado, dissertou, com proficiência:
A proteção jurídica conferida ao consumidor não chega ao ponto de fazer

recair sobre as costas do fornecedor o peso de produção de prova material ou
tecnicamente impossível de ser produzida, sob pena de grave violação direito
fundamental à ampla defesa e ao contraditório’”
90. Assim sendo, não há que se falar em inversão do ônus da prova, razão
pela qual deve o Autor provar suas alegações pelos meios em direito admitidos,
o que não ocorreu em momento algum; ora, não basta alegar, necessário se
faz a comprovação de tais alegações, nos termos do artigo 373, I, do Código de
Processo Civil.
VII - DO PEDIDO
i) Pelo exposto, requer que seja reconhecida a incompetência do Juizado

Especial Cível, em razão da necessidade de prova pericial, julgando o feito
extinto nos termos do artigo 51, inciso II da Lei 9.099/95;
ii) Requer ainda, a análise da preliminar de realização de ato incompatível,

extinguindo-se o feito, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485,
VI, do CPC;
15

iii) Requer, ademais, que seja indeferido o pedido de inversão do ônus da
prova, tendo em vista a impossibilidade de produção de prova negativa pela
Ré.
iv) Caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, ante a ausência
dos elementos essenciais para a configuração da responsabilidade civil, a
pretensão autoral deve ser julgada totalmente IMPROCEDENTE, o que fica
requerido pela Ré.
91. Outrossim, a Ré protesta pela produção de provas por todos os meios em

direito admitidos.
92. Por fim, requer que todas as intimações e notificações sejam doravante
dirigidas apenas ao seguinte patrono da Ford, com a consequente inclusão de
seu nome na contracapa dos autos, sob pena de nulidade, nos termos do §5º,
do art. 272, do Código de Processo Civil de 2015: CELSO DE FARIA
MONTEIRO, OAB/SP 138.436.
Termos em que
pede deferimento
São Paulo, 20 de Fevereiro de 2020
Celso de Faria Monteiro

OAB/SP 138.436
16

IP Tabelião de Notas e de
';**r:
;r 'i,
'., :r ':
.btqir't tlh$Id n,Êffi6o:
:^J \,i .756.FLS.3tÍ5/346).

9't tozzlni.20tr8 FMCBL)
Procurtção bastant€ guê faz:*

FORD T{IOTOR COMPANY BR,ASIL LTDÀ
Aos dezEssete(l7) dias dq Í,nês ele

janelro do ano dots mÍl e dezolto{2o:Í8), 'nê§tas 'I?t'-ullllT jT' ,
DenlsCoelhoMoura,EscrevênteNotàriàldoloTab'eiiâodeNotas'de:§ã"oCaetanodoSu['EstadsdeSão
Paulo,compareceucomooutorganteiFoRDÍ|íoToRcoMPÂNyBRÁ§ILLT.DA.,com.se]1*.:0.::T.'::
inscrita rio
.Bemardo do campo, Estado de são Paulo, na Avenida' do Táboãoi'899, Rtldge RarnOS' devidamente
cNpJ/MF sob nc, a3,47o.7zvlÔo01:20 e com algumas
filials locallzadâ§ êínl (? l::
(2)]:i:f-ili1-".* .
paulo, na Av€nlda charles ,schneider, 2.il22, Parque São Bonfim; CNPSIM'F nor 03;473',727l0002-01i
: :
no,' A3'471'::tt7.loo09-88i
TatuÍ, Estado de são Paulo, na 'R§d:. sF - 127 s/n, Rmt tzLt 'PedeÍaêÍras,
CNP'J/MF
(3)Baruert,EstadodesãoPaulo,naAyenÍdaPrefeitoJqãovrllatoboQuero,2"080,"t-oll^*l'-11,tYj'.Yl':
na AvenY Henry Ford' '21!aÜ'.8àIrro coPEc'l'"ijj '
no, 03.47a.727l0012'83; (4) camaçaiir le1sdo da Bahla,
(comptexo perroquÍmtco, de camagrÍ)o CNPJIMF no. Ú3,47l:7?l7l1gt6'07i
(í) §ãlvádor' t*'"- ]:
(6) §andeln§, Estêdo

T..*Ydá ,1 ',"
da 'Bàhla7 navllal , 'l'.,
Estrada da IASA,'s/no,, Pimláf cNPJ/Í'llF n0.03,470,72ilO023.36t
' ';ri' I '
Mantoim (margem dtielta do Rio Coteglp€, nâ Bal

tla de todos os Santos. DisHto de Muttilm, Zona Portuárle; '
Rodovia'* m 37,S, :
*.n.j, aÀt l,i, oa,oro1z7loo21.4o, € (7) HÕrizoÍ*tê;,Estado:do€eará, na 1'll-u :.''

.11,:
"o. Estado do Rlg' _crande-do Sul, na Rodovia RS
1tr8, Km
CNPJ/MF na. o3,47o,727fto?:7-46i e (a} Grêvatãí
no, s3i4?:§,vl7t:Ü036-54..1:r:laill.
no tz7.o7, Gatpão Núrnero 02, Di§rriro rprffings? GNPJÍMr '
1Yt1"
uoutorgante,,,GofiseuconÚarosÔclátdatadbdera.ru.rgsgeargulvadglna]IJCESP:*"]]lI^"].]
22,10.1999 posterlores âlteraçõês' senclo a últlmã
delas' g4a' qonsolldada'.datada'de
si.zrr.ggo, n'*1,,':'
",
tzto4lzotl, resistrada na JucESp sob n,r65'OÍ71174, ern §essã:
de í81o4.12:r',
:*:::jl'l"l
por seu Dtretoi gt:'u"Lt":
parágr.afo têrcetro de seu ConFato sociãl consotldado. ^"tf::::1:;S:,X'
" para
., , :Esuansê'*.1ll-ll,
auriurnuo Lâsriü, arsenuno; casado, .gortador oá: céauk Ae_,1U1ÚuaAá '
rts sob o h.t'22?'394'518'S4" E ;por sua: Diretol d::l:s-unls r;"' :
v308724.J CGPI/DIREXIDPF ê inscrito ÇPF/MF

de" ;1"
;;;;;, pAuLA GAMfrNo ü;sQurr* BaRRos; b!ã§trelr'a',:ã-Y"jÍ::-E*"1Portador.a
^-; -11:alerra
.inscrlta' no CPF/MF sob o fro' 132'1 9'§18!80' ambos:o' rn,eT:
IdenHdade oAB/sP no, 92-239 e "ndl"!f ,'1'
pr:óPr'Jas de que trataÍ:1 mlft:i;;,,lii
comercial da Outarganle, Os, presentes, aqulde;pâssAgern, 'Éeconhecidos'pelas "
à vista dos documentos apresentÊldog, dogue: dou

fá' E,psslrn, pela outorgante' na forma representadE'iÍ11'Ê;l;:' :
foi dto que, .por esre ,instrumerlto e na màlho!'forrna de dlnelto, úmela " t*tu::tj:_:t-ltfli§.:lli|fl
púb,uco
procuradores:: aLEXANDRE AIIDRÀDE 'AljvE§ Co*RE[À',b'r:astlelro'

casail:*,:ilY:"t*:l-l'
l,-T],.]fi,,,tt .
no; 296.648 e no cpF,/MF no. 364.457,:04&59; [laRcEt-

a*mr-oll-GoNçÀtvE§', bras]teln1 sÓltelro;J"r:"
tot u-:: RÊNàTÁjs...:|l::,:t i
advogado, ins«ito rra ,oAB/sP no' 268'663 e aü CPr/MF :13'399'468-90;
-
PoRToBENvEN.t,Ío,bra§|lelra,casada,:advo§ãua,.insci.itanaoAoljF-,]l]:11,-l::"::1-":,'":^:,.::
:dá,,,,Out§rgan!ê" GEl:sO :;DÊ: FÂRIA;iíi
sob o ,no :'13'399,468r90i todo§ com o mÊ§mo
no.L?8;*l6 e
,inrri*o, brastleiro,, ,urudn, advosFdo, pottqdor aitdmkldêatldad'aqa/sP T::l]:::,lJ
brasileirâ,.soltelra, advogadô, portadora'
no CFFTMF sob o no 183, 328. I 28- 1 I
::tf# f
da carretra de trdengdade SAB/DF no l*.23XdíffilSI$qçPFSZF,fie
o i';;;;:;;;;;*"t*;;&ít
brasllg|ffi§lp.$-*ouao3 p§?§( dâ rçtr:c uE
Cartelra
rvol rssr rLrsBv: -' '-' '-i.,'u"
dê,Identldade',oABlRI'Ú'r.r;,',', :
FRAGATA MARTTNS EE 8ÀRRos, "o ,','; , -
l§P.Gtp: 095i$0ro
''11
.5^":.
ril il{ ilul|llilI[ufr

[lJI[
lffillultlu]llllflt
F.0B93itrR;0(l12ifti

6*#Ur n*i m*,trgxi ffi ffi $3, vÂ i#§l
i,.1!,
i & ft Â s 'á L
i-:,.mst si$*;@m*,#Xtrlri
!'2L.8Ü e lns§rlto' no CPFíMÊ sob o no 216.433.258:09; GABRIELA VITIELLo wrNtç brasiletra,

rasada,
'PêrLadorãi da,côttêlrê de ldêntidadq oAB/Rs no 54,.018 e OAB/pR no 69,275 e ,lnscrtta no cpFlMF
o no"944,415,100.'04i EDUARDO MARIOITI, bras-ileito,, casado, advôgado, portador da carteira de
oAElRs na 25:67,2 e.t lscrito no cpFy'MF
so,b',o no 460.015,6s0-1s e; JULrô coilzÂGA Af{DRADE
brâsileit'o, casadoT aelVogadq,.pertador da CaÍteiía, de ldenHdacle OAB/SP no 29g.104-A
e in§crito no
:, .1.î ;. ÉYYv- .qv saLt rlvr rv uG qsvuLoLrq I ueÁllt.L f KtrlKtr ltlÃÉlKA ts
l., ' jtlvn

ADVOGADOS'.. CNPJ: 48.109.110/0001-12 §ituado na Ruâ Borges Lagoa, no.
1.328, vila clementino,
Paulo, cEP 04038-904" todos com poderes paftr: EM coI{JUNTo ou
sEPARADAí{ENTE,
'da ordem de nomeação, praticar os segulntes atos nas esferas cfuel, crimlnal, trabalhlsta,
ou tibtrtárlâ: [ -lpará o foio eno geml, propor e,:çontestar oualquet ação ou medida judlcial,
em
Julzo, Instância ou Trlbunali em gue a outorgante.seja interessada como,autora, ré,
asslstente,
ou tercelro lnteressado, com poderes das cláusulas "AD JUDiCIA, e 'ET ExrRA,,, mais
o de (i)
htimações e notificações; (ii) prestar depolmento pessoal em nome da outorgante; reconhecer
a
do 'pedldo, cohfessar, transiglr, deslsür? renüncíar ao direlto sobre que se
funda a ação; firrnar
fazer acordos F conclliar, ,r,eceber: quglscuer quantias,ê dar quitação, em
luizo, ou fora dele. lI -
.procegss§- admlnisfra§vos de natureea çÍveli tribtrtiirla. trabalhista: e:Érêvidenciárla, defender
a outorgante,
qualquer repartiçã0, com poderes para: (l) receber intlmações e no!flcações; (tÍ)
oferecer defesa; (tit)
recursosi (lv) prestar depoknento pessoal, enfrm pratícar todos os atos necessárlos ao pleno
do preSente mandato; III -' efetuar, em nome da outorgante, levantamentos de importâncías
tes a depósitos e cauções em processo§ admlnistratlvos e judiciaisi e IV represeniar a
do Ministério Público do Trabalho, Ór:gãos do Ministério do Trabalho e da prevtdência Social, de

todos os
o, Ministárto P.úblico"Federat, dos Estados,,e do Dlstr:ito, Feder:al, podendof para
ofereçef','defesà. prévia, prestar depoimentos, requer€r exames e extrações de
{
prêI1ü1lhãrÊs e, de processos.,,ã.dministrâtivos, jnstaurados,co
ntra a
V - substabelecer estes poderes sempre com reserva de iguais poderes para sl, incluslve para
como prepostp" A prêsênte procuração tem 9eu prazo dê valldade por tempo
Assim disserârx, .dou fé, me pedlram ê lhe lavrei este lnstrumento, o oual feito, li, acerôm
e
(à Tabeliã1 R$130,74; Estado F.s3i,tS; Ipesp.Rg25.42; Imp;Mun.Rg2,6t; Mini.pub.Rg6,27;
i TJESP,B$8i97; StaiÇàsa,, R$4,31, totalizando, R+219,35), cujas contribuições devidas, serão
por verba). NADÀ MÂIs. Eu, §s615 Coelho Moura,,Escrevente, escrevt,
Eu Joaqulm Maurilto Ribeiro
'e fa§O-
. ir'.**.É
':: .iri.it3 s L,r;
. _.,T,.rs,.
EM rÉsÍÉtlutür§,".DâUERDÁDÊ,
., ''f-t*tL,
ir ir*#
,&Éid: Í^,4 * " {''-.u' ""''-'""('r'!
-lodqúm t"lauiíti-ó Ribeiro Gomes
ffi)
rÉl&r
' Substituto §--s.íoo"
''i.- - ii ,,:
"'--'. ds
Affi*
§qrriài$EÍtu
(.-§t"r$Y
r;,il d#
ilsl^.;; -*Y*
: 'r'::.ry :
isr+ru}
::: : :,§
j , #... \i
íidÍàI,'#iE',,. ..J.,.
ffiffi.:''':ij"
S.ffiffiffi'rh i.,,,.
6lttíí,v*i*§:' ' ',
ffiiiffi::.:r. "
/
SUBSTABELECIMENTO
Substabeleço, com reservas de iquais, os poderes que me foram outorgados por FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA.,
sociedade empresária de responsabilidade limitada, com sede na cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, na
Avenida do Taboão, no 899, CEP 09655-900, inscrita no CNPJ sob o no 03.470.727/0001-20, aos advogados Celso de Faria
Monteiro, OAB/SP 138.436 e CPF 182.328.128-18, Janaína Castro Félix Nunes, OAB/SP t48.263, CPF 163.236.078-08,
Karen Cristina Ruivo Guedes, OAB/SP 199.660 e CPF 280.245.448-06, Aline Anice de Freitas, OAB/SP 222.792 e CPF
2L3.573.288-50, Juliana Tellini Abujanra, OAB/SP 326.74L e CPF 357.047.t68-30, Débora Cristina de Vasconcelos
Machado, OAB/SP no 324.269, CPF/MF no 369.160.148-06, Marcos André Silva de Oliveira, OAB/SP 359.241 e CPF
380.938.678-21, Ana Luisa Bueno Silveira, OAB/SP 348.546 e CPF 362.843.408-42, Carolina Ribeiro Casagrande Lima,
OAB/SP 347.t62 e CPF 364.721.618-60, Nadíly Perandin Gonçalves, OAB/SP 386.717 e CPF 415.473.358-31, Nathane
comes de Jesus, OAB/SP no 333.503 e CPF no 358.206.768-82, Gustavo Dalbem Murakami, OAB/SP 426.761, CPF
442.709.478-37, Wellington Castello de Sousa, OAB/SP 418.189 eCPF 362.777.808-16, Isabella Ribeiro da Silva, OAB/SP
408.319, CPF 427.085.908-39, Willian Costa Magaieski, OAB/SP 399.128, CPF 387.128.008-99, Isabela Braga Pompilío,
OAB/DF !4.234 e CPF 646.411.551-00; Cláudio Coelho de Souza Timm, OAB/DF 16.885 e CPF 867.485.21L-49; Marcelo
Gomes de Faria, OAB/DF 25.395 e CPF 7L7.690.211-91; Sandra Arlette Maia Rechsteiner, OAB/DF 23.606 e CPF/MF
688.179.591-20; Natasha Pereira.Wiédmann, OAB/DF 38.544 e CPF 021.405.661-90; Bruno RodriguesTeixeira De Lima,
OAB/DF 31.591 e CPF 001.437.811-62; Rafael De Oliveira Soares, OAB/DF 36.375 e CPF 005.595.59r-60; Natália Alves
Barbosa, OAB/DF 42.930 e CPF 029.765.061-08; Bruno Alexandre Lourenço, OAB/DF 46.270 e CPF 018.110.351-67;
Thalles Andrade Leite, OAB/DF 50.403 e CPF 030.89t.54L-02; Gabriel Da Silva Pires De Sá, OAB/DF 34.675 e CPF
008.922.171-05, Ivy Bergami coulart Barbosa, OAB/DF 52.706 e CPF 034.848.461-51; Paula Sartori Macedo, OAB/DF
57.266 e CPF 050.476.105-60; Octavio Fragata Martins de Barros, OAB/RI 12L.867 e CPF 216.433.258-09; Carlos Gustavo
Rodrigues Reis, OAB/Rl 99.663 e CPF 076.145.937-58; Viviane Barbosa Peixoto, OAB/RJ t72.264 e CPF 116.688.327-2O;
Thamires Karen Mariano Ferreira, OAB/Rl 196.255 e CPF 143.406.597-97;; Aimée de Oliveira Silva, OAB/RJ 218.169 e
CPF: 123.537.627-35, Monalisa de Oliveira Morais Medeiros, OAB/RJ 183.759 e CPF 116.652.577-5O; Eduardo Mariotti,
OAB/RS n.o 25.672 e CPF 460.015.650-15, Gustavo Nygaard, OAB/RS n.o 29.023 e CPF 560.181.000-10, Luis Renato
FerreiradaSilva,OAB/RS24.32LeCPF 364.19L.760-34, RobertoPierri Bersch,OAB/RSsobo24.4B4eCPF516.347.670'
04, Vinicius de Oliveira Berni, OAB/RS 51.477 e CPF 901.108.540-04, Rafael Mallmann, OAB/RS 51.454 e CPFIMF
908.668.350-91, Gabriela Vitiello Wink, OAB/RS 54.018 e CPF/MF 944.415.100-04, Mauricio de Carvalho Goes, OAB/RS
44.565, Guitherme Carneiro Monteiro Nitschke, OAB/RS 67.185 e CPFlMF 004.156.150-38, Candice Binato Stangler,
OAB/RS 51.590 e CPFIMF 921.557.310-00, todos integrantes de TozziniFreire, Teixeira e Silva Advogados, com sede na Rua
Borges Lagoa, no 1328 - Vila Mariana, São Paulo -.SP,04038-004, telefones (11) 5086-5000, (11) 3291-1000, (21) 3535-2100,
(61) 3426-8000, (51) 3025-2200, outorgando- poderes outorgados na procuração "AD JUDICIA" E " AD JUDICIA ET
EXTRA", notadamente para o foro geral, r praticados todos os atos jurídicos necessários, especialmente para
apresentar contestações em geral, representa ndante perante qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, transigindo,
desistindo, firmando acordos e compromissos, , recebendo e dando quitação.
São Bernardo do ?e 2019.
e,
onrpany
Av. rjo Taboão. B Pl 9832.

I
TAETORIü OO
§Aü
fiua Aususta,
Fatio Tadeu
?4-q49{950fiq'd 1l
It §ELI DE |IIJTTNTIIIÚÊOII
It t:Í 6,i5
TüTAL I
iexgndre 11!1I!50 |

SISTEMA DOS JUIZADOS DA COMARCA DE IRECÊ/BA
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., já qualificada, vem, por seus

advogados, nos autos da Ação em epígrafe que lhe promove CLAITON PIRES
DE OLIVEIRA, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, expor
e requerer:
1. Em atenção à audiência designada para o dia 26/02/2020, vem a Ré

Ford requerer e formalizar a juntada dos respectivos documentos de
representação, quais sejam: (i) substabelecimento, e (ii) carta de preposição.
2. Por fim, reitera seu pedido de que as futuras publicações e notificações

doravante dos autos sejam feitas exclusivamente em nome do patrono da
FORD, CELSO DE FARIA MONTEIRO, inscrito na OAB/BA 36.272, sob
pena de nulidade, nos termos do artigo 272, §5º do novo Código de Processo
Civil.
Termos em que
pede deferimento
Irecê, 21 de Fevereiro de 2020
CELSO DE FARIA MONTEIRO

OAB/BA 36.272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2a0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO
Substabeleço, com reservas de iguais, aos Doutores RACHEL

MONFERDINI DOURADO LIMA, OAB/BA 19.774, DANIELA ASSIS PONCIANO,
OAB/BA 17.126, NIVALDO DA SILVA SANTOS JUNIOR, OAB/BA 27.791,
GABRIELA MOITINHO PEREIRA - OAB/BA 47.651, os poderes ad judicia que me
foram outorgados por FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, para o fim de
promover as medidas judiciais cabíveis nos autos do processo nº 0017322-
18.2019.8.05.0110, em trâmite perante o (a) 1ª Vara do Sistema dos Juizados
da Comarca de Irecê/BA, que lhe move Claiton Pires De Oliveira, podendo o ora
constituído praticado todos os atos jurídicos necessários, especialmente para
apresentar contestações em geral, representando o mandante perante qualquer Juízo,
Instância ou Tribunal, transigindo, desistindo, firmando acordos e compromissos,
recebendo e dando quitação.
São Paulo, 21 de Fevereiro de 2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2aa a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CARTA DE PREPOSIÇÃO
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, empresa com sede à Avenida do Taboão,
899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, CEP: 09655-900,
por sua procuradora KAREN CRISTINA RUIVO GUEDES, brasileira, casada, advogada,
portadora da cédula de identidade RG nº 30.002.004-1 e inscrita no CPF/SP sob o nº
280.245.448-06, nos termos da procuração que lhe foi outorgada, nomeia e constitui
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ELIENE ROSA DE SOUZA: RG 08122583-04 e CPF
928.366.155-91, com endereço para recebimento de intimações na Avenida do
Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, CEP:
09655-900, conferindo-lhe todos os poderes necessários para representá-la em
audiências perante o Poder Judiciário, podendo praticar todos os atos que se façam
necessários, inclusive, não se limitando a prestar depoimento pessoal, transigir,
desistir, receber, dar quitação, firmar compromissos e acordos, na ação movida por
Claiton Pires De Oliveira, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do Sistema dos
Juizados da Comarca de Irecê/BA, processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110,
para em nome do outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do
respectivo processo. A presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade
limitado até o dia 21 de Março de 2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2b4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) JESSYCA FERREIRA MARTINS- RG 5286911
SSP/GO e CPF: 028.760.921-90, com endereço para recebimento de intimações na
Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo,
SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os poderes necessários para representá-la
em audiências perante o Poder Judiciário, podendo praticar todos os atos que se
façam necessários, inclusive, não se limitando a prestar depoimento pessoal, transigir,

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2be a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) JOSÉ CÁSSIO NOVAES PEREIRA - CPF -

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2c8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ROBSON SOUZA AZEVEDO - CPF - 039.005.345-
78, com endereço para recebimento de intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio
l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-
lhe todos os poderes necessários para representá-la em audiências perante o Poder
Judiciário, podendo praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se
limitando a prestar depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação,
firmar compromissos e acordos, na ação movida por Claiton Pires De Oliveira, em
trâmite perante o(a) 1ª Vara do Sistema dos Juizados da Comarca de
Irecê/BA, processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110, para em nome do
outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do respectivo processo. A
presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade limitado até o dia 21 de
Março de 2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2d2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) JOHNATAN RAMOS MENDES SANTOS - CPF
859.874.595-24 com endereço para recebimento de intimações na Avenida do

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2dc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ADSON NUNES MEDEIROS CPF 824.998.4035-00,
com endereço para recebimento de intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio l,
1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-
lhe todos os poderes necessários para representá-la em audiências perante o Poder
Judiciário, podendo praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se
limitando a prestar depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação,
firmar compromissos e acordos, na ação movida por Claiton Pires De Oliveira, em
trâmite perante o(a) 1ª Vara do Sistema dos Juizados da Comarca de
Irecê/BA, processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110, para em nome do
outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do respectivo processo. A
presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade limitado até o dia 21 de
Março de 2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2e6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ANDERSON DOURADO FRANCA CPF:

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2f0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) DOURIVALDO DOURADO LIMA RG 95344549
SSP/SP CPF 084.637.055-00, com endereço para recebimento de intimações na
Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo,
SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os poderes necessários para representá-la
em audiências perante o Poder Judiciário, podendo praticar todos os atos que se
façam necessários, inclusive, não se limitando a prestar depoimento pessoal, transigir,

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd2fa a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) DERMEVAL FRANCA DOURADO - CPF -
062.672.385-04 e RG - 00702602-14, com endereço para recebimento de
intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os poderes
necessários para representá-la em audiências perante o Poder Judiciário, podendo
praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se limitando a prestar
depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação, firmar compromissos e
acordos, na ação movida por Claiton Pires De Oliveira, em trâmite perante o(a)
1ª Vara do Sistema dos Juizados da Comarca de Irecê/BA, processo nº
0017322-18.2019.8.05.0110, para em nome do outorgante, assumir obrigações
relativamente ao objeto do respectivo processo. A presente Carta de Preposição tem
seu prazo de validade limitado até o dia 21 de Março de 2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd304 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ELIVAN ESPERIDIÃO ALVES BARRETO: RG:
1905032 e CPF: 333.662.925-04, com endereço para recebimento de intimações
na Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do
Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os poderes necessários para
representá-la em audiências perante o Poder Judiciário, podendo praticar todos os
atos que se façam necessários, inclusive, não se limitando a prestar depoimento
pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação, firmar compromissos e acordos, na
ação movida por Claiton Pires De Oliveira, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do
Sistema dos Juizados da Comarca de Irecê/BA, processo nº 0017322-
18.2019.8.05.0110, para em nome do outorgante, assumir obrigações relativamente
ao objeto do respectivo processo. A presente Carta de Preposição tem seu prazo de
validade limitado até o dia 21 de Março de 2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd30e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) MARIA CONSUELO LIMA CARVALHO CARVALHO
CPF 162.456.015-68, com endereço para recebimento de intimações na Avenida do

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ANTÔNIO MATOS EVANGELISTA -
RG.11.287.386-35 CPF. 084.647.075-65, com endereço para recebimento de

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) MARISTELA BENÍCIO DOS SANTOS CPF:
551.518.175-15 RG: 04999752-19 SSP/BA, com endereço para recebimento de

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 71fcd32c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a) ARTENÍZIA ONESIA LIMA SANTOS CPF:
069,119.995-70, com endereço para recebimento de intimações na Avenida do

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1ª VARA DO
SISTEMA DOS JUIZADOS – IRECÊ/BA
Autos n° 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, já qualificada, vem à presença de Vossa

Excelência, por seu advogado que ao final subscreve, nos autos da Ação de
Indenização que lhe promove Claiton Pires De Oliveira, expor e requerer o que
segue:
1. Consoante se extrai dos autos, houve a designação de audiência para o dia

26/06/2020 as 9:30h:
2. Ocorre que, por força da PANDEMIA DO COVID19, o TJBA lançou Portaria que
suspende os trabalhos presenciais dos servidores até 30/06/2020.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 743b0eba a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
3. Contudo, até o presente momento não há certificação nos autos acerca do
cancelamento ou redesignação da audiência que ocorreria amanhã de manhã,
tampouco informação acerca de eventual audiência virtual, o que a FORD requer seja
realizado, a fim de evitar possíveis nulidades ou confusões processuais, de modo
que, independentemente das opções, seja realizado ato para data futura,
possibilitando a regular intimação e comparecimento das partes.
4. Por Fim, requer a habilitação do patrono da FORD nos autos, com a consequente
inclusão de seu nome na contracapa dos autos, bem como que todas as intimações
e notificações doravante dos autos sejam feitas exclusivamente em nome de CELSO
DE FARIA MONTEIRO, inscrito na OAB/BA 36.272, sob pena de nulidade, nos
termos do § 5º, do art. 272, do Novo Código de Processo Civil.
Termos em que
pede deferimento
Irecê, 25 de junho de 2020.

OAB/BA 36.272

Código de validação do documento: 743b0eba a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.631 - Disponibilização: terça-feira, 9 de junho de 2020 Cad. 1 / Página 5
PRESIDÊNCIA
GABINETE
DECRETO JUDICIÁRIO Nº 315, DE 05 DE JUNHO DE 2020.

Prorroga o prazo, instituído no Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, e no Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de
2020, para o regime de teletrabalho, nas unidades judiciais e administrativas do Poder Judiciário do Estado da Bahia, e para
a suspensão dos prazos dos processos físicos.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais,
CONSIDERANDO o quanto disposto no Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, que prorroga, no âmbito do Poder
Judiciário do Estado da Bahia, em parte, o regime instituído pelo Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, modifica as
regras de suspensão de prazos processuais e dá outras providências;
CONSIDERANDO o quanto disposto no Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação das
Unidades Administrativas do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, em face do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020,
do Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, e da Resolução CNJ nº 313, de 19 de março de 2010, e dá outras providências;
CONSIDERANDO a persistência da situação de emergência, em saúde pública, e a consequente necessidade de prorroga-

ção do regime de teletrabalho, instituído no Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020, nas unidades administrati-
vas, do Poder Judiciário do Estado da Bahia;
CONSIDERANDO o quanto disposto no § 2º, do art. 2º, da Resolução nº 322, do Conselho Nacional de Justiça, no que pertine
à necessidade de os presidentes dos tribunais, antes de autorizarem o início do restabelecimento das atividades presenciais,
consultarem e se ampararem em informações técnicas prestadas por órgãos públicos, em especial pelo Ministério da
Saúde, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pelas Secretarias Estaduais de Saúde;
CONSIDERANDO o boletim epidemiológico sobre a COVID-19, publicado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em
04 de junho de 2020; e
CONSIDERANDO que o art. 7º, do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, permite que os integrantes da Mesa Diretora
do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, nos limites de suas competências, possam prorrogar as medidas previstas no
referido Ato,
RESOLVE
Art. 1º Os prazos, estipulados nos arts. 1º e 3º, do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, e no caput, do art. 1º, do Decreto
Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020, ficam prorrogados, até o dia 30 de junho de 2020, mantidas as demais disposi-
ções do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, e do Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 05 de junho de 2020.
Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE

Presidente
DECRETO JUDICIÁRIO Nº 316, DE 08 DE JUNHO DE 2020

Convoca Juíza Substituta de 2º Grau para Substituir Desembargadora
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições e à vista do que consta do
Processo nº TJ-ADM-2020/22180,
RESOLVE
Convocar a Juíza Substituta de 2º Grau MARIELZA MAUES PINHEIRO LIMA, para, no período de 08/06/2020 a 08/07/2020,
substituir a Desembargadora GARDÊNIA PEREIRA DUARTE, nos termos do art. 39, do Regimento Interno deste Egrégio
Tribunal de Justiça.
GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 08 de junho de 2020.
Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE

Presidente

Código de validação do documento: 743b0ec4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ DA 1ª VARA DO SISTEMA DE
PROCESSO Nº 0017322-18.2019.8.05.0110
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, já qualificado nos

autos da AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS C/C REPETIÇÃO
DE INDÉBITO ajuizada em desfavor de BURITI VEICULOS PEÇAS E
SERVIÇOS LTDA e FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, processo em
epígrafe, por seus advogados, vem aduzir para ao final
requerer:
As Rés foram devidamente citadas para integrar a

lide, como revelam os A.R. de Eventos nº 10 e 12.
Por outro lado, a 1ª Ré BURITI VEICULOS PEÇAS E

SERVIÇOS LTDA, com sede nesta cidade de Irecê/BA, NÃO
constituiu advogado nos autos.
Posto isto, requer seja designada audiência de

conciliação, por teleconferência, devendo a 1ª Ré ser
notificada para o ato por carta com A.R., no endereço
indicado na exordial
Espera deferimento.
Irecê/BA, 16 de julho de 2020.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
Assinado eletronicamente por: ROSEMBERGUE FENELON MEIRA CORDEIRO Id. 95663046 - Pág. 87
Código de validação do documento: 749fcfbc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ - PROJUDI
Sol Poente, s/n, , Asa Norte - IRECÊ
irece-1vsj@tjba.jus.br - Tel.: (74) 3688-6602
Processo Nº: 0017322-18.2019.8.05.0110
Parte Autora:
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
Parte ré:
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
DESPACHO
Vistos etc...
Tendo em vista Decreto Judiciário regulando a utilização de link próprio no site do TJBA para
requerimento de inclusão em pauta de audiência virtual, assim como a proibição de intimação via
AR(oneroso), INDEFIRO o pedido(evento 25).
P.R.I.
Irece, 21 de Julho de 2020.
ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito
Documento Assinado Eletronicamente
Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 95834784 - Pág. 88

Código de validação do documento: 74ba0440 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 1ª VARA DO SISTEMA DE
PROCESSO N° 0017322-18.2019.8.05.0110

autos da AÇÃO INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE
FAZER ajuizada em desfavor de BURITI VEICULOS PEÇAS LTDA e
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, por seu advogado in fine
assinado, vem aduzir para ao final requerer:
As Rés foram devidamente citadas para integrar

a lide, como revelam os A.R. de Eventos nº 10 e 12.
Por outro lado, a audiência presencial que se

realizaria em 26/06/2020, às 09h30min foi cancelada pelo e.
TJBA, em razão da pandemia do Covid-19.
Nada impede, entretanto que a audiência

PRESENCIAL de conciliação seja redesignada, de forma
presencial, já que a 1ª Ré, BURITI VEICULOS PEÇAS E
SERVIÇOS LTDA, com sede nesta cidade de Irecê/BA, NÃO
constituiu advogado nos autos.
Código de validação do documento: 759f749e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Posto isto, requer seja designada audiência de
conciliação de forma presencial, devendo a 1ª Ré ser
intimada por carta com A.R. e a 2ª Ré por meio do seu
advogado.
Espera deferimento.
Irecê/BA, 03 de setembro de 2020.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE IRECÊ
Rua Allan Kardec, 49 / (74) 3641-6662
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
PROMOVENTE(S) CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
CONCLUSÃO
Diante da Juntada de Petição de evento 31
IRECÊ - BA, 21 de Setembro de 2020.
JAIME BARRETO FILHO

Técnico Judiciário

PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
Processo Nº: 0017322-18.2019.8.05.0110
Parte Autora:
Parte ré:
DESPACHO
Vistos etc...
Defiro o pedido(evento 31).
P.R.I.
Irece, 19 de Outubro de 2020.
ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito

Código de validação do documento: 76862cfe a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
PARTE AUTORA CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
PARTE RÉ BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
INTIMAÇÃO
De ordem do Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito desta 1ª Vara dos Juizados Especiais, fica V.Sa. intimada a
comparecer à Audiência de Conciliação, que será realizada no dia 28 de Junho de 2021, às 08:23h,
ficando de logo intimadas as partes e advogados.
Ficam advertidas as partes e seus advogados de que:

● A audiência ocorrerá por videoconferência, por meio do aplicativo Lifesize, nos termos do Decreto
Judiciário nº 276/2020;
● A participação é obrigatória, nos termos do art. 23 da Lei nº 9.099/95;
● A ausência injustificada de qualquer uma das partes implicará nas consequências legais pertinentes;
● A defesa (contestação) deverá ser juntada aos autos eletrônicos até o início da audiência de conciliação;
● Não havendo conciliação, a parte autora deverá se manifestar, na audiência, sobre a contestação e
documentos apresentados pela parte ré;

● É de inteira responsabilidade das partes e advogados a verificação prévia da integridade e conectividade
dos seus equipamentos;

Link para acesso à sala virtual pelo computador:
https://call.lifesizecloud.com/8445173
Extensão para acesso via dispositivo móvel (celular ou tablet): 8445173
Código de acesso à sala (senha): 0017322
Observação: O acesso à sala virtual só será possível no horário exato da audiência.
Como acessar o Lifesize:
Link com orientações sobre acesso à sala virtual por meio de computador:
https://www.youtube.com/watch?v=EaNU4zaixSk
Link com orientações sobre acesso à sala por meio de dispositivo móvel:
http://www.tjba.jus.br/juizadosespeciais/images/pdf/manuais/Lifesize_por_celular.mp4
Link com todos os manuais: http://www5.tjba.jus.br/juizadosespeciais/index.php/sistemas/manuais
IRECÊ, 16 de Abril de 2021.
JOAO MARCIO CAVALCANTE DOS SANTOS

(Este documento pode ser consultado através do endereço: https://projudi.tjba.jus.br/projudi/)
Assinado eletronicamente por: JOAO MARCIO CAVALCANTE DOS SANTOS Id. 105399849 - Pág. 93
Código de validação do documento: 7a6d879a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
MANDADO DE INTIMAÇÃO
O Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito deste Juizado Especial Cível, turno matutino, na forma da lei e no uso de suas atribuiçoes:
M A N D A a qualquer dos Oficiais de Justiça, ao qual for o presente mandado apresentado, expedido nos autos do processo acima indicado,
que, em seu cumprimento, proceda a INTIMAÇÃO da parte, abaixo indicada, no endereço em que for localizado, cientificando-lhe do teor do
presente mandado. O que "cumpra" observadas as prescrições legais.
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA / RG: / CPF-CNPJ: 07.666.744/0005-12

Endereço:
Logradouro: RODOVIA BA 052 nºS N
Complemento: KM 354 Bairro: CENTRO, IRECÊ País: BRASIL
CEP: 44.900-000
FINALIDADE:
INTIMAÇÃO
ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito
DESTINATÁRIO:
RODOVIA BA 052, S N, KM 354
KM 354 BAIRRO: CENTRO
44.900-000 - IRECÊ/ BA
Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código
individual de acesso 226839d no campo "Teor do Processo"

Código de validação do documento: 7a732c4a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO IRECÊ
CERTIDÃO
CERTIFICO E DOU FÉ que, em cumprimento às determinações contidas no Mandado de

Intimação, expedido pelo Juiz de Direito da 1ª Vara do Sistema dos Juizados de Irecê, exarado no
evento 47 dos autos do processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110, em que CLAITON PIRES DE
OLIVEIRA é promovente e BURITI VEICULOS PEÇAS E SERVIÇOS é promovido, na data de
19/04/2021, às 14H30, estive na IRECÊ e estando lá INTIMEI BURITI VEICULOS PEÇAS E
SERVIÇOS, mediante leitura e entrega de cópia do referido mandado a João Adriano P. de
Morais o 19 de abril de 202
Assinado eletronicamente por: MILENE BATISTA ROCHA MACHADO Id. 105505068 - Pág. 95
Código de validação do documento: 7a7d95b8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7a7d95c2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7a7d95c2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., já qualificada nos autos da Ação de

Indenização em epígrafe que lhe move Claiton Pires De Oliveira, vem, por seus
advogados, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, expor e requerer
o que segue:
1. Em atenção à audiência de conciliação designada para o dia 28/06/2021 às

08:23h, vem a Ford informar dados do advogado e preposto para realização da
audiência virtual, conforme substabelecimento e carta de preposição anexos.
2. Por fim, reitera o pedido de que todas as intimações e notificações sejam

doravante dirigidas apenas ao seguinte patrono da Ford, com a consequente
inclusão de seu nome na contracapa dos autos, sob pena de nulidade, nos termos
do § 5º, do art. 272, do Código de Processo Civil de 2015: CELSO DE FARIA
MONTEIRO, OAB/BA 36272.
Termos em que
pede deferimento.
Irecê, 25 de junho de 2021

OAB/BA 36272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 7c45d6a8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, empresa com sede à Avenida Doutor
Cardoso de Melo, 1336, Térreo, Vila Olímpia, CEP 04548-004, São Paulo/SP, inscrita
no CNPJ/MF sob o nº 03.470.727/0004-73, por sua procuradora KAREN CRISTINA
RUIVO GUEDES, brasileira, casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG
nº 30.002.004-1 e inscrita no CPF/SP sob o nº 280.245.448-06, nos termos da
procuração que lhe foi outorgada, nomeia e constitui como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a)
IRIO LIMA DA CONCEIÇÃO - CPF: 06011395503, com endereço para recebimento
de intimações na Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1336, Térreo, Vila Olímpia, CEP
04548-004, São Paulo/SP, conferindo-lhe todos os poderes necessários para
ação movida por Claiton Pires de Oliveira, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do
validade limitado até o dia 24 de Julho de 2021.
São Paulo, 24 de Junho de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

Código de validação do documento: 7c45d6b2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ANDREA LANZA CALDEIRA, RG SSP SP: 255769180 CPF 12110633808, com
endereço para recebimento de intimações na Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1336,
Térreo, Vila Olímpia, CEP 04548-004, São Paulo/SP, conferindo-lhe todos os poderes
acordos, na ação movida por Claiton Pires de Oliveira, em trâmite perante o(a)
seu prazo de validade limitado até o dia 24 de Julho de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PRISCILA FREITAS BONFIM, RG 10059288 00, CPF 026247305 40, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6c6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
LUZIVANIA SOUZA DA SILVA RG: 0513980016 CPF: 959.227.845-87, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6d0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ANA CELIA GUEDES DOS SANTOS RG: 1791563, CPF 350747105-10, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6da a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SIMONE ARAGÃO PINHEIRO - RG - 03.823.619-20 CPF 684.227.685-34, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6e4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SANNY RAFAELLE DUARTE DOS ANJOS – CPF: 063.076.705-09, com endereço
para recebimento de intimações na Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1336, Térreo,
Vila Olímpia, CEP 04548-004, São Paulo/SP, conferindo-lhe todos os poderes

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6ee a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
LILIANE DAMASCENO DE ARAUJO – RG 1469669960 – CPF 04391143577, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d6f8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO
Substabeleço, com reservas de iguais, a Doutores (a)

RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA – OAB 17110, MAISE EMANUELLE
SANTOS SILVA OAB/BA 35918, MATHIAS DOS ANJOS CONCEIÇÃO OAB/BA
64922, ANA CLAUDIA VELOSO SANTA ISABEL, OAB/BA 56.109, poderes ad
judicia que me foram outorgados pelo FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., para
o fim de promover as medidas judiciais cabíveis nos autos do processo nº 0017322-
18.2019.8.05.0110, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do Sistema dos Juizados da
Comarca de Irecê/BA, que lhe move Claiton Pires de Oliveira, podendo o ora
constituído praticado todos os atos jurídicos necessários, especialmente para apresentar
contestações em geral, representando o mandante perante qualquer Juízo, Instância ou
Tribunal, transigindo, desistindo, firmando acordos e compromissos, recebendo e dando
quitação.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7c45d702 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
AO DOUTO JUÍZO DA 1ª VARA DO SISTEMA DE JUIZADOS DA COMARCA DE IRECÊ/BA.
Autos de nº: 0017322-18.2019.8.05.0110
BURITI VEICULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA, empresa de direito privado, inscrita no CNPJ sob
n° 07.666.744/0005-12, com sede na Rodovia BA 052, S/N, KM 354, Centro, Irecê – BA, vem,
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por seu advogado legalmente constituído, nos
termos da procuração anexo, e com amparo nos arts. 335 e seguintes do Código de Processo Civil,
oferecer sua CONTESTAÇÃO à demanda que lhe move CLAITON PIRES DE OLIVEIRA já
qualificado nos autos da ação em epígrafe pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
INFORMAÇÕES ÚTEIS A DEMANDA:
De plano, gostaria essa Ré de ressaltar que recebeu com bastante surpresa as respectivas
demandas, pois diante da realidade fática que aqui se narrará, será possível V. Exa, perceber que
essa requerida não cometeu nenhum ato ilícito, ao contrário atendeu todos os interesses do
Autor. Além disso, será possível vislumbrar que todo o alegado pelo Requerente não passa de
falsas histórias a fim de enganar esse D. juízo no intuito de locupletar-se ilicitamente em
detrimento das demandadas por atos praticados unicamente por ele.
Ademais, é de extrema a análise por Vossa Excelência dos áudios anexados a essa defesa, visto
que são prova inequívoco da veracidade fática narrada por essa Demandada.
GRUPO BRANDÃO
DR. WILLAME RANGEL – OAB/BA 51.607. CONTATO: (77) 3423-9224 - E-MAIL: WILLAME.RANGEL@GRUPOBRANDAO.COM.BR
AV. PRESIDENTE DUTRA Nº 634. BAIRRO: FELÍCIA. CEP: 45055-480. VITÓRIA DA CONQUISTA - BA.
Assinado eletronicamente por: WILLAME JUNIOR GOMES RANGEL Id. 108519126 - Pág. 108
Código de validação do documento: 7c497e5c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
1. PRELIMINARMENTE
1.1. DA CONTINÊNCIA ENTRE AS AÇÕES. – AUTOS DE Nº 0015135-37.2019.8.05.0110 E AUTOS DE
Nº: 0017322-18.2019.8.05.0110. – INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 56 E 57º DO CPC.
Excelência, como pode ser percebido pela identificação dessa demanda, trata à presente ação de
uma indenização por danos morais e tutela antecipada da execução da reparação do veículo do
Autor (Autos nº 0015135-37.2019.8.05.0110) que tramita perante este Juizado.
Ocorre, porém, que se encontra em trâmite nesse mesmo juizado (e, portanto, na mesma
comarca) ação de reparação de danos materiais c/c repetição de indébito (Autos nº 0017322-
18.2019.8.05.0110) proposta pelo mesmo Autor (Claiton Pires de Oliveira) em desfavor das
mesmas Rés (BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA E FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA).
Aduz o Código de Processo Civil que em seus Arts. 56 e 57 que:
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange
o das demais
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta
anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem
resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. (grifos
nossos).
É de amplo conhecimento jurídico que a Lei nº 9.099/95, pela qual tramitam ambas as ações,
tem como principal característica a celeridade processual e trâmite menos complexo do que as
ações regidas pelo Código de Processo Civil. Por isso, um dos motivos pelo qual deve ser
observado a continência, ou litispendência parcial como preferem alguns doutrinadores, é a
finalidade de trazer as ações e seus procedimentos a economia processual.
Ademais, aduz nossa Jurisprudência:
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO DO NOME DO AUTOR NOS

CADASTROS RESTRITIVOS DE CRÉDITO. SENTENÇA JULGANDO EXTINTO O PROCESSO,
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, NA FORMA DO ART. 267, V, DO CPC/1973. APELO DO

AUTOR. 1. O autor requereu a reparação de danos morais decorrentes da negativação
indevida de seu nome, com base em contratos questionados em ação indenizatória por
ele proposta anteriormente. 2. In casu, verifica-se a existência de continência entre
as demandas, pois o pedido formulado no primeiro processo abrange o veiculado
no segundo. Assim, esse feito pode ser extinto, sem resolução do mérito, nos termos dos
artigos 56 e 57, ambos do Código de Processo Civil de 2015. 3. Recurso desprovido. (TJRJ
- Acórdão Apelação 0315437-78.2015.8.19.0001, Relator(a): Des. Marianna Fux, data de
julgamento: 22/02/2017, data de publicação: 22/02/2017, 25ª Câmara Cível).
(grifamos)
PROCESSO CÍVEL - CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - EXISTÊNCIA DE RISCO

DE DECISÕES CONFLITANTES - REUNIÃO DOS PROCESSOS - POSSIBILIDADE -
CONTINÊNCIA EXISTENTE: Restando demonstrado nos autos a ocorrência de
conexão ou continência, há que se falar em prevenção e, por conseguinte, pode
prevalecer a decisão que declinou da competência. (TJMG - Acórdão Conflito de
Competência 1.0000.18.028755-9/000, Relator(a): Des. Domingos Coelho, data de
julgamento: 10/10/2018, data de publicação: 17/10/2018, 12ª Câmara Cível).
(Grifamos).
Para além do exposto, o próprio sistema do PROJUDI, ao realizar a captura dos dados das partes
do processo, alude em sua tela inicial a probabilidade de prevenção entre as ações:
Diante dos dispositivos legais expostos acima e com base no princípio da economia processual e
no intuito de evitar possíveis decisões conflitantes a respeito das ações, Requer essa Ré que
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Vossa Excelência se digne a reunir ambos os processos para que seja tomada decisão conjunta a
respeito da lide.
1.2. DA COMPLEXIDADE DA LIDE – NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA TÉCNICA –

INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO – INCIDÊNCIA DOS ARTS. 3º E 51, II, DO CDC.
Pelo que consta dos autos, tramita a presente ação sob a égide da Lei nº 9.099/95, que dispõe
sobre os Juizados Especiais. Contudo, os fatos articulados na exordial reclamam a produção
de prova técnica, sem a qual o direito à ampla defesa e ao contraditório restará
prejudicado.
Como se viu, o objeto da presente ação orbita em torno de diferentes vícios ou defeitos
encontrados no veículo, em decorrência dos quais nasce a pretensão do Autor, de indenização
por supostos danos morais, imediata execução dos reparos necessários no veículo e a restituição
em dobro pago pelo Autor referente aos reparos.
É de razoável compreensão que os alegados vícios ou defeitos relacionados a sistemas mecânicos

veiculares demandem a realização de prova técnica que afira sua ocorrência e suas causas, não
se admitindo achismos nem palpites sobre o que se entende do assunto.
Não se pode, pois, em nome dos princípios da simplicidade, informalidade, economia processual
e celeridade, que norteiam a Lei nº 9.099/95, preterir a produção da prova técnica, como único
meio de prova capaz de atestar os problemas mecânicos do veículo.
Ocorre, porém, pela dicção do art. 3º da Lei nº 9.099/95, que a necessidade de produção de prova
pericial confere à causa uma complexidade que o legislador procurou afastar.
Por oportuno, pede-se vênia para reproduzir a seguir, na íntegra, decisão havida nos autos do
Processo nº 0000716-42.2018.8.05.0079, em trâmite perante a 1ª Vara do Sistema dos Juizados
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Especiais Cíveis da Comarca de Eunápolis/BA, movido por José Doria Gonsalves Silva em face de
General Motors do Brasil Ltda. e Outros1:
“PRELIMINAR RECONHECIDA. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO EM RAZÃO DA

COMPLEXIDADE DA CAUSA. NECESSIDADE DE PERÍCIA. Da análise do bojo probatório
existente nos autos, tenho por absolutamente imprescindível a produção de prova
pericial no presente caso, não só para que se chegue a um deslinde justo na presente
demanda, mas para que sejam apurados existência e (se houver) os reais responsáveis
dos alegados problemas no veículo em questão. Somente através de um exame mais
acurado poder-se-á precisar se de fato houve vícios no produto (peças afetadas), sua
origem, ocasião e responsabilidade, tudo em observância aos princípios do contraditório
e da ampla defesa. Por estas razões, tenho que só a prova pericial será capaz de elucidar,
de maneira satisfatória, o presente caso, trazendo à culpabilidade aos reais causadores
dos supostos danos sofridos pelo requerente ou, quiçá, apontar eventual culpa exclusiva
do consumidor. Importante mencionar que não basta apenas o mero resquício de mau
funcionamento do veículo em questão, mas de todo necessária uma apuração mais
aprofundada. Diante da impossibilidade da realização de prova pericial em sede de
Juizado Especial, de se acolher a preliminar de incompetência absoluta, principalmente
porque o autor sequer trouxe a Juízo perito para ser ouvido informalmente”.
Assim, é imperioso o reconhecimento da incompetência absoluta do Juizado Especial para

processar e julgar a presente ação, pelo que requer desde já a 1ª Ré digne-se V. Exa. determinar
a extinção do feito sem resolução do mérito, nos termos do artigo 51, inciso II, da Lei nº
9.099/95.
1.3. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 3º E 18 DO CDC –

EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO – INCIDÊNCIA DO ART. 485, VI, DO CPC.
É indiscutível que o consumidor seja a parte fraca nas relações de consumo, o que justifica a
criação de mecanismos para equilibrar essas relações, porém, é preciso ressaltar que nem
sempre todas as rés são, de fato, responsáveis pelos danos causados ao consumidor.
1 Disponível no PROJUDI TJ/BA, Evento nº 91.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
É certo dizer que a presente ação gira em torno de um suposto vício no produto, como
expressamente declara o Autor em sua inicial.
Pois bem, como é de conhecimento público, a Buriti apenas revende os veículos fabricados pela
montadora Ford Motor Company e presta os serviços mencionados e permitidos por ela, não
podendo, por tanto, ter autonomia para resolver determinadas questões, muito menos ser
responsabilizada por vícios de fabricação, caso estes sejam detectados através de perícia técnica
especializada.
Ademais, é importante ressaltar que o principal ponto questionado pelo Autor é relacionado a
questão da garantia (que não cobriu o serviço). Ocorre, porém, que a garantia é de total gerencia
da Ford, não podendo a Buriti disponibilizar ou liberar a garantia para o cliente, pois essa apenas
realiza os procedimentos e serviços autorizados pela 2ª Ré.
Sendo assim, no que tange aos serviços de sua obrigação, em nenhum momento a Buriti se
manteve inerte, pelo contrário, realizou todos da melhor maneira possível.
Diante disso, dispõe o Código de Defesa do Consumidor:
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou

estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. [...]
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante

remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem

solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de
sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Insta salientar que aparentemente o veículo apresentou defeitos nos bicos injetores pelo fato do
Autor abastecer o seu veículo em um posto de gasolina não identificado e com um combustível
adulterado, necessitando da troca da peça conforme será demonstrado nos seguintes tópicos.
Quanto ao período que o veículo permaneceu na concessionária, quer essa ré afirmar, desde logo,
que o bem permaneceu no pátio da requerente por aguardar que o Requerente fizesse a retirada
(como ele mesmo afirma em sua peça inicial), sendo que fora comunicado previamente que o
seu veículo estava pronto para uso.
Portanto, em relação à 1ª Ré impõe-se a extinção do processo sem julgamento de mérito, nos

termos do art. 485, VI, do CPC, uma vez que os fatos e circunstâncias objeto da lide dizem respeito
à conduta da 2ª Ré, sendo a BURITI VEICULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA. parte ilegítima na
demanda.
1.4. DA CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA PRIMEIRA REQUERIDA. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 12º

E 13º DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
Caso este Douto Juízo não entenda pela ilegitimidade passiva dessa Requerida, queira V. Exa.
apreciar e considerar, com base na legislação consumerista, a responsabilidade subsidiária
dessa Ré.
Como é de conhecimento de V. Exa., o Art. 12º do CDC explicita sobre a responsabilidade objetiva
dos fabricantes/produtores/construtores. Em contraponto, o Art. 13º é claro ao indicar que o
fornecedor (nesse caso, essa Ré) só poderá ser responsabilizado em determinadas situações,
vejamos:
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. (grifos nossos).
Excelência, como pode ser extraído do dispositivo legal, apenas poderia ser responsabilizada
essa Requerida caso a fabricante não pudesse ser identificada ou se o produto fosse fornecido
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
sem a identificação clara do fabricante, situações que não ocorreram na presente demanda, visto
que é claramente sabido que a FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA é a fabricante do bem em
questão, devendo, portanto, essa Ré ser responsabilizada subsidiariamente caso o D. Juízo não
entenda pelo acolhimento da preliminar anterior.
Essa Requerida pede vênia a Vossa Excelência para juntar sentença proferida pelo Juiz Ricardo
Santos Vilaça nos autos do processo de nº 0001130-17.2018.8.05.0022 que tem como parte
Autora Necivane Pereira da Silva Nery e como Rés a FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
e a BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS:
Diante do acima exposto, requer a V. Exa. que, caso não entenda pela preliminar de ilegitimidade
passiva retromencionada, e em possível condenação das partes Rés, seja a 1ª Requerida
responsabilizada de forma subsidiária nos moldes do Ar. 13º do CDC.
2. DO MÉRITO.
2.1. DO BREVE RELATO FÁTICO EXPOSTO NA INICIAL.
Alega o Autor que adquiriu veículo junto à essa Requerida e que após nove meses da aquisição o
veículo apresentou pane mecânica, parando de funcionar repentinamente o que o levou a
acionar o serviço de assistência da Segunda Requerida que lhe enviou um caminhão guincho
para transportar seu veículo até essa Concessionária.
Aduz que ao chegar nessa Requerida, fora informado que o veículo apresentou um defeito nos
bicos injetores e que a garantia do veículo não cobriria o reparo, devendo então arcar com todos
os custos necessários. Devido a isso, ingressou com a ação de n° 0015135-37.2019.8.05.0110
pleiteando por danos morais e pela medida liminar requerendo execução dos reparos no veículo
que fora indeferida por este Douto Julgador.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Por fim, alega que não restou alternativa a não ser realizar o pagamento do reparo e devido a
isso busca o auxílio da Poder Judiciário para pleitear restituição em dobro do valor pago pelo
conserto do automóvel na presente ação.
2.2. DA REALIDADE FÁTICA – MAU USO DO BEM (COMBUSTÍVEL DE MÁ QUALIDADE) –

INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO.
Importante frisar desde logo que ao fazer uma análise da peça exordial é possível observar que
essa Ré não praticou qualquer conduta que desse ensejo a presente lide, inclusive porque a
realidade dos fatos diverge da exposição inicial feita pelo Requerente, diante disso, essa Ré fará
um breve relato do ocorrido e demonstrará que não contribuiu para o suposto dissabor
enfrentado pelo Autor.
Ademais, faz-se importante para o mérito, ressaltar que os supostos vícios alegados pelo
Requerente surgiram por conta do mau uso do bem.
Pois bem, o veículo do Requerente deu entrada nessa concessionária no dia 14/10/2020
conforme Ordem de Serviço de nº 10548 sob alegação de ter havido uma interrupção no
funcionamento do motor e ao realizar a análise o técnico dessa Requerida logo percebeu que os
bicos do veículo estavam travados.
Diante disso, os técnicos deram continuidade ao procedimento de análise e perceberam que a

cor do combustível que estava no tanque não era a coloração normal e, por isso, foi questionado
ao Autor onde havia sido feito o abastecimento, sendo informado por ele, através de ligação, que
não sabia o nome do posto, e nem tinha a nota fiscal.
Sendo assim, as fotografias do combustível retirado do veículo do Autor foram enviadas para ele
via WhatsApp, inclusive com a comparação realizada com o combustível de outro veículo que se
encontrava na loja para demonstrar a anormalidade na cor:
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Diante disso, foi informado ao cliente, ora Autor tanto através de ligação como por conversas no
WhatsApp, que seria necessário realizar a limpeza do tanque do veículo e que haveria
necessidade de trocar o filtro, sendo, portanto, passados os valores dos respectivos
procedimentos.
Porém, foi ressaltado que se houvesse a necessidade de realizar a troca dos bicos, o orçamento
seria outro, mas só seria possível ter essa informação com precisão depois que fosse feito o
procedimento relatado anteriormente. (Áudio anexado a essa defesa).
Ocorre que, mesmo com a tentativa dos mecânicos em fazer o veículo funcionar apenas depois
da limpeza do tanque e da troca do filtro, ainda assim o veículo não funcionou corretamente. Por
isso, de fato houve a necessidade de realizar a troca dos bicos (como previamente informado),
pois estavam travados por conta do combustível inserido no automóvel (cuja qualidade não se
sabe informar).
Como pode ser percebido dos áudios anexados a essa defesa, foi explicado para o Autor que o
serviço da troca de bicos não poderia ser realizado em garantia, pois o uso de combustível de
baixa qualidade ou supostamente adulterado é considerado pela montadora como mau
uso, não podendo, portanto, suportar ou se responsabilizar pelo procedimento em garantia
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
conforme alude o manual do proprietário na pág. 439. Diante disso, já resta comprovado o não
merecimento ou direito do Autor em receber o valor de volta, muito menos em repetição do
indébito, visto que não há qualquer pagamento indevido, sendo o manual extremamente claro
com relação ao que não é coberto pela garantia:
Importante frisar que não é essa Ré responsável por gerir ou administrar a garantia ou o manual
do proprietário, sendo que a FORD é quem se responsabiliza por ambas as gerências.
Ademais, além do fato de a todo o instante a preposta dessa Empresa manter o Autor informado
da situação do seu bem e dos técnicos realizarem o possível para não haver a necessidade da
troca dos bicos, essa Ré conseguiu, como o próprio Autor afirma, um desconto de 25% na
realização do serviço. Em outras palavras, a todo o instante essa Requerida tentou fazer o
possível para que todo o processo ocorresse nas melhores condições para o Requerente:
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Também pode ser observado dos diálogos registrados por WhatsApp que o Autor não demonstra
tanta resistência com relação ao procedimento da garantia como quer fazer crer em sua peça
inicial, alegando, inclusive, em ambas as ações, que o veículo permaneceu muito tempo na Buriti
simplesmente por conta da exigência do pagamento para o serviço, quando, na verdade, o
Requerente afirma nos áudios em destaque que não tinha pressa em pegar o veículo,
pedindo, inclusive, para que essa Ré aguardasse a negociação que ele estava tentando fazer na
tentativa de realizar a compra de um veículo novo. (Analisar áudio anexado).
Ademais, na primeira ação (0015135-37.2019.8.05.0110) a qual pleiteia os danos morais, o

Autor embasa seus argumentos no merecimento da percepção de tal indenização
extrapatrimonial afirmando que o veículo é o seu único meio de transporte e que a “retenção”
do bem estava causando transtornos em sua vida profissional:
Ocorre que, como pode ser observado dos áudios e das conversas de WhatsApp anexadas, o
Autor não estava fazendo tanta questão assim em manter o veículo no pátio dessa Ré, muito
menos questionava enfaticamente o “absurdo valor” cobrado para o serviço. Já essa Ré, a todo o
instante tentou agilizar ao máximo tanto o início do serviço como a entrega do carro, solicitando
ao Requerente que liberasse a autorização, o que demorou de fazer, como dito alhures, pois
estava tentando negociar a compra de outro bem, vejamos:
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Além disso, podemos notar que o veículo ficou pronto para uso desde o dia 11/11/2019 (por
conta da demora da autorização, do contrário, teria ficado pronto antes), porém o Autor só
retirou o veículo no pátio da Concessionária dia 14.11.2019. Vejamos:
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
O que se percebe aqui, Excelência, é que o Autor quer imputar a essa Ré uma responsabilidade
que não lhe cabe. Como pode ser observado da página do manual acima colacionada, essa
Requerida não tem autonomia para realizar os serviços de garantia, devendo sempre seguir o
estabelecido pelo fabricante, pois este é quem ordena os serviços bem como aponta quais
serviços podem ou não ser realizados em garantia de acordo com sua gerência e mediante
procedimentos próprios.
Em nenhuma hipótese a Buriti pode passar por cima das regras preestabelecidas pelo fabricante
ou ir contra o estabelecido no manual, pois lhe falta autonomia para tanto.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Excelência, diante do resumo acima exposto, juntamente com a ordem de serviço devidamente
descrita e anexada, além dos áudios das conversas no WhatsApp, insta salientar que os pedidos
realizados pelo Autor estão completamente divorciados de nexo de causalidade com relação aos
atos dessa Requerida e vale a pena ressaltar que em nenhum momento essa empresa Ré agiu de
má fé ou deu informações falsas/incompletas, muito menos quis lucrar com o serviço como faz
querer crer o Requerente.
Assim sendo, ressalta que não merecem prosperar os pedidos autorais, devendo serem julgados
por sua total improcedência face a essa Ré.
2.2. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MATERIAIS CONSUBSTANCIADA NO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO

EM DOBRO – IMPOSSIBILIDADE.
Embora essa Ré não acredite no cabimento de qualquer condenação monetária, em respeito ao

princípio da eventualidade, passa a impugnar, também, a pretensão relacionada aos danos
materiais consubstanciada no pedido de repetição do indébito alegados em sede de inicial.
Como é de conhecimento desse Douto Juízo, os danos materiais não se presumem (Art. 944,
CC/02: A indenização mede-se pela extensão do dano), devendo ser estes cabalmente
demonstrados nos autos do processo o que, evidentemente, não fora feito.
Assim como os demais pedidos dessa ação, os danos materiais são completamente descabidos,
isso porque o Autor faz referência a restituição em dobro do valor que já fora pago para o reparo
do veículo, totalizando um valor de R$ 21.588,62 (vinte e um mil, quinhentos e oitenta e oito
reais e sessenta e dois centavos).
Conforme já dito alhures, o Autor precisou arcar com os custos do reparo do veículo pois os
serviços não poderiam ser realizados sob garantia, visto que foi constatado problema nos bicos
injetores devido ao combustível de má qualidade inserido no veículo em um posto de gasolina
não identificado pelo Requerente e, diante desse fato, assim como relatado no manual do
proprietário, por ser considerado mau uso, a montadora não realiza o serviço em garantia.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Não há o que se falar, portanto, em devolução em dobro do valor pago pois não houve aqui
nenhuma cobrança indevida. O autor, ao autorizar a realização do serviço em seu veículo,
demonstra sua concordância com o cancelamento da garantia e consequentemente com a
despesa de arcar o conserto.
Se o Autor não tivesse concordado com o cancelamento da garantia, não teria autorizado a
realização do reparo com seu ônus de arcar com toda a despesa. O Autor, em momento nenhum
se negou ou recusou a pagar o que lhe fora cobrado, muito menos fala a respeito de garantia ou
questiona o não cobrimento dessa, justamente porque sempre lhe fora informado que o motivo
do problema apresentado no veículo fora o combustível de má qualidade e que por ser
considerado pela fabricante como mau uso, não seria possível a realização do serviço em
garantia.
Diante disso, não houve cobrança a mais, tampouco cobrança indevida, o valor pago pelo Autor
foi totalmente devido, além disso conforme já demonstrado anteriormente, o autor ainda ganhou
25% (vinte e cinco por cento) de desconto no reparo do seu automóvel.
Diante de todo o exposto, verifica-se que não cabe a essa Empresa responder por quaisquer dos
pedidos formulados na peça exordial, tampouco pelo pedido de repetição de indébito, sendo
completamente descabido.
2.3. DA MANUTENÇÃO DO INDEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA – PERDA DO OBJETO –

AUSÊNCIA DE REQUISITOS.
Apenas para fazer jus ao princípio da eventualidade da defesa, vem essa Ré manifestar-se,
neste único parágrafo, a respeito da manutenção do indeferimento da tutela de urgência
(evento nº 16 do PROJUDI), visto que já foi perdido o objeto da ação, qual seja, o conserto
imediato do veículo, pois este já se encontra devidamente reparado e com o autor. Além
disso, restarem ausentes os requisitos para a concessão do referido instituto, quais sejam:
probabilidade do direito e perigo de dano.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
2.4. DA INAPLICABILIDADE DOS ALEGADOS DANOS MORAIS SOLICITADOS NA AÇÃO DE Nº

0015135-37.2019.8.05.0110. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE VIOLAÇÃO DA HONRA OU
IMAGEM DO CLIENTE. DO MERO DISSABOR INCAPAZ DE GERAR DANO MORAL AO

CONSUMIDOR.
Muito embora os fatos acima narrados já afastem qualquer pretensão indenizatória por parte do
Autor, cabe à CONTESTANTE, em atenção ao princípio da eventualidade da defesa, demonstrar
que o seu pleito ao recebimento de indenização por danos morais não encontra qualquer
respaldo na lei, na doutrina ou na jurisprudência pátria.
Excelência, o Requerente limita-se apenas em pedir o dano moral, sem trazer qualquer
fundamentação ou prova, como se o dano moral fosse automático para o consumidor, bom,
felizmente não é e deve, portanto, ser cabalmente comprovado e demonstrado.
O dano moral se vincula a violação de um dos direitos da personalidade previstos no art. 11

do Código Civil: direito ao nome, à imagem, à privacidade, à honra, à boa fama e à dignidade,
sendo dever do juiz da causa verificar se houve ato ilício e se o mesmo é capaz de provocar
sofrimento psicológico que supere meros aborrecimentos da vida cotidiana a que todos nós
estamos sujeitos. Importa, portanto, avaliar a prática do ato ilícito, a existência da
repercussão lesiva (dano) e o nexo causal entre um e outro elemento.
Em nenhum momento houve qualquer ofensa a honra do Requerente no momento da venda do

veículo ou em seu tratamento quando buscou informações a respeito do seguro (como pode ser
verificado do áudio anexado), muito menos descaso ou inércia com relação aos serviços
prestados.
O que ocorre é que não existe qualquer pretensão para que os danos morais sejam concedidos,
Excelência, pois nem o Autor consegue demonstrar o porquê seria merecedor de tal indenização,
nem essa Ré tem qualquer responsabilidade ou gerência com o objeto da presente demanda.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Além disso e de acordo com Sidnei Beneti, a jurisprudência do STJ é categórica: aborrecimentos
comuns do dia a dia, “os meros dissabores normais e próprios do convívio social, não são suficientes
para originar danos morais indenizáveis”.
A interpretação foi consolidada no julgamento do Recurso Especial 1.269.246, de relatoria do

ministro Luis Felipe Salomão. De acordo com ele, a verificação do dano moral “não reside
exatamente na simples ocorrência do ilícito”, pois nem todo ato em desacordo com o
ordenamento jurídico possibilita indenização por dano moral. Para ele, o importante é que “o
ato seja capaz de irradiar-se para a esfera da dignidade da pessoa, ofendendo-a de maneira
relevante”.
Diante dos fatos narrados fica evidente que, o suposto (e mero) “aborrecimento” experimentado
pelo Autor não serve para justificar a pretensão suscitada, principalmente porque sequer fora
fundamentada e comprovada. Ademais, como já insistentemente exposto anteriormente, não
tem essa Requerida qualquer gerência ou responsabilidade com o objeto da presente ação,
devendo, portanto, ser o pleito relacionado aos danos morais julgados improcedentes.
2.4.1. DA QUANTIFICAÇÃO DO DANO MORAL – ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA – PRINCÍPIO DA

RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE.
Na remota e improvável hipótese de procedência, ainda que parcial, do pleito autoral, o que se
diz apenas a bem do debate, resta impugnado o absurdo valor de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) sugerido pelo Autor, como indenização por supostos danos morais, porque
totalmente divorciado de qualquer critério de razoabilidade ou proporcionalidade.
O valor buscado pelo Autor caracteriza enriquecimento injustificado e a convolação da presente

lide em generosa fonte de riqueza.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Sobre o tema, colhe-se da jurisprudência do Excelso Superior Tribunal de Justiça o seguinte

acórdão2, relatado pelo culto Ministro Barros Monteiro:
“O Juiz, ao apreciar o caso concreto submetido a exame, fará a entrega da prestação

jurisdicional de forma livre e consciente, à luz das provas que forem produzidas. Verificará
o prejuízo sofrido pela vítima, a intensidade da culpa e os demais fatores concorrentes para
a fixação do dano, haja vista que costumeiramente a regra do direito pode se revestir de
flexibilidade para dar a cada um o que é seu. Ainda é de ter-se presente que o anteprojeto
do Código das Obrigações de 1941 (Orozimbo Nonato, Hahnemann Guimarães, Philadelpho
Azevedo) recomendava que a indenização por dano moral deveria ser “moderadamente
arbitrada”. Essa moderação tem por finalidade evitar a perspectiva do lucro fácil e
generoso, enfim, o locupletamento indevido”.
Não há dúvidas de que a indenização por danos morais se reveste de caráter estritamente
compensatório, realçando a necessidade de que sejam observados os PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE na apuração do quantum devido.
Como é cediço, o instituto da responsabilidade civil por dano moral tem sido alvo de inúmeras e
sempre bem fundamentadas críticas, à vista dos desvios de enfoque, do desregramento
específico e do abandono aos princípios e preceitos de Direito.
Ao reforçar o princípio da razoabilidade tantas vezes citado na atual jurisprudência dos

Sodalícios Pátrios e em especial pelo Superior Tribunal de Justiça, o ilustre Ministro Salvo de
Figueiredo Teixeira, ao relatar o RESP 203093-RJ, averbou: “O valor da indenização por dano
moral sujeita-se ao controle do Superior Tribunal de Justiça, sendo certo que, na fixação da
indenização a esse título, recomendável que o arbitramento seja feito com moderação,
proporcionalmente ao grau de culpa...”.
Neste diapasão, reiteradas vezes, o Superior Tribunal de Justiça decidiu: “para evitar
especulações desonestas, conta-se sempre com o bom-senso dos Juízes, que haverão de rejeitar
pedidos e arbitrar com recomendável moderação o montante da reparação (STJ, RE 6852, Min.
Eduardo Ribeiro)”.
2 RSTJ nº 34, pág. 292.
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
Pelo exposto, requer essa Ré que eventual condenação seja prudentemente norteada pelos
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE , evitando-se assim o enriquecimento sem causa
da Autora às expensas das Rés.
2.5. DA INAPLICABILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO. ART. 5º, LV, DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL, C/C ART. 373 CPC E COM O ART. 6º, VIII DO CDC.
A prova é considerada um elemento primordial no ordenamento processual, na busca pela

verdade real dos fatos narrados pelas partes, indispensável para se chegar à solução dos
conflitos de interesse.
Não é por outro motivo que o art. 5º, LV, da CF confere ao contraditório e à ampla defesa a
condição de preceito constitucional:
“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
Assim é que o art. 373 do CPC, alinhado a esse mandamento constitucional, deixa claro a quem
cabe o ônus da prova e em quais circunstâncias se opera a inversão desse ônus. Vejamos:
“Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do

autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à

impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.”(Grifos
nossos).
Além disso, dispõe o art. 6º, VIII, do CDC:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor: [...]
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a
seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;” (grifos

nossos).
Assim, o inciso VIII do art. 6º do CDC estipula dois requisitos para que se autorize a inversão do
ônus da prova. São eles: a verossimilhança das alegações e a hipossuficiência da parte. Vale
lembrar ainda, que a facilitação da defesa do direito do consumidor não poderá converter-
se em dificuldade da defesa do réu.
A verossimilhança das alegações é, em regra, elemento que decorre dos documentos

apresentados nos autos do processo, pelas partes. Já a hipossuficiência desdobra-se em
econômica e técnico-informativa, esta última lastreada no fato de que não possui o consumidor
meios de comprovar o alegado vício do produto e/ou do serviço.
Se é certo dizer que todo consumidor é vulnerável por força de lei (art. 4º, I, do CDC), não menos
certo é afirmar que nem todo consumidor é hipossuficiente, considerando-se que a
hipossuficiência é uma noção processual.
Além disso, é importante ressaltar que aqui não há que se falar em hipossuficiência financeira e
sim na possibilidade de produção de provas. Nesse sentido, é possível perceber da própria peça
de ingresso que o Autor pode, assim como as demandadas, produzir provas sem nenhum
empecilho. Se realmente o Requerente tivesse tantos direitos tal como alega, não haveria, no
caso em tela, qualquer dificuldade para demonstrá-los.
Por isso, requer essa Ré que seja indeferido o pleito referente a inversão do ônus da prova.
2.6. DA LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ.
Como se recorda, a boa-fé daqueles que participam do processo é norma processual

fundamental, trazida pelo Código de Processo Civil. Neste sentido, o art. 5º do CPC dispõe que
todos aqueles intervêm no processo devem agir conforme a boa-fé processual, consignando
o art. 79 do CPC a responsabilidade daquele que litigar de má-fé (como autor, réu ou
interveniente no processo), pelas perdas e danos a que der causa.
O art. 80, do CPC, considera litigante de má-fé aquele que:
1. deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
2. alterar a verdade dos fatos;

3. usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
4. opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
5. proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
6. provocar incidente manifestamente infundado;
7. interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. (grifo nosso).
Constatada a litigância de má-fé, que neste caso é flagrante e inescusável, cabe ao Juiz da causa:
“Art. 81, CPC- a requerimento ou de ofício, condenar o litigante de má-fé a pagar multa,
que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da
causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os
honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.”
O autor tenta levar esse Juízo a erro de duas formas. A primeira, alterando a verdade dos fatos
para fazer parecer que o tempo que o veículo ficou imobilizado nessa Requerida estava lhe
causando transtornos em sua vida profissional, sendo que o próprio Autor afirma nos áudios
anexados aos autos que não tinha pressa em pegar o veículo, pois estava tentando negociar a
compra de um novo veículo. Além disso, o automóvel ficou pronto para uso dia 11.11.2019 e o
Requerente só fez sua retirada em 14.11.2019 como se comprova dos documentos em anexo.
Em segundo momento, o Requerente tenta ludibriar esse juízo, querendo dar a entender de que
sofrera danos materiais por uma situação inexistente. O Autor perdeu a garantia de serviços do
veículo por descumprir as regras do manual do fabricante em colocar combustível adulterado
no veículo, já que é considerado como mau uso, não podendo o reparo ser coberto pela garantia,
e, por esse motivo, precisou realizar pagamento do reparo do automóvel, porém usa do recibo
de pagamento para, novamente, tentar levar esse juízo a erro.
Ademais, faz falsas e infundadas alegações de que sofrera abalos psicológicos por conta da
situação causada por ele próprio.
Por isso, pergunta-se: onde está o dano moral? Em que momento essa empresa trouxe algum
aborrecimento ou constrangimento para o Autor? Pelo contrário! A todo o instante fora prestado
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
o serviço da melhor forma possível como pode ser percebido dos constantes contatos com o
Requerente.
Diante disso, Excelência, não se vislumbra outra situação se não a litigância de má fé, visto que o
Requerente pleiteia um valor absurdo de danos morais, tutela descabida, danos materiais
inexistentes, além de faltar com a verdade em diversos momentos simplesmente para obter
vantagens.
Perante tal situação, requer essa Ré, desde logo, que seja condenado o Autor ao pagamento de
multa processual entre os valores de 1% a 10%, arbitrado por V. Exa. do valor corrigido da causa
afim de fazer valer o disposto no Art. 81, CPC.
3. DOS PEDIDOS.
Ex Positis, e o mais o saber jurídico de Vossa Excelência acrescer, requer:
a) Que sejam ACOLHIDAS AS PRELIMINARES E EXTINTA A AÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO;
b) Caso não entenda Vossa Excelência pelo acolhimento da preliminar de ilegitimidade

passiva, que seja essa Ré condenada de forma subsidiária nos moldes dos Arts. 12º e 13º
do CDC;
c) No mérito, que sejam julgados IMPROCEDENTES OS PEDIDOS CONSTANTES NA INICIAL

relacionados aos danos materiais, morais e substituição do veículo;
d) Seja condenado o Autor em Litigância de Má Fé com fulcro no Art. 81 do CPC;
e) Seja mantido o indeferimento da Tutela de Urgência por perda do objeto e por estarem
ausentes os requisitos para sua concessão;
f) Caso sejam superados os pedidos arguidos, se assim não entender V. Exa., requer a Ré,
por dever de cautela e em atenção ao princípio da eventualidade, que eventual
GRUPO BRANDÃO
BEL. WILLAME RANGEL
OAB/BA 51.607
condenação seja embasada nos PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA RAZOABILIDADE E

PROPORCIONALIDADE para determinar o quantum indenizatório no que diz respeito ao
pedido de danos morais;
g) Requer o indeferimento da inversão do ônus probatório de acordo com o art. 5º, IV, da
constituição federal, c/c art. 373 CPC e com o art. 6º, VIII do CDC;
h) Requer, ainda, a produção de todos os meios de prova admitidos, notadamente o

depoimento pessoal do autor, sob pena de confissão, a oitiva de testemunhas, além da
juntada dos anexos documentos e novos documentos em prova ou contraprova;
i) Requer, ao final, a habilitação do advogado Bel. WILLAME JÚNIOR GOMES RANGEL,

OAB/BA 51.607, endereço eletrônico willame.rangel@grupobrandao.com.br, patrono
da empresa Ré, BURITI VEÍCULOS, PEÇAS E SERVIÇOS LTDA., de modo que todas as
intimações e demais atos processuais relacionados a este processo sejam realizados
exclusivamente em nome do mesmo, sob pena de nulidade dos atos praticados sem a
observância deste requerimento, nos termos do art. 272, §§ 2º e 5º, do Código de Processo
Civil.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Irecê/BA, 27 de junho de 2021.
[ASSINADO ELETRONICAMENTE]
WILLAME JÚNIOR GOMES RANGEL
OAB/BA nº 51.607
GRUPO BRANDÃO
Scanned by CamScanner
Código de validação do documento: 7c497e66 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
BURITI VEICULOS, PEÇAS E SERVIÇOS LTDA., empresa de direito privado, inscrita no

CNPJ sob n° 07.666.744/0005-12, com sede na ROD BA 052, S/N, Bairro Centro, na
cidade de Irecê/BA, CEP 44.900-000, representada neste ato pelo Sr. WILLAME JÚNIOR
GOMES RANGEL, nomeia e constitui como seu preposto, TATIANA VIEIRA SILVA, inscrito no
CPF sob nº 074.616.615-07, portador do RG nº 14.776.228-61 com o fim único e
exclusivo de comparecer a Audiência, no que tange os processos tombados sob os
números 0015135-37.2019.8.05.0110 e 0017322-18.2019.8.05.0110, ambos
tramitam na 1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de Irecê/BA, movido
por Claiton Pires De Oliveira, podendo, para tanto, perguntar, responder, apresentar
documentos e promover acordo, exercer todo e qualquer ato relacionado com a solução
da demanda proposta e desempenho do presente mandato.
Irecê, 25 de junho de 2021.
BURITI VEICULOS, PEÇAS E SERVIÇOS LTDA
___________________________________________
WILLAME JUNIOR GOMES RANGEL
CPF: 057.888.924-22
Código de validação do documento: 7c497e7a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7c497e8e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7c497e8e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Nota Técnica
Atenção
Os arquivos de áudio ou vídeo não podem ser convertidos para o formato .pdf.
Informações do arquivo
Tipo de documento: Outros
Descrição do documento: 01. Gerente fala sobre Abastecimento.mp3.p7s
Identificador do arquivo: 108519133
Data da assinatura: 28/06/2021
Id. 108519133 - Pág. 144

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 02. InformaÃ§Ã£o sobre qualidade do CombustÃ-vel.mp3.p7s
Id. 108519134 - Pág. 145

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 03. ServiÃ§os no carro.mp3.p7s
Id. 108519135 - Pág. 146

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 04. Impossibilidade de Garantia.mp3.p7s
Id. 108519136 - Pág. 147

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 05. Cliente questiona diagnÃ³stico feito.mp3.p7s
Id. 108519137 - Pág. 148

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 06. Procedimento a ser feito no veÃ-culo.mp3.p7s
Id. 108519138 - Pág. 149

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 07. Esclarecimento sobre o procedimento.mp3.p7s
Id. 108519139 - Pág. 150

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 08. Cliente fala sobre pissibilidade de troca do carro.mp3.p7s
Id. 108519140 - Pág. 151

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 09. Cliente daclara nÃ£o ter pressa em pegar o veÃ-culo.mp3.p7s
Id. 108519141 - Pág. 152

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 10. AutorizaÃ§Ã£o + InformaÃ§Ã£o de que nÃ£o tinha pressa em pegar o carro.mp3.p7s
Id. 108519142 - Pág. 153

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 11. Gerente solicita autorizaÃ§Ã£o para trocar o diesel.mp3.p7s
Id. 108519143 - Pág. 154

Nota Técnica
Atenção
Descrição do documento: 12. Cliente autoriza compra de novo diesel.mp3.p7s
Id. 108519144 - Pág. 155

PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ – BAHIA - Avenida Sol Poente, s/n / Asa Norte / Irecê -
Bahia / 44900-000 / (74) 3688-6602 -irece-1vsj@tjba.jus.br
PROCESSO: 0017322-18.2019.8.05.0110
Parte Promovente: CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
Parte Promovida 01: BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
Parte Promovida 02: FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
TERMO DE AUDIÊNCIA
Ao(s) 28 de Junho de 2021, às 08h23min, por meio do aplicativo Lifesize, nos termos do Decreto
Judiciário nº 276/2020, de 30 de abril de 2020, presidida pela conciliadora Maria Alice Moura de
Almeida. Presente a parte promovente, acompanhado(a) do(a) advogado(a) WEVERTON SEIXAS
BARROS 49859N-BA. Presente a parte promovida 01, representada por TATIANA VIEIRA SILVA,
inscrito no CPF sob nº 074.616.615-07, acompanhados(as) do(a)advogado(a) WILLAME JÚNIOR GOMES
RANGEL51607N-BA. Presente a parte promovida 02, representada por ANA CELIA GUEDES DOS
SANTOS RG: 1791563, CPF 350747105-10, acompanhados(as) do(a)advogado(a) MATHIAS DOS ANJOS
CONCEIÇÃO OAB/BA64922.
Sem proposta de acordo.
O(a) advogado(a) da parte promovente requereu prazo de 05 dias para manifestação sobre
preliminares e documentos, bem como requereu a designação de audiência de instrução e
julgamento para a oitiva dos prepostos depoimento da parte autora.
O(a) advogado(a) da parte promovida 01 reiterou os termos da defesa juntada ao evento 57, com
preliminar e carta no bojo e requereu o julgamento antecipado do mérito.
O(a) advogado(a) da parte promovida 02 reiterou a juntada de contestação, com 02 preliminares, sem
pedido contraposto, com documentos diversos de representação, nos eventos 13, 14, 16 e 53 do projudi.
Pugnou que todas as publicações sejam realizadas exclusivamente em nome do advogado CELSO DE
FARIA MONTEIRO 36272N-BA, sob pena de nulidade.
Diante dos requerimentos apresentados, retorne os autos à secretaria para a designação de

audiência de instrução por videoconferência.
O conteúdo da gravação pode ser conferido por meio do link:
https://playback.lifesize.com/#/publicvideo/ef1c4bca-add7-4d69-8681-
8ee25155e8fc?vcpubtoken=b351981d-f7f1-4f59-bc47-f1d9b0f43fd4
Irecê – BA, 28 de Junho de 2021
MARIA ALICE MOURA DE ALMEIDA
Assinado eletronicamente por: MARIA ALICE MOURA DE ALMEIDA Id. 108522611 - Pág. 156
Código de validação do documento: 7c4a067e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
INTIMAÇÃO
comparecer à Audiência de Instrução, que será realizada no dia 26 de Julho de 2021, às 09:40h, ficando
de logo intimadas as partes e advogados.



IRECÊ, 5 de Julho de 2021.

Código de validação do documento: 7c72feb2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110

o que segue:
1. Em atenção à audiência de instrução e julgamento designada para o dia

26/07/2021 às 09:40h, vem a Ford informar dados do advogado e preposto para
realização da audiência virtual, conforme substabelecimento e carta de
preposição anexos.

Termos em que
pede deferimento.
Irecê, 23 de julho de 2021

OAB/BA 36272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO:18232812818 Id. 109701680 - Pág. 158
Código de validação do documento: 7cfdefe0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Livro: 1115 Folha: 300 1º Traslado
PROCURAÇÃO BASTANTE QUE FAZ: FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
Ad Judicia
Aos vinte e nove dias do mês de setembro do ano de dois mil e vinte (29/09/2020),
nesta cidade e Comarca de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, neste
cartório, perante mim ESCREVENTE que esta lavra, compareceram como outorgantes:
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede
nesta cidade, na Avenida do Taboão, número 899, Rudge Ramos, inscrita no CNPJ nº.
03.470.727/0001-20, NIRE n°. 35215993046, e com algumas filiais localizadas em: (1)
Taubaté, Estado de São Paulo, na Avenida Charles Schneider, 2.222, Parque São
Bonfim, CNPJ/MF nº. 03.470.727/0002-01; (2) Tatuí, Estado de São Paulo, na Rod. SP –
127, s/nº., Km 124, Pederneiras, CNPJ/MF nº. 03.470.727/0009-88; (3) Barueri, Estado
de São Paulo, na Avenida Prefeito João Villa lobo Quero, 2237/2253, Sítio Pedra
Rachada/ Belval, CNPJ/MF nº. 03.470.727/0012-83; (4) Camaçari, Estado da Bahia, na
Avenida Henry Ford, 2.000, Bairro COPEC (Complexo Petroquímico de Camaçari),
CNPJ/MF nº. 03.470.727/0016-07; (5) Salvador, Estado da Bahia, na Estrada da IASA,
s/nº., Pirajá, CNPJ/MF nº. 03.470.727/0023-36; (6) Candeias, Estado da Bahia, na Vila
Mantoim (margem direita do Rio Cotegipe, na Bahia de todos os Santos, Distrito de
Mutuim, Zona Portuária Norte), CNPJ/MF nº. 03.470.727/0028-40; (7) Horizonte, Estado
do Ceará, na Rodovia BR 116, Km 37,5, CNPJ/MF nº. 03.470.727/0031-46; e (8)
Gravataí, Estado do Rio Grande do Sul, Rodovia RS 118, Km 11, nº. 12707, Galpão
Número 02, Bairro Neópolis, Galpão nº. 02, Bairro Neópolis, CNPJ/MF nº.
03.470.727/0036-50, doravante designada "outorgante" com seu contrato social
consolidado datado de 18.10.1999, devidamente registrado na Junta Comercial do
Estado de São Paulo - JUCESP sob nº. 35.215.993.046, em data de 22.10.1999, e
posteriores alterações sendo a última a 113° alteração do Contrato Social, datado de
20.02.2020, devidamente registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo -
JUCESP sob n°. 132.062/20-3, em data de 06.03.2020, o qual uma cópia autenticada já
encontram-se arquivadas nestas notas, em pasta própria sob número de ordem
074/2020, e 114° alteração do Contrato Social, datado de 24.08.2020, devidamente
registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP sob n°. 342.062/20-7,
em data de 24.08.2020, o qual uma cópia autenticada fica arquivado nestas notas,
juntamente com a certidão simplificada expedida pela Junta Comercial do Estado de São
Paulo - JUCESP via internet em 25.09.2020, em pasta própria sob número de ordem
Esse documento foi assinado por RICARDO SPOSITO CONTE.
Para validar o documento e suas assinaturas acesse https://assinatura.e-notariado.org.br/validate e informe o código 3Y4XN-
JR8WM-GKXVC-2LVTD
Código de validação do documento: 7cfdefea a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
0209/2020, neste ato representada conforme determina o capítulo IV artigo 8° (oitavo)

seus parágrafos, e artigo 12° (décimo segundo) e seus parágrafos, de seu contrato social
consolidado, por seu diretor diretor jurídico: LUÍS CLAUDIO CASANOVA, brasileiro,
casado, advogado, portador da Cédula de Identidade Profissional OAB nº. 146.193 -
OAB/SP, inscrito no CPF/MF sob nº. 148.544.548-57, com endereço comercial na sede
da outorgante, o qual declara neste ato que não houve nenhuma alteração contratual
posterior a supra mencionada. Reconheço a identidade da presente e sua capacidade
para o ato, do que dou fé. E, pela outorgante, na forma como vem representada, por seu
representante identificado por mim Escrevente que esta lavra, conforme o documento de
identidade a mim exibido, sendo que o documento do representante foi confirmado
eletronicamente através do portal eletrônico; https://cna.oab.org.br/ que comparece
através de videoconferência realizada pelo sistema e-Notariado, nos termos do
provimento 100/2020 de 26 de Maio de 2020, do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, me
foi dito que, por esta escritura pública de mandato, nos termos de direito nomeia e
constitui seus bastante procuradores: MARCEL BAIADORI GONÇALVES, brasileiro,
solteiro, advogado, inscrito na OAB/SP nº. 268.663 e no CPF/MF sob o nº.
313.399.468-90; CRISTIANE MACIEL DE MIRANDA RIBEIRO, brasileira, casada,
advogada, inscrita na OAB/SP nº. 205.855 e no CPF/MF sob o nº. 264.726.448-10;
ADRIANA TOCCHET WAGATSUMA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/SP
sob o nº. 190.561 e no CPF/MF sob o nº. 268.928.998-97; PRISCILA YAMAGISHI
DALBON CUINTO, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/SP sob o nº. 325.921 e
no CPF/MF sob o nº. 363.795.568-77; ALEXANDRE ANDRADE ALVES CORREIA,
brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/SP nº. 296.648 e no CPF/MF nº.
364.457.048-59; RENATA SANCHES PORTO BENVENUTO, brasileira, casada,
advogada, inscrita na OAB/SP nº. 289.921 e no CPF/MF nº. 349.721.718-20; ANA LUIZA
LEITÃO MARTINS, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/SP nº. 189.453 e no
CPF/MF nº. 276.085.698-40; FELLIPE GUIMARÃES MOURÃO SALGADO, brasileiro,
em união estável, advogado, inscrito na OAB/SP sob o nº. 364.989, e inscrito no CPF/MF
sob o nº. 419.367.598-02; e ANA PAULA MOLERO VENANCIO, brasileira, casada,
advogada, inscrita na OAB/SP sob o nº. 292.367, e inscrita no CPF/MF sob o nº.
325.189.238-02, todos com o mesmo endereço da Outorgante e todos com poderes para:
EM CONJUNTO ou SEPARADAMENTE, independentemente da ordem de nomeação,
praticar os seguintes atos nas esferas cível, criminal, trabalhista, previdenciária ou
tributária: I - para o foro em geral, propor e contestar qualquer ação ou medida judicial,
em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, em que a Outorgante seja interessada como

JR8WM-GKXVC-2LVTD
autora, ré, assistente, oponente ou terceiro interessado, com poderes das cláusulas "AD
JUDICIA" e "ET EXTRA", mais o de (i) receber intimações e notificações; (ii) prestar
depoimento pessoal em nome da Outorgante; reconhecer a procedência do pedido,
confessar, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, firmar
compromisso; fazer acordos e conciliar, receber quaisquer quantias e dar quitação, em
juízo ou fora dele; II - em processos administrativos de natureza cível, tributária,
criminal, trabalhista e previdenciária, defender a Outorgante, perante qualquer
repartição, com poderes para: (i) receber intimações e notificações; (ii) oferecer defesa;
(iii) interpor recursos; (iv) prestar depoimento pessoal, enfim praticar todos os atos
necessários ao pleno cumprimento do presente mandato; III - efetuar, em nome da
Outorgante, levantamentos de importâncias correspondentes a depósitos e cauções em
processos administrativos e judiciais; e IV - representar a Outorgante perante os órgãos
públicos federais, estaduais, municipais, incluindo, mas não se limitando a: Secretaria de
Direito Econômico – SDE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, o
Tribunal Administrativo de Defesa Econômica, a Superintedência Geral, o Departamento
de Proteção e Defesa do Consumidor – DPDC, e Departamento de Proteção e Defesa
Econômica - DPDE do Ministério da Justiça e a Secretaria de Acompanhamento
Econômico - SEAE, do Ministério da Fazenda, a Promotoria de Defesa do Consumidor e
PROCONS, de todos os Estados e Municípios brasileiros, o Ministério Público Federal
dos Estados e do Distrito Federal, podendo, para tanto, prestar esclarecimentos, oferecer
defesa prévia, prestar depoimentos, requerer exames e extrações de cópias de peças
integrantes de averiguações preliminares e de processos administrativos instaurados
contra a Outorgante; V - substabelecer estes poderes sempre com reserva de iguais
poderes para si, inclusive para representação como preposto. A presente procuração
tem prazo de validade por tempo indeterminado. Foi consultada nesta data o site
Central de Indisponibilidade, cujo resultado negativo gerou o código de Consulta HASH
número (abf1 5575 680b 5542 50ea f802 a05c 3a0e 36b0 9e17). O nome e dados dos
procuradores bem como os elementos relativos ao objeto do presente instrumento
foram fornecidos e confirmados pela outorgante, que por eles se responsabiliza.
Eu, José Gilton Pereira da Silva Junior, Escrevente, certifico que LUÍS CLAUDIO
CASANOVA, já qualificado, concordou com os termos do presente ato, tendo
manifestado sua vontade por meio de videoconferência arquivada nestas Notas, sob
número de ordem 040/2020, e o assina por meio de certificado digital aposto em
documento eletrônico que contém os exatos termos desta procuração, também arquivado
nestas Notas, neste protocolo, tudo nos termos do provimento 100/2020 do Conselho
Nacional de Justiça - CNJ. ASSIM diz, pede e lavro a presente que, lida em voz alta,
acham
Esse documento em tudo
foi assinado conforme,
por RICARDO SPOSITOaceitam,
CONTE. outorga e assina,dispensando expressamente a
JR8WM-GKXVC-2LVTD
presença de testemunhas instrumentárias, consoante dispõe o ítem 24 do Cap. XIV do

provimento 58/89 da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo (D.O.E. de
05/12/89). Dou fé.Valores pagos por este ato: Ao Tabelião R$ 140,44; ao Estado: R$
39,91; ao IPESP: R$ 27,32; ao Fundo Reg. Civil: R$ 7,39; ao Trib. Just.: R$ 9,64; ao
Município: R$ 2,80; ao M.P.: R$ 6,74; a SCM: R$ 1,40; Total: R$ 235,64. Eu, (a.) JOSÉ
GILTON PEREIRA DA SILVA JUNIOR, ESCREVENTE, a lavrei. Eu, (a.) RICARDO
SPOSITO CONTE, SUBSTITUTO DO TABELIÃO, a subscrevo e assino. Assinado pelas
partes acima mencionadas (as custas devidas ao Estado e a contribuição devido ao
Ipesp serão pagas através de guia de recolhimento GARE). TRASLADADA EM ATO
SUCESSIVO. Eu, (a.) RICARDO SPOSITO CONTE, SUBSTITUTO DO TABELIÃO, a
conferi, subscrevo e assino em público e raso.
EM TESTEMUNHO ________ DA VERDADE.
Assinado digitalmente por:

RICARDO SPOSITO CONTE
RICARDO SPOSITO CONTE CPF: 102.945.938-02
Certificado emitido por AC Certisign RFB G5
SUBSTITUTO DO TABELIÃO Data: 01/10/2020 14:14:08 -03:00
1225641PR20201227001PR20Z

JR8WM-GKXVC-2LVTD
MANIFESTO DE
ASSINATURAS
Código de validação: 3Y4XN-JR8WM-GKXVC-2LVTD
Matrícula Notarial Eletrônica: 122564.2020.09.29.00000046-93
Esse documento foi assinado pelos seguintes signatários nas datas indicadas (Fuso
horário de Brasília):
RICARDO SPOSITO CONTE (CPF 102.945.938-02) em 01/10/2020 14:14
Para verificar as assinaturas acesse https://assinatura.e-notariado.org.br/validate e

informe o código de validação ou siga o link a abaixo:
https://assinatura.e-notariado.org.br/validate/3Y4XN-JR8WM-GKXVC-2LVTD
.
SUBSTABELECIMENTO
Substabeleço, com reservas de iguais, os poderes que me foram outorgados por FORD MOTOR COMPANY BRASIL
LTDA., sociedade empresária de responsabilidade limitada, sociedade empresária de responsabilidade limitada, com
endereço na Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1336, Térreo, Vila Olímpia, CEP 04548-004, São Paulo/SP, inscrita no
CNPJ/MF sob o nº 03.470.727/0004-73, aos advogados Celso de Faria Monteiro, OAB/SP 138.436 e CPF
182.328.128-18, Janaína Castro Félix Nunes, OAB/SP 148.263, CPF 163.236.078-08, Karen Cristina Ruivo
Guedes, OAB/SP 199.660 e CPF 280.245.448-06, Aline Anice de Freitas, OAB/SP 222.792 e CPF 213.573.288-50,
Juliana Tellini Abujanra, OAB/SP 326.741 e CPF 357.047.168-30, Débora Cristina de Vasconcelos, OAB/SP nº
324.269, CPF/MF nº 369.160.148-06, Ana Luisa Bueno Silveira, OAB/SP 348.546 e CPF 362.843.408-42, Carolina
Ribeiro Casagrande Lima, OAB/SP 347.162 e CPF 364.721.618-60, Nadíly Perandin Gonçalves, OAB/SP 386.717
e CPF 415.473.358-31, Nathane Gomes de Jesus, OAB/SP, Isabella Ribeiro da Silva, OAB/SP 408.319 e CPF
427.085.908-39, Isabella Ribeiro da Silva, OAB/SP 408.319 e CPF 427.085.908-39, Gustavo Dalbem Murakami,
CPF 442.709.478-37, OAB/SP 426.761, Isabela Braga Pompilio, OAB/DF 14.234 e CPF 646.411.551-00; Cláudio
Para verificar as assinaturas vá ao site https://www.portaldeassinaturas.com.br:443 e utilize o código A2EC-6DF6-EADC-A9D5.

Coelho de Souza Timm, OAB/DF 16.885 e CPF 867.485.211-49; Marcelo Gomes de Faria, OAB/DF 25.395 e CPF
717.690.211-91; Sandra Arlette Maia Rechsteiner, OAB/DF 23.606 e CPF/MF 688.179.591-20; Bruno Rodrigues
Teixeira De Lima, OAB/DF 31.591 e CPF 001.437.811-62; Natália Alves Barbosa, OAB/DF 42.930 e CPF
029.765.061-08; Bruno Alexandre Lourenço, OAB/DF 46.270 e CPF 018.110.351-67; Thalles Andrade Leite,
OAB/DF 50.403 e CPF 030.891.541-02; Ivy Bergami Goulart Barbosa, OAB/DF 52.706 e CPF 034.848.461-51;
Paula Sartori Macedo, OAB/DF 57.266 e CPF 050.476.105-60; Amanda Ferreira Campos, OAB/DF 49.987 e CPF
019.165.831-64, Fabíola A. de Oliveira B. Cavalcanti - OAB/RJ 93.761; Thamires Karen Mariano Ferreira Lima,
OAB/RJ 196.255 e CPF 143.406.597-97; Aimée de Oliveira Silva, OAB/RJ 218.169 e CPF: 123.537.627-35, Eduardo
Mariotti, OAB/RS n.º 25.672 e CPF 460.015.650-15, Gustavo Nygaard, OAB/RS n.º 29.023 e CPF 560.181.000-10,
Luis Renato Ferreira da Silva, OAB/RS 24.321 e CPF 364.191.760-34, Roberto Pierri Bersch, OAB/RS sob o
Este documento foi assinado digitalmente por Alexandre Andrade Alves Correia.
24.484 e CPF 516.347.670-04, Vinicius de Oliveira Berni, OAB/RS 51.477 e CPF 901.108.540-04, Rafael
Mallmann, OAB/RS 51.454 e CPF/MF 908.668.350-91, Gabriela Vitiello Wink, OAB/RS 54.018 e CPF/MF
944.415.100-04, Mauricio de Carvalho Goes, OAB/RS 44.565, Guilherme Carneiro Monteiro Nitschke, OAB/RS
67.185 e CPF/MF 004.156.150-38, Candice Binato Stangler, OAB/RS 51.590 e CPF/MF 921.557.310-00, todos
integrantes de TozziniFreire, Teixeira e Silva Advogados, com sede na Rua Borges Lagoa, nº 1328 - Vila Mariana,
São Paulo - SP, 04038-004, telefones (11) 5086-5000, (11) 3291-1000, (21) 3535-2100, (61) 3426-8000, (51) 3025-
2200, outorgando-lhes os poderes outorgados na procuração “AD JUDICIA” E “ AD JUDICIA ET EXTRA”, notadamente
para o foro geral, podendo ser praticados todos os atos jurídicos necessários, especialmente para apresentar
contestações em geral, representando o mandante perante qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, transigindo,
desistindo, firmando acordos e compromissos, nomeando prepostos, recebendo e dando quitação.
São Bernardo do Campo, 17 de agosto de 2020.
Alexandre Andrade Alves Correia

OAB/SP 296.648
CPF 364.457.048-59
Ford Motor Company Brasil Ltda.

Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1336, Térreo, Vila Olímpia, São Paulo - CEP 04548-004
Certificado de Conclusão
Identificação de envelope: 6AA08E7313864D14A096F0D6FFE74504 Status: Concluído
Assunto: DocuSign: Substabelecimento Ford - Tozzini Contencioso - Agosto 2020.docx
Origem do Envelope:
Qtde Págs Documento: 1 Assinaturas: 1 Remetente do envelope:
Qtde Págs Certificado: 1 Rubrica: 0 Alexandre Correia
Assinatura guiada: Desativado 1 American Rd
Selo com ID do Envelope: Desativado Dearborn, MI 48126-2701
Fuso horário: (UTC-05:00) Hora do Leste (EUA e Canadá) acorre18@ford.com
Endereço IP: 136.2.33.160
Rastreamento de registros
Status: Original Portador: Alexandre Correia Local: DocuSign
17/08/2020 17:06:09 acorre18@ford.com
Status do dispositivo de segurança: Conectado Conjunto: Ford Security Pool-Active
Eventos de Signatários Assinatura Data/Hora

Alexandre Correia Enviado: 17/08/2020 17:06:56

acorre18@ford.com Visualizado: 17/08/2020 17:07:08
Litigation Manager Assinado: 17/08/2020 17:07:45
Ford Motor Company Assinatura de forma livre
Adoção de assinatura: Imagem de assinatura
Nível de Segurança: E-mail, Autenticação da conta
(Opcional) carregada
Usando endereço IP: 136.2.33.160
Termos de Assinatura e Registro Eletrônico:

Não disponível através do DocuSign
Eventos de Signatários Presenciais Assinatura Data/Hora
Eventos de Editores Status Data/Hora
Eventos de Agentes Status Data/Hora
Eventos de Destinatários Status Data/Hora

Intermediários
Eventos de entrega certificados Status Data/Hora
Eventos de cópia Status Data/Hora
Eventos com testemunhas Assinatura Data/Hora
Eventos do tabelião Assinatura Data/Hora
Eventos de resumo do envelope Status Carimbo de data/hora

Envelope enviado Com hash/criptografado 17/08/2020 17:06:56
Entrega certificada Segurança verificada 17/08/2020 17:07:08
Assinatura concluída Segurança verificada 17/08/2020 17:07:45
Concluído Segurança verificada 17/08/2020 17:07:45
Eventos de pagamento Status Carimbo de data/hora
PROTOCOLO DE ASSINATURA(S)
O documento acima foi proposto para assinatura digital na plataforma Portal de Assinaturas Certisign. Para
verificar as assinaturas clique no link: https://www.portaldeassinaturas.com.br/Verificar/A2EC-6DF6-EADC-
A9D5 ou vá até o site https://www.portaldeassinaturas.com.br:443 e utilize o código abaixo para verificar se
este documento é válido.
Código para verificação: A2EC-6DF6-EADC-A9D5
Hash do Documento
0FF97550E7707A98785D2A8BA299742E27DEB661ADBA4107E51F3226C9FDD29F
O(s) nome(s) indicado(s) para assinatura, bem como seu(s) status em 17/08/2020 é(são) :
Alexandre Andrade Alves Correia (Signatário) - 364.457.048-59

em 17/08/2020 18:14 UTC-03:00
Tipo: Certificado Digital
SUBSTABELECIMENTO

judicia que me foram outorgados pela FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., para
Comarca de Irecê/BA, que lhe move Claiton Pires De Oliveira, podendo o ora
quitação.
São Paulo, 23 de Julho de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfdeff4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
validade limitado até o dia 23 de Agosto de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfdeffe a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
seu prazo de validade limitado até o dia 23 de Agosto de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfdf008 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfdf01c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ANA CELIA GUEDES DOS SANTOS RG: 1791563 , CPF 350747105-10, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfdf03a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110

o que segue:
1. Em atenção à audiência de instrução e julgamento designada para o dia

26/07/2021 às 09:40h, vem a Ford informar dados do advogado e preposto para
realização da audiência virtual, conforme substabelecimento e carta de
preposição anexos.

Termos em que
pede deferimento.
Irecê, 23 de julho de 2021

OAB/BA 36272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe319e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO

Comarca de Irecê/BA, que lhe move Claiton Pires De Oliveira, podendo o ora
quitação.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31a8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
validade limitado até o dia 23 de Agosto de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31b2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31c6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31d0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ANA CELIA GUEDES DOS SANTOS RG: 1791563 , CPF 350747105-10, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31da a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31e4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31ee a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7cfe31f8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA
DO SISTEMA DE JUIZADOS ESPECIAIS DA COMARCA DE IRECÊ/BA
PROCESSO nº 0017322-18.2019.8.05.0110
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, já qualificado

na AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS C/C REPETIÇÃO DE
INDÉBITO, número em epígrafe, movida em face de BURITI
VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA e de FORD MOTOR COMPANY
BRASIL LTDA, vem, por um de seus advogados abaixo assinado,
apresentar sua IMPUGNAÇÃO às preliminares e documentos
acostados pela Rés, nos termos que seguem:
Ab initio, vale registrar que as defesas

juntadas pelas Rés não trazem qualquer fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do Autor, limitando-se
a aduzir que o problema no automóvel não estaria coberto
pela garantia, pois seria decorrente da suposta utilização
de combustível adulterado.
Email: weverton@rmcadvogados.adv.br
Código de validação do documento: 7d037906 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Em verdade, as alegações trazidas pelas
Demandadas em suas peças defensivas se revelam extremamente
frágeis e insubsistentes, conforme se verá a seguir.
1. PRELIMINARES
1.1. INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Em sede preliminar, ambas as Rés pleiteiam

a extinção do feito sem a resolução do mérito, pela SUPOSTA
necessidade de perícia técnica no automóvel.
Excelência, a preliminar arguida se revela

completamente desprovida de qualquer amparo legal,
consubstanciando apenas numa tentativa de criar empecilhos
que dificultem o legítimo pleito do Demandante, que vem
suportando sérios danos decorrentes da conduta ilícita
praticada pelas Demandadas.
As provas documentais juntadas aos autos,

por si só, viabilizam o julgamento do feito, sendo
despicienda a realização de perícia técnica no local, pelo
que devem ser rechaçadas as referidas preliminares.
De mais a mais, a competência dos Juizados

Especiais para apreciação e julgamento de demandas como a
debatida nos autos é amparada, inclusive, pelo Enunciado nº
54 do FONAJE:
ENUNCIADO 54
A menor complexidade da causa para a fixação da competência é
aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.
Com isso, não há se cogitar a incompetência
deste Juizado Especial Cível, tendo em vista que o caso sub
examine goza de total compatibilidade com o procedimento
previsto na Lei nº 9.099/1995.
1.2. PREENCHIMENTO DE CONDIÇÃO DA AÇÃO. INTERESSE DE

AGIR.
Também preliminarmente, a 2ª Ré argui suposta

ausência de interesse de agir por parte do Autor, que não
teria buscado a resolução da questão.
A preliminar suscitada não merece acolhimento,

pelas razões abaixo declinadas.
O Autor ajuizou a presente demanda após ter

esgotado as vias administrativas, haja vista a negativa de
cobertura do conserto do veículo pelas Rés, carro este
adquirido a pouco tempo e com garantia vigente (cinco
anos).
Insta frisar que, inobstante as várias
tentativas de resolução amigável do problema, as Rés
continuaram irredutíveis quanto à negativa de acionamento
da garantia, e o veículo permaneceu nas dependências da 1ª
Ré, o que motivou o ajuizamento, em 30/10/2019, da ação
tombada sob o nº 0015135-37.2019.8.05.0110, pleiteando o
consumidor, além de medida liminar, a condenação das Rés na
obrigação de fazer e na indenização por danos morais diante
da ilegalidade perpetrada.
Dessa forma, patente é a necessidade de

movimentar o poder judiciário com o fito de ser
estabelecida a justiça no caso concreto, haja vista as
ilegalidades praticadas pelo Réu em face do Autor.
1.3. SUPOSTA CONTINÊNCIA
Ainda em sede preliminar, sustenta a 1ª Ré

a ocorrência de suposta continência entre esta demanda e o
processo nº 0015135-37.2019.8.05.0110, em trâmite nesta
mesma vara.
Excelência, a preliminar arguida se revela
completamente desprovida de qualquer amparo legal,
consubstanciando apenas numa tentativa de criar empecilhos
que dificultem o legítimo pleito do Demandante, que vem
suportando sérios danos decorrentes da conduta ilícita
praticada pelas Demandadas.
Ora, as demandas têm pedidos distintos e
não há relação de abrangência entre eles, logo, não há se
falar em continência entre as ações, posto que não
preenchidos os requisitos elencados no art. 55 do Código de
Processo Civil.
Com isso, a preliminar deve ser rejeitada,
data venia.
1.4. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM

DA 2ª RÉ
No que se refere à preliminar de

ilegitimidade passiva da 2ª Ré, necessário frisar o seu
completo descabimento. A montadora e a concessionária
respondem solidariamente pelos danos causados ao
consumidor, conforme ensina o Código de Defesa do
Consumidor, no seu art. 18, caput.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam
o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,
com as indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a
substituição das partes viciadas.
A concessionária, 2ª Ré, é sim parte

legítima para responder à presente lide, haja vista a sua
responsabilidade pela falha na prestação de serviço, onde,
mesmo após inúmeras tentativas, não conseguiu resolver a
questão e reparar o veículo do Autor através da garantia do
bem.
Além disso, a 2ª Ré é parte legítima na
causa por estar inserida na cadeia de consumo ao lado da
fabricante/montadora, devendo responder pelo produto
defeituoso colocado no mercado.
Nessa linha, as Cortes Superiores entendem,

de forma pacífica, pela legitimidade da concessionária em
figurar como Ré, juntamente com a montadora do veículo, em
ações como a debatida aqui. Veja-se:
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. LEGITIMIDADE
PASSIVA DA CONCESSIONÁRIA E DO FABRICANTE
PARA RESPONDER POR VÍCIO DE QUALIDADE.
COMPLEXIDADE DA CAUSA INOCORRENTE. DESNCESSIDADE
DE PROVA PERICIAL. VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO
ENCAMINHADO PARA CONCESSIONÁRIA EM TRÊS
OPORTUNIDADES. DEMORA SUPERIOR A 50 DIAS PARA A
TROCA DAS PEÇAS DA EMBREAGEM DEFEITUOSA. SITUAÇÃO
QUE ULTRAPASSA A SERA DO MERO ABORRECMENTO. DANOS
MORAIS CONFIGURADOS. (...) (Recurso Cível Nº 71004416707,
Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:
Alexandre de Souza Costa Pacheco, Julgado em
16/10/2013)(TJ-RS - Recurso Cível: 71004416707 RS, Relator:
Alexandre de Souza Costa Pacheco, Data de Julgamento:
16/10/2013, Segunda Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 18/10/2013) (Grifados)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS

(...) CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO - VÍCIO - ATRASO NO CONSERTO - LEGITIMIDADE
PASSIVA - CONCESSIONÁRIA - FABRICANTE - DEVER DE
INDENIZAR - DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO. - No sistema
do Código de Defesa do Consumidor, respondem pelo vício na
prestação do serviço aqueles envolvidos no conserto do veículo,
desde a concessionária, que atrasou excessivamente a entrega
do bem, até a fabricante, que indicou a autorizada e era
responsável pelo fornecimento das peças. - As regras da Seção
III do CDC ("Da responsabilidade por vício do produto e do
serviço") aplicam-se de acordo com as peculiaridades do caso
concreto, respeitando-se os princípios da proporcionalidade e
da razoabilidade do provimento jurisdicional. - Vislumbrando-se
do caso concreto que os transtornos sofridos pelo autor
ultrapassaram o mero dissabor pela impossibilidade de
utilização do veículo, com a verdadeira frustração pela ausência
de suporte e tentativa de solução do problema pelos réus, deve
ser fixada reparação. - Recurso provido em parte. (TJ-MG - AC:
10672082994985001 MG, Relator: Alvimar de Ávila, Data de
Julgamento: 30/01/2013, Câmaras Cíveis Isoladas / 12ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 08/02/2013) (Grifados)
Nesta senda, deve ser rejeita a preliminar

de ilegitimidade passiva, arguida pela 2ª Ré, haja vista o
seu total descabimento.
2. DOCUMENTOS JUNTADOS
Os documentos (prints/áudios) juntados

pelas Rés apenas corroboram com as informações consignadas
na peça vestibular, não trazendo qualquer fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do Autor.
Em suma, a análise dos documentos juntados
revela que os são inservíveis para a finalidade almejada
pela Demandada, qual seja, isentá-la da responsabilidade
que lhe é inerente como fornecedora.
3. CONCLUSÃO
Assim, integral é a responsabilidade das

Rés para com os danos suportados pelo Autor, devendo ser
responsabilizada pelos prejuízos causados, nos termos do
que determina a Constituição Federal, o Código Civil e o
Código de Defesa do Consumidor.
Ex positis, realizadas as impugnações

acima, reitera os termos da inicial, e, por ser de inteira
justiça, pugna pela total procedência da demanda.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Irecê/BA, 26 de julho de 2021.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
PODER JUDICIÁRIO
1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de Irecê - BA
Rua Sol Poente, s/n, Bairro Asa Norte, CEP:44900-000, Irece-BA / Telefone: (74) 3688-6602
Consulte a situação do processo em: https://projudi.tjba.jus.br/projudi/
TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E INSTRUÇÃO
PROCESSO: 0017322-18.2019.8.05.0110
Parte Promovente: CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
Parte Promovida 01: BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
Parte Promovida 02: FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
Aos 26 dias do mês de julho de 2021, às 10:12 horas, a Dra. Carolina Guimarães Novaes, Juíza Leiga, foi
realizada audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento por videoconferência do processo supra, por meio do
aplicativo Lifesize, nos termos do Decreto Judiciário nº 276/2020, de 30 de abril de 2020, presente a Acionante, assistida
pelo(a) seu(sua) advogado(a) o(a) Bel(a). Dr. ROSEMBERGUE FENELON MEIRA CORDEIRO, OAB/BA 12994.
Presente a parte Acionada 2 (FORD), assistida pelo(a) seu(sua) advogado(a) o(a) Bel(a). Dra Andrea e representada
pelo(a) preposto(a) Sr(a). Matias dos Anjos.
Impossibilitada a proposta de Conciliação.
Dada a palavra ao(à) advogado(a) da parte autora, disse que: “Diante da ausência da parte requerida 1
(Buriti)., apesar de devida intimada, pugna pela aplicação art. 20 da Lei 9.099/95”.
Pela Juíza Leiga foi dito que: “Tendo em vista a instabilidade do PROJUDI, impedindo o acesso aos autos,
remeto os autos à secretaria para nova marcação de audiência”.
Nada mais havendo, encerro o presente termo.
O conteúdo da gravação pode ser conferido por meio do link:

https://playback.lifesize.com/#/publicvideo/82d5adb8-4816-4b8e-8ff0-67d92f1d9d1e?vcpubtoken=5a458adf-
df05-439c-aec4-695298d8a5a3
Carolina Guimarães Novaes

Juíza Leiga
Página 1 de 1
Assinado eletronicamente por: CAROLINA GUIMARAES NOVAES Id. 109740214 - Pág. 210
Código de validação do documento: 7d03d11c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
INTIMAÇÃO
comparecer à Audiência de Instrução, que será realizada no dia 27 de Agosto de 2021, às 12:40h, ficando
de logo intimadas as partes e advogados.



IRECÊ, 27 de Julho de 2021.

Código de validação do documento: 7d0ac58a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª
VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS DA COMARCA DE IRECÊ/BA
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA já devidamente qualificada nos autos

da Ação de Indenização que lhe promove Claiton Pires De Oliveira, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, expor e requerer:
1. Em atenção à audiência designada para o dia 27/08/2021 às 12:40, vem

a ré Ford requerer e formalizar a juntada dos respectivos documentos de
representação, quais sejam, (i) substabelecimento e (ii) as cartas de
preposição.
2. Por fim, reitera seu pedido de que as futuras publicações e notificações

doravante dos autos sejam feitas exclusivamente em nome do patrono da,
CELSO DE FARIA MONTEIRO, inscrito na OAB/BA 36.272 sob pena
de nulidade, nos termos do artigo 272, §5º do novo Código de Processo
Civil.
Termos em que,
pede deferimento.
Irecê, 25 de Agosto de 2021.

OAB/BA 36.272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7dd9b1ec a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO

18.2019.8.05.0110, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do Sistema dos Juizados
Especiais da Comarca de Irecê/BA, que lhe move Claiton Pires de Oliveira,
podendo o ora constituído praticado todos os atos jurídicos necessários, especialmente
para apresentar contestações em geral, representando o mandante perante qualquer
Juízo, Instância ou Tribunal, transigindo, desistindo, firmando acordos e compromissos,
recebendo e dando quitação.
São Paulo, 25 de Agosto de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7dd9b1f6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ação movida por Claiton Pires de Oliveira, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do
Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de Irecê/BA, processo nº
seu prazo de validade limitado até o dia 25 de Setembro de 2021.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7dd9b200 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de Irecê/BA, processo
nº 0017322-18.2019.8.05.0110, para em nome do outorgante, assumir obrigações

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7dd9b20a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7dd9b21e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ANA CELIA GUEDES DOS SANTOS RG: 1791563, CPF 350747105-10, com

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 7dd9b23c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ
AVENIDA SOL POENTE, S/N / ASA NORTE / CEP 44900-000 / IRECE-BAHIA
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
irece-1vsj@tjba.jus.br
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
PARTE(S) AUTOR(AS) CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
PARTE(S) RÉ(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:
Na forma do PROVIMENTO Nº CGJ 10/2008-GSEC da CORREGEDORIA-GERAL DA

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA do dia 21 de novembro de 2008:
_______________________________________________________________
De ordem, retiro o processo de pauta.
Intimem-se as partes.
_______________________________________________________________
IRECÊ - BA, 27 de Agosto de 2021.
Diretor de Secretaria
Assinado eletronicamente por: EVELINE COSTA NEVES DOURADO Id. 111251803 - Pág. 222
Código de validação do documento: 7dea778e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE IRECÊ/BA
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110

Indenização em epígrafe, que lhe move Claiton Pires de Oliveira, vem, por
seus advogados, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, expor e
requerer o que segue:
1. Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais na

qual alega o Autor ser proprietário de um veículo Ford Ranger XLT CD 4ª32C,
ano/modelo 2018/2019, zero KM, adquirido em 16/01/2019.
2. Aduz que após 9 meses da aquisição do veículo objeto da lide, o Autor e sua
esposa foram surpreendidos com uma pane mecânica que fez o veículo para de
funcionar repentinamente em uma rodovia federal.
3. Segue narrando que a concessionária alegou que a garantia do veículo não

cobriria o conserto, devendo o Autor arcar com os custos para reparo no importe
de R$10.794,31 relacionados aos bicos injetores do automóvel, valor este já com
“desconto concedido”.
4. Ante o exposto, ingressou com a presente ação requerendo a inversão do

ônus da prova e a repetição do indébito no importe de R$ 21.588,62 referentes
ao dobro do montante pago pelo requerente pelo conserto do veículo em
garantia.
5. Ocorre que, além da presente demanda, as partes litigam em outra ação

que tramitam no mesmo juizado, com nº 0015135-37.2019.8.05.0110, todas
movidas pelo Autor contra as requeridas, também embasadas no mesmo fato
e mesmo objeto e todas buscando a indenizações pelo ocorrido:
 Ação de indenização nº 0017322-18.2019.8.05.0110, requerendo aa

condenação da Ré ao pagamento de repetição de indébito no importe R$
21.588,62, referente ao dobro do montante pago pelo requerente pelo conserto
do veículo, pelos mesmos fatos narrados;
 Ação de indenização nº 0015135-37.2019.8.05.0110, requerendo

indenização de danos morais, pelos mesmos fatos narrados;
6. Citadas em todas as ações, a Rés já apresentou defesa em ambas e

atualmente as partes aguardam a Conclusão dos Autos. Ressalta-se que em
nenhum dos autos foi proferida sentença.
7. Veja Excelência que o caso em tela condiz exatamente com disposto no art.
55, do CPC/15.
Código de validação do documento: 7ebac79a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Art. 55.
Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for
comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento
relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que
possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou
contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão
entre eles.
8. Considerando que o autor pleiteia indenização das requeridas em ambas as

ações, decorrente do mesmo ocorrido, o mais razoável, no entender desta
Requerida, seria a conexão dos processos para julgamento em conjunto
de ambos, visando a celeridade processual.
9. Ao invés disso, tem-se dado andamento isolado em cada uma das ações,
causando prejuízo a ré com honorários advocatícios em ambas as demandas,
bem como causa morosidade processual ao sistema judiciário, visto a
necessidade do processo de conhecimento nas demandas.
10. Tão cristalina é a conexão entre todas as demandas, especialmente

pela possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes entre si, que
está sendo conduzida na fase de conhecimento vinculados à presente
ação.
11. Por todo o exposto, resta evidente a necessidade de determinar a conexão

das ações ajuizadas pelo autor. Tal medida evitaria a prolação de decisões
contraditórias, bem como traria maior agilidade na tramitação do feito.
12. Assim, é a presente para requerer digne-se este D. Juízo a determinar a

reunião das ações de nº 0015135-37.2019.8.05.0110, n° 0017322-
18.2019.8.05.0110 a presente, para resolução conjunta nos termos do art. 55
do Código de Processo Civil.
MONTEIRO, OAB/BA 36.272.
Termos em que
pede deferimento.
Irecê, 27 de setembro de 2021

OAB/BA 36.272.
Código de validação do documento: 7ebac79a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA___VARA DO SISTEMA DE
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, brasileiro, casado,

médico, portador do RG nº 06.887.587-89-SSP/BA, inscrito no
CPF/MF sob o nº 755.559.805-15, residente e domiciliado na
Rua Rio de Contas nº 900, Casa III, Recanto das Árvores,
CEP 44900-000, Irecê/BA, por seus advogados abaixo
assinados, com endereço profissional no rodapé desta peça,
ali indicado parta o fim de intimação, vem ajuizar a
presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS em desfavor da BURITI VEÍCULOS
PEÇAS E SERVIÇOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº. 07.666.744/0005-12, sediada
na BA-052, nº 2.767, Contorno, CEP 44900-000, Irecê/BA e da
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.470.727/0001-20,
com sede na Av. Taboão n° 899, CEP 09655-000, São Bernardo
do Campo/SP, pelos fundamentos de fato e de direito que
passa a expor:
1

Código de validação do documento: 6f5e4aec a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 7ebac7a4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1. DISPOSIÇÃO FÁTICA
O Autor é proprietário de uma picape FORD

RANGER XLT CD 4A32C, ano/modelo 2018/2019, placa PLL 5A83,
fabricada pela 2ª Ré e adquirida ZERO KM, junto à
revendedora autorizada FORD, ora 1ª Ré, na data de
16/01/2019, conforme nota fiscal anexa.
Acontece que, passados oito meses da aquisição

do utilitário, o Autor e sua esposa, deslocando-se da
cidade de Barreiras/BA para Salvador/BA pela rodovia BR-
242, na altura do km 348, proximidades do Morro do Pai
Inácio, se viu diante de uma pane mecânica que fez o
veículo parar de funcionar repentinamente. Tudo isso às 19h
da noite, em plena rodovia federal.
Apreensivo e angustiado diante da falha

mecânica do seu utilitário, o Autor acionou o serviço de
assistência FORD, que, após certo tempo de espera,
finalmente mandou um caminhão guincho para transportar o
veículo até a 1ª Ré, localizada em Irecê/BA.
Na revendedora autorizada Ford, 1ª Ré, o Autor

foi informado que a pane mecânica no veículo decorreu de um
defeito nos bicos injetores, e, para a absoluta surpresa do
consumidor, as Rés aduziram que a garantia do veículo não
cobriria o conserto, devendo ele arcar com todo o custo do
reparo, no valor de R$ 13.919,31, que com o “desconto
concedido” totaliza R$ 10.794,31(dez mil, setecentos e
noventa e quatro reais e trinta e um centavos).
Ciente dos seus direitos, o Autor questionou o

motivo pelo qual o reparo não seria coberto pela garantia
do veículo, que é de 5 (cinco) anos, frise-se, ao que as
Rés se limitaram a, tão somente, reiterar negativa da
cobertura, numa completa afronta ao Código de Defesa do
Consumidor.
2

Ora, o Autor é profissional liberal autônomo,
faz uso do veículo todos os dias, sendo este o seu único
meio de transporte para ir e voltar do trabalho, realizar
viagens para Salvador e Barreiras, onde presta os seus
serviços médicos, bem como para transportar pequenos
equipamentos aos seus consultórios.
Em que pesem as várias tentativas de resolução

amigável do problema, as Rés continuam irredutíveis quanto
à negativa de acionamento da garantia, e o veículo
permanece nas dependências da 1ª Ré, que segue exigindo o
pagamento de R$ 10.794,31(dez mil, setecentos e noventa e
quatro reais e trinta e um centavos), como condição para
realização da troca dos bicos injetores do
utilitário.(orçamento e troca de mensagem anexa).
Destarte, inconformado com as ilicitudes

perpetradas pelas Rés, não restou alternativa ao Autor
senão provocar o Judiciário, para que os seus direitos
sejam observados e garantidos.
2. DO DIREITO
2.1. APLICAÇÃO IN CASU DO CDC
Como sabido, a relação jurídica exposta é

disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor.
Nos termos dos arts. 2º e 3º do CDC, o Autor

se enquadra no conceito legal de consumidor, as Rés no
conceito de fornecedoras, e como objeto da relação
consumerista tem-se o produto denominado FORD RANGER XLT CD
4A32C, ano/modelo 2018/2019, placa PLL 5A83. In verbis:
3

Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou
utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,

ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
consumo.
Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação
de serviços.
§ 1°. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou

imaterial.
Realizado tal enquadramento, elucidar-se-á os

demais fundamentos jurídicos que embasam a demanda.
2.2. ATO ILÍCITO
As Demandadas incorreram no cometimento de ato

ilícito, em vista do desrespeito das normas insculpidas na
Constituição Federal, no Código Civil e no Código de Defesa
do Consumidor.
A Carta Magna de 1988, em seu art. 5º, consagra

a tutela do direito à indenização por dano material ou
moral decorrente da violação de direitos fundamentais.
Art.5º Omissis
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além

da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem

das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação;
4

O ato ilícito é aquele praticado em desacordo
com a norma jurídica destinada a proteger interesses
alheios, violando direito subjetivo individual, causando
prejuízo a outrem e criando o dever de reparar tal lesão.
Sendo assim, o Código Civil define o ato

ilícito em seu art. 186 e, determina no art. 927, a sanção
àquele que praticá-lo causando dano a outrem:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
2.3. VÍCIO NO PRODUTO. RESPONSABILIDADE DO

FORNECEDOR
No caso sub examine, é patente a ilicitude

perpetrada pelas Requeridas em razão da negativa de
cobertura do defeito pela garantia do veículo, onde,
inobstante ter apenas poucos 09(nove) meses de uso,
apresentou pane mecânica causada por defeito nos bicos
injetores, segundo os prepostos da 1ª Ré.

(nota fiscal anexa), de onde se espera uma durabilidade no
mínimo razoável, apresente grave defeito com poucos meses
de uso e seja negada a cobertura pela garantia contratual
em vigor, tão alardeada no momento da aquisição do produto.
5

A este respeito, o Código de Defesa do
consumidor assegura que serão consideras nulas eventuais
clausulas contratuais que violem os direitos consumeristas.
Veja-se:



teoria da responsabilidade objetiva do fornecedor diante
dos danos causados aos consumidores dos seus produtos,
perfeitamente subsumida ao caso em tela, onde não foi
observado pelas Rés o dever de qualidade do produto posto
no mercado e adquirido pelo Autor.

Registre-se que o Autor cumpriu rigorosamente

os termos da garantia do produto, realizando as revisões na
concessionária, respeitando o plano de manutenção do
veículo etc. Enfim, a negativa de cobertura da garantia
contratual não tem qualquer respaldo jurídico, devendo,
portanto, ser considerada ilegal por este juízo.
6

Abordando o tema, o egrégio Tribunal de Justiça
do Estado da Bahia confirma o entendimento aqui esposado,
restando pacificada a questão acerca da responsabilidade do
fornecedor em casos que tais, sendo consideradas nulas
eventuais cláusulas que atenuem a responsabilidade do
fornecedor em casos que tais, in verbis:

ÔNUS DA PROVA DA PARTE RÉ. ART. 6º, VIII DO CDC. ART. 373, II
DO CPC/2015. ALEGAÇÃO DE INFLUÊNCIA EXTERNA PARA
UTILIZAÇÃO DO PRODUTO PELO CONSUMIDOR POR USO DE
COMBUSTÍVEL ADULTERADO. NÃO COMPROVAÇÃO. PROVA
PERICIAL DISPENSADA PELO DEMANDADO, QUE TERIA O CONDÃO
DE AFASTAR O FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR.
DEVER DE REPARO. OBRIGAÇÃO DE FAZER CONVERTIDA EM
PERDAS E DANOS. DANOS MATERIAS. DEVER DE
indenizar o recorrente pelas despesas com locação de outros
veículos no valor de R$3.600,00 (três mil e seiscentos reais),
corrigidos monetariamente pelo INPC a partir do evento danoso e
acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a contar
da mesma data. 5. Dano moral. A negativa de cobertura da
garantia contratada foi apta a gerar a quebra de confiança no
consumidor, que não podia esperar a apresentação de
problemas de tamanha relevância em um veículo novo.
Levando em consideração a frustração sofrida, o valor do
bem objeto do contrato e a negativa de reparo pela garantia,
mostra-se razoável a quantia de R$10.000,00 (dez mil reais),
a ser corrigida monetariamente pelo INPC a partir data de publicação
da decisão e com incidência de juros de mora de 1% (um por cento)
ao mês a partir da data de citação. 6. Inversão dos ônus
sucumbenciais. APELO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-BA, APL:
0000678422009805 0274, Relator: Roberto Maynard Frank, Quarta
Câmara Cível, Data de Publicação: 16/04/2019).
7

Inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII, do
Código de Defesa do Consumidor. Rés que não lograram
direito do autor. Culpa exclusiva do autor, decorrentes da utilização
de combustível adulterado, não demonstrada. Ressarcimento do
valor despendido para o conserto devido. (...). Sentença
parcialmente reformada. (TJ-SP - APL: 10095401220158260008 SP
Relator: Mario A. Silveira, Data de Julgamento: 23/05/2016, 33ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/05/2016).
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

CIVIL. CONSUMIDOR. REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. RAZÕES DISSOCIADAS. VEÍCULO NOVO. VÍCIO
OCULTO. LEGITIMIDADE PASSIVA DA CONCESSIONÁRIA.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICABILIDADE.
PERÍODO DE GARANTIA. PROBLEMA EM RAZÃO DE
COMBUSTÍVEL ADULTERADO. NÃO COMPROVADO. DANO
MORAL. CABÍVEL. QUANTUM. PROPORCIONAL E RAZOÁVEL.
SENTENÇA MANTIDA. (...) 3. O fato de o autor utilizar o veículo
também para seu trabalho não retira a sua qualidade de consumidor,
haja vista a sua vulnerabilidade e a utilização para uso próprio sem a
finalidade de revenda, apenas como auxiliar ao exercício da sua
atividade econômica que provê o seu sustento. Precedentes. (...). As
rés não comprovaram que o defeito nos bicos injetores e na
bomba de alta pressão tenha como causa a má utilização do
veículo, por uso de combustível adulterado, ônus que lhe
incumbia (artigo 373, inciso II, do CPC) e que seria facilmente
constatado se no momento da avaliação do problema tivesse colhido
amostra do combustível para análise. 6. O dano moral se relaciona
diretamente com os prejuízos ocasionados aos direitos da
personalidade, cuja violação afeta diretamente a dignidade do
indivíduo e constitui motivação suficiente para fundamentar uma
ação compensatória dessa natureza. Sendo verificada a conduta
antijurídica causadora do dano, qual seja, negativa de
cobertura da garantia contratada, inúmeros retornos do
consumidor à Concessionária e o descaso na solução do
defeito, findando por negar a garantia, afigura-se cabível o
pleito de indenização por danos morais. 7. Revelando-se
adequado o valor estabelecido a título de danos morais, impõe-se sua
manutenção. 8. Recurso parcialmente conhecido e desprovido. (TJ-
DF 07268490320178070001 DF, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Data
de Julgamento: 01/06/2018, 2ª Turma Cível, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 08/06/2018).
8

2.4. DANOS MORAIS
Evidente que a situação desconfortável,

estressante e ilícita a que foi submetido o Autor enseja a
reparação pelos danos morais sofridos.
 Primeiro pelo fato de ter adquirido um produto (automóvel zero

km) com garantia de 05 (cinco) anos, e no momento em que
necessita acioná-la, se vê diante da injustificada recusa da
concessionária e da fabricante do bem;
 Segundo, porque em razão das condutas abusivas das Rés, o

Autor está sendo cobrado no elevado valor de R$ 10.794,31(dez mil,
setecentos e noventa e quatro reais e trinta e um centavos), como
condição para realização da troca dos bicos injetores do utilitário,
reparo este de inteira responsabilidade do vendedor e do fabricante,
conforme impõe o termo de garantia e o Código de Defesa do
Consumidor;
 Terceiro, por estar impedido de usar o veículo em razão do vício

oculto apresentado, o que tem gerado transtornos na sua vida
profissional;
 Quarto, por usar seu diminuto tempo livre buscando resolver a

questão junto as Rés no intento de ver os seus direitos de
consumidor respeitados, sem obter êxito em suas tentativas,
permanecendo sem poder utilizar o bem, imprescindível para as suas
atividades cotidianas;
Não é preciso argumentar excessivamente para

demonstrar que o defeito de fabricação apresentado no
automóvel provocou danos morais ao Autor, que está sendo
privado de utilizar o bem que adquiriu a duras penas.
Na exegese do prof. Rizzato Nunes, dano moral é

"aquele que afeta a paz interior de cada um. Atinge o sentimento da pessoa, o decoro, o
ego, a honra, enfim, tudo aquilo que não tem valor econômico, mas que lhe causa dor e
sofrimento. É, pois, a dor física e/ou psicológica sentida pelo indivíduo".(NUNES,
Luiz Antonio Rizzato. Curso de Direito do Consumidor. 2.
ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 307).
9

No Recurso Especial nº 8.768/SP, em acórdão da
lavra do ministro Barros Monteiro, publicado na Revista do
STJ nº 34, pág. 285, restou decidido que é indenizável o
dano moral puro, em havendo perturbação nas relações
psíquicas, na tranquilidade, nos sentimentos e nos afetos
de uma pessoa, ipsis litteris:
Superior Tribunal de Justiça

DANO MORAL PURO. CARACTERIZAÇÃO. Sobrevindo, em razão de
ato ilícito, perturbação nas relações psíquicas, na tranquilidade, nos
sentimentos e nos afetos de uma pessoa, configura-se o dano moral,
passível de indenização. Recurso especial conhecido e provido.(RESp
nº 8.768/SP, Relator Min. Barros Monteiro, Revista do STJ nº 34,
pág. 285).
Nesta vertente, revela-se consolidada na

doutrina e jurisprudência pátrias a condenação por danos
morais em casos como o exposto decorrente do descaso a que
foi submetido o Autor, que não recebeu das Rés um
atendimento adequado, respeitando o contrato de consumo
celebrado e o Código de Defesa do Consumidor.
Indubitável é a existência de danos morais a

serem reparados pelas Rés que, com suas condutas, afetaram
a tranquilidade do Autor, que deixou de gozar do bem que
adquiriu, causando-lhe, por isso mesmo, prejuízos muito
além da seara financeira.
No que tange à proteção e defesa do consumidor,

a reparação dos danos se baliza na responsabilização do
ofensor com vistas à satisfação pessoal ou econômica do
consumidor, consistindo seu objetivo maior, na verdade,
servir de desestímulo a práticas lesivas nas relações de
consumo, a exemplo da que ocorreu in casu.
10

Afiguram-se como direitos básicos do
consumidor, em matéria de dano e sua reparação, a teor do
disposto do art. 6º, incisos VI e VII, do Código de Defesa
do Consumidor, os transcritos abaixo:
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
O respeitado jurista Nelson Nery Júnior, ao

tratar do tema da responsabilidade no CDC, leciona que:
A norma estabelece a responsabilidade objetiva como sendo o

sistema geral da responsabilidade do CDC. Assim, toda indenização
derivada de relação de consumo, sujeita-se ao regime da
responsabilidade objetiva, salvo quando o Código expressamente
disponha em contrário.
E arremata o eminente doutrinador:
A responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao

consumidor, independe da investigação de culpa.
As Cortes Superiores, inclusive do e. STJ, têm

entendimento pacificado no que tange à indenização por
danos morais em casos como o debatido nos autos.
Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
OBRIGAÇÃO DE FAZER. VEÍCULO NOVO. AQUISIÇÃO.
VÍCIO DO PRODUTO NÃO SANADO. DANO MORAL.
RECONHECIMENTO. INDENIZAÇÃO. VALOR FIXADO.
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. SÚMULA 7/STJ.
NÃO PROVIMENTO. (...). (STJ - AgRg no AREsp: 513894 RJ
2014/0099112-5, Relator: Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
Data de Julgamento: 18/12/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data
de Publicação: DJe 06/02/2015).
11

Tribunal de Justiça do Distrito Federal
AQUISIÇÃO DE VEÍCULO NOVO. PROBLEMAS RECORRENTES
LOGO APÓS A AQUISIÇÃO. VÍCIO DE QUALIDADE
CARACTERIZADO. DANOS MATERIAIS E MORAL. HONORÁRIOS
DE SUCUMBÊNCIA. (...) 3. Envolvendo aquisição de veículo zero
quilômetro, indiscutível a responsabilidade do fornecedor se
constatado vício de qualidade que o torne impróprio ao uso,
bem como a presença do dano moral, na ocorrência de
inúmeros problemas. (...) Apelação conhecida e parcialmente
provida. CONHECIDO. PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME.
(7ª Turma Cível Publicado no DJE : 01/02/2019 . Pág.: Sem Página
Cadastrada. - 1/2/2019 00341317020168070001 DF 0034131-
70.2016.8.07.0001,TJ-DF, FÁBIO EDUARDO MARQUES)

VÍCIO NO PRODUTO. RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR.
DANO MORAL CONFIGURADO. RECURSO IMPROVIDO. (...) O
produto foi vendido com defeito de fabricação, que o tornou
imprestável para o uso, tendo tanto o fabricante como a
empresa vendedora o dever de pagar solidariamente o valor
recebido, com juros e correção monetária. O ato praticado
pela recorrente corrobora a prática do dano moral passível e
indenização, pelo abalo emocional causado a recorrida.
Recurso improvido. Condenação em custas. (TJBA 0058104 BA,
Relator: ROSITA FALCÃO DE ALMEIDA MAIA, 2ª TURMA RECURSAL
DOS JEC, Data de Publicação: 11/07/2008).
Por estas razões, as Rés deverão ser condenadas

a, solidariamente, repararem o dano moral sofrido pelo
Autor, no importe de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), valor
este comportável por elas e proporcional às finalidades a
que se destina, quais sejam, confortar o consumidor após o
descaso, a humilhação, o constrangimento, o vexame, falta
de assistência, angústia, as dores e demais incômodos
psíquicos que tenha suportado em razão das condutas
ilícitas sofridas, e servir de lição para que as empresas
não voltem mais a afrontar a dignidade e o direito a vida
dos seus consumidores.
12

2.5. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega

o fato gerador do direito mencionado ou a quem o nega,
fazendo nascer um fato modificativo, conforme disciplina o
artigo 373, incisos I e II do Novo Código de Processo
Civil.
O CDC, representando uma atualização do direito

vigente, trouxe no seu art. 6º, VIII, o instituto da
inversão do ônus da prova, no intuito de possibilitar ao
magistrado a atenuação da disparidade de forças comumente
verificadas no âmbito processual.
O consumidor revela-se como sendo a figura

vulnerável da relação jurídica de consumo. O fornecedor,
como detentor dos meios de prova, os quais são muitas vezes
buscados pelo primeiro, que a tais meios não tem acesso,
está quase sempre na situação de hipersuficiência em face
do consumidor.
Por esta razão o legislador adotou essa moderna

teoria que orienta no sentido de, como medida justa,
inverter o ônus da prova em favor da parte menos capacitada
da relação jurídica, em face da não detenção dos meios de
aquisição probatória.
Havendo uma relação jurídica onde está

caracterizada a vulnerabilidade entre as partes, como de
fato há no presente caso, aquela mais fraca deve ser
agraciada com as normas protetivas da Lei nº 8.078/1990,
principalmente no que tange aos direitos básicos do
consumidor, e os doutrinadores pátrios ratificam, in
verbis:
13

O CDC permite a inversão do ônus da prova em favor do consumidor,
sempre que foi hipossuficiente ou verossímil sua alegação. Trata-se
de aplicação do princípio constitucional da isonomia, pois o
consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca e vulnerável
na relação de consumo (CDC 4º, I), tem de ser tratado de forma
diferente, a fim de que seja alcançada a igualdade real entre os
participes da relação de consumo. O inciso comentado amolda-se
perfeitamente ao princípio constitucional da isonomia, na medida em
que trata desigualmente os desiguais, desigualdade essa reconhecida
pela própria Lei. (Código de Processo Civil Comentado, Nelson Nery
Júnior et al, Ed. Revista dos Tribunais, 4ª ed.1999, pág. 1805, nota
13).
Com os fundamentos ora pautados, faz-se

necessária a inversão do ônus da prova, incumbindo às Rés o
dever de provar aquilo que V.Exa., eventualmente, entender
ainda não demonstrado documentalmente.
3. DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Conforme preconiza o caput do art. 300 do

Código de Processo Civil, o instituto da tutela antecipada
permite ao juiz que, existindo probabilidade do direito e
perigo pela demora, antecipe, total ou parcialmente, os
efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, veja-se:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver

elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Diante dos fatos e fundamentos jurídicos

expostos, revela-se evidente que o Autor necessita de um
provimento jurisdicional mais célere, haja vista os
prejuízos e as angústias que vem sofrendo em decorrência da
conduta ilícita das Rés.
14

Os pressupostos legais necessários à
concessão da tutela antecipada mostram-se indubitavelmente
presentes no caso em análise, extraindo-se assim a
conclusão de que deve ser efetivamente concedida a tutela
antecipada.
O fumus boni iuris está materializado nos

fatos e fundamentos jurídicos elencados, que dão respaldo à
presente demanda, como também nos documentos acostados, que
mostram, sem qualquer margem de dúvida, que as Rés se negam
a realizar o reparo no veículo, em que pese a existência de
garantia contratual em vigor.
O periculum in mora também se mostra

presente, visto que o Autor está impossibilitado de
utilizar o veículo, extremamente necessário em suas
atividades diárias.
Dessa forma, requer seja antecipada

parcialmente a tutela pretendida, dignando-se V.Exa. em
ordenar as Rés que façam os reparos necessários no veículo
de propriedade do Autor, FORD RANGER XLTC D4 A32C, ano/modelo
2018/2019, tudo no prazo de 48h, pena de multa diária de R$
998,00 (novecentos e noventa e oito reais) ou outra que
vier a ser arbitrada por esse Juízo.
4. PEDIDOS FINAIS
Ex positis, o Autor requer a V.Exa. a adoção

das seguintes providências:
a) a citação das Rés para, querendo, comparecerem a audiência a

ser designada, pena de revelia e confissão;
15

b) a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do
Código de Defesa do Consumidor, em face da verossimilhança
das alegações e da flagrante hipossuficiência do consumidor;
c) a antecipação dos efeitos da tutela inaudita altera pars, com a

determinação de que as Rés executem os reparos
necessários no veículo de propriedade do Autor, FORD
RANGER XLTCD4A32C, ano/modelo 2018/2019, tudo no
prazo de 48h, pena de multa diária de R$ 998,00 (novecentos e
noventa e oito reais) ou outra que vier a ser arbitrada por este
juízo;
d) o julgamento procedente dos pedidos, com a confirmação da

decisão liminar referente à execução do reparo no veículo objeto
da lide, por meio da aplicação da garantia contratual;
e) a condenação das Requeridas a, solidariamente, promoverem o

pagamento de indenização por danos morais no valor de R$
20.000,00 (vinte mil reais), por todos os transtornos causados ao
Requerente.
Protesta provar o alegado por todos os meios

admitidos em Direito, notadamente, prova testemunhal,
documental, bem como, quaisquer outras providências que
V.Exa. julgue necessárias à perfeita resolução do feito,
ficando tudo de logo requerido.
Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte

mil reais).
Espera deferimento.
Irecê/BA, 24 de outubro de 2019.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
16

PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
PROCESSO Nº:
0017322-18.2019.8.05.0110
AUTOR(ES):
RÉ(U)(S):
SENTENÇA
Vistos.
Dispensado o relatório, segundo regra ínsita do artigo 38, da Lei Federal nº 9.099/95.
FUNDAMENTO E DECIDO.
De início, cumpre destacar que o réu BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA foi intimado, mas não
compareceu à audiência de evento 76, o que configurou a sua revelia. Ocorre que o FORD MOTOR COMPANY
BRASIL LTDA apresentou defesa e esteve presente na audiência. Assim, diante do art. 345, I do CPC, resta afastada
a presunção de veracidade dos fatos prevista no art. 344 do CPC. Vale ressaltar ainda que, após análise dos autos,
entende-se que a causa está madura para julgamento, por se tratar de mera análise de questão de direito e prova
documental, não sendo necessária a produção de demais provas (art. 355, I do CPC), motivo pelo qual se faz o
julgamento antecipado da lide.
DAS PRELIMINARES
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA POR COMPLEXIDADE DA CAUSA: A parte ré alega complexidade na

causa e necessidade da produção de prova pericial. Consoante estampa o Enunciado 54 do Fonaje, ¿a
complexidade da causa é aferida não em relação ao direito versado e sim no que concerne a prova a ser realizada
contra os fatos articulados¿. No presente feito, entende este Julgador que não se pode afastar, de logo, a dilação
probatória, pois não se mostra a situação "sub examine" como única forma de elucidação por meio de exames
periciais, o que impede o acolhimento da preliminar suscitada. De mais a mais, entende este Juízo que a intelecção
jurídica sobre a menor complexidade, posicionamento também defendido pelo culto mestre Luiz Guilherme Marinoni,
já estaria densificado pela própria escolha do legislador das hipóteses de cabimento e competência deste juízo e não
teria qualquer dependência sobre a natureza ou forma da prova a ser produzida, pois ao infringir o requerente, autor,
a busca pelo procedimento ordinário, poderia levar a negação do princípio da inafastabilidade de apreciação pelo
Judiciário de lesão ou ameaça a direito, pois os custos e as dinâmicas do processo ordinário inviabilizariam a
proteção dos casos especificados pelo legislador ao erigir o sistema dos Juizados Especiais. Em sendo assim, há de
ser rejeitada essa preliminar, o que ora se faz.
DA PRELIMINAR DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR: Ao contrário do quanto alegado pela parte ré, a
Assinado eletronicamente por: CESAR AUGUSTO CARVALHO DE FIGUEIREDO Id. 117309741 - Pág. 241
Código de validação do documento: 8186d5c2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
ação se mostra útil, necessária e adequada para atingir o fim almejado, ressalvando, ainda, que a parte autora tentou
resolver o conflito administrativamente, contudo, sem êxito e ainda que não tivesse tentado solucionar, não seria
cabível rejeitar a apreciação de ameaça ou lesão de direito pelo Judiciário. Com efeito, fica rejeitada a preliminar
arguida.
DA PRELIMINAR DE CONEXÃO/CONTINÊNCIA: Rechaço a mencionada preliminar, posto que não foram

atendidos os supostos dos arts. 55 a 57 do novo Código de Processo Civil.
DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA: Consoante leciona FREDIE DIDIER JR, in Direito

Processual Civil: Tutela jurisdicional individual e coletiva ¿ 5 ed ¿ Salvador: Jus Podivm, 2005, P 189: ¿A legitimidade
para agir (ad causam petendi ou ad agendum) é condição da ação que se precisa investigar no elemento subjetivo da
demanda: os sujeitos. (...) É a pertinência subjetiva da ação, segundo célebre definição doutrinária [Alfredo Buzaid].
Sendo o que para a análise da pertinência subjetiva aplica-se a teoria da asserção, buscando a compatibilidade
subjetiva com discurso expedido na exordial¿. A parte autora no feito reclama direito próprio, oriundo de dano
causado eventualmente pela parte ré, não aduz a qualquer substituição processual, identifica-se, sim, como a parte
autora teria sido prejudicado por ato ilícito da parte ré. Ademais, a aferição da responsabilidade da parte ré requer
análise meritória, o que resta impossibilitado segundo prevê a teoria da asserção. Com efeito, fica rejeitada a
preliminar arguida.
DO MÉRITO
Trata-se de ação na qual a parte autora alega, em suma, vício do produto adquirido, o qual apresentou
pane mecânica, sendo que a parte acionada se negou ao reparo ao sustentar que o vício não estaria coberto
pela garantia, motivo pelo qual requereu a repetição do indébito. Em sede de defesas, as rés sustentam o
afastamento da responsabilidade.
O julgamento da presente causa envolve a análise de normas do campo civilista e consumerista. Para
aplicação das referidas normas, imperioso invocar a teoria do diálogo das fontes, que permite a aplicação simultânea,
coerente e coordenada das plúrimas fontes legislativas. Destarte, conclui-se que tais normas não se excluem, pelo
contrário, se complementam para chegar a uma solução justa ao processo.
Assim sendo, muito embora a relação travada entre as partes envolvidas no processo seja de consumo, na
forma dos arts. 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor, serão ponderados na presente sentença diversos
aspectos da norma civilista, sobretudo os que envolvem a teoria do negócio jurídico e o direito contratual.
Quanto ao ônus da prova, dispõe o art. 6º, VI, do Código de Defesa do Consumidor, que constitui direito
básico do consumidor a efetiva prevenção e reparação dos danos morais e materiais, assim como preceitua no inciso
VIII, o direito a facilitação da defesa, inclusive com a inversão do ônus da prova a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente. Por tais razões, restou
invertido o ônus da prova.
Analisando o caso concreto, a ré não se desincumbiu do ônus da prova ao deixar de juntar aos autos
prova robusta acerca do procedimento realizado a fim de comprovar que a gasolina apresentada na imagem
colacionada nos autos teria sido retirada, de fato, do veículo da parte autora a fim de afastar a cobertura da
garantia.
Nesse particular, salienta-se inclusive que a preposta da parte ré, na audiência de instrução junto ao
processo 0015135-37.2019.8.05.0110, cujo depoimento utilizo como prova emprestada, chegou a afirmar que
a parte acionada costuma fazer vídeos e fotos referentes ao procedimento, porém a prova documental
respectiva não foi acostada na presente demanda.
Cediço que, a teor do artigo 18, do Código de Defesa do Consumidor, tanto o fornecedor, quanto o
comerciante do produto viciado em sua qualidade, são responsáveis por eventuais danos causados aos
consumidores adquirentes do produto. Nesse caso, cabe a estes escolherem contra quem demandar, por tratar-
se de hipótese de responsabilidade solidária. E mais, mesmo que o prejuízo tenha sido causado pela fabricante, a
parte ré não está desobrigada de responder pelos danos causados ao consumidor.
Importante ressaltar que uma vez constatado o vício no produto o consumidor tem o direito de exigir do
fornecedor o saneamento do problema, cuja responsabilidade, nestes casos, é solidária entre todos os integrantes da
cadeia de fornecedores, desde o fabricante até o comerciante, nos termos do art. 18, do Código de Defesa do
Consumidor.
Comprovada a existência de vício no produto, bem como as infrutíferas tentativas de saná-lo, é devida a
restituição da quantia paga pelo consumidor ou a substituição do produto, conforme lhe faculta o disposto no
artigo 18 CDC.
Assim, como na relação de consumo todos respondem solidária e objetivamente pelos eventuais defeitos
apresentados nos produtos, para se esquivar de tal obrigação incumbe-lhes provar a ausência de defeito no produto
ou que o dano tenha se originado do mau uso do objeto pelo consumidor (art. 12, § 3º, do CDC). No caso presente, à
míngua de provas em sentido contrário, a obrigação de indenizar o consumidor pelos prejuízos sofridos é medida que
se impõe.
Ante o exposto e de tudo mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos
formulados pela autora, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 487, I do CPC; para condenar
a parte ré solidariamente à devolução do valor pago pelo produto o valor de R$ 10.794,31 (-), acrescido
de correção monetária pelo INPC e juros de mora na base de 1% (um por cento) ao mês, na forma do artigo 406, do
Código Civil, c/c o parágrafo primeiro do artigo 161, do Código Tributário Nacional, desde a data do evento danoso,
até o efetivo pagamento, na forma do art. 405 do Código Civil. Não há custas ou sucumbência no âmbito da
jurisdição do primeiro grau, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Não há custas ou sucumbência no âmbito da jurisdição do primeiro grau, nos termos do artigo 55 da Lei
9.099/95.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
JUIZ DESIGNADO
Juiz de Direito
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., por seus advogados, devidamente

qualificados nos autos da presente Ação Indenizatória em epígrafe, que lhe move
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, diante da r. sentença proferida de evento nº105, apresentar seu:
RECURSO INOMINADO
com fulcro no artigo 42 e seguintes da Lei 9.099/95, consoante as razões de fato e de

direito ora anexas.
Ainda, requer nesta oportunidade a juntada da respectiva guia de preparo

devidamente quitada.
Requer, mais, que todas as publicações e notificações referentes ao presente processo

sejam, doravante, veiculadas exclusivamente em nome do advogado Celso de Faria
Monteiro, OAB/BA 36272, sob pena de nulidade, nos termos do §5º, artigo 272,
do Código de Processo Civil.
Termos em que
pede deferimento.
Irecê, 09 de fevereiro de 2022.

OAB/BA 36272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
Código de validação do documento: 81e08db0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
RECURSO INOMINADO
Recorrente Ford Motor Company Brasil Ltda.

Recorrida Claiton Pires de Oliveira
Origem
Processo: 0017322-18.2019.8.05.0110
1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DE IRECÊ/BA
Egrégio Colégio Recursal,
Douta Turma,
Ínclitos Julgadores.
TEMPESTIVIDADE
1. Inicialmente, cumpre esclarecer que a intimação referente a r. sentença proferida

ocorreu em 01/02/2022:
2. Assim, o prazo de 10 dias para interposição do presente recurso findar-se-á em

14/02/2022.
3. Portanto, resta demonstrada a tempestividade do presente recurso.
ESCORÇO FÁTICO
4. Trata-se de ação de reparação de danos materiais c/c repetição de indébito na

qual alega o Recorrido ser proprietário de um veículo Ford Ranger XLT CD 4ª32C,
ano/modelo 2018/2019, zero KM, adquirido em 16/01/2019.
5. Narra que em 13/11/2019 encaminhou o veículo à Concessionária Autorizada
FORD, qual seja, BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA, oportunidade na qual
fora constada suposta falha nos bicos injetores.
6. Segue narrando que a Concessionária negou-lhe o conserto em garantia ocasião

em que teve que arcar com todo o custo do reparo, no importe de R$13.919,31 e
que, com o desconto concedido totalizou R$10.794,31 relacionados aos bicos
injetores do automóvel.
7. Aduz que após várias tentativas de resolução amigável, ajuizou em 30/10/2019

ação sob nº 0015135-37.2019.8.05.0110, pleiteando medida liminar bem como a
condenação das Rés na obrigação de fazer e na indenização por danos morais diante
da ilegalidade.
8. Assim, ajuizou a presente ação pleiteando restituição do valor pago pelo reparo
do veículo, em dobro.
9. Ante o exposto, requer:
I. A Inversão do ônus da prova.

II. A repetição do indébito no importe de R$ 21.588,62 referentes ao dobro do
montante pago pelo requerente pelo conserto do veículo em garantia.
10.Assim, devidamente citada a Ford apresentou contestação alegando

preliminarmente a extinção em razão da necessidade de realização da prova pericial;
bem como falta de interesse de agir. No mérito esclareceu a necessidade de reparos
em decorrência da utilização de combustível de má-qualidade, ou seja, trata-se de
mau uso por parte do Recorrido, requerendo a improcedência dos pedidos de danos
materiais.
11.Todavia, na r. sentença entendeu pela parcial procedência dos pedidos autorais,

condenando a Ford ao pagamento de indenização por danos materiais, nos seguintes
termos:
Ante o exposto e de tudo mais que dos autos consta, JULGO

PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela
autora, extinguindo o feito com resolução do mérito nos termos do art. 487,
I do CPC; para condenar a parte ré solidariamente à devolução do valor
pago pelo produto o valor de R$ 10.794,31 (-), acrescido de correção
monetária pelo INPC e juros de mora na base de 1% (um por cento) ao mês,
na forma do artigo 406, do Código Civil, c/c o parágrafo primeiro do artigo
161, do Código Tributário Nacional, desde a data do evento danoso, até o
efetivo pagamento, na forma do art. 405 do Código Civil. Não há custas ou
sucumbência no âmbito da jurisdição do primeiro grau, nos termos do artigo
55 da Lei 9.099/95.
12.Contudo, em que pese o notável saber jurídico do MM Juiz de primeira instância,

a r. sentença merece ser reformada, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.
PRELIMINARMENTE
DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. CAUSA

DE MAIOR COMPLEXIDADE. NECESSIDADE DE PERÍCIA. INCIDÊNCIA DO ART.
98 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ART. 3º, CAPUT, E 51, II, DA LEI 9.099/95:
13.Conforme já argumentado em sede de contestação, os problemas narrados em

inicial são decorrentes do uso de combustível de má-qualidade. Em resumo, a
necessidade de troca dos bicos injetores se deu em razão de utilização de
combustível contaminado pelo Recorrido.
14.Assim, houve negativa do reparo em garantia porque foi constatada a ocorrência

de mau uso.
15.Excelências, observem que ao fundamentar a r. sentença manifesta-se o

magistrado de piso:
[...] Analisando o caso concreto, a ré não se desincumbiu do ônus da prova

ao deixar de juntar aos autos prova robusta acerca do procedimento
realizado a fim de comprovar que a gasolina apresentada na imagem
colacionada nos autos teria sido retirada, de fato, do veículo da parte autora
a fim de afastar a cobertura da garantia.
16.Todavia, em que pese o notável saber jurídico do magistrado, basta uma

simples análise da contestação para verificar que FOI REALIZADA A
ANÁLISE NO VEÍCULO E A RECUSA DO REPARO EM GARANTIA, POR SE
TRATAR DE MAU USO. Vejamos a foto colacionada aos autos retirada pela
Concessionária que atestou a utilização de combustível adulterado:
Combustível retirado do
veículo do Recorrido
Combustível de qualidade
17.Ora é evidente que Recorrida desrespeitou as normas do Manual do

Proprietário, de modo que se faz necessária a realização de perícia técnica,
mesmo que indireta, para comprovar que o veículo foi submetido à utilização
de combustível de má-qualidade, desrespeitando as diretrizes passadas pela
fabricante.
18.Tal apuração, portanto, somente poderá se realizar por meio de perícia técnica,
indispensável na presente demanda, justamente porque norteará a responsabilidade
que o Recorrido procura imputar à Recorrente, sendo certo que somente a
realização de perícia técnica poderá comprovar a origem do problema na nos
bicos injetores.
19.Não obstante tal fato foi proferida sentença de parcial procedência sob o
argumento de que a negativa do reparo em garantia violou direito do Consumidor, o
que não é verdade.
20.Ora, é evidente que a controvérsia quanto à ação de mau uso pelo Recorrido ou
de vício de fabricação somente poderá ser verificado mediante perícia técnica, mesmo
que indireta utilizando as fotos comparativas retiradas pela Concessionária que
analisou e reparou o veículo do Recorrido.
21.Vejam Excelências, que o julgamento da demanda sem embasamento na prova

técnica fere princípios constitucionais, porquanto cerceia o direito de defesa da
Recorrente que não poderá produzir prova contrária às alegações do Recorrido, o que
não se pode admitir.
22.Em que pese a r. sentença proferida pelo primeiro grau, urge destacar
que o Juiz “a quo”, quando do julgamento, sequer considerou a alegação da
Recorrente que DEMONSTROU QUE ANALISOU O VEÍCULO E CONSTATOU A
EXISTÊNCIA DE MAU USO, DEVIDO O USO DE COMBUSTÍVEL DE MÁ-
QUALIDADE.
23.Diante disto, torna-se incabível ao presente caso a manutenção da sentença

prolatada, posto o equívoco do d. Juízo a quo em não tratar a presente demanda
como causa complexa, cujo o Juizado Especial não é competente para julgar.
24.Vejam Excelências que ao tratar da competência dos Juizados Especiais Cíveis, a

Lei 9.099/95, em seu art. 3º, determina que o “Juizado Especial Cível tem
competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor
complexidade”.
25.Assim, em que pese o esforço do Recorrido em dar veracidade às suas alegações,

não há qualquer indício nos autos de que o problema seja decorrente de vício de
fabricação, o que só poderá ser constatado mediante a produção da prova técnica
pericial.
26.Desta forma, resta demonstrado que a perícia técnica é indispensável na

presente demanda, justamente porque demonstrará a inexistência da
responsabilidade que o Recorrido procura imputar à Recorrente, sendo certo que
somente a realização de perícia técnica poderá constatar a alegação da
Recorrente de que não se trata de vício, mas sim por mau uso ante a utilização
de combustível adulterado não recomendado pela fabricante.
27.Ora, o Enunciado nº 54 do Fórum Permanente de Juízes Coordenadores dos

Juizados Especiais é neste sentido, ao afirmar que a complexidade da demanda afere-
se pelo objeto da prova a ser produzida nos autos e não em face do direito material,
confira-se:
“A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida pelo objeto

da prova e não em face do direito material”
28.A simples leitura da peça vestibular evidencia que a causa do pedido formulado
pelo Recorrente importa na INDISPENSÁVEL realização de PROVA TÉCNICA de
elevada COMPLEXIDADE para se aferir a efetiva causa do problema constatado no
veículo automotor de propriedade do Recorrido, a teor dos arts. 464 e seguintes do
CPC.
29.Portanto, a r. sentença como fora prolatada diverge do entendimento dos

Colégios Recursais, confira-se:
RECURSO INOMINADO. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL
CÍVEL MANTIDA. NECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA PARA AVERIGUAR SE HOUVE
ADULTERAÇÃO NO HODÔMETRO DO CARRO. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RS -
Recurso Cível: 71006383293 RS, Relator: Luís Francisco Franco, Data de Julgamento:
27/10/2016, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 03/11/2016)
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. APARELHO CELULAR. AÇÃO DE

RESSARCIMENTO CUMULADA COM DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE VÍCIO NO
PRODUTO. RÉ QUE SUSTENTA PERDA DA GARANTIA POR MAU USO.
NECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA NO APARELHO PARA QUE SEJA AFERIDA A
CAUSA DOS PROBLEMAS APRESENTADOS. COMPLEXIDADE QUE AFASTA A
COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. RECURSO PREJUDICADO. EXTINÇÃO
DO PROCESSO SEM EXAME DE MÉRITO. (TJ-RS - Recurso Cível: 71007465826 RS,
Relator: Mara Lúcia Coccaro Martins Facchini, Data de Julgamento: 27/03/2018,
Primeira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
02/04/2018)
30.Sendo assim, verifica-se, insofismavelmente, que a causa supera, em

complexidade, o âmbito de aplicação da Lei 9.099/95, motivo pelo qual, a r. sentença
deve ser reformada em todos os seus termos, porquanto absolutamente
incompetente o Juizado Especial para apreciar e julgar a matéria em debate.
31.Repisa-se ainda, que a manutenção da sentença da forma como fora prolatada

enseja impedimento no CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA DA
RECORRENTE, contrariando o quanto disciplinado no artigo 5º, inciso LV, da
Constituição Federal.
32.Portanto, por todas as razões expostas requer seja o provido o presente recurso
interposto, reconhecendo-se a incompetência absoluta deste Juizado Especial para o
julgamento da lide, prequestionando art. 98 da Constituição Federal e art. 3º, caput,
e 51, II, da Lei 9.099/95.
RAZÕES DE REFORMA DA R. SENTENÇA
DA REALIDADE DOS FATOS – NEGATIVA DO REPARO EM GARANTIA EM

RAZÃO DO MAU USO – CAUSA EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE QUANTO
AOS GASTOS COM REPARO
33.Em que pese o costumeiro acerto do magistrado de primeiro grau, a sentença

merece ser reformada, afastando-se totalmente a condenação consistente em
pagamento de R$ 10.794,31 a título de danos materiais.
34.Todavia, entendeu o magistrado por condenar a Recorrente em restituir o
Recorrido o importe de R$ 10.794,31 sob a alegação de que a garantia estava ativa
não havendo razão para a negativa no reparo sem custos o Recorrido.
35.Ora, em momento algum a Recorrente se esquivou em prestar o devido

atendimento ao Recorrido, o que ocorre é que os problemas narrados não são
decorrentes de vício de fabricação, assim como entendeu o magistrado de primeiro
grau, como segue:
36.Ao contrário do entendimento do magistrado de primeiro grau, apenas houve

recursa no reparo em garantia, ante a constatação de uso de combustível adulterado
no veículo, desrespeitando o que consta no Manual do proprietário.
37.Quando os técnicos analisaram o veículo do Recorrido, constatou-se que os

alegados inconvenientes no bico injetor do veículo do Recorrido decorreram
exclusivamente de seus atos, inexistindo, portanto, vício de fabricação e muito
menos responsabilidade da Recorrente. Vejamos as fotos tiradas na data de tal
constatação pela Concessionária do combustível adulterado utilizado pelo Recorrido:
38.Explica-se. Após análise pelos engenheiros da Ford fora comprovado que os
problemas no bico injetor são decorrentes da utilização de combustível de má-
qualidade, questão que não é abrangida pela garantia, devendo ficar a cargo do
proprietário do bem.
39.Julgadores, evidente que deverá ser alterada a r. sentença, uma vez que NÃO
TEM NENHUMA PROVA DE VÍCIOS DE FABRICAÇÃO NO PRODUTO!!!
40.Tais informações são encontradas com facilidade até mesmo na rede mundial de
computadores:
A cena se repete diariamente por todo o Brasil. Pouco depois de abastecer o carro, o
motorista nota que ficou mais difícil dar a partida, percebe falhas no motor e lentidão
na passagem da marcha, que se torna estranhamente irregular. Com o tempo,
aparecem os engasgos, a perda de potência e os problemas na aceleração. Para
completar, o carro passa a consumir mais. O diagnóstico costuma ser um só:
combustível adulterado, uma prática que atinge sem discriminação carros à gasolina,
álcool ou flex. É importante saber os riscos que seu carro corre andando com
combustível ilegal e o que fazer para evitar esses problemas.
O modo mais comum de adulterar combustíveis é misturando-os com álcool
hidratado (que contém água, diferente do álcool anidro combustível) e
solventes com poder de combustão, como aguarrás. A água e as impurezas
podem derreter as mangueiras de combustível, entupir o carburador, poluir
o óleo lubrificante e sobrecarregar as velas e válvulas. Motores a álcool ainda
correm o risco de ter seus pistões corroídos. Tanque, bicos injetores, filtros e a bomba
de combustível também sofrem. A longo prazo, o motor pode até fundir, causando
um prejuízo que pode chegar a R$ 5 mil, se for o caso de uma retífica completa! “Já
aconteceu com o meu próprio carro”, narra Aydano Corrêa, proprietário da Auto
Mecânica Mondego, no Rio de Janeiro. “A gasolina ruim transformou o óleo
lubrificante em uma verdadeira goma, que criou uma crosta no cabeçote e entupiu a
bomba de óleo. Deu um tremendo trabalho para limpar”.
http://www.dicasautore.com.br/publicador/CMS.do?idSecao=C47070B3-D3D5-
29FE-AC68-2D025FB973EC&idMateria=FA63A8A6-B1EA-157C-A822-7F35C32BD023
41.Assim, não há que se falar em responsabilização da fabricante por se tratar

de caso de excludente de responsabilidade, disposta no artigo 12 do Código de Defesa
do Consumidor, § 3º, III, in verbis:
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro,

e o importador respondem, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,
manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização
e riscos.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não

será responsabilizado quando provar:
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. (g.n)
42.Além disso, de acordo com o Manual do Proprietário do veículo, opera-se a

exclusão da garantia quando constatado mau uso do veículo assim como o uso de
combustível adulterado e contaminação por uso de combustível de má qualidade:
43.Tem-se assim que a falha apresentada não foi decorrente de nenhum vício de
fabricação, sendo constatado pelos técnicos que era em verdade oriundo e mau
uso do veículo, o que não é coberto pela garantia contratual da fabricante.
44.Julgadores, ao contrário do entendimento do magistrado de piso em nenhum

momento houve uma imputação genérica, ao contrário, houve análise técnica
inclusive demonstrando por meio de imagens que tratava-se de combustível
adulterado.
10
45.Se ainda sim o magistrado de piso entendesse que as provas juntadas
nos autos não seriam o suficiente DEVERIA TER EXTINTO O FEITO, POIS
FUNDAMENTAL A REALIZAÇÃO DE PROVA PERICIAL POR ENGENHEIRO
MECÂNCICO!
46.Excelências, muito embora a preliminar de incompetência do Juizado Especial

Cível em razão da prova pericial, evidente que os problemas narrados em inicial não
se trata de vícios de fabricação, sendo excludente de ilicitude prevista no artigo 12
do CDC.
47.Nesse passo, vejam, Excelências foi devidamente esclarecido que o veículo

claramente mostrava indícios de utilização de combustível adulterado.
48.Portanto, consoante exposto nos autos, o veículo foi enviado à Concessionária

autorizada para reparo dos problemas mencionados pelo Recorrida, tendo sido
submetido à análise técnica que verificou não possuir o veículo defeito de
fabricação, e sim, em razão de mau uso pelo Recorrido, não havendo razões
para ser responsabilizada no presente caso.
49.Logo, não há que se falar reparado por danos materiais referentes ao

reparo do veículo, uma vez que a necessidade ocorreu em razão do mau uso
do veículo contrário as orientações contidas no Manual do proprietário onde
demonstrou sinais que evidenciavam a utilização de combustível de má
qualidade.
50.Isso equivale dizer que, ao contrário do entendimento do magistrado de primeiro

grau, o produto em comento não era defeituoso, tendo sido, portanto,
danificado, por conta do mau uso do veículo, razão pela qual o Recorrido possui
responsabilidade pelos custos provenientes do reparo.
51.Assim Excelências ao contrário do alegado pelo magistrado de primeiro grau não

há o que se falar em responsabilidade da Ford, tendo em vista que o produto somente
apresentou problemas em razão da culpa exclusiva do consumidor, que exclui a
responsabilidade civil da Ford, conforme dispõe o artigo 12 do Código de Defesa do
Consumidor, § 3º, I e II.
52.Afinal, Excelências, não pode a fábrica ficar obrigada a reparar problemas não
decorrentes da fabricação do bem, mas sim, de mau uso pelo Recorrido, que é
hipótese de perda de garantia, como destacado expressamente pelo manual do
proprietário que acompanha o veículo, tratando-se de informação que sempre esteve
à disposição do Recorrido e que, por conseguinte, era do conhecimento do
proprietário do automóvel.
11
53.Por isso, não há como se imputar à Recorrente Ford a obrigação de custeio do
reparo, muito menos obrigação de indenizar por supostos danos materiais.
54.Em outras palavras, o que se deu no caso dos autos não foi vício de fabricação,
mas, sim, o resultado da conduta negligente, imprudente ou imperita do próprio
Recorrido ao fazer uso de combustível adulterado. Logo, não há que se falar em
acolhimento dos pedidos formulados nesta lide.
55.Ainda, nada trouxe o Recorrido quanto a demonstrar a verossimilhança de suas

alegações, o que já se encontra pacificado nas jurisprudências que não é abarcado
pelo Poder Judiciário:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE RESCISÃO DE

CONTRATO CUMULADA COM DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO.
ALEGAÇÃO DE VÍCIO DE FABRICAÇÃO NO PRODUTO. UTILIZAÇÃO DO
VEÍCULO PARA ENTREGA DE BOTIJÕES DE GÁS. SOBRECARGA. MAU USO DO
VEÍCULO PELO CONSUMIDOR. INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
Considerando que a prova pericial demonstra que o vício apresentado no veículo
(quebra do chassi) tenha como provável causa a sobrecarga realizada pela
consumidora, não há falar em rescisão do contrato e restituição do valor pago pelo
veículo, tampouco o dever de indenizar os danos materiais e morais alegados, pois o
defeito foi causado pela própria consumidora. Débito referente ao conserto inicial
(que não abrange o chassi) que se mostra devido. Sentença de improcedência
confirmada. APELAÇÃO DESPROVIDA. UNÂNIME (TJ-RS - AC: 70078201514 RS,
Relator: Paulo Sérgio Scarparo, Data de Julgamento: 30/08/2018, Décima Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 05/09/2018)
DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO. ALEGAÇÃO

DE VÍCIO OCULTO. NÃO COMPROVAÇÃO. MAU USO DO BEM. DANOS MORAIS
NÃO CONFIGURADOS. A perícia técnica realizada nos autos demonstrou que o veículo
não apresentava os vícios alegados. Configurada a má utilização do bem, não há
que se falar em ressarcimento de qualquer natureza. Ademais, os autos
demonstram que os defeitos foram completamente sanados pelo fornecedor, na
ocasião em que se comprometeu a promover o respectivo conserto. O dano moral é
figura reservada para lesões graves a bens jurídicos de suma importância. Ofensas
de menor calibre ficam na órbita do mero desconforto ou aborrecimento e, assim,
não suportam compensação indenizatória. Apelação desprovida. (TJ-DF - APC:
20130610009667, Relator: HECTOR VALVERDE SANTANNA, Data de Julgamento:
25/05/2016, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 03/06/2016 .
Pág.: 288)
56.Portanto, é cristalino que os problemas ocorridos no veículo somente decorrem

mau uso do veículo, não sendo decorrentes de vício de qualidade na fabricação, o
que tenta a todo custo imputar o Recorrido à Recorrente.
57.Exas., certo é que os procedimentos adotados pela Ford em relação à

parte Recorrida são lícitos, já que o fabricante não é obrigado a arcar com
12
os problemas encontrados no veículo em decorrência de negligência do
Recorrido, constituindo assim causa de excludente de responsabilidade, nos
termos do art. 12, inciso III do CDC.
58.Em suma, fato é que, demonstrado que o problema existente no veículo foi
provocado por seu mau uso por parte do Recorrido, deverá o presente recurso ser
provido para afastar os danos materiais.
AUSÊNCIA DE DANOS MATERIAIS – CAUSA EXCLUDENTE DE

RESPONSABILIDADE
59.Em que pese o conhecimento do nobre magistrado "a quo", a sentença deverá ser
reformada para que seja afastada a condenação em danos materiais no importe de
R$ 10.794,31.
60.Conforme sentença o magistrado entendeu pelo pagamento do referido valor sem

qualquer prova que embasasse tal condenação, desconsiderando que a Ford
demonstrou a questão do mau uso pelo Recorrido que utilizou combustível adulterado
no veículo objeto da ação.
61.Ainda, como amplamente demonstrado em linhas acima, somente a prova pericial

poderia embasar tal condenação, vista que o Recorrido não juntou qualquer prova de
suas alegações.
62.Embora com muito acerto tenha afastado a devolução em dobro, o sentenciante

determinou a condenação quanto aos valores pagos para a substituição dos bicos
injetores, todavia, merece ser afastada tal condenação.
63.Isso porque, conforme amplamente exposto, não há obrigação legal tampouco

contratual da fabricante de arcar com a substituição das peças, já que as avarias
foram oriundas da ação de agentes externos, o que acarretou o cancelamento da
garantia.
64.Logo, Excelências, não há que se imputar à Recorrente qualquer responsabilidade

quanto à restituição do valor pago pelo reparo, haja vista que restou demonstrado
não se tratar de vício de fabricação.
65.A lei impõe apenas o dever de reparar vícios de fabricação, não fazendo qualquer
previsão por problemas causados por agentes externos ou pela conduta do
proprietário do bem.
13
66.O Manual do Proprietário é bem claro ao dispor que itens de desgaste natural,
peças danificadas por agentes externos ou por conduta imprópria, acarretam à
exclusão de responsabilidade pelo reparo.
67.Importante salientar, assim, que pretender o pagamento de indenização por

danos materiais diante de caso de excludente de responsabilidade e ao contrário do
que consta no Manual do veículo é violar o princípio do pacta sunt servanda e o
ato jurídico perfeito, além do próprio princípio da legalidade.
68.Dessa maneira, de acordo com a função social emanada pelo contrato, bem como
pelo artigo 113 do Código Civil, a boa fé entre os contratantes deve ser respeitada,
notadamente ao quanto concedido pela Recorrente, no Manual do veículo:
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos
do lugar de sua celebração.
69.Por todo o exposto, o provimento do presente recurso e afastamento da

condenação é medida que se impõe, prequestionando desde já o os artigos 113 e
884 do CC.
DO PEDIDO
70.Diante de todo o exposto, requer a Recorrente que seja acolhida a preliminar de

incompetência do JEC, anulando-se a sentença e extinguindo o feito sem resolução
do mérito, sob pena de cerceamento do direito de defesa e ofensa ao artigo 5º, LV,
da CF.
71.Caso superada essa questão, requer seja TOTALMENTE provido o presente

recurso para afastar a condenação imposta por danos materiais, pelas razões acima
expostas, JULGANDO-SE IMPROCEDENTE O PEDIDO DE DANOS MATERIAIS.
72.Por fim, requer que todas as publicações e notificações referentes ao presente

processo sejam veiculadas exclusivamente em nome do advogado Celso de Faria
Monteiro, OAB/BA 36272, sob pena de nulidade.
Termos em que
pede deferimento.
Irecê, 09 de fevereiro de 2022.

OAB/BA 36272
14
ATENÇÃO: Pagável somente nos Bancos: Caixa Econômica Federal, Bradesco e
Banco do Brasil, em seus Agentes Bancários, Terminais de Autoatendimento,
Casas Lotéricas, Internet e Fone Fácil.
Emissor 9999
DAJE
Documento de Arrecadação Judicial e Extrajudicial
Série 028
Nº 678290
CONTRIBUINTE CPF/CNPJ PAGÁVEL ATÉ
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA 03.470.727/0001-20 12/02/2022
ENDEREÇO CIDADE COMARCA

AVENIDA DO TABOÃO, 899 SAO BERNARDO DO IRECÊ
CARTÓRIO RESPONSÁVEL CÓDIGO DESTINO
SERVIDOR
x JUDICIAL EXTRAJUDICIAL DELEGATÁRIO SUBSTITUTO 0219 - JUIZADO ESPECIAL CIVEL CRIMINAL - IRECÊ - IRECÊ
OBSERVAÇÃO/FILIAÇÃO (esta última somente em caso de certidão cível/criminal) NÚMERO DO ATO/PROCESSO QUANTIDADE DE ATOS
00173221820198050110 1
COMPLEMENTAÇÃO DAJE Nº TIPO/NATUREZA DO ATO VALOR DO ATO
32120 - I - DAS CAUSAS EM GERAL R$ 21.588,62
Senhor caixa: não receber pagamento em cheque - não receber após o vencimento. DATA DE EMISSÃO VALOR A PAGAR
CUSTAS_JUDICIAIS R$1.789,35 - FUNSEG R$8,99 07/02/2022 R$ 1.798,34
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678290

SERVIDOR
00173221820198050110 1
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678290

SERVIDOR
00173221820198050110 1
85880000017 2 98340409220 9 21299990286 1 78290021900 8
Código de validação do documento: 81e08dba a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
0102240105678961
786028
92 801
485856
9176
54
06
9818

7 8
56968876
5

16
56 975 78
2 801
86
184
584
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
"#$%#&"5'0580'911810
"(&)"(%2*++*,---.4-4
-4.-4-
9*/*("0*)*1%#/"
*2"+5"/*2.-3
444444444444444444444444444444444444444444444444
976
5
856
518801022.88-92-
Código de validação do documento: 81e08dc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678385

AVENIDA DO TABOÃO, 899 SÃO BERNARDO DO IRECÊ
SERVIDOR
00173221820198050110 27
91017 - XXVI - ENVIO ELETRÔNICO DE CITAÇÕES, INTIMAÇÕES, R$ 5,10
CUSTAS_JUDICIAIS R$137,01 - FUNSEG R$0,69 07/02/2022 R$ 137,70
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678385

SERVIDOR
00173221820198050110 27
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678385

SERVIDOR
00173221820198050110 27
85830000001 7 37700409220 9 21299990286 1 78385021900 8
Código de validação do documento: 81e08dce a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
01022##4##0105678#96#1*+,-78.,60#28*.,#9,#2-801/#
0012313233#4#####845,856*9176*5,######4#00567533#
7889027889#########06:4*98#;18##############2209#
#################################################
############.,7<-,;8*56#96#<8:876*5,#############
#################################################
./16*56=#5,>>1*1?+-61-6?561@61-8?6###############
8:6*.18=#788940#.,*58=#########95A8B4B###########
CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC#
.DEFGEHD##5I#.40580#I491.1810####################
.DJHKD#JG#2LMMLN###9B9O22222204A###OAA2262833248#
###################3038888239740###A9O9B23082249#
9LPL#JD#QLKLRGEPD#####################0012313233#
;LSDM#5DPLS###############################0OA?A2#
444444444444444444444444444444444444444444444444#
9,.476*5,=##2300OB###############################
8456*51.8.8,#01022=########B522B5AB3533A5+.65+B3#
Código de validação do documento: 81e08dd8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678429

SERVIDOR
00173221820198050110 1
49032 - VII - LITISCONSÓRCIO ATIVO OU PASSIVO, POR PARTE R$ 30,22
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678429

SERVIDOR
00173221820198050110 1
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678429

SERVIDOR
00173221820198050110 1
85850000000 2 30220409220 0 21299990286 1 78429021900 6
Código de validação do documento: 81e08de2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
01022##4##0105678#96#1*+,-78.,60#28*.,#9,#2-801/#
0012313233#4#####845,856*9176*5,######4#00567533#
7889027889#########06:4*98#;18##############2203#
#################################################
############.,7<-,;8*56#96#<8:876*5,#############
#################################################
./16*56=#5,>>1*1?+-61-6?561@61-8?6###############
8:6*.18=#788940#.,*58=#########95A8B4B###########
.DEFGEHD##5I#.40580#I491.1810####################
.DJHKD#JG#2LMMLN###9B9B222222243###O233262833242#
###################3038888239740###A963823082247#
9LPL#JD#QLKLRGEPD#####################0012313233#
;LSDM#5DPLS################################O2?33#
444444444444444444444444444444444444444444444444#
9,.476*5,=##2300O7###############################
8456*51.8.8,#01022=########6566659925328598O5B28#
Código de validação do documento: 81e08dec a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678341

SERVIDOR
00173221820198050110 2
41017 - XXVIII - CITAÇÃO, INTIMAÇÃO, NOTIFICAÇÃO E ENTREGA DE R$ 130,18
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678341

SERVIDOR
00173221820198050110 2
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678341

SERVIDOR
00173221820198050110 2
85850000002 9 60360409220 5 21299990286 1 78341021900 0
Código de validação do documento: 81e08df6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
01022##4##0105678#96#1*+,-78.,60#28*.,#9,#2-801/#
0012313233#4#####845,856*9176*5,######4#00567538#
799:02799:#########06;4*98#<18##############2202#
#################################################
############.,7=-,<8*56#96#=8;876*5,#############
#################################################
./16*56>#5,??1*1@+-61-6@561A61-8@6###############
8;6*.18>#799:40#.,*58>#########:5B9C4C###########
DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD#
.EFGHFIE##5J#.40580#J491.1810####################
.EKILE#KH#2MNNMO###:C:C222222349###728726293324C#
###################303999923:740###B:86023092242#
9MPM#KE#QMLMRHFPE#####################0012313233#
<MSEN#5EPMS###############################372@87#
444444444444444444444444444444444444444444444444#
9,.476*5,>##23008B###############################
8456*51.8.8,#01022>########85:895+70573B58+2562:#
Código de validação do documento: 81e08e00 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678224

SERVIDOR
00173221820198050110 5
90760 - III - TARIFA DE POSTAGEM - CITAÇÃO OU INTIMAÇÃO VIA R$ 16,36
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678224

SERVIDOR
00173221820198050110 5
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678224

SERVIDOR
00173221820198050110 5
85870000000 6 81800409220 5 21299990286 1 78224021900 6
Código de validação do documento: 81e08e0a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
01022##4##0105678#96#1*+,-78.,60#28*.,#9,#2-801/#
0012313233#4#####845,856*9176*5,######4#00567538#
799:02799:#########06;4*98#<18##############2206#
#################################################
############.,7=-,<8*56#96#=8;876*5,#############
#################################################
./16*56>#5,??1*1@+-61-6@561A61-8@6###############
8;6*.18>#799:40#.,*58>#########:5B9C4C###########
DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD#
.EFGHFIE##5J#.40580#J491.1810####################
.EKILE#KH#2MNNMO###:C:B222222247###:0:226293324C#
###################303999923:740###B:33623092247#
9MPM#KE#QMLMRHFPE#####################0012313233#
<MSEN#5EPMS################################:0@:2#
444444444444444444444444444444444444444444444444#
9,.476*5,>##23008:###############################
8456*51.8.8,#01022>########750885B+658625327500:#
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678494

AVENIDA DO TABOÃO, 899 SÃO BERNARDO DO SALVADOR
SERVIDOR
x JUDICIAL EXTRAJUDICIAL DELEGATÁRIO SUBSTITUTO 1746 - TURMA RECURSAL - SALVADOR - SALVADOR
00173221820198050110 1
40032 - XXVII - RECURSOS (EXCLUÍDAS DESPESAS COM PORTE E R$ 346,88
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678494

SERVIDOR
00173221820198050110 1
Emissor 9999
DAJE
Série 028
Nº 678494

SERVIDOR
00173221820198050110 1
85870000003 0 46880409220 0 21299990286 1 78494174600 9
Código de validação do documento: 81e08e1e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
01022##4##0105678#96#1*+,-78.,60#28*.,#9,#2-801/#
0012313233#4#####845,856*9176*5,######4#05630637#
8995028995#########06:4*98#;18##############22<<#
#################################################
############.,7=-,;8*56#96#=8:876*5,#############
#################################################
./16*56>#5,??1*1@+-61-6@561A61-8@6###############
8:6*.18>#899540#.,*58>#########56B9747###########
.DEFGEHD##5I#.40580#I491.1810####################
.DJHKD#JG#2LMMLN###575B222222O42###<8552<2933242#
###################3039999235840###B5<9<0B<82249#
9LPL#JD#QLKLRGEPD#####################0012313233#
;LSDM#5DPLS###############################O<8@55#
444444444444444444444444444444444444444444444444#
9,.476*5,>##23007O###############################
8456*51.8.8,#01022>########O6<B2698B6O<7662<6B0+#
TUVWXVYZ[#\]\^_V`V#a[b#X_a\XX[#c[Ud#efghiijk#lmnopl#qrslosn#tl#unvmnw
PODER JUDICIÁRIO
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:

_______________________________________________________________
Intime-se o Autor para, querendo, oferecer contrarrazões no prazo de lei.

_______________________________________________________________
IRECÊ - BA, 14 de Fevereiro de 2022.
JAIME BARRETO FILHO
Código de validação do documento: 81e3a9d2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA DO
SISTEMA DE JUIZADOS ESPECIAIS DA COMARCA DE IRECÊ/BA
PROCESSO nº 0017322-18.2019.8.05.0110
CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, já qualificado na

ação movida em face de BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA
e de FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, numeração em epígrafe,
por um dos seus advogados in fine assinados, vem,
tempestivamente, apresentar suas CONTRARRAZÕES ao Recurso
Inominado interposto pelo 2º Réu, nos termos abaixo, ao tempo
em que requer sejam os autos encaminhados à Superior
Instância.
Espera deferimento.
Irecê/BA, 14 de março de 2022.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
1
Código de validação do documento: 82a8422e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA
BAHIA
RECORRENTE: BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA

RECORRIDO: CLAITON PIRES DE OLIVEIRA
PROCESSO: 0017322-18.2019.8.05.0110
ORIGEM: 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de
Irecê/BA
CONTRARRAZÕES DE RECURSO
Colenda Turma,
Nobres Julgadores,
A r. sentença de 1° grau deve ser mantida em

todos os seus termos, tendo em vista apresentar-se, no que
concerne ao aspecto formal, revestida de todos os requisitos
necessários ao seu perfazimento, revelando-se, no mérito,
harmônica com as provas produzidas, os dispositivos legais e
a jurisprudência atinente à matéria, conforme se demonstrará
a seguir.
2
1. BREVE SÍNTESE DA DEMANDA
Em resumo, pleiteou o Recorrido a repetição

de indébito referente aos valores pagos indevidamente por
ele, situação resultante da ilegal negativa de cobertura do
conserto do veículo pelas Rés.
2. SENTENÇA GUERREADA
Os pleitos autorais foram julgados
procedentes em parte. Veja-se:
(...) Assim, como na relação de consumo todos

respondem solidária e objetivamente pelos eventuais defeitos
apresentados nos produtos, para se esquivar de tal obrigação
incumbe-lhes provar a ausência de defeito no produto ou que o
dano tenha se originado do mau uso do objeto pelo consumidor
(art. 12, § 3º, do CDC). No caso presente, à míngua de provas em
sentido contrário, a obrigação de indenizar o consumidor pelos
prejuízos sofridos é medida que se impõe. Ante o exposto e de
tudo mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora, extinguindo o
feito com resolução do mérito nos termos do art. 487, I do CPC;
para condenar a parte ré solidariamente à devolução do valor
pago pelo produto o valor de R$ 10.794,31 (-), acrescido de
correção monetária pelo INPC e juros de mora na base de 1% (um
por cento) ao mês, na forma do artigo 406, do Código Civil, c/c o
parágrafo primeiro do artigo 161, do Código Tributário Nacional,
desde a data do evento danoso, até o efetivo pagamento, na
forma do art. 405 do Código Civil. Não há custas ou sucumbência
no âmbito da jurisdição do primeiro grau, nos termos do artigo 55
da Lei 9.099/95. (...)
Nobres julgadores, a sentença prolatada não

merece reprimenda, vez que se coloca em total harmonia com os
princípios e regras do Código de Defesa do Consumidor, do
Código Civil e da Constituição Federal, além de se alinhar
fielmente ao entendimento consolidado na jurisprudência dos
Tribunais pátrios. Com isso, deve o decisum ser mantido em
todos os seus termos.
3
3. PRELIMINAR RECURSAL. SUPOSTA INCOMPETÊNCIA
DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Repetindo as alegações presentes na sua

defesa, a Recorrente utiliza como preliminar recursal a
SUPOSTA necessidade de perícia técnica no automóvel, o que
acarretaria na extinção do feito sem resolução do mérito.
Colenda Turma, conforme registrado pelo juiz

de piso, a preliminar arguida se revela completamente
desprovida de qualquer amparo legal, consubstanciando apenas
numa tentativa de criar empecilhos que dificultem o legítimo
pleito do Recorrido, que vem suportando sérios danos
decorrentes da conduta ilícita praticada pela Parte
Recorrente.
As provas documentais juntadas aos autos, por

si só, viabilizam o julgamento do feito, sendo despicienda a
realização de perícia técnica no automóvel, pelo que devem
ser rechaçadas as referidas preliminares.
A propósito, eventual perícia neste momento

se mostra totalmente desnecessária, uma vez que o objeto a
ser analisado não mais subsiste, haja vista o problema ter
sido resolvido após o pagamento dos valores impostos pela
concessionária.
A competência dos Juizados Especiais para
apreciação e julgamento de demandas como a debatida nos autos
é amparada, inclusive, pelo Enunciado nº 54 do FONAJE:
4
ENUNCIADO 54
A menor complexidade da causa para a fixação da competência é
aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.
Com isso, não há se cogitar a incompetência

deste Juizado Especial Cível, tendo em vista que o caso sub
examine goza de total compatibilidade com o procedimento
previsto na Lei nº 9.099/1995.
4. INFUNDADAS RAZÕES RECURSAIS
Adentra-se agora na análise dos fundamentos

do Recurso Inominado interposto pela Recorrente, 2ª Ré,
atacando, ponto a ponto, as suas fragilíssimas e infundadas
razões.
Em seu recurso, a Recorrente limita-se a
alegar a inexistência de qualquer ilegalidade na cobrança dos
valores referentes ao conserto do veículo, aduzindo que a
situação narrada não seria coberta pela garantia.
Como fundamento para tal negativa de

cobertura, aduz, sem provar, que o vício constatado no
veículo do Recorrido seria decorrente da utilização de
combustível de má qualidade, o que, deste modo, isentaria o
fornecedor de qualquer responsabilidade.
Nobres julgadores, não há qualquer documento

nos autos que afaste a completa ilicitude perpetrada pela
Parte Recorrente, que, de forma ilegal, negou a cobertura do
defeito (pane mecânica) pela garantia do veículo, que tinha
apenas 09(nove) meses de uso.
5
(nota fiscal evento nº 01), de onde se espera uma
durabilidade no mínimo razoável, apresente grave defeito com
poucos meses de uso e seja negada a cobertura pela garantia
contratual em vigor, tão alardeada no momento da aquisição do
produto.
O Código de Defesa do consumidor assegura que

serão consideras nulas eventuais cláusulas contratuais que
violem os direitos consumeristas. Veja-se:



teoria da responsabilidade objetiva do fornecedor diante dos
danos causados aos consumidores dos seus produtos,
perfeitamente subsumida ao caso em tela e acertadamente
aplicada pelo Magistrado de 1º grau.

6
Registre-se que o Recorrido cumpriu
rigorosamente os termos da garantia do produto, realizando as
revisões na concessionária, respeitando o plano de manutenção
do veículo etc. Enfim, a negativa de cobertura da garantia
contratual e a cobrança indevida não têm qualquer respaldo
fático e jurídico, devendo, portanto, serem consideradas
ilegais por este juízo.
Sobre a temática, o egrégio Tribunal de

Justiça da Bahia confirma o entendimento aplicado na
sentença, restando pacificada a questão acerca da
responsabilidade do fornecedor em casos que tais, in verbis:

ÔNUS DA PROVA DA PARTE RÉ. ART. 6º, VIII DO CDC. ART. 373,
II DO CPC/2015. ALEGAÇÃO DE INFLUÊNCIA EXTERNA PARA
UTILIZAÇÃO DO PRODUTO PELO CONSUMIDOR POR USO
DE COMBUSTÍVEL ADULTERADO. NÃO COMPROVAÇÃO.
PROVA PERICIAL DISPENSADA PELO DEMANDADO, QUE TERIA O
CONDÃO DE AFASTAR O FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO
AUTOR. DEVER DE REPARO. OBRIGAÇÃO DE FAZER CONVERTIDA
EM PERDAS E DANOS. DANOS MATERIAS. DEVER DE
indenizar o recorrente pelas despesas com locação de
outros veículos no valor de R$3.600,00 (três mil e
seiscentos reais), corrigidos monetariamente pelo INPC a partir
do evento danoso e acrescidos de juros de mora de 1% (um por
cento) ao mês a contar da mesma data. 5. Dano moral. A
negativa de cobertura da garantia contratada foi apta a
gerar a quebra de confiança no consumidor, que não podia
esperar a apresentação de problemas de tamanha
relevância em um veículo novo. Levando em consideração
a frustração sofrida, o valor do bem objeto do contrato e a
negativa de reparo pela garantia, mostra-se razoável a
quantia de R$10.000,00 (dez mil reais), a ser corrigida
7
monetariamente pelo INPC a partir data de publicação da decisão e
com incidência de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a
partir da data de citação. 6. Inversão dos ônus sucumbenciais.
APELO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-BA, APL: 0000678422009805
0274, Relator: Roberto Maynard Frank, Quarta Câmara Cível, Data
de Publicação: 16/04/2019).

Inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, VIII,
do Código de Defesa do Consumidor. Rés que não lograram
direito do autor. Culpa exclusiva do autor, decorrentes da
utilização de combustível adulterado, não demonstrada.
Ressarcimento do valor despendido para o conserto
devido. (...). Sentença parcialmente reformada. (TJ-SP - APL:
10095401220158260008 SP Relator: Mario A. Silveira, Data de
Julgamento: 23/05/2016, 33ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 24/05/2016).
Com isso, revela-se notória a ilicitude

perpetrada pela Parte Recorrente, devendo ser mantida a
sentença que deu procedência em parte aos pleitos autorais.
4.1. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. VALOR DEVIDO.
A r. sentença condenou a Parte Recorrente, de

forma acertada, na devolução dos valores indevidamente pagos
pelo Recorrido.
A condenação, neste particular, revelou-se
devida e foi respaldada pelas robustas provas documentais
acostadas aos autos, que comprovaram, inequivocamente, a
existência da cobrança indevida relativa ao procedimento de
conserto do veículo.
8
Assim, de acordo com a legislação aplicável à
espécie, a exemplo do art. 18 e 42 do Código de Defesa do
Consumidor, deve ser mantida a decisão que determinou a Parte
Recorrente o dever de restituir ao Recorrido o montante de R$
10.794,31 (dez mil, setecentos e noventa e quatro reais e
trinta e um centavos).
5. CONCLUSÃO E PEDIDOS
Ex positis, requer a essa Colenda Turma que:
a) NEGUE PROVIMENTO ao Recurso Inominado interposto,

mantendo intacta a sentença, face às razões de fato e direito
acima arroladas e presentes no decisium vergastado;
b) CONDENE a Recorrente nas custas e honorários advocatícios,

na base de 20% do valor da condenação.
Pede deferimento.
Irecê/BA, 14 de março de 2022.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
9
PODER JUDICIÁRIO
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:

_______________________________________________________________
Autos conclusos em face dos eventos 111 (Recurso

Inominado) e 119 (Contrarrazões).
_______________________________________________________________
IRECÊ - BA, 15 de Março de 2022.
JAIME BARRETO FILHO
Código de validação do documento: 82ab464a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE IRECÊ
Rua Allan Kardec, 49 / (74) 3641-6662
DECISÃO
1. Trata-se de Recurso Inominado contra decisão deste Juízo.

O recurso é tempestivo e houve o preparo integral, pelo que o admito.
A respeito do efeito a que se concede, não se observa qualquer risco a direito do
recorrente, pelo que o recebo apenas no efeito devolutivo.
2. Caso o recorrido já tenha sido intimado para responder ao recurso, encaminhem-se os
autos à instância recursal.
Caso contrário, intime-se o recorrido pelo prazo legal e após, com ou sem resposta,
encaminhem-se os autos.
CÉSAR AUGUSTO CARVALHO DE FIGUEIREDO
Juiz de Direito
PODER JUDICIÁRIO
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:

_______________________________________________________________
Remetam-se estes autos para Turma Recursal, para análise do Recurso Inominado, juntado pela parte Ré
(FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA) no evento 111, contrarrazoado no evento 119, conforme
Despacho de evento 122.
_______________________________________________________________
JAIME BARRETO FILHO
Código de validação do documento: 8331baa4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CERTIDÃO
Certifico que, nesta data, faço os presentes autos conclusos para o(a) MM(a)
Juiz(a) Relator(a).
Salvador, 31 de Março de 2022.
NAIRA TOURINHO
Secretária das Turmas Recursais
Assinado eletronicamente por: MARIA DE FATIMA DE BRITO Id. 120110339 - Pág. 283
Código de validação do documento: 83322c1e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ RELATOR DO RECURSO INOMINADO DA
4ª TURMA RECURSAL DO SISTEMA DE JUIZADOS ESPECIAIS DO TJBA.
PROCESSO N° 0017322-18.2019.8.05.0110

autos da AÇÃO INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C OBRIGAÇÃO
DE FAZER ajuizada em desfavor de BURITI VEICULOS PEÇAS LTDA
e FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, por seu advogado in fine
assinado, vem aduzir para ao final requerer:
O Autor/Recorrido ajuizou em desfavor das

Rés/Recorrentes 02 (duas) ações judiciais pelos mesmos
fatos e fundamentos, ou seja, com a mesma causa de pedir.
Na ação que tramitou sob o nº 0015135-37.2019.

8.05.0110, o Autor/Recorrido pleiteou a reparação de danos
morais, teve o seu pedido julgado procedente, e a sentença
transitou em julgado, revelando que as Rés/Recorrentes se
resignaram com o decisum. Inclusive, elas já cumpriram a
sentença, posto que satisfizeram os danos morais arbitrados
pelo Juízo, tudo como revelam os documentos anexos.
__________________________________________________________________________________________
Código de validação do documento: 843a1c98 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Já na ação que se encontra nesta c. 4ª Turma,
pendente de julgamento, o Autor/Recorrido pleiteia a
reparação dos danos materiais sofridos, e esta lide tem a
mesma identidade de partes e a mesma causa de pedir. As
provas, inclusive, são exatamente iguais as do processo
nº 0015135-37.2019.8.05.0110.
Se por hipótese essa 4ª Turma Recursal vier a

dar provimento ao Recurso Inominado interposto pelas Rés,
criar-se-á uma situação inusitada, permissa venia, de
insegurança jurídica, exatamente pelas razões acima
expendidas.
De fato, duas demandas com identidade de

partes, com a mesma causa de pedir e com a mesma prova por
certo não poderão ter decisões diametralmente opostas.
Ora, se as Rés/Recorrentes se conformaram, in

casu, com a sentença que as condenou a pagar danos morais
ao Autor/Recorrido nos autos do processo nº 0015135-
37.2019.8.05.0110, é porque entendem que o veredicto fez
justiça ao Consumidor.
Dito isto, o Recorrido e manifesta confiança

de que essa c. 4ª Turma Recursal NEGARÁ provimento ao
Recurso Inominado interposto pelas Recorrentes, o que se
requer.
Espera deferimento.
Irecê/BA, 09 de maio de 2022.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
__________________________________________________________________________________________
Código de validação do documento: 843a1c98 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de validação do documento: 843a1ca2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
QUARTA TURMA RECURSAL - PROJUDI
PADRE CASIMIRO QUIROGA, LT. RIO DAS PEDRAS, QD 01, SALVADOR - BA

ssa-turmasrecursais@tjba.jus.br - Tel.: 71 3372-7460
Ação: Procedimento do Juizado Especial Cível

Recurso nº 0017322-18.2019.8.05.0110
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
Recorrente(s):
Recorrido(s):
VOTO - EMENTA
RECURSO INOMINADO DA ACIONADA. CONDIÇÕES DE ADMISSIBILIDADE

PREENCHIDAS. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE INDENIZATÓRIA POR VÍCIO
OCULTO EM PRODUTO ADQUIRIDO. VEÍCULO ZERO KM. APRESENTOU
PROBLEMAS NA BOMBA INJETORA DENTRO DO PRAZO DE GARANTIA.
REPARO OU QUALQUER DAS FACULDADES DO ART. 18, § 1º, DO CDC.
RECONHECIDO PELO JUIZ NATURAL. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
RECONHECIDA. ANALISANDO O CASO CONCRETO, A RÉ NÃO SE
DESINCUMBIU DO ÔNUS DA PROVA AO DEIXAR DE JUNTAR AOS AUTOS
PROVA ROBUSTA ACERCA DO PROCEDIMENTO REALIZADO A FIM DE
COMPROVAR QUE A GASOLINA APRESENTADA NA IMAGEM
COLACIONADA NOS AUTOS TERIA SIDO RETIRADA, DE FATO, DO VEÍCULO
DA PARTE AUTORA A FIM DE AFASTAR A COBERTURA DA GARANTIA.
UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA. POSSIBILIDADE.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. TANTO O FORNECEDOR, QUANTO O
COMERCIANTE DO PRODUTO VICIADO EM SUA QUALIDADE, SÃO
RESPONSÁVEIS POR EVENTUAIS DANOS CAUSADOS AOS CONSUMIDORES
ADQUIRENTES DO PRODUTO. SENTENÇA MANTIDA EM SEUS PRÓPRIOS
TERMOS. ACÓRDÃO INTEGRATIVO PROFERIDO NOS TERMOS DO ART. 46
Assinado eletronicamente por: MARY ANGELICA SANTOS COELHO Id. 124758156 - Pág. 289
Código de validação do documento: 85f75f78 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DA LEI 9.099/95.
ACÓRDÃO
Realizado o julgamento do recurso do processo acima epigrafado, a

QUARTA TURMA decidiu, à unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da acionada, mantendo a sentença de origem em todos os seus termos,
pelos próprios fundamentos. Acórdão integrativo proferido nos termos do art. 46 da
lei 9.099/95. Custas e honorários pela recorrente, estes fixados em 20% sobre o
valor da causa, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.
Salvador, 05 de março de 2022.
MARY ANGÉLICA SANTOS COELHO
Juíza Presidente/Relatora
Código de validação do documento: 85f75f78 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA DESEMBARGADORA RELATORA SRA.
MARY ANGÉLICA SANTOS COELHO DA 4ª TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Embargos de Declaração n° 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., já qualificada nos autos da Ação em

epígrafe, que lhes move CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, por seu advogado que estas
subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, opor Embargos de
Declaração, com fulcro no art. 1.022, II do Código de Processo Civil, face o v. acórdão
de movimentação nº 152, conforme passa a expor:
DA TEMPESTIVIDADE
1. Consoante se verifica em movimentação nº 155, a Ford fora intimada do v.

acórdão em 14/07/2022, conforme abaixo:
2. Destarte, o prazo de 05 dias para oposição dos Embargos de Declaração findar-

se-á dia 20/072022, não havendo espaço para dúvidas acerca da tempestividade dos
presentes Embargos.
DA SÍNTESE DO V. ACÓRDÃO EMBARGADO
3. Trata-se de v. acórdão que negou provimento ao Recurso Inominado interposto

pela Embargante, nos seguintes termos:

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
[...] Realizado o julgamento do recurso do processo acima epigrafado, a
QUARTA TURMA decidiu, à unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO
ao recurso da acionada, mantendo a sentença de origem em todos os
seus termos, pelos próprios fundamentos. Acórdão integrativo proferido
nos termos do art. 46 da lei 9.099/95. Custas e honorários pela
recorrente, estes fixados em 20% sobre o valor da causa, nos termos do
art. 55 da Lei 9.099/95.
4. Ocorre que, ao analisar detidamente o v. acórdão, verificou-se a ocorrência de

omissão quanto o pedido de extinção vista a necessária perícia técnica no caso em
comento não suportada pelo Juizado Especial e contradição no que se refere aos
honorários sucumbenciais arbitrados sobre o valor da causa.
5. Posto isso, necessário ser sanado o vício acima apontado e a seguir exposto,
motivo pelo qual se faz necessária a oposição dos presentes Embargos de Declaração,
nos termos do artigo 1.022 do CPC.
DA OMISSÃO QUANTO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL. CAUSA DE MAIOR COMPLEXIDADE. NECESSIDADE DE
PERÍCIA. INCIDÊNCIA DO ART. 98 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ART. 3º,
CAPUT, E 51, II, DA LEI 9.099/95:
6. Conforme argumentado em sede de Recurso Inominado, os problemas narrados

em inicial são decorrentes do uso de combustível de má-qualidade. Em resumo, a
necessidade de troca dos bicos injetores se deu em razão de utilização de
combustível contaminado pelo Embargado.
7. Assim, houve negativa do reparo em garantia porque foi constatada a ocorrência

de mau uso. Contudo, V. Exas. entenderam por manter a sentença de procedência
sob o fundamento de que a Ford não teria se desincumbido do ônus probatório.
8. No entanto, nota-se que o r. julgado fora omisso no que tange a tese aventada
pela Ford visto a necessidade de perícia e extinção da ação no que tange ao presente
rito processual.
9. Em que pese o notável saber jurídico da relatora, basta uma simples

análise da contestação e Recurso Inominado para verificar que FOI
REALIZADA A ANÁLISE NO VEÍCULO E A RECUSA DO REPARO EM GARANTIA,
POR SE TRATAR DE MAU USO. Vejamos a foto colacionada aos autos retirada
pela Concessionária que atestou a utilização de combustível adulterado:
Combustível retirado do
veículo do Embargado
Combustível de qualidade
10.Ora é evidente que o Embargado desrespeitou as normas do Manual do

Proprietário, de modo que se faz necessária a realização de perícia técnica,
mesmo que indireta, para comprovar que o veículo foi submetido à utilização
de combustível de má-qualidade, desrespeitando as diretrizes passadas pela
fabricante.
11.Tal apuração, portanto, somente poderá se realizar por meio de perícia técnica,
indispensável na presente demanda, justamente porque norteará a responsabilidade
que o Embargado procura imputar à Embargante, sendo certo que somente a
realização de perícia técnica poderá comprovar a origem do problema na nos
bicos injetores.
12.Não obstante tal fato fora proferido v. acórdão sob o fundamento de que a Ré não
se desincumbiu do ônus da prova no que tange a alegação do uso da gasolina de má
Ora! Exatamente por tal motivo que
qualidade pelo Embargado.
deve ser oportunizada a prova pericial, para desincumbir
a Embargante desse ônus que lhe fora atribuído.
13.É evidente que a controvérsia quanto à ação de mau uso pelo Embargado ou de
vício de fabricação somente poderá ser verificado mediante perícia técnica, mesmo
que indireta utilizando as fotos comparativas retiradas pela Concessionária que
analisou e reparou o veículo do Embargado.
14.Vejam, Excelências, que o julgamento da demanda sem embasamento na prova

técnica fere princípios constitucionais, porquanto cerceia o direito de defesa da
Embargante que não poderá produzir prova contrária às alegações do Embargado, o
que não se pode admitir.
15.Vejam Excelências que ao tratar da competência dos Juizados Especiais Cíveis, a
Lei 9.099/95, em seu art. 3º, determina que o “Juizado Especial Cível tem
competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor
complexidade”.
16.Assim, em que pese o esforço do Embargado em dar veracidade às suas

alegações, não há qualquer indício nos autos de que o problema seja decorrente de
vício de fabricação, o que só poderá ser constatado mediante a produção da prova
técnica pericial.
17.Desta forma, resta demonstrado que a perícia técnica é indispensável na

presente demanda, justamente porque demonstrará a inexistência da
responsabilidade que o Embargado procura imputar à Embargante, sendo certo que
somente a realização de perícia técnica poderá constatar a alegação da
Embargante de que não se trata de vício, mas sim por mau uso ante a
utilização de combustível adulterado não recomendado pela fabricante.
18.Ora, o Enunciado nº 54 do Fórum Permanente de Juízes Coordenadores dos

Juizados Especiais é neste sentido, ao afirmar que a complexidade da demanda afere-
se pelo objeto da prova a ser produzida nos autos e não em face do direito material,
confira-se:
“A menor complexidade da causa para a fixação da competência é aferida pelo objeto

da prova e não em face do direito material”
19.A simples leitura da peça vestibular evidencia que a causa do pedido formulado
pelo Embargante importa na INDISPENSÁVEL realização de PROVA TÉCNICA de
elevada COMPLEXIDADE para se aferir a efetiva causa do problema constatado no
veículo automotor de propriedade do Embargado, a teor dos arts. 464 e seguintes do
CPC.
20.Sendo assim, verifica-se, insofismavelmente, que a causa supera, em

complexidade, o âmbito de aplicação da Lei 9.099/95, motivo pelo qual, a r. sentença
deve ser reformada em todos os seus termos, porquanto absolutamente
incompetente o Juizado Especial para apreciar e julgar a matéria em debate.
21.Repisa-se ainda, que a manutenção da sentença da forma como fora prolatada

enseja impedimento no CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA DA
EMBARGANTE, contrariando o quanto disciplinado no artigo 5º, inciso LV, da
Constituição Federal, matéria esta ora prequestionada.
22.Portanto, por todas as razões expostas requer sejam acolhidos os presentes

Embargos de Declaração a fim de sanar a omissão apontada no sentido de reconhecer
a incompetência absoluta deste Juizado Especial para o julgamento da lide,
prequestionando art. 98 da Constituição Federal e art. 3º, caput, e 51, II, da Lei
9.099/95.
DA CONTRADIÇÃO - HONORÁRIOS SOBRE O VALOR DA CAUSA
23.Verifica-se ainda que o v. acórdão determinou que os honorários fossem

arbitrados sobre o valor da causa:
[...] Custas e honorários pela recorrente, estes fixados em 20% sobre

o valor da causa, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.(grifou-se)
24.Todavia, o v. acórdão padece de contradição, pois está em descompasso com os

termos do artigo 85, §2º, do Código de Processo Civil que deverá ser fixados os
honorários sobre o valor da condenação ou seja do proveito econômico obtido.
Vejamos:
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do

vencedor.
§ 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por
cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não
sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
(...)
25.Restando ainda contraditório no que tange ao próprio artigo 55 da Lei 9.099/95

utilizado na fundamentação do v. acórdão:
Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários
de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o
recorrente, vencido, pagará as custas e honorários de advogado, que serão fixados
entre dez por cento e vinte por cento do valor de condenação ou, não havendo
condenação, do valor corrigido da causa.
26.Veja, Excelência, que os honorários de sucumbência deverão ser arbitrados sobre

proveito econômico/ condenação, uma vez que é possível mensurar os valores, já
que houve a manutenção da sentença de procedência parcial para restituição dos
valores de danos materiais.
27.Dessa forma, evidente a contradição ora apontada, razão pela qual os embargos
deverão ser acolhidos, esclarecendo que os honorários deverão ser calculados sobre
o valor da condenação em razão da sentença de procedência parcial mantida pelo v.
acórdão, ora embargado.
CONCLUSÃO
28.Ante o exposto, a Ford requer que os embargos opostos sejam conhecidos e
acolhidos, a fim de sanar a omissão e contradição ora suscitadas, no que tange ao
pedido de extinção vista a necessária prova técnica.
29.Por fim, requer ainda que todas as intimações e notificações sejam doravante
dirigidas apenas ao seguinte patrono da Ford, sob pena de nulidade, nos termos do
§ 5º, do art. 272, do Código de Processo Civil: CELSO DE FARIA MONTEIRO,
OAB/BA 36272.
Termos em que,
Pede deferimento.
Iracê, 19 de julho de 2022.

OAB/BA 36272
CERTIDÃO
De ordem do(a) MM Juiz(a) Relator(a), fica a parte EMBARGADA, para querendo, manifestar-se acerca dos Embargos
declaratórios. Prazo de 05 (cinco) dias.
Fica a parte EMBARGANTE intimada a fim de que tome conhecimento do presente ato.
Salvador, 20 de Julho de 2022
NAIRA TOURINHO
Assinado eletronicamente por: MARCUS VINICIUS PEREIRA QUEIROZ Id. 125098082 - Pág. 297
Código de validação do documento: 862b3dd4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXMO(A). SR(A). JUIZ(A) RELATOR DA 4ª TURMA RECURSAL DO
SISTEMA DE JUIZADOS ESPECIAIS DA BAHIA
PROCESSO nº 0017322-18.2019.8.05.0110

ação em epígrafe, vem apresentar sua impugnação aos Embargos
Declaratórios opostos pela FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
(evento nº 156), nos termos abaixo:
1. ALEGAÇÕES DA EMBARGANTE
Busca a Embargante que esta Colenda Turma

empreste efeitos modificativos ao acórdão, sob o infundado
argumento de que o julgado apresenta suposta omissão na
análise da preliminar de ilegitimidade, bem como aduz a
existência de contradição na fixação de honorários sobre o
valor da causa.
Assim, amparada nestas alegações, pede o

acolhimento dos Embargos para extinguir o processo sem a
resolução do mérito.
1
Código de validação do documento: 86bb801a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
2. NÃO CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS.
O pleito de modificação do acórdão revela-

se desprovido de qualquer fundamento fático/jurídico que lhe
dê sustentação, devendo ser julgado improcedente em todos os
seus termos.
A exceção do arbitramento de honorários

sucumbenciais sobre o valor da causa e não com base no valor
da condenação, a decisão colegiada não merece reprimenda,
não ressentindo de qualquer contradição, omissão ou
obscuridade.
A via escolhida (Embargos de Declaração) é

inadequada para a finalidade almejada pela Embargante, qual
seja, a rediscussão da matéria fática/jurídica arrolada.
Conforme registrado pelo juiz de piso e

ratificado, de forma unânime, por esta Colenda Turma, a
preliminar arguida se revela completamente desprovida de
qualquer amparo legal, posto que as provas documentais
juntadas aos autos, por si só, viabilizaram o julgamento do
feito, sendo completamente desnecessária a realização de
perícia técnica no automóvel.
Ora, eventual perícia neste momento se

mostra totalmente ineficaz, uma vez que o objeto a ser
analisado não mais subsiste, haja vista o problema ter sido
resolvido após o pagamento dos valores impostos pela
concessionária.
2
Assim, revela-se injustificado e
improcedente os Embargos Declaratórios opostos pela
Recorrente, não havendo se cogitar a incompetência do Juizado
Especial Cível (matéria superada nas duas instâncias), tendo
em vista que o caso sub examine goza de total compatibilidade
com o procedimento previsto na Lei nº 9.099/1995.
3. SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO. MESMO

PEDIDO E CAUSA DE PEDIR. NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DA
SEGURANÇA JURÍDICA.
De acordo com a petição de evento nº 144, o

Embargado ajuizou em desfavor das Rés/Recorrentes 02 (duas)
ações judiciais pelos mesmos fatos e fundamentos, ou seja,
com a mesma causa de pedir.
Na ação que tramitou sob o nº 0015135-

37.2019. 8.05.0110, o Autor/Recorrido pleiteou a reparação
de danos morais, teve o seu pedido julgado procedente, e a
sentença transitou em julgado, revelando que as
Rés/Recorrentes se resignaram com o decisum. Inclusive, elas
já cumpriram a sentença, posto que satisfizeram os danos
morais arbitrados pelo Juízo.
Já na ação aqui debatida, o Autor/Recorrido

pleiteia a reparação dos danos materiais sofridos, e esta
lide tem a mesma identidade de partes e a mesma causa de
pedir. As provas, inclusive, são exatamente iguais as do
processo nº 0015135-37.2019.8.05.0110.
De fato, duas demandas com identidade de

partes, com a mesma causa de pedir e com a mesma prova por
certo não poderão ter decisões diametralmente opostas.
3
Assim sendo, se as Rés/Recorrentes se
conformaram com a sentença que as condenou a pagar danos
morais ao Autor/Recorrido nos autos do processo nº 0015135-
37.2019.8.05.0110, é porque entendem que o veredicto fez
justiça ao Consumidor. Por conseguinte, qualquer modificação
no acordão prolatado por este Egrégia Turma geraria uma
evidente insegurança jurídica, haja vista a hipótese de
decisão conflitantes/contraditórias acerca do mesmo objeto.
4. DO PEDIDO
Ex positis, requer o Embargado a rejeição dos

Embargos Declaratórios opostos, mantendo o decisum
vergastado, haja vista a inexistência dos supostos
omissões/contradições alegadas pela Embargante.
Espera deferimento.
Irecê/BA, 08 de agosto de 2022.
Rosembegue Fenelon Meira Cordeiro

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
4
CERTIDÃO
Certifico que, nesta data, INTIMO a parte embargada para se manifestar no prazo
de 5 (cinco) dias.
Salvador, 9 de Agosto de 2022
P/ NAIRA TOURINHO
Assinado eletronicamente por: MARIA DE FATIMA DE BRITO Id. 126082796 - Pág. 302
Código de validação do documento: 86c17f38 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CERTIDÃO
Certifico que, nesta data, faço os presentes autos conclusos para o(a) MM(a)
Juiz(a) Relator(a).
Salvador, 19 de Agosto de 2022.
NAIRA TOURINHO
Assinado eletronicamente por: IRANICE CARVALHO DA SILVA SOARES Id. 126606930 - Pág. 303
PODER JUDICIÁRIO
QUARTA TURMA RECURSAL - PROJUDI
PADRE CASIMIRO QUIROGA, LT. RIO DAS PEDRAS, QD 01, SALVADOR - BA

ssa-turmasrecursais@tjba.jus.br - Tel.: 71 3372-7460
Ação: Procedimento do Juizado Especial Cível

Recurso nº 0017322-18.2019.8.05.0110
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
Recorrente(s):
Recorrido(s):
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. MEIO HÁBIL PARA EXTIRPAR DO JULGADO OMISSÃO,

CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU ERRO MATERIAL. ACORDÃO REFORMADO.
VOTO
Embargos tempestivos, deles conheço.
Trata-se de embargos declaratórios interpostos com finalidade de sanar o erro material no

acórdão.
Os embargos declaratórios somente têm cabimento em situações específicas, quando há

obscuridade, contradição, omissão, dúvida ou erro material quanto a ponto que deveria se
pronunciar a Turma Recursal, conforme dispõem o artigo 1022, incisos I a III, do CPC e 48 da Lei
nº 9.099/95.
Analisando a decisão embargada, considero que o inconformismo do embargante é

procedente, vez que se verifica que, de fato, a decisão incorreu em erro material, já que
consta na decisão em epígrafe: ¿Custas e honorários pela recorrente, estes fixados em
20% sobre o valor da causa, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.¿. Dessa forma,
considerando que a condenação na sentença de piso foi líquida, deve passar a constar na
Decisão: ¿Realizado o julgamento do recurso do processo acima epigrafado, a QUARTA
TURMA decidiu, à unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da acionada,
mantendo a sentença de origem em todos os seus termos, pelos próprios fundamentos.
Com essas razões, ACOLHO PARCIALMENTE OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS apenas
Código de validação do documento: 8917eb6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
para sanar o erro material em destaque, mantendo-se nos demais termos o conteúdo da decisão.
É como voto.
Salvador, 20 de agosto de 2022
ACÓRDÃO
Realizado Julgamento do Recurso do processo acima epigrafado. A QUARTA TURMA, composta

dos Juízes de Direito MARY ANGÉLICA SANTOS COELHO, MARIA VIRGÍNIA ANDRADE DE
FREITAS CRUZ e MARTHA CAVALCANTI SILVA DE OLIVEIRA, decidiu, à unanimidade de
votos, ACOLHER PARCIALMENTE OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS apenas para sanar o
vício em destaque, mantendo-se nos demais termos o conteúdo do acórdão.
Juíza Presidente/Relatora
Código de validação do documento: 8917eb6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Processo nº 0017322-18.2019.8.05.0110
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., pessoa jurídica de direito privado,

devidamente qualificada nos autos em epígrafe, que lhe move Claiton Pires De
Oliveira, vem por seu advogado que esta subscreve, em respeito à Vossa
Excelência, expor e requerer o quanto que segue.
1. No presente caso houve sentença de parcial procedência dos pedidos

autorais nos seguintes termos:
2. Dessa forma, vem esta Ré, por meio desta petição comprovar o
adimplemento da obrigação espontaneamente devidamente atualizada no valor
de R$ 21.901,02 fora depositada judicialmente no dia 18/11/2022, conforme
comprovante de depósito que segue em anexo a esta petição.
 Cálculo atualizado:

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
 Comprovante de pagamento:
3. Ante o exposto, em razão do cumprimento integral de sua condenação, nos

termos da sentença de mérito proferida nos autos em comento, vem esta Ré
requerer que o processo em epígrafe seja devidamente extinto em face da FORD
e consequentemente arquivado com base no art. 924, II, da codificação
processual civil.

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
2
MONTEIRO, OAB/BA 36.272.
Termos em que,
pede deferimento.
Irecê, 18 de novembro de 2022.

OAB/BA 36.272

T 11 3291-1000 F 11 3291-1111
3
Data: 18/11/2022
Comprovante de
Pagamento
Nº do Voucher: 89892
Conta de débito: Agência: 2374 | Conta: 116500-3
Nome: 0664 - FORD MOTOR

COMPANY BRASIL
Valor: R$ 21.901,02
Data de débito: 18/11/2022
Descrição: 34917 - PASTA 36093 -

Código de Barras: 07090000207039366815007727070695891800002190102
Autenticação
8033604680746205259547109
Código de validação do documento: 8999901a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CERTIDÃO
Certifico para os devidos fins que, nesta data, encaminho os presentes autos para o
Juizado de origem, tendo em vista que transcorreu in albis o prazo para
interposição de recurso.
Salvador, 1 de Dezembro de 2022 .
NAIRA TOURINHO
Assinado eletronicamente por: MARIA CONCEICAO MENEZES Id. 131382485 - Pág. 311
Código de validação do documento: 89ea2a52 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
EXMO(A). SR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA DO SISTEMA DE
PROCESSO nº 0017322-18.2019.8.05.0110

ação ajuizada em face de BURITI VEICULOS PEÇAS LTDA e de FORD
MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, numeração em epígrafe, por um dos
seus advogados in fine assinados, vem requerer a EXPEDIÇÃO DE
ALVARÁ ELETRÔNICO em seu nome e do seu patrono, para fins de
levantamento do valor da condenação, depositado pela Parte
Executada na conta judicial acostada ao evento nº 180.
Dados Bancários para levantamento do alvará

eletrônico via PIX JUDICIAL:
 PIX (CNPJ): 05.617.422/0001-24

 Agência: 0548-7
 Conta Corrente: 21.481-7
 Titular: Rosembergue Meira Cordeiro Advogados Associados
BANCO DO BRASIL
Espera deferimento.
Irecê/BA, 01 de dezembro de 2022.

OAB/BA nº 12.994

OAB/BA nº 49.859
1
Código de validação do documento: 89ec7a32 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:

_______________________________________________________________
Intimem-se as partes do retorno dos autos da Turma Recursal.
_______________________________________________________________
IRECÊ - BA, 1 de Dezembro de 2022.
Código de validação do documento: 89eca5ca a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:

_______________________________________________________________
Expeça-se Alvará de Levantamento em favor da Parte Autora e/ou seu Patrono (Procuração de
evento 01), para resgate do valor depositado judicialmente conforme comprovante de evento
180, observados os dados bancários indicados no evento 190.
_______________________________________________________________
Código de validação do documento: 89ecff5c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
TELEFONE: (74) 3688-6602/6617
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
ATO ORDINATÓRIO
DE ORDEM:

_______________________________________________________________
Alvará finalizado no BRBJus aguardando assinatura do Magistrado.
_______________________________________________________________
Código de validação do documento: 89ed08bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DO SISTEMAS DOS JUIZADO ESPECIAL DE IRECÊ
Avenida Sol Poente, s/n / Asa Norte / (74) 3688-6602
PROCESSO 0017322-18.2019.8.05.0110
CERTIDÃO
Em atenção ao Art. 23* da Lei n. 12.373/2011, CERTIFICO para os devidos fins que não há
despesas e/ou custas remanescentes devidas no presente feito.
ALONSO MARTINS DE SOUZA

Assinado eletronicamente por: ALONSO MARTINS DE SOUZA Id. 135285147 - Pág. 316
Código de validação do documento: 8c3daa0e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

Tribunal de Justiça Do Estado Da Bahia Poder Judiciário PROJUDI - Processo Judicial Digital

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Tribunal de Justiça Do Estado Da Bahia Poder Judiciário PROJUDI - Processo Judicial Digital

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

Exequente(s): Nome CPF/CNPJ Identidade

CLAITON PIRES DE OLIVEIRA, brasileiro, casado,

em desfavor da BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 1

O Autor é proprietário de uma picape FORD

Acontece que, passados nove meses da aquisição

Apreensivo e angustiado diante da falha

Na revendedora autorizada Ford, 1ª Ré, o Autor

Ciente dos seus direitos, o Autor questionou o

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 2

Assim, inobstante as várias tentativas de

Nesta senda, diante do não deferimento do

Destarte, inconformado com a continuidade das

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 3

Como sabido, a relação jurídica exposta é

Nos termos dos arts. 2º e 3º do CDC, o Autor

Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,

Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou

§ 1°. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou

Realizado tal enquadramento, elucidar-se-á os

2.2. ATO ILÍCITO

As Demandadas incorreram no cometimento de ato

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 4

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem

O ato ilícito é aquele praticado em desacordo

Sendo assim, o Código Civil define o ato

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

2.3. VÍCIO NO PRODUTO. RESPONSABILIDADE DO

No caso sub examine, é patente a ilicitude

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 5

A este respeito, o Código de Defesa do

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do

Da análise do art. 12 do CDC, extrai-se a

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 6

Abordando o tema, o egrégio Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 7

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 8

2.4. DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO

Como explanado alhures, o Autor teve que

Sendo a presente lide calcada numa relação de

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem

Assim, de acordo com a legislação aplicável à

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 9

Em regra, o ônus da prova incumbe a quem alega

O CDC, representando uma atualização do direito

O consumidor revela-se como sendo a figura

Por esta razão o legislador adotou essa moderna

Havendo uma relação jurídica onde está

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 10

Com os fundamentos ora pautados, faz-se

Ex positis, o Autor requer a V.Exa. a adoção

a) a citação das Rés para, querendo, comparecerem a audiência a

b) a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do

c) o julgamento procedente do(s) pedido(s), com a condenação das

Assinado eletronicamente por: WEVERTON SEIXAS BARROS Id. 88462415 - Pág. 11