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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA

PODER JUDICIÁRIO
PROJUDI - Processo Judicial Digital
Baixado do PROJUDI em: 04/09/2023

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

Exequente(s): Nome CPF/CNPJ Identidade


JULIANA DOURADO LOULA SALUM 017.307.435-95 1252716974 SSP/BA
Endereço Advogados
Rua JOSE BEZERRA SOBRAL, 195, 1 ANDAR, FORUM, IRECÊ - OAB 27313 N BA - VINICIUS DOURADO
BA, BRASIL, 44.900-000 LOULA SALUM
Nome CPF/CNPJ Identidade
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM 013.279.865-40 0770209521 SSP/BA
Endereço Advogados
Rua JOSE BEZERRA SOBRAL, 195, 1 ANDAR, FORUM, IRECÊ - OAB 27313 N BA - VINICIUS DOURADO
BA, BRASIL, 44.900-000 LOULA SALUM
Executado(s): Nome CPF/CNPJ Identidade
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA 07.666.744/0005-12
Endereço Advogados
OAB 32624 N BA - LARISSA LEAL DE
Rodovia BA 052, S N, KM 354, CENTRO, IRECÊ - BA, BRASIL, OLIVEIRA
44.900-000 OAB 38425 N BA - ANDRE HENRIQUE
LEAL DE OLIVEIRA
Nome CPF/CNPJ Identidade
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA 03.470.727/0004-73
Endereço Advogados
Avenida DO TABOAO, 455, FORD, RUDGE RAMOS, SAO OAB 36272 N BA - CELSO DE FARIA
BERNARDO DO CAMPO - SP, BRASIL, 09.655-900 MONTEIRO
Nome CPF/CNPJ Identidade
INDIANA VEÍCULOS LTDA Não cadastrado
Endereço Advogados
Avenida PARALELA, 6750, TROBOGY, SALVADOR - BA, BRASIL, OAB 16906 N BA - EMANUELA POMPA
41.745-130 LAPA
Testemunha(s):
Terceiro(s):
Classe: Cumprimento de sentença
Assunto: Obrigação de Fazer / Não Fazer
Prioridade: NORMAL
Segredo de Justiça: Não
Data da Distribuição: 19/10/2015
Valor da Causa: R$ 24.997,19

Índice de Documentos
Id Data Assinatura Documento Tipo
34023456 19/10/2015 12:52 Ação Indenizatória - Juliana x Ford.pdf Petição Inicial
34023457 19/10/2015 12:52 PROCURAÿÿO.pdf Procuração
34023458 19/10/2015 12:52 CNH - JULIANA.pdf Outros
34023459 19/10/2015 12:52 CARTEIRA DA OAB - VINICIUS.pdf Outros
34023460 19/10/2015 12:52 CERTIDÿO DE CASAMENTO.pdf Outros
34023461 19/10/2015 12:52 COMPROVANTE DE RESIDÿNCIA.pdf Comprovante Residência
34023462 19/10/2015 12:52 DOC. 01 - CRLV DO VEÃCULO.pdf Outros
34023464 19/10/2015 12:52 DOC. 02 - MANUAL DO PROPRIETÃRIO.pdf Outros
34023465 19/10/2015 12:52 DOC. 03 - RESERVA VALE DO CAPÿO.pdf Outros
34023466 19/10/2015 12:52 DOC. 04 - GUIA DE REBOQUE E FOTOGRAFIAS.pdf Outros
34023467 19/10/2015 12:52 DOC. 05 - CERTIDÿES DE NASCIMENTO DAS CRIANÿAS.pdf Outros
34023468 19/10/2015 12:52 DOC. 06 - PASSAGEM DE ÿNIBUS.pdf Outros
34023469 19/10/2015 12:52 DOC. 07 - FOTOGRAFIAS - GUIA DE REBOQUE - TERMO DE Outros
RECEBIMENTO - O.S. (FORD INDIANA).pdf
34023470 19/10/2015 12:52 DOC. 08 - PAINEL DE INSTRUMENTOS.pdf Outros
34023471 19/10/2015 12:52 DOC. 09 - GUIA DE REBOQUE - FORD ASSISTANCE (29-09-2015).pdf Outros
34023472 19/10/2015 12:52 DOC. 10 - CÿDIGOS DE ERRO (PCM E TCM).pdf Outros
34023473 19/10/2015 12:52 DOC. 11 - GARANTIA FORD (COM ERRO NA TERCEIRA Outros
REVISÿO).pdf
34023474 19/10/2015 12:52 DOC. 12 - GUIA DE REBOQUE - FORD ASSISTANCE - Outros
FOTOGRAFIAS (07-10-2015).pdf
34023475 19/10/2015 12:52 DOC. 13 - ORDEM DE SERVIÿO (FORD BURITI).pdf Outros
34023476 19/10/2015 12:52 DOC. 14 - GARANTIA FORD (TERCEIRA REVISÿO Outros
CONTABILIZADA).pdf
34023477 19/10/2015 12:52 DOC. 15 - CONTRATO DE LOCAÿÿO DE VEÃCULO - Outros
LOCALIZA.pdf
34023478 19/10/2015 12:52 DOC. 16 - CARRO RESERVA DISPONIBILIZADO PELA FORD (03 Outros
DIAS).pdf
34023479 19/10/2015 12:52 Facebook - CONSUMIDORES RECLAMANDO DO MESMO Outros
PROBLEMA.pdf
34023480 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Ford - Cambio automático com problema.pdf Outros
34023481 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Ford - Descaso com o consumidor.pdf Outros
34023482 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Ford - Focus com transmissão avariada.pdf Outros
34023483 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Ford - defeito cronico de veiculo.pdf Outros
34023484 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Espaço Ford - Qualidade de material duvidosa.pdf Outros
34023485 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Ford - Novo Ford Focus - alerta de motor.pdf Outros
34023486 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Grupo Navesa - CÿMBIO AUTOMÃTICO FORD Outros
FOCUS NÿO FUNCIONA (NAVESA NÿO RESOLVE NADA).pdf
34023487 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Superfor veÃ-culos - Transmissão Avariadaçãoo Outros
Ford Focus.pdf
34023488 19/10/2015 12:52 Reclame Aqui - Ford - Novo Ford Focus - Problema insanável na caixa Outros
de direção.pdf
34023489 19/10/2015 12:52 Reportagens - QUATRO RODAS - câmbio do focus.pdf Outros
34023490 19/10/2015 12:52 Reportagens - QUATRO RODAS - Barulhos na caixa de direção do Outros
Ford Focus -.pdf
34023491 19/10/2015 12:52 YOUTUBE - Defeito no Câmbio automático do FORD FOCUS 2.pdf Outros
34023492 19/10/2015 12:52 YOUTUBE - Ford Focus hatch titanium transmissão avariada - Outros
YouTube.pdf
34023493 19/10/2015 12:52 YOUTUBE - Ford Focus Sedan GLX 2012_2013 Problema Cambio Outros
Automático em Drive - YouTube.pdf
34023494 19/10/2015 12:52 Artigos Técnicos - Automatik.com.br_2012_06_ford-focus.pdf Outros
34023496 19/10/2015 12:52 Boletim ATSG - Servicio de Información Técnica - 4F27E Se Outros
neutraliza en 4ta en caliente.pdf
34023497 19/10/2015 12:52 BOLETIM DE SERVIÿO TSB 14-0002 - 2012 FORD TRANSIT Outros
CONNECT Recalls and Technical Service Bulletins.pdf
34113756 21/10/2015 11:40 online.html Conclusão
34163016 22/10/2015 11:29 online.html Ato Ordinatório
34163067 22/10/2015 11:30 online.html Citação
34163088 22/10/2015 11:30 online.html Citação
34163110 22/10/2015 11:31 online.html Citação
34185007 22/10/2015 16:51 Pedido de Reconsideração - Juliana x Ford.pdf Petição
34274730 26/10/2015 14:14 Junta recibo de aluguel de carro - Juliana x Ford.pdf Petição
34274731 26/10/2015 14:14 RECIBO LOCAÿÿO CARRO.pdf Outros
34277263 26/10/2015 14:53 online.html Decisão em Pedido
Urgência (Liminar)
34277558 26/10/2015 14:56 online.html Intimação
34277679 26/10/2015 14:57 online.html Intimação
34277724 26/10/2015 14:58 online.html Intimação
34278157 26/10/2015 15:03 online.html Decisão em Pedido
Urgência (Liminar)
34278281 26/10/2015 15:05 online.html Intimação
34278312 26/10/2015 15:06 online.html Intimação
34278342 26/10/2015 15:06 online.html Intimação
34980571 17/11/2015 15:12 Substabelecimento - Débora Moreira Rodrigues.pdf Substabelecimento
34980572 17/11/2015 15:12 Procuração GI - Ruy Santos Tourinho - 02-06-2011.pdf Procuração
34980573 17/11/2015 15:12 Contrato consolidado digitalizado1.pdf Outros
34980574 17/11/2015 15:12 31º Alteração Contratual Indiana VeÃ-culos. lauro de Freitas Outros
digitalizado.pdf
34980575 17/11/2015 15:12 29º Alteração Contratual referente ao contrato consolidado.pdf Outros
34980576 17/11/2015 15:12 28° Alteração Contratual Indiana Veiculos.pdf Outros
34980577 17/11/2015 15:12 27° Alteração Contratual Indiana Veiculos. Alteração de Outros
redistribuição de cotas.pdf
34980578 17/11/2015 15:12 26 Alteração Contratual Indiana Veiculos. Contrato consolidado.pdf Outros
34980579 17/11/2015 15:12 OUU52654.pdf Outros
34980580 17/11/2015 15:12 OUU52653.pdf Outros
34980581 17/11/2015 15:12 OUU52652.pdf Outros
34980582 17/11/2015 15:12 OUU52651.pdf Outros
34980583 17/11/2015 15:12 sigawebprodutora.pdf Outros
34980584 17/11/2015 15:12 Procuração Juliana Dourado Loula Salum e Vinicius Dourado Loula Procuração
Salum.pdf
34980585 17/11/2015 15:12 JULIANA DOURADO LOULA SALUM X INDIANA.pdf Contestação
34980851 17/11/2015 15:16 ED- INDIANA X JULIANA DOURADO LOULA SALUM.pdf Petição
35079746 19/11/2015 15:56 Juliana Dourado Loula Saum - carta.pdf Outros
35079747 19/11/2015 15:56 Juliana Dourado Loula Saum - carta i.pdf Outros
35079748 19/11/2015 15:56 Juliana Dourado Loula Saum - Subs.pdf Substabelecimento
35079749 19/11/2015 15:56 KIT FORD.pdf Outros
35079750 19/11/2015 15:56 CONTEST_-_Juliana_Dourado_Loula_Saum.pdf Contestação
35080804 19/11/2015 16:10 Subs13610.pdf Substabelecimento
35080805 19/11/2015 16:10 SUBS FORD (3).pdf Substabelecimento
35080806 19/11/2015 16:10 Procuração (12).pdf Procuração
35098522 20/11/2015 09:39 termo.pdf Termo de Audiência
35149664 23/11/2015 10:32 online.html Petição
35149665 23/11/2015 10:32 Contrato Social - Buriti.pdf Outros
35155609 23/11/2015 11:44 BURITI_(AR...944AJ).pdf Citação
35155637 23/11/2015 11:44 FORD_(AR...958AJ).pdf Citação
35155721 23/11/2015 11:45 INDIANA_(AR...992AJ).pdf Citação
35948131 17/12/2015 11:46 0007786-22.2015.805.0110 - AR..155AJ.pdf Outros
35951081 17/12/2015 12:24 0007786-22.2015.805.0110 - AR..178AJ.pdf Outros
35951230 17/12/2015 12:27 0007786-22.2015.805.0110 - AR..221AJ.pdf Outros
35951492 17/12/2015 12:31 0007786-22.2015.805.0110 - AR..425AJ.pdf Outros
35951682 17/12/2015 12:35 0007786-22..2015.805.0110 - AR..456AJ.pdf Outros
35951970 17/12/2015 12:40 0007786-22.2015.805.0110 - AR..460AJ.pdf Outros
36151766 12/01/2016 08:43 online.html Conclusão
37005656 15/02/2016 15:18 Subs15016.pdf Substabelecimento
37005657 15/02/2016 15:18 SUBS FORD (3).pdf Substabelecimento
37005659 15/02/2016 15:18 Procuração (12).pdf Procuração
37005661 15/02/2016 15:18 instrumentos_ford - reduzido (3).pdf Outros
37005663 15/02/2016 15:18 Contestação Juliana.pdf Contestação
37015617 15/02/2016 17:21 Subs.pdf Substabelecimento
37015618 15/02/2016 17:21 Juliana Dourado Loula Saum - carta.pdf Outros
37015619 15/02/2016 17:21 Juliana Dourado Loula Saum - carta.ii.pdf Outros
37015620 15/02/2016 17:21 Juliana Dourado Loula Saum - carta.i.pdf Outros
37021702 15/02/2016 21:27 Contato com a ford por sistema.pdf Outros
37021703 15/02/2016 21:27 Ordem de servico com entrega do veiculo.pdf Outros
37021704 15/02/2016 21:27 Envio da peca.pdf Outros
37021705 15/02/2016 21:27 Notas fiscais da peca.pdf Outros
37021706 15/02/2016 21:27 CONTESTAÿÿO - Danos Morais e Materiais - Demora no serviço de Contestação
veÃ-culo em garantia.pdf
37021707 15/02/2016 21:27 Emails.pdf Outros
37034901 16/02/2016 10:06 Réplica - Juliana x Ford-Indiana-Buriti.pdf Petição
37034902 16/02/2016 10:06 ORDEM DE SERVIÿO DE REPARO DA TRANSMISSÿO.pdf Outros
37035257 16/02/2016 10:12 KIT FORD.pdf Procuração
37035258 16/02/2016 10:12 CONTEST_-_JULIANA_DOURADO_LOULA_SAUM.pdf Contestação
37051857 16/02/2016 14:24 Termo_de_Audiencia.pdf Termo de Audiência
38417856 29/03/2016 13:34 online.html Conclusão
39221058 09/05/2016 09:06 Comprovante pgto condenação.pdf Outros
39221059 09/05/2016 09:06 Planilha de cálculo.pdf Outros
39221060 09/05/2016 09:06 Pet.comp.pgto.condenação.pdf Petição
39468942 28/04/2016 11:36 Requer expedicao de Alvara - Juliana x Ford.pdf Petição
39832267 09/05/2016 09:01 online.html Certidão
39848541 09/05/2016 12:45 online.html Alvará
D ALUM
Advocacia Tributária e Direito Público

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL


CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ – ESTADO DA BAHIA.

JULIANA DOURADO LOULA SALUM, brasileira, enfermeira, carteira


de identidade RG nº 1252716974 - SSP/BA, inscrita no CPF sob o n°. 017.307.435-95 e
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM, brasileiro, advogado, carteira de identidade RG nº
07702095-21 - SSP/BA, inscrito no CPF sob o nº. 013.279.865-40, ambos casados entre si,
residentes e domiciliados à Rua José Bezerra Sobral, nº. 195, 1º Andar, Bairro Fórum, Irecê-
BA, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio dos advogados regularmente
constituídos mediante instrumento de procuração em anexo, com endereço profissional na
Rua Durval Soares (Praça João XXXIII), n°. 62, Sala 102, Centro, Irecê-BA, com
fundamento no artigo 186 do Código Civil, artigos 83 e 84, §3º, da Lei nº. 8.078/90, bem
como no artigo 273, I, do Código de Processo Civil, além das disposições da Lei nº.
9.099/95, propor a presente

AÇÃO INDENIZATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER


com pedido de Tutela Antecipada inaudita altera parte

contra a FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob o nº. 03.470.727/0004-73, com endereço à Avenida do Taboão, 899,
Bairro Rudge Ramos, São Bernardo do Campo-SP, CEP nº. 09.655-900; INDIANA
VEÍCULOS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº.
40.606.402/0003-10, com endereço à Av. Luiz Viana Filho (Av. Paralela), nº. 6750, Trobogi,
Salvador-BA, CEP nº. 41.820-021; e BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA.,
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 07.666.744/0005-12, com
endereço à Rodovia BA 052, Km 354, s/n, Irecê-BA, CEP nº. 44.900-000, pelos motivos de
fato e de direito adiante expostos.

_____________________________________________________________________________
Praça João XXIII, n. 62, sala 102. Irecê – Bahia. Tel.: (74) 3642.2036
douradoesalum@gmail.com
1

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34023456 - Pág. 1
Código de validação do documento: 4fe25b40 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
D ALUM
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I – DOS FATOS

Os Autores são proprietários de um veículo de passeio Ford Focus Sedan


2.0, cor branca, câmbio automático, placa policial OUU-5265, ano/modelo 2013 (DOC. 01).
Tal automóvel atualmente está com aproximadamente 31.000km rodados, e as três
primeiras revisões foram realizadas na concessionária Ford Indiana Veículos – Paralela, em
Salvador-BA (2ª Acionada). Cabe ressaltar que o referido bem se encontra dentro do
período de cobertura de garantia do fabricante, que é de 36 (trinta e seis) meses da
aquisição (consoante manual do proprietário - DOC. 02).

Sucede que, com apenas 01 (um) ano e 09 (nove) meses de uso, pouco
antes de completar os 30.000km rodados, e menos de 02 (dois) meses da última revisão
periódica (realizada no dia 16/07/2015), o veículo apresentou alguns sintomas de mau
funcionamento numa viagem de Salvador a Irecê, ocorrida no dia 29/08/2015.

Em pelo menos duas oportunidades, o câmbio começou a “patinar” entre a 3ª


(terceira) e a 4ª (quarta) marchas, momento em que a rotação do motor subia
assustadoramente, como se o carro ficasse em “ponto morto” e “indeciso” entre qual das
duas marchas engatar. Nas imediações da cidade de Morro do Chapéu-BA, o painel de
instrumentos acusou a mensagem “Transmissão Avariada”, forçando o condutor a parar.
Após 30 (trinta) minutos de transtorno e atraso, a mensagem sumiu e a viagem pôde
finalmente prosseguir até Irecê-BA.

Ao chegar à cidade de destino, o painel acusou a informação “Motor


Avariado”, quando o carro perdeu potência imediatamente. Por este motivo, o veículo foi
levado desde logo para a concessionária Ford Buriti (3ª Acionada). Após uma análise
bastante rápida, com a passagem do aparelho (computador), foi detectado alguns códigos
de erro do PCM – Powertrain Control Module (módulo de controle do trem de força) e TCM –
Transmisson Coltrol Module (módulo de controle da transmissão). Entretanto, o carro foi
liberado sob a alegação de que estava em perfeito estado, e as mensagens no painel
poderiam ser apenas o resultado de sujeira ou corrosão em algum fio ou componente do
módulo central (que envia mensagens ao computador de bordo).

_____________________________________________________________________________
Praça João XXIII, n. 62, sala 102. Irecê – Bahia. Tel.: (74) 3642.2036
douradoesalum@gmail.com
2

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34023456 - Pág. 2
Código de validação do documento: 4fe25b40 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
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Confiando nesta informação passada pelo setor de oficina da concessionária


Buriti (3ª Acionada), os Autores realizaram viagem em família no dia 05/09/2015 com destino
ao Vale do Capão (no município de Palmeiras-BA), a fim de aproveitar o “feriadão de 07 de
setembro”, conforme comprova confirmação de reserva do site Booking.com (DOC. 03).

ENTRETANTO, no meio da rodovia BA 432, próximo ao distrito de Salobro


(município de Canarana-BA), o painel de instrumentos novamente transmitiu a mensagem
de “Motor Avariado”, com o veículo perdendo potência no motor e culminando com o
acendimento da luz indicadora de mau funcionamento (LIM). Essa pane eletromecânica
obrigou os Autores a interromper imediatamente a viagem.

Os Autores acionaram o seguro, e o carro teve de ser guinchado, conforme


comprova a Guia de Reboque e as fotografias em anexo (DOC. 04). Não é despiciendo
ressaltar quanto transtorno esta ocorrência provocou nos Autores, assim como em toda a
família, que teve de ficar esperando pelo menos 04 (quatro) horas pela chegada do
caminhão guincho, expostos a perigo no acostamento e num posto de gasolina à beira da
rodovia, no calor causticante do sertão e com as duas filhas menores a bordo (Certidões de
Nascimento anexas – DOC. 05). Isto sem contar o risco de vida a que estava exposta toda a
família, já que a perda de potência poderia ter ocorrido no decorrer de uma ultrapassagem –
problema grave o suficiente para provocar um acidente de proporções fatais.

O veículo fora guinchado até a Oficina Check-up em Irecê, e posteriormente


removido para a concessionária Ford Indiana – Paralela, em Salvador (2ª Acionada). Uma
vez que a Ford negou o serviço de Táxi para fora do domicílio do consumidor, aduzindo,
igualmente, que tal serviço só é disponibilizado se o carro for guinchado pela própria Ford (e
não pela seguradora), o Autor teve de custear viagem de ônibus a Salvador no dia
08/09/2015 para resolver o problema do veículo junto à concessionária onde havia sido
realizada a última revisão periódica (passagem anexa – DOC. 06).

O carro chegou rebocado à referida autorizada no dia 09/09/2015


às 10:30hs (DOC. 07), e saiu somente no final do dia 11/09/2015 – quando foi
entregue (supostamente) consertado.

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Naquela oportunidade, o consultor técnico, Leandro Oliveira, o chefe de


oficina, de prenome “Jailson” e o funcionário então responsável pela gerência da oficina
(chamado Jurandir), confirmaram que o problema teria sido causado pelo “cabo de
aterramento da bateria”, que, por um “mau contato”, provocava o envio de “mensagens
falsas” ao painel de instrumentos.

Acreditando que o veículo de fato estava reparado, segundo o “diagnóstico”


fornecido e o “reparo” realizado pela 2ª Acionada, o Autor realizou viagem de volta a Irecê
no dia 12/09/2015. Todavia, logo ao chegar ao destino, novamente o automóvel começou a
dar sintomas de defeito no câmbio (um “tranco” ao engatar a marcha ré), aparecendo
novamente a mensagem de “Transmissão Avariada” no painel, seguida de “Motor Avariado”
(com perda de potência), até culminar com o acendimento da luz indicadora de mau
funcionamento (DOC. 08).

O veículo novamente fora levado à Ford Buriti em Irecê-BA (3ª Acionada) que
fez novos testes e informou a necessidade de trocar a CAIXA DE CÂMBIO (trocar a
transmissão), além da CAIXA DE DIREÇÃO, visto que – conforme relatado pelo Autor à
concessionária – o carro também começou a apresentar um barulho estranho na direção
(“treco, treco”) ao fazer curvas à direita. No entanto, a referida autorizada recusou-se a
realizar os serviços sob a alegação de que – apesar de a garantia estar ativa no sistema –
havia um “erro” referente à contabilização da terceira revisão (provocado pela 2ª Acionada)
que acabaria “bloqueando” o processo de garantia.

A 2ª Acionada, por sua vez, assumiu que havia cometido erros ao alimentar
as informações do veículo no sistema da Ford, mas que, no dia 10/09/2015 havia retificado
tais equívocos. Segundo o preposto Leandro Oliveira, a concessionária solicitou a retificação
por meio do protocolo CAF nº. 00793061, a ser implementado num prazo de 10 (dez) dias.
Bastaria, então, acompanhar o andamento do processo pelo telefone 0800 703 3673,
informando o número do CAF (sigla para Central de Atendimento Ford).

Diante da necessidade premente de conserto do automóvel, o Autor ligou


para a Central de Atendimento Ford no dia 24/09/2015, às 12:40hs., quando o atendente
confirmou que a garantia do veículo estava ativa, mas que a “validação” da última revisão
ainda estava em análise pelo setor competente.

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Sucede que, no dia 29/09/2015, o veículo novamente apresentou os mesmos


problemas, ficando com a luz indicadora de mau funcionamento (LIM) acesa, culminando
numa pane eletromecânica. Por este motivo, o Autor teve de solicitar o serviço de reboque
pela assistência 24h da Central de Atendimento Ford (0800 703 3673), recebendo o
seguinte número de protocolo de atendimento: 115343007. A atendente Léia acionou o
guincho, que levou o veículo da residência dos Autores para a concessionária Ford Buriti (3ª
Acionada) – conforme guia anexa (DOC. 09).

Na Buriti, mais uma vez o computador detectou os códigos de erro do PCM e


TCM, consoante fotografia anexa (DOC. 10), mas o Autor fora liberado ao argumento de que
deveria esperar a “validação” da última revisão no Sistema Ford para poder gerar a Ordem
de Serviço (OS) de reparo e troca de peças pela garantia (vide registro da garantia no
Sistema Ford – DOC. 11). Neste interstício, os Autores poderiam “rodar” com o veículo sem
problemas, desde que dentro da cidade.

No dia seguinte (30/09/15) o Autor entrou novamente em contato com a


Central de Atendimento Ford. O atendente de prenome Pedro confirmou que a garantia do
veículo estava ativa no sistema da fabricante, e que a “validação” da terceira revisão
ocorreria num prazo de 15 (quinze) dias úteis após o protocolo CAF nº. 00793061 (ocorrido
em 10/09/2015). Portanto, no dia 01/10/2015 expirou tal prazo de “validação”, e a situação
ainda não houvera sido regularizada.

No dia 07/10/2015, por volta das 09:30hs., mais uma vez o Autor ligou para o
0800 da 1ª Acionada, tendo sido informado pelo atendente Marcelo que o carro está na
garantia, e que a concessionária não poderia se recusar a realizar o serviço. Quanto ao erro
na contabilização da 3ª revisão, o atendente informou que a “validação” ainda estava em
processamento, mas que solicitara urgência e isto deveria ocorrer num prazo máximo de
24h (vinte e quatro horas). Tal solicitação recebera o número CAF 00836244.

Cabe ressaltar, Exa., o atraso injustificável da Fabricante e das


autorizadas em providenciar o conserto do automóvel, seja realizando reparos
ineficazes (caso da 2ª Acionada), seja impondo empecilhos ao conserto do automóvel
(caso de todas as Rés), sempre com a alegação de que o processo de garantia do
veículo precisava ser “atualizado” no sistema Ford – o que jamais ocorrera dentro
dos prazos informados ao consumidor.

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Tem-se, aqui, o chamado “jogo de empurra” das empresas Rés, na vã


tentativa de eximirem-se da responsabilidade diante do vício de qualidade do produto de
consumo durável.

Ora, neste mesmo dia, quando o Autor se deslocava do seu escritório


profissional para sua residência, o veículo voltou a apresentar os defeitos acima relatados
(que, ao que tudo indica, e conforme restará demonstrado mais adiante, são vícios de
fabricação), culminando com o acendimento da luz de mau funcionamento (LIM), motivo
pelo qual o carro novamente teve de ser rebocado para a concessionária Ford Buriti por
motivo de pane eletromecânica (DOC. 12).

A solicitação deste serviço de guincho recebeu o número de protocolo


115353673, gerado pela atendente Ângela, através da Central de Atendimento Ford (0800
703 3673).

Desde então (07/10/2015), o veículo encontra-se na oficina da


concessionária Ford Buriti - Irecê (3ª Acionada) para realização de diagnóstico e
reparo, tanto dos problemas relacionados ao câmbio/motor, quanto da caixa de
direção (O.S. anexa – DOC. 13), estando, finalmente, com a garantia “liberada” no
Sistema da Ford (DOC. 14). Todavia, já se passaram mais de 10 (dez) dias e o veículo
ainda está em “fase de testes”, sem que a concessionária fornecesse aos Autores
sequer o diagnóstico e muito menos um prazo para início e término dos serviços de
conserto do automóvel.

Ressalte-se que os Autores não possuem outro veículo, e dependem do


mesmo para todos os afazeres do cotidiano, como levar e trazer a filha na Escola, fazer a
feira em supermercado, para o deslocamento casa/trabalho, etc. No caso do Autor,
ademais, o referido veículo é utilizado para o exercício da atividade profissional (advocacia),
que constantemente requer o deslocamento para audiências, protocolos de petição, etc.,
não somente dentro da cidade de Irecê, mas igualmente em diversas Comarcas da
microrregião. Tal situação tem obrigado os Autores à situação desconfortável – e, por vezes,
vexatória – de andar em carro emprestado e em carro alugado de particular durante a
semana, bem como tendo de despender recursos com aluguel de veículo da Localiza no fim
de semana (DOC. 15).

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Isso porque a 1ª Acionada somente disponibilizou carro reserva pelo prazo


ínfimo de 03 (três) dias, conforme comprova o documento anexo (DOC. 16), alegando ser
cláusula contratual.

Enfim, diante dos incontáveis dissabores, aborrecimentos e transtornos


causados pelas Acionadas desde a aparição dos reiterados problemas no veículo
(29/08/2015) até a data de hoje (ainda sem qualquer solução), bem como dos prejuízos
morais e materiais decorrentes destes fatos, que culminaram, afinal, com a indisponibilidade
do automóvel e a ausência de previsão de sua entrega, não restou alternativa aos Autores
senão ajuizar a presente ação com vistas a minorar os efeitos de tais danos e buscar a justa
reparação dos mesmos.

II – DO DIREITO

De acordo com o que determina o Código de Defesa do Consumidor, em


especial seu artigo 18, caput:

Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não


duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que
se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as
variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a
substituição das partes viciadas. (grifamos)

O artigo 3º, por sua vez, inclui no conceito jurídico de “fornecedor”, todas as
pessoas físicas ou jurídicas “que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços” (grifos nossos). Neste sentido, as três empresas ora
acionadas são igualmente responsáveis pelos vícios apresentados no veículo de
propriedade dos Autores, tanto mais porque se trata de um bem durável que, com menos de
02 (dois) anos de uso, já veio a apresentar defeitos desta natureza (no conjunto
câmbio/motor, inclusive com perda de potência, e na caixa de direção), tornando-o – ainda
que provisoriamente – impróprio ou inadequado para o uso a que se destina.

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Nesta ordem de raciocínio, cabe destacar as características principais dos


chamados vícios de qualidade, conforme doutrina Plínio Lacerda Martins:

“a) a responsabilidade pelos vícios dos produtos e serviços


decorre da lei e tem caráter de ordem pública, não podendo ser
modificada por cláusulas contratuais que limitem ou restrinjam o seu
alcance;
b) os fornecedores de produtos duráveis ou não duráveis
respondem solidariamente pelos vícios apresentados pelos produtos
fornecidos aos consumidores;
c) a categoria dos vícios abrange não só os vícios ocultos que
podem ser descobertos pelo consumidor no momento da entrega da coisa,
mas também os chamados vícios de qualidade ou quantidade
decorrentes da disparidade com as indicações constantes do recipiente,
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária;
d) a ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por
inadequação dos produtos e serviços não o exime de qualquer
responsabilidade”1.

(grifos nossos)

No caso dos autos, cabe notar que os Autores constataram o defeito


relacionado à transmissão do veículo na viagem do dia 29/08/2015. Desde então, o
automóvel já passou 05 (cinco) vezes pelas oficinas autorizadas, sendo que, em 03 (três)
oportunidades, o carro teve de ser levado pelo serviço de guincho/reboque em função da
pane eletromecânica.

Já se passaram, portanto, mais de 50 (cinquenta) dias de idas e vindas às


concessionárias sem que o problema fosse solucionado! Note-se o absoluto descaso e
desrespeito por parte da Ford que, neste interstício, só forneceu carro reserva aos Autores
pelo prazo ínfimo de 03 (três) dias, sob a alegação de que se trata de cláusula contratual.

Desta feita, tem-se configurada a tentativa espúria das Rés de restringirem,


por meio de cláusula contratual, a responsabilidade pelo vício do produto que fabricaram e
colocaram no mercado. Ora, Exa., o CDC determina que o vício do produto deve ser sanado
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, caso contrário poderá o consumidor exigir, dentre
outras medidas, “a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas
condições de uso” (art. 18, §1º, inciso I).

1
MARTINS, Plínio Lacerda. Anotações ao código de defesa do consumidor: conceitos e noções básicas. 3 ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2005. p. 56-57.
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As Acionadas, no entanto, conforme dito alhures, desde o início tem criado


empecilhos à resolução do problema, ora fazendo “reparos” superficiais e/ou ineficazes
(como ocorrera na oficina da 2ª Acionada), ora se furtando de realizar imediatamente o
conserto do veículo – alegando, inclusive, a necessidade prévia de “atualização” da garantia
no Sistema Ford –, ou mesmo com a recusa em fornecer sequer um prazo para início e
término dos serviços (caso da 1ª Acionada) ou em disponibilizar um carro reserva como
forma de minorar os danos materiais e morais sofridos pelos Autores (caso da 1ª Acionada).

A omissão da 3ª Acionada quanto a fornecer um prazo para o conserto do


automóvel, aliás, constitui prática abusiva vedada pelo diploma consumerista (art. 39, XII,
CDC), além de representar uma violação direta ao artigo 40, caput, do Código de Defesa do
Consumidor: “O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento
prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos
serviços”.

Oportuna, na espécie, a advertência de Rizzatto Nunes, trazida à baila por


Plínio Lacerda Martins:

“Rizzatto ainda questiona que o prazo de trinta dias do §1º do art. 18 para
que o fornecedor sane o vício recomeça a contar toda vez que o
consumidor leva o produto para o conserto? Será que a lei, ao conceder
um prazo tão longo, ainda assim pretendia que ele pudesse prolongar-se
mais ainda? E pelo mesmo problema? O mesmo Rizzatto responde a
indagação afirmando que não! Pois o fornecedor não pode beneficiar-se da
recontagem do prazo de 30 (trinta) dias toda vez que o produto retorna
com o mesmo vício. Esclarece que se isso fosse permitido, o fornecedor
poderia, na prática, fazer um conserto superficial buscando assim
prolongar indefinidamente o prazo legal” 2. (grifamos)

É que a relação entre o consumidor e o fornecedor (de serviços ou de bens)


deve ser regida pelo princípio da boa-fé (art. 4º, III, CDC c/c art. 422, C.C.), de modo que,
havendo o rompimento deste dever de lealdade, com consequente dano a uma das partes,
surge o dever não somente de consertar o produto defeituoso posto no mercado como
também de indenizar o consumidor pelos prejuízos sofridos em razão do vício (seja ele
aparente ou oculto).

2
MARTINS, Plínio Lacerda. Anotações ao código de defesa do consumidor: conceitos e noções básicas. 3 ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2005. p. 63.
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In casu, ainda que o veículo em questão não estivesse coberto pela garantia
contratual (o que admitimos apenas para fins argumentativos), as Acionadas teriam (e têm)
o dever de consertá-lo sem custos para os Autores. Sobretudo porque prevalece o critério
de vida útil do produto, amplamente acolhido pela doutrina especializada e pelo STJ:

DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO


ESPECIAL. AÇÃO E RECONVENÇÃO. JULGAMENTO REALIZADO POR
UMA ÚNICA SENTENÇA. RECURSO DE APELAÇÃO NÃO CONHECIDO
EM PARTE. EXIGÊNCIA DE DUPLO PREPARO. LEGISLAÇÃO LOCAL.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280/STF. AÇÃO DE COBRANÇA AJUIZADA
PELO FORNECEDOR. VÍCIO DO PRODUTO. MANIFESTAÇÃO FORA
DO PRAZO DE GARANTIA. VÍCIO OCULTO RELATIVO À FABRICAÇÃO.
CONSTATAÇÃO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS.
RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR. DOUTRINA E
JURISPRUDÊNCIA. EXEGESE DO ART. 26, § 3º, DO CDC.
(...)
6. Os prazos de garantia, sejam eles legais ou contratuais, visam a
acautelar o adquirente de produtos contra defeitos relacionados ao
desgaste natural da coisa, como sendo um intervalo mínimo de tempo
no qual não se espera que haja deterioração do objeto. Depois desse
prazo, tolera-se que, em virtude do uso ordinário do produto, algum
desgaste possa mesmo surgir. Coisa diversa é o vício intrínseco do
produto existente desde sempre, mas que somente veio a se manifestar
depois de expirada a garantia. Nessa categoria de vício intrínseco
certamente se inserem os defeitos de fabricação relativos a projeto, cálculo
estrutural, resistência de materiais, entre outros, os quais, em não raras
vezes, somente se tornam conhecidos depois de algum tempo de uso, mas
que, todavia, não decorrem diretamente da fruição do bem, e sim de uma
característica oculta que esteve latente até então.
7. Cuidando-se de vício aparente, é certo que o consumidor deve exigir a
reparação no prazo de noventa dias, em se tratando de produtos duráveis,
iniciando a contagem a partir da entrega efetiva do bem e não fluindo o
citado prazo durante a garantia contratual. Porém, conforme assevera a
doutrina consumerista, o Código de Defesa do Consumidor, no § 3º
do art. 26, no que concerne à disciplina do vício oculto, adotou o
critério da vida útil do bem, e não o critério da garantia, podendo o
fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço largo de
tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual.
8. Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do
desgaste natural gerado pela fruição ordinária do produto, mas da
própria fabricação, e relativo a projeto, cálculo estrutural, resistência
de materiais, entre outros, o prazo para reclamar pela reparação se
inicia no momento em que ficar evidenciado o defeito, não obstante
tenha isso ocorrido depois de expirado o prazo contratual de
garantia, devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do
bem.
9. Ademais, independentemente de prazo contratual de garantia, a venda
de um bem tido por durável com vida útil inferior àquela que
legitimamente se esperava, além de configurar um defeito de
adequação (art. 18 do CDC), evidencia uma quebra da boa-fé objetiva,
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que deve nortear as relações contratuais, sejam de consumo, sejam de


direito comum. Constitui, em outras palavras, descumprimento do dever
de informação e a não realização do próprio objeto do contrato, que
era a compra de um bem cujo ciclo vital se esperava, de forma
legítima e razoável, fosse mais longo.
10. Recurso especial conhecido em parte e, na extensão, não provido.

(REsp 984.106/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA


TURMA, julgado em 04/10/2012, DJe 20/11/2012 – grifamos)

Por outro lado, uma vez que em razão dos problemas recorrentes
apresentados no veículo, o mesmo se encontra retido na oficina da 3ª Acionada desde o dia
07/10/2015 – sem que a referida concessionária sequer forneça uma previsão de tempo
para o reparo – impõe-se a obrigação das Acionadas de fornecerem um carro reserva para
os Autores, na forma dos julgados seguintes:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS


MATERIAIS E MORAIS. TUTELA ANTECIPADA. DISPONIBILIZAÇÃO
DE VEÍCULO RESERVA. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS.
MANUTENÇÃO. FIXAÇÃO DE ASTREINTE. CABIMENTO. DECISÃO
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Estando delineados, em sumária
cognição, os requisitos previstos no art. 273 do CPC, deve ser deferida a
antecipação dos efeitos da tutela. 2. Automóvel que, a despeito de ter
sido adquirido novo, vem reiteradamente apresentando defeitos na
caixa de direção, já substituída em duas oportunidades, conforme
relatório de oficina credenciada pela fabricante. Disponibilização de
carro reserva. Possibilidade. 3. A imposição de multa diária objetiva
assegurar o efetivo cumprimento da tutela antecipada concedida. 4.
Recurso desprovido. (TJPR - 10ª C.Cível - AI - 1324615-0 - Chopinzinho -
Rel.: Rodrigo Fernandes Lima Dalledone - Unânime - - J. 20.08.2015)

(TJ-PR - AI: 13246150 PR 1324615-0 (Acórdão), Relator: Rodrigo


Fernandes Lima Dalledone, Data de Julgamento: 20/08/2015, 10ª Câmara
Cível, Data de Publicação: DJ: 1659 30/09/2015)
........................................................................................................................

PROCESSUAL CIVIL. CONSUMIDOR. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


LIMINAR QUE INDEFERIU PLEITO AUTORAL. VEÍCULO NOVO (0
QUILÔMETRO) ADQUIRIDO COM VÁRIOS DEFEITOS. REITERADAS
IDAS DO VEÍCULO NOVO À CONCESSIONÁRIA PARA SANAR OS
DEFEITOS DE FABRICAÇÃO. NÃO RESOLUÇÃO DAS FALHAS.
PROVAS DEMONSTRARAM A VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES
E A FUMAÇA DO BOM DIREITO. PERIGO DE VIDA EM ANDAR COM
VEÍCULO QUEBRADO. CABIMENTO DA INSURGÊNCIA RECURSAL.
DISPONIBILIZAÇÃO DE OUTRO VEÍCULO "CARRO RESERVA" -
POSSIBILIDADE - VEÍCULO DE CATEGORIA IGUAL OU SUPERIOR -
PARA USO DO CONSUMIDOR AGRAVANTE ENQUANTO DURAR A
AÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. PRESENTES OS
REQUISITOS AUTORIZADORES DA CONCESSÃO DO PLEITO
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RECURSAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. - Relação


consumerista, na qual a parte ora Agravante adquiriu um veículo automotor
modelo New Fiesta 13/14, automático, zero quilômetros; Sérios problemas
apresentados pelo veículo em questão, aliado ao fato de que os defeitos
não foram sanados pelas demandadas. Responsabilidade solidária;
Prudente a disponibilização de outro veículo de igual ou superior
categoria àquele. Veículo objeto da ação deve ficar depositado em juízo;
Agravo de Instrumento conhecido e provido.

(TJ-PE - AI: 3852997 PE , Relator: Itabira de Brito Filho, Data de


Julgamento: 22/07/2015, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação:
04/08/2015)
........................................................................................................................
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESFAZIMENTO DE NEGÓCIO
JURÍDICO C/C REPARAÇÃO DE DANOS. DEFEITO EM VEÍCULO
NOVO. PLEITO DE DISPONIBILIZAÇÃO DE "CARRO RESERVA".
REITERADAS IDAS DO VEÍCULO NOVO À CONCESSIONÁRIA PARA
SANAR DEFEITOS DE FABRICAÇÃO DEMONSTRAM A
VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES INVOCADAS PELO
AGRAVADO. DESCABIMENTO DA INSURGÊNCIA RECURSAL. Uma vez
que demonstrada a verossimilhança das alegações que deram suporte
para a decisão de primeiro grau, quais sejam, as reiteradas vezes que o
veículo foi levado a conserto sem êxito, a antecipação da tutela concedida
nesta Corte é de ser mantida in totum. AGRAVO DESPROVIDO

(TJ-BA - AI: 00131091820138050000 BA 0013109-18.2013.8.05.0000,


Relator: Gesivaldo Nascimento Britto, Data de Julgamento: 22/10/2013,
Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: 13/11/2013)
........................................................................................................................

Bem móvel. Aquisição de carro novo. Alegação de defeitos no veículo.


Obrigação de fazer cumulada com reparação de danos materiais e morais.
Concessão de tutela para que as rés disponibilizem um veículo
reserva com as mesmas características daquele adquirido, antes das
transformações, no prazo de 20 dias para cumprimento da medida,
sob pena de multa diária. Elementos que prestigiam a convicção
provisória adotada. Presença dos requisitos e pressupostos da
antecipação da tutela. Recurso desprovido. Para a concessão de tutela
antecipada, é mister que os elementos e os pressupostos da tutela estejam
presentes de imediato. Bem por isso, existindo fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação, diante da alegação de defeitos no
veículo adquirido e que o tornam impróprio, mostra-se conveniente a
entrega provisória de outro veículo, com as mesmas características,
até a solução da lide ou de fato superveniente relevante.

(TJ-SP - AI: 20560043820148260000 SP 2056004-38.2014.8.26.0000,


Relator: Kioitsi Chicuta, Data de Julgamento: 03/07/2014, 32ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 03/07/2014)

(os grifos são nossos)

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Nesta matéria, cabe chamar a atenção deste d. Juízo para a nulidade da


cláusula contratual embutida no Manual do Proprietário (DOC. 02), concernente ao serviço
“Ford Assistance”, que limita o uso de veículo em substituição (o chamado “carro reserva”)
ao prazo ínfimo de 03 (três) dias. Trata-se de uma cláusula abusiva, sobretudo por atenuar a
responsabilidade do fornecedor por vício do produto (art. 51, I, CDC). E esta abusividade
contratual fora levada a efeito de maneira tão ardilosa que, inversamente ao que determina
o Código de Defesa do Consumidor, a Ford colocou em destaque (em CAIXA ALTA e em
NEGRITO) o serviço de veículo em substituição, mas depois mantém em letras menores a
limitação a este direito do consumidor, ressalvando que o prazo máximo de empréstimo é de
apenas 03 (três) dias.

De fato, tratando-se de um Contrato de Adesão, o CDC determina que “As


cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com
destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão” (art. 54, §4º). A empresa Acionada,
entretanto, como forma de seduzir e enganar o consumidor, redigiu o Manual do Proprietário
de maneira inversa ao que prevê o diploma consumerista.

Por fim, cabe ressaltar que, além de o veículo ainda ser novo e estar dentro
do prazo de garantia fornecido pela fabricante, as peças e/ou componentes danificados que
provavelmente deram origem às panes eletromecânicas no automóvel certamente não
podem ser consideradas de desgaste natural. Tanto a caixa de câmbio automático quanto a
caixa de direção hidráulica são peças herméticas que – salvo defeitos de fabricação – não
sofrem interferência de agentes externos.

Além disso, tudo leva a crer que tais defeitos – a par de terem se manifestado
no período de garantia contratual – são mesmo sérios vícios de fabricação do veículo. Com
efeito, apenas num único tópico aberto por um consumidor na rede social Facebook,
relatando à Ford Brasil exatamente o mesmo problema ocorrido no veículo dos Autores, é
possível acessar a manifestação indignada de dezenas de outros consumidores
prejudicados e lesados em decorrência do defeito no câmbio do Ford Focus (vide
documento anexo).

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Vejamos, por exemplo, o relato do consumidor Fernando Rodrigues, que


abriu a discussão em 12 de maio de 2012:

“Pessoal, Bom dia,


Alguém aí está tendo ou teve problemas com seu Focus do tipo
"MOTOR AVARIADO, TRANSMISSÃO AVARIADA" ?
Pesquisando na internet vi que não fui o único "premiado".
Tenho um Focus 2012 motor 2.0 16v Automático. O carro está com apenas
8.000 km.
Há alguns dias estava subindo a serra pela rodovia Imigrantes em São
Paulo, quando o carro apresentou essa mensagem no painel.
Do nada, rotação do motor subiu assustadoramente como se o carro
não soubesse qual marcha engatar, o carro apresentou a mensagem
de MOTOR AVARIADO e simplesmente DESLIGOU na pista da
esquerda dentro do túnel.
Isso poderia ter causado um grave acidente, colocando em risco a
vida da minha família.
O carro está pela 3ª vez na concessionária para resolução do problema
que até agora não foi descoberto.
Fica o alerta.
Abraços” (grifamos)

Este mesmo consumidor, no dia 05 de junho de 2013 responde ao


questionamento de outra proprietária de um Ford Focus, igualmente lesada pelo descaso da
fabricante em resolver o problema do câmbio. Informa o referido consumidor que o seu caso
foi resolvido através da troca de toda a transmissão do carro, e desabafa: “Parece que o
problema infelizmente é comum, embora seja um absurdo para um carro que custa tão
caro!”.

Numa rápida pesquisa efetuada no youtube.com, diversos proprietários de


Ford Focus já divulgaram vídeos relatando os problemas com a transmissão automática do
veículo, recebendo sempre o comentário de inúmeros outros consumidores indignados por
terem sido “premiados” (no sentido irônico) com o mesmo vício. No conhecido site Reclame
Aqui, igualmente encontramos quase uma dezena de reclamações relativas aos problemas
da caixa de câmbio do Ford Focus, bem como da caixa de direção.

O caso se tornou de tal modo comum que a reconhecida revista Quatro


Rodas publicou, em agosto/2012, uma reportagem, na coluna “Auto Defesa”, sobre os
problemas no câmbio do Ford Focus. Já recentemente, em fevereiro do ano corrente, o
mesmo periódico tratou dos problemas recorrentes na caixa de direção do referido
automóvel (vide anexos).

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Há até mesmo oficinas especializadas em câmbio automático


propagandeando na internet que já desenvolveram a solução para o problema do câmbio
automático 4F27E, que equipa o Ford Focus em comento. A empresa Automatik é exemplo
disso (vide anexo). De igual modo, a ATSG (Automatic Transmission Service Group),
empresa internacional líder no setor de transmissão automática (https://www.atsg.us/atsg/),
divulgou, em espanhol, um Serviço de Informação Técnica ensinando como corrigir uma
falha comum do referido câmbio da Ford (4F27E), consistente na “patinação” na 4ª marcha
depois que o veículo “esquenta” (veja anexo).

Enfim, a própria Ford já divulgou o Boletim de Serviço TSB 14-0002


(anexo), datado de 07/02/2014, que está diretamente relacionado aos problemas da
transmissão automática do Ford Focus, especialmente no que concerne à “patinação” entre
a 2ª e 3ª marchas ou entre a 3ª e 4ª marchas, conforme publicado no site internacional
http://recalltsb.com/. Portanto, trata-se de um problema de fabricação que – no nosso país, e
para o infortúnio dos consumidores brasileiros – não é tratado da forma devida pela
fabricante e suas concessionárias.

Portanto, não resta dúvida acerca da responsabilidade objetiva das


Acionadas no sentido de consertarem o veículo de propriedade dos Autores, bem como de
pagarem indenização pelos prejuízos (morais e materiais) que lhes foram causados,
conforme revela a seguinte ementa:

PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE ORIGAÇÃO DE


FAZER C/C DANOS MATERIAIS E MORAIS - DEFEITO DE
FABRICAÇÃO DE VEÍCULO - PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
PASSIVA REJEITADA - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBJETIVA
CONFIGURADA - APELO NÃO PROVIDO - RECURSO ADESIVO -
PEDIDO DE MAJORAÇÃO DOS DANOS MORAIS ACOLHIDO -
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS FIXADOS COM BASE
NA CONDENAÇÃO. 1. Em se tratando de vício do produto, a empresa
fornecedora pode ser demandada conjuntamente com o fabricante, já que
sua responsabilidade, nesta situação, é solidária, sendo, portanto, parte
legítima a figurar no pólo passivo da relação processual. Inteligência do art.
18 do CDC. Preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada. 2. Quanto à
responsabilidade civil, o fornecedor responde independente de culpa
por vícios de fabricação no produto, merecendo o respectivo reparo
ou, na impossibilidade deste, o fornecimento de produto novo com as
mesmas características. Responsabilidade Solidária e objetiva
reconhecida. 3. Considerando binômio de equilíbrio, deverá o julgador
fixar os danos morais em valor compatível com os danos sofridos, sendo
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suficiente para que este não gere enriquecimento ilícito à parte, bem como
impeça novas práticas abusivas. 4. Os honorários advocatícios
decorrentes da sucumbência deverão ser fixados com base na
condenação e não no valor atribuído à causa, mormente em razão de sua
liquidez, nos moldes do § 3º do artigo 20 do CPC. (TJ-PE - APL:
460075820078170001 PE 0046007-58.2007.8.17.0001, Relator: Agenor
Ferreira de Lima Filho, Data de Julgamento: 08/02/2012, 5ª Câmara Cível,
Data de Publicação: 31 – grifamos)

In casu, observe-se que, além dos prejuízos materiais decorrentes da


impossibilidade de utilizar o veículo – o que resultou, até o momento, em compra de
passagem de ônibus e aluguel de automóvel – as empresas Rés devem ser
responsabilizadas pelos danos morais. Para Maria Helena Diniz o dano moral “vem a ser a
lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocada pelo ato lesivo”
(Curso de Direito Civil, Volume VII, Ed. Saraiva, p. 71). O dano moral é todo aquele que não
causa reflexo patrimonial, mas atinge o patrimônio ideal da pessoa física ou jurídica.

A ordem jurídica não poderia admitir que os direitos integrantes da


personalidade da pessoa fossem atingidos impunemente. Nesta esteia, o Código Civil
prescreve o seguinte:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
........................................................................................................................
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.” (grifos nossos)

A doutrina ensina que, em se tratando de danos morais, é preciso abandonar


a ideia nitidamente patrimonialista existente na etimologia da palavra reparação. O que se
pretende é reprimir a ofensa, advertir e educar o ofensor, compensar o ofendido, criando
assim um clima de satisfação para a vítima. (vide Ramon Daniel Pizarro, Dano moral, p.
375). Na indenização do dano moral, adota-se como solução o processo de compensação
da perda advinda da lesão. O sentido almejado pela construção doutrinária assentou-se no
pressuposto de que é necessário compensar o lesionado através de um valor pecuniário, de
forma a aplacar o natural espírito de vingança presente em todas as vítimas oriundas de
ações delituosas. A fixação de uma verba indenizatória também representa a ideia de
penalidade e esta sanção decorre da violação de um dever jurídico.

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No caso em apreciação, deve-se arbitrar uma indenização razoável, para que


a requerida, diante do valor da indenização que deverá desembolsar, passe a respeitar o
direito e a honra do consumidor. Neste sentido, cabe destacar os inúmeros transtornos
causados pelas Acionadas, visto que, durante todo este período, os Autores tiveram
que rebocar o veículo por 03 (três) vezes, sendo que, numa dessas oportunidades,
tiveram que interromper uma viagem de lazer em família (no feriado de 07 de
setembro), sem contar os perigos a que estavam expostos viajando num veículo com
defeitos sérios na caixa de transmissão (parte do “trem de força”) e na caixa de
direção, com ocorrências de panes eletromecânicas que poderiam ter causado
acidentes de proporções fatais.

Ora, Exa., o ser humano possui interesse no uso e gozo dos bens da vida –
liberdade, privacidade, reputação, imagem, beleza, estética, saúde, prestígio, honra, bem-
estar, etc. – que são imprescindíveis à sua realização integral. A privação destes bens
constitui lesão da maior magnitude, na medida em que representam a razão maior da
existência da pessoa. Por este motivo, tais bens – inclusive o direito ao lazer – são tutelados
na própria Constituição (Art. 5º, X):

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
…....................................................................................................................
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.

A tese esboçada nesta peça, por derradeiro, encontra firme acolhida na


jurisprudência pátria, de que são exemplos os seguintes julgados:

COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. CONSTATAÇÃO DE DEFEITOS NO PRAZO DA
GARANTIA. ALEGAÇÃO DO AUTOR DE QUE A RÉ SE ESQUIVOU DE
REALIZAR O CONSERTO OU DE PAGAR O VALOR
CORRESPONDENTE. DESINCUMBÊNCIA PELO AUTOR DO ÔNUS DA
PROVA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO PELA RÉ DE FATO
IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR.
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SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. O autor logrou êxito


em demonstrar que os fatos se deram como narrado na sua petição
inicial. Deste modo, deve ser mantida a condenação imposta em
primeira instância, pois a ré não comprovou qualquer fato impeditivo,
modificativo, ou extintivo do direito do autor, conforme determina o artigo
333, inciso II, do CPC. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
INOCORRÊNCIA. O pedido de condenação da parte não pode ser
acolhido, visto não restar provada a má-fé da ré (que não se presume), ou
quaisquer das condutas descritas no artigo 17, do CPC.
(TJ-SP - APL: 990103076079 SP , Relator: Adilson de Araujo, Data de
Julgamento: 23/11/2010, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 25/11/2010)
…....................................................................................................................

APELAÇÃO. CONSUMIDOR. COMPRA DE VEÍCULO USADO. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAL. ALEGAÇÃO DE
VÍCIO DO PRODUTO. PERÍCIA NÃO REALIZADA. PROVA
DESNECESSÁRIA PARA CONVENCER O JUIZ DA VERACIDADE DOS
FATOS DEDUZIDOS. O AUTOR PRODUZIU OUTROS ELEMENTOS
PROBATÓRIOS CAPAZES DE DAR SUPORTE FÁTICO AO DIREITO
AFIRMADO. RECURSO PROVIDO. Dos elementos de prova trazidos
pelo autor, a exibição dos documentos trouxe convicção segura de
que os defeitos no veículo eram preexistentes à comercialização do
bem. APELAÇÃO. CONSUMIDOR. COMPRA DE VEÍCULO USADO.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAL. VÍCIO
DE QUALIDADE NÃO RESOLVIDO PELA VENDEDORA NO PRAZO DA
GARANTIA. CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENSEJA A INDENIZAÇÃO DA
CONSUMIDORA POR DESPESAS DIRETAMENTE DECORRENTES DO
DEFEITO ENCONTRADO E NÃO PELO DESGASTE NATURAL DO BEM.
DANO MORAL CONFIGURADO. ARBITRAMENTO INDENIZATÓRIO EM
R$ 15.000,00. RECURSO PROVIDO. 1.- A aquisição de veículo pelo
consumidor usado impõe ao comerciante a obrigação de disponibilizá-lo
em condição de uso igual aos semelhantes, observado, pelo comprador, o
desgaste natural de seus componentes. Isso pressupõe a obrigação do
vendedor de não entregar veículo com vazamento de óleo do câmbio e
peças automotivas danificadas que ofereçam risco ao regular
funcionamento do câmbio e motor, que deveriam ter sido reparados na
revisão para a entrega. A deficiência funcional trazida como decorrência
constitui vício de qualidade, ensejando, com isso, a devida compensação
financeira decorrente do não conserto até o termo da garantia contratual.
Pela situação fática apresentada, a medida judicial adequada impõe a
referida indenização pelo dano material diretamente ligado ao vício
apontado suportado pelo consumidor. 2.- Configurado o dano moral pelo
sofrimento impingido ao consumidor. O apelante recebeu informação
de ter sido feita revisão prévia, mas, ao que tudo indica, não
satisfatória. Mesmo com alegação de reparos no prazo da garantia, o
mecânico de confiança da apelada não resolveu o problema do
câmbio, do motor e vazamento do óleo, deixando o consumidor de
receber mais atendimento, o que o obrigou peregrinar posteriormente
para resolver o problema às suas expensas. Aflição e dor moral pelo
descaso. O arbitramento da verba indenizatória é consentânea com a

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peculiaridade do caso, observado o caráter dúplice: consolo à vítima e


prevenção de ações semelhantes pelo causador do dano.
(TJ-SP - APL: 267075020108260003 SP 0026707-50.2010.8.26.0003,
Relator: Adilson de Araujo, Data de Julgamento: 15/05/2012, 31ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação: 17/05/2012)
…....................................................................................................................

RECURSO INOMINADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E


MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. DEFEITO NO MOTOR DE
VEÍCULO. PROVA PERICIAL. DESNECESSIDADE. DEFEITO
CONSTATADO DENTRO DO PRAZO DE GARANTIA. INCIDÊNCIA DA
GARANTIA LEGAL. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO
MORAL CONFIGURADO. PEDIDO DE MINORAÇÃO DO QUANTUM.
IMPROCEDÊNCIA. DANOS MATERIAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA
MANTIDA. (...)
(TJ-PR - RI: 001814428201181600300 PR 0018144-28.2011.8.16.0030/0
(Acórdão), Relator: Leonardo Silva Machado, Data de Julgamento:
02/03/2015, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 23/03/2015)
…....................................................................................................................

CONSUMIDOR. VÍCIO DO PRODUTO. AQUISISÇÃO DE MOTOCICLETA


ZERO QUILOMETRO. VEÍCULO QUE APRESENTOU DIVERSOS
DEFEITOS DENTRO DO PRAZO DE GARANTIA. DIREITO À
SUBSTITUIÇÃO PRETENDIDA. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS,
NO CASO CONCRETO. PRELIMINARES AFASTADAS. (...) 3.
Evidenciado o vício no produto, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha, a substituição do produto por outro
da mesma espécie, em perfeitas condições de uso, ou a restituição
imediata da quantia paga, como corretamente reconhecido na
sentença, em atenção ao disposto no art. 18, § 1º, do Código de
Defesa do Consumidor. 4. Danos morais configurados com base no
descaso com que o autor foi tratado pela empresa demandada, que
ignorou as diversas tentativas de solução da parte do autor e não
resolveu os problemas apresentados pela moto. 5. Quantum
indenizatório que não comporta redução. Sentença mantida. RECURSO
DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004032355, Terceira Turma Recursal
Cível, Turmas Recursais, Relator: Luís Francisco Franco, Julgado em
14/03/2013)
(TJ-RS - Recurso Cível: 71004032355 RS , Relator: Luís Francisco Franco,
Data de Julgamento: 14/03/2013, Terceira Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 18/03/2013)
…....................................................................................................................
AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO. FUNGIBILIDADE. RECURSO
CABÍVEL DE AGRAVO LEGAL. AÇÃO REDIBITÓRIA. VEÍCULO COM
DEFEITO. PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA,
ILEGITIMIDADE PASSIVA, FALTA DE INTERESSE DE AGIR E
DECADÊNCIA AFASTADAS. RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO. DANO
MORAL. CABIMENTO. (…) 3. Todos os vícios ocultos que apareceram ao
longo do tempo foram protestados e encaminhados à apelante para
conserto, dentro do prazo decadencial. Portanto, a cada novo defeito
exteriorizado, iniciava-se um novo prazo decadencial, de forma que a
aferição da tempestividade deve ser analisada com base no último defeito
apresentado. 4. O consumidor poderá exigir a substituição do produto ou a
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restituição do valor pago, nos casos de defeito de fabricação do bem que


se encontra dentro do prazo de garantia. (art. 18 do CDC) 5. A aquisição
de veículo para uso pessoal que, em virtude da existência de vícios
ocultos, tem seu uso inviabilizado e passa a enfrentar transtornos,
não há como se negar a existência de danos morais, sobretudo
porque tal situação merece total censura e reprovação, devendo ser
reprimida pelo Judiciário. 6. Recurso não provido. Decisão Unânime.

(TJ-PE - AGR: 2758803 PE , Relator: Stênio José de Sousa Neiva Coêlho,


Data de Julgamento: 06/10/2015, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação:
15/10/2015)
(os grifos são nossos)

III – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Do exposto, requerem os Autores, com base nos artigos 273, I, do Código de


Processo Civil e 84, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor, o deferimento da
ANTECIPAÇÃO PARCIAL DOS EFEITOS DA TUTELA FINAL, “inaudita altera parte”, para
DETERMINAR que as empresas Rés, às suas expensas, disponibilizem aos Autores, no
prazo máximo de 48 (quarenta e oito horas), um carro reserva da mesma
espécie/modelo/categoria do veículo a ser reparado, ou de categoria superior, durante o
lapso de tempo necessário ao conserto do automóvel de propriedade dos Autores (Ford
Focus sedan, 2.0, automático), sob pena de multa diária a ser fixada por V. Exa., na forma
do § 3° do artigo 273 do CPC e § 4º do artigo 84 do CDC, afastando, por conseguinte, a
cláusula contratual abusiva que limita o fornecimento de veículo reserva pelo prazo de
apenas 03 (três) dias, conforme serviço “Ford Assistance” do Manual do Proprietário.

No presente caso, a prova inequívoca exigida pelo diploma processual, que,


quando analisada em conjunto com o requisito da verossimilhança da alegação, conduz à
configuração de “probabilidade” de concessão da prestação jurisdicional ao final
requerida (ou “fumus boni juris”), decorre dos fatos narrados no decorrer da presente peça,
que evidenciam o descaso das Acionadas quanto a reparar os vícios de qualidade do
produto (veículo dentro do prazo de garantia). Tudo isso conforme fazem prova pré-
constituída os documentos juntados desde logo à exordial do presente feito.

De outro lado, note-se que a exigência do fundado receio de dano


irreparável ou de difícil reparação configura-se nitidamente na medida em que os Autores
já se encontram privados da utilização do bem, dificultando e/ou limitando a atuação
profissional de cada um e a rotina do lar, visto que – conforme dito – o referido automóvel

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para todos os afazeres do cotidiano, como levar e trazer a filha na Escola, fazer a feira em
supermercado, para o deslocamento casa/trabalho, etc. Vale destacar que, em razão do tal
defeito, os Autores tiveram que passar por constantes transtornos e dissabores, ficando “no
prego” por 03 (três) vezes num curto espaço de tempo, encontrando-se, neste momento,
privados do uso do automóvel sem que a concessionária forneça sequer um prazo para
início e término dos serviços em garantia. Ademais, durante todo este período, a
Fabricante só disponibilizou carro reserva pelo prazo exíguo de 03 (três) dias,
forçando os Autores a terem de passar pela situação vexatória de pedir carro
emprestado (ou alugá-los) de amigos, ou despender recursos com locação de veículo
na Localiza.

Ora, Exa., caso os Autores tenham de aguardar por uma sentença de mérito
ao final da ação, sofrerão até lá danos irreparáveis, comprometendo assim a eficácia da
prestação jurisdicional, no tocante ao desiderato de propiciar uma justa guarida ao direito do
consumidor. A disponibilização do carro reserva, portanto, constitui uma medida
tendente a minorar os danos já sofridos pelos Autores até o presente momento.

Por fim, note-se que, neste caso, o risco do processo deve correr à conta das
empresas fornecedoras, notadamente diante da capacidade econômica de todas elas,
sobretudo em comparação com a dos Autores.

IV. DO PEDIDO FINAL

ANTE O EXPOSTO, os Autores requerem a Vossa Excelência:

1º. Inicialmente, que seja deferida a TUTELA ANTECIPADA, determinando que as


empresas Rés forneçam carro reserva aos Autores, nos termos acima articulados;

2º. a citação das Rés, nas pessoas dos seus representantes legais, com endereços
indicados na qualificação, nos termos do art. 18, inciso II, da Lei 9.099/95, sob pena de
confissão e revelia;

3º. que seja deferido o benefício da INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA em favor dos
Autores, conforme estabelecido no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do
Consumidor; e

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4º. por fim, que seja concedida a tutela jurisdicional definitiva, confirmando os efeitos da
tutela antecipada eventualmente deferida, para: A) DETERMINAR que as empresas
Acionadas forneçam, às suas expensas, um CARRO RESERVA da mesma
espécie/modelo/categoria do veículo a ser reparado, ou de categoria superior, durante o
lapso de tempo necessário ao conserto do automóvel de propriedade dos Autores (Ford
Focus sedan, 2.0, automático), DECLARANDO a nulidade da cláusula contratual abusiva
que limita o fornecimento de veículo reserva pelo prazo de apenas 03 (três) dias, conforme
serviço “Ford Assistance” do Manual do Proprietário; B) CONDENAR as Acionadas a
pagarem em favor dos Autores a importância de R$ 1.357,19 (mil trezentos e cinquenta e
sete reais e cinquenta e nove centavos) pelos DANOS MATERIAIS, equivalentes aos
custos despendidos, até então, com passagem de ônibus e aluguel de veículos de particular
e da Localiza, sem prejuízo dos demais prejuízos que vierem a ocorrer no decorrer da
presente ação; C) CONDENAR as Acionadas em indenização por DANOS MORAIS em
valor equivalente a 30 (trinta) salários mínimos; e D) por fim, condenar as Acionadas no
ônus da sucumbência, como o pagamento de custas e honorários advocatícios à razão de
20% do valor da condenação.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,


mormente a juntada de documentos, o depoimento das partes e a oitiva de testemunhas.

Dá-se à causa o valor de R$ 24.997,19 (vinte e quatro mil, novecentos e


noventa e sete reais e dezenove centavos).

Nestes termos,
pede deferimento.
Irecê-BA, 19 de outubro de 2015.

Vinícius Dourado Loula Salum


OAB/BA nº. 27.313

Fernando de Paiva Loula Dourado


OAB/BA n°. 24.152

_____________________________________________________________________________
Praça João XXIII, n. 62, sala 102. Irecê – Bahia. Tel.: (74) 3642.2036
douradoesalum@gmail.com
22

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Novo Ford Focus - alerta de "motor


avariado"
Ford

Rio de Janeiro - RJ Terça-feira, 23 de Outubro de 2012 - 10:47

Sou morador do Rio de Janeiro - RJ e tenho um Ford Focus GLX 1.6 Sigma hatch 10/11. Há algum
tempo, sofro com um problema que parece não haver solução. Há cerca de 1 ano, apareceu uma
mensagem no computador de bordo de "motor avariado". Imediatamente encostei o carro, liguei para a
Ford e fui orientado a ligar o veiculo e observar se a mensagem se mantinha. Prossegui com a orientação
e a mensagem não ocorreu. Nos dias seguintes, a mensagem começou a ser frequente, e tinha que encostar
o carro, desliga-lo e liga-lo novamente. Não há perda de força, ruídos estranhos, etc; não há um contexto
para surgir, como uma retomada, trabalho excessivo do motor, marcha lenta; surge a qualquer hora, até
mesmo apenas girando a chave, sem ligar o motor. Procurei 3 concessionarias e a resposta era a mesma:
"vamos reiniciar o sistema, e o Sr observa se vai continuar". Sempre continuou! Até que um dia, a

1 de 7 18/10/2015 10:32

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concessionaria Superfor do bairro Maracana (RJ), trocou


o sensor do acelerador e o problema foi resolvido. Após 6
meses, mesmo alerta. Voltei á minha peregrinação nas
concessionarias e era sempre o mesmo papo de reiniciar o
sistema e observar; 100 metros fora da concessionaria e
lá vinha o alerta. Entrei em contato com a Ford, relatei o
problema e levei o carro novamente à Superfor do
Maracana. Foi trocado o sensor EPC e, no dia seguinte,
"motor avariado". Estou cansado, frustrado com a Ford e
com meu carro. Hoje ele está com cerca de 33500Km
rodados, todas as revisões feitas em concessionarias,
inclusive a última, realizada há 4 semanas, na
concessionaria Besouro - Ilha do Governador, onde
relatei o problema (novamente não resolvido) e gastei quase R$ 1000,00 com itens básicos. Nessa ultima
revisão, contatei novamente a Ford e informei a persistência do problema e a minha insatisfação com a
situação. Disseram que acompanhariam de perto o caso. Resultado: nenhum contato de volta e problema
mantido. Hoje me sinto com várias questões a resolver:

1- Tive que aprender a conviver com isso. Sou médico, atarefado, dependo do carro e não tenho tempo de
viver em autorizadas.

2- Quando for vendê-lo, quem vai querer comprar um carro com esse alerta de motor avariado?

3- Como vou poder confiar e saber se há de fato um problema, ou é o "motor avariado" de rotina?

Pesquisando na internet, encontrei um relato num famoso site de vídeos, intitulado "focus - problema sem
solução.mp4", onde várias pessoas comentam o mesmo problema. Entre os comentários, há um relato de
um funcionário de um porto que manobra os Focus vindos da Argentina, dizendo haver o alerta de "motor
avariado" em 50% dos carros.
Enviei um relato semelhante a uma revista especializada em carros que possui uma coluna que relata os
problemas não resolvidos dos proprietários. Espero que o assunto seja resolvido. Desde já, muito
obrigado pela atenção.

Att,
Breno Matos
Avise outros consumidores:

2 de 7 18/10/2015 10:32

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Nilson Reis · Works at Petrobras


Pessoal o meu estava assim troquei as bobinas e velas dai parou.
Like · Reply · Feb 9, 2015 5:29am

Luciano Neto · Salvador, Brazil


Pessoal. Fui o mais novo premiado. Meu carro é de 2012, versão 1.6 manual. Agendei a retirada do carro
pela Ford amanha pois o mesmo ainda esta na garantia
Like · Reply · Oct 23, 2014 5:40pm

Vitor Hugo Rinaldini Guidotti · Universidade Federal UFGD


Acabou de acontecer isso com o meu veículo - Focus 1.6 hatch 10/11 - e por curiosidade resolvi pesquisar
na internet. O relato de vocês já me assustou muito! Verei o que ocorrerá...
Like · Reply · 2 · Apr 15, 2014 9:41pm

Flávia Moresco · Ponta Grossa State University


Achei que fosse a única a ter esse problema! Tenho um Focus 2.0 2013, tem exatamente 1 ano de uso, e
pouco mais de 8mil km... Depois de uns 3 meses de uso, bateram na minha traseira e levei a uma oficina de
confianca para trocar o pára-choque traseiro. Ok, Assim que voltou da oficina, comecou a apontar ''motor
avariado'', o que me levou a pensar que foi algo feito pelo mecanico. Levei na autorizada da Ford, que
alegou exatamente isso: o mecanico havia feito algo ''errado'' que culminou nesse problema de ''motor
avariado''. Meu carro ficou 2 meses na Ford, entre pedidos e encomendas de DOIS MÓDULOS, um
custando 1mil e pouco, e outro 3mil e pouco, que logicamente foi custeado pelo mecanico da oficina, o qual
acusei pelo erro. Feito isso, achava ter solucionado todos os meus problemas, nao fosse poucos meses
depois, quando comecou a aparecer ''motor avariado'' mais frequentemente, com perda total da potencia e
velocidade do carro ( se estava a 90,100km/h, reduzia do nada a 40 e nao passava disso). Hoje, 1ano após
comprá-lo, ao mandar novamente para a revisao e pedir para rever essa questao do ''motor avariado'', além
de CBE e luz de ré que nao estavam funcionando. Voltou da revisao sem o CBE funcionar, mandei de novo
pra Ford. 4 dias depois fui buscar, o CBE funcionava e a luz de ré naao. Deixei la para arrumar DE NOVO. 3
dias depois fui buscar: CBE OK, LUZ DE RÉ OK, fui dar partida no carro: MOTOR AVARIADO. Fui embora
indignada, e voltei hoje para falar com os gerentes, pedindo uma providencia, uma solucao final, ainda que
eles aleguem que esse problema é decorrente da batida no carro há quase 1 ano atrás ( a qual eles me
liberaram o carro em perfeitas condicoes, e mantendo a garantia). Hoje, vendo esse post e todos os
comentários, vejo que estou em completa razao, nao me devendo sentir nem um pouco culpada pelo
ocorrido. Sem falar no péssimo servico, por ultimo, quando liguei o carro e dava esse alerta, o gerente abriu
o capo na hora, e alegou que era um chicote oxidado, : perguntei COMO NAO ABRIRAM O CAPO
DURANTE A REVISAO?
É um absurdo! Sem falar que todas as 3 ultimas vezes que eu ia buscar o carro, era porque eles me
ligavam, dizendo que estava TUDO OK!
É frustrante comprar um carro caro, de bom padrao, e em menos de 1 ano dar tantos problemas, e nenhum
ser solucionado!
Like · Reply · Apr 9, 2014 2:58pm

Lucas Silveira Tavares · UFLA - Universidade Federal de Lavras


Eu tenho um focus ghia 2.0 2009 manual, e já está com 100.000km, difícil alguém judiar tanto do carro como
eu, só ando chutado em alta rotação, e sempre pego estrada de terra. Os problemas do carro que tive são:
barulho na roda direita, que parecia amortecedor, mas era o coxim superior direito do motor, que moeu.

3 de 7 18/10/2015 10:32

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Comentários (7)

NILSON GONÇALVES VIEIRA 21/01/2015 22:18

Estou também um Focus que comprei na Concessionário Mega Veiculos em Porto Velho e está
com mesmo problema, motor avariado e aceleração reduzida. O carro já foi por diversas vezes
para concessionário e eles não conseguem detectar o problema, inclusive meu carro já foi por
quatro vezes a mesma concessionária e até hoje dia 21/01/2015 o carro se encontra lar. A Ford
alugou um carro por 5 dias e cada dia se prolonga o problema. Estou muito chateado como todos
estão com a Ford. Vou procurar resolver o problema via judicial.

Abraços

Nilson Vieira

Joel Gomes Soares 16/01/2015 15:53

Joel Gomes Soares

15/01/2015 15:45

boa tarde,no dia 12/01/2015 liguei (0800 703 3673) central de assistencia ford, e falei com o sr
Zumiro que me atendeu super bem relatei a ele tudo que tinha ocorrido com meu focus sedam
glx 16v 2012/13 a mensagem de motor avariado e tambem a de cambio avariado e todo o
transtorno que tive estando em viagem com a familia em férias,protamente o sr Zumiro me
passou o codigo de autorização de garantia e comuniquei aos meus patrões que me deram o dia
14/01/2015 de folga para resolver a questão,como o carro estava em japeri no rio de janeiro e
moro e trabalho no guaruja providenciei o aluguel de um carro na localiza e no dia 13/01/2015 as
17h e retirei o carro na localiza aqui no centro de guaruja e segui viagem imediatamente para o
rio de janeiro chegando em japeri por volta de 0 horas descansei um pouco e as 06 horas e 30
minutos peguei o veiculo focus com defeito e me dirigi para a concessionaria BESOURO em
nova iguaçu rj chegue por volta das 7 horas na referida concessionario e aguardei o inicio do
expediente e assim fui o promeiro criente do dia 14/01/2015 e fui atendido pelo consultor fabio,o
juliano responsavel pela oficina e o mecanico toledo todos já conhecia a historia do carro pois já
havia levado varias vezes o veiculo lá mais agora com o codigo da garantia que o sr Zumiro me
passou e eles tambem constataram as mensagens motor avariado e cabio avariado fui atendido
fizeram a ordem de serviço assinei e avisei ao fabio e ao juliano que estaria retornando ao
guaruja e o meu pai que mora em japeri estaria acompanhando o andamento e qualquer coisa o sr
zumiro deveria ser avisado para entrar em contato comico no guaruja sp.bom sai da
concessionaria e iniciei o meu retorno as 11 horas para o guaruja sp onde cheguei as 16h58m e
imediatamente devolvi o carro alugado e paguei as taxas combinadas agora estou trabalhando
para compensar o dia que os patrãos liberaram para resolver e aguardando a conclusão do
conserto do meu veiculo assim que tiver noticias volta a fazer os comentarios aqui.
Joel Gomes Soares!

4 de 7 18/10/2015 10:32

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Joel Gomes Soares 16/01/2015 15:46

boa tarde eu tenho um focus e estou com o mesmo problema

focus sedam 2.0 glx 16v 2012/13

Ford

Guarujá - SP Domingo, 11 de Janeiro de 2015 - 18:47

BOA TARDE, VENHO ATRAVÉS DESTA RELATAR QUE NO DIA 06/12/2014 ESTANDO
EM FERIAS SAI COM O MEU VEICULO FOCUS GLX AUTOMATICO ANO 2012/13 DE
GUARUJA SP PARA JAPERI RJ E QUANDO ESTAVA SUBINDO A SERRA DE MOGI O
VEICULO APRESENTOU UMA MENSAGEM NO PAINEM MOTOR AVARIADO
ENCOSTEI O VEICULO POIS NÃO QUERIA AGRAVAR O PROBLEMA AO ENCOSTAR
A MENSAGEM MUDOU AUTOMATICAMENTE PARA COMBIO AVARIADO DESLIGUEI
O NESNO E DEPOIS DE 20 MINUTOS A MENSAGEM SUMIU E O VEICULO VOLTOU A
FUNCIONAR NORMALMENTE E FOMOS ADIANTE APÓS 10 KM O MESMO DEFEITO
OCORREU PAREI DENOVO E DEPOIS DE ALGUNS MINUTOS VOLTOU AO NORMAL
MAIS DURANTE A VIAGEM O VEICULO FICAVA ACELERANDO SOZINHO LEVANDO
O CONTA GIRO ATÉ O LIMITE TIVE QUE FAZER UMAS 10 PARADAS PARA PODER
CHEGAR AO NEU DESTINO FINAL.
NO MESMO DIA PROCUREI UMA CONCESSIONARIA FORD E ENCONTREI EM NOVA
IGUAÇU NA RODOVIA PRESIDENTE DUTRA LEVEI O REFERIDO VEICULO LA E
PEDI QUE PASSASEM O PROGRAMA DA FORDE PARA DIAGNOSTICAR O DEFEITO
PARA MINHA SURPRESA NADA FOI CONSTATADO SEGUNDO O CHEFE DA OFICINA
DA CONCESSIONARIA BESOURO O CARRO ESTAVA NORMAL,AGRADECI A ELE E
SAI COM O VEICULO QUE PARA MINHA SURPRESA DEU O DEFEITO A 5 KM DA
CONCESSIONARIA ESPEREI UNS MINUTOS E A MENSAGEM SUMIU ENTÃO
RETORNEI A CONCESSIONARIA E O MESMO CHEVE PASSOU DENOVO O
PROGRAMA E NADA ACUSOU ELE TROCOU O OLEO DA CAMBIO PAGUEI QUASE
1000,00 NO DIA SEGUINTE PEGUEI O CARRO POIS TINHA QUE RETORNAR AO
GUARUJA E QUANDO CARREGUEI O VEICULO E FUI PARA A ESTRADA QUANDO
PASSAE O PEDAGIO ANTES DA SERRA DAS ARARAS O VEICULO PAROU E
APRESENTOU A BENDITA MENSAGEM DESLIGUEI ESPEREI E DEPOIS DE UM
LONGO PERIODO PARADO NA RODOVIA O VEICULO FUNCIONOU NAVAMENTE E
EU RETORNEI A JAPERI NO RJ, COMO TIN HA QUE RETORNAR AO TRABALHO NO
DIA SEGUINTE DEIXEI O FOCUS NA GARAGEM E FUI A LOCALIZA EM NOVA
IGUAÇU DE ONIBUS E ALUGUEI UM VEICULO PARA RETORNAR AO GUARUJA SP E
DEVOLVELO NO MEU DESTINO LÁ SE VAI MAIS 800,00 E FIQUEI COM A SENSAÇÃO
DE IMPOTENCIA ESTOU TRABALHANDO MUITO E NESTA TERÇA FEIRA DIA 13
VOU ALUGAR UM VEICULO NA LOCALIZA GUARUJA SP PARA IR ATÉ O RIO DE
JANEIRO PEGAR O FOCUS LEVAR NA CONCESSIONARIA BESOURO VEICULOS E
DEIXAR O MESMO LÁ E VOLTAR COM O VEICULO ALUGADO E DEVOLVER NA

5 de 7 18/10/2015 10:32

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QUARTA FEIRA DIA 14 POIS TRABALHO NA QUINTA BEM SCEDO E OS MEUS


PATRÕES NÃO ME DERAM MAIS NENHUM DIA PARA PODER FICAR NO RIO DE
JANEIRO PARA ACOMPANHAR A SOLUÇÃO DESTE CASO ESPRO QUE A FORD NÃO
ME DESAPONTE MAIS UMA VEZ E JÁ VI NA INTERNET QUE O QUE ESTA
ACONTECENDO COMIGO TAMBEM ESTA ACONTECENDO COM CENTENAS DE
CLIENTES!

Gilberto Cesar Tavares 26/05/2014 19:42

O meu é um focus 2,0 10/11, descobriram na CSS que o módulo que veio no meu carro é para o
1,6 (código AM5512a650JD) A PRÓPRIA fORD INDICOU INSTALAR AGORA O MODULO
CORRETO PARA O CARRO 2.0 (AU7512A650CB), me deu a garantia estendida.
SUGIRO que peçam para confirmar o código de todas as peças do carro.

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CÂMBIO AUTOMÁTICO FORD FOCUS


NÃO FUNCIONA (NAVESA NÃO
RESOLVE NADA)
Grupo Navesa

São Paulo - SP Segunda-feira, 29 de Setembro de 2014 - 13:23

Possuo um Ford Focus 2.0 GLX automático, fabricado em 07/2012, ou seja, ainda na garantia dos 3 anos,
pois bem, o carro tem 2 anos de uso e 40000km, acontece que estou com um grande problema no câmbio
automático e estou tentando resolver há mais de 2 meses, isso mesmo, mais de 2 meses para resolver um
problema em um carro que ainda se encontra em garantia, levei o carro no dia 28/07/14 ás 8:26 onde foi
aberta a OS 22921, com o problema de que o carro não estava ou melhor continua sem trocar as marchas
corretamente, até então tudo bem pois na minha cabeça era um problema do qual seria consertado, e nem
fiz reclamação na central da Ford, esperei 10 dias e tive meu carro de volta, com a nota fiscal N 10743 do

1 de 5 18/10/2015 10:40

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conserto em garantia, más só esta escrito isso, ou seja


nem sei o que foi feito no carro, ai começaram os
problemas, andei no carro e não estava totalmente
consertado, continuava com problemas, e agora além dos
problemas vazava óleo da caixa de câmbio, no dia
26/08/14 ÁS 09:09 voltei na concessionária Ford Navesa,
unidade Jurubatuba, com a OS 23842 e me disseram que
iam pedir a peça e que não havia qualquer problema
andar com o carro vazando óleo, questionei sobre isso
más me disseram para ficar tranquilo que não tinha
problema algum, passaram-se alguns dias, o carro
continuou com problema de marcha e vazando óleo, no
dia 05/09/14 quebrou no meio da rua, o computador de
bordo alertando ?AVARIA DE MOTOR? e ?AVARIA DE TRANSMISSÃO?, chamei o guincho da Ford,
e fiz uma reclamação, o protocolo é ?CAF00169266?, tornei a deixar o carro na concessionária com a OS
24259 ás 10:20, mais 10 dias sem o carro, conforme as regras de garantiam me foi fornecido um carro
reserva durante 6 dias, dessa vez nem nota fiscal me foi emitida, não tenho ideia do que foi feito com meu
carro durante mais essas férias em um tal de PÁTIO PAULICÉIA onde mandam os carros com problema,
enfim peguei o carro novamente e parecia que tinham PIORADO, exatamente isso ACABARAM COM O
RESTO DO CÂMBIO, estava pior, o carro a todo momento parava por causa do computador de bordo,
dando tranco, errando marchas, liguei novamente na central da Ford, no dia 20/09/14 fiz a reclamação
número ?CAF00198222?, como de final de semana a oficina não trabalha programei o carro para ser
guinchado novamente na segunda feira, dia 22/09/14 ás 10:22 onde deu entrada novamente na FORD
NAVESA, unidade Jurubatuba, com a OS. 24823, até hoje dia 29/09/14 na
Avise outros consumidores:

2 de 5 18/10/2015 10:40

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Carlos Marques Garrafao Garrafao · Marins A de Camargo C e Dr. e F Med Prof


tenho um focus 2014 acabouj de quebrar o cambio
Like · Reply · Oct 15, 2015 2:27pm

Juliano Palokowski · Faculdade Avantis


A Ford Focus nunca responde aos comentarios aqui.
Like · Reply · Apr 23, 2015 9:32am

Adriano Dutra · Announcer at Rádio Tribuna AM


Tenho um Focus Sedan 2.0 automático e apresenta problemas na transmissão. O carro já esteve na
autorizada algumas vezes e não conseguem detectar o problema. Sempre que busco, dizem que estão
avaliando junto a Ford Brasil. O carro está na garantia e até o momento não conseguiram resolver meu
problema. Um carro caro com auto consumo de combustível e manutenção e ainda assim não conseguem
resolver um problema que já acontece com vários modelos.
Like · Reply · Mar 12, 2015 7:42am

Joao Gustavo Carvalho · Sadleback


Tenho um FOCUS 2.0 2013 com 10.000km e esta com o mesmo problema, a ford diz que esta tudo
normal.....ja foi rebocado 3 vezes.
Like · Reply · Nov 19, 2014 5:00am

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Servicio de información Técnica

FORD 4F27E
4o. CAMBIO NEUTRAL EN "CALIENTE"

QUEJA: Los vehículo equipados con el transeje 4F27E pueden presentar la falla de neutralizarse en
4to. cambio después que el vehiculo esta "Caliente."

CAUSA: La causa puede ser, que el empaque moldeado del solenoide esta fugando la presión
alimentando al solenoide de cambio "A." Esto puede causar que la válvula de 34 cambio no
aplique completamente, originando la condición de neutral.

CORRECCION: Remplace el empaque moldeado del solenoide como se muestra en figura 1. Refierase a
figura2 para la ubicacion del mismo y figura 3 para el ensamble completo del cuerpo de
válvulas.

INFORMACION DE SERVICIO:
Empaque moldeado del solenoide (No. De pieza Ford)...............................YS4Z-7Z490-AA

AUTOMATIC TRANSMISSION SERVICE GROUP 00-01


00-90
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Pág15
1 de 15
4

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  Servicio de información Técnica

EMPAQUE MOLDEADO DEL SOLENOIDE

Derechos de Autor© 2006 ATSG

Figura 1

AUTOMATIC TRANSMISSION SERVICE GROUP 00-01


00-90 57
Pág
Pág15
2 de 15
4

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  Servicio de información Técnica

VISTA DEL CUERPO DE SOLENOIDES


11

12
10

9
(Algunos modelos)
15
8 7

8
14
1 2 3
13
16

4 17
19 18
2 3

7 6
5

20
1 Solenoide de cambio "B” 27 Válvula de cambio baja/marcha atrás
2 Solenoide de cambio "A" y "B" sello tipo "O" grande 28 Resorte de la válvula de cambio baja/marcha atrás
3 Solenoide de cambio "A" y "B" sello tipo "O" pequeño 29 Retenedor de válvula y resorte
4 Solenoide de cambio "A" 30 Resorte de la válvula del regulador de presión del
5 Solenoide de control de presión electrónica (EPC) solenoide
6 Solenoide EPC sello tipo "O" 31 Válvula reguladora de presión del solenoide
7 Tornillos de retención del solenoide (7 requeridos) 32 Empaque del plato separador del cuerpo de válvulas
8 Pernos de alineación del cuerpo de solenoides a la parte superior
inferior del cuerpo de válvulas (2 requeridos) 33 Plato separador del cuerpo de válvulas
9 Empaque del plato de separación del cuerpo de solenoides 34 Empaque del plato separador del cuerpo de válvulas
con mallas inferior
10 Plato de separación de cuerpo de solenoides 35 Resorte de la válvula de alivio del convertidor de torsión
11 Empaque del cuerpo de solenoides al cuerpo de válvulas 36 Válvula de alivio del convertidor de torsión
inferior 37 Resorte de la válvula controladora del embrague del
12 Plato separador con empaques moldeados (algunos convertidor de torsión
modelos) 38 Válvula controladora del embrague del convertidor de
13 Solenoide de cambio PWM "C" torsión
14 Solenoide de cambio PWM "E" 39 Resorte de la válvula del control del embrague
15 Solenoide de cambio PWM "D" 40 Válvula controladora del embrague
16 Slato de retención del solenoide de cambio PWM 41 Resorte de la válvula del cambio 3-4
17 Solenoide de cambio PWM sellos tipo o ring grandes (3 ) 42 Válvula de cambio 3-4
18 Solenoide de cambio PWM sellos tipo o ring medianos (3 ) 43 Resorte del acumulador del solenoide de cambio “C”
19 Solenoide de cambio PWM sellos tipo o ring chicos (3 ) 44 Pistón del acumulador del solenoide de cambio “C”
20 Tornillos del cuerpo de solenoides a la caja 71mm (2 ) 45 Válvula de cambio del solenoide
21 Válvula de cambio manual 46 Resorte de la válvula de cambio del solenoide
22 Tornillos de retención del cuerpo de solenoides de 59mm 47 Válvula reguladora de presión principal
de largo (5 requeridos) 48 Resorte de la válvula reguladora de presión principal
23 Cuerpo de válvulas superior 49 Tapón del orificio de la válvula reguladora de presión
24 Sellos de cuerpo de válvulas a la caja (2 requeridos) 50 Retenedor del tapón del orificio de la válvula reguladora
25 Tornillos del cuerpo de válvulas superior al posterior de presión principal
32mm de largo (5 requeridos) 51 Pernos de alineación para el cuerpo de válvulas inferior al
26 Tornillos del cuerpo de válvulas superior al posterior superior
40mm de largo (9 requeridos) 52 Cuerpo de válvulas inferior
Derechos de Autor© 2006 ATSG
Figura 2

AUTOMATIC TRANSMISSION SERVICE GROUP 00-01


00-90
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Pág15
3 de 15
4

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Servicio de información Técnica

VISTA CUERPO DE VÁLVULAS INFERIOR Y SUPERIOR

26

25
24
21

24

22

27
23
29 28

31
30
29

32

33

34

29

29
35
52 36 29
51 37
38 29
51
39
40

41
50
47
42
48 43

44

49
45
46
29

Cuerpo de solenoides y lista de partes en figura 2


Derechos de Autor© 2006 ATSG

Figura 3

AUTOMATIC TRANSMISSION SERVICE GROUP 00-01


00-90
Pág
Pág15
4 de 15
4

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Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ - PROJUDI

Allan Kardec, 49, CENTRO - IRECÊ


irece-1vsj@tjba.jus.br

PROCESSO: 0007786-22.2015.8.05.0110

AUTOR(es):
JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM

RÉU(s):
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

DECISÃO

Versam os autos acerca de obrigação de fazer, cumulada com pedido de condenação em danos materiais e
morais. Requer a concessão de medida liminar para que seja determinado aos requeridos que disponibilizem um carro
reserva da mesma marca, modelo e categoria, ou de categoria superior, ao longo do prazo necessário para o conserto
do veículo dos requerentes.

É o relatório. Decido.

Em que pese todos os fatos narrados na exordial e a farta documentação acostada aos autos, o pedido
requerido em sede de liminar se confunde com o próprio mérito da lide que deverá ser analisado no momento oportuno.

Ante o exposto, indefiro a liminar pleiteada, ressalvada, porém, a possibilidade de mudança se houver
novos elementos nos autos capazes de formar o convencimento deste julgador.

Intimem-se as partes.

Irecê, 20 de outubro de 2015.

ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito
Documento Assinado Eletronicamente

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 34113756 - Pág. 124


Código de validação do documento: 4ff02298 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE IRECÊ
Rua Allan Kardec, 49 / (74) 3641-6662

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PARTE(S) AUTOR(AS) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PARTE(S) RÉ(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

ATO ORDINATORIO

DE ORDEM:

Na forma da Resolução n° 01/CMJE, ART. 1° do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia,


publicado no DPJ do dia 08/10/2003, pag. 03:
_______________________________________________________________

* De ordem, redesesignar audiência de Conciliação.

_______________________________________________________________

IRECÊ - BA, 22 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34163016 - Pág. 125
Código de validação do documento: 4ff7a6d0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

CARTA DE CITAÇÃO

Pela presente, fica a parte Promovida acima identificada CITADA para todos os termos da ação judicial
que contra ela foi proposta pela parte Promovente também acima identificada, conforme inicial, bem como
INTIMADO(A) a comparecer perante este juízo da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, para participar da
Audiência de Conciliação abaixo indicada, munida de documentos pessoais (CPF e RG).

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO para o dia 20 de Novembro de 2015 às 09:00h, neste Juizado, localizado
na Allan Kardec, 49, CENTRO, nesta cidade de IRECÊ, estado da Bahia.

ADVERTÊNCIAS: NÃO É NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DE TESTEMUNHAS NESTA AUDIÊNCIA DE


CONCILIAÇÃO. Não havendo acordo, a Audiência de Instrução e Julgamento será designada, ocasião em que poderá
apresentar defesa e/ou pedido contraposto, trazer provas e até três testemunhas, se quiser. Fica a parte requerida
desde já ciente de que se a causa for de valor superior a 20 salários mínimos deverá comparecer à audiência
acompanhado por Advogado. Se o valor da causa for igual ou inferior a essa quantia a assistência por Advogado é
facultativa. Deixando de comparecer a qualquer das audiências, será considerado(a) revel, presumindo-se aceitos,
como verdadeiros, os fatos alegados pelo(a)(s) autor(a)(es), sendo proferido julgamento imediato. PARA PESSOA
JURÍDICA: Fica advertida de que deverá comparecer, por seu representante legal, com prova da representação ou por
preposto, com carta de preposição e poderá estar acompanhado de Advogado. EM SE TRATANDO DE RELAÇÃO DE
CONSUMO, PODERÁ HAVER INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA QUANDO DA INSTRUÇÃO. Havendo documentos
a serem juntados no processo de que tenha interesse (petições, contestações, documentos probatórios, constitutivos,
gravações de áudio e imagem etc.), a parte ré poderá fazer a juntada no respectivo processo eletrônico,
preferencialmente, em qualquer momento antes da audiência.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br código individual de acesso e7beb9 no campo "Teor do Processo".

IRECÊ - BA, 22 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34163067 - Pág. 126
Código de validação do documento: 4ff7a8ce a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

CARTA DE CITAÇÃO

Pela presente, fica a parte Promovida acima identificada CITADA para todos os termos da ação judicial
que contra ela foi proposta pela parte Promovente também acima identificada, conforme inicial, bem como
INTIMADO(A) a comparecer perante este juízo da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, para participar da
Audiência de Conciliação abaixo indicada, munida de documentos pessoais (CPF e RG).

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO para o dia 20 de Novembro de 2015 às 09:00h, neste Juizado, localizado
na Allan Kardec, 49, CENTRO, nesta cidade de IRECÊ, estado da Bahia.

ADVERTÊNCIAS: NÃO É NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DE TESTEMUNHAS NESTA AUDIÊNCIA DE


CONCILIAÇÃO. Não havendo acordo, a Audiência de Instrução e Julgamento será designada, ocasião em que poderá
apresentar defesa e/ou pedido contraposto, trazer provas e até três testemunhas, se quiser. Fica a parte requerida
desde já ciente de que se a causa for de valor superior a 20 salários mínimos deverá comparecer à audiência
acompanhado por Advogado. Se o valor da causa for igual ou inferior a essa quantia a assistência por Advogado é
facultativa. Deixando de comparecer a qualquer das audiências, será considerado(a) revel, presumindo-se aceitos,
como verdadeiros, os fatos alegados pelo(a)(s) autor(a)(es), sendo proferido julgamento imediato. PARA PESSOA
JURÍDICA: Fica advertida de que deverá comparecer, por seu representante legal, com prova da representação ou por
preposto, com carta de preposição e poderá estar acompanhado de Advogado. EM SE TRATANDO DE RELAÇÃO DE
CONSUMO, PODERÁ HAVER INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA QUANDO DA INSTRUÇÃO. Havendo documentos
a serem juntados no processo de que tenha interesse (petições, contestações, documentos probatórios, constitutivos,
gravações de áudio e imagem etc.), a parte ré poderá fazer a juntada no respectivo processo eletrônico,
preferencialmente, em qualquer momento antes da audiência.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br código individual de acesso e7bec3 no campo "Teor do Processo".

IRECÊ - BA, 22 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


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RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

CARTA DE CITAÇÃO

Pela presente, fica a parte Promovida acima identificada CITADA para todos os termos da ação judicial
que contra ela foi proposta pela parte Promovente também acima identificada, conforme inicial, bem como
INTIMADO(A) a comparecer perante este juízo da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, para participar da
Audiência de Conciliação abaixo indicada, munida de documentos pessoais (CPF e RG).

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO para o dia 20 de Novembro de 2015 às 09:00h, neste Juizado, localizado
na Allan Kardec, 49, CENTRO, nesta cidade de IRECÊ, estado da Bahia.

ADVERTÊNCIAS: NÃO É NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DE TESTEMUNHAS NESTA AUDIÊNCIA DE


CONCILIAÇÃO. Não havendo acordo, a Audiência de Instrução e Julgamento será designada, ocasião em que poderá
apresentar defesa e/ou pedido contraposto, trazer provas e até três testemunhas, se quiser. Fica a parte requerida
desde já ciente de que se a causa for de valor superior a 20 salários mínimos deverá comparecer à audiência
acompanhado por Advogado. Se o valor da causa for igual ou inferior a essa quantia a assistência por Advogado é
facultativa. Deixando de comparecer a qualquer das audiências, será considerado(a) revel, presumindo-se aceitos,
como verdadeiros, os fatos alegados pelo(a)(s) autor(a)(es), sendo proferido julgamento imediato. PARA PESSOA
JURÍDICA: Fica advertida de que deverá comparecer, por seu representante legal, com prova da representação ou por
preposto, com carta de preposição e poderá estar acompanhado de Advogado. EM SE TRATANDO DE RELAÇÃO DE
CONSUMO, PODERÁ HAVER INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA QUANDO DA INSTRUÇÃO. Havendo documentos
a serem juntados no processo de que tenha interesse (petições, contestações, documentos probatórios, constitutivos,
gravações de áudio e imagem etc.), a parte ré poderá fazer a juntada no respectivo processo eletrônico,
preferencialmente, em qualquer momento antes da audiência.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br código individual de acesso e7bed7 no campo "Teor do Processo".

IRECÊ - BA, 22 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

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DOURADO & SALUM
Advocacia Tributária e Direito Público

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL


CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ – ESTADO DA BAHIA.

Ref. Processo nº. 0007786-22.2015.8.05.0110

JULIANA DOURADO LOULA SALUM e VINICIUS DOURADO


LOULA SALUM, ambos já devidamente qualificados na exordial do presente feito, vem à
presença de Vossa Excelência, formular PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO em relação à
decisão que indeferiu o pedido liminar formulado nos autos (evento 10), tendo em vista as
seguintes razões de fato e de direito:

Conforme bem relatado no bojo da referida decisão, “Versam os autos acerca


de obrigação de fazer, cumulada com pedido de condenação em danos materiais e morais”.
Neste sentido, os Autores requereram, ainda segundo o relatório da decisão, “a concessão
de medida liminar para que seja determinado aos requeridos que disponibilizem um carro
reserva da mesma marca, modelo e categoria, ou de categoria superior, ao longo do prazo
necessário para o conserto do veículo dos requerentes”.

A liminar requerida, entretanto, não foi concedida. Este d. Juízo entendeu que
“o pedido requerido em sede de liminar se confunde com o próprio mérito da lide que deverá
ser analisado no momento oportuno”, ficando ressalvado, entretanto, “a possibilidade de
mudança se houver novos elementos nos autos capazes de formar o convencimento deste
julgador”.

Note-se, Exa., que o pedido final da lide é sobretudo indenizatório, com


vistas a condenar as empresas Acionadas em DANOS MATERIAIS e DANOS MORAIS.
O pedido liminar, por sua vez, é acautelatório, com a finalidade, inclusive, de minorar
os danos já sofridos pelos Autores até o presente momento, evitando que eles
aumentem.

_____________________________________________________________________________
Praça João XXIII, n. 62, sala 102. Irecê – Bahia. Tel.: (74) 3642.2036
douradoesalum@gmail.com
1

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34185007 - Pág. 129
Código de validação do documento: 4ffb01d6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOURADO & SALUM
Advocacia Tributária e Direito Público

Conforme dito na inicial, desde que os Autores constataram


o defeito relacionado à transmissão do veículo, e levaram-no para a
autorizada a 1ª vez (no dia 29/08/2015), já se passaram mais de 50
(cinquenta dias) sem que o problema fosse resolvido!

Neste interstício, o automóvel já foi levado 05 (cinco) vezes


às oficinas autorizadas da 2ª e 3ª Acionadas, sendo que, em 03 (três)
oportunidades, o carro teve de ser conduzido pelo serviço de
guincho/reboque.

O que ocorre é um verdadeiro abuso do prazo de 30 (trinta) dias previsto no


art. 18, §1º, inciso I, do CDC, como bem observou Rizzatto Nunes, citado por Plínio Lacerda
Martins: “o fornecedor não pode beneficiar-se da recontagem do prazo de 30 (trinta) dias
toda vez que o produto retorna com o mesmo vício. Esclarece que se isso fosse permitido, o
fornecedor poderia, na prática, fazer um conserto superficial buscando assim prolongar
indefinidamente o prazo legal”1.

Neste sentido, a 2ª Acionada (concessionária Ford Indiana) fez a 3ª revisão


do veículo no dia 16/07/2015 e já no dia 29/08/2015 o veículo deu sinais de mau
funcionamento (quando fora levado na Buriti, 3ªAcionada). No dia 05/09/2015, menos de 02
(dois) meses da última revisão, o carro teve de ser guinchado em plena rodovia estadual
(prejudicando a viagem em família dos Autores) e chegou rebocado à Indiana no dia
09/09/2015. O carro foi liberado somente no final do dia 11/09/2015, supostamente
consertado. No entanto, um dia depois, o problema ocorreu novamente.

Desde então, surgiram os percalços criados por todas as Acionadas no que


concerne à “validação” da garantia do veículo no Sistema Ford antes de abrirem Ordem de
Serviço com vistas ao reparo do mesmo. Neste meio tempo, o veículo foi guinchado por 02
(duas) vezes!

1
In: MARTINS, Plínio Lacerda. Anotações ao código de defesa do consumidor: conceitos e noções básicas. 3 ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2005. p. 63.
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2

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34185007 - Pág. 130
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Advocacia Tributária e Direito Público

E desde quando, afinal, a garantia fora “validada” no Sistema Ford, com a


emissão da Ordem de Serviço para diagnóstico e conserto do automóvel (07/10/2015), a
concessionária Buriti simplesmente não fornece uma previsão de entrega do veículo,
incorrendo em prática abusiva vedada pelo diploma consumerista (art. 39, XII, CDC). Além
disso, tal conduta representa uma violação direta ao artigo 40, caput, do Código de Defesa
do Consumidor: “O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor
orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a
serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término
dos serviços”.

Neste ínterim, a 1ª Acionada somente forneceu aos Autores um carro reserva


pelo prazo ínfimo de 03 (três) dias, privando-os do seu único veículo, utilizado para todos os
afazeres do cotidiano, como levar e trazer a filha na Escola, fazer a feira em supermercado,
para o deslocamento casa/trabalho, bem como para a atividade profissional do Autor
(advocacia).

Com efeito, a disponibilização de carro reserva pelo tempo necessário ao


conserto do automóvel, além de implicar em responsabilização das Acionadas pelo vício do
produto/serviço (art. 18, caput e §1º, inciso I), constitui uma medida tendente a atenuar os
prejuízos desde então suportados pelos Autores, sobretudo com o empréstimo e aluguel de
outros veículos automotores.

Além daqueles colacionados na exordial, os julgados a seguir igualmente


corroboram a tese aqui exposta:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS. PROBLEMAS NO MOTOR DURANTE O PRAZO
DE GARANTIA. COBRANÇA INDEVIDA DE CONSERTO. PRAZO
DEMASIADO DE 50 DIAS NO CONSERTO SOB O ARGUMENTO DE
FALTA DE PEÇAS. DIREITO DO AUTOR AO CARRO RESERVA EM
RAZÃO DO PRAZO E PELA NECESSIDADE DO TRABALHO. DANO
MORAL NO CASO RECONHECIDO. INDENIZAÇÃO FIXADA E MANTIDA
EM R$ 3.000,00. RECURSO NÃO PROVIDO.
(TJ-RS. Recurso Cível Nº 71004913307, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em
11/07/2014)
........................................................................................................................

AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPRA DE VEÍCULO ZERO


QUILÔMETRO. VÍCIO APRESENTADO NOS PRIMEIROS MESES.
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3

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GARANTIA DE TRÊS ANOS. INSATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR.


DISPONIBILIZAÇÃO DE UM VEÍCULO DE MESMA CATEGORIA ATÉ O
JULGAMENTO FINAL DA LIDE. DEFERIMENTO. IRRESIGNAÇÃO. NÃO
ACOLHIMENTO. POSSIBILIDADE DE FORNECER VEÍCULO USADO DA
PRÓPRIA CONCESSIONÁRIA. APLICAÇÃO DO ART. 557 DO CPC.
SEGUIMENTO NEGADO. Demonstrada a garantia contratual e a
ausência de zelo ao direito do consumidor quanto ao conserto do
vício apresentado no produto (veículo), correta a decisão que
determinou a entrega de um outro bem de mesma categoria até
julgamento final do processo. "O relator negará seguimento a recurso
manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto
com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do
Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior." (Art. 557, CPC)
(TJ-PB - ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº 20138683220148150000, -
Não possui -, Relator DESA. MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES , j.
em 28-07-2015)
........................................................................................................................

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. VEÍCULO


VOLVO 0KM QUE APRESENTA DEFEITO DESDE O PRIMEIRO MÊS DE
USO. Tutela antecipada deferida que determinou que as empresas rés
forneçam automóvel reserva, similar ao adquirido pelos agravados,
no prazo de 72 horas, até que o problema do veículo seja
definitivamente sanado, sob pena de multa diária de R$ 200,00.
Presença dos requisitos do art. 273 do CPC. Ato judicial que não se
reforma por não ser teratológico nem contrário à lei ou à prova dos autos.
SÚMULA 59 DESTE COLENDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. NEGO
PROVIMENTO AO RECURSO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, DO
CPC.
(TJ-RJ 0033276-95.2015.8.19.0000, Relator: DES. SÔNIA DE FÁTIMA
DIAS, Data de Julgamento: 18/09/2015, VIGÉSIMA TERCEIRA CAMARA
CIVEL/ CONSUMIDOR)

(os grifos são nossos)

À vista do exposto, os Autores requerem a reconsideração da decisão


exarada, para que a liminar requerida na exordial seja deferida.

Nestes termos,
pede deferimento.
Irecê-BA, 22 de outubro de 2015.

Vinícius Dourado Loula Salum Fernando de Paiva Loula Dourado


OAB/BA nº. 27.313 OAB/BA n°. 24.152

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4

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34185007 - Pág. 132
Código de validação do documento: 4ffb01d6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
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Advocacia Tributária e Direito Público

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL


CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ – ESTADO DA BAHIA.

Ref. Processo nº. 0007786-22.2015.8.05.0110

JULIANA DOURADO LOULA SALUM e VINICIUS DOURADO


LOULA SALUM, ambos já devidamente qualificados na exordial do presente feito, vem à
presença de Vossa Excelência, REITERAR o PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO formulado
nos autos em relação à decisão que indeferiu o pedido liminar (evento 10), requerendo, na
oportunidade, a juntada do Recibo anexo, comprovante da despesa que as Acionadas têm
obrigado os Autores a despender, notadamente em virtude da não disponibilização de carro
reserva durante o prazo de conserto do veículo em garantia.

Cabe notar que, desde a aparição do defeito até a presente data – com idas
constantes às concessionárias para resolver o problema e tendo de rebocar o veículo por 03
(três) vezes – já se passaram quase 02 (dois) meses sem que fosse fornecido aos Autores
sequer uma previsão para diagnóstico e conserto do automóvel.

A fim de minorar os danos até então causados aos Autores, é que pede pelo
deferimento imediato da medida liminar, tal como requerido na exordial do feito.

Nestes termos,
pede deferimento.
Irecê-BA, 26 de outubro de 2015.

Vinícius Dourado Loula Salum Fernando de Paiva Loula Dourado


OAB/BA nº. 27.313 OAB/BA n°. 24.152

_____________________________________________________________________________
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1

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34274730 - Pág. 133
Código de validação do documento: 5008b2a4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 34274731 - Pág. 134
Código de validação do documento: 5008b2ae a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE IRECÊ
Rua Allan Kardec, 49 / (74) 3641-6662

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

DESPACHO

Vistos.

Os argumentos trazidos pela parte autora conduzem à concessão da antecipação de tutela no


sentido único e exclusivo de fornecimento do carro reserva, nos exatos termos da peça exordial.
Com efeito, a regra da inversão do ônus da prova é regra de julgamento, mas pode ser deferida
em situações excepcionais, caso presentes os requisitos do art. 461, do Código de Processo Civil, de
incidência subsidiária nos Juizados Especiais.
Por se tratar de relação de consumo e presente a vulnerabilidade técnica do consumidor, patentes estão, no vertente caso, os
requisitos da antecipação de tutela.

Diante do exposto, DEFIRO exclusivamente a antecipação de tutela na forma contida na petição inicial, no sentido de fornecimento de
carro reserva.

Int.

Irecê, em 26 de outubro de 2015.

ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 34277263 - Pág. 135


Código de validação do documento: 50091596 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

INTIMAÇÃO
Referente ao evento Concedida a Antecipação de tutela(26/10/15)

Por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito deste Juizado Especial, adverte-se a parte
intimada, acima nomeada, da ocorrência de movimentação no processo eletrônico acima identificado,
evento(s) 28, e de que deve acessá-lo para tomar ciência do estado em que ele se encontra e promover
ato que lhe seja ali determinado ou requerer o que for de direito, nos termos da lei, no prazo de 05 dias,
recaindo sobre si as consequências jurídicas que derivarem de sua omissão.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código individual de acesso
5de1838 no campo "Teor do Processo"

IRECÊ - BA, 26 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34277558 - Pág. 136
Código de validação do documento: 5009211c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

INTIMAÇÃO
Referente ao evento Concedida a Antecipação de tutela(26/10/15)

Por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito deste Juizado Especial, adverte-se a parte
intimada, acima nomeada, da ocorrência de movimentação no processo eletrônico acima identificado,
evento(s) 28, e de que deve acessá-lo para tomar ciência do estado em que ele se encontra e promover
ato que lhe seja ali determinado ou requerer o que for de direito, nos termos da lei, no prazo de 05 dias,
recaindo sobre si as consequências jurídicas que derivarem de sua omissão.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código individual de acesso
5de1842 no campo "Teor do Processo"

IRECÊ - BA, 26 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34277679 - Pág. 137
Código de validação do documento: 500925d6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

INTIMAÇÃO
Referente ao evento Concedida a Antecipação de tutela(26/10/15)

Por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito deste Juizado Especial, adverte-se a parte
intimada, acima nomeada, da ocorrência de movimentação no processo eletrônico acima identificado,
evento(s) 28, e de que deve acessá-lo para tomar ciência do estado em que ele se encontra e promover
ato que lhe seja ali determinado ou requerer o que for de direito, nos termos da lei, no prazo de 05 dias,
recaindo sobre si as consequências jurídicas que derivarem de sua omissão.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código individual de acesso
5de184c no campo "Teor do Processo"

IRECÊ - BA, 26 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34277724 - Pág. 138
Código de validação do documento: 50092798 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE IRECÊ
Rua Allan Kardec, 49 / (74) 3641-6662

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

DESPACHO

Vistos.
Determino o prazo de 05 (cinco) dias para o cumprimento da tutela antecipada, sob pena de
multa diária de R$ 788,00, até o limite de R$ 31.520,00.

Cite-se e intimem-se.
Irecê, em 26 de outubro de 2015.

ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 34278157 - Pág. 139


Código de validação do documento: 50093882 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

INTIMAÇÃO
Referente ao evento Concedida a Antecipação de tutela(26/10/15)

Por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito deste Juizado Especial, adverte-se a parte
intimada, acima nomeada, da ocorrência de movimentação no processo eletrônico acima identificado,
evento(s) 09, e de que deve acessá-lo para tomar ciência do estado em que ele se encontra e promover
ato que lhe seja ali determinado ou requerer o que for de direito, nos termos da lei, no prazo de 05 dias,
recaindo sobre si as consequências jurídicas que derivarem de sua omissão.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código individual de acesso
5de209e no campo "Teor do Processo"

IRECÊ - BA, 26 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34278281 - Pág. 140
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1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

INTIMAÇÃO
Referente ao evento Concedida a Antecipação de tutela(26/10/15)

Por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito deste Juizado Especial, adverte-se a parte
intimada, acima nomeada, da ocorrência de movimentação no processo eletrônico acima identificado,
evento(s) 09, e de que deve acessá-lo para tomar ciência do estado em que ele se encontra e promover
ato que lhe seja ali determinado ou requerer o que for de direito, nos termos da lei, no prazo de 05 dias,
recaindo sobre si as consequências jurídicas que derivarem de sua omissão.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código individual de acesso
5de20a8 no campo "Teor do Processo"

IRECÊ - BA, 26 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

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1ª Vara do Sistema dos Juizados - IRECÊ
RUA Allan Kardec, 49
BAIRRO: CENTRO
CEP: 44.900-000 / IRECÊ - BA

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

INTIMAÇÃO
Referente ao evento Concedida a Antecipação de tutela(26/10/15)

Por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito deste Juizado Especial, adverte-se a parte
intimada, acima nomeada, da ocorrência de movimentação no processo eletrônico acima identificado,
evento(s) 09, e de que deve acessá-lo para tomar ciência do estado em que ele se encontra e promover
ato que lhe seja ali determinado ou requerer o que for de direito, nos termos da lei, no prazo de 05 dias,
recaindo sobre si as consequências jurídicas que derivarem de sua omissão.

Ressalte-se que o acesso à íntegra do presente processo faz-se através do endereço eletrônico
https://projudi.tjba.jus.br, a qualquer horário, mediante digitação do código individual de acesso
5de20b2 no campo "Teor do Processo"

IRECÊ - BA, 26 de Outubro de 2015.

PAULA DANIELA PESSOA LOPES


Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: PAULA DANIELA PESSOA LOPES Id. 34278342 - Pág. 142
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Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980571 - Pág. 143
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Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980571 - Pág. 144
Código de validação do documento: 5074668e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
TABELIONATO DO SEXTO OFÍCIO DE NOTAS

<íí*t N° de Ordem : 051754


V* Livro n° : 0430
Folha n° : 126
Traslado N° 1

\%> PODER JUDICIÁRIO

COMARCA DE SALVADOR - BAHIA


Av. Miguel Calmom, n° 34 - Edf. União - Térreo - Comércio - Salvador-BA
CEP: 40.010-020 - Telefone: (071) 326-2069 - FAX: (071) 241-5491

Procuração Pública na forma abaixo:

SAIBAM quantos este público instrumento de procuração


bastante virem que, aos dois dias do mês de junho do ano de dois mil e onze
(02/06/2011), nesta Cidade do Salvador, Estado Federado da Bahia, República Federativa do
Brasil, neste Cartório do Sexto Ofício de Notas, a cargo da Bela IVANISE PINTO VARELA,
Tabeliã Titular, compareceram, como OUTORGANTES: INDIANA VEÍCULOS LTDA,
sociedade empresária com sede na Av. Antônio Carlos Magalhães, 4375, Iguatemi,
Salvador-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 40.606.402/0001-59, e com inscrição estadual n°
31.134.828 NO, sob o NIRE 29.201.162.452; BRIONE VEÍCULOS LTDA., sociedade
empresária localizada na Av. José Soares Pinheiro, 990, Centro, Itabuna-BA, inscrita no
CNPJ/MF sob o n° 06.276.991/0001-16, e com inscrição estadual n° 64.037.020, sob o NIRE
29.202.688.202; BAVIERA VEÍCULOS LTDA., sociedade empresária localizada na Av. Antônio
Carlos Magalhães, no 3847, Iguatemi, Salvador-BA, , inscrita no CNPJ/MF sob o n£
05.883.736/0001-79, com inscrição estadual n° 62.496.908 NO, sob o NIRE; VEÍBA
VEÍCULOS LTDA., sociedade empresária localizada na Av. Mário Moreira Sampaio, 90, Km
266, BR 101, Santo Antônio de Jesus-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 13.861.281/0001-19, e
com inscrição estadual n° 22.598.941 NO, sob o NIRE 29.200.640.512; ATLANTA VEÍCULOS
LTDA., sociedade empresária com sede na Av. Presidente Dutra, no 5.000, Felícia, de Vitória da
Conquista-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 01.276.519/0001-60, com inscrição estadual n°
44.404.294-NO, sob o NIRE 29201712703, COLUMBIA VEÍCULOS LTDA., sociedade
empresária com sede na Av. Jucá Leão, 272-A, Centro, Itabuna-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o
n° 08.075.369/0001-75, e com inscrição estadual n.° 69.216.162-NO; INAVEL VEÍCULOS
LTDA., cuja anterior denominação era INDIANA MOTOS LTDA., sociedade empresária com sede
atualmente na Rua Governador Roberto Santos n° 284, Bloco B, Centro, Santo Antônio de Jesus
- BA, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 07.975.753/0001-61, com inscrição estadual n°
68.865704NO; AFRAVEL VEÍCULOS LTDA., cuja anterior denominação era ATLANTA MOTOS
LTDA., sociedade empresária com sede na Av. Presidente João Goulart, 171 B, Centro,
Jequié-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 08.927.218/0001-06, com inscrição estadual n°
74.403400NO, MMS PARTICIPAÇÕES LTDA., sociedade empresária com sede na Av. Antônio
Carlos Magalhães n° 950-B, sala 01, Rodovia BA 001, Km 00, Bairro São Félix, Valença-BA,
inscrita no CNPJ/MF sob o n° 05.249.757/0001-37, com inscrição municipal n° 6025, sob o
NIRE 29202501129, ANW PARTICIPAÇÕES LTDA., sociedade empresária com sede na Av.
2.50.09.

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980572 - Pág. 145
Código de validação do documento: 50746698 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Presidente Dutra n° 5000, sala 01, Bairro Felícia, Vitória da Çonquista-BA, inscrita no CNPJ/MF
sob o n° 09.012.128/0001-40, com inscrição municipal sob o n° 447501, sob o NIRE
29203054169; DURANGO CORRETORA DE SEGUROS LTDA., sociedade empresária com sede
na Av. Antônio Carlos Magalhães n° 4375, sala 02, Brotas, Salvador-BA, inscrita no CNPJ/MF
sob o no 09.202.564/0001-81, com inscrição municipal n° 295002-001-25, sob o NIRE
29203095469; COREANA VEÍCULOS LTDA., sociedade empresária com sde na Av" Presidente
Dutra n° 4950, Quadra B, Lot. Corredor da Felícia, Bairro Felícia, Vitória da Conquista-BA,
inscrita no CNPJ/MF sob o n° 10.596.145/0001-50, com inscrição estadual n° 79544177-NO,
sob o NIRE 29203254826, MAGNA SERVIÇOS LTDA., sociedade empresária com sede na Av.
Antônio Carlos Magalhães n° 4375, Sala 01, Brotas, Salvador-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o nc
09.271.770/0001-43, sob o NIRE 29.203.108.366, ATLÂNTICA VEÍCULOS LTDA., novs
denominação da Atlântica Automóveis S/A, anteriormente Atlântica Automóveis Ltda.,
sociedade empresária com sede na Rodovia BR 101, s/n, KM 264, Laranjeiras, Serra-ES, inscrita
no CNPJ/MF sob o n° 03.348.691/0001-07, com inscrição estadual 082,006.53-9, sob o NIRE
32300031510, TAMURA VEÍCULOS LTDA., sociedade empresária com sede na Rodovia BR
101, s/n, KM 264, Laranjeiras, Serra-ES, inscrita no CNPJ/MF n° 12.229.485/0001-79, com
inscrição estadual n<> 082.726.93-0, sob o NIRE 32201504621, e GAULESA VEÍCULOS LTDA.,
sociedade empresária com sede na Av. Antônio Carlos Magalhães n° 3847 C, Iguatemi,
Salvador-BA, inscrita no CNPJ/MF sob o n°13.399.638/0001-99, com inscrição estadual nc
019.1953799 NO, sob o NIRE 29203592853, todas representadas nos termos dos seus
respectivos Contratos Sociais, e aqui por seus administrador, ANTÔNIO JORGE DE ALMEIDA
SANTOS, brasileiro, casado, engenheiro mecânico, inscrito no CPF sob o n° 019.488.145-87 e
RG n° 496.765-80-SSP-BA, reconhecido como o próprio por mim, Tabeliã, por meio dos
respectivos documentos de identidade e capacidade jurídica, do que dou fé. E, pelas
outorgantes, me foi dito que nomeiam e constituem seu bastante e procurador o Sr. RUY
SANTOS TOURINHO, brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado na Av. Santa
Luzia, no 379, Ed. Otto Bilian, Ap. 1602, Horto Florestal - Brotas, CEP 40295-050, na cidade de
Salvador, Estado da Bahia; portador da carteira de identidade profissional 3288 - OAB-BA,
inscrito no CPF/MF sob o no 020.193.535-04, a quem conferem poderes especiais para a
prática dos seguintes atos em nome das outorgantes: representar as outorgantes perante a
Justiça Comum, Juizados Especiais, Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Ministério
Público Federal e Estadual, Advocacia Geral da União, Procons, Decons e Delegacias de
Polícia, Poder Executivo Municipal, Estadual e Federal, incluindo, mas não se
limitando, as Secretarias da Fazenda Estadual e Municipal, Ministério do Trabalho e
Previdência Social, Secretaria da Receita Federal e outros Órgãos ou Entidades, de
Direito Público ou Privado, perante os quais poderá requerer e receber documentos,
solicitar e receber informações e certidões, comparecer às audiências de instrução ou
sessões de conciliação, conciliar, transigir, prestar depoimento, dar e receber quitação
e firmar compromisso, confessar, oferecer representação criminal ou queixa-crime,
representar pela instauração de inquérito policial, constituir advogados, estagiários de
Direito e prepostos com todos esses poderes, total ou parcialmente, ou substabelecer,
comou sem reserva, com a mesma finalidade, sendo que, em se tratando de
advogados, acrescentam-se também os poderes da cláusula "ad judicia". Pelas
^^
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980572 - Pág. 146
Código de validação do documento: 50746698 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
TABELIONATO DO SEXTO OFICIO DE NOTAS

f\c\o^ ^0"^ N° de Ordem : 051754


)W0 oo*:sv^ Livro n° : 0430
CM^ \\jM^s
BeV .1 Folha n° : 127
ftW*»9 ido< ,20^ Traslado N° 1
PODER JUDICIÁRIO
AO- *\*
~?P*
COMARCA DE SALVADOR - BAHIA
Av. Miguel Calmom, n° 34 - Edf. União - Térreo - Comércio - Salvador-BA
CEP: 40.010-020 - Telefone: (071) 326-2069 - FAX: (071) 241-5491

outorgantes foi-me dito ainda que esta procuração vale também para suas respectivas Filiais,
existentes ou que vierem a ser criadas. Que fica expressamente estabelecido que a outorga
destes mandatos não inibe as outorgantes, por intermédio de seus administradores ou
procuradores, de praticar idênticos atos aos que poderá praticar o ora nomeado procurador,
assim como que a prática desses atos pelas próprias outorgantes ou outros procuradores seus,
não revogará os poderes ora conferidos ao mencionado procurador ora constituído. Que fica
revogada a Procuração outorgada em 16/01/2008 (dezesseis de janeiro de dois mil e oito),
lavrada nas Notas do Tabelionato do 12° (Décimo Segundo) Ofício da Comarca de Salvador-BA,
às folhas 143 do Livro n° 0223 - P, sob o n° de ordem 227625. E, finalmente, que esta
procuração valerá por prazo indeterminado, ficando ratificados os atos eventualmente já
praticados, podendo, entretanto, ser revogada pelas outorgantes, a qualquer tempo, por
notificação feita a este Tabelionato do 12° Ofído dejetas, ou por outras formas admitidas em
Direito, e mediante notificação direta .ao p/aprio outorgado. Assim dissera, e a seu pedido Eu,
BEI_a IVANISE PINTO VARELA ÍíÇMááMiA J . Tabeliã, digitei este instrumento, consoante o
que faculta o Parágrafo 4o, do Art. 167, da Lei 3.731, de 22 de novembro de 1979, que dispõe
sobre a Organização Judiciária do Estado, regulamentado Pelo Provimento n° 3, de 09 de abril
de 1975, re-ratificado pelo Provimento n° 9, de 25 de Agosto de 1993, da Corregedoria Geral
da Justiça, o qual, após lido e achado^çoniorme, vai assinado pelo OUTORGANTE, testemunhas
e por mim, ÍAQUãV J UA i BELa IVANISE PINTO VARELA - Tabeliã, que a mandei
digitar a subscrevo, tudo dou fé e assino em público e raso. IPV - DAJ N° 0105691-602

EM TESTEMUNHO

BELa IVANISE PINTO VARELA


Tabeliã

2.50.09.0/89

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980572 - Pág. 147
Código de validação do documento: 50746698 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
IND/IANA VEÍCULOS LTDA
BRIONE VEÍCULOS LTDA
BAVIERA VEÍCULOS LTDA
VEÍBA VEÍCULOS LTDA
ATLANTA VEÍCULOS LTDA
COLUMBIA VEÍCULOS LTDA
INAVEL VEÍCULOS LTDA
AFRAVEL VEÍCULOS LTDA
MMS PARTICIPAÇÕES LTDA
ANW PARTICIPAÇÕES LTDA
DURANGO CORRETORA DE SEGUROS LTDA
COREANA VEÍCULOS LTDA
MAGNA SERVIÇOS LTDA
ATLÂNTICA VEÍCULOS LTDA
TAMURA VEÍCULOS LTDA
GAULESA VEÍCULOS LTDA
ANTÔNIO JORGE DE ALMEIDA
Representante

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Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980573 - Pág. 155
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Código de validação do documento: 507466a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980573 - Pág. 160
Código de validação do documento: 507466a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980573 - Pág. 161
Código de validação do documento: 507466a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980573 - Pág. 162
Código de validação do documento: 507466a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980573 - Pág. 163
Código de validação do documento: 507466a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980573 - Pág. 164
Código de validação do documento: 507466a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980574 - Pág. 165
Código de validação do documento: 507466ac a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980574 - Pág. 166
Código de validação do documento: 507466ac a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980574 - Pág. 167
Código de validação do documento: 507466ac a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

VIGÉSIMA NONA ALTERAÇÃO CONTRATUAL DO CONTRATO SOCIAL


DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
INDIANA VEÍCULOS LTDA.
CNPJ/MF N° 40.606.402/0001-59
NIRE 29.201.162.452

I) AJD PARTICIPAÇÕES LTDA., sociedade empresária com sede na Av. Antônio Carlos
Magalhães, n~ 950 A, Sala 1, Rodovia BA 001, KM 00, bairro São Félix, na Cidade de Valença,
deste Estado da Bahia, CEP 45400-000, inscrita no CNPJ/MF sob o n~ 05.894.489/0001-06, com
Contrato Social de 09/09/03, arquivado na Junta Comercial do Estado da Bahia - JUCEB sob o
NIRE 29.202.616.732, em 16/09/03, representada, neste ato, por seu sócio-administrador
ANTÔNIO JORGE DE ALMEIDA SANTOS, brasileiro, natural da cidade de Santo Antônio de
Jesus - BA, nascido em 17/03/1948, casado pelo regime de comunhão universal de bens, engenheiro
mecânico, residente e domiciliado na Rua João da Silva Campos, nQ 993, Itaigara, CEP 41815-200,
na cidade de Salvador, Estado da Bahia, portador da carteira de identidade RG na 496.765-80-SSP-
BA, inscrito no CPF/MF sob o n2 019.488.145-87;

II) FERNANDO OLIVEIRA SAMPAIO, brasileiro, natural da cidade de Santo Antônio de Jesus -
BA, nascido em 11/11/1960, casado sob o regime de comunhão parcial de bens, engenheiro civil,
residente e domiciliado, na Av. Santa Luzia, n- 379, Ed. Lucy Bilian, Ap. 202, Horto Florestal -
Brotas, CEP 40295-050, na cidade de Salvador, Estado da Bahia, portador da carteira de identidade
RG n- 01116744-09-SSP-BA, inscrito no CPF/MF sob o ns 176.797.025-00;

III) RUY SANTOS TOURINHO, brasileiro, natural da cidade de Lage - BA, nascido em
03/08/1947, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, advogado, residente e domiciliado na
Av. Santa Luzia, n° 379, Ed. Otto Bilian, Ap. 1602, Horto Florestal - Brotas, CEP 40295-050, na
cidade de Salvador, Estado da Bahia, portador da carteira de identidade profissional nQ 3.288 -
OAB-BA, inscrito no CPF/MF sob o nQ 020.193.535-04;
• • •

IV)LOUISE SANTANA SAMPAIO, brasileira, natural da cidade de Santo Antônio de Tesus - BA,
nascida em 18/08/78, casada pelo regime de separação total de bens, empresária, residente e
domiciliada na Alameda dos Umbuzeiros, n° 445, Ed. Punta dei Leste, Ap. 1702, Caminho das
Árvores, CEP 41820-680, nesta capital, portadora da carteira de identidade n° 05.607.521-99-SSP-
BA, inscrita no CPF/MF sob o n° 776.150.265-04;

V) FRANCIS SANTANA SAMPAIO, brasileiro, natural da cidade de Santo Antônio de Jesus-Bahia,


nascido em 16/02/81, solteiro, empresário, residente e domiciliado na Rua Estácio Gonzaga, nü 98,
Cond. Ed. Lumiere, Ap. 802, Brotas, CEP 40.295-020, nesta capital, portador da carteira de
identidade RG nQ 05.607.520-08 - SSP-BA, inscrito no CPF/MF sob o nQ 001.566.945-90; e,

VI) ALIXANDRINO RODRIGUES FILHO, brasileiro, natural da cidade de Dom Macedo Costa-
BA, nascido em 26/11/1960, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, empresário,
residente e domiciliado na Rua Waldemar Falcão, n~ 870, Ed. Numitor, Torre A, Ap. 802, Brotas,
CEP 40296-700, na cidade de Salvador, Estado da Bahia, portador da carteira de identidade RG n°
02.087.100-78-SSP-BA, inscrito no CPF/MF sob o n2 184.879.805-97;

únicos sócios da INDIANA VEÍCULOS LTDA., sociedade empresária, com sede social na Av.
Antônio Carlos Magalhães, nQ 4375, Iguatemi, na Cidade de Salvador, Estado da Bahia, CEP 40280-
000, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 40.60f.402/0001-59, com atos de constituição arquivados na Junta
Comercial do Estado da Bahia - JUCEB, sob o NIRE 29.201.162.452, em 06/11/1991, e com a

<2?L

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980575 - Pág. 168
Código de validação do documento: 507466b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Continuaçãoda Vigésima Nona Alteração Contratual do Contrato socialda sociedadeempresária INDIANA VEÍCULOS LTDA.

Vigésima Oitava e Ultima Alteração Contratual do Contrato Social celebrada em 05/03/2010, arquivada
nesse mesmo Órgão sob o N~ 96996091, em 19/04/2010, resolvem proceder à presente Vigésima Nona
Alteração Contratual do referido contrato, passando este a vigorar nos termos das seguintes cláusulas e
condições:

Cláusula Primeira: A Cláusula Terceira do Contrato Social consolidado através da Vigésima Sexta e
última Alteração Contratual e Consolidação do Contrato Social da sociedade, celebrada em 30/11/2008,
passa vigorar, a partir da presente data, com a seguinte redação:

"CLÁUSULA TERCEIRA - A sociedade tem por objeto o comércio de veículos novos e usados, de
passageiros, comerciais leves, médios e pesados, peças e acessórios, derivados de petróleo, prestação de
serviços de assistência técnica a veículos, inclusive a caminhões pesados, encaminhamento de propostas de
seguros e de financiamentos, e coleta de documentação, podendo, ainda, participar de outras sociedades,
como sócia quotista ou acionista."

Cláusula Segunda: Permanecem inalteradas e em pleno vigor as demais cláusulas e condições do


Contrato Social consolidado através da Vigésima Sexta e última Alteração Contratual e Consolidação
do Contrato Social da sociedade, celebrada em 30/11/2008, e de suas posteriores alterações contratuais,
não modificadas expressamente pelo presente instrumento.

E, por assim estarem justos e contratados, assinam a presente alteração contratual em 03 (três) vias de
igual teor e forma, com as duas testemunhas abaixo nomeadas, para que produza os devidos efeitos
legais.
Salvador (BA), 01 de novembro de 2(

^ ' j?.:\
-ÂJD PARTICIPAÇÕES
ÀRTICIPACÕES LTDA.
L7 FERNANDO OLIVEIRA SAMPAIO
Antônio Jorge de Almeida Santos
Sócio-Administrador

LOUláE SANTANA SAMPAU

! \ T NA SAMPAIO ALlXAMftRINO RODRIGUES FILHO

Declaro que o presente contrato está em conformidade com a legislação em vigor.

)lWwjc<, f- cQç %U^>


Fernanda Oliveira Figueirôa de Senna
Advogada: OAB/BA 13.509
CPF/MF no 614.761.615-34

Testemunhas:

2. íO: '<^ÓU ''Wu+caf


Nome: Roberto Filardi orne: Ana Requião Al s Costa
RG: 743.105-SSP-BA RG: 180.087 - SSÍ^BA
CPF/MF: 070.969.505-59 CPF/MF: 047.985.545-53

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980575 - Pág. 169
Código de validação do documento: 507466b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Igfc JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DA BAHIA I
Jjgíg CERTIFICO OREGISTRO EM: 13/01/2012
•«'«"Protocolo: 11/263272-6, DE 02/12/2011
♦ r d. e
Empresa:29 2 0116245 2 JWffo s%/wl<S^.
IHDIANA VEÍCULOS LTDA ^^ W
I HÉLIO PORTELA RAMOS »<• oc0
I _. SECRETARIO-GERAL

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA


Código de validação do documento: 507466b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
•J>

Id. 34980575 - Pág. 170


Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980576 - Pág. 171
Código de validação do documento: 507466c0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980576 - Pág. 172
Código de validação do documento: 507466c0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980576 - Pág. 173
Código de validação do documento: 507466c0 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980577 - Pág. 174
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Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980577 - Pág. 175
Código de validação do documento: 507466ca a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980577 - Pág. 176
Código de validação do documento: 507466ca a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
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Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980578 - Pág. 189
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Código de validação do documento: 507466d4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980578 - Pág. 193
Código de validação do documento: 507466d4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOCUMENTO AUXILIAR DE VENDA - ORDEM DE SERVIÇO
NÃO É DOCUMENTO FISCAL - NÃO É VÁLIDO COMO RECIBO E
COMO GARANTIA DE MERCADORIA - NÃO COMPROVA PAGAMENTO
O.SConcessionária.: 0099740
Empresa : INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA CNPJ : 40606402000310
Endereço : AV PARALELA
Cidade : Salvador-BA CEP : 41745-130 Inscr. Estadual : 63036401
PABX : 2102-2000 Depto. Serviços 712102-2030 ou 712102-2007

V2 Nº do Documento : Nº do Documento : Nº do Documento :


Nº do Documento : Nº do Documento :

Cliente: 0397310 - PRODUTORA CIEL LTDA Prisma:


Propr.: O MESMO (71 ) 96738934 eduardo@produtoraciel.com.br Emissão: 06/11/15 15:29
Consultor Téc.: LEANDROOLIVEIRA
End.: Avenida Tancredo Neves - lado par, 1632
Agendamento:
Bairro: Caminho das Árvores CEP: 41820020 CGC/CPF: 16882829000103
Abertura : 10/09/15 08:59
Cidade: SALVADOR - BA Prev. Entrega: 10/09/15 11:00
Fone: (71 ) 96738934 % Comb.: 0

Veículo: 0310859 Placa: OUU-5265/BA Combust: TOTAL FLEX Motor: TJDA DJ154237
Modelo: BFCPDC3 BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FCAno:
FLEX13/13 KM: 29300 Eixo Traseiro:
Cor: BRANCO Marca : FORD Transmissão:
Chassi: 8AFTZZFFCDJ154237 Renavam : 135631 Nota:
Dt. Venda: 30/11/2013 Concessionária: 4256 -INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA

Seguradora: Valor Franquia: ,00

Produtos/Serviços:
Tipo T.M.O. Observação
V2 GD GRUPO DE DIAGNÓSTICO JONATAS SILVA 01- VEICULO NAO FUCIONA NA PARTIDA
CCC Ford: D02 - MOTOR NAO LIGA / SEM PARTIDA
Cliente aceita receber SMS Cliente aceita receber e-mail
Rastreador ou Bloqueador:
Acessórios Originais:

Observações sobre a Ordem de Serviço

Veículo Fora do Período de Garantia.

Observações Gerais Data Conclusão


» O cliente/condutor DECLARA, neste ato, estar plenamente ciente: a) da possibilidade de cobrança
______ / ______ / ______
» de taxa de diagnóstico/montagem e desmontagem no valor de R$ ______________ (_____________
» __________________________________________________________); b) de que suas alegações sobre os Nº da Nota Fiscal
inconvenientes/serviços registrados nesta Ordem de Serviço serão ainda objeto de diagnóstico/análise por
esta concessionária.
Na Execução dos Serviços: Executar

Assinatura Consultor Técnico Assinatura do Cliente (Nome Completo)


Autorizo(amos) a execução dos serviços discriminados nesta O.S. Declaro(amos) não ter deixado objetos, peças ou material de valor que não
façam parte integrante ou se constituam acessórios do veículo.

Assinatura do Cliente

Cliente PRODUTORA CIEL LTDA Prisma: O.SConcessionária.: 0099740


Veículo OUU-5265/BA Fone: 712102-2030 ou
BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FC FLEX
Data: 06/11/15 15:29 Previsão Entrega: 10/09/15 11:00 LEANDROOLIVEIRA 2102-2000

É vedada a autenticação deste documento

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980579 - Pág. 194
Código de validação do documento: 507466de a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOCUMENTO AUXILIAR DE VENDA - ORDEM DE SERVIÇO
NÃO É DOCUMENTO FISCAL - NÃO É VÁLIDO COMO RECIBO E
COMO GARANTIA DE MERCADORIA - NÃO COMPROVA PAGAMENTO
O.SConcessionária.: 0097792
Empresa : INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA CNPJ : 40606402000310
Endereço : AV PARALELA
Cidade : Salvador-BA CEP : 41745-130 Inscr. Estadual : 63036401
PABX : 2102-2000 Depto. Serviços 712102-2030 ou 712102-2007

RP Nº do Documento : 0000217563 V1 Nº do Documento : 0000217684 Nº do Documento :


Nº do Documento : Nº do Documento :

Cliente: 0397310 - PRODUTORA CIEL LTDA Prisma:


Propr.: O MESMO (71 ) 96738934 eduardo@produtoraciel.com.br Emissão: 06/11/15 15:27
Consultor Téc.: LEANDROOLIVEIRA
End.: Avenida Tancredo Neves - lado par, 1632
Agendamento: 16/07/15 13:40
Bairro: Caminho das Árvores CEP: 41820020 CGC/CPF: 16882829000103
Abertura : 16/07/15 13:46
Cidade: SALVADOR - BA Prev. Entrega: 16/07/15 17:20
Fone: (71 ) 96738934 % Comb.: 0

Veículo: 0310859 Placa: OUU-5265/BA Combust: TOTAL FLEX


Modelo: BFCPDC3 BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FCAno:
FLEX13/13 KM: 29000
Cor: BRANCO Marca : FORD
Chassi: 8AFTZZFFCDJ154237 Renavam : 135631
Dt. Venda: 30/11/2013 Concessionária: 4256 -INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA

Seguradora: Valor Franquia: ,00

Observações sobre a Ordem de Serviço

Veículo Fora do Período de Garantia.

Observações Gerais Data Conclusão


» O cliente/condutor DECLARA, neste ato, estar plenamente ciente: a) da possibilidade de cobrança
______ / ______ / ______
» de taxa de diagnóstico/montagem e desmontagem no valor de R$ ______________ (_____________
» __________________________________________________________) ; b) de que suas alegações sobre os Nº da Nota Fiscal
Rastreador ou Bloqueador:
inconvenientes/serviços registrados nesta Ordem de Serviço serão ainda objeto de diagnóstico/análise por
Acessórios Originais:
esta concessionária.
Na Execução dos Serviços: Executar

Assinatura Consultor Técnico Assinatura do Cliente (Nome Completo)


Autorizo(amos) a execução dos serviços discriminados nesta O.S. Declaro(amos) não ter deixado objetos, peças ou material de valor que não
façam parte integrante ou se constituam acessórios do veículo.

Assinatura do Cliente

Cliente PRODUTORA CIEL LTDA Prisma: O.SConcessionária.: 0097792


Veículo OUU-5265/BA Fone: 712102-2030 ou
BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FC FLEX
Data: 06/11/15 15:27 Previsão Entrega: 16/07/15 17:20 LEANDROOLIVEIRA 2102-2000

É vedada a autenticação deste documento

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980580 - Pág. 195
Código de validação do documento: 507466e8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOCUMENTO AUXILIAR DE VENDA - ORDEM DE SERVIÇO
NÃO É DOCUMENTO FISCAL - NÃO É VÁLIDO COMO RECIBO E
COMO GARANTIA DE MERCADORIA - NÃO COMPROVA PAGAMENTO
O.SConcessionária.: 0092372
Empresa : INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA CNPJ : 40606402000310
Endereço : AV PARALELA
Cidade : Salvador-BA CEP : 41745-130 Inscr. Estadual : 63036401
PABX : 2102-2000 Depto. Serviços 712102-2030 ou 712102-2007

RM Nº do Documento : 0000191089 RO Nº do Documento : 0000227960 Nº do Documento :


V1 Nº do Documento : 0000237663 Nº do Documento :

Cliente: 0397310 - PRODUTORA CIEL LTDA Prisma:


Propr.: O MESMO (71 ) 96738934 eduardo@produtoraciel.com.br Emissão: 06/11/15 15:26
Consultor Téc.: ARLENE LUCAS
End.: Avenida Tancredo Neves - lado par, 1632
Agendamento:
Bairro: Caminho das Árvores CEP: 41820020 CGC/CPF: 16882829000103
Abertura : 10/02/15 10:50
Cidade: SALVADOR - BA Prev. Entrega: 10/02/15 17:00
Fone: (71 ) 96738934 % Comb.: 0

Veículo: 0310859 Placa: OUU-5265/BA Combust: TOTAL FLEX Motor: TJDA DJ154237
Modelo: BFCPDC3 BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FCAno:
FLEX13/13 KM: 20246 Eixo Traseiro:
Cor: BRANCO Marca : FORD Transmissão:
Chassi: 8AFTZZFFCDJ154237 Renavam : 135631 Nota: 0039155
Dt. Venda: 30/11/2013 Concessionária: 4256 -INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA

Seguradora: Valor Franquia: ,00

Produtos/Serviços:
Tipo T.M.O. Observação
RM 02 REVISÃO DE10.000 MOD 15 OU 20.000 KM MOD 14 ( 12 MÊSES)
VICTOR ALVES

RO SM SERV. DE MEC VICTOR ALVES A


CCC Ford: -
V1 GD GRUPO DE DIAGNÓSTICO VICTOR ALVES 01-VEICULO FICANDO FRANCO NA RETOMADA DE
VELOCIDADE APÓS REDUÇÃO DE MARCHA
CCC Ford: -
Cliente aceita receber SMS Cliente aceita receber e-mail
Rastreador ou Bloqueador:
Acessórios Originais:

Observações sobre a Ordem de Serviço

Veículo Fora do Período de Garantia.

Observações Gerais Data Conclusão


» O cliente/condutor DECLARA, neste ato, estar plenamente ciente: a) da possibilidade de cobrança
______ / ______ / ______
» de taxa de diagnóstico/montagem e desmontagem no valor de R$ ______________ (_____________
» __________________________________________________________); b) de que suas alegações sobre os Nº da Nota Fiscal
inconvenientes/serviços registrados nesta Ordem de Serviço serão ainda objeto de diagnóstico/análise por RO 0039155-S V1 0055737-U
esta concessionária.
Na Execução dos Serviços: Executar

Assinatura Consultor Técnico Assinatura do Cliente (Nome Completo)


Autorizo(amos) a execução dos serviços discriminados nesta O.S. Declaro(amos) não ter deixado objetos, peças ou material de valor que não
façam parte integrante ou se constituam acessórios do veículo.

Assinatura do Cliente

Cliente PRODUTORA CIEL LTDA Prisma: O.SConcessionária.: 0092372


Veículo OUU-5265/BA Fone: 712102-2030 ou
BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FC FLEX
Data: 06/11/15 15:26 Previsão Entrega: 10/02/15 17:00 ARLENE LUCAS 2102-2000

É vedada a autenticação deste documento

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980581 - Pág. 196
Código de validação do documento: 507466f2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOCUMENTO AUXILIAR DE VENDA - ORDEM DE SERVIÇO
NÃO É DOCUMENTO FISCAL - NÃO É VÁLIDO COMO RECIBO E
COMO GARANTIA DE MERCADORIA - NÃO COMPROVA PAGAMENTO
O.SConcessionária.: 0082925
Empresa : INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA CNPJ : 40606402000310
Endereço : AV PARALELA
Cidade : Salvador-BA CEP : 41745-130 Inscr. Estadual : 63036401
PABX : 2102-2000 Depto. Serviços 712102-2030 ou 712102-2007

BI Nº do Documento : 0000148359 BO Nº do Documento : 0000227959 Nº do Documento :


BR Nº do Documento : 0000148372 Nº do Documento :

Cliente: 0397310 - PRODUTORA CIEL LTDA Prisma:


Propr.: O MESMO (71 ) 96738934 eduardo@produtoraciel.com.br Emissão: 06/11/15 15:25
Consultor Téc.: ROMULO ALMEIDA
End.: Avenida Tancredo Neves - lado par, 1632
Agendamento:
Bairro: Caminho das Árvores CEP: 41820020 CGC/CPF: 16882829000103
Abertura : 02/04/14 08:35
Cidade: SALVADOR - BA Prev. Entrega: 02/04/14 10:30
Fone: (71 ) 96738934 % Comb.: 0

Veículo: 0310859 Placa: OUU-5265/BA Combust: TOTAL FLEX Motor: TJDA DJ154237
Modelo: BFCPDC3 BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FCAno:
FLEX13/13 KM: 10659 Eixo Traseiro:
Cor: BRANCO Marca : FORD Transmissão:
Chassi: 8AFTZZFFCDJ154237 Renavam : 135631 Nota: 0039154
Dt. Venda: 30/11/2013 Concessionária: 4256 -INDIANA VEICULOS LTDA - PARALELA

Seguradora: Valor Franquia: ,00

Produtos/Serviços:
Tipo T.M.O. Observação
BI 01 REVISÃO DE 5.000 MOD. 15 OU10.000 KM MOD 14 ( 6 MÊSES)NEIDSON MARTINS

BO SM SERV. DE MEC NEIDSON MARTINS a


CCC Ford: D50 - MOTOR COM OUTROS PROBLEMAS
BR GD GRUPO DE DIAGNÓSTICO NEIDSON MARTINS

Cliente aceita receber SMS Cliente aceita receber e-mail


Rastreador ou Bloqueador:
Acessórios Originais:

Observações sobre a Ordem de Serviço

Veículo Fora do Período de Garantia.

Observações Gerais Data Conclusão


» O cliente/condutor DECLARA, neste ato, estar plenamente ciente: a) da possibilidade de cobrança
______ / ______ / ______
» de taxa de diagnóstico/montagem e desmontagem no valor de R$ ______________ (_____________
» __________________________________________________________); b) de que suas alegações sobre os Nº da Nota Fiscal
inconvenientes/serviços registrados nesta Ordem de Serviço serão ainda objeto de diagnóstico/análise por BO 0039154-S BR 0085974-2
esta concessionária.
Na Execução dos Serviços: Executar

Assinatura Consultor Técnico Assinatura do Cliente (Nome Completo)


Autorizo(amos) a execução dos serviços discriminados nesta O.S. Declaro(amos) não ter deixado objetos, peças ou material de valor que não
façam parte integrante ou se constituam acessórios do veículo.

Assinatura do Cliente

Cliente PRODUTORA CIEL LTDA Prisma: O.SConcessionária.: 0082925


Veículo OUU-5265/BA Fone: 712102-2030 ou
BFCPDC3 - I/FORD FOCUS 2. FC FLEX
Data: 06/11/15 15:25 Previsão Entrega: 02/04/14 10:30 ROMULO ALMEIDA 2102-2000

É vedada a autenticação deste documento

Assinado eletronicamente por: EMANUELA POMPA LAPA Id. 34980582 - Pág. 197
Código de validação do documento: 507466fc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
-= Garanti@Ford - Histórico do Veículo =- Página 1 de 1

Filtro

DN: OS: Chassi: 8AFTZZFFCDJ154237 Consultar

Dados do Histórico do Veículo


Veículo em garantia? Motor: Ano/Modelo: Corrosão?
Ativo TJDA
TJDA DJ154237
DJ154237 2013/2013
2013/2013 Não
Não Possui
Possui
TMA: IMC: DN Faturamento: Garantia Diferenciada?
BFC 7S5
7S5 6137
6137 Não
Não Possui
Possui
Data Faturamento: Data Venda: Data Produção: Ford Mobility?
21/08/2013 30/11/2013
30/11/2013 16/07/2013
16/07/2013 Não
Não Possui
Possui
Filtro Principal
Data último Canc. do CVVG: Manut. Pré-adquirida? Assistance? Revisão Diferenciada?

DN: Não
Não Possui
Possui Ativo
Ativo Não
Não Possui
Possui
OS:
Chassi: [...] Dados Gerais

Revisão
Informações

Revisão Distribuidor Executor Data Atend. Status OS KM Valor Erro


Modalidade de Faturamento:
07 - RECIFE 50 6137 (INDIANA IGUATEMI) 30/11/2013 5 - Contabilizada 0 0 *,** ...

01 4256 (INDIANA PARALELA) 02/04/2014 5 - Contabilizada 82925 10659 127,50 ...


Campanha de Recall:
02 4256 (INDIANA PARALELA) 10/02/2015 5 - Contabilizada 92372 20246 240,00 ...
Inexistente!
03 4256 (INDIANA PARALELA) 16/07/2015 5 - Contabilizada 97792 29000 0,00 ...

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SÓCIOS: ADVOGADOS ASSOCIADOS:
Maurício Dantas Góes e Góes Agnaldo Deus de Jesus Isabela Fernandes de Souza Fontes
Joaquim Lapa Ana Flora de Castro Ferreira Moura Juana Sobreira Setenta
Emanuela Pompa Lapa Daniela Sampaio São Pedro Kaiale Santos Araújo
Tereza Cristina Carneiro Diego da Silva Carvalho Marcio José Santos de Sousa
Wálber Araujo Carneiro Eduardo Amin Menezes Hassan Maria Eduarda Perdiz Simões
Vera Mônica de Almeida Talavera Erika Almeida Cardoso Maria Gerda Santana Marscheke
Erica Pinto Strauch Felipe Gargur Barroso de Oliveira Natália Campos de Oliveira
Ana Virginia Menzel Fernanda Salum Nascimento Pedro Vidal Menezes
Gilberto Zucatti Pritsch Pericles Batista Passos
Indira Damasceno Priscilla Brito da Cruz
Suzana Fortuna Barros

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS


ESPECIAIS DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE IRECÊ/BA.

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

INDIANA VEICULOS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ de nº
CNPJ: 06.276.991/0001-16, com sede estabelecida à Av. J. F. Pinheiro, 990, Itabuna-BA,
CEP 45600-013, conforme atos constitutivos anexos, vem, por seus advogados signatários
constituídos nos termos procuração e substabelecimento anexo, apresentar

CONTESTAÇÃO

aos termos do processo movido contra si por JULIANA DOURADO LOULA SALUM E
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM, partes já qualificadas, pelos motivos de fáticos e
de direito abaixo aduzidos:

1
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I – PRELIMINARES

I.I – DAS COMUNICAÇÕES PROCESSUAIS

Inicialmente, requer que todas as comunicações processuais sejam realizadas, publicadas e


endereçadas EXCLUSIVAMENTE ao Advogado EMANUELA POMPA LAPA – OAB/BA
16.906, cujo endereço profissional consta no rodapé desta, sob pena de nulidade dos atos
praticados sem a observância deste requerimento, conforme o § 1º do art. 236 do CPC,
assim como da jurisprudência emanada dos Tribunais Superiores1.

I.II - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA SEGUNDA RÉ.

Pela teoria da asserção, a mais aceita no que concerne ao estudo das condições da ação,
sempre que a mera leitura da inicial (em termos das assertivas do autor) puder demonstrar
a carência de ação, seja pela falta de pertinência subjetiva (ativa ou passiva), seja pela
ausência de interesse de agir (necessidade/utilidade/adequação), ou seja, pela
impossibilidade jurídica do pedido, deve o magistrado de logo extinguir o feito sem resolução
do mérito! É o caso dos autos.

Propõem a Autora ação de reparação de danos contra as Acionadas argumentando que


adquiriu produto novo com vícios, e que tais vícios remetem a vícios de fabricação, conforme
confissão na fl. 08 da petição inicial:

1
“Consoante a jurisprudência do STJ, deve ser acolhido o pedido formulado pelo advogado, para que todas
as intimações no feito sejam feitas em seu nome, pela imprensa oficial. (...) Não tendo sido publicada, em
nome do advogado que o requereu, a pauta e o resultado do julgamento do processo em que atua, deve
ser reconhecida a nulidade desses atos, reabrindo-se o prazo para a interposição do recurso cabível.”
(REsp 480226 / SP, Relator Ministro Ari Pargendler, 3ª turma, DJ 10.04.2006 p. 169).

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Alega que com poucos meses de uso o veículo apresentou defeitos, vícios estes que
remetem a possíveis defeitos de fabricação já que o veículo é do ano de 2013,
apresentando já problemas com quase dois anos de utilização e requerendo a
substituição de peças. A Acionada, entretanto, não é a Fabricante do veículo adquirido.

A Indiana é uma concessionária de veículos automotivos da marca Ford que agrega,


eventualmente, a prestação de serviços de assistência técnica e assemelhados, possuindo
oficinas de máxima qualidade.

Não se nega que a indiana realizou serviços no automóvel da Autora, entretanto os reparos
foram realizados dentro do prazo legal e o veículo foi entregue em perfeito estado de
funcionamento, não atuando em momento algum a Indiana na cadeia danosa relatada na
peça exordial, ainda mais porque o autor confessa, na exordial, que o vício decorre da
fabricação do bem, sendo responsável então apenas a montadora do veículo, a Ford, corré.

A legitimidade é auferida pela pertinência subjetiva da parte processual (acionante ou


acionada) com a lide (direito material deduzido em juízo). Ou seja, analisa-se a causa de
pedir e o pedido formulado e sua relação com a parte do processo. Num e noutro caso, a RÉ
é evidentemente parte ilegítima!

O art. 13, I, da Lei 8.078/1990, Código de Defesa do Consumidor (CDC), estabelece


os limites da responsabilidade do comerciante, que só é responsável por reparação de danos
em produtos com defeito de fabricação na hipótese de não ser possível a identificação do
fabricante.

Portanto, não resta dúvida de que a responsabilidade recai sobre a concessionária que
vendeu o veículo e sobre a montadora FORD/1ª Acionada, que na condição de “fabricante”,
cede a garantia por seus produtos a seu livre dispor, bem como as condições para o pleno
acesso aos benefícios assegurados.

Ante o exposto, e justamente porque a solidariedade nunca é presumida e só pode decorrer


de lei em sentido estrito ou da vontade das pastes2, requer a V. Exa., nos termos do art.
267, inciso VI, combinado com o art. 6º, ambos do CPC, e art. 13 da Lei 8.078/90, a
extinção do feito sem resolução do mérito.

2
Código Civil. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

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I.III - NÃO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

Não se nega a existência de um direito em tese à inversão ao ônus da prova em favor do


consumidor, mas este direito está sujeito a presença in concreto, no caso sob julgamento,
dos requisitos do art. 6º, VIII3, do CDC.

Assim, deve o magistrado analisar no caso concreto, partindo das regras gerais de
experiência: (I) necessidade da inversão; (II) possibilidade da inversão; (III) verossimilhança
das alegações; (IV) existência de hipossuficiência para produção da prova.

O caso em tela é típica hipótese de NÃO inversão do ônus da prova! A matéria a ser
provada, danos materiais e morais (supostamente sofridos pelo autor por conta de fatos que
precisam ser provados), é uma matéria ordinária que dispensa qualquer conhecimento
técnico ou qualquer custo elevado para a produção da prova. A hipossuficiência da parte
autora (se é que existe, pois se relembre que estamos falando da aquisição de automóvel)
em nada atrapalha a produção da prova.

A inversão não se faz necessária à boa defesa da Autora, pois a matéria fática
controvertida é simples e deve ser provada por documento ou testemunhas,
portanto, não deve ser aplicada no caso em tela a inversão do ônus da prova.

I. IV – INCOMPETÊNCIA DO JUIZO DIANTE DA COMPLEXIDADE DA CAUSA


POR NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA TÉCNICA.

Exa., conforme já ressaltado acima, e de acordo com a causa de pedir e pedidos formulados
pela parte Autora, vê-se que o procedimento eleito por eles é totalmente inadequado, posto
que a demanda em tela não é de menor complexidade.

Os veículos automotores empregam alta tecnologia, o que exigirá intrincada prova técnica.

Necessário, no caso, perícia no veículo da Autora para comprovar a existência dos


vícios alegados, bem como a origem dos mesmos para fins de apuração de
responsabilidade.

3
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,
inclusive com a inversão do ônus da prova, ao seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

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Para dirimir esta controvérsia, se faz necessária a realização de prova técnica,
que não é admitida em sede de juizados especiais, implicando portanto na
incompetência desde Juízo para o julgamento da demanda.

Desta forma, em sede do Juizado Especial Cível, não há como serem provados os aspectos
técnicos e fatos inerentes às tecnologias utilizadas nos veículos automotores, o que exige
uma maior dilação probatória e a própria complexidade da produção da prova técnica, sem a
qual, a FORD estaria irremediavelmente, impossibilitada de exercer seu direito constitucional
de defesa, de acordo com o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal de 1998.

Neste mesmo sentido, também dispõe os artigos 2º e 3º “caput” da Lei 9.099/95, bem como
disposto no art. 98, inciso I da Constituição Federal de 1988, que aduz que o Juizado
Especial Cível é absolutamente incompetente para julgar a causa afeta aos presentes autos,
sendo competente, na forma da Lei, para o julgamento das causas cíveis de menor
complexidade.

Esse entendimento, além de estar sendo sistematicamente acolhido pelos D. Magistrados


nos Juizados Especiais também encontra guarida na Doutrina Dominante:

“Optou o legislador por estabelecer os critérios do valor (até 40 salários mínimos)


e da matéria com escopo a circunscrever as demandas que, em princípio,
apresentam menor complexidade, instituindo, para tanto, um procedimento
específico, calcado na oralidade e todas as suas derivações... Não há que se
confundir pequeno valor com reduzida complexidade do litígio, sendo em termos
fáticos ou jurídicos”. (Joel Dias Figueira Júnior, Comentários à Lei dos Juizados
Especiais Cíveis e Criminais, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 1995,
pág. 58).

A necessidade de prova pericial depreende-se da análise do fato depender de conhecimento


técnico e específico, conforme preceitua o artigo 145 do CPC, in verbis:

“Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico,


o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.
§ 1º Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,
devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no
Capítulo VI, seção VII, deste Código.
§ 2º Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão
opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
§ 3º Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os
requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha
do juiz”.

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Dessa sorte, é forçoso aceitar, que a prova técnica é fundamental para o deslinde do caso, a
sua não produção acarretaria um verdadeiro cerceando de defesa das partes acionadas,
garantido Constitucionalmente.

Certamente a agilidade trazida pela Lei 9.099/95, constitui num grande avanço no campo do
direito nacional, mas tal inovação não pode facultar ao jurisdicionada tamanha vantagem no
campo processual, a ponto de impedir, ou até mesmo cercear a defesa dos Demandados.

Portanto, ante todo o exposto, em razão da incompatibilidade da prova pericial com o rito
estabelecido na Lei 9.099 que rege os Juizados, bem como após a cabal demonstração da
absoluta incompetência do JEC em razão da matéria aludida, requer-se o acolhimento da
presente preliminar, com a conseqüente extinção do feito sem julgamento de mérito, nos
termos dos artigos 111 e 113 do Código de Processo Civil e do artigo 51, inciso II da Lei
9.099/95, sob afronta ao dispositivo constitucional acima citado, o qual desde já, fica pré-
questionado.
II – RESUMO DOS FATOS

Em apertada síntese, alegam os Autores que são proprietários de um veículo de passeio Ford
Focus Sedan 2.0, cor branca, câmbio automático, placa policial OUU-5265, ano/modelo
2013.

Tal automóvel atualmente está com aproximadamente 31.000km rodados, e as três


primeiras revisões foram realizadas na concessionária Ford Indiana Veículos – Paralela, em
Salvador-BA (2ª Acionada). Cabe ressaltar que o referido bem se encontra dentro do período
de cobertura de garantia do fabricante, que é de 36 (trinta e seis) meses da aquisição.

Sucede que, com apenas 01 (um) ano e 09 (nove) meses de uso, pouco antes de completar
os 30.000km rodados, e menos de 02 (dois) meses da última revisão periódica (realizada no
dia 16/07/2015), o veículo apresentou alguns sintomas de mau funcionamento numa viagem
de Salvador a Irecê, ocorrida no dia 29/08/2015.

Em pelo menos duas oportunidades, o câmbio começou a “patinar” entre a 3ª (terceira) e a


4ª (quarta) marchas, momento em que a rotação do motor subia assustadoramente, como
se o carro ficasse em “ponto morto” e “indeciso” entre qual das duas marchas engatar. O
painel de instrumentos acusou a mensagem “Transmissão Avariada”, forçando o condutor a
parar.

Ao chegar à cidade de destino, o painel acusou a informação “Motor Avariado”, quando o


carro perdeu potência imediatamente. Por este motivo, o veículo foi levado desde logo para

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a concessionária Ford Buriti (3ª Acionada). Após uma análise bastante rápida, com a
passagem do aparelho (computador), foi detectado alguns códigos de erro do PCM –
Powertrain Control Module (módulo de controle do trem de força) e TCM – Transmisson
Coltrol Module (módulo de controle da transmissão).

Entretanto, o carro foi liberado sob a alegação de que estava em perfeito estado, e as
mensagens no painel poderiam ser apenas o resultado de sujeira ou corrosão em algum fio
ou componente do módulo central (que envia mensagens ao computador de bordo).

Confiando nesta informação passada pelo setor de oficina da concessionária Buriti (3ª
Acionada), os Autores realizaram viagem em família no dia 05/09/2015 com destino ao Vale
do Capão (no município de Palmeiras-BA), a fim de aproveitar o “feriadão de 07 de
setembro”, conforme comprova confirmação de reserva do site Booking.com.

Entretanto, no meio da rodovia BA 432, próximo ao distrito de Salobro (município de


Canarana-BA), o painel de instrumentos novamente transmitiu a mensagem de “Motor
Avariado”, com o veículo perdendo potência no motor e culminando com o acendimento da
luz indicadora de mau funcionamento (LIM). Essa pane eletromecânica obrigou os Autores a
interromper imediatamente a viagem, o que lhe gerou danos de ordem material.

O veículo fora guinchado até a Oficina Check-up em Irecê, e posteriormente removido para a
concessionária Ford Indiana – Paralela, em Salvador (2ª Acionada). Uma vez que a Ford
negou o serviço de Táxi para fora do domicílio do consumidor, aduzindo, igualmente, que
tal serviço só é disponibilizado se o carro for guinchado pela própria Ford (e não pela
seguradora), o Autor teve de custear viagem de ônibus a Salvador no dia 08/09/2015 para
resolver o problema do veículo junto à concessionária onde havia sido realizada a última
revisão periódica.

O carro chegou rebocado à referida autorizada no dia 09/09/2015 às 10:30hs e saiu somente
no final do dia 11/09/2015 – quando foi entregue consertado. Entretanto, alega que ao
chegar em Irecê o carro apresentou novos problemas como barulho na direção. Ao levar o
veículo à concessionária Buriti, o automóvel não pode ser reparado, pois apesar de a
garantia estar ativa no sistema havia um “erro” referente à contabilização da terceira revisão
(provocado pela 2ª Acionada) que acabaria “bloqueando” o processo de garantia.

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Relata que a Indiana havia alimentado o sistema de revisão de forma equivocada, mas que
retificou os dados da revisão e solicitou à FORD a regularização da garantia, no dia
10/09/2015.

Segue informando que o veículo apresentou defeitos novamente e que no dia 30/09/15, o
Autor entrou novamente em contato com a Central de Atendimento Ford. O
atendente de prenome Pedro confirmou que a garantia do veículo estava ativa no
sistema da fabricante, e que a “validação” da terceira revisão ocorreria num prazo
de 15 (quinze) dias úteis após o protocolo CAF nº. 00793061 (ocorrido em
10/09/2015). Tal informação foi novamente repassada pela FORD, no dia
07/10/2015; estando o veículo desde esta data na Concessionária Buriti, em fase
de testes.

Em face dos fatos contidos na narrativa acima, ajuizou a presente demanda requerendo
liminarmente que as requeridas que forneçam um carro reserva enquanto as Demandadas
efetuam os reparos necessários e com exame de mérito indenização por danos materiais no
valor de R$ 1.357,19 (mil trezentos e cinquenta e sete reais e dezenove e nove centavos) e
danos morais no valor de trinta salários mínimos.

Contudo, as alegações da Autora não devem prosperar, posto que carecem de respaldo
fático e jurídico, sendo a improcedência de seu pedido a única medida cabível para o
deslinde do feito, vejamos.

II.I – DA VERDADE DOS FATOS. FATOS COMO REALMENTE ACONTECERAM.

Inicialmente, esta RÉ esclarece que apenas comercializou o veículo que é objeto desta
demanda e que não deu causa a nenhum dos danos arrolados na peça vestibular. A Autora
tenta, temerariamente, ludibriar o juízo, distorcendo a realidade fática objetivando ganho
fácil pelo manto protetivo do Direito do Consumidor.

O veículo da Acionante, segundo narrativa da peça exordial, com quase dois anos de uso
apresentou defeitos que remetem a defeitos de fabricação. Entrementes, tal constatação só
poderá ser confirmada através da realização de perícia técnica, o que implica, desde já, na
incompetência deste Juízo para julgar a demanda.

Insta salientar, de início, que a compra do veículo não foi realizada na Indiana Paralela, mas
tão somente as revisões foram realizadas lá, por ser uma autorizada FORD.

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No dia 02/04/2014, o Autor compareceu à INDIANA PARALELA para realizar a primeira
revião dos 6 meses ou 10.000 KM, conforme ordem de serviço de n. 82925, dando entrada
as 8:35h e saindo as 10:30 h, revisão básica sem qualquer reclamação.

No dia 10/02/2014, o Autoriente compareceu a INDIANA PARALELA para realizar a segunda


revisão dos 12 meses ou 20.000km, conforme ordem de serviço de n. 92372, dando entrada
as 10:50h e saindo as 17:50h.

Nessa revisão, o Acionante alegou que o veículo estava ficando fraco na retomada de
velocidade apos redução de marcha. Na ocasião, foi feita a revisão e por conta deste
incoveniente alegado, foi feita a limpeza dos bicos injetores, serviço esse sem custo para o
Autor.

No dia 16/07/2015, o Acionante compareceu à Concessionária Ré para realizar a terceira


revisão dos 18 meses ou 30.000km, conforme ordem de serviço de n. 97792, dando entrada
as 13:46h e saindo as 17:20h.

Nessa revisão, o Autor alegou também que estava aparecendo mensagem no painel de
transmissão avariada e falha no motor, quando foi feito o diagnostico com o aparelho de IDS
e não apresentou o incoveniente relatado, porém foi informado que a Concessionária
precisaria de mais tempo para testar, pois se tratava de um problema intermitente e
que não foi apresentado na oficina durante os testes.

Após três meses da ultima revisão o veículo deu entrada na oficina da Concessionária,
conforme ordem de serviço de n. 99740 no dia 10/09/2015 alegando que o veículo não
funcionava na partida. Foi realizado o teste de consumo de bateria e fuga de corrente, e
teste ponto a ponto do cabo terra do veículo, quando pode ser identificado que existia um
dos cabos terra que estava mal ajustado(folgado).

Após esta análise, foi comunicado ao Autor que precisaria de mais um dia para testar e o
veículo foi deixado no dia 11/10/2015. E quando testado, o veículo foi entregue ao Autor
nesse mesmo dia sem mais nenhum problema relatado na ocasião.

Importante destacar e comunicar ao Juízo que todas as entradas que o Autor deu na
INDIANA PARALELA nenhuma teve relacionamento com o problema que hoje persiste e que
é relatado como causador dos danos relatados na peça vestibular.

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O problema relatado de “motor avariado” foi apresentado apenas na Concessionária BURITI.
E pelo que acima foi relatado, o tipo de problema é intermitente além de ser necessária a
comprovação do referido defeito através de perícia técnica.

Entrementes, cabe chamar a atenção deste Douto Juízo que a Autora insiste em afirmar que
o veículo apresenta defeitos, defeitos este que foram sanados pela Ré, o que torna
imperiosa a realização de perícia técnica para apurar a existência ou não dos defeitos
alarmados.

À parte Autora incumbe fazer prova do seu direito, o fato constitutivo, e, assim não o
fazendo, fere de morte o art. 333, I, do Código de Processo Civil no que tange às regras
sobre o ônus da prova.
III - DO MÉRITO

Se por um absurdo, forem ultrapassadas todas as preliminares acima arguidas, o que não se
espera, mas há que se cogitar, cumpre à Contestante a análise do mérito.

III.I - IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS DOCUMENTOS.

Quanto à documentação colacionada pela parte Autora, a mesma só vem a atestar a


ilegitimidade da Acionada para figurar no pólo passivo desta demanda. Vejamos:

Os documentos acostados às fls. 31 a 38 se trata do manual de revisão, o qual atesta a


realização das revisões na Concessionária Indiana e a entrega do veículo no prazo estipulado
e sem qualquer defeito.

Os documentos colacionados às fls. 39 a 42, se trata da reserva de hotel realizada junto ao


site Booking.com. Importante comunicar ao juízo que tal documento não atesta o
pagamento das diárias lá estabelecidas, tampouco no montante estipulado pelo Autor.

O Booking.com estabelece apenas o pagamento de uma taxa caso a reserva seja cancelada,
além do pagamento ser feito quando a pessoa chega ao estabelecimento.

Ademais, não pode ser caracterizado como dano material gerado ao Autor, tampouco por
conduta da Indiana, tendo em vista que a reserva foi feita para DOIS CASAIS. Não podem as

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Rés ser compelidas a pagar hotel de terceiros estranhos à lide, pois quem está postulando o
direito a ressarcimento pelas supostas despesas são apenas os Autores.

Outrossim, à fl. 40, verifica-se que a reserva do segundo chalé está em nome de outra
pessoa, que não é parte nesta demanda. Vejamos:

Neste aspecto, deve ser repelido o pleito de indenização por danos materiais,
principalmente quanto a esta Acionada, uma vez que o Autor não despendeu
quaisquer valores com essa estada, tampouco comprova o pagamento da parte
que lhe competia, pois como se atesta, a reserva foi feita para outras pessoas e o
Autor relata que apenas ele, sua mulher e as filhas menores, todos que estavam
no veículo, desistiram da viagem!

À fl.43, 47, 50 e 51. 55 a 59, o Autor encarta fotografias que não possuem dados relevantes
como data, endereço, pelo que restam impugnadas por serem imprestáveis ao deslinde da
demanda. O documento do guincho também resta impugnado por não conter a assinatura
no campo respectivo e estando apócrifo, não possui validade como fonte de prova.

O documento jungido à fl. 46, mais especificamente a passagem de Irecê a Salvador, resta
também impugnada, pois como o próprio Autor aborda, à fl. 05 na inicial, quem se negou a
fornecer taxi foi a empresa FORD, devendo tal pedido ser a ela direcionado, não possuindo
qualquer nexo com a Indiana a referida conduta danosa que ensejou esta despesa.

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Às fls. 52 e 53, tem-se um checklist e uma tela de computador “printada” que não possui
identificação sobre qual empresa o realizou, sendo ineficaz como meio de prova.

À fl. 54, se atesta que a retificação sobre a revisão já tinha sido encaminhada pela Indiana e
que a solicitação estava sob análise da FORD, conforme fl. 61, que atesta a retificação
realizada e que a demora na retificação se deu exclusivamente pela Montadora.

À fl. 60, se junta uma ordem de serviço da Concessionária Buriti, na qual contem a descrição
do defeito relatado pelo Autor, defeitos diferentes dos que eram sanados na Concessionária
Indiana. Vejamos:

Ademais, tais defeitos são os que geraram os danos gerais postulados na inicial! Danos estes
que a Indiana jamais concorreu!

Às fls. 62 e 63, o Autor colaciona contrato de aluguel de carro, entretanto não comprova o
pagamento do mesmo, uma vez que não há recibo junto a esta documentação. Desta forma,
resta prejudicado o pedido de indenização por danos materiais, visto que a comprovação dos
referidos danos não foi feita de forma cabal. O contrato inclusive pode ter sido feito apenas
para fins de orçamento, não configurando a despesa em si.

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Às fls. 64 a 70, o Autor encarta relatos retirados da rede social Facebook sobre defeitos em
veículos do mesmo modelo que o dele. Entrementes, tais relatos não possuem qualquer
cunho probatório tampouco o condão de atribuir responsabilidade a quem quer que seja.

Os relatos não passam de colóquios de pessoas que não tem o que fazer e que preferem
disseminar o problema sem procurar uma concessionária ou a montadora para questionar o
que está ocorrendo!

É de bom alvitre trazer a colação que ao divulgar informações sem respaldo probatório e
denegrir imagem das empresas, tais pessoas podem ser civilmente responsabilizadas por
disseminar informações falsas e sem comprovação técnica respectiva.

Às fls. 71 a 97, o Acionante junge mais relatos de pessoas que discorrem sobre os problemas
no veículo no site da Reclame Aqui. Tal documentação resta, de plano, impugnada,
pois se deve ter em mente, principalmente no caso em comento, que cada veículo
é um “mundo” e deve ser analisado e periciado para se constatar os vícios
alegados e a origem dos mesmos; não podendo este Juízo nem o Autor se valer de
relatos de terceiros para justificar a origem ou o vício alarmado, uma vez que tal
defeito só se prova com realização de prova técnica produzida por profissional
técnico habilitado.

Às fls. 98 a 107, tem-se reportagens extraídas de revistas especializadas em veículos e à fl.


99 tem a informação que a FORD sempre esteve à disposição para sanar os problemas caso
a caso, tendo os consumidores que se reportar e reportar o problema a Montadora.

Às fls. 108 a 115, o Autor junta “prints” de tela do computador de vídeos do Youtube, as
quais “não sabem dizer a que vieram”. Telas “printadas” de vídeos afirmam em nada nem
comprovam a tese autoral. Devem, portanto, ser descartados tais documentos, pois em nada
contribuem ao deslinde do feito.

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Às fls. 116 a 124, foram colacionados relatos técnicos sem assinatura do profissional
competente. Parte deles está escrito em língua estrangeira, devendo o Autor traduzi-los, por
meio de tradutor juramentado, se quiser provar algo por meio destes documentos ou dirimir
as controvérsias estabelecidas.

O recibo jungido à fl. 139 dos autos resta também impugnado por não conter a indicação de
CPF e RG, tampouco o nome da pessoa responsável pela empresa de locação de veículos,
pois um mero rabisco não pode configurar ou atestar uma assinatura, tampouco a validade
deste documento.

Estando toda a documentação perfeitamente impugnada por esta Acionada e pela narrativa
alhures trazida, denota a ausência de responsabilidade da Concessionária Indiana pelos fatos
danosos relatados na peça vestibular.

Portanto, por tudo mais que será corroborado em instrução processual, os pedidos autorais
devem ser julgados totalmente improcedentes, posto que a CONTESTANTE não lhe causou
nenhum dano, ao contrário, prezou pela boa qualidade dos serviços durante a
realização das revisões e reparos necessários.

III.II – DOS ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL.

Como se sabe, o regime jurídico geral do instituto da responsabilidade civil (artigos 1864 e
9275, Código Civil) prevê a existência concomitante de quatro elementos como pressupostos
da responsabilização em geral: (I) ato ilícito; (II) culpa lato sensu, nela incluídos o dolo, a
negligência, a imperícia e a imprudência; (III) dano e (IV) nexo causal.

Cabe ressaltar, ainda que V. Exa. entenda ser a hipótese de responsabilidade objetiva com
base no parágrafo único do art. 927 do CC ou com base no art. 126 ou no 147 do CDC, o

4
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
5
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
6
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,

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único requisito a ser dispensado é a culpa, pois ainda assim a responsabilidade sujeita-se à
presença dos demais requisitos, a saber: (I) ato ilícito; (III) dano e (IV) nexo causal.

III.III - INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL POR AUSÊNCIA DE ATO


ILÍCITO E NEXO CAUSAL.

Se, por absurdo, V. Exa. entender que a Defendente, é responsável por pelos danos à
Autora, o que só sinceramente se aceita por amor ao debate, ainda assim no caso concreto
não haveria que se falar indenização, tendo em vista que a Reclamada realizou todos os
reparos em seu veículo assim que identificou os problemas alegados.

Como já dito alhures, a Contestante é mera revendedora de veículos E NÃO FABRICANTE DE


PEÇAS, sendo, pois, parte ilegítima para figurar no pólo passivo da demanda.

No caso em comento, a Indiana Paralela sequer vendeu o veículo ao Autor, não devendo
integral o pólo passivo desta ação.

Ademais, quanto aos reparos realizados não pode responder pelos danos morais
alarmados e oriundos dos supostos defeitos no veículo da Autora. Para se atestar
a origem dos vícios só fazendo uma perícia técnica, pois há confissão sobre os
vícios serem oriundos da fabricação do bem. Responsabilidade exclusiva da
montadora, FORD.

Outrossim, NÃO PRATICOU QUALQUER ATO ILÍCITO que pudesse causar danos ao
Consumidor, MUITO MENOS DEU CAUSA OU CONTRIBUIU PARA O EVENTUAL DEFEITO
EXISTENTE EM SEU VEÍCULO, INEXISTINDO, ASSIM, NEXO CAUSAL ENTRE A SUA
CONDUTA E DANO, que, neste caso, também fundamenta justamente o pedido de
indenização.

manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações


insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentação; II - o uso e
os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação.
7
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido.

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - INDENIZAÇÃO - ATRASO NO CONSERTO DO VEÍCULO
SINISTRADO - CULPABILIDADE NÃO DEMONSTRADA - AÇÃO IMPROCEDENTE.
Não havendo nos autos provas concludentes da culpabilidade da
prestadora de serviços e/ou do segurador, ilegítima a pretensão e, de
rigor, a improcedência da lide. (TJ-SP - CR: 981001002 SP , Relator: Clóvis
Castelo, Data de Julgamento: 07/04/2008, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 10/04/2008).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. DIREITO DO CONSUMIDOR. APARELHO DE


TELEFONIA. VÍCIO DO PRODUTO. VÍCIO OCULTO. PRODUTO LEVADO À
ASSISTÊNCIA TÉCNICA POR TRÊS OPORTUNIDADES. DEFEITO
INEQUIVOCAMENTE CONSTATADO PELA CONSUMIDORA JÁ NA PRIMEIRA
OPORTUNIDADE. PRAZO DECADENCIAL DE 90 DIAS PARA RECLAMAÇÃO NAS
HIPÓTESES DE PRODUTOS DURÁVEIS. LAPSO OBSTADO PELA RECLAMAÇÃO DO
CONSUMIDOR E INICIADO PELA DATA EM QUE OBTEVE CIÊNCIA DO DEFEITO.
DEMANDA PROPOSTA QUASE 150 DIAS APÓS ESTA DATA. DECADÊNCIA
CONFIGURADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "Na hipótese de vício
oculto, o termo inicial de contagem do prazo decadencial é a data em
que o consumidor teve ciência inequívoca do defeito (CDC, art. 26, § 3º)"
(Apelação Cível n. , de Joinville, rel. Luiz Carlos Freyesleben, j. em 18-9-2009).
(TJ-SC - AC: 663700 SC 2010.066370-0, Relator: Jaime Luiz Vicari, Data de
Julgamento: 25/11/2011, Sexta Câmara de Direito Civil, Data de Publicação:
Apelação Cível n. ,de Lages)

No presente caso, portanto, operou a inexistência de responsabilidade da Reclamada por


ausência de cometimento de ato ilícito e nexo causal entre a sua conduta e os fatos que
ensejaram a fundamentação do pedido na presente queixa conforme sustentado acima e
comprovado através da documentação acostada aos autos e da prova oral que será
produzida oportunamente.

Por todo o exposto, resta comprovado que a Reclamada jamais provocou qualquer ilicitude
que pudesse causar danos ao Consumidor.

III.IV – INEXISTÊNCIA DOS DANOS PLEITEADOS.

Muito embora os fatos acima narrados já afastem qualquer pretensão indenizatória por parte
da Autora, cabe à RÉ, em atenção ao princípio da eventualidade da defesa, demonstrar que
o seu pleito ao recebimento de indenização por danos materiais e morais não encontra
qualquer respaldo na lei, na doutrina ou na jurisprudência pátria, como já fora explanado no
tópico “ impugnação aos documentos”.

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Isso porque, conforme já defendido acima, carece dos requisitos legais para a indenização!!

No que concerne aos pedidos indenizatórios, sabe-se que a indenização está limitada à
extensão do dano, conforme preceitua o art. 944, caput do Código Civil. Devendo ser
considerada como limitação a excessiva desproporção entre o grau de culpa do ofensor e o
dano.

No caso em comento, restou cabalmente comprovado a inexistência de danos morais


causados pela Indiana. Quiçá em montante não inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Pelo contrário! Pelo esclarecimento fático feito acima, denota-se que não há como imputar
quaisquer responsabilidades à Contestante diante da ausência nexo causal e autoria dos atos
tidos como danosos.

III.V – POSIÇÃO DO STJ: INEXISTÊNCIA DE CABIMENTO DE DANOS MORAIS EM


CASOS ANÁLOGOS.

Quanto aos danos morais, deve-se frisar que a parte Acionante fundamenta o seu pleito
indenizatório de dano moral sob o único argumento de ter adquirido um veículo novo (em
outra concessionária que não foi a Indiana Paralela) eivado de vícios que não se sabe a
origem.

No entanto, pelos dissabores experimentados, não houve qualquer comprovação de que


tenha passado por dor, vexame, sofrimento, humilhação.

Perceba Emérito Julgador, tal alegação não tem qualquer fundamentação jurídica, uma vez
que não se trata de danos morais, não houve qualquer ofensa a honra e/ou dignidade do
autor. Segundo o ilustre jurista e doutrinador Orlando Gomes8: “A expressão dano moral
deve ser reservada exclusivamente para designar o agravo que não produz qualquer
efeito patrimonial.”

No entanto, segundo sábia recomendação de Sérgio Cavalieri:

“Só se deve reputar como dano moral à dor, vexame, sofrimento ou humilhação
que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico
do indivíduo, causando-lhe aflições, angústias e desequilíbrio em seu bem-estar.

8
GOMES, Orlando. Obrigações, 1ª ed. pág. 364

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MERO DISSABOR, ABORRECIMENTO, MÁGOA, IRRITAÇÃO OU SENSIBILIDADE
EXACERBADA ESTÃO FORA DA ÓRBITA DO DANO MORAL, porquanto, além de
fazerem parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre
os amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e
duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo.9” Grifo nosso.

No caso em questão, há o pedido exagerado e infundado de danos morais supostamente


sofridos pela Autora. Em verdade, o que se evidencia é que se a requerente deixou de
demonstrar os supostos danos por ela sofrido, tal fato se sucedeu, simplesmente, porque
tais danos não existiram, o que se pede, prontamente, seja reconhecido por este MM. Juízo!

Neste sentido já pontificou o STJ:

RECURSOS ESPECIAIS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. VEÍCULO NOVO. DEFEITO.


INTEMPESTIVIDADE DE UM DOS RECURSOS ESPECIAIS. DANOS MATERIAIS E
MORAIS. ART. 18 § 3º DO CDC. DEPRECIAÇÃO DO VEÍCULO. SUBSTITUIÇÃO DO
BEM. SÚMULA 7. DANO MORAL INEXISTENTE. 1. É intempestivo o recurso especial
interposto fora do prazo de 15 dias previsto no artigo 508 do Código de Processo
Civil. 2. Ainda que tenham sido substituídas as partes viciadas do veículo no prazo
estabelecido no art. 18 § 1º do CDC, o consumidor pode se valer da substituição
do produto, com base no § 3º do mesmo artigo, se depreciado o bem. 3. A
conclusão acerca da depreciação do bem, a que chegou o Tribunal de origem com
base nas provas dos autos, não pode ser revista no âmbito do recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. A jurisprudência do STJ, em hipóteses de aquisição de
veículo novo com defeito, orienta-se no sentido de que não cabe
indenização por dano moral quando os fatos narrados estão no contexto
de meros dissabores, sem humilhação, perigo ou abalo à honra e à
dignidade do autor. 5. Hipótese em que o defeito, reparado no prazo
legal pela concessionária, causou situação de mero aborrecimento ou
dissabor não suscetível de indenização por danos morais. 6. Recurso
especial de Alvema - Alcântara Veículos e Máquinas LTDA não conhecido e recurso
especial de Fiat Automóveis S/A parcialmente provido.
(STJ - REsp: 1232661 MA 2011/0008261-0, Relator: Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, Data de Julgamento: 03/05/2012, T4 - QUARTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 15/05/2012).

CIVIL E PROCESSUAL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO STF.


VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.
REPARO DE VEÍCULO. DEFEITO NO AR CONDICIONADO. EXECUÇÃO
INADEQUADA. SUCESSIVAS TENTATIVAS PELA CONCESSIONÁRIA. DANO MORAL
CONCEDIDO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. RECURSOS ESPECIAIS QUE

9
GONÇALVES, Carlos Roberto apud CAVALIERI FILHO, Sérgio. Responsabilidade Civil. 2002, p. 550.

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DISCUTEM O INCABIMENTO. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS ENSEJADORES DO
DANO MORAL. EXCLUSÃO. I. O Superior Tribunal de Justiça não é competente
para julgar matéria de cunho constitucional. II. Não há violação ao art. 535 do CPC
quando a matéria impugnada é devidamente enfrentada pelo Colegiado de origem,
que dirimiu a controvérsia de modo claro e completo, apenas de forma contrária
aos interesses da parte. III. Indevida a indenização por dano moral, por
não compreendida a hipótese de defeito em ar condicionado nas
situações usualmente admitidas para concessão da verba, que não se
confundem com percalços da vida comum. Precedentes. IV. Recursos
especiais conhecidos em parte e, nessa extensão, providos.

(STJ, RESP 750735, Relator: Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Data de


Julgamento: 04/06/2009, T4 - QUARTA TURMA). Grifo nosso.

Por fim Exa., é certo que a valoração do dano é um trabalho árduo, uma vez que não
existem critérios objetivos estabelecidos para tal. Assim sendo, privilegia-se o bom-senso
para sua fixação, procurando a todo custo ater-se ao valor digno, e evitando o excesso e a
injustiça. Nesse sentido, é farta a jurisprudência:

“Não há critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral.


Recomendável que o arbitramento seja feto com moderação e atendendo às
peculiaridades do caso concreto.” (RSTJ 140/371).

“A indenização do dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se


justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento sem causa,
com manifestos abusos e exageros, devendo o arbitramento operar-se com
moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e ao porte econômico das partes,
orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência,
com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom-senso, atento à
realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve ela contribuir
para desestimular o ofensor a repetir o ato, inibindo sua conduta antijurídica.”
(RSTJ 137/486 e STJ-RT 775/211) (grifos nossos).

Outrossim, mister é que se tenha em mente que eventual indenização deve ser fixada
atendendo aos critérios da prudência e moderação, não devendo, em hipótese alguma,
servir como fonte de riqueza para a parte que pleiteia a indenização.

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Portanto, é certo que não há que se falar em indenização por danos morais no caso em tela,
o que decorre da própria improcedência do pedido do requerente, além da total ausência de
danos e de provas que pudessem justificar a pretensão do mesmo.

III.VI – DA FALTA DE RAZOABILIDADE E DESPROPORCIONALIDADE DO PEDIDO


DE INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS.

O pedido de indenização por supostos danos morais sugeridos pelo autor em R$ 23.640,00
(vinte e três mil seiscentos e quarenta reais), se atendido o que não se acredita e ora
impugna em nome da eventualidade, se mostra cabalmente desarrazoado; e,
conseqüentemente, geraria o locupletamento indevido de uma das partes do processo, o que
é terminantemente vedado pelo nosso ordenamento jurídico.

Certamente a quantia sugerida na inicial, discrepa absolutamente de todos os padrões de


razoabilidade ou proporcionalidade necessários para o arbitramento do dano moral.
Observe Exa. que o valor sugerido de danos morais, é superior, em muito, inclusive, ao valor
de mercado do próprio veículo do autor.

O Poder Judiciário brasileiro tem sido bastante firme ao afastar a possibilidade de


indenizações milionárias em casos de responsabilidade civil. Por um lado, veda-se o
enriquecimento ilícito do possível ofendido; e, por outro lado, busca-se desta forma
estabelecer uma relação de proporcionalidade entre a extensão do dano e a reparação civil.
Esta é, inclusive, a determinação do artigo 944 do Código Civil: “A indenização mede-se
pela extensão do dano”.

Assim, em que pese o autor alegar que se utilizou de parâmetros estabelecidos pelo Superior
Tribunal de Justiça, para pedir a indenização pelos danos morais nesta demanda, de fato, o
STJ, no julgamento do REsp nº. 257.090-SP10, fixou em R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a

10
REsp 257.090-SP, rel. Min. Castro Filho, j. 16.12.03, provimento parcial, v.u., DJU 1.3.04, p. 178

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indenização por danos exclusivamente morais causados aos filhos e à esposa de uma pessoa
morta em um acidente ferroviário.

Nesse mesmo sentido, em um caso mais grave ainda, agora de morte de um filho, pois que
se inverte a ordem natural da vida, aquele mesmo Tribunal Superior fixou a indenização
devida aos pais no valor de R$ 65.000,0011, mantendo-se a indenização arbitrada pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo.

Há um certo consenso que, na fixação do dano moral deve o juiz levar em conta: a) a
gravidade da culpa; b) a gravidade do dano; c) a situação social e familiar da
vítima, sendo certo que, cotejando-se os documentos carreados aos autos com
esta contestação ficou evidente e demonstrado, que a contestante não violou
qualquer norma legal. Isto, por si só, já conduziria à improcedência do pedido de
danos morais.

A propósito, ensina Carlos Roberto Gonçalves, in Responsabilidade Civil, editada pela


Saraiva, em 2002, páginas 574 in fine a 575:
“É sabido que o quantum indenizatório não pode ir além da
extensão do dano. Esse critério aplicar-se também ao
arbitramento do dano moral. Se este é moderado, a indenização
não pode ser elevada apenas para punir o lesante. A crítica que se
tem feito à aplicação, entre nós, das punitive damages do direito
norte-americano é que elas podem conduzir ao arbitramento de
indenizações milionárias, além de não encontrar amparo no
sistema jurídico-constitucional da legalidade das penas, já
mencionado. Ademais, pode fazer com que a reparação do dano
moral tenha valor superior ao do próprio dano. Segundo assim,
revertendo à indenização em proveito do lesado, este acabará
experimentando um enriquecimento ilícito, com o qual não se
comparece o nosso ordenamento. Se a vítima já está compensada
com determinado valor, o que receber a mais, para que o ofensor
seja punido, representará, sem dúvida, um enriquecimento ilícito”

11
REsp 506.099-MT, rel. Min. Castro Filho, j. 16.12.03, não conhecido, v.u., DJU 10.2.04, p. 249

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Na sua mais recente obra  a 5ª edição do Tratado de Responsabilidade Civil, editada no
corrente ano de 2001  a maior autoridade no assunto em nossos dias, Ruy Stoco, dedica o
título 16.02, do capítulo XVII (página 1393 e seguintes) a “Exacerbação nas Pretensões
Indenizatórias e a Desmoralização do Instituto”.

Sob o referido título, aquele notável jurista, referindo-se aos Estados Unidos, diz que “nesse
país o exagero nas pretensões de quem pede  particulares e consumidores  e
a perda do senso de equilíbrio e de eqüidade que devem nortear e orientar (na
fixação do valor do dano) aquele a quem se pede, contribuíram decisivamente
para estabelecer VERDADEIRA INDÚSTRIA DE INDENIZAÇÕES”.

Adiante, o mesmo Ruy Stoco lembra que Cláudio Levada e Pedro Gordilho, já externaram
sua preocupação com o perigo do traslado para o nosso direito da industrialização do dano
moral, pois, com isso, se inibe o comércio, a indústria e a prestação de serviços, levando à
derrocada instituições sérias por faltas mínimas, chegando mesmo a ocorrer à retração até
da atividade médica, pelo medo, principalmente dos cirurgiões, de serem acionados pelas
mais insignificantes falhas.

Diz Ruy Stoco, referindo-se aos EEUU, que “há também notícia de que as companhias
seguradoras vêm se recusando a aceitar essa modalidade de seguro (por dano
moral), em face do grande número de ações intentadas pelos pacientes contra os
médicos”.

Lamenta o insuperável citado tratadista que:

“Em resumo, o Brasil corre o risco de o instituto da


responsabilidade civil por dano moral, tal como ocorre aliunde,
banalizar-se e desmoralizar-se, por força dos desvios de enfoque,
do desregramento específico e do abandono aos princípios e
preceitos de super-direito estabelecidos em nossa Lei de
Introdução do Código Civil”.

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Mas, repelindo a possibilidade de o risco apontado vir a se concretizar, o mencionado jurista,
no mesmo título de sua obra, dá a alvissareira notícia de que “o Colendo Superior Tribunal
de Justiça  talvez preocupado com essa exacerbação nas pretensões indenizatórias, a
título de dano moral  e considerando, ainda, a fixação, por alguns julgadores, de valores
exagerados, evoluiu no sentido de fixar o quantum do dano moral em sede de recurso
especial”.

Ainda, a propósito do tema, no número 138 da revista de Jurisprudência do STJ, editada


pela Lex, encontra-se, nas páginas 225 a 230, acórdão da lavra do Min. Sálvio de Figueiredo
Teixeira, no REsp. 264.515, publicado, no DJ de 16.10.2000, do qual consta o seguinte
trecho:
“Em primeiro lugar, é de destacar-se, consoante se tem
proclamado neste Tribunal, que “o valor da indenização por dano
moral não pode escapar ao controle do Superior Tribunal de
Justiça” (dentre vários outros, Eesp n. 215.607/RJ, DJ 13.09.1999,
de minha relatoria). Esse entendimento, aliás, foi firmado em face
de manifestos e freqüentes abusos ou equívocos na fixação do
“quantum” indenizatório, no campo da responsabilidade civil com
maior ênfase, em se tratando de danos morais, pelo que se
entendeu ser lícito ao Superior Tribunal de Justiça exercer o
respectivo controle”.

A exemplo do Superior Tribunal de Justiça, consoante exaustivamente já narrado nesta


contestação, e do consagrado Ruy Stoco, antes citados, também a doutrina, uniformemente,
vem repelindo as indenizações milionárias, tal como a pretendida pelo autor.

A guisa de exemplos vão abaixo, citadas as seguintes lições, todas enfocando o DANO
MORAL:
“Indenizações gigantescas, em situações de causalidade tênue,
causam enormes problemas sociais, fazendo da responsabilidade
civil, em determinados casos, não um instrumento de obtenção da
paz social, mas da insegurança jurídica, um instrumento de
locupletação indevida e excessiva.
Portanto, não se pode transplantar o non-sense americano,
transformando um fato danoso em um bilhete de loteria, o que

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não exclui, por certo, a utilização de experiências bem sucedidas
daquele sistema jurídico, dentro dos limites da proporcionalidade
e razoabilidade”. 12

“A preocupação em relação à fixação de valores extremamente


exagerados por juízes imprudentes tem crescido muito tanto na
doutrina como nos próprios tribunais, onde as sentenças
proferidas por esses juízes, na maior parte das vezes, acabam
sendo reapreciadas. Ao ponto de, freqüentemente, surgir aqui e
acolá sugestões no sentido de se fixar em lei um teto máximo para
conter tais reparações”. 13

“III Um teto prudente


Essa é a terceira regra. A indenização não pode ser tão elevada
que pareça extravagante e leve a um enriquecimento injusto, a
uma situação que nunca se gozou, que modifique a vida do
prejudicado da sua família, que o transforme em um novo rico.
Não tão alta que pareça um gesto de induvidosa generosidade,
porém com o bolso alheio.
Aos juízes acusados de ser mesquinhos, outras vezes pensa-se que
são demasiado generosos, porque não são eles que pagam. Aqui,
talvez o recurso à prudência e ao bom sentido ao situar-se no
tema: indenização que não seja nem tão alta, nem tão baixa.
Essa idéia é vizinha do critério da flexibilidade, chamado na
Inglaterra de tariff approach, tarifa aproximada, e na França, de
calcule approcher, um cálculo aproximado. Que tenha piso, que
tenha teto, que tenha razoabilidade.” 14

Outrossim, mister é que se tenha em mente que eventual indenização deve ser fixada
atendendo aos critérios da prudência e moderação, não devendo, em hipótese alguma,
servir como fonte de riqueza para a parte que pleiteia a indenização.

12
SEVERO, Sergio, in Os Danos Extra Patrimoniais, Editora Saraiva, 1996, pág. 198.

13
SILVA. Américo Luz Martins da Silva, in O Dano Moral e Sua Reparação Civil, RT, 1999, pág. 322.

14
SANTOS, Antônio Jeová dos, in Dano Moral Indenizável, Legus, 1997, pág. 72.

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III.VII – RECONSIDERAÇÃO DA LIMINAR DEFERIDA. DÚVIDA QUANTO A QUEM
DEVE SER DIRECIONADA A MEDIDA.

A acionada tomou ciência da decisão liminar proferida por este Juízo, a qual determinou o
fornecimento de carro reserva, sem, contudo, indicar qual empresa deveria fornecê-lo.
Vejamos:

Vistos.
Os argumentos trazidos pela parte autora conduzem à concessão da
antecipação de tutela no sentido único e exclusivo de fornecimento do carro
reserva, nos exatos termos da peça exordial.
Com efeito, a regra da inversão do ônus da prova é regra de julgamento,
mas pode ser deferida em situações excepcionais, caso presentes os
requisitos do art. 461, do Código de Processo Civil, de incidência subsidiária
nos Juizados Especiais.
Por se tratar de relação de consumo e presente a vulnerabilidade técnica do
consumidor, patentes estão, no vertente caso, os requisitos da antecipação
de tutela.
Diante do exposto, DEFIRO exclusivamente a antecipação de tutela
na forma contida na petição inicial, no sentido de fornecimento de
carro reserva.

A decisão foi complementada para estipular o prazo de 5 (cinco) dias para o cumprimento da
decisão sob pena de multa diária no valor de R$ 788,00, até o limite de R$ 31.520,00.

Data vênia, a decisão deveria ter direcionado para qual Acionada a respectiva obrigação de
fornecer o carro reserva, pois não há como a Indiana fornecer um carro reserva, tendo em
vista que o veículo se encontra no estabelecimento da BURITI, a 3ª Ré, uma vez que está
realizando os reparos naquela oficina.

Nesse sentido, como o veículo esta coberto pela garantia do fabricante e o veículo sequer foi
vendido pela Indiana, a obrigação de fornecer o veículo reserva deve ser da FORD ou pela
BURITI, esta última que está realizando reparos no veículo do Autor e consequentemente
impossibilitando-o de usar o bem.

Por tais razões, requer a Acionada a reconsideração da decisão liminar bem como a
retificação sobre qual Acionada deve proceder ao cumprimento da obrigação no comando
liminar deferida.

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IV – CONCLUSÃO

Ex positis, e pelo mais que o saber jurídico de V. Exa. irá acrescer, requer e espera a
Contestante:

a) Que sejam acolhidas as preliminares suscitadas, extinguindo-se, assim, esta


demanda sem julgamento do mérito;

b) Caso sejam superadas as preliminares arguidas, o que não se espera, mas há de se


cogitar, requer seja a presente lide JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE por ser
medida de inteira justiça;

c) Na remota hipótese em condenação por danos morais, que sejam observados os critérios
de prudência e moderação;

d) Que as comunicações processuais sejam feitas somente no nome de Dra. Emanuela


Pompa Lapa, OAB/BA 16.906;

e) Por fim, requer a produção de todos os meios de prova admitidos, notadamente o


depoimento pessoal do autor, sob pena de confissão, a oitiva de testemunhas, perícia
técnica, além da juntada dos anexos documentos e novos documentos em prova ou
contraprova.

Termos em que, pede juntada e deferimento.


Salvador, 13 de novembro de 2015.

MAURÍCIO DANTAS GÓES E GÓES JOAQUIM LAPA


OAB/BA 15.684 OAB/BA 15.659

EMANUELA POMPA LAPA TEREZA CRISTINA O. CARNEIRO


OAB/BA 16.906 OAB/BA 18.437

INDIRA DAMASCENO
OAB/BA 33.706

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SÓCIOS: ADVOGADOS ASSOCIADOS:
Maurício Dantas Góes e Góes Agnaldo Deus de Jesus Isabela Fernandes de Souza Fontes
Joaquim Lapa Ana Flora de Castro Ferreira Moura Juana Sobreira Setenta
Emanuela Pompa Lapa Daniela Sampaio São Pedro Kaiale Santos Araújo
Tereza Cristina Carneiro Diego da Silva Carvalho Marcio José Santos de Sousa
Wálber Araujo Carneiro Eduardo Amin Menezes Hassan Maria Eduarda Perdiz Simões
Vera Mônica de Almeida Talavera Erika Almeida Cardoso Maria Gerda Santana Marscheke
Erica Pinto Strauch Felipe Gargur Barroso de Oliveira Natália Campos de Oliveira
Ana Virginia Menzel Fernanda Salum Nascimento Pedro Vidal Menezes
Gilberto Zucatti Pritsch Pericles Batista Passos
Indira Damasceno Priscilla Brito da Cruz
Suzana Fortuna Barros

EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA DO SISTEMA DOS


JUIZADOS ESPECIAIS DA COMARCA DE IRECÊ/BA.

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

INDIANA VEÍCULOS LTDA, parte já devidamente qualificada nos autos do processo de


número acima epigrafado, em que contende com JULIANA DOURADO LOULA SALUM E
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM, igualmente qualificados, vem, mui respeitosamente
e tempestivamente, apresentar

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

contra a decisão liminar, cuja intimação foi recebida em 13/11/2015, em virtude da breve
OMISSÃO abaixo apontada, com espeque no art. 535 e seguintes do CPC, pelas razões
doravante expostas:

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I – TEMPESTIVIDADE.

A Acionada foi intimada sobre a decisão, através de sua preposta, em 13/11/2015 (sexta-
feira), pelo que temos dies a quo em 13/11/2015 (sexta-feira), e o dies ad quem em
17/11/2015 (sexta-feira), evidenciando, assim, a tempestividade dos presentes Embargos de
Declaração.

II -RAZÕES JURÍDICAS DO PRESENTE RECURSO.

Em que pese o imenso respeito à excelente Magistrada, mas diante da decisão proferida por
esse MM Juízo, determinou, in limini litis, que as Acionadas fornecessem carro reserva à
parte Autora sem identificar qual Ré deveria cumprir a obrigação de entregar, identificamos
a omissão abaixo destacada, a qual merece análise e consequente alteração, sendo, pois, os
presentes Embargos Aclaratórios, recurso próprio para tal fim, nos termos do art. 535 do
CPC, vejamos:

III – DECISÃO COMBATIDA.

Em decisão liminar proferida por esse MM Juízo e disciplinada nos eventos de n. 28 e 39, foi
assim decidido:

“Vistos.
Os argumentos trazidos pela parte autora conduzem à concessão da
antecipação de tutela no sentido único e exclusivo de fornecimento
do carro reserva, nos exatos termos da peça exordial.
Com efeito, a regra da inversão do ônus da prova é regra de
julgamento, mas pode ser deferida em situações excepcionais, caso
presentes os requisitos do art. 461, do Código de Processo Civil, de
incidência subsidiária nos Juizados Especiais.
Por se tratar de relação de consumo e presente a vulnerabilidade
técnica do consumidor, patentes estão, no vertente caso, os
requisitos da antecipação de tutela.
Diante do exposto, DEFIRO exclusivamente a antecipação de tutela
na forma contida na petição inicial, no sentido de fornecimento de
carro reserva.

Posteriormente a decisão foi complementada para estipular o valor da multa diária em caso
de eventual descumprimento.

Vistos.
Determino o prazo de 05 (cinco) dias para o cumprimento da tutela
antecipada, sob pena de multa diária de R$ 788,00, até o limite de
R$ 31.520,00.

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Cite-se e intimem-se. .” (grifos aditados ao original)

Ocorre que a Embargante juntamente com a peça vestibular (evento de n. 1) comprovam


que o veículo está em garantia e que quem se negou a fornecer o carro reserva foi a
Acionada FORD.

Outrossim, destaca que, atualmente, o veículo está na oficina da Acionada BURITI para a
realização dos reparos, motivo pelo qual se faz necessário o fornecimento de carro reserva.

Neste aspecto, a fim de que não ocorra lesão patrimonial indevida à Embargante, deve a
decisão ser reformada no sentido de indicar sobre qual das Rés recairá a obrigação de
fornecer o carro reserva aos Acionantes.

III.I – OMISSÃO. EMPRESA QUE DEVERÁ FORNECER O CARRO RESERVA AOS


AUTORES.

Conforme já fora elucidado no tópico anterior, ao proferir decisão liminar, o Juízo deixou de
indicar qual a parte deveria cumprir a obrigação contida no comando decisório.

A decisão foi complementada para estipular o prazo de 5 (cinco) dias para o cumprimento da
decisão sob pena de multa diária no valor de R$ 788,00, até o limite de R$ 31.520,00.

Data vênia, a decisão deveria ter direcionado para qual Acionada a respectiva
obrigação de fornecer o carro reserva recairia, pois não há como a Indiana
fornecer um carro reserva, tendo em vista que o veículo se encontra no
estabelecimento da BURITI, a 3ª Ré, uma vez que está realizando os reparos
naquela oficina.

Outrossim, como o veículo esta coberto pela garantia do fabricante (a FORD) e o


veículo sequer foi vendido pela Indiana, a obrigação de fornecer o veículo reserva deve ser
cumprida pela montadora que fabricou o veículo, a FORD ou pela BURITI, esta última que
está realizando reparos no veículo do Autor e consequentemente impossibilitando-o de usar
o bem.

Há que salientar que apenas as revisões foram feitas na Indiana e que o veículo sempre foi
entregue em perfeito estado de funcionamento, pois o Autor chegava ao destino e não
relatava quaisquer problemas decorrentes dos reparos efetuados na revisão.

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Ressalte-se que impor tal obrigação à Indiana é lesar patrimonial mente a Empresa que
sequer contribuiu para os danos causados, conforme fora amplamente comprovado na peça
contestatória que também já está encartada aos fólios.

Por tais razões, requer a Acionada a reconsideração da decisão liminar bem como a
retificação sobre qual Acionada deve proceder ao cumprimento da obrigação no comando
liminar deferido.

IV. CONCLUSÃO.

Ante o exposto, e pelo mais que o saber jurídico de V. Exa. certamente irá acrescer, requer
a Embargante que sejam processados e julgados os presentes Embargos Aclaratórios por
serem tempestivos e, entendendo ser o caso, que se digne a PROVER O PRESENTE
RECURSO, atribuindo-lhe efeito modificativo, JULGANDO PROCEDENTE O SEU
PEDIDO para sanar a omissão contida na decisão liminar embargada, indicando qual
Acionada deve cumprir a obrigação de entregar descrita.

Nestes termos, pede deferimento.


Salvador, 17 de novembro de 2015.

Emanuela Pompa Lapa


OAB/BA 16.906

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Código de validação do documento: 5074717e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CARTA DE PREPOSIÇÃO

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., empresa com sede à Avenida do Taboão,
899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, CEP: 09655-900,
por sua procuradora KAREN CRISTINA RUIVO GUEDES, brasileira, casada, advogada,
portadora da cédula de identidade RG nº 30.002.004-1 e inscrita no CPF/SP sob o nº
280.245.448-06, nos termos da procuração que lhe foi outorgada, nomeia e constitui
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a). ELIENE ROSA DE SOUZA:, portador(a) da cédula
de identidade nº 08122583-04, inscrito(a) no CPF/MF sob o nº 928.366.155-
91, com endereço para recebimento de intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio
l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-
lhe todos os poderes necessários para representá-la em audiências perante o Poder
Judiciário, podendo praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se
limitando a prestar depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação,
firmar compromissos e acordos, na ação movida por Juliana Dourado Loula Saum,
em trâmite perante a 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de
Irecê/BA, processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110, para em nome do
outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do respectivo processo. A
presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade limitado até o dia 17 de
dezembro de 2015.

São Paulo, 17 de novembro de 2015.

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079746 - Pág. 230
Código de validação do documento: 50838894 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CARTA DE PREPOSIÇÃO

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., empresa com sede à Avenida do Taboão,
899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, CEP: 09655-900,
por sua procuradora KAREN CRISTINA RUIVO GUEDES, brasileira, casada, advogada,
portadora da cédula de identidade RG nº 30.002.004-1 e inscrita no CPF/SP sob o nº
280.245.448-06, nos termos da procuração que lhe foi outorgada, nomeia e constitui
como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a). CARLENE LOPES ALMEIDA, portador(a) da
cédula de identidade nº 13396513-94, inscrito(a) no CPF/MF sob o nº
100.537.314-09, com endereço para recebimento de intimações na Avenida do
Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP, CEP:
09655-900, conferindo-lhe todos os poderes necessários para representá-la em
audiências perante o Poder Judiciário, podendo praticar todos os atos que se façam
necessários, inclusive, não se limitando a prestar depoimento pessoal, transigir,
desistir, receber, dar quitação, firmar compromissos e acordos, na ação movida por
Juliana Dourado Loula Saum, em trâmite perante a 1ª Vara do Juizado
Especial Cível da Comarca de Irecê/BA, processo nº 0007786-
22.2015.8.05.0110, para em nome do outorgante, assumir obrigações
relativamente ao objeto do respectivo processo. A presente Carta de Preposição tem
seu prazo de validade limitado até o dia 17 de dezembro de 2015.

São Paulo, 17 de novembro de 2015.

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SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reservas de iguais, aos Doutores Renata Amoêdo Cavalcante,


OAB/BA nº 17.110, todos integrantes de AMOÊDO & CARVALHO ASSESSORIA
JURÍDICA S/S, com escritório na Rua Alfredo Guimarães, nº 05, 2º Andar - Pituba
- Salvador/BA - CEP 41.900-295, os poderes ad judicia que me foram outorgados por
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, para o fim de promover as medidas judiciais
cabíveis nos autos do processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110, em trâmite perante
a(o) 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Irecê/BA, que lhe move
Juliana Dourado Loula Saum, podendo o ora constituído praticado todos os atos
jurídicos necessários, especialmente para apresentar contestações em geral,
representando o mandante perante qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, transigindo,
desistindo, firmando acordos e compromissos, recebendo e dando quitação.

São Paulo, 12 de novembro de 2015.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ/BA

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., pessoa jurídica de


direito privado situada na Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, inscrita junto ao CNPJ/MF sob nº
03.470.727/0001-20, vem respeitosamente à presença de V. Exa., por seus
advogados, nos autos da Ação condenatória em obrigação de fazer c/c ação
indenizatória por danos morais que lhe promove JULIANA DOURADO LOULA
SAUM, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

com fulcro nos art. 30 da Lei 9.099/95, pelas razões de fato e de direito a
seguir elencadas.

1. SÍNTESE FÁTICA

Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c pedido indenizatório


por danos morais e materiais na qual a Autora alega ser proprietária de um
veículo Focus Sedan.

Tozzini, Freire, Teixeira e Silva


R. Líbero Badaró, 293 – 21º andar
01009-907 São Paulo SP Brasil
T 55 11 3291-1000 F 55 11 3291-1111
tozzinifreire.com.br

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Alega a Autora que em maio do corrente ano, teria notado a
ocorrência de defeitos no câmbio do veículo, razão pela qual levou o veículo à
concessionária para a realização de reparos.

Em uma breve síntese, a Autora alega que o reparo não foi


realizado no prazo indicado, bem como em razão dos retornos, teve inúmeros
prejuízos materiais e morais, pois somente foi concedido veículo reserva por 3
dias.

Diante do exposto, propôs a presente ação requerendo e requereu


uma indenização pelos pretensos danos materiais e morais.

Contudo, as alegações da parte Autora carecem de respaldo fático


e jurídico, devendo seu pleito ser julgado improcedente por esse MM. Juízo.

2. ESCLARECIMENTOS INICIAIS

Inicialmente, é preciso dizer que a Ford zela pelo absoluto


respeito a seus consumidores e está sempre atenta a oferecer ao mercado de
consumo produtos de excelente qualidade, que atendam satisfatoriamente ou
até mesmo superem as expectativas dos consumidores com absoluta segurança
e responsabilidade.

Os veículos da marca Ford passam por um rigoroso controle de


qualidade antes de serem colocados no mercado, assim como atendem a todas
as normas vigentes impostas pelos órgãos competentes para homologação de
veículos.

Importante ressaltar que, no caso de serem, eventualmente,


identificados vícios de fabricação no veículo dentro do prazo de garantia
concedida, a Ford responsabiliza-se pelo conserto destes, sem ônus algum ao
cliente.

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 254
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
No caso em exame, a peça solicitada e pendente de substituição
não compromete a dirigibilidade e segurança da Autora e foi solicitada de
imediato pela Ford à fabricante, restando pendente apenas o seu recebimento
para a conclusão do reparo.

Assim, como restará demonstrado, o pedido formulado não


merece acolhimento.

3. PRELIMINARMENTE

3.1. DO CUMPRIMENTO À MEDIDA LIMINAR PROFERIDA

Excelência, importante esclarecer que em nenhum momento


houve recusa em reparar o veículo da Autora, ao contrário, após a vistoria
realizada, em que se confirmou a necessidade de substituição da peça, houve a
imediata solicitação desta à fabricante.

Veja, Excelência, que para o reparo do veículo da Autora, a FORD


depende do envio da peça pela fabricante.

Com efeito, não se pode vislumbrar omissão ou recusa de


atendimento por esta Ré, quando todas as medidas necessárias para o reparo
foram adotadas, sendo que o reparo só não foi realizado pelo fato de a FORD
aguardar o recebimento da peça em comento.

No entanto, em face à decisão ora proferida, a FORD cumpriu a


decisão liminar e concedeu veículo reserva, conforme comprovante abaixo.

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Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ademais, face ao cumprimento da liminar, não há o que se falar
em descumprimento da decisão judicial.

4. DO MÉRITO

4.1. INEXISTÊNCIA DE PRÁTICA DE ATO ILÍCITO PELA RÉ – NECESSIDADE


DE SOLICITAÇÃO DE PEÇA AO FABRICANTE

A Autora afirma, em sua peça inaugural, que após vistoria


realizada restou constatada a necessidade de substituição de peças no veículo,
no entanto, constatou-se a que a peça não estava disponível no estoque.

Destaca a Autora que até a presente data a peça não fora


recebida e seu veículo ainda não fora reparado.

Todavia, a forma que a Autora relata os fatos induz Vossa


Excelência ao erro, ao passo que esta Ré adotou todas as medidas necessárias
para o atendimento de sua pretensão.

Neste ponto é que cumpre esta Ré informar a Vossa Excelência,


que ao contrário da narrativa autoral, não há omissão no atendimento prestado

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 256
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
a Autora, ao passo que todos os procedimentos foram realizados para a
correta análise do veículo e, restando constatada a necessidade de
substituição da caixa de marchas, imediatamente a peça necessária foi
solicitada ao Fabricante.

Nessa oportunidade, a Autora fora informado de que a peça não


estava disponível em estoque, razão pela qual seria necessária solicitação das
peças diretamente ao fabricante.

Merece destaque o fato de que a peça necessária para


substituição foi solicitada imediatamente pela Ré, visando assim atender
integralmente a pretensão, não tendo esta se mantido inerte, como tenta fazer
crer a Autora em sua narrativa.

Com efeito, a Autora fora cientificado da necessidade de


solicitação da peça ao fabricante, restando ciente ainda que o reparo carecia de
recebimento da referida peça, a qual foi solicitada imediatamente pela Ford,
não podendo, assim, se vislumbrar omissão ou descaso no atendimento
prestado, não configurando qualquer ato ilícito.

Assim, houve o fornecimento de veículo reserva, assim como


previsto no manual do veículo.

Veja-se que o conserto de eventuais falhas apresentadas pelos


veículos da marca Ford é realizado em oficinas autorizadas, mediante a
utilização de peças genuínas, o que implica dizer que, uma vez trocada
determinada peça, o veículo passa a ser considerado novo, eliminando-se
completamente o suposto defeito apresentado e restaurando-se a originalidade
do produto.

Ocorre que a peça em comento trata-se de peça de “baixo


giro”, sendo incomum a sua troca, portanto, não se encontrava
disponível no estoque da concessionária, precisando ser solicitada à
fábrica.

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 257
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Diante deste cenário, importante mencionar que a regra do
art. 18 do CDC não pode ser aplicada de forma absoluta. Isso porque, um
automóvel é um bem extremamente complexo, cuja produção e montagem
dependem, literalmente, de milhares de componentes, mecânicos em sua
grande maioria.

Vossa Excelência pode avaliar que a FORD não é uma empresa


que descumpre as regras do Código de Defesa do Consumidor, assim como não
pode ser considerada uma empresa reincidente em infrações ao CDC. Ao
contrário, pode se verificar os inúmeros prêmios recebidos pela FORD de
excelência no atendimento de seus consumidores, prêmios estes que
infelizmente poucas empresas detêm em nosso país.

Até por isso que a lei flexibilizou a norma do artigo 18, do


CDC, permitindo que as partes convencionem um maior prazo para a
correção dos problemas, o que a todo momento foi explicado ao
consumidor.

Frise-se que não se trata de caso em que houve a negativa de


fornecimento da peça e do reparo e sim de apenas um atraso em
decorrência do trâmite legal para fornecimento da peça necessária ao
reparo do veículo de propriedade da Autora.

E, considerando que a Ré depende de providências da


fabricante da peça para disponibilizá-la, não se pode impor a obrigação
de entrega imediata, tal como pretende a Autora.

Saliente-se que, como já mencionado, o problema encontrado


na peça em comento não impede o bom funcionamento do veículo e
não coloca em risco a segurança dos ocupantes, não tornando o veículo
imprestável ou impróprio para uso.

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 258
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Portanto, restando comprovado que os procedimentos adotados
pela Ré são lícitos e não atentatórios às disposições do Código de Defesa do
Consumidor ou à legislação consumerista em geral, a presente demanda deverá
ser julgada totalmente improcedente.

Por fim, cumpre ainda destacar que a responsabilidade se baseia


na ocorrência de ato ilícito, sendo certo que a imputação de obrigação de
reparar dano está condicionada à comprovação, por parte daquele que alega:
(i) do fato lesivo; (ii) da ocorrência de um dano patrimonial ou moral; (iii) do
nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.

Com efeito, no caso em tela, não há qualquer AÇÃO OU OMISSÃO


por parte da Ford que tenha NEXO CAUSAL com os prejuízos supostamente
experimentados pela parte autora.

Diante do exposto, não resta configurada omissão no atendimento


prestado a Autora, motivo pelo que não se vislumbra prática de ilícito, devendo,
portanto a presente demanda ser julgada totalmente improcedente.

4.2. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS

Não obstante a comprovação da ausência de prática de ato ilícito


pela Ré, alguns comentários acerca dos danos morais pleiteados pela Autora
devem ser tecidos, em atenção ao princípio da eventualidade.

Não basta a Autora alegar ter sofrido danos morais para ter direito
a uma reparação pecuniária. Necessária se faz a comprovação de que a Ré
efetivamente incorreu na prática de ato ilícito e de que houve o prejuízo moral,
sob pena de se banalizar esse instituto, elevando um mero dissabor da vida
cotidiana à categoria de dano moral.

Ora, como mencionado anteriormente, a Ré não cometeu


qualquer ato ilícito, tendo solicitado a peça de imediato à sua

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 259
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
fabricante e se disposto a reparar o defeito apresentado no veículo da
Autora em garantia.

Por sua vez, considerando que o problema constatado não


impede o uso regular do bem, não há como se vislumbrar dano moral
por conta da espera pela substituição de peça do veículo.

Com efeito, é impossível verificar sofrimento moral reparável no


caso, haja vista que o veículo da Autora não padece de qualquer problema que
comprometa a sua segurança e dirigibilidade, tanto assim que vem sendo
normalmente utilizado. Portanto, não se pode admitir a existência de danos
morais sofridos pelo consumidor que continua na posse e regular utilização do
bem!

Da mesma forma, a sugestão da Autora de que teria sofrido um


suposto trauma psicológico fortíssimo quando da aferição do problema é por
demais exagerada e quase novelística.

Afinal de contas, as máquinas, quaisquer que sejam, podem vir a


apresentar algum tipo de defeito ao longo de sua vida útil. Não é a regra, não é
o que se espera e nem se deseja, mas é algo que, algumas vezes, pode
acontecer. Até porque, são máquinas. Cada vez mais sofisticadas, seguras e
modernas, mas, ainda assim, máquinas.

Por isso, o suposto trauma alegado pela Autora sugere na


verdade um eventual despreparo do mesmo para com um evento
simples do cotidiano. Todo e qualquer consumidor que adquire e tem uma
máquina, está sujeito, ainda que remotamente, a ter algum tipo de problema
no equipamento que exija reparo e correção. E tem, obviamente, que estar
preparado para isso.

Daí porque restam totalmente inconvincentes as sugestões no


sentido de que o defeito em questão teria lhe causado todo o transtorno
psicológico narrado na exordial.

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Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
A vida em sociedade impõe aos proprietários de automóveis,
independente da marca, modelo ou fabricante, obviamente, a novas quebras,
necessidade de reparos e outros eventos corriqueiros que podem acontecer
perfeitamente com qualquer um que adquira um veículo automotor.

Vale dizer, mesmo se aceitarmos que a Autora realmente tivera


um forte trauma psicológico provocado pelos problemas em seu veículo, o que
se admite por mero amor ao debate, o pagamento de danos morais não
resolverá o seu problema, já que é inerente às relações interpessoais e em
sociedade.

Mais uma vez, há de ser destacado que defeitos e reparos são


eventos indesejados, mas corriqueiros, aos quais todos os proprietários de
veículo automotor estão invariavelmente sujeito.

As Rés, como visto, não cometeram qualquer ato durante o


episódio narrado nos autos que possa ter trazido um abalo tão grave a justificar
indenização.

Ora, Exa., atualmente os eventos mais corriqueiros do comércio


jurídico são deturpados nos pormenores, exagerados nas consequências,
dramatizados nas circunstâncias, tudo para caracterizá-los como causadores de
danos morais.

Portanto, não se pode vislumbrar qualquer ato ilícito por parte da


Ford.

Ora, Exa., de fato, é impossível verificar na narrativa inicial,


qualquer ato da Ford que possa ter causado abalo moral aa Autora, sendo certo
que os fatos narrados não passam de mero aborrecimento ou
“desconforto” e, por isto, não são indenizáveis.

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 261
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça é uníssono ao
entender que a apresentação de defeitos em veículo novo adquirido pelo
consumidor, que geram a necessidade de algumas idas à concessionária para
a realização de reparos, NÃO é capaz de configurar a ocorrência de dano
moral, mas sim mero desconforto.

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS. DEFEITO NO VEÍCULO. INDEVIDO ACIONAMENTO DE
AIR BAG. FATO DO PRODUTO. MERO DISSABOR.
- O indevido acionamento de air bag constitui fato do produto e,
portanto, a empresa deve indenizar o consumidor pelos danos
materiais daí advindos.
- Não cabe indenização por dano moral quando os fatos
narrados estão no contexto de meros dissabores, sem
humilhação, perigo ou abalo à honra e à dignidade da
Autora.
- A despeito da existência de frustração, o indevido acionamento
de air bag não é causa ensejadora de compensação por danos
morais.
- Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1329189 / RN,
Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJe
21/11/2012)

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, DANOS MORAIS E PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO NOVO.
LEGITIMIDADE DA RÉ QUE DECORRE DO CONTRATO FIRMADO
ENTRE AS PARTES. RÉ QUE CIENTIFICOU A AUTORA ACERCA DA
NECESSIDADE DE AGUARDAR APROXIMADAMENTE O PRAZO DE 30
DIAS PARA ENTREGA DO VEÍCULO PELA FABRICANTE. DEMORA
INJUSTIFICADA NA ENTREGA DO AUTOMÓVEL. DECISÃO LIMINAR
DEFERIDA PARA COMPELIR A RÉ A ENTREGAR O VEÍCULO NO
PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS SOB PENA DE MULTA DIÁRIA.
AUTORA QUE TEVE QUE CONTRATAR OS SERVIÇOS DE TÁXI PARA
LOCOMOVER-SE NESSE PERÍODO. DANO MATERIAL COM
DESPESAS DE TAXI COMPROVADO. ATRASO INJUSTIFICADO
NA ENTREGA DO VEÍCULO. PLEITO DE DANOS MORAIS.
INVIABILIDADE. DEMORA QUE ACARRETOU MEROS
ABORRECIMENTOS. AUTORA QUE UTILIZOU-SE DE TAXI PARA
LOCOMOÇÃO DURANTE O PERÍODO DE ESPERA. MERO
ABORRECIMENTO. DANO MORAL AFASTADO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. RECURSO CONHECIDO E

10

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 262
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PARCIALMENTE PROVIDO. A Concessionária/vendedora de
automóveis responde independentemente de culpa pelo atraso na
entrega do veículo ao adquirente, devendo suportar os danos
materiais causados ao consumidor. Por sua vez, há de existir prova
nos autos de que o consumidor sofreu um abalo psíquico profundo,
apto a ensejar indenização por dano moral uma vez que O DANO
MORAL CAPAZ DE SER AGASALHADO PELO DIREITO É
AQUELE QUE FERE SOBREMANEIRA A PESSOA. MEROS
DISSABORES DECORRENTES DO COTIDIANO NÃO DEVEM
SER ERIGIDOS AO STATUS DE DANOS MORAIS. (TJSC; AC
2013.046256-1; Timbó; Terceira Câmara de Direito Civil; Rel. Juiz
Saul Steil; Julg. 24/09/2013; DJSC 02/10/2013; Pág. 147)

Nesse sentido, também, é o mais recente entendimento do


Superior Tribunal de Justiça:

RECURSO ESPECIAL - RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS (...) LAMENTÁVEL DISSABOR - DANO MORAL
- NÃO CARACTERIZADO – RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO.
I - As recentes orientações desta Corte Superior, a qual alinha-se
esta Relatoria, caminham no sentido de se afastar indenizações por
danos morais nas hipóteses em que há, na realidade,
aborrecimento, a que todos estão sujeitos.
II - Na verdade, a vida em sociedade traduz, infelizmente,
em certas ocasiões, dissabores que, embora lamentáveis,
não podem justificar a reparação civil, por dano moral.
Assim, não é possível se considerar meros incômodos como
ensejadores de danos morais, sendo certo que só se deve
reputar como dano moral a dor, o vexame, o sofrimento ou
mesmo a humilhação que, fugindo à normalidade, interfira
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo,
chegando a causar-lhe aflição, angústia e desequilíbrio em
seu bem estar.
(STJ, 3ª T. RESP nº 1234549/SP. Re. Min. Massami Uyeda, DJE
10/02/2012)

O pedido de indenização moral não encontra respaldo,


devendo ser julgado improcedente, sob pena de propiciar o enriquecimento
sem causa da Autora, o que é vedado por nosso ordenamento jurídico (art. 884
do Código Civil).

11

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 263
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
No entanto, caso este MM. Juízo entenda que a Autora realmente
sofreu danos morais, o que se admite apenas em atenção ao princípio da
eventualidade, o dano sofrido deverá ser prudentemente mensurado, a fim de
que não haja o enriquecimento ilícito da Autora, vedado por nosso
ordenamento jurídico (art. 884 do Código Civil).

Em suma, se algum dano moral for reconhecido, o que não é


esperado, a indenização há de ser arbitrada em valor consentâneo com a
extensão do eventual dano causado, respeitando os artigos 944, parágrafo
único, do Código Civil e artigo 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.

Nesse sentido, importante frisar que a indenização por danos


morais deve obedecer a critérios de equidade e justiça, respeitando o princípio
da proporcionalidade e da razoabilidade, deve ter caráter exclusivamente
compensatório, que espelhe as circunstâncias especiais do caso, mormente a
extensão do eventual dano sofrido, sob o bom senso do magistrado,
responsável por repelir pedidos surrealistas e da boa-fé das partes, repelindo
indenizações descabidas, que somente aumentam a indústria da indenização.

Portanto, ainda que Vossa Excelência entenda por imputação de


responsabilidade da Ré Ford, o que não é esperado, a indenização há de ser
arbitrada em valor consentâneo com a extensão do eventual dano causado,
respeitando os artigos 944, parágrafo único, do Código Civil e artigo 5º
da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, sob pena de
violação ao artigo 884 do Código Civil e artigo 5º, X da Constituição
Federal.

4.3. DA INEXISTÊNCIA DE PROVAS QUANTO AO ALEGADO DANO


MATERIAL.

Embora a Ré tenha demonstrado a inexistência de prática de ato


ilícito, pleiteia a Autora indenização por danos materiais, porém, sequer
comprova qualquer despesa.

12

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 264
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ocorre que, como já salientado, não há que atribuir tal
responsabilidade à Ford, uma vez que, seu veículo será devidamente reparado,
bem como NÃO FOI JUNTADO QUALQUER COMPROVANTE PELA AUTORA, mas
somente, simples recibos:

13

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 265
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de
Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que houve o desembolso qualquer valor.

Ainda, o veículo encontra-se na posse da Autora até o momento,


não há nenhuma razão para a utilização de taxi!

O artigo 303, do CPC, igualmente afirma serem lícitos após a


contestação, apenas deduções relativas à fatos supervenientes, o que não pode
ser admitido para despesas supostamente já desembolsadas.

Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AGRAVO RETIDO


INTERPOSTO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM AUDIÊNCIA.
ADMISSIBILIDADE. TEMPESTIVIDADE. RECURSOS CONHECIDOS.
AGRAVO RETIDO CONTRA DESPACHO INTEGRATIVO DA DECISÃO
ANTERIOR AGRAVADA. NÃO CONHECIDO. AGRAVO RETIDO.
MÉRITO. JUNTADA TARDIA DE DOCUMENTO. INDEFERIMENTO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. APELAÇÃO. MÉRITO.

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CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. AUSÊNCIA. ÔNUS
DA PROVA. AUTOR. RECONVENÇÃO. DANO MATERIAL.
AUSÊNCIA DE PROVAS. DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO
SERASA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
(...)
5. O juízo não está obrigado a aguardar indefinidamente
pela juntada de prova que, desde a inicial, estava a parte
autora obrigada a trazer aos autos, por se tratar de
documento indispensável à propositura da ação, mormente
quando a parte não demonstra qualquer motivo para não tê-
lo trazido aos autos. 6. O chamado ônus da prova é instituto
de direito processual que busca, acima de tudo, viabilizar a
consecução da vedação ao non liquet, uma vez que, por
meio do art. 333, inc. I, do CPC, garante-se ao juiz o modo
de julgar quando qualquer dos litigantes não se desincubir
da carga probatória definida legalmente, apesar de
permanecer dúvidas razoáveis sobre a dinâmica dos fatos.
Precedentes do STJ. 7. A Autora ao deixar de trazer aos autos o
original do contrato de arrendamento mercantil para fins da perícia
que se fazia imprescindível, não de desincumbiu do ônus previsto
no referido art. 333, I, do CPC, motivo porque deve suportar os
efeitos de sua incúria. 8. Dano material excluído da sentença
ante a ausência de provas documentais das despesas com
transporte ou locação de veículos alegadamente
dispendidos pela reconvinte. 9. Reforma em parte da sentença
para reduzir o valor do dano moral, porque além do lançamento
indevido feito pela apelante, constam outros débitos que não poder
ser imputados à reconvinda, a demonstrar que a reconvinte é
devedora contumaz. 10. Honorários advocatícios compensados na
forma do art. 21, do código de processo civil. (TJAP; APL 0006623-
78.2007.8.03.0001; Câmara Única; Rel. Juiz Conv. Mario Mazurek;
Julg. 10/07/2012; DJEAP 17/07/2012; Pág. 18)

Ora, Exa., como se sabe, os danos materiais devem ser certos,


específicos e devem estar comprovados nos autos, até porque não se admite o
ressarcimento de dano hipotético, conforme vasta jurisprudência:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. TELEFONIA MÓVEL. PESSOA JURÍDICA.


SERVIÇO DESTINADO À IMPLEMENTAR A ATIVIDADE LUCRATIVA.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INAPLICABILIDADE.
SERVIÇO DEFEITUOSO. DANOS MORAIS E MATERIAIS NÃO
COMPROVADO. 1. Por não se caracterizar como consumidor a
pessoa natural ou jurídica que adquire bem ou serviço com o
desiderato de implementar sua atividade lucrativa, é inaplicação o

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Código de Defesa do Consumidor à espécie, e, por consequente,
inadmissível a inversão dos ônus da prova, incumbindo aa Autora
produzir prova no sentido de sua tese. 2. Configura o serviço
defeituoso pela falta de bloqueio da linha telefônica móvel após
comunicação da perda do aparelho. 3. Não é devida a
indenização a título de danos materiais quando ausente
prova do prejuízo experimentado pela contratante, ainda
que configurado o serviço defeituoso. 4. Não cabe a
indenização a título de danos morais em favor da pessoa jurídica
quando não ofendidos seus direitos personalíssimos. Recurso
desprovido (TJSP, Apelação 0004237-81.2009.8.26.0125, Relator
Gilberto Leme, Órgão julgador: 27ª Câmara de Direito Privado,
Data do julgamento: 22/01/2013DANO MATERIAL.
CONFIGURAÇÃO. Tanto quanto o dano moral, tal tipo de lesão liga-
se à responsabilidade civil. É uma situação objetiva, em que reste
efetivamente demonstrado o prejuízo sofrido pela parte, que
conduz à caracterização do dano material, cuja reparação há de
guardar proporcionalidade com a diminuição patrimonial derivada
do ilícito patronal. Assim, o dano material é sempre
mensurável em função dos valores, pelo que se exige sua
comprovação detalhada, sem a qual não se faz possível a
reparação. (REL. DES. VALTÉRCIO DE OLIVEIRA. ACÓRDÃO N.º.
6906/07. 4ª. TURMA. PUBLICADO EM 29/03/2007. RECURSO
ORDINÁRIO Nº. 01259-2005-019-05-00-8-RO)

Assim, como a Autora não trouxe aos autos qualquer documento


que comprove diminuição de seu patrimônio diretamente relacionado com o
pedido em apreço, a improcedência do pedido é medida que se impõe.

Abaixo segue jurisprudência neste exato sentido, confirmando que


somente se poderá se falar em dano material a incidir APÓS o prazo de
30 dias, justamente para que não se penalize a fabricante por período em que
agiu dentro da legalidade:

INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE SEGURO. CONSERTO DE VEÍCULO.


DEMORA EXCESSIVA NA CONCLUSÃO DO TRABALHO.
RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA RÉ. DANOS MATERIAIS,
ADVINDOS DE CONTRATAÇÃO DE FRETE PARTICULAR, LIMITADOS AO
PERÍODO EXCEDENTE AO PRAZO RAZOÁVEL PARA CONSERTO. DANO
MORAL NÃO CONFIGURADO. MERO DESCUMPRIMETO CONTRATUAL.
1. No caso em tela, o evento danoso, que culminou na abertura do
processo de sinistro em questão, ocorreu em 22/12/2011 (fl. 17). Já,
a liberação do valor ocorreu, aproximadamente, dois meses após a

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autorização da seguradora. 2. Hipótese em que a seguradora figura
como responsável pela demora na conclusão dos reparos realizados no
veículo da Autora. 3. De fato, tem-se que o prazo de cerca de dois
meses para conserto do veículo danificado em acidente, em razão da
falta de peças, evidentemente, é excessivo, até porque atualmente, o
meio particular de transporte se tornou fundamental no dia-a-dia dos
centros urbanos. Ademais, salienta-se que o veículo sinistrado era
utilizado para realizar o frete dos insumos necessários à criação dos
animais, fontes de renda da Autora. 4. Impositiva, portanto, a
obrigação da seguradora ré em indenizar o dano material, advindo da
necessidade de contratação de frete, uma vez que tal prejuízo
decorreu do inadimplemento parcial do contrato de seguro, que deve
ser, no entanto, limitado. 5. A REPARAÇÃO DOS DANOS
MATERIAIS DEVE SER, ASSIM, LIMITADA AO PERÍODO
EXCEDENTE AOS TRINTA DIAS ACORDADOS PELAS PARTES,
PRAZO RAZOÁVEL PARA CONSERTO DO VEÍCULO, de modo que
cabível o ressarcimento dos valores gastos, em frete, apenas em
relação ao mês de fevereiro de 2012. 6. Dano moral não configurado
na hipótese. Inadimplemento contratual, que, por si só, não viola
direitos da personalidade. Recurso parcialmente provido. (TJRS; RecCv
37573-28.2013.8.21.9000; Encantado; Segunda Turma Recursal
Cível; Relª Desª Fernanda Carravetta Vilande; Julg. 02/10/2013;
DJERS 08/10/2013)

Outrossim, quanto a necessidade da substituição temporária do


veículo, dada a sua essencialidade para a Autora, verifico que não há
no ordenamento jurídico vigente qualquer previsão legal nesse
sentido. Logo, não tem a requerida o dever legal de fornecer um outro
veículo aa Autora, enquanto não decorrido o prazo do art. 18 do CDC.
O que se tem entendido nos tribunais é que diante da essencialidade
do objeto, que com sua ausência pode gerar um receio de grave lesão
de incerta ou de difícil reparação, pode-se determinar a substituição
do produto por outro, temporariamente, enquanto o objeto permaneça
na assistência. Contudo, essa medida só é obrigatória quando judicial,
conforme deferido em tutela antecipada. Acaso houvesse o desrespeito
ao prazo estipulado por lei ou pela convenção das partes para reparar
o vício, tem-se entendido na jurisprudência, bem como por esse Juízo,
que tais fatos, por si, geram dano ao consumidor, o que demanda a
responsabilidade civil. Contudo, ressalta-se, não é esse o caso que se
verifica nos autos. Por todo o exposto, não verifico no processo um
dos requisitos da responsabilidade civil, qual seja, o dano. Em que
pese nas demandas consumeristas não se perquira a existência da
culpa, dada a responsabilidade objetiva, imprescindível a comprovação
da existência de dano, bem como o nexo causal deste, o que em
nenhum momento restou demonstrado nos autos.
O dano moral refere-se à lesão de bem integrante da personalidade,
tal como a honra, a liberdade, a saúde, a integridade psicológica,
causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima,
sendo definido como uma dor de natureza psicológica que atinge a

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pessoa, causando-lhe angústia e aflição. No meu entender, ao caso,
não ocorreu a mencionada lesão a qualquer bem integrante da
personalidade. Diante de todo o exposto, resolvendo o mérito nos
termos do art. 269, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO
INICIAL. Sebastião Masieiro Lourenço e Robertson Oliveira Lourenço
contra Ford Motor Company Brasil Ltda e Ford Canaã Portela Ochiai
Comércio de Veículos Ltda. [...] (gr.n)1 JEC de Colorado do Oeste,
1000433-11.2013.8.22.0012

Portanto, a improcedência do pedido se impõe, especialmente


quanto aos pretensos valores, pois a FORD tem o prazo de 30 dias para reparar
o veículo da Autora.

Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de


Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que a Autora realizou o desembolso dos valores que postula,
sob pena de ofensa ao art. 884 do Código Civil.

4.4. DA INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DE FORNECIMENTO DE


DO CARRO RESERVA – DESRESPEITO AO FORD ASSISTENCE

O Autor, em sua petição inicial, pleiteia a condenação das Rés ao


pagamento de indenização por danos materiais, pela locação de veículo nos
dias em que o veículo ficou parado.

Inicialmente, como esclarecido pelo próprio Autor, o Manual de


seu veículo é de lídima clareza ao especificar que a FORD concede sim um
veículo reserva quando o prazo de 3 dias!

Ressalte-se que por se tratar de uma garantia E UM DIREITO DA


FORD quanto ao reparo no prazo de trinta dias, a FORD contratualmente
concede um veículo reserva de forma gratuita para a situação transitória, pelo
prazo de até três dias.

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NÃO HÁ NENHUMA ABUSIVIDADE NA REFERIDA CLÁUSULA.
Nestes termos, o Manual do veículo da Autora é de lídima clareza
ao especificar o veículo reserva que seria concedido, veículo diferente destas
especificações é questão não contratada na garantia do FORD ASSISTENCE:

Ressalte-se que por se tratar de uma garantia E UM DIREITO DA


FORD quanto ao reparo no prazo de trinta dias, a FORD contratualmente
concede um veículo reserva de forma gratuita para a situação transitória,
inicialmente pelo prazo de até três dias, prorrogável pelo prazo do conserto,
mas o veículo expressamente é informado como sendo POPULAR BÁSICO:

Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de


Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que o Autor realizou o desembolso dos valores que postula.

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4.5. IMPOSSIBILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Não há que se falar em inversão do ônus da prova, haja vista que


a Autora não é hipossuficiente em relação às Rés.

Preceitua o inciso VIII do art. 6º do Código de Defesa do


Consumidor que são direitos do consumidor a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova a seu favor, quando, a
critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias da experiência.

Para que o ônus da prova pudesse ser efetivamente invertido,


imputando à ré a necessidade de comprovar os fatos alegados, os requisitos da
hipossuficiência e verossimilhança precisam ser constatados cumulativamente,
o que não ocorreu no presente caso.
Admitir a obrigatoriedade da inversão ao ônus da prova em todos
os casos de cunho consumerista, seria inobservar o Principio Geral do Direito
“Allegatio et non probatio, quasi non allegatio.”

Ou seja, ainda que V. Exa. entenda tratar-se de relação de


consumo e incline-se pela inversão ao ônus da prova, tal reconhecimento não
exime o consumidor de demonstrar a verossimilhança na existência do fato
constitutivo do seu direito.

Nestes termos, cumpre consignar o quanto relatado na decisão da


relatoria do Desembargador Cruz Macedo, do TJ do Distrito Federal:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO E RESCISÃO


CONTRATUAL. COMPRA DE VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO.
PRODUÇÃO DE PROVA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. VÍCIOS
INSIGNIFICANTES. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 18, § 1º, DO
CDC. DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO.

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1. Por ser o juiz o destinatário das provas, a ele cabe decidir sobre
sua necessidade ou não à instrução do processo, consoante o
disposto no art. 130 do CPC, não havendo falar, portanto, em
cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide.
2. A despeito de se cuidar de relação de consumo, não se
impõe a inversão do ônus da prova, como pretendem os
recorrentes, pois o artigo 6º, inciso VIII, do CDC somente a
autoriza quando presentes os pressupostos da
verossimilhança da alegação ou da hipossuficiência do
consumidor, em termos de acesso e possibilidades de
produção da prova.
3. Sendo os vícios apontados pelo consumidor insignificantes, por
não afetarem a qualidade e a segurança do veículo, não é caso de
aplicação do artigo 18, § 1º, do CDC, mormente se a
concessionária corrige os defeitos em tempo hábil, ou seja, não
ultrapassando o prazo de 30 (trinta) dias para a solução do vício do
produto. 4. Configurando o suposto fato lesivo (idas à
concessionária para reparo do defeito) mero aborrecimento, e não
gerando violação à intimidade, à imagem ou à vida privada do
consumidor, não há falar em indenização a título de danos morais.
5. Recurso não provido. (TJDF; Rec 2011.01.1.201468-4; Ac.
667.654; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz Macedo; DJDFTE
12/04/2013; Pág. 156)

E no mesmo sentido, de todo pertinente colacionar a decisão do I.


Juiz Augusto Vinícius Fonseca e Silva, quando do julgamento da ação n°
0024633-16.2013, do Juizado da comarca de Barbacena:

“Sim, sabemos que a inversão do ônus da prova, em casos de vício


do produto, é direito básico do consumidor previsto no art. 6º,
VIII, da lei correspondente, mas não se pode interpretar dito
dispositivo como forma de transferir ao consumidor todo o ônus do
fato constitutivo alegado, sob pena de total desequilíbrio da relação
processual, chegando mesmo a fazer com que este produza prova
diabólica. Fábio Costa Soares, em preciosa dissertação de
mestrado, dissertou, com proficiência:

A proteção jurídica conferida ao consumidor não chega ao ponto de


fazer recair sobre as costas do fornecedor o peso de produção de
prova material ou tecnicamente impossível de ser produzida, sob
pena de grave violação direito fundamental à ampla defesa e ao
contraditório’”

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Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assim sendo, não há que se falar em inversão do ônus da prova,
razão pela qual deve a Autora provar suas alegações pelos meios em direito
admitidos, o que não ocorreu em momento algum; ora, não basta alegar,
necessário se faz a comprovação de tais alegações, nos termos do artigo 333,
I, do Código de Processo Civil.

5. DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, diante da inexistência de pretensão


resistida pela Ford, requer a ação seja julga extinta sem julgamento de mérito
face à ausência de interesse processual.

Caos assim não se entenda, restando comprovada a ausência dos


elementos essenciais para a configuração da responsabilidade civil, a pretensão
Autoral deve ser JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE, o que fica
requerido pela Ré.

Por fim, a Ré protesta pela produção de provas, por todos os


meios em direito admitidos, sem exceção.

Por fim, requer que todas as publicações e notificações referentes


ao presente processo sejam veiculadas exclusivamente em nome do
advogado Celso de Faria Monteiro, OAB/BA 36.272, sob pena de
nulidade.

Termos em que
pede deferimento.

Irecê/BA, 18 de novembro de 2015.

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Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 35079750 - Pág. 274
Código de validação do documento: 508388bc a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reservas de iguais, aos Doutores Renata Amoêdo Cavalcante,


OAB/BA nº 17.110, todos integrantes de AMOÊDO & CARVALHO ASSESSORIA
JURÍDICA S/S, com escritório na Rua Alfredo Guimarães, nº 05, 2º Andar - Pituba
- Salvador/BA - CEP 41.900-295, os poderes ad judicia que me foram outorgados por
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, para o fim de promover as medidas judiciais
cabíveis nos autos do processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110, em trâmite perante
a(o) 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de Irecê/BA, que lhe move
Juliana Dourado Loula Saum, podendo o ora constituído praticado todos os atos
jurídicos necessários, especialmente para apresentar contestações em geral,
representando o mandante perante qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, transigindo,
desistindo, firmando acordos e compromissos, recebendo e dando quitação.

São Paulo, 12 de novembro de 2015.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 35080804 - Pág. 275
Código de validação do documento: 5083b1e8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 35080805 - Pág. 276
Código de validação do documento: 5083b1f2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ford Motor ComPanY Brasil Ltda.

PROCUNACAO

Pelopresenleinslfumenloporlict.tlor,foRDtol.gRcoMPANYBRAslL!TDA.,comsedenoAvenido
do Compg' 10- Eslod?-de 56o Poulo'
do Tobo6o, 899, Rudgo no*ot, no ciOode 99-S!o--B:mqrdo
inscrilo no CNPJ/MF toU n'."6s.a;OiiiruOf'ZO;
l) Toubot6' Eslodo'de S0o Poulo' no Avenido
(2) Totut, Eilodo de
Chortes schneicJ et,z.z22,norqu; s6o a;fim, cr.ptiNl? no.a3.470.727tp2'ol;
j-nl *,i-t ia-, i"j"ineitqs, CNPJ/MF no. Og.ilA'727 tgryq988: (3) Botued'
56o poulo, no Rod. Sp - r 7
piuteiio loao Villolobo Quero, 2.080, Jordim^Belvol CNPJ/MF n"'
Estocro de 56o pouto, no av"niio
03.470.727too12{3; (a) comoi;, fi.-$ oo ponlo'-ng^evenicJg
Henry Folgr ?'9rc'Boino COPEC
petroqutmico a" d."irc*ii, CUJll4r n'.^03.470.727lcDI6'07; (5) solvodor' Estodo do
fComptexo (5) condelos. Estodo do
Bohio, no Estrodo do resa, sli{,'i-irlia]'cNpllrlr no.o.3.470.72710023-36;
Oirdito ao Rio Cotegipe, no Bohio de lodos os Sontos, Dlslrlto de
Bohio, no Vilo Montoim troiS"*
Muruim, Zono Porruorio xo*Jitipl'lr"ir i' orl'1l:?-i1!9a'?&40' e (7) Horlzonle' Estodo do ceor6'
ciij/ttii ;'.oia.nlo'tztloosl-46; dorovonle designodo "oulorgonle"'
no Roclovio BR ll6. km ez,s,
com seu conrroro socior aoiJj" i" ie,io.iiti e orquvoao no JUCESP sob NIRE ne. 35'215'993'046'
conlroluol consoiidodo,
em 22.lo.l?99 e posteriores-Iii"ioc;i-;oo o ottimo 83o olteroqdo
dorodo de 26to3tut4,,ugiri,Jii'iJli,bEiciou n". |2l86n4-5,,e$
pqrg-s.r:lo rerceko cre seu '*ri,.-g:ll{0i311,^l".ill
conrrolo socicil por suo
:il",ffiHi;"i;1;Hffi';;;,iigo12,
r"goit]-gNA"iaUia' Caf,tqNO- n EsQulIA BARROS' brosileko' cosodo'
Dketo{o cle Assunlos
IllrtdloJi.ii,iid no oe6'li'r'n;.'ii.zsp e no cPt/MF n". tgz.ozl'st's'80, co,n o nlesmo endereco
do outorgonle, ;;;i;; seus bostonles procurodcires: NANCI coglp6nl
comerciol ";rlitui
coRRgA, brositeko, sorrerro, oo"voiJa.
p"*"4"i"-g"_q6dulo de'ldenlidode oAB/sP no. 166.179 e
inscriro no cpF/MF ,oo o n".l$]osi.izboo; rroan cAVEANHA DE souzA HAcKERort' brosileko'
coiodo. odvogodo, porfocroro-Oo 6iarro. ;u ldenlidode OAB/SP ri' 234'278 e inscrito no CPtlMF
meii[iinilHiii;AM,oi;brosileiro, solieiro, odvogsdo, portodoro do
sob o no 214.39r.038.32
o no, 269.510.848-66, DENISE
ceduto de tdeniidode oee/ii n;. 20i.707 e inscrito no cPFlMF sob
RoMrQ. brosileiro, solleiro. Ji6;;:;i;ryi's-qqsitulo de ldenlidode-oAB/sP n' 130'322 e
BAIADORI GoNqAtvEs, brosileko, solteiro
lnscrilo no c?FlMF roO o n. ra7"eia.z'as-or;
^lancrl
a. ceiyr9-.qriatFle,oAB/11--:,16:6"1ililT:'1:"::r:Ti%iB7rl
odvo.godo. portodor
odvogodo, inscriio no oAB/sP l::
n''
3iJ.3fff6-Ei]'iiYi'rliio'ibicei-rinr, brositeiro.cosodo,
AIEXANDRE ANOnnDt atvss coRRElA" brosileko,
272.723 e no cpF/Mr o-n , izj,iir,isa-pa.
'oo no bASAf nc. 296..648 CPF n'. 3[4.457-018-59. UAURO RINAIDO
o no
solleiro, odvogodo, tnscrito -oO";o-gi;;;
il"'ii; * OA8/5P no' 167'016 e no CPF/MF sob o no'
PAolEnli brosilairo,
brositeiro'.cosodo' odvogoclo' inscrito no oAB/sP
no'
069.099.728{5; "osooo,
TAMTRES CalaneiiiiviiR.
ibnro aenvrNUTO' brosileko'
342.8, e no CpF/MF *u .?;. sgl.liiie*<i; ne*Arrinrucnes
no GPF/MF sob o no. 349.721.718Q4 e
cosodo, odvogodo, inscrilo'noa;Ai n;. iispzt.e
RoDRtGo TADEU DAMASO
p! iiirviiia, irosiieiro' so[eko' sdvogodo' inscrllo no oAB/sP 2l 7.071 e
o mesmo endereqo comeicibt do Oulorgonle, com poderes
no CpF no. Z2,,g2g,Sgg.t,,foOoitor do ordem de nomeoq6q' prolicor
Doro: EM CONJUNTO ou srrinailililne, lnOepenaenf"renl"
ou lribuldrio: I'poro o foro
ffi.;r;;;;ilil;;;rffi;;ilffii;](;ilrhisro,.previdenci6rlo
ol-'"olo-o iuotciot' lnsldncio ou
em gerol, propor e conrestor"qu"oiq-u"i'oi6o "rn' P9]3Yi:izo'
:::,]Tl: f,q:::1':.lY'f:::I
iribunol, em que o outorsoitJi"jJl,ii"rJ,'i"o: ::f::9:'i'.1?; mois o de recober intimoqoes
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interessodo, com poderes doiid;;,jff%i; :uircra" "
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pessoot.. em nome do Oulorgonlo; reconhecer
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e nolificoc6€s; (ii) prelor Jeioimlnto desisiir, renuncior oo direito sobre que se fundo
o
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f;;;t"oi.ro, receber qu6isquer q\,ontios.'e dor quitoc6q'
[iilffi;;;;;tr;;, ""ion"1ior, noiurozo clvel, tribut6rio' kobolhisto e
em iuizo ou foro dele. , . pro""ttos odmlnlslrollvos.de
defender "i.
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previdenci6rio, 'otur"""t cleFeso; [iiil tnierpor recurso5; {iv} preslor
receber intimoqoes notirilioEt:'1i11 do presenle
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Exmo. Dr. Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de Irecê-BA

BURITI VEÍCULOS, PEÇAS E SERVIÇOS LTDA, já devidamente qualificado no Autos da


Ação sob nº acima epigrafado, vem, perante V. Exa., requerer a juntada dos atos
constitutivos da Sociedade Empresarial.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Irecê (BA), 23 de Novembro de 2015.

André Henrique Leal de Oliveira

OAB/BA 38.524

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Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ - PROJUDI

Allan Kardec, 49, CENTRO - IRECÊ


irece-1vsj@tjba.jus.br

Processo Nº: 0007786-22.2015.8.05.0110

Parte Autora:
JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM

Parte ré:
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

Não recebo os embargos interpostos pela terceira parte Ré, uma vez que não há previsão legal, no
âmbito dos Juizados Especiais, do cabimento daqueles em face de decisão interlocutória.

P.R.I.

IRECÊ, 02 de dezembro de 2015.

ALEXANDRE LOPES

Juiz de Direito

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 36151766 - Pág. 301


Código de validação do documento: 51271c5c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reservas de iguais, aos Doutores Renata Amoêdo Cavalcante, OAB/BA nº
17.110, todos integrantes de AMOÊDO & CARVALHO ASSESSORIA JURÍDICA S/S, com
escritório na Rua Alfredo Guimarães, nº 05, 2º Andar - Pituba - Salvador/BA - CEP 41.900-295, os
poderes ad judicia que me foram outorgados por FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, para
o fim de promover as medidas judiciais cabíveis nos autos do processo nº 0007786-
22.2015.8.05.0110, em trâmite perante o(a) 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca
de Irecê/BA, que lhe move Juliana Dourado Loula Saum, podendo o ora constituído praticado
todos os atos jurídicos necessários, especialmente para apresentar contestações em geral,
representando o mandante perante qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, transigindo, desistindo,
firmando acordos e compromissos, recebendo e dando quitação.

São Paulo, 05 de fevereiro de 2016.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37005656 - Pág. 302
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Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37005657 - Pág. 303
Código de validação do documento: 51a9677a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ford Motor ComPanY Brasil Ltda.

PROCUNACAO

Pelopresenleinslfumenloporlict.tlor,foRDtol.gRcoMPANYBRAslL!TDA.,comsedenoAvenido
do Compg' 10- Eslod?-de 56o Poulo'
do Tobo6o, 899, Rudgo no*ot, no ciOode 99-S!o--B:mqrdo
inscrilo no CNPJ/MF toU n'."6s.a;OiiiruOf'ZO;
l) Toubot6' Eslodo'de S0o Poulo' no Avenido
(2) Totut, Eilodo de
Chortes schneicJ et,z.z22,norqu; s6o a;fim, cr.ptiNl? no.a3.470.727tp2'ol;
j-nl *,i-t ia-, i"j"ineitqs, CNPJ/MF no. Og.ilA'727 tgryq988: (3) Botued'
56o poulo, no Rod. Sp - r 7
piuteiio loao Villolobo Quero, 2.080, Jordim^Belvol CNPJ/MF n"'
Estocro de 56o pouto, no av"niio
03.470.727too12{3; (a) comoi;, fi.-$ oo ponlo'-ng^evenicJg
Henry Folgr ?'9rc'Boino COPEC
petroqutmico a" d."irc*ii, CUJll4r n'.^03.470.727lcDI6'07; (5) solvodor' Estodo do
fComptexo (5) condelos. Estodo do
Bohio, no Estrodo do resa, sli{,'i-irlia]'cNpllrlr no.o.3.470.72710023-36;
Oirdito ao Rio Cotegipe, no Bohio de lodos os Sontos, Dlslrlto de
Bohio, no Vilo Montoim troiS"*
Muruim, Zono Porruorio xo*Jitipl'lr"ir i' orl'1l:?-i1!9a'?&40' e (7) Horlzonle' Estodo do ceor6'
ciij/ttii ;'.oia.nlo'tztloosl-46; dorovonle designodo "oulorgonle"'
no Roclovio BR ll6. km ez,s,
com seu conrroro socior aoiJj" i" ie,io.iiti e orquvoao no JUCESP sob NIRE ne. 35'215'993'046'
conlroluol consoiidodo,
em 22.lo.l?99 e posteriores-Iii"ioc;i-;oo o ottimo 83o olteroqdo
dorodo de 26to3tut4,,ugiri,Jii'iJli,bEiciou n". |2l86n4-5,,e$
pqrg-s.r:lo rerceko cre seu '*ri,.-g:ll{0i311,^l".ill
conrrolo socicil por suo
:il",ffiHi;"i;1;Hffi';;;,iigo12,
r"goit]-gNA"iaUia' Caf,tqNO- n EsQulIA BARROS' brosileko' cosodo'
Dketo{o cle Assunlos
IllrtdloJi.ii,iid no oe6'li'r'n;.'ii.zsp e no cPt/MF n". tgz.ozl'st's'80, co,n o nlesmo endereco
do outorgonle, ;;;i;; seus bostonles procurodcires: NANCI coglp6nl
comerciol ";rlitui
coRRgA, brositeko, sorrerro, oo"voiJa.
p"*"4"i"-g"_q6dulo de'ldenlidode oAB/sP no. 166.179 e
inscriro no cpF/MF ,oo o n".l$]osi.izboo; rroan cAVEANHA DE souzA HAcKERort' brosileko'
coiodo. odvogodo, porfocroro-Oo 6iarro. ;u ldenlidode OAB/SP ri' 234'278 e inscrito no CPtlMF
meii[iinilHiii;AM,oi;brosileiro, solieiro, odvogsdo, portodoro do
sob o no 214.39r.038.32
o no, 269.510.848-66, DENISE
ceduto de tdeniidode oee/ii n;. 20i.707 e inscrito no cPFlMF sob
RoMrQ. brosileiro, solleiro. Ji6;;:;i;ryi's-qqsitulo de ldenlidode-oAB/sP n' 130'322 e
BAIADORI GoNqAtvEs, brosileko, solteiro
lnscrilo no c?FlMF roO o n. ra7"eia.z'as-or;
^lancrl
a. ceiyr9-.qriatFle,oAB/11--:,16:6"1ililT:'1:"::r:Ti%iB7rl
odvo.godo. portodor
odvogodo, inscriio no oAB/sP l::
n''
3iJ.3fff6-Ei]'iiYi'rliio'ibicei-rinr, brositeiro.cosodo,
AIEXANDRE ANOnnDt atvss coRRElA" brosileko,
272.723 e no cpF/Mr o-n , izj,iir,isa-pa.
'oo no bASAf nc. 296..648 CPF n'. 3[4.457-018-59. UAURO RINAIDO
o no
solleiro, odvogodo, tnscrito -oO";o-gi;;;
il"'ii; * OA8/5P no' 167'016 e no CPF/MF sob o no'
PAolEnli brosilairo,
brositeiro'.cosodo' odvogoclo' inscrito no oAB/sP
no'
069.099.728{5; "osooo,
TAMTRES CalaneiiiiviiR.
ibnro aenvrNUTO' brosileko'
342.8, e no CpF/MF *u .?;. sgl.liiie*<i; ne*Arrinrucnes
no GPF/MF sob o no. 349.721.718Q4 e
cosodo, odvogodo, inscrilo'noa;Ai n;. iispzt.e
RoDRtGo TADEU DAMASO
p! iiirviiia, irosiieiro' so[eko' sdvogodo' inscrllo no oAB/sP 2l 7.071 e
o mesmo endereqo comeicibt do Oulorgonle, com poderes
no CpF no. Z2,,g2g,Sgg.t,,foOoitor do ordem de nomeoq6q' prolicor
Doro: EM CONJUNTO ou srrinailililne, lnOepenaenf"renl"
ou lribuldrio: I'poro o foro
ffi.;r;;;;ilil;;;rffi;;ilffii;](;ilrhisro,.previdenci6rlo
ol-'"olo-o iuotciot' lnsldncio ou
em gerol, propor e conrestor"qu"oiq-u"i'oi6o "rn' P9]3Yi:izo'
:::,]Tl: f,q:::1':.lY'f:::I
iribunol, em que o outorsoitJi"jJl,ii"rJ,'i"o: ::f::9:'i'.1?; mois o de recober intimoqoes
"n exrRA'.
interessodo, com poderes doiid;;,jff%i; :uircra" "
li)
pessoot.. em nome do Oulorgonlo; reconhecer
o
e nolificoc6€s; (ii) prelor Jeioimlnto desisiir, renuncior oo direito sobre que se fundo
o
;,;;;J;-;; ;',ai.,d;: ;"";;;oi. rio^iigi',
f;;;t"oi.ro, receber qu6isquer q\,ontios.'e dor quitoc6q'
[iilffi;;;;;tr;;, ""ion"1ior, noiurozo clvel, tribut6rio' kobolhisto e
em iuizo ou foro dele. , . pro""ttos odmlnlslrollvos.de
defender "i.
.";ir1;;g;t;,-peronte quotquer r€porliqao, com poderes polo: (il
previdenci6rio, 'otur"""t cleFeso; [iiil tnierpor recurso5; {iv} preslor
receber intimoqoes notirilioEt:'1i11 do presenle
depoimento pessool, " proiJoiioobs os otos necess6rios se pleno cumprimenlo
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euta camano MESAUIA BARROS

M "1 119-2011
DE
hiia, Prut4
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ/BA

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., pessoa jurídica de


direito privado situada na Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, inscrita junto ao CNPJ/MF sob nº
03.470.727/0001-20, vem respeitosamente à presença de V. Exa., por seus
advogados, nos autos da Ação condenatória em obrigação de fazer c/c ação
indenizatória por danos morais que lhe promove JULIANA DOURADO LOULA
SAUM, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

com fulcro nos art. 30 da Lei 9.099/95, pelas razões de fato e de direito a
seguir elencadas.

1. SÍNTESE FÁTICA

Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c pedido indenizatório


por danos morais e materiais na qual a Autora alega ser proprietária de um
veículo Focus Sedan.

Tozzini, Freire, Teixeira e Silva


R. Líbero Badaró, 293 – 21º andar
01009-907 São Paulo SP Brasil
T 55 11 3291-1000 F 55 11 3291-1111
tozzinifreire.com.br

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37005663 - Pág. 323
Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Alega a Autora que em maio do corrente ano, teria notado a
ocorrência de defeitos no câmbio do veículo, razão pela qual levou o veículo à
concessionária para a realização de reparos.

Em uma breve síntese, a Autora alega que o reparo não foi


realizado no prazo indicado, bem como em razão dos retornos, teve inúmeros
prejuízos materiais e morais, pois somente foi concedido veículo reserva por 3
dias.

Diante do exposto, propôs a presente ação requerendo e requereu


uma indenização pelos pretensos danos materiais e morais.

Contudo, as alegações da parte Autora carecem de respaldo fático


e jurídico, devendo seu pleito ser julgado improcedente por esse MM. Juízo.

2. ESCLARECIMENTOS INICIAIS

Inicialmente, é preciso dizer que a Ford zela pelo absoluto


respeito a seus consumidores e está sempre atenta a oferecer ao mercado de
consumo produtos de excelente qualidade, que atendam satisfatoriamente ou
até mesmo superem as expectativas dos consumidores com absoluta segurança
e responsabilidade.

Os veículos da marca Ford passam por um rigoroso controle de


qualidade antes de serem colocados no mercado, assim como atendem a todas
as normas vigentes impostas pelos órgãos competentes para homologação de
veículos.

Importante ressaltar que, no caso de serem, eventualmente,


identificados vícios de fabricação no veículo dentro do prazo de garantia
concedida, a Ford responsabiliza-se pelo conserto destes, sem ônus algum ao
cliente.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37005663 - Pág. 324
Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
No caso em exame, a peça solicitada e pendente de substituição
não compromete a dirigibilidade e segurança da Autora e foi solicitada de
imediato pela Ford à fabricante, restando pendente apenas o seu recebimento
para a conclusão do reparo.

Assim, como restará demonstrado, o pedido formulado não


merece acolhimento.

3. PRELIMINARMENTE

3.1. DO CUMPRIMENTO À MEDIDA LIMINAR PROFERIDA

Excelência, importante esclarecer que em nenhum momento


houve recusa em reparar o veículo da Autora, ao contrário, após a vistoria
realizada, em que se confirmou a necessidade de substituição da peça, houve a
imediata solicitação desta à fabricante.

Veja, Excelência, que para o reparo do veículo da Autora, a FORD


depende do envio da peça pela fabricante.

Com efeito, não se pode vislumbrar omissão ou recusa de


atendimento por esta Ré, quando todas as medidas necessárias para o reparo
foram adotadas, sendo que o reparo só não foi realizado pelo fato de a FORD
aguardar o recebimento da peça em comento.

No entanto, em face à decisão ora proferida, a FORD cumpriu a


decisão liminar e concedeu veículo reserva, conforme comprovante abaixo.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ademais, face ao cumprimento da liminar, não há o que se falar
em descumprimento da decisão judicial.

4. DO MÉRITO

4.1. INEXISTÊNCIA DE PRÁTICA DE ATO ILÍCITO PELA RÉ – NECESSIDADE


DE SOLICITAÇÃO DE PEÇA AO FABRICANTE

A Autora afirma, em sua peça inaugural, que após vistoria


realizada restou constatada a necessidade de substituição de peças no veículo,
no entanto, constatou-se a que a peça não estava disponível no estoque.

Destaca a Autora que até a presente data a peça não fora


recebida e seu veículo ainda não fora reparado.

Todavia, a forma que a Autora relata os fatos induz Vossa


Excelência ao erro, ao passo que esta Ré adotou todas as medidas necessárias
para o atendimento de sua pretensão.

Neste ponto é que cumpre esta Ré informar a Vossa Excelência,


que ao contrário da narrativa autoral, não há omissão no atendimento prestado

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
a Autora, ao passo que todos os procedimentos foram realizados para a
correta análise do veículo e, restando constatada a necessidade de
substituição da caixa de marchas, imediatamente a peça necessária foi
solicitada ao Fabricante.

Nessa oportunidade, a Autora fora informado de que a peça não


estava disponível em estoque, razão pela qual seria necessária solicitação das
peças diretamente ao fabricante.

Merece destaque o fato de que a peça necessária para


substituição foi solicitada imediatamente pela Ré, visando assim atender
integralmente a pretensão, não tendo esta se mantido inerte, como tenta fazer
crer a Autora em sua narrativa.

Com efeito, a Autora fora cientificado da necessidade de


solicitação da peça ao fabricante, restando ciente ainda que o reparo carecia de
recebimento da referida peça, a qual foi solicitada imediatamente pela Ford,
não podendo, assim, se vislumbrar omissão ou descaso no atendimento
prestado, não configurando qualquer ato ilícito.

Assim, houve o fornecimento de veículo reserva, assim como


previsto no manual do veículo.

Veja-se que o conserto de eventuais falhas apresentadas pelos


veículos da marca Ford é realizado em oficinas autorizadas, mediante a
utilização de peças genuínas, o que implica dizer que, uma vez trocada
determinada peça, o veículo passa a ser considerado novo, eliminando-se
completamente o suposto defeito apresentado e restaurando-se a originalidade
do produto.

Ocorre que a peça em comento trata-se de peça de “baixo


giro”, sendo incomum a sua troca, portanto, não se encontrava
disponível no estoque da concessionária, precisando ser solicitada à
fábrica.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Diante deste cenário, importante mencionar que a regra do
art. 18 do CDC não pode ser aplicada de forma absoluta. Isso porque, um
automóvel é um bem extremamente complexo, cuja produção e montagem
dependem, literalmente, de milhares de componentes, mecânicos em sua
grande maioria.

Vossa Excelência pode avaliar que a FORD não é uma empresa


que descumpre as regras do Código de Defesa do Consumidor, assim como não
pode ser considerada uma empresa reincidente em infrações ao CDC. Ao
contrário, pode se verificar os inúmeros prêmios recebidos pela FORD de
excelência no atendimento de seus consumidores, prêmios estes que
infelizmente poucas empresas detêm em nosso país.

Até por isso que a lei flexibilizou a norma do artigo 18, do


CDC, permitindo que as partes convencionem um maior prazo para a
correção dos problemas, o que a todo momento foi explicado ao
consumidor.

Frise-se que não se trata de caso em que houve a negativa de


fornecimento da peça e do reparo e sim de apenas um atraso em
decorrência do trâmite legal para fornecimento da peça necessária ao
reparo do veículo de propriedade da Autora.

E, considerando que a Ré depende de providências da


fabricante da peça para disponibilizá-la, não se pode impor a obrigação
de entrega imediata, tal como pretende a Autora.

Saliente-se que, como já mencionado, o problema encontrado


na peça em comento não impede o bom funcionamento do veículo e
não coloca em risco a segurança dos ocupantes, não tornando o veículo
imprestável ou impróprio para uso.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Portanto, restando comprovado que os procedimentos adotados
pela Ré são lícitos e não atentatórios às disposições do Código de Defesa do
Consumidor ou à legislação consumerista em geral, a presente demanda deverá
ser julgada totalmente improcedente.

Por fim, cumpre ainda destacar que a responsabilidade se baseia


na ocorrência de ato ilícito, sendo certo que a imputação de obrigação de
reparar dano está condicionada à comprovação, por parte daquele que alega:
(i) do fato lesivo; (ii) da ocorrência de um dano patrimonial ou moral; (iii) do
nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.

Com efeito, no caso em tela, não há qualquer AÇÃO OU OMISSÃO


por parte da Ford que tenha NEXO CAUSAL com os prejuízos supostamente
experimentados pela parte autora.

Diante do exposto, não resta configurada omissão no atendimento


prestado a Autora, motivo pelo que não se vislumbra prática de ilícito, devendo,
portanto a presente demanda ser julgada totalmente improcedente.

4.2. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS

Não obstante a comprovação da ausência de prática de ato ilícito


pela Ré, alguns comentários acerca dos danos morais pleiteados pela Autora
devem ser tecidos, em atenção ao princípio da eventualidade.

Não basta a Autora alegar ter sofrido danos morais para ter direito
a uma reparação pecuniária. Necessária se faz a comprovação de que a Ré
efetivamente incorreu na prática de ato ilícito e de que houve o prejuízo moral,
sob pena de se banalizar esse instituto, elevando um mero dissabor da vida
cotidiana à categoria de dano moral.

Ora, como mencionado anteriormente, a Ré não cometeu


qualquer ato ilícito, tendo solicitado a peça de imediato à sua

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fabricante e se disposto a reparar o defeito apresentado no veículo da
Autora em garantia.

Por sua vez, considerando que o problema constatado não


impede o uso regular do bem, não há como se vislumbrar dano moral
por conta da espera pela substituição de peça do veículo.

Com efeito, é impossível verificar sofrimento moral reparável no


caso, haja vista que o veículo da Autora não padece de qualquer problema que
comprometa a sua segurança e dirigibilidade, tanto assim que vem sendo
normalmente utilizado. Portanto, não se pode admitir a existência de danos
morais sofridos pelo consumidor que continua na posse e regular utilização do
bem!

Da mesma forma, a sugestão da Autora de que teria sofrido um


suposto trauma psicológico fortíssimo quando da aferição do problema é por
demais exagerada e quase novelística.

Afinal de contas, as máquinas, quaisquer que sejam, podem vir a


apresentar algum tipo de defeito ao longo de sua vida útil. Não é a regra, não é
o que se espera e nem se deseja, mas é algo que, algumas vezes, pode
acontecer. Até porque, são máquinas. Cada vez mais sofisticadas, seguras e
modernas, mas, ainda assim, máquinas.

Por isso, o suposto trauma alegado pela Autora sugere na


verdade um eventual despreparo do mesmo para com um evento
simples do cotidiano. Todo e qualquer consumidor que adquire e tem uma
máquina, está sujeito, ainda que remotamente, a ter algum tipo de problema
no equipamento que exija reparo e correção. E tem, obviamente, que estar
preparado para isso.

Daí porque restam totalmente inconvincentes as sugestões no


sentido de que o defeito em questão teria lhe causado todo o transtorno
psicológico narrado na exordial.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
A vida em sociedade impõe aos proprietários de automóveis,
independente da marca, modelo ou fabricante, obviamente, a novas quebras,
necessidade de reparos e outros eventos corriqueiros que podem acontecer
perfeitamente com qualquer um que adquira um veículo automotor.

Vale dizer, mesmo se aceitarmos que a Autora realmente tivera


um forte trauma psicológico provocado pelos problemas em seu veículo, o que
se admite por mero amor ao debate, o pagamento de danos morais não
resolverá o seu problema, já que é inerente às relações interpessoais e em
sociedade.

Mais uma vez, há de ser destacado que defeitos e reparos são


eventos indesejados, mas corriqueiros, aos quais todos os proprietários de
veículo automotor estão invariavelmente sujeito.

As Rés, como visto, não cometeram qualquer ato durante o


episódio narrado nos autos que possa ter trazido um abalo tão grave a justificar
indenização.

Ora, Exa., atualmente os eventos mais corriqueiros do comércio


jurídico são deturpados nos pormenores, exagerados nas consequências,
dramatizados nas circunstâncias, tudo para caracterizá-los como causadores de
danos morais.

Portanto, não se pode vislumbrar qualquer ato ilícito por parte da


Ford.

Ora, Exa., de fato, é impossível verificar na narrativa inicial,


qualquer ato da Ford que possa ter causado abalo moral aa Autora, sendo certo
que os fatos narrados não passam de mero aborrecimento ou
“desconforto” e, por isto, não são indenizáveis.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37005663 - Pág. 331
Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça é uníssono ao
entender que a apresentação de defeitos em veículo novo adquirido pelo
consumidor, que geram a necessidade de algumas idas à concessionária para
a realização de reparos, NÃO é capaz de configurar a ocorrência de dano
moral, mas sim mero desconforto.

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS. DEFEITO NO VEÍCULO. INDEVIDO ACIONAMENTO DE
AIR BAG. FATO DO PRODUTO. MERO DISSABOR.
- O indevido acionamento de air bag constitui fato do produto e,
portanto, a empresa deve indenizar o consumidor pelos danos
materiais daí advindos.
- Não cabe indenização por dano moral quando os fatos
narrados estão no contexto de meros dissabores, sem
humilhação, perigo ou abalo à honra e à dignidade da
Autora.
- A despeito da existência de frustração, o indevido acionamento
de air bag não é causa ensejadora de compensação por danos
morais.
- Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1329189 / RN,
Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJe
21/11/2012)

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, DANOS MORAIS E PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO NOVO.
LEGITIMIDADE DA RÉ QUE DECORRE DO CONTRATO FIRMADO
ENTRE AS PARTES. RÉ QUE CIENTIFICOU A AUTORA ACERCA DA
NECESSIDADE DE AGUARDAR APROXIMADAMENTE O PRAZO DE 30
DIAS PARA ENTREGA DO VEÍCULO PELA FABRICANTE. DEMORA
INJUSTIFICADA NA ENTREGA DO AUTOMÓVEL. DECISÃO LIMINAR
DEFERIDA PARA COMPELIR A RÉ A ENTREGAR O VEÍCULO NO
PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS SOB PENA DE MULTA DIÁRIA.
AUTORA QUE TEVE QUE CONTRATAR OS SERVIÇOS DE TÁXI PARA
LOCOMOVER-SE NESSE PERÍODO. DANO MATERIAL COM
DESPESAS DE TAXI COMPROVADO. ATRASO INJUSTIFICADO
NA ENTREGA DO VEÍCULO. PLEITO DE DANOS MORAIS.
INVIABILIDADE. DEMORA QUE ACARRETOU MEROS
ABORRECIMENTOS. AUTORA QUE UTILIZOU-SE DE TAXI PARA
LOCOMOÇÃO DURANTE O PERÍODO DE ESPERA. MERO
ABORRECIMENTO. DANO MORAL AFASTADO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. RECURSO CONHECIDO E

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
PARCIALMENTE PROVIDO. A Concessionária/vendedora de
automóveis responde independentemente de culpa pelo atraso na
entrega do veículo ao adquirente, devendo suportar os danos
materiais causados ao consumidor. Por sua vez, há de existir prova
nos autos de que o consumidor sofreu um abalo psíquico profundo,
apto a ensejar indenização por dano moral uma vez que O DANO
MORAL CAPAZ DE SER AGASALHADO PELO DIREITO É
AQUELE QUE FERE SOBREMANEIRA A PESSOA. MEROS
DISSABORES DECORRENTES DO COTIDIANO NÃO DEVEM
SER ERIGIDOS AO STATUS DE DANOS MORAIS. (TJSC; AC
2013.046256-1; Timbó; Terceira Câmara de Direito Civil; Rel. Juiz
Saul Steil; Julg. 24/09/2013; DJSC 02/10/2013; Pág. 147)

Nesse sentido, também, é o mais recente entendimento do


Superior Tribunal de Justiça:

RECURSO ESPECIAL - RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS (...) LAMENTÁVEL DISSABOR - DANO MORAL
- NÃO CARACTERIZADO – RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO.
I - As recentes orientações desta Corte Superior, a qual alinha-se
esta Relatoria, caminham no sentido de se afastar indenizações por
danos morais nas hipóteses em que há, na realidade,
aborrecimento, a que todos estão sujeitos.
II - Na verdade, a vida em sociedade traduz, infelizmente,
em certas ocasiões, dissabores que, embora lamentáveis,
não podem justificar a reparação civil, por dano moral.
Assim, não é possível se considerar meros incômodos como
ensejadores de danos morais, sendo certo que só se deve
reputar como dano moral a dor, o vexame, o sofrimento ou
mesmo a humilhação que, fugindo à normalidade, interfira
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo,
chegando a causar-lhe aflição, angústia e desequilíbrio em
seu bem estar.
(STJ, 3ª T. RESP nº 1234549/SP. Re. Min. Massami Uyeda, DJE
10/02/2012)

O pedido de indenização moral não encontra respaldo,


devendo ser julgado improcedente, sob pena de propiciar o enriquecimento
sem causa da Autora, o que é vedado por nosso ordenamento jurídico (art. 884
do Código Civil).

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
No entanto, caso este MM. Juízo entenda que a Autora realmente
sofreu danos morais, o que se admite apenas em atenção ao princípio da
eventualidade, o dano sofrido deverá ser prudentemente mensurado, a fim de
que não haja o enriquecimento ilícito da Autora, vedado por nosso
ordenamento jurídico (art. 884 do Código Civil).

Em suma, se algum dano moral for reconhecido, o que não é


esperado, a indenização há de ser arbitrada em valor consentâneo com a
extensão do eventual dano causado, respeitando os artigos 944, parágrafo
único, do Código Civil e artigo 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.

Nesse sentido, importante frisar que a indenização por danos


morais deve obedecer a critérios de equidade e justiça, respeitando o princípio
da proporcionalidade e da razoabilidade, deve ter caráter exclusivamente
compensatório, que espelhe as circunstâncias especiais do caso, mormente a
extensão do eventual dano sofrido, sob o bom senso do magistrado,
responsável por repelir pedidos surrealistas e da boa-fé das partes, repelindo
indenizações descabidas, que somente aumentam a indústria da indenização.

Portanto, ainda que Vossa Excelência entenda por imputação de


responsabilidade da Ré Ford, o que não é esperado, a indenização há de ser
arbitrada em valor consentâneo com a extensão do eventual dano causado,
respeitando os artigos 944, parágrafo único, do Código Civil e artigo 5º
da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, sob pena de
violação ao artigo 884 do Código Civil e artigo 5º, X da Constituição
Federal.

4.3. DA INEXISTÊNCIA DE PROVAS QUANTO AO ALEGADO DANO


MATERIAL.

Embora a Ré tenha demonstrado a inexistência de prática de ato


ilícito, pleiteia a Autora indenização por danos materiais, porém, sequer
comprova qualquer despesa.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ocorre que, como já salientado, não há que atribuir tal
responsabilidade à Ford, uma vez que, seu veículo será devidamente reparado,
bem como NÃO FOI JUNTADO QUALQUER COMPROVANTE PELA AUTORA, mas
somente, simples recibos:

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de
Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que houve o desembolso qualquer valor.

Ainda, o veículo encontra-se na posse da Autora até o momento,


não há nenhuma razão para a utilização de taxi!

O artigo 303, do CPC, igualmente afirma serem lícitos após a


contestação, apenas deduções relativas à fatos supervenientes, o que não pode
ser admitido para despesas supostamente já desembolsadas.

Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AGRAVO RETIDO


INTERPOSTO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM AUDIÊNCIA.
ADMISSIBILIDADE. TEMPESTIVIDADE. RECURSOS CONHECIDOS.
AGRAVO RETIDO CONTRA DESPACHO INTEGRATIVO DA DECISÃO
ANTERIOR AGRAVADA. NÃO CONHECIDO. AGRAVO RETIDO.
MÉRITO. JUNTADA TARDIA DE DOCUMENTO. INDEFERIMENTO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. APELAÇÃO. MÉRITO.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. AUSÊNCIA. ÔNUS
DA PROVA. AUTOR. RECONVENÇÃO. DANO MATERIAL.
AUSÊNCIA DE PROVAS. DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO
SERASA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
(...)
5. O juízo não está obrigado a aguardar indefinidamente
pela juntada de prova que, desde a inicial, estava a parte
autora obrigada a trazer aos autos, por se tratar de
documento indispensável à propositura da ação, mormente
quando a parte não demonstra qualquer motivo para não tê-
lo trazido aos autos. 6. O chamado ônus da prova é instituto
de direito processual que busca, acima de tudo, viabilizar a
consecução da vedação ao non liquet, uma vez que, por
meio do art. 333, inc. I, do CPC, garante-se ao juiz o modo
de julgar quando qualquer dos litigantes não se desincubir
da carga probatória definida legalmente, apesar de
permanecer dúvidas razoáveis sobre a dinâmica dos fatos.
Precedentes do STJ. 7. A Autora ao deixar de trazer aos autos o
original do contrato de arrendamento mercantil para fins da perícia
que se fazia imprescindível, não de desincumbiu do ônus previsto
no referido art. 333, I, do CPC, motivo porque deve suportar os
efeitos de sua incúria. 8. Dano material excluído da sentença
ante a ausência de provas documentais das despesas com
transporte ou locação de veículos alegadamente
dispendidos pela reconvinte. 9. Reforma em parte da sentença
para reduzir o valor do dano moral, porque além do lançamento
indevido feito pela apelante, constam outros débitos que não poder
ser imputados à reconvinda, a demonstrar que a reconvinte é
devedora contumaz. 10. Honorários advocatícios compensados na
forma do art. 21, do código de processo civil. (TJAP; APL 0006623-
78.2007.8.03.0001; Câmara Única; Rel. Juiz Conv. Mario Mazurek;
Julg. 10/07/2012; DJEAP 17/07/2012; Pág. 18)

Ora, Exa., como se sabe, os danos materiais devem ser certos,


específicos e devem estar comprovados nos autos, até porque não se admite o
ressarcimento de dano hipotético, conforme vasta jurisprudência:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. TELEFONIA MÓVEL. PESSOA JURÍDICA.


SERVIÇO DESTINADO À IMPLEMENTAR A ATIVIDADE LUCRATIVA.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INAPLICABILIDADE.
SERVIÇO DEFEITUOSO. DANOS MORAIS E MATERIAIS NÃO
COMPROVADO. 1. Por não se caracterizar como consumidor a
pessoa natural ou jurídica que adquire bem ou serviço com o
desiderato de implementar sua atividade lucrativa, é inaplicação o

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de Defesa do Consumidor à espécie, e, por consequente,
inadmissível a inversão dos ônus da prova, incumbindo aa Autora
produzir prova no sentido de sua tese. 2. Configura o serviço
defeituoso pela falta de bloqueio da linha telefônica móvel após
comunicação da perda do aparelho. 3. Não é devida a
indenização a título de danos materiais quando ausente
prova do prejuízo experimentado pela contratante, ainda
que configurado o serviço defeituoso. 4. Não cabe a
indenização a título de danos morais em favor da pessoa jurídica
quando não ofendidos seus direitos personalíssimos. Recurso
desprovido (TJSP, Apelação 0004237-81.2009.8.26.0125, Relator
Gilberto Leme, Órgão julgador: 27ª Câmara de Direito Privado,
Data do julgamento: 22/01/2013DANO MATERIAL.
CONFIGURAÇÃO. Tanto quanto o dano moral, tal tipo de lesão liga-
se à responsabilidade civil. É uma situação objetiva, em que reste
efetivamente demonstrado o prejuízo sofrido pela parte, que
conduz à caracterização do dano material, cuja reparação há de
guardar proporcionalidade com a diminuição patrimonial derivada
do ilícito patronal. Assim, o dano material é sempre
mensurável em função dos valores, pelo que se exige sua
comprovação detalhada, sem a qual não se faz possível a
reparação. (REL. DES. VALTÉRCIO DE OLIVEIRA. ACÓRDÃO N.º.
6906/07. 4ª. TURMA. PUBLICADO EM 29/03/2007. RECURSO
ORDINÁRIO Nº. 01259-2005-019-05-00-8-RO)

Assim, como a Autora não trouxe aos autos qualquer documento


que comprove diminuição de seu patrimônio diretamente relacionado com o
pedido em apreço, a improcedência do pedido é medida que se impõe.

Abaixo segue jurisprudência neste exato sentido, confirmando que


somente se poderá se falar em dano material a incidir APÓS o prazo de
30 dias, justamente para que não se penalize a fabricante por período em que
agiu dentro da legalidade:

INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE SEGURO. CONSERTO DE VEÍCULO.


DEMORA EXCESSIVA NA CONCLUSÃO DO TRABALHO.
RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA RÉ. DANOS MATERIAIS,
ADVINDOS DE CONTRATAÇÃO DE FRETE PARTICULAR, LIMITADOS AO
PERÍODO EXCEDENTE AO PRAZO RAZOÁVEL PARA CONSERTO. DANO
MORAL NÃO CONFIGURADO. MERO DESCUMPRIMETO CONTRATUAL.
1. No caso em tela, o evento danoso, que culminou na abertura do
processo de sinistro em questão, ocorreu em 22/12/2011 (fl. 17). Já,
a liberação do valor ocorreu, aproximadamente, dois meses após a

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Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37005663 - Pág. 338
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autorização da seguradora. 2. Hipótese em que a seguradora figura
como responsável pela demora na conclusão dos reparos realizados no
veículo da Autora. 3. De fato, tem-se que o prazo de cerca de dois
meses para conserto do veículo danificado em acidente, em razão da
falta de peças, evidentemente, é excessivo, até porque atualmente, o
meio particular de transporte se tornou fundamental no dia-a-dia dos
centros urbanos. Ademais, salienta-se que o veículo sinistrado era
utilizado para realizar o frete dos insumos necessários à criação dos
animais, fontes de renda da Autora. 4. Impositiva, portanto, a
obrigação da seguradora ré em indenizar o dano material, advindo da
necessidade de contratação de frete, uma vez que tal prejuízo
decorreu do inadimplemento parcial do contrato de seguro, que deve
ser, no entanto, limitado. 5. A REPARAÇÃO DOS DANOS
MATERIAIS DEVE SER, ASSIM, LIMITADA AO PERÍODO
EXCEDENTE AOS TRINTA DIAS ACORDADOS PELAS PARTES,
PRAZO RAZOÁVEL PARA CONSERTO DO VEÍCULO, de modo que
cabível o ressarcimento dos valores gastos, em frete, apenas em
relação ao mês de fevereiro de 2012. 6. Dano moral não configurado
na hipótese. Inadimplemento contratual, que, por si só, não viola
direitos da personalidade. Recurso parcialmente provido. (TJRS; RecCv
37573-28.2013.8.21.9000; Encantado; Segunda Turma Recursal
Cível; Relª Desª Fernanda Carravetta Vilande; Julg. 02/10/2013;
DJERS 08/10/2013)

Outrossim, quanto a necessidade da substituição temporária do


veículo, dada a sua essencialidade para a Autora, verifico que não há
no ordenamento jurídico vigente qualquer previsão legal nesse
sentido. Logo, não tem a requerida o dever legal de fornecer um outro
veículo aa Autora, enquanto não decorrido o prazo do art. 18 do CDC.
O que se tem entendido nos tribunais é que diante da essencialidade
do objeto, que com sua ausência pode gerar um receio de grave lesão
de incerta ou de difícil reparação, pode-se determinar a substituição
do produto por outro, temporariamente, enquanto o objeto permaneça
na assistência. Contudo, essa medida só é obrigatória quando judicial,
conforme deferido em tutela antecipada. Acaso houvesse o desrespeito
ao prazo estipulado por lei ou pela convenção das partes para reparar
o vício, tem-se entendido na jurisprudência, bem como por esse Juízo,
que tais fatos, por si, geram dano ao consumidor, o que demanda a
responsabilidade civil. Contudo, ressalta-se, não é esse o caso que se
verifica nos autos. Por todo o exposto, não verifico no processo um
dos requisitos da responsabilidade civil, qual seja, o dano. Em que
pese nas demandas consumeristas não se perquira a existência da
culpa, dada a responsabilidade objetiva, imprescindível a comprovação
da existência de dano, bem como o nexo causal deste, o que em
nenhum momento restou demonstrado nos autos.
O dano moral refere-se à lesão de bem integrante da personalidade,
tal como a honra, a liberdade, a saúde, a integridade psicológica,
causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima,
sendo definido como uma dor de natureza psicológica que atinge a

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pessoa, causando-lhe angústia e aflição. No meu entender, ao caso,
não ocorreu a mencionada lesão a qualquer bem integrante da
personalidade. Diante de todo o exposto, resolvendo o mérito nos
termos do art. 269, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO
INICIAL. Sebastião Masieiro Lourenço e Robertson Oliveira Lourenço
contra Ford Motor Company Brasil Ltda e Ford Canaã Portela Ochiai
Comércio de Veículos Ltda. [...] (gr.n)1 JEC de Colorado do Oeste,
1000433-11.2013.8.22.0012

Portanto, a improcedência do pedido se impõe, especialmente


quanto aos pretensos valores, pois a FORD tem o prazo de 30 dias para reparar
o veículo da Autora.

Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de


Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que a Autora realizou o desembolso dos valores que postula,
sob pena de ofensa ao art. 884 do Código Civil.

4.4. DA INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DE FORNECIMENTO DE


DO CARRO RESERVA – DESRESPEITO AO FORD ASSISTENCE

O Autor, em sua petição inicial, pleiteia a condenação das Rés ao


pagamento de indenização por danos materiais, pela locação de veículo nos
dias em que o veículo ficou parado.

Inicialmente, como esclarecido pelo próprio Autor, o Manual de


seu veículo é de lídima clareza ao especificar que a FORD concede sim um
veículo reserva quando o prazo de 3 dias!

Ressalte-se que por se tratar de uma garantia E UM DIREITO DA


FORD quanto ao reparo no prazo de trinta dias, a FORD contratualmente
concede um veículo reserva de forma gratuita para a situação transitória, pelo
prazo de até três dias.

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NÃO HÁ NENHUMA ABUSIVIDADE NA REFERIDA CLÁUSULA.
Nestes termos, o Manual do veículo da Autora é de lídima clareza
ao especificar o veículo reserva que seria concedido, veículo diferente destas
especificações é questão não contratada na garantia do FORD ASSISTENCE:

Ressalte-se que por se tratar de uma garantia E UM DIREITO DA


FORD quanto ao reparo no prazo de trinta dias, a FORD contratualmente
concede um veículo reserva de forma gratuita para a situação transitória,
inicialmente pelo prazo de até três dias, prorrogável pelo prazo do conserto,
mas o veículo expressamente é informado como sendo POPULAR BÁSICO:

Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de


Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que o Autor realizou o desembolso dos valores que postula.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
4.5. IMPOSSIBILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Não há que se falar em inversão do ônus da prova, haja vista que


a Autora não é hipossuficiente em relação às Rés.

Preceitua o inciso VIII do art. 6º do Código de Defesa do


Consumidor que são direitos do consumidor a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova a seu favor, quando, a
critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias da experiência.

Para que o ônus da prova pudesse ser efetivamente invertido,


imputando à ré a necessidade de comprovar os fatos alegados, os requisitos da
hipossuficiência e verossimilhança precisam ser constatados cumulativamente,
o que não ocorreu no presente caso.
Admitir a obrigatoriedade da inversão ao ônus da prova em todos
os casos de cunho consumerista, seria inobservar o Principio Geral do Direito
“Allegatio et non probatio, quasi non allegatio.”

Ou seja, ainda que V. Exa. entenda tratar-se de relação de


consumo e incline-se pela inversão ao ônus da prova, tal reconhecimento não
exime o consumidor de demonstrar a verossimilhança na existência do fato
constitutivo do seu direito.

Nestes termos, cumpre consignar o quanto relatado na decisão da


relatoria do Desembargador Cruz Macedo, do TJ do Distrito Federal:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO E RESCISÃO


CONTRATUAL. COMPRA DE VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO.
PRODUÇÃO DE PROVA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. VÍCIOS
INSIGNIFICANTES. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 18, § 1º, DO
CDC. DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1. Por ser o juiz o destinatário das provas, a ele cabe decidir sobre
sua necessidade ou não à instrução do processo, consoante o
disposto no art. 130 do CPC, não havendo falar, portanto, em
cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide.
2. A despeito de se cuidar de relação de consumo, não se
impõe a inversão do ônus da prova, como pretendem os
recorrentes, pois o artigo 6º, inciso VIII, do CDC somente a
autoriza quando presentes os pressupostos da
verossimilhança da alegação ou da hipossuficiência do
consumidor, em termos de acesso e possibilidades de
produção da prova.
3. Sendo os vícios apontados pelo consumidor insignificantes, por
não afetarem a qualidade e a segurança do veículo, não é caso de
aplicação do artigo 18, § 1º, do CDC, mormente se a
concessionária corrige os defeitos em tempo hábil, ou seja, não
ultrapassando o prazo de 30 (trinta) dias para a solução do vício do
produto. 4. Configurando o suposto fato lesivo (idas à
concessionária para reparo do defeito) mero aborrecimento, e não
gerando violação à intimidade, à imagem ou à vida privada do
consumidor, não há falar em indenização a título de danos morais.
5. Recurso não provido. (TJDF; Rec 2011.01.1.201468-4; Ac.
667.654; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz Macedo; DJDFTE
12/04/2013; Pág. 156)

E no mesmo sentido, de todo pertinente colacionar a decisão do I.


Juiz Augusto Vinícius Fonseca e Silva, quando do julgamento da ação n°
0024633-16.2013, do Juizado da comarca de Barbacena:

“Sim, sabemos que a inversão do ônus da prova, em casos de vício


do produto, é direito básico do consumidor previsto no art. 6º,
VIII, da lei correspondente, mas não se pode interpretar dito
dispositivo como forma de transferir ao consumidor todo o ônus do
fato constitutivo alegado, sob pena de total desequilíbrio da relação
processual, chegando mesmo a fazer com que este produza prova
diabólica. Fábio Costa Soares, em preciosa dissertação de
mestrado, dissertou, com proficiência:

A proteção jurídica conferida ao consumidor não chega ao ponto de


fazer recair sobre as costas do fornecedor o peso de produção de
prova material ou tecnicamente impossível de ser produzida, sob
pena de grave violação direito fundamental à ampla defesa e ao
contraditório’”

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assim sendo, não há que se falar em inversão do ônus da prova,
razão pela qual deve a Autora provar suas alegações pelos meios em direito
admitidos, o que não ocorreu em momento algum; ora, não basta alegar,
necessário se faz a comprovação de tais alegações, nos termos do artigo 333,
I, do Código de Processo Civil.

5. DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, diante da inexistência de pretensão


resistida pela Ford, requer a ação seja julga extinta sem julgamento de mérito
face à ausência de interesse processual.

Caos assim não se entenda, restando comprovada a ausência dos


elementos essenciais para a configuração da responsabilidade civil, a pretensão
Autoral deve ser JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE, o que fica
requerido pela Ré.

Por fim, a Ré protesta pela produção de provas, por todos os


meios em direito admitidos, sem exceção.

Por fim, requer que todas as publicações e notificações referentes


ao presente processo sejam veiculadas exclusivamente em nome do
advogado Celso de Faria Monteiro, OAB/BA 36.272, sob pena de
nulidade.

Termos em que
pede deferimento.

Irecê/BA, 18 de novembro de 2015.

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Código de validação do documento: 51a967b6 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reserva de iguais, aos Drs SAULO ALVES MATOS, brasileiro, solteiro,
advogado regularmente inscrito na OAB/BA, sob nº 26183 e portador do CPF Nº
013.426.605-60, RACHEL MONFERDINI DOURADO LIMA, brasileira, casada, advogada
regularmente inscrita na OAB/BA sob nº 19.774 e portadora do CPF nº 986.344.025-68,
JULIANA MOREIRA CAMPOS, brasileira, solteira, inscrita na OAB/BA sob o n.º 41.168 e
SAMARA ARAÚJO DE FREITAS, brasileira, solteira, advogada regularmente inscrita na
OAB/BA, sob nº 46.119, com escritório profissional na Rua Reggio Emília, n.º182 A, 1º andar,
centro, Irecê – BA, RENATA AMOÊDO CAVALCANTE, OAB-BA nº 17.110 advogados, todos
integrantes de AMOÊDO & CARVALHO ASSESSORIA JURÍDICA S/S, com escritório na Rua
Alfredo Guimarães, nº 05, 2º andar, Salvador/BA, os poderes que foram outorgados por FORD
MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, para o fim especial de promoverem as medidas cabíveis
nos autos nº 0007786-22.2015.8.05.0110, movido por Juliana Dourado Loula Saum em face de
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA, em curso perante o(a) 1ª Vara do Juizado Especial
Cível de Irecê/BA, podendo os ora constítuidos representarem o mandante perante qualquer
Juízo, Instância ou Tribunal, contestando, propondo ações, transigindo, desistindo, firmando
acordos e compromissos, recebendo e dando quitação, podendo ainda, nomear e constituir
prepostos, bem como praticar todos os demais atos necessários ao fiel cumprimento deste
mandato.

São Paulo, 15 de fevereiro de 2016

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37015617 - Pág. 345
Código de validação do documento: 51aaec8a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CARTA DE PREPOSIÇÃO

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., empresa com sede à Avenida do


Taboão, 899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, CEP:
09655-900, por sua procuradora KAREN CRISTINA RUIVO GUEDES, brasileira,
casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG nº 30.002.004-1 e
inscrita no CPF/SP sob o nº 280.245.448-06, nos termos da procuração que lhe foi
outorgada, nomeia e constitui como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a). ELIENE ROSA DE
SOUZA, portador(a) da cédula de identidade nº 08122583-04, inscrito(a)
no CPF/MF sob o nº CPF 928.366.155-91, com endereço para recebimento de
intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os poderes
necessários para representá-la em audiências perante o Poder Judiciário, podendo
praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se limitando a
prestar depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação, firmar
compromissos e acordos, na ação movida por Juliana Dourado Loula Saum, em
trâmite perante a 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de
Irecê/BA, processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110, para em nome do
outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do respectivo processo. A
presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade limitado até o dia 15 de
março de 2016.

São Paulo, 15 de fevereiro de 2016.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37015618 - Pág. 346
Código de validação do documento: 51aaec94 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CARTA DE PREPOSIÇÃO

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., empresa com sede à Avenida do


Taboão, 899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, CEP:
09655-900, por sua procuradora KAREN CRISTINA RUIVO GUEDES, brasileira,
casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG nº 30.002.004-1 e
inscrita no CPF/SP sob o nº 280.245.448-06, nos termos da procuração que lhe foi
outorgada, nomeia e constitui como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a). RINA COSTA
DARÁ, portador(a) da cédula de identidade nº 1435247043, inscrito(a) no
CPF/MF sob o nº CPF 62.486.495-29, com endereço para recebimento de
intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os poderes
necessários para representá-la em audiências perante o Poder Judiciário, podendo
praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se limitando a
prestar depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação, firmar
compromissos e acordos, na ação movida por Juliana Dourado Loula Saum, em
trâmite perante a 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de
Irecê/BA, processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110, para em nome do
outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do respectivo processo. A
presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade limitado até o dia 15 de
março de 2016.

São Paulo, 15 de fevereiro de 2016.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37015619 - Pág. 347
Código de validação do documento: 51aaec9e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CARTA DE PREPOSIÇÃO

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., empresa com sede à Avenida do


Taboão, 899, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, CEP:
09655-900, por sua procuradora KAREN CRISTINA RUIVO GUEDES, brasileira,
casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG nº 30.002.004-1 e
inscrita no CPF/SP sob o nº 280.245.448-06, nos termos da procuração que lhe foi
outorgada, nomeia e constitui como PREPOSTO(A), o(a) Sr(a). CARLENE LOPES
ALMEIDA, portador(a) da cédula de identidade nº 13396513-94,
inscrito(a) no CPF/MF sob o nº CPF 100.537.314-09, com endereço para
recebimento de intimações na Avenida do Taboão, 899, Prédio l, 1º andar, Rudge
Ramos, São Bernardo do Campo, SP, CEP: 09655-900, conferindo-lhe todos os
poderes necessários para representá-la em audiências perante o Poder Judiciário,
podendo praticar todos os atos que se façam necessários, inclusive, não se
limitando a prestar depoimento pessoal, transigir, desistir, receber, dar quitação,
firmar compromissos e acordos, na ação movida por Juliana Dourado Loula
Saum, em trâmite perante a 1ª Vara do Juizado Especial Cível da Comarca
de Irecê/BA, processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110, para em nome do
outorgante, assumir obrigações relativamente ao objeto do respectivo processo. A
presente Carta de Preposição tem seu prazo de validade limitado até o dia 15 de
março de 2016.

São Paulo, 15 de fevereiro de 2016.

Assinado eletronicamente por: RENATA AMOEDO CAVALCANTE SAPUCAIA Id. 37015620 - Pág. 348
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Código de validação do documento: 51abda3c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021702 - Pág. 351
Código de validação do documento: 51abda3c a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
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Código de validação do documento: 51abda46 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
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Código de validação do documento: 51abda50 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021705 - Pág. 360
Código de validação do documento: 51abda5a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021705 - Pág. 361
Código de validação do documento: 51abda5a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
VALDINEI LOPES DE OLIVEIRA
LARISSA LEAL DE OLIVEIRA
ANDRÉ HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO 1º


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ – BA

Processo nº. 0007786-22.2015.8.05.0110

BURITI VEÍCULOS, PEÇAS E SERVIÇOS LTDA, pessoa,


jurídica de direito privado, portadora de inscrição junto ao MF/CNPJ sob nº
07.666.744/0005-12 e Inscrição Estadual nº 2920285236-3, com sede administrativa na
Rodovia BA 052, s/nº KM 354, Centro, Irecê, Bahia, neste ato representado por seu sócio-
gerente JOSÉ FREITAS BRANDÃO, brasileiro, casado, comerciante, portador do CPF nº
121.069.335-68 e da Cédula de Identidade RG nº 122905210 SSP/BA, por intermédio de
seus advogados infrafirmados, com escritório profissional à Rua Alan Kardec, nº 20, Bairro
AABB, Irecê – Ba, onde recebem intimações e/ou notificações, vem, mui respeitosamente,
à presença de V. Exa., apresentar

CONTESTAÇÃO

à Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais c/c Pedido Liminar sob nº em epígrafe,
que lhe move , pelos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir descritos:

DA PRELIMINAR ILEGITIMIDADE DE PARTE PASSIVA AD CAUSAM

O Autor afirma que possui um veículo modelo Ford Focus Sedan 2.0,
cor branca, câmbio automático, placa policial OUU-5265, ano/modelo 2013, que se encontra
até hoje coberto pela garantia de fábrica, que é de 36 (trinta e seis) meses.

RUA ALLAN KARDEC, 20 – AABB - IRECÊ-BA - FONE/FAX (74)3641-3079/6555


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Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021706 - Pág. 362
Código de validação do documento: 51abda64 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
VALDINEI LOPES DE OLIVEIRA
LARISSA LEAL DE OLIVEIRA
ANDRÉ HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA

Afirma ainda que o referido veículo apresentou problemas de


funcionamento, iniciando em 29 de agosto de 2015, relacionados ao câmbio, que começou a
“patinar” entre a 3ª e a 4ª marchas, como se o sistema do veículo não soubesse qual das duas
marchar engatar. Ademais, relata que teve alguns contratempos e que seu veículo ainda não
fora consertado.

Entretanto, conforme apresentado a todo momento na peça exordial,


os defeitos apresentados no veículo são exclusivamente de fabricação. Destarte, não há que
se falar em figurar no polo passivo da presente Demanda esta Contestante, haja vista se tratar
de mero distribuidor dos veículos da 2ª Ré, sem qualquer interferência nos veículos por ela
fabricados.

Como se pode denotar, na inicial os autores afirmam categoricamente


que os defeitos apresentados se deram em razão da fabricação (e de fato foi o que ocorreu),
como pode ser visto a seguir:

RUA ALLAN KARDEC, 20 – AABB - IRECÊ-BA - FONE/FAX (74)3641-3079/6555


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Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021706 - Pág. 363
Código de validação do documento: 51abda64 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
VALDINEI LOPES DE OLIVEIRA
LARISSA LEAL DE OLIVEIRA
ANDRÉ HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA

Excelência, os próprios Acionantes afirmam por diversas vezes que


se trata de um defeito/vício de fabricação. Ademais, resta claro e evidente que a fabricação
não sofre e jamais interferiu qualquer influência da concessionária representante, não
havendo que se falar, portanto, em figuração da mesma no polo passivo da demanda.

Resta patente a ilegitimidade da Primeira Ré no polo passivo da


presente demanda, haja vista que o veículo fabricado completamente pela Segunda Ré, desde
a elaboração de seu design, até sua concretização, sendo a BURITI VEÍCULOS apenas a
concessionária intermediadora do negócio de venda. Diante disso, resta esclarecido evidente
que a Contestante não tem qualquer poder ou autonomia para nem mesmo opinar na
fabricação do bem, não existindo assim, qualquer responsabilidade sobre eventual vicio de
produção.

A relação consumerista existente no caso em tela com o fito da


resolução do litígio havido se da exclusivamente entre o Autor e a Segunda Ré, que é a fábrica
dos veículos FORD e é quem tem total responsabilidade por qualquer defeito de
FABRICAÇÃO.
O entendimento da jurisprudência pátria não é diferente. Senão
vejamos:
IO. RESCISÃO DE CONTRATO. DEVOLUÇÃO DE
PARCELAS PAGAS. INDENIZAÇÃO. PERDAS E DANOS.
AÇÃO AJUIZADA CONTRA CONCESSIONÁRIA QUE
INTERMEDIA A VENDA DAS COTAS DE CONSÓRCIO.
CONTRATO CELEBRADO COM ADMINISTRADORA.
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
RECONHECIDA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO. RECURSO IMPROVIDO.
Se o contrato de adesão a grupo de consórcio foi celebrado com a
administradora a qual, inclusive, recebe mensalmente as prestações,
a devolução de ditas parcelas, bem como a declaração de rescisão
do contrato somente pode ser oposta a ela, administradora. Não há

RUA ALLAN KARDEC, 20 – AABB - IRECÊ-BA - FONE/FAX (74)3641-3079/6555


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Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021706 - Pág. 364
Código de validação do documento: 51abda64 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
VALDINEI LOPES DE OLIVEIRA
LARISSA LEAL DE OLIVEIRA
ANDRÉ HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA

falar-se em responsabilidade da concessionária, que se limitou a


intermediar a venda das cotas de consórcio, se a alegada falha da
administração do grupo não decorreu de conduta sua. (TJ-PR - AC:
1692424 PR Apelação Cível - 0169242-4, Relator: Miguel Pessoa,
Data de Julgamento: 17/12/2001, Setima Câmara Cível (extinto
TA), Data de Publicação: 08/02/2002 DJ: 6059). (Grifo nosso).

Ademais, a Ré ora Contestante não vendeu o veículo aos Autores,


NEM SEQUER OBTEVE QUALQUER LUCRO NO CONSERTO DO
VEÍCULO, tendo em vista que apenas realizou o conserto do defeito de fabricação
apresentado e que o mesmo fora um processo de GARANTIA, apenas com pagamento
das horas trabalhadas pelo mecânico.

A permanência da Primeira Demandada no curso do presente


processo não deve ser levado a cabo, tendo em vista que na relação existente entre ela e o
Autor, somente realizou o conserto do defeito, através de garantia, sendo certo que quem de
fato lucrou em toda a relação foram a Segunda e Terceira Demandadas, haja vista que se trata
de, respectivamente, FABRICANTE DO VEÍCULO e CONCESSIONÁRIA ONDE
O MESMO FOI COMPRADO E ONDE FORAM REALIZADAS TODAS AS
REVISÕES.

Diferente não é o entendimento da Jurisprudência nos mais diversos


tribunais do País! Senão vejamos:

Processual Civil. Agravo de instrumento. Ação redibitória c/c


perdas e danos. Compra de veículo novo. Defeito no produto.
Ilegitimidade passiva da concessionária que não participou
da venda do veículo e prestou mera assistência técnica. Efeito
translativo. Extinção da ação em relação à Pedragon. Recurso
provido. 1. Na ação redibitória c/c perdas e danos, ajuizada em
razão de suposto defeito de fabricação do veículo, é patente a
ilegitimidade passiva da concessionária que prestou mera
assistência técnica, não sendo responsável nem pela sua
fabricação e nem pela sua venda. 2. Conforme se pode aferir na
nota fiscal de fl. 34, Jardel adquiriu o veículo objeto do litígio na

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Autonunes, demonstrando que, de fato, a atuação da


Pedragon, no caso dos autos, limitou-se aos serviços de
assistência técnica autorizada da fabricante, qual seja,
General Motors. 3. A solidariedade prevista no art. 18 do CDC
limita-se ao fabricante e ao comerciante do produto. 4.
Preliminar de ilegitimidade passiva da Pedragon acolhida. 5.
Em razão do efeito translativo do agravo de instrumento, extinguiu-
se o processo em relação à Pedragon. 6. Agravo de instrumento
provido. (TJ-PE - AI: 3928669 PE, Relator: Francisco Eduardo
Goncalves Sertorio Canto, Data de Julgamento: 17/12/2015, 3ª
Câmara Cível, Data de Publicação: 14/01/2016. Grifo nosso).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO


ESPECIFICADO. DEFEITO DE FABRICAÇÃO. VEÍCULO.
ILEGITIMIDADE PASSIVA DA CONCESSIONÁRIA
QUE PRESTOU MERA ASSISTÊNCIA TÉCNICA.
MEDIDA CAUTELAR. DESCONSTITUIÇÃO DE LIMINAR.
Preliminar de intempestividade do agravo rejeitada. As intimações
para os atos processuais são próprias do juízo e não podem ser
delegadas, nem substituídas por procedimentos da parte
interessada. Contagem de prazo que não tem como termo inicial a
data de ato praticado pela procuradora do agravado. O pedido do
autor envolve o defeito do produto e a restituição do valor
investido. Por essa razão, a prior, a concessionária, que não
participou da venda do veículo e prestou mera assistência
técnica, não seria parte legítima para o pleito, já que não teria
condições de consertar um suposto defeito de fabricação,
nem o dever de restituir a quantia paga pelo consumidor. A
solidariedade se limitaria à fabricante e à comerciante do
produto. Desconstituição da medida liminar, relativamente à
concessionária. Entretanto, por ora, não se antecipa a ilegitimidade
passiva da agravante em face do conceito moderno de
responsabilidade civil que encontra fundamento no dever de
solidariedade social, base de uma responsabilidade sem culpa,
circunstância que melhor poderá ser apurada no curso do
contraditório. AGRAVO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70050987403, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça

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do RS, Relator: José Aquino Flôres de Camargo, Julgado em


13/12/2012. Grifo nosso).

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO


ESPECIFICADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS. CONSUMIDOR. DEFEITO DO PRODUTO.
VÍCIO EM VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO.
PROBLEMAS SOLUCIONADOS. IMPOSSIBILIDADE DE
SUBSTITUIÇÃO DO VEÍCULO E RESCISÃO
CONTRATUAL. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE
PASSIVA DA CONCESSIONÁRIA. O art. 18 do CDC
preconiza que tanto a concessionária quanto o fabricante são partes
legítimas para responder perante o consumidor pelos vícios
apresentados no produto. No entanto, a empresa
concessionária demandada (primeira apelada) não efetuou a
venda do veículo aos consumidores, tendo apenas prestado
serviço de reparo. MÉRITO. Caso em que o automóvel "zero
quilômetro", logo após adquirido, apresentou diversos problemas,
os quais foram sanados pela demandada, resultando na
improcedência do pedido de rescisão contratual, restituição dos
valores pagos ou substituição do veículo e indenização por demais
danos materiais alegados. CONCESSÃO DE AJG. Havendo
comprovação de renda mensal líquida (renda bruta reduzida dos
descontos legais) de até 05 (cinco) salários mínimos, presume-se a
necessidade econômica e deve ser deferida a concessão do benefício
previsto na Lei 1.060/50. (Apelação Cível Nº 70063265276,
Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Gelson Rolim Stocker, Julgado em 26/03/2015. Grifo nosso).

E M E N T A PROCESSO CIVIL. DIREITO DO


CONSUMIDOR. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFEITO
DE FABRICAÇÃO DO VEÍCULO. VÍCIO CONSTATADO.
DEFEITO SANÁVEL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
ENTRE FABRICANTE E CONCESSIONÁRIA DE
VEÍCULO RESPONSÁVEL PELAS REVISÕES. ART. 18
DO CDC. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PERTINÊNCIA DA
ORDEM. PRESENÇA DOS REQUISITOS

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AUTORIZADORES DA TUTELA ANTECIPADA. ART. 273


DO CPC. MEDIDA DEFERIDA. MANUTENÇÃO. NÃO
PROVIMENTO. I - Constatado defeito sanável em veículo,
respondem solidariamente, o fabricante e a concessionária
vendedora e responsável pelas revisões, nos termos do
regramento inserto no art. 18 do CDC; II - presentes os
requisitos ensejadores da tutela antecipada, quais sejam, a prova
inequívoca da verossimilhança das alegações, o fundado receio de
dano irreparável ou de difícil reparação e a reversibilidade do
provimento antecipado, há de ser mantida a medida antecipatória
que ordenou serem os vícios sanados em prazo razoável, sob pena
de multa diária; III - agravo de instrumento não provido. (TJ-MA -
AI: 0513952014 MA 0009653-85.2014.8.10.0000, Relator:
CLEONES CARVALHO CUNHA, Data de Julgamento:
29/05/2015, TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
08/06/2015. Grifo nosso).

Ora, estranho seria se V. Exa., não acolhesse a presente Preliminar de


Ilegitimidade Passiva, pois O VEÍCULO NÃO FORA FABRICADO PELO
PRIMEIRO ACIONADO, BEM COMO O MESMO NÃO O VENDEU, MUITO
MENOS REALIZOU NENHUMA DAS REVISÕES ENGLOBADAS PELO
MANUAL DO PROPIETÁRIO.

Diante de tudo o que fora evidenciado, resta claro que entre os


Autores e a Ré Contestante jamais houver qualquer relação consumerista, haja vista que esta
(Buriti Veículos) em nenhum momento assumiu a pessoa do fornecedor, seja como
fabricante (ou seu substituto), seja como comerciante, tendo em vista que o veículo fora
fabricado pela FORD, com venda e revisões realizadas pela INDIANA VEÍCULOS.

A Buriti Veículos atuou no veículo apenas para reparar um defeito na


fabricação realizada pela Segunda Acionante e que em nenhum momento fora identificado
pela Terceira Acionante nas revisões por ela realizadas.

Assim, requer seja acolhida a presente preliminar de mérito,


reconhecendo e declarando a ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA RÉ

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BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS, por se tratar de mera representante do da


fabricante FORD e por ter apenas realizado os reparos dos defeitos de fabricação, não
havendo qualquer envolvimento na relação jurídica consumerista existente, em especial no
que se refere à venda e revisões do veículo e, por via de consequência, sem obtenção de
qualquer lucro, haja vista que os reparos realizados se deram em processo de garantia.

DO ESCORÇO FÁTICO
Em apertada síntese, tem-se que a pretensão do Autor é obter das
Requeridas indenização por danos e prejuízos oriundos de violações morais, como também
por danos materiais, em razão dos gastos tidos com aluguel de veículo reserva e passagem de
ônibus.

Relatam os Requerentes que o seu veículo se encontrava eivado de


defeito de fabricação, motivo pelo qual retornara por diversas vezes às concessionárias da
fabricante, para obter o conserto do mesmo.

Por fim, afirma que o veículo permanecia há mais de 10 (dez) dias na


concessionária Buriti sem haver qualquer diagnóstico do que havia ocorrido no veículo.

Evidente, pois, que a Requerida não realizou o serviço no momento


em que o veículo chegou à concessionária porque, para fazê-lo, precisa da autorização da
FORD – Segunda Acionada – isto porque, por se tratar de um procedimento de garantia,
somente quem cobre a garantia é que pode autorizar o serviço, oportunidade em que realiza
todos os testes necessários à identificação do defeito e que, após isso, se dá início ao
procedimento de pedido ou envio para conserto das peças à fabricante, devendo aguardar a
sua chegada para dar início aos reparos necessários.

Cumpre ressaltar que a Contestante é mera executora do


serviço, o que lhe impõe a obrigação de aguardar as determinações da fabricante
FORD, para, desta forma, realizar todos os procedimentos necessários à solução do
problema juntamente com a Fabricante, com pedido peças novas e envio de peças
daquelas a serem substituídas, oportunidade em que poderá efetivamente promover
sua função.

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É certo que a Contestante não poderia jamais executar os


serviços no veículo antes da autorização da Segunda Ré, sob pena de não pagamento
dos custos. Deste modo, deve a Contestante obedecer a ordem natural do
procedimento, seja porque é tão somente responsável pela execução do serviço e
deve aguardar autorização e materiais para fazê-lo, seja porque se assim não o fizer,
estará sujeita a arcar particularmente com custos que não lhes são obrigação, sendo
certo que, não vendeu o veículo nem realizou qualquer revisão do mesmo.

Importante esclarecer que a Contestante, assim que teve sob sua


posse as peças necessárias ao conserto do veículo, promoveu os reparos e substituições,
realizando o serviço de forma completa e satisfatória.

Note-se que a Requerida atendeu todas as necessidades do


Requerente, efetuando os consertos e reparos do veículo, considerando que o serviço
executado pela concessionária está intimamente ligado à liberação/autorização da FORD e
à disponibilização das peças pela mesma, atos que precisam ser efetivados para então
promover a realização do serviço no veículo.

Ademais, cumpre esclarecer que a Contestante é tão somente a


concessionária autorizada a revender veículos da marca FORD. Sendo certo que a garantia
do veículo, inobstante ser realizada pela mesma, é custeada pela fabricante em sua totalidade.

Deste modo, a Requerida não pode responder por diárias de locação


de veículo que não autorizou e sequer poderia tê-lo feito, haja vista tratar-se de uma obrigação
contida em cláusula do contrato firmado entre a Seguradora e o cliente. Além disso, não pode
arcar ainda com despesas referentes à passagem para a cidade de Salvador, ainda mais que na
oportunidade o Autor fora buscar seu veículo, que se encontrava na Concessionária Indiana,
Terceira Ré.

É óbvio que a Contestante é alheia a esta demanda, vez que não há


vício na execução do serviço, que fora concluído tão logo fora possível.

Vê-se que não há reclamações quanto à qualidade do serviço, mas tão


somente à demora da sua execução, que se deu por conta da complexidade que envolve o

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defeito de fábrica. Não há, portanto, razão para que esta ação sobreviva em relação à
Requerida.

Destarte, não se é possível demonstrar nexo de causalidade entre o


agir da parte demandada – que, na falta de demonstração específica em contrário, cumpriu a
contento com as obrigações assumidas –, e o prejuízo supostamente suportado pela parte
requerente. Não há que se falar em dever de indenizar pela Acionada BURITI VEÍCULOS,
que cumpriu com o que fora determinado pela FORD em sua totalidade.

DO DIREITO
O Código de Defesa do Consumidor, de fato, assegura direitos
básicos ao consumidor, inclusive a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais. Contudo, para tanto, é necessário que se constate a responsabilidade civil do
fornecedor.

No caso em tela não é possível se verificar a culpa da Contestante,


posto que cumprira totalmente sua obrigação, com total diligência e rapidez, embora só o
tenha concluído, evidentemente, após a autorização da fabricante e a chegada de todas as
peças solicitadas para a execução integral do serviço.

A superação do prazo de trinta dias do serviço realizado pela


Contestante é perfeitamente justificável, tendo em vista a complexidade e o alcance das peças
defeituosas do veículo, os quais requerem tempo para a reparação devida, além de que, a
grande parte da demora se deu em razão da ausência de autorização da FORD, bem como
às confusões atinentes ao envio da peça a ser substituída.

Ademais, independente de superação de prazo legal, este prazo


sempre foi dilatado de comum acordo entre os Autores e a Primeira Ré, conforme
estabelecido pelo art. 18 §2º, tendo em vista os recorrentes atrasos ocasionados pela FORD
e pela fabricante da caixa de marcha, PAT PAULICEIA, como será visto adiante.

Conforme se pode verificar nos e-mails trocados entre o gerente da


BURITI e o responsável pela FORD (Doc. 01, anexo), além das notas fiscais (Doc. 02,
anexo) a Segunda Ré demorou tempo muito grande para determinar os procedimentos a

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serem adotados para diagnosticar o problema, e além disso, determinou o envio da peça para
a fabricante da caixa de marcha PAT PAULICEIA para realizasse análise.

Ocorre que a PAT PAULICEIA enviou outra caixa de marcha que


ao ser instalada no veículo já apresentou defeitos. Razão pela qual, fora necessário realizar
novos testes com procedimentos diferentes exigidos pela Segunda Acionada, que necessitou
de equipamento nunca antes exigido e que teve que ser comprado pela Primeira Acionada, o
que levou um tempo até sua chegada!

Com a realização dos testes, mais uma vez a FORD determinou o


envio da mesma peça à PAT PAULICEIA. Ocorre que a citada empresa mandou outra caixa
de marcha que fora postada somente em 11/01/2016 (Doc. 03, anexo) e que chegou à
BURITI apenas no final daquele mesmo mês.

A caixa de marcha recebida fora instalada no veículo, e após isso,


foram disponibilizados três dias para testes no mesmo pelos mecânicos da BURITI, sendo
certo que o carro ficou em perfeito estado, razão pela qual fora entregue ao cliente em 02 de
fevereiro de 2016 (Doc. 04, anexo).

No que toca o reembolso das diárias reivindicado, tal


responsabilidade não pode ser atribuída à Concessionária, vez que sua obrigação se restringe
à execução do serviço de oficina.

É cediço que não há imposição legal para disponibilização de carro


reserva para o consumidor, seja pela Concessionária, seja pelo Fabricante. Em verdade, trata-
se de um benefício ofertado, por mera liberalidade, pela Ford, que prevê em sua garantia a
concessão do automóvel reserva aos seus compradores de veículos novos por um prazo
determinado de três dias.

Além do mais, vale frisar que o contrato de aluguel de veículo,


acostado aos autos pelo Autor, não traz elementos suficientes para comprovar o efetivo
aluguel de carro reserva, tampouco a quantidade de diárias, o que torna inviável o
ressarcimento ou a indenização de tais custos, ainda que devidos.

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“O dano indenizável deve ser certo e atual. Não pode ser meramente hipotético ou
futuro. Mesmo quando se trata de lucros cessantes, é preciso que eles estejam compreendidos em cadeia natural
da atividade interrompida pela vítima. (...) Nesse sentido, os lucros cessantes são apenas os que podem ser
constatados desde logo, mas que não se verificaram em decorrência do fato que o interrompeu, afastando-se
meras expectativas frustradas.” (Código Civil Comentado - Coordenação Ministro Cezar Peluso,
Ed. Manole, p. 291).

Com efeito, seguindo a doutrina transcrita, o dano material deve ser


efetivo e provado, já que nosso ordenamento jurídico não admite a indenização de dano
hipotético e imaginário.

No caso em tela, o autor não comprovou nenhum dano, seja de


cunho material ou moral, tampouco lucros cessantes.

APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM


ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO INDENIZATÓRIA.
DANOS MATERIAIS. CARACTERIZADOS. DEVER DE
RESSARCIR DESPESAS DE DESLOCAMENTO DE
TÁXI. DEMORA NA CONCLUSÃO DOS SERVIÇOS
PARA O CONSERTO DO VEÍCULO. NÃO
DEMONSTRADA A CAUSA DA DEMORA. DANO
MORAL NÃO CARACTERIZADO. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS REDISTRIBUÍDOS. DERAM
PARCIAL PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME.
(Apelação Cível Nº 70058156308, Décima Primeira Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Katia Elenise
Oliveira da Silva, Julgado em 26/03/2014) (TJ-RS - AC:
70058156308 RS , Relator: Katia Elenise Oliveira da Silva,
Data de Julgamento: 26/03/2014, Décima Primeira Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
01/04/2014)

É imprescindível a comprovação dos danos sofridos para que seja ao


menos discutido eventual direito a indenização. O arcabouço probatório da presente

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demanda deixa a desejar, não trazendo quaisquer elementos que consubstanciem o relato da
peça vestibular.

No que tange aos supostos danos morais suportados, cumpre afirmar


que o Autor não sofreu nenhum constrangimento, mormente por não descrever, em sua
inicial, sequer uma situação que o tenha exposto ou provocado abalo psíquico.

"Dano moral é, em síntese, o sofrimento experimentado por alguém,


no corpo ou no espírito, ocasionado por outrem, direta ou indiretamente derivado de ato
ilícito" (Considerações sobre o dano moral e sua reparação, RT 638/46).

Inexistem dúvidas, pois, de que o dano moral constitui o prejuízo


decorrente de dor imputada à pessoa e que provoca constrangimento, mágoa ou tristeza em
sua esfera interna em relação à sensibilidade moral. Desse modo, a dor moral, decorrente da
ofensa aos direitos da personalidade, apesar de ser deveras subjetiva, deve ser diferenciada
do mero aborrecimento, ao qual todos estamos sujeitos.

A ampliação excessiva da abrangência do dano moral pode acarretar


o desmerecimento do instituto do valor e da atenção merecidos. Para que incida o dever de
indenizar por dano moral, o ato tido como ilícito deve ser capaz de imputar um sofrimento
físico ou espiritual, impingindo tristezas, preocupações, angústias ou humilhações, servindo-
se a indenização como forma de recompensar a lesão sofrida. Não é o caso.

Note que esta particularidade do fato, consubstanciada por ter sido


um defeito de fabricação e portanto, completamente alheio à Contestante, afasta a
cogitada responsabilidade civil da Requerida, pois lhe falta o nexo de causalidade, elemento
imprescindível para configuração do instituto supramencionado. A postura adotada pela
Contestante está em total acordo com as normas legais e exclui sua possível culpabilidade,
que não podem ser responsabilizadas pela negligência de terceiros.

A responsabilidade civil, ainda que objetiva, é inexoravelmente


afastada quando verificada alguma das excludentes previstas nas regras legais.

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APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM


ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
AFASTADA. CULPA EXCLUSIVA DA
VÍTIMA CARACTERIZADA.
A responsabilidade civil objetiva está consagrada em nosso ordenamento
jurídico (art. 37, §6º da CF/88 e art. 43 do CC/2002). São
pressupostos de sua ocorrência o fato administrativo, a existência de dano
e o nexo causal. Este último exige a comprovação de que o prejuízo
sofrido decorre de conduta do agente do Estado. A ausência de nexo
causal afasta a responsabilidade objetiva. In casu, a prova
produzida durante a instrução do processo mostra-se apta a demonstrar
que o acidente decorreu única e exclusivamente da falta de atenção
da vítima que, ao estacionar seu automóvel no acostamento da pista, não
providenciou a devida sinalização do local e agiu com imprudência ao
retornar à via para adentrar em seu veículo sem verificar o tráfego de
veículos. APELAÇÃO IMPROVIDA. (Apelação Cível Nº
70023514961, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Judith dos Santos Mottecy, Julgado em 08/05/2008)
(grifo nosso)

Por outro lado, o Requerente também não teve que suportar nenhum
prejuízo material e, se assim o considerar em relação às diárias contratadas junto à Locadora,
evidente que o fez por sua própria conta, assumindo os riscos, já que não houve autorização
verbal ou expressa para a locação de veículo reserva por período superior ao prazo previsto
e estipulado em cláusula constante dos termos da garantia do carro.

O art. 14, § 3°, I, do CDC, dispõe que o fornecedor de serviços não


será responsabilizado quando, tendo realizado o serviço, inexiste o vício ou o defeito alegado
pelo consumidor.

Ademais, o Superior Tribunal de Justiça já consolidou o


entendimento que em caso de compra de veículo novo com defeito de fabricação,

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ainda que após reiteradas tentativas de conserto e retorno à concessionária, não gera
dano moral, por se tratar de mero aborrecimento cotidiano. Segue o julgado:

CIVIL E PROCESSUAL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL.


COMPETÊNCIA DO STF. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO
CPC. INEXISTÊNCIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.
REPARO DE VEÍCULO. DEFEITO NO AR
CONDICIONADO. EXECUÇÃO INADEQUADA.
SUCESSIVAS TENTATIVAS PELA CONCESSIONÁRIA.
DANO MORAL CONCEDIDO PELAS INSTÂNCIAS
ORDINÁRIAS. RECURSOS ESPECIAIS QUE DISCUTEM O
INCABIMENTO. AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS
ENSEJADORES DO DANO MORAL. EXCLUSÃO. I. O
Superior Tribunal de Justiça não é competente para julgar matéria
de cunho constitucional. II. Não há violação ao art. 535 do CPC
quando a matéria impugnada é devidamente enfrentada pelo
Colegiado de origem, que dirimiu a controvérsia de modo claro e
completo, apenas de forma contrária aos interesses da parte. III.
Indevida a indenização por dano moral, por não
compreendida a hipótese de defeito em ar condicionado nas
situações usualmente admitidas para concessão da verba, que
não se confundem com percalços da vida comum. Precedentes.
IV. Recursos especiais conhecidos em parte e, nessa extensão,
providos. (STJ - REsp: 750735 RJ 2005/0080712-3, Relator:
Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Data de Julgamento:
04/06/2009, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
17/08/2009. Grifo nosso).

Além disso, os mais diversos Tribunais do país, seguem seus julgados


no mesmo sentido. Vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - VEÍCULO


0KM - DEFEITO DE FABRICAÇÃO - CONSERTO
REALIZADO PELA CONCESSIONÁRIA - DANOS
MORAIS NÃO CONFIGURADOS - RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. - A aquisição de

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VALDINEI LOPES DE OLIVEIRA
LARISSA LEAL DE OLIVEIRA
ANDRÉ HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA

veículo zero-quilômetro, que nos primeiros meses passa


a apresentar problemas, solucionados corretamente pela
concessionária de veículos, delineia hipótese de mero
aborrecimento, o que descaracteriza a tese de ilícito civil.
(TJ-MG - AC: 10024089872170001 MG, Relator: Corrêa
Camargo, Data de Julgamento: 23/04/2013, Câmaras Cíveis
/ 18ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/04/2013)

Não há que se falar em danos materiais e morais porque não existem.


Outrossim, apesar da inexistência de requisitos da responsabilidade civil, se entender este
Juízo que são devidos valores a título de dano moral e material, requer a brusca redução dos
mesmos, levando em conta que o serviço fora devidamente prestado e que não houve
nenhum constrangimento, devendo a condenação ser minorada para que corresponda à
mínima participação da Requerida ora Contestante no suposto evento danoso.

DOS REQUERIMENTOS FINAIS

Por todo o exposto, corroborado pela prova documental carreada aos


autos, requer que se digne V. Exa. em acolher a preliminar suscitada, reconhecendo a
ilegitimidade passiva da Requerida, uma vez que não é a responsável pela fabricação do
veículo, além do fato de não tê-lo vendido ao Requerente, nem ao menos ter realizado
qualquer revisão, devendo ser extinta a presente demanda sem resolução do mérito, nos
termos do art. 267, VI, do CPC.

Acaso não seja acolhida a mencionada preliminar, o que realmente


não acredita a Contestante, requer seja a presente demanda julgada TOTALMENTE
IMPROCEDENTE, face à inexistência de danos, sejam de cunho moral ou material,
bem como ausentes os requisitos configuradores da responsabilidade civil.

Por via de consequência, que seja o Requerente condenado ao


pagamento dos honorários advocatícios e custas processuais.

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VALDINEI LOPES DE OLIVEIRA
LARISSA LEAL DE OLIVEIRA
ANDRÉ HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito


admitidos, especialmente depoimento pessoal do Autor, sob pena de confissão, juntada de
documentos, perícia técnica, oitiva de testemunhas, etc.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Irecê, 15 de fevereiro de 2016.

LARISSA LEAL DE OLIVEIRA


OAB/BA 32.624

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 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

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Caro Luiz Armando, boa tarde.

Para maior entendimento do problema do veículo citado, descrevo abaixo a cronologia dos
eventos desde a chegada do veículo até a presente data.

1 – No dia 29/09, o veículo deu entrada na Buriti Irecê. Ao consultar o chassi do veículo,
constatamos que o mesmo estava fora de garantia. Esse fato foi contestado pelo cliente e,
posteriormente, identificado como um erro relacionado ao distribuidor Indiana. A OS foi aberta
seguindo os relatos do cliente.

2 – No dia 29/09, Imediatamente iniciamos o trabalho para diagnosticar o problema citado pelo
cliente ao mesmo tempo que aguardávamos a regularização da garantia, que veio a ocorrer,
aproximadamente, 20 dias depois da entrada do veículo.

3 – No dia 07/10, ainda sem a revalidação da garantia, foi encaminhado a Ford por HAR os
problemas apresentados pelo veículo com todos os diagnósticos realizados.

4 – No dia 08/10, foi respondido pela Montadora que seria necessário fotos do óleo e da caixa de
transmissão. As fotos foram encaminhadas no mesmo dia e nos foi solicitado a realização de
teste com modulo TCM. Para realização do teste seria necessário utilização de óleo especial para
transmissão, entretanto o mesmo estava em BO na fabrica, pois a montadora havia mudado o
fornecedor de Castrol para Mobil, nos obrigado a aguardar o restabelecimento de sua
disponibilidade ou buscar junto a outro concessionário. 

6 – No dia 16/11, dispondo do óleo, realizamos o teste com o modulo TCM, conforme solicitado.
Passamos por HAR os testes, onde foi solicitado o envio da caixa para a PAT Pauliceia após a
desmontagem.

7 – A transmissão foi encaminhada e nos reenviada (outra caixa seminova, com outro numero
de registro) apenas no dia 02/12.

8 – No dia 02/12, com o recebimento da caixa, iniciamos a montagem e posteriormente os
testes. Após a realização do teste, a caixa apresentou os mesmos problemas anteriores,
passamos esse diagnostico via HAR.

9 – No dia 03/12, foi nos solicitado novo teste, dessa vez de pressão na caixa. Realizamos o
teste com o manômetro de 10 BAR, o que não foi suficiente. Conforme a seção 307/1 Passo 6,
buscamos junto a parceiro e fornecedores locais o Manometro de 15 BAR. Sem sucesso,
recorremos a Bosch. Realizamos o pedido do Manometro de 15 BAR, nos sendo passado uma
previsão pela Bosch de entrega para o dia 21/12. Entretanto, o item chegou apenas 23/12
(Hoje).

10 – No dia 23/12, com a chegada do Manometro, realizamos novo teste e encaminhamos o
laudo via HAR. O CAF nos respondeu solicitando que retirássemos, novamente, a caixa e a
encaminhasse para a PAT Paulicéia.

Espero ter esclarecido algumas informações e deixado claro que estamos interessados e

KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

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 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

capacitados para resolver o problema do cliente. A imagem da Ford é a nossa imagem, fizemos
e faremos de tudo para prestar o melhor serviço aos nossos clientes, seguindo sempre as
orientações da montadora.

Em relação ao nosso ferramental, dispomos de todos os itens negociados com a montadora para
abertura do DN. Além disso, estamos trabalhando de forma continua para melhor capacitar os
nossos técnicos, e manteremos em 2016 a programação de treinamento apresentada ao
regional.
 
Para maiores esclarecimentos sobre o problema do veículo e, principalmente, sobre o nosso
empenho em solucionar o problema, segue abaixo o contato do cliente:

Vinicius Dourado Loula Salum
(074) 99991­9293

PS.: Reforço que tivemos um problema similar em Teixeira de Freitas que só foi solucionado
após a troca da transmissão por uma nova.

Abraço,

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3ODFD288

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KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

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 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

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Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 382
Código de validação do documento: 51abda6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
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Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 384
Código de validação do documento: 51abda6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
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Michele Barreto

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%UDVLO/WGD7KH\PD\QRWEHXVHGRUGLVFORVHGE\VRPHRQHZKRLVQRWDQDPHGUHFLSLHQW,I\RXKDYHUHFHLYHGWKLVHPDLOLQHUURUSOHDVHQRWLI\
WKHVHQGHUE\UHSO\LQJWRWKLVHPDLOLQVHUWLQJWKHZRUGPLVGLUHFWHGDVWKHPHVVDJH

)URP52*(56/,5$>PDLOWRURJHUVOLUD#JUXSREUDQGDRFRPEU@
KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 385
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 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

6HQWVH[WDIHLUDGHGH]HPEURGH
7R$ELOLR9DOGHFLU  0HOR6DUDK 66 0,&+(/(0$57,16%$55(72'XGD%UDQGmR
&F9HULVVLPR5LFDUGR $5
6XEMHFW5(63ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ±3ODFD288

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Michele e Rogers!

Bom dia!

Preciso saber como anda o conserto do veiculo, preciso encerrar a locação em aberto.....

No aguardo para posicionar o Juridico da Cia.

Dúvidas a disposição.

Att

KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 386
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 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

Valdecir Candido Abilio
CAF ­ Regional Nordeste
 Fone (81) 3466­5378 Cel (81) 98150­5351
Ford Motor Company

)URP52*(56/,5$>PDLOWRURJHUVOLUD#JUXSREUDQGDRFRPEU@
6HQWTXDUWDIHLUDGHGH]HPEURGH
7R0HOR6DUDK 66 0,&+(/(0$57,16%$55(72'XGD%UDQGmR
&F)OHFN'HPHWULR0DFNH '0 9HULVVLPR5LFDUGR $5 526(5,%(,52-2$2%5$1'$2$ELOLR9DOGHFLU

6XEMHFW5(63ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ±3ODFD288

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KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 387
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 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

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(X7HQKR(X&XLGR5HYLVmR3UHoR)L[R)RUGVHX&DUURQRYRSRUPDLV7HPSR
(675,7$0(17(&21),'(1&,$/2FRQWH~GRGHVWHHPDLOHTXDLVTXHUDQH[RVDRPHVPRVmRHVWULWDPHQWHFRQILGHQFLDLVHGHSURSULHGDGH
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UHFHEHXHVWHHPDLOHUURQHDPHQWHSRUIDYRUDYLVHRUHPHWHQWHUHVSRQGHQGRHVWHHPDLOHLQVHULQGRDVSDODYUDVGHVWLQDWiULRHUUDGRFRPR
PHQVDJHP

675,&7/<&21),'(17,$/7KHFRQWHQWVRIWKLVHPDLODQGDQ\DWWDFKPHQWVDUHVWULFWO\FRQILGHQWLDODQGSURSHUW\RI)RUG0RWRU&RPSDQ\
%UDVLO/WGD7KH\PD\QRWEHXVHGRUGLVFORVHGE\VRPHRQHZKRLVQRWDQDPHGUHFLSLHQW,I\RXKDYHUHFHLYHGWKLVHPDLOLQHUURUSOHDVHQRWLI\
WKHVHQGHUE\UHSO\LQJWRWKLVHPDLOLQVHUWLQJWKHZRUGPLVGLUHFWHGDVWKHPHVVDJH

)URP52*(56/,5$>PDLOWRURJHUVOLUD#JUXSREUDQGDRFRPEU@
6HQWTXDUWDIHLUDGHGH]HPEURGH
7R0HOR6DUDK 66 0,&+(/(0$57,16%$55(72'XGD%UDQGmR
&F)OHFN'HPHWULR0DFNH '0 9HULVVLPR5LFDUGR $5 526(5,%(,52-2$2%5$1'$2
6XEMHFW5(63ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ±3ODFD288

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KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 388
Código de validação do documento: 51abda6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

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(X7HQKR(X&XLGR5HYLVmR3UHoR)L[R)RUGVHX&DUURQRYRSRUPDLV7HPSR
(675,7$0(17(&21),'(1&,$/2FRQWH~GRGHVWHHPDLOHTXDLVTXHUDQH[RVDRPHVPRVmRHVWULWDPHQWHFRQILGHQFLDLVHGHSURSULHGDGH
GD)RUG0RWRU&RPSDQ\%UDVLO/WGD1mRSRGHPVHUDEHUWRVRXUHYHODGRVDDOJXpPTXHQmRVHMDRGHVWLQDWiULRGHVWDPHQVDJHP6HYRFr
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PHQVDJHP

675,&7/<&21),'(17,$/7KHFRQWHQWVRIWKLVHPDLODQGDQ\DWWDFKPHQWVDUHVWULFWO\FRQILGHQWLDODQGSURSHUW\RI)RUG0RWRU&RPSDQ\
%UDVLO/WGD7KH\PD\QRWEHXVHGRUGLVFORVHGE\VRPHRQHZKRLVQRWDQDPHGUHFLSLHQW,I\RXKDYHUHFHLYHGWKLVHPDLOLQHUURUSOHDVHQRWLI\
WKHVHQGHUE\UHSO\LQJWRWKLVHPDLOLQVHUWLQJWKHZRUGPLVGLUHFWHGDVWKHPHVVDJH

)URP$ELOLR9DOGHFLU  
6HQWWHUoDIHLUDGHGH]HPEURGH
7R52*(56/,5$PLFKHOHEDUUHWR#JUXSREUDQGDRFRPEU-2$2%5$1'$2
&F0HOR6DUDK 66 )OHFN'HPHWULR0DFNH '0 9HULVVLPR5LFDUGR $5
6XEMHFW3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ±3ODFD288

Rogers e Michele,

Bom dia!

Preciso do auxilio do DN para agilizar o conserto do veiculo, devido que estamos com o veiculo
locado ao Cliente, onde o Juiz, apenas decidiu a locação do veiculo reserva até a conclusão do
reparo, assim nosso Gestores, solicita a conclusão do reparo o mais rápido possível para
encerrar esse custo com a Locação do veiculo reserva!

Caso o Distribuidor não tenha condições para atender e ou concluir o reparo no veiculo favor nôs
comunicar para uma avaliação de como a Cia irá proceder!


KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 389
Código de validação do documento: 51abda6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288
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FRQFHVVLQiULDLQFOXVHYLDJXLQFKRHTXHGHVGHRDXWRPyYHOHVWiQR'1DJXDUGDQGRUHSDUR

No aguardo para de um retorno!

Dúvidas a disposição.

Atenciosamente

Valdecir Candido Abilio
CAF ­ Regional Nordeste
 Fone (81) 3466­5378 Cel (81) 98150­5351
Ford Motor Company

)URP0,&+(/(0$57,16%$55(72>PDLOWRPLFKHOHEDUUHWR#JUXSREUDQGDRFRPEU@
6HQWVHJXQGDIHLUDGHGH]HPEURGH
7R$ELOLR9DOGHFLU 
6XEMHFWSULQWV+$5

%RD7DUGHVHJXHSULQWVGRFKDPDGR+$5FRQIRUPHVROLFLWDGR

$WHQFLRVDPHQWH

KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 390
Código de validação do documento: 51abda6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
 *PDLO):3ULQWV+$5)RUG)RFXV6HGDQ௙
3ODFD288

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Michele Barreto

  Buriti Irecê ­ DN 6692

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1D)25'DFUHGLWDPRVTXHXPDDWLWXGHLQRYDGRUDSRGHPXGDURPXQGR

­­­­­­­­­________

KWWSVPDLOJRRJOHFRPPDLOX"XL  LN DIFDDI YLHZ SW VHDUFK LQER[ PVJ GHHEIEIE VLPO GHHEIEIE 

Assinado eletronicamente por: ANDRE HENRIQUE LEAL DE OLIVEIRA Id. 37021707 - Pág. 391
Código de validação do documento: 51abda6e a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOURADO & SALUM
Advocacia Tributária e Direito Público

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL


CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ – ESTADO DA BAHIA.

Ref. Processo nº. 0007786-22.2015.8.05.0110

JULIANA DOURADO LOULA SALUM e VINICIUS DOURADO


LOULA SALUM, ambos já devidamente qualificados na exordial do presente feito, vêm à
presença de Vossa Excelência, por meio de advogado regularmente constituído, manifestar
acerca das contestações e documentos juntados pelas partes acionadas, em especial as
defesas protocoladas pela 1ª Ré (evento 54), pela 2ª Ré (evento 52) e pela 3ª Ré (evento
93), oferecendo suas razões de RÉPLICA nos termos abaixo articulados.

1. DA CONTESTAÇÃO DA 1ª RÉ – FORD MOTOR COMPANY DO BRASIL LTDA

Em sua peça de defesa, juntada ao evento 54 do processo eletrônico, a


fabricante/montadora do automóvel (Ford Motor Company do Brasil LTDA.), na qualidade de
1ª Ré, alega, em síntese, o seguinte:

1º) Que não cometeu qualquer ato ilícito, pois “todos os procedimentos foram
realizados para a correta análise do veículo e, restando constatada a
necessidade de substituição da caixa de marchas, imediatamente a peça
necessária foi solicitada ao Fabricante” (sic);

2º) A mitigação da norma do artigo 18 do CDC, que não pode ser aplicada de
forma absoluta, “Isso porque, um automóvel é um bem extremamente complexo,
cuja produção e montagem dependem, literalmente, de milhares de
componentes, mecânicos em sua grande maioria” (sic);

__________________________________________________________________________________
Rua Durval Soares, n. 62, sala 102 (Praça João XXIII), Centro, Irecê – Bahia.
Cel.: (74) 9.9923-2036 e (74) 9.8809-3357
douradoesalum@gmail.com
1

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 37034901 - Pág. 392
Código de validação do documento: 51adddd2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOURADO & SALUM
Advocacia Tributária e Direito Público

3º) Que não procede o pedido de danos morais, haja vista que “o problema
constatado não impede o uso regular do bem, não há como se vislumbrar dano
moral por conta da espera pela substituição de peça do veículo”, e os fatos
narrados pelos Autores “não passam de mero aborrecimento ou ‘desconforto’ e,
por isto, não são indenizáveis” (sic);

4º) A ausência de provas quanto aos danos materiais, pois os Autores não
juntaram comprovantes de pagamento das despesas, mas apenas “simples
recibos” (sic).

1.1. Da confissão

De pronto, cabe chamar a atenção deste d. Juízo para a confissão da 1ª Ré


quanto à matéria de fato. Com efeito, assume a parte acionada que o veículo de
propriedade dos Autores realmente possui um defeito e que, em razão desta avaria, o
veículo precisa de conserto com substituição de peça (no caso, refere-se apenas à
caixa de transmissão). A defesa alega que a Ford estaria tomando todas as providências
com diligência, porém afirma o seguinte:

Ora, Exa., em que pese a confissão da Ré quanto à existência da avaria no


câmbio do automóvel, a Ford – ao contrário do quanto dito – não tomou todas as
providências com a diligência necessária para fins de reparação do defeito.

PRIMEIRO, pela demora em validar/atualizar a garantia do veículo no sistema


próprio, o que impediu a concessionária Buriti de emitir, num primeiro momento, a Ordem de
Serviço para reparo do automóvel em garantia, ocasionando um desnecessário atraso de
aproximadamente 25 (vinte e cinco) dias; SEGUNDO, pela injustificável morosidade no
conserto do veículo, que ficou na oficina autorizada do dia 07/10/2015 até o dia 02/02/2016,

__________________________________________________________________________________
Rua Durval Soares, n. 62, sala 102 (Praça João XXIII), Centro, Irecê – Bahia.
Cel.: (74) 9.9923-2036 e (74) 9.8809-3357
douradoesalum@gmail.com
2

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perfazendo, portanto, um total de mais de 100 (cem) dias, em absoluto desrespeito ao artigo
18 do CDC; TERCEIRO, pela realização parcial do serviço, visto que, neste período,
somente a caixa de transmissão fora trocada, restando ainda o problema relacionado à
caixa de direção, conforme comprova a OS nº. 523, que inicialmente também previa o
conserto do “BARULHO ANORMAL NA DIREÇÃO” (doc. 13 da inicial), mas que, ao final,
somente levou a cabo o serviço relacionado ao câmbio, conforme documentos ora
anexados; e QUARTO, pelo assumido descumprimento do dever de manter em seus
estoques as peças de reposição por período de tempo minimamente razoável, consoante
determina o art. 32 do CDC:

Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de


componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou
importação do produto.

Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá


ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei.

(grifamos)

1.2. Dos danos morais

Ressaltem-se, ademais, os transtornos sofridos pelos Autores em todo o


período anterior ao conserto do veículo, desde a ocorrência do primeiro sinal de mau
funcionamento (29/08/2015). Neste tempo, os Autores tiveram de suportar diversos
dissabores decorrentes do defeito do veículo, que teve de ser levado 05 (cinco) vezes às
oficinas autorizadas da 2ª e 3ª Acionadas (concessionárias), sendo que, em 03 (três)
oportunidades, o veículo fora conduzido pelo serviço de guincho/reboque – sendo rebocado,
inclusive, no meio de uma rodovia estadual, interrompendo uma viagem de feriado em
família.

Ora, Exa., por mais que a parte Acionada queira dilatar o prazo previsto no
artigo 18 do CDC, aduzindo que o mesmo não é absoluto, resta inequívoco que a demora
no conserto do veículo dos Autores ultrapassou as raias do absurdo, constituindo numa
conduta abusiva em prejuízo do consumidor.

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Conforme bem observou Rizzatto Nunes, citado por Plínio Lacerda Martins: “o
fornecedor não pode beneficiar-se da recontagem do prazo de 30 (trinta) dias toda vez que
o produto retorna com o mesmo vício. Esclarece que se isso fosse permitido, o fornecedor
poderia, na prática, fazer um conserto superficial buscando assim prolongar indefinidamente
o prazo legal”1.

Ademais, ao contrário do que afirma a parte acionada, não se trata de mero


”aborrecimento” ou “desconforto”, mas de dano moral indenizável, na forma do seguinte
precedente do STJ: “(..) 2. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de ser possível a
indenização por dano moral na hipótese de o adquirente de veículo novo ter que
comparecer diversas vezes à concessionária para realização de reparos. (...)” (AgRg no
AREsp 76.980/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado
em 14/08/2012, DJe 24/08/2012).

Neste mesmo sentido, os seguintes julgados:

PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO. VEÍCULO


ADQUIRIDO ZERO QUILÔMETRO. SUCESSIVOS DEFEITOS. PRAZO
DE GARANTIA. MOROSIDADE NA REPARAÇÃO DO VÍCIO.
TRANSTORNOS CARACTERIZADOS. DANOS MORAIS.
1. Nas relações consumeristas, dispensa-se a comprovação da culpa ou
do dolo, em se tratando de apuração de responsabilidade por danos
causados a consumidores. O fornecedor de serviços somente não será
responsabilizado quando provar culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiro, o que não restou evidenciado no caso.
2. Em uma relação jurídica, os contratantes devem pautar-se em certo
padrão ético de confiança e lealdade, em atenção ao princípio da boa-fé,
que orienta as atuais relações negociais pela probidade, moralidade e
honradez.
3. A excessiva quantidade de defeitos apresentados no veículo
retirado zero quilômetro, em um curto espaço de tempo, com o
impedimento de sua regular utilização pelo consumidor, mostram-se
suficientes para o reconhecimento do dano moral. Precedentes deste
e. TJDFT.
4. Apelação não provida. Sentença mantida.
(TJ-DF. Processo: APC 20120111354485 DF 0036855-86.2012.8.07.0001.
Relator(a): FLAVIO ROSTIROLA. Julgamento: 03/12/2014. Órgão
Julgador: 3ª Turma Cível. Publicação: Publicado no DJE: 12/12/2014. Pág.:
182).
........................................................................................................................

1
In: MARTINS, Plínio Lacerda. Anotações ao código de defesa do consumidor: conceitos e noções básicas. 3 ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2005. p. 63.
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RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS


E MATERIAIS. VEÍCULO ADQUIRIDO ZERO QUILÔMETRO. GARANTIA
CONTRATUAL DE TRÊS ANOS. DEFEITO DE FÁBRICA CONSTATADO
15 DIAS APÓS O TÉRMINO DA GARANTIA. VEÍCULO QUE À ÉPOCA
CONTAVA COM APENAS 30 MIL QUILÔMETROS. PERSPECTIVA DE
VIDA ÚTIL DO AUTOMÓVEL ENTRE 200 A 300 MIL QUILÔMETROS.
TRANSTORNOS SUPORTADOS PELA AUTORA QUE ULTRAPASSAM
O MERO DISSABOR. FRUSTRAÇÃO DA VIAGEM PROGRAMADA.
NECESSIDADE DE DESEMBOLSO COM GUINCHO, ALUGUEL DE
VEÍCULO E TROCAS DE PEÇAS DE RESPONSABILIDADE DAS RÉS.
QUANTUM MANTIDO (R$3.500,00). SENTENÇA CONFIRMADA.
RECURSO DESPROVIDO.
(TJ-RS. Recurso Cível Nº 71005648977, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em
28/08/2015).
........................................................................................................................

VÍCIO DO PRODUTO. ALEGA O RECLAMANTE QUE EM 23.10.2013


ADQUIRIU JUNTO A RECLAMADA UM VEÍCULO FORD FOCUS E QUE
AO PASSAR DOIS MESES A CHAVE CODIFICADA COMEÇOU A
APRESENTAR PROBLEMAS. FRISA QUE NA DATA 30.12.2013 DEIXOU
O VEÍCULO COM A RECLAMADA E QUE SOMENTE 101 DIAS DEPOIS
LOGROU ÊXITO EM RECEBER A CHAVE CODIFICADA,
DESEMBOLSANDO A QUANTIA DE R$ 738,75. ADUZ QUE DURANTE
ESTE LONGO PERÍODO REALIZOU INÚMEROS CONTATOS A FIM DE
SOLUCIONAR O PROBLEMA. SOBREVEIO SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA QUE CONDENOU A RECLAMADA AO PAGAMENTO DE
R$ 2.000,00 A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INSURGÊNCIA RECURSAL DA RECLAMADA QUE ADUZ PRELIMINAR
DE DECADÊNCIA E, NO MÉRITO, PUGNA PELO AFASTAMENTO DA
CONDENAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS OU,
SUBSIDIARIAMENTE, A REDUÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO.
RELAÇÃO DE CONSUMO. INCIDÊNCIA DO CDC. EM RELAÇÃO À
DECADÊNCIA IMPENDE DESTACAR QUE A GARANTIA LEGAL SE
SOMA À GARANTIA CONTRATUAL, CONFORME ART. 50 DO CDC,
SENDO ASSIM, CONSIDERANDO QUE O PRODUTO APRESENTOU
DEFEITO 60 DIAS APÓS A COMPRA REALIZADA EM 23.10.2013, QUE
O RECLAMANTE DIRIGIU-SE A LOJA AINDA NO PRAZO DA SOMA DAS
GARANTIAS CONTRATUAL E LEGAL, E QUE TAL MEDIDA OBSTA A
DECADÊNCIA ATÉ A RESPOSTA NEGATIVA FINAL DO FORNECEDOR
(ART. 26, § 2º DO CDC), A QUAL NÃO OCORREU, NÃO HÁ QUE SE
FALAR EM DECADÊNCIA DO DIREITO DO RECLAMANTE.
PRELIMINAR DE DECADÊNCIA AFASTADA. RECLAMANTE
CONSTITUIU PROVAS DE SEU DIREITO E JUNTOU AOS AUTOS A
NOTA FISCAL DE COMPRA DO VEÍCULO E A ORDEM DE SERVIÇO
(MOVS 1.3 E 1.4). A TEOR DO ENUNCIADO 8.3, O NÃO CONSERTO DE
EQUIPAMENTO DEFEITUOSO REVELA O DESCASO COM O
CONSUMIDOR E ENSEJA, ASSIM, A REPARAÇÃO POR DANOS
(MORAIS E MATERIAIS). RESSALTE-SE QUE INCUMBIA A
RECLAMADA COMPROVAR QUE REALIZOU O CONSERTO DE FORMA
CORRETA OU EFETUOU A TROCA DOS PRODUTOS DEFEITUOSOS
EM TEMPO RAZOÁVEL (INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 6º, INCISO VIII DO
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CDC), ENTRETANTO, NÃO SE DESINCUMBIU DE SEU ÔNUS. DA


ANÁLISE DOS AUTOS, RESTOU INCONTROVERSO O DESCASO COM
O CONSUMIDOR QUE APÓS ESCOLHER A LOJA DE VEÍCULOS DA
RECLAMADA PARA A COMPRA DO AUTOMÓVEL, ESPEROU MAIS
DE TRÊS MESES PARA TER O DEFEITO APRESENTADO NA CHAVE
CODIFICADA SOLUCIONADO. PORTANTO, ACERTOU O JUÍZO A
QUO EM PROCEDER COM A CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. É DIREITO DO CONSUMIDOR
ADQUIRIR UM PRODUTO QUE SEJA FIDEDIGNO AS
CARACTERÍSTICAS QUE DELE SE ESPERA. É EVIDENTE O
TRANSTORNO CAUSADO AO CONSUMIDOR QUE AO ADQUIRIR O
PRODUTO NÃO PODE USUFRUI-LO EM RAZÃO DE FALHAS NA
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. DANO MORAL CONFIGURADO. PARA
A QUANTIFICAÇÃO DA INDENIZAÇÃO DESTES DEVE-SE OBSERVAR
O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE NUNCA SE OLVIDANDO QUE A
INDENIZAÇÃO DO DANO IMATERIAL TEM A DUPLA FINALIDADE
PRÓPRIA DO INSTITUTO, QUAL SEJA, REPARATÓRIA, FACE AO
OFENDIDO, E EDUCATIVA E SANCIONATÓRIA, EM FACE DO
OFENSOR. VALOR ARBITRADO ESTÁ DE ACORDO COM OS
CRITÉRIOS DE PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE
APLICADOS AO CASO CONCRETO. DIANTE DO EXPOSTO,
MANTENHO O MONTANTE FIXADO A TÍTULO DE DANOS MORAIS.
SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO, COM CONDENAÇÃO DA RECORRENTE
NO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS, ESTES QUE ARBITRO EM 20% SOBRE O VALOR DA
CONDENAÇÃO. SERVINDO A PRESENTE COMO VOTO. , MANTENHO
O MONTANTE FIXADO A TÍTULO DE DANOS MORAL.
(TJ-PR - Processo: RI 006942906201481600140. Relator(a): Fernando
Swain Ganem. Julgamento: 11/09/2015. Órgão Julgador: 1ª Turma
Recursal. Publicação: 23/09/2015)
........................................................................................................................

AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO. FUNGIBILIDADE. RECURSO


CABÍVEL DE AGRAVO LEGAL. AÇÃO REDIBITÓRIA. VEÍCULO COM
DEFEITO. PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA,
ILEGITIMIDADE PASSIVA, FALTA DE INTERESSE DE AGIR E
DECADÊNCIA AFASTADAS. RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO. DANO
MORAL. CABIMENTO.
1. Inexiste cerceamento de defesa quando a prova já produzida, mostrava-
se suficiente para esclarecer a matéria trazida ao juízo, achando-se o feito
maduro para ser sentenciado, vez que constam no processo todos os
dados (fáticos e jurídicos) necessários ao julgamento da lide.
2. Possui legitimidade ativa 'ad causam' o comprador de veículo que
apresenta vícios, independentemente de o mesmo haver sido adquirido
através de financiamento, contendo gravame de alienação fiduciária.
3. Todos os vícios ocultos que apareceram ao longo do tempo foram
protestados e encaminhados à apelante para conserto, dentro do prazo
decadencial. Portanto, a cada novo defeito exteriorizado, iniciava-se um
novo prazo decadencial, de forma que a aferição da tempestividade deve
ser analisada com base no último defeito apresentado.

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4. O consumidor poderá exigir a substituição do produto ou a restituição do


valor pago, nos casos de defeito de fabricação do bem que se encontra
dentro do prazo de garantia. (art. 18 do CDC)
5. A aquisição de veículo para uso pessoal que, em virtude da
existência de vícios ocultos, tem seu uso inviabilizado e passa a
enfrentar transtornos, não há como se negar a existência de danos
morais, sobretudo porque tal situação merece total censura e
reprovação, devendo ser reprimida pelo Judiciário. 6. Recurso não
provido. Decisão Unânime.
(TJ-PE. Processo: AGR 2758803 PE. Relator(a): Stênio José de Sousa
Neiva Coêlho. Julgamento: 06/10/2015. Órgão Julgador: 1ª Câmara Cível.
Publicação: 15/10/2015)

(grifos nossos)

1.3. Dos danos materiais

Por fim, quanto à alegação de que os recibos juntados pelos Autores não
servem como prova dos danos materiais, cabe ressaltar que tais documentos consistem em
provas documentais robustas, que atestam os dispêndios realizados pelos Autores com
passagem de ônibus e aluguel de automóveis após findar os 03 (três) dias de carro reserva
disponibilizado pela Ford, e antes de a empresa acionada fornecer – por força de liminar – o
carro reserva citado à fl. 04 da contestação.

Neste sentido, cabe destacar, mais uma vez, a nulidade da cláusula


contratual relativa ao serviço “Ford Assistance”, que limita o uso de veículo em substituição
(o chamado “carro reserva”) ao prazo ínfimo de 03 (três) dias. Trata-se de uma cláusula
abusiva, sobretudo por atenuar a responsabilidade do fornecedor por vício do produto (art.
51, I, CDC). E esta abusividade contratual fora levada a efeito de maneira tão ardilosa que,
inversamente ao que determina o CDC, a Ford colocou em destaque (em CAIXA ALTA e em
NEGRITO) o serviço de veículo em substituição, mas depois mantém em letras menores a
limitação a este direito do consumidor, ressalvando que o prazo máximo de empréstimo é de
apenas 03 (três) dias.

Com efeito, tratando-se de um Contrato de Adesão, o CDC determina que “As


cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com
destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão” (art. 54, §4º). A Ford, entretanto,
como forma de seduzir e enganar o consumidor, redigiu o Manual do Proprietário de
maneira inversa ao que prevê o diploma consumerista.

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2. DA CONTESTAÇÃO DA 2ª RÉ – INDIANA VEÍCULOS LTDA

A contestação juntada ao evento 52 do processo eletrônico, trazida aos autos


pela concessionária Indiana Veículos Ltda., na qualidade de 2ª Ré, aventa as seguintes
arguições:

1º) A ilegitimidade de parte, pois os defeitos do carro seriam de fabricação,


responsabilidade esta que recairia apenas sobre “a concessionária que vendeu o
veículo e sobre a montadora FORD/1ª Acionada, que na condição de
‘fabricante’, cede a garantia por seus produtos a seu livre dispor, bem como as
condições para o pleno acesso aos benefícios assegurados” (sic);

2º) A incompetência do Juízo pela complexidade da causa, já que haveria a


(suposta) necessidade de “perícia no veículo da Autora para comprovar a
existência dos vícios alegados, bem como a origem dos mesmos para fins de
apuração de responsabilidade” (sic); e

3º) Quanto ao mérito, que não praticou qualquer ato ilícito e muito menos deu
causa ou contribuiu para o defeito existente no veículo dos Autores, razão pela
qual teria operado “a inexistência de responsabilidade da Reclamada por
ausência de cometimento de ato ilícito e nexo causal entre a sua conduta e os
fatos que ensejaram a fundamentação do pedido na presente queixa” (sic).

2.1. Da confissão e da responsabilidade da 2ª Ré

Em que pese a arguição de ilegitimidade de parte, e da suposta ausência de


ilicitude e nexo causal que pudesse ensejar a responsabilidade da concessionária Indiana
(2ª Ré), ressalta dos autos, em verdade, a confissão da referida concessionária quanto ao
seu absoluto descaso com o consumidor e da sua participação nos eventos danosos que
são objeto da presente ação judicial.

Senão, vejamos as próprias palavras da referida empresa acionada:

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Ora, Exa., a própria empresa Acionada confessa que as revisões do veículo


foram realizados em seu estabelecimento e que desde a primeira revisão – e sobretudo na
terceira revisão (realizada no dia 16/07/2015) – os proprietários já chamavam a atenção
para os problemas relatados na exordial. Note-se que, menos de 02 (dois) meses depois
desta última revisão periódica, o veículo apresentou sintomas de mau funcionamento do
câmbio, com as mensagens novamente aparecendo no painel, especialmente numa viagem
de Salvador a Irecê, ocorrida no dia 29/08/2015.

Ademais, atente-se que, quando o veículo teve de ser rebocado em


plena rodovia estadual no dia 05/09/2015, o mesmo fora levado para a oficina da
Indiana, quando a referida empresa teve o tempo necessário para testar
adequadamente o que outrora alegava ser um “problema intermitente” que precisaria
de mais testes. Porém, mesmo assim, a referida empresa preferiu enganar
novamente o consumidor afirmando que existia “um dos cabos terra que estava
mal ajustado (folgado)” (sic), razão pela qual o carro ainda ficou “mais um dia para
testar” (sic).

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Logo no dia seguinte ao que o veículo fora entregue supostamente


consertado, o mesmo começou a dar sintomas de defeito no câmbio (um “tranco” ao engatar
a marcha ré), aparecendo novamente a mensagem de “Transmissão Avariada” no painel,
seguida de “Motor Avariado” (com perda de potência), até culminar com o acendimento da
luz indicadora de mau funcionamento.

Exsurge daí a absoluta irresponsabilidade da empresa Indiana para com seus


clientes, comprovável pelos documentos e alegações trazidos pela própria parte Ré – que
atestam justamente o inverso do que a referida empresa alega. Note-se, por exemplo, os
seguintes documentos e afirmações:

1º) a O.S. 0082925, que espelha a primeira revisão realizada no veículo (ainda
com apenas 10.659km rodados), onde consta a observação de “MOTOR COM
OUTROS PROBLEMAS” (documento juntado ao evento 52);

2º) a O.S. 0092372, que relata a segunda revisão (estando o veículo com
20.246km rodados), onde sobressai novamente a observação “VEÍCULO
FICANDO FRACO NA RETOMADA DE VELOCIDADE APÓS REDUÇÃO DE
MARCHA” (documento juntado ao evento 52);

3º) a afirmação expressa na contestação de que, na terceira revisão, “o Autor


alegou também que estava aparecendo mensagem no painel de transmissão
avariada e falha no motor, quando foi feito o diagnostico com o aparelho de IDS
e não apresentou o incoveniente relatado, porém foi informado que a
Concessionária precisaria de mais tempo para testar” (sic);

4º) a prova trazida junto à exordial (doc. 07), que consiste na INSPEÇÃO DE
ENTRADA DO VEÍCULO efetuada pelo consultor “Leandro” da concessionária
Indiana Paralela justamente no dia em que o carro chegou rebocado, onde
consta os inconvenientes relatados como “MENSAGEM DE MOTOR AVARIADO
NO PAINEL”, “VEÍCULO FALHANDO” e “TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
AVARIADA”.

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EM TODAS ESTAS OCASIÕES, A CONCESSIONÁRIA INDIANA – POR


ABSOLUTO DESCASO E DESRESPEITO AO CONSUMIDOR – NÃO DEU A ATENÇÃO
DEVIDA AOS REITERADOS DEFEITOS DE FUNCIONAMENTO APRESENTADOS NO
VEÍCULO DE PROPRIEDADE DOS AUTORES, PREFERINDO CAMUFLAR A
EXISTÊNCIA DO VERDADEIRO PROBLEMA REALIZANDO SUCESSIVOS “REPAROS”
INEFICAZES E SUPERFICIAIS.

Com efeito, não fosse a competência e a seriedade do mecânico Márcio Ítalo


e da consultora técnica Michele Martins Barreto – ambos da concessionária Ford Buriti (3ª
Ré) – e provavelmente os Autores ainda estariam tentando resolver o problema do seu
veículo, pois o que não se pode esperar da Ford Indiana (2ª Ré) é qualidade, lealdade e
boa-fé em seus procedimentos.

Ademais, grande parte do atraso ocorrido no conserto do automóvel decorreu


do desleixo da Ford Indiana (e da própria fabricante) em alimentar as informações do
veículo no sistema de garantia da Ford, impedindo a Buriti de emitir a necessária Ordem de
Serviço de reparo do automóvel em garantia. É o que comprova o documento juntado pela
Ford Buriti em sua contestação (vide “e-mails.pdf” – evento 93):

De fato, não contente em efetuar reparos superficiais no veículo de


propriedade dos Autores, eximindo-se da obrigação de reparar os problemas apresentados
no mesmo desde a 1ª revisão, a concessionária Indiana ainda dificultou o trabalho de quem,
agindo corretamente, teve a disposição de realizar o conserto do automóvel.

Portanto, não resta dúvida quanto à responsabilidade e participação da 2ª Ré


nos eventos danosos expostos na exordial, razão pela qual deve ser rechaçada a preliminar
de ilegitimidade de parte.
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2.2. Da desnecessidade de perícia

No que concerne à alegação de que a presente causa é de complexidade


incompatível com o sistema dos Juizados especiais, cumpre advertir que – ao revés da
referida e descabida arguição – a própria fabricante (Ford) em sua contestação confessa a
existência do problema no veículo, bem como sua natureza, confirmando, ademais, a
amplitude dos documentos juntados pelos Autores desde a inicial, que comprovam
cabalmente os problemas frequentes na transmissão e caixa de direção do Ford Focus.

Por outro lado, o que releva destacar neste ponto é que POUCO IMPORTA
SE O DEFEITO APRESENTADO É UM VÍCIO DE FABRICAÇÃO OU NÃO, POIS O
VEÍCULO ESTÁ COBERTO PELA GARANTIA, RAZÃO PELA QUAL EXSURGE O DEVER
DAS EMPRESAS RÉS DE CONSERTAREM O MESMO ÀS SUAS EXPENSAS, E DENTRO
DO PRAZO PREVISTO NA LEI CONSUMERISTA, ALÉM DE FORNECEREM VEÍCULO
RESERVA ATÉ O PRAZO FINAL DE CONSERTO INTEGRAL DO AUTOMÓVEL.

Portanto, descabida a alegação de que haveria necessidade de


realização de perícia técnica para solução da lide, uma vez que a natureza do
vício (se de fabricação ou decorrente de outras causas) não é relevante para
fins de apuração da responsabilidade das acionadas, que têm a obrigação de
colocarem e manterem no mercado produtos em prefeitas condições de uso
sobretudo enquanto vigente o prazo de garantia – como é o caso da
fabricante/montadora (1ª Ré) – bem como de solucionarem os problemas
eventualmente apresentados neste período de cobertura com a presteza,
lealdade e boa-fé exigidas pelo Código de Defesa do Consumidor (casos da
própria fabricante e das concessionárias 2ª e 3ª Rés, solidariamente).

Portanto, também esta preliminar deve ser rejeitada por este d. Juízo, seja
porque o amplo conjunto probatório confirma tratar-se de um problema de fabricação, seja
porque – independentemente desta comprovação ou não – para solução da lide é
irrelevante saber a natureza do defeito, mas tão somente a existência dele (o que trata-se
de fato incontroverso) e os vícios na prestação de serviço das acionadas, que acabaram
gerando prejuízos de natureza material e moral aos Autores.
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Advocacia Tributária e Direito Público

3. DA CONTESTAÇÃO DA 3ª RÉ – BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA

Em sua peça de contestação, juntada ao evento 93 do processo eletrônico, a


concessionária Ford Buriti, na qualidade de 3ª Ré, alega, em síntese, o seguinte:

1º) A ilegitimidade de parte, uma vez que os vícios são de fabricação e, portanto,
de responsabilidade da Ford e da concessionária onde o veículo fora adquirido e
onde foram feitas as revisões; e

2º) No mérito, a inexistência de vícios na prestação do serviço de conserto do


automóvel, ou o cometimento de qualquer ilicitude ou ocorrência de culpa, “posto
que cumprira totalmente sua obrigação, com total diligência e rapidez, embora só
o tenha concluído, evidentemente, após a autorização da fabricante e a chegada
de todas as peças solicitadas para a execução integral do serviço” (sic).

3.1. Da responsabilidade da 3ª Ré

No que se refere à alegação de ilegitimidade passiva ad causam, a Ford Buriti


pretende eximir-se de responsabilidade tão somente porque não é a fabricante do
automóvel, nem realizou as revisões no referido veículo.

Sucede que, uma vez ocorrido o defeito no veículo, incumbe à concessionária


repará-lo adequadamente, e dentro do prazo previsto no CDC, sobretudo quando se trata de
bem coberto pela garantia!

As acionadas, no entanto, criaram empecilhos à resolução do problema, ora


fazendo “reparos” superficiais e/ou ineficazes (como ocorrera na Indiana), ora se furtando de
realizar imediatamente o conserto do veículo – alegando, inclusive, a necessidade prévia de
“atualização” da garantia no Sistema Ford –, ou mesmo com a recusa em fornecer sequer
um prazo para início e término dos serviços (caso da Buriti) ou em disponibilizar um carro
reserva durante o período de conserto como forma de minorar os danos materiais e morais
sofridos pelos Autores (caso da Ford).

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Rua Durval Soares, n. 62, sala 102 (Praça João XXIII), Centro, Irecê – Bahia.
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A omissão da Buriti (3ª Ré) quanto a fornecer um prazo para o conserto do


automóvel, aliás, constitui prática abusiva vedada pelo diploma consumerista (art. 39, XII,
CDC), além de representar uma violação direta ao artigo 40, caput, do Código de Defesa do
Consumidor: “O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento
prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos
serviços”.

Ora, Exa., a relação entre o consumidor e o fornecedor (de serviços ou de


bens) deve ser regida pelo princípio da boa-fé (art. 4º, III, CDC c/c art. 422, C.C.), de modo
que, havendo o rompimento deste dever de lealdade, com consequente dano a uma das
partes, surge o dever não somente de consertar o produto defeituoso posto no mercado
como também de indenizar o consumidor pelos prejuízos sofridos em razão do vício (seja
ele aparente ou oculto).

DO PEDIDO

Do exposto, e reiterando todos os argumentos constantes da petição inicial,


os Autores requerem que as preliminares arguidas pelas empresas acionadas sejam
rejeitadas, assim como as alegações de mérito, para fins de acolhimento in totum dos
pedidos constantes na exordial, julgando totalmente procedente a presente ação judicial.

Requer, outrossim, a juntada dos documentos anexos, que comprovam a


realização PARCIAL do serviço, pois, em que pese o conserto da caixa de transmissão e a
devolução do automóvel, a caixa de direção ainda não fora reparada.

Nestes termos,
pede deferimento.
Irecê-BA, 16 de fevereiro de 2016.

Vinícius Dourado Loula Salum Fernando de Paiva Loula Dourado


OAB/BA nº. 27.313 OAB/BA n°. 24.152

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Ford Motor ComPanY Brasil Ltda.

PROCUNACAO

Pelopresenleinslfumenloporlict.tlor,foRDtol.gRcoMPANYBRAslL!TDA.,comsedenoAvenido
do Compg' 10- Eslod?-de 56o Poulo'
do Tobo6o, 899, Rudgo no*ot, no ciOode 99-S!o--B:mqrdo
inscrilo no CNPJ/MF toU n'."6s.a;OiiiruOf'ZO;
l) Toubot6' Eslodo'de S0o Poulo' no Avenido
(2) Totut, Eilodo de
Chortes schneicJ et,z.z22,norqu; s6o a;fim, cr.ptiNl? no.a3.470.727tp2'ol;
j-nl *,i-t ia-, i"j"ineitqs, CNPJ/MF no. Og.ilA'727 tgryq988: (3) Botued'
56o poulo, no Rod. Sp - r 7
piuteiio loao Villolobo Quero, 2.080, Jordim^Belvol CNPJ/MF n"'
Estocro de 56o pouto, no av"niio
03.470.727too12{3; (a) comoi;, fi.-$ oo ponlo'-ng^evenicJg
Henry Folgr ?'9rc'Boino COPEC
petroqutmico a" d."irc*ii, CUJll4r n'.^03.470.727lcDI6'07; (5) solvodor' Estodo do
fComptexo (5) condelos. Estodo do
Bohio, no Estrodo do resa, sli{,'i-irlia]'cNpllrlr no.o.3.470.72710023-36;
Oirdito ao Rio Cotegipe, no Bohio de lodos os Sontos, Dlslrlto de
Bohio, no Vilo Montoim troiS"*
Muruim, Zono Porruorio xo*Jitipl'lr"ir i' orl'1l:?-i1!9a'?&40' e (7) Horlzonle' Estodo do ceor6'
ciij/ttii ;'.oia.nlo'tztloosl-46; dorovonle designodo "oulorgonle"'
no Roclovio BR ll6. km ez,s,
com seu conrroro socior aoiJj" i" ie,io.iiti e orquvoao no JUCESP sob NIRE ne. 35'215'993'046'
conlroluol consoiidodo,
em 22.lo.l?99 e posteriores-Iii"ioc;i-;oo o ottimo 83o olteroqdo
dorodo de 26to3tut4,,ugiri,Jii'iJli,bEiciou n". |2l86n4-5,,e$
pqrg-s.r:lo rerceko cre seu '*ri,.-g:ll{0i311,^l".ill
conrrolo socicil por suo
:il",ffiHi;"i;1;Hffi';;;,iigo12,
r"goit]-gNA"iaUia' Caf,tqNO- n EsQulIA BARROS' brosileko' cosodo'
Dketo{o cle Assunlos
IllrtdloJi.ii,iid no oe6'li'r'n;.'ii.zsp e no cPt/MF n". tgz.ozl'st's'80, co,n o nlesmo endereco
do outorgonle, ;;;i;; seus bostonles procurodcires: NANCI coglp6nl
comerciol ";rlitui
coRRgA, brositeko, sorrerro, oo"voiJa.
p"*"4"i"-g"_q6dulo de'ldenlidode oAB/sP no. 166.179 e
inscriro no cpF/MF ,oo o n".l$]osi.izboo; rroan cAVEANHA DE souzA HAcKERort' brosileko'
coiodo. odvogodo, porfocroro-Oo 6iarro. ;u ldenlidode OAB/SP ri' 234'278 e inscrito no CPtlMF
meii[iinilHiii;AM,oi;brosileiro, solieiro, odvogsdo, portodoro do
sob o no 214.39r.038.32
o no, 269.510.848-66, DENISE
ceduto de tdeniidode oee/ii n;. 20i.707 e inscrito no cPFlMF sob
RoMrQ. brosileiro, solleiro. Ji6;;:;i;ryi's-qqsitulo de ldenlidode-oAB/sP n' 130'322 e
BAIADORI GoNqAtvEs, brosileko, solteiro
lnscrilo no c?FlMF roO o n. ra7"eia.z'as-or;
^lancrl
a. ceiyr9-.qriatFle,oAB/11--:,16:6"1ililT:'1:"::r:Ti%iB7rl
odvo.godo. portodor
odvogodo, inscriio no oAB/sP l::
n''
3iJ.3fff6-Ei]'iiYi'rliio'ibicei-rinr, brositeiro.cosodo,
AIEXANDRE ANOnnDt atvss coRRElA" brosileko,
272.723 e no cpF/Mr o-n , izj,iir,isa-pa.
'oo no bASAf nc. 296..648 CPF n'. 3[4.457-018-59. UAURO RINAIDO
o no
solleiro, odvogodo, tnscrito -oO";o-gi;;;
il"'ii; * OA8/5P no' 167'016 e no CPF/MF sob o no'
PAolEnli brosilairo,
brositeiro'.cosodo' odvogoclo' inscrito no oAB/sP
no'
069.099.728{5; "osooo,
TAMTRES CalaneiiiiviiR.
ibnro aenvrNUTO' brosileko'
342.8, e no CpF/MF *u .?;. sgl.liiie*<i; ne*Arrinrucnes
no GPF/MF sob o no. 349.721.718Q4 e
cosodo, odvogodo, inscrilo'noa;Ai n;. iispzt.e
RoDRtGo TADEU DAMASO
p! iiirviiia, irosiieiro' so[eko' sdvogodo' inscrllo no oAB/sP 2l 7.071 e
o mesmo endereqo comeicibt do Oulorgonle, com poderes
no CpF no. Z2,,g2g,Sgg.t,,foOoitor do ordem de nomeoq6q' prolicor
Doro: EM CONJUNTO ou srrinailililne, lnOepenaenf"renl"
ou lribuldrio: I'poro o foro
ffi.;r;;;;ilil;;;rffi;;ilffii;](;ilrhisro,.previdenci6rlo
ol-'"olo-o iuotciot' lnsldncio ou
em gerol, propor e conrestor"qu"oiq-u"i'oi6o "rn' P9]3Yi:izo'
:::,]Tl: f,q:::1':.lY'f:::I
iribunol, em que o outorsoitJi"jJl,ii"rJ,'i"o: ::f::9:'i'.1?; mois o de recober intimoqoes
"n exrRA'.
interessodo, com poderes doiid;;,jff%i; :uircra" "
li)
pessoot.. em nome do Oulorgonlo; reconhecer
o
e nolificoc6€s; (ii) prelor Jeioimlnto desisiir, renuncior oo direito sobre que se fundo
o
;,;;;J;-;; ;',ai.,d;: ;"";;;oi. rio^iigi',
f;;;t"oi.ro, receber qu6isquer q\,ontios.'e dor quitoc6q'
[iilffi;;;;;tr;;, ""ion"1ior, noiurozo clvel, tribut6rio' kobolhisto e
em iuizo ou foro dele. , . pro""ttos odmlnlslrollvos.de
defender "i.
.";ir1;;g;t;,-peronte quotquer r€porliqao, com poderes polo: (il
previdenci6rio, 'otur"""t cleFeso; [iiil tnierpor recurso5; {iv} preslor
receber intimoqoes notirilioEt:'1i11 do presenle
depoimento pessool, " proiJoiioobs os otos necess6rios se pleno cumprimenlo
. "nn,
u. n5tn'i"ai dlriigoni".lu'ontomenlos cle Imporl6ncios correspondenles
mondolo; tlt etetuot,
dep6sitos e csuee')
o oepo'los couqoes
peronte os 6rg6os P0blicos "'";;;";;;;iltlii'ly":,:,]:9'".9:;.:^],Y 'fi:':lfii,'?Y":l::"5
""'i;tuil;'";riiiiiqlli.'"r"tioit' in"t'intlo'-mo5-n6o se'limitondo o:
Secrerqrio de Direito e"ono*i'io'l'i6,r, o cJni'li'" a.rT11:I-{::* i1Il:"fl}Jf:;5j3t;!
i,9;fi5',ffi:#,ffi;,r"#'#;;;LH;;;.'; s,pu'i.,reooncio Geroi. o Doportomenro c'e
proteqooeDeresooocon,iilftt:#;e;D't]-;h;*^l*::"^*'.:^?:h';-E:oir%::; - do
f$tt:: ii#il;"1.':'jil;; olecretorio'cl^e Acomponhomenio Economico sEAE'
Minisr6rio do Fozendo, o
p,o*i'ioio-oJoqGl' a9.c"1ty*i9-tl"-lP"?.P,ll.l3,fd,li.?;lii]io"?,i';
pQ
il,ii5li":;,::'ffi:;'ilH;,;; ilbrLo ieaeror dos trrodos e do Dlslrito Federol. podendo;
tonto,preslor esclorecimen[:;";;;;;r;;9'&;, ry1ii1-"p:.'1i::i'.":'i:' 3:]::
oe.overrguoe$es preriminores e de
processos
ll?JX;51?"5!"1Hff:E;;;;;;i"d;G v ' subs]:l-1::ut^:1i
Iirnilir*rirot insiourodos it,iiro o o'jorgonte;
inclusive.pg'?-i-t-Pjut"ntoe6o como
nl"L::*I*:.::l:
preposlo' A plesenle
*:ST"fll'ff lnililr"it"o"ro si,porlempo
;;;"16" E;ptiio ae voitaode lndelermlnodo'
doCompo, l0 do selemblode 2014'

{/.
euta camano MESAUIA BARROS

M "1 119-2011
DE
hiia, Prut4
oeNis cc6
ANDREA

9.9,3.:il

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:. gc+p
.
Éngúôor-o
..q31& 014t154

$$" CNPJ/MF n' 03.470.727 /0001'20


flIruflffi;

NrRE 35.215.993.046

TNSTRUMENTO eARTTCULAR DE 85'ALTERAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL DA F9RD

MoroR Couprxy BRAstL LrDA., PARA ALTERAÇÀO DA CúUsULA DE

ADMTNTSTRÁçÃO DA SOCIEDADE E lvlUDANçA DE ENDEREÇO DE FILIAL DA

SOCTEDADE; E DE CONSOLIDAÇÃO DO CONTRATO SOCIAL.

Peto presente instrumento particular e na melhor forma de direito, as parte§ abaixo:

1. FoRD VHC AB, sociedade devidamente organizada e existente de acordo com


as leis da Suécia, com sede em 400 60 Goteborg, Vastra Gotalands lan,
Gotaborg, inscrita no CNPJ/MF sob o no 14.648.94810001-62, neste ato
representada por suas procuradoras, ANA PluL,q CarúÂNo MEsQUlr BARRos,

brasiteira, casada, advogada, portadora da Carteira de ldentidade OAB/SP no

97.239 e inscrita no CPF/MF sob o no 132.079.518-80, residente e domicitiada


na cidade de Sáo Pauto, Estado de São Pauto; e JULIANA R,ora CtaRo,
brasiteira, casada, advogada, portadora da Carteira de ldentidade OABISP
n" 223.094 e inscrita no CPFlMF sob o n" 765.747 .ó'18-08, residente e
domicitiada na cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Pauto, ambas
com escritório na Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, CEP 09655-900, na
cidade de São Bernardo do Campo, Estado de São Pauto, conforme procuraçâo
anexada ao processo de arquivamento do presente instrumento na Junta
Comercial do Estado de São Pauto; e

Z. FORD JL LrMrrED, sociedade devidamente organizada e existente de acordo


com as teÍs da lngtaterra e do Pais de Gates, com sede em Room 11447, EagLe

Way, inscrita no CNPJ/MF sob o no 14.671.687/0001'00' neste ato


representada por suas procuradoras, ANA PeULq CIMANO ESQUÍTA BIRnQ§ e
^
Jut-6xl Rota CuRo, ambas acima quatiíicadas, conforme procuração anexada
tt. ,,/ -/'
ao processo de arquivamento do presente instrumento perante
Comercial do Estado de São Pauto,
a Junta
v ?,

,rr'n
D419101119 vl

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Código de validação do documento: 51adebba a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
únicas sócias da sociedade empresária timitada, Fono Moron CoupnuY BRASIL LTDÀ.

("Sociedade"), com sede na Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, Cmí"096yS-SOO,


Cidade de 5ào Bernardo do Campo, Estado de 5ão Pauto, inscrita no Cadastro
Nacionat da Pessoa Juridica do Ministério da Fazenda (CNPJ/MF) sob o nu
03^470,77710001-20, com Contrato Sociat arquivado na Junta Comercia[ do Estado de
são Pauto (JUCESP) sob o NIRE 35.215.993.046, em sessão de 22 de outubro de 1999,
Çom a 84u e úttima Atteração do Contrato Sociat arquivada perante referida Junta
Cornercial sob o no 481.134114-1. em sessão realizada em01l12l?014, têm entre si

justo e contratâdo o seguinte:

1. ÀLTERAçÃO DO COHTRÀrO SOCtAt

1.1. MuolNç,r DE ENoEREço DE FILIAL ol Socteoaoe

Fica determinada a mudança de endereço da seguinte fitiat da sociedade;

(i) da fitiat tocalizada em Gravatai, Estado do Rio Grande do Su[, na


na Rodovia RS 118, Km 11, n" 12707, Gatpão Número 02, Bairro
Distrito lpiranga, CEP 94045'340, para Cidade de Gravataí,
Estado do Rio Grande do Sut, na Rodovia RS 118, Km 11, no
12707, Gatpao Número 02, Bairro Neópotis, CEP: 94100-420, com
atividades industriais e comerciais;

1.2. Muoaxçl oe CuÁusuul DE ADMINISTRAçÂo 0A SoclrpapE

Fica consignada a renúncia da Sra. ÂNGELLA VÂNDERWIELEN ALEXANDER


ao cargo de Diretora de Recursos Humanos, conforme carta de renúncia datada de
15.02.2015, a qual foi devidamente arquivada perante a Junta Comercial do Estado
de 5áo Paulo sob o n" 96.431/'15-5, em sessáo de 05'03.2015.

Fica designado para exercer o cargo de Diretor de Recursos Humanos, o


Sr. JOSÉ À\ÂRlA VILLARREAL CANALES, exercendo mandato por prazo indeterminado
até que venha ser substituido por deliberação de sócia(s) representando, no minirno,
q_.
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DÂH9101319 v1

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o quorum exigido por [ei, o qual assina a presente ata dando ciência da
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atteraçâo

sUpra. §,
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Ato continuo, fica designado para exercer a administraçáo da Sociedade,


em conjunto com os demais administradores, a sra. CATHERINE ANNE

O'CALLAGHAN, nascida em Neath, nacionalidade britânica, casada, economista,


portadora da Ceduta de ldentidade para Estrangeiro RNE nu G111166-5
DELEMIG/§R/SP e do CPFIMF n" 237.630.248'08, para exercer o cargo de Diretora,

sem deSignação especifica, com mandato por prazo indeterminado, até que venh6 a
ser destituida e/ou substituída por detiberação de sócia(s) representando, no

minimo, o quorum exigido Por tei.

2. ALTERAÇÃo DoTExro Do CoNrRAro SoclAL

Em vista das detiberaçôes supra, ficam alterados os artigo 2o e 8o do Contrato

SOCiat, o quat passa a ügorar com a redação prevista no texto do Contralo Social

abaixo consotidado.

3. CoNsot-torçÃo Do TExro Do Conrnaro Soctrl

Em decorrência das atteraçÕes acima e para maior facitidade e ctareza,


resotvem as sócias consotidar o texto do Contrato Social, que passa a vigorar com a

seguinte redaçào:

"Cotrnaro Socnt- Dl
Fono Moron Co,rrPlxY Bustl Lroe.

Crpíruuo I

Dexo,utxeçÃo, LEtAettcÁvEL, SEDE, FoRo E PMzo DE DunaçÃo

DENoMTNAÇAo SoclAL E LEI APLIcÁvEL

ARTIGo 1'

A sociedade empresária timitada opera sob a denominação de Fono Moton Compaxv


BRAstL LTDA. e rege-se peto presente Contrato Social, petas disposiçôes legais

r.,{v
OÁIt9101ilq Y1

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apticáveis às sociedades timitadas e, supletivamente, peta Lei das Sociedades


*ê Por

Ações"
§s*
ôê§ê*

E§oÉnEqo o SEDE SoclAL

ÀfrTtGO 2-

A Sociedade tem sede e foro jurídico em 5ão Bernardo do Campo, Estado de 5âo
Pauto, na Avenida do Taboáo, 899, Rudge Ramos.

Ftutrts
PARÁGRAFo pRtMEtRo A tem fitiais tocatizadas nos endereços abaixo
Sociedade
mencionados: (1) em Cnm.açlnt, Estado da Bahia, na Av' Henry Ford, 2'000, Bairro
COPEC (Comptexo Petroquímico de Camaçari), CEP 42810'225, com atividades
industriâis e comerciais; (2) em TlusrTÉ, Estado de 5ão Pauto, na Av' Chartes
Schneider, 2.272, Parque 5ão Bonfim, com atividades industriais e comerciais; (3) em
TatUÍ, Estado de São Paulo, na Rod. SP 127 sln, km 174, Pederneiras, com
âtividades de campo de provas; (4) no RIO DE JANEIRo, Estado do Rio de Janeiro, na
Avenida Evandro Lins e Sitva, 840, 2o andar, Sata 210, Barra da Tijuca, CEP 22631-
470, com atividades de escritório administrativo; (5) em PoRro ALEGRE, Estado do Rio
Grande do Sut, na Av. Cartos Gomes, 1.340 - 9o andar - conjunto 901 /90?, Petrópotis,
com atividades de escritório administrativo; (ó) em Busiuta, Distrito Federat, no SCN
- Quadra 02, BtocoA, conjunto 03, Edificio Corporote Finonciol ,190 - 10'andar - sata
1.003 A, com atividades de escritório administrativo; (7) em REctFE, Estado de
Fernambuco, na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, 2589, Sata 1001, EdificiO
EmpresariatAlexandre de Castro e Silva, Boa Viagem, CEP 51020-03'1, com atividade5
de escritório administrativo; (8) em 5Ão BERNARD9 Do CAMP6, Estado de 5ão Pautp, na
Av. do Taboào, 455, Rudge Ramos, com atividades de escritório administrativo; (9)
em TeusarÉ, Estado de São Pauto, na Av. Chartes Schneider, 2.238, Parque 5ão
pr JÂHElRo, Estado
Bonfim, com atividades de escritório Administrativo; (10) no Rto
do Rio de Janeiro, na Rua Mariz e Barros, 678 ' na Praça da Bandeira, com atividades

de centro de treinamento; (11) em PoRTo ALEGRE, Estado do Rio Grande do Sut,


na
\-/
Rua dos Maias, 830, Ruben Berta, com atividades de centro de treinamento;
Croloe DO PAULISÍA, Estado de Pernambuco, na BR 101 norte, Km 52,3' bairro
(12) na
de
V
Paratibe, CEP 53417-710, com atividades de centro de treinamentol (13) em
t

à\ú
0Âã9101319 vl

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CuRtrroa, Estado do Paraná, Av. Padre Anchieta, 2.285,9o andar, conjunto 901,
Bigorritho, CEP 80730,000, com atividades de escritóris administrativo; (1I) êrif Ber-o
HOREONTE, Estado de Minas Gerais, na Rua Bernardo Guimarães, 245,7o andar, Sala
01, Bairro Funcionários, com atividades de escritório administrativo; (15) em BAURU,
Estado de 5ão Pauto, na Rua Luso Brasileiro, no 4-44, satas 701 A a 707 A, Jardim
Estorit, CEP 17016-230, com atividades de escritório administrativo; ('16) em BARUERI,

Estado de São Paulo, na Av. Prefeito João Vittatobo Quero, 2.080, Jardim Betvat, com
atividades industriais e comerciais; (Í7) em 5ÃO PruuO. Estado de Sào Pauto, na Av.

- Con).2 Torre B 'l o andar, Centro Empresarial do Aço, Bairro


do Cafe, 277
Jabaquara, com atividades de escritório administrativo; (18) em Snlvaoon, Estado da
Bahia, na Estrada da lA5A, slno, Pirajá, com atividades industriais e comerciais; (19)
em Caxostrs, Estado da Bahia, na Vita Mantoim (margem direita do Rio Cotegipe, na
Bahia de todos os Santos, Distrito de Mutuim, Zona Portuária Norte), com atividades
auxitiares aos transportes aquaviários; (20) em GotÂNtn, Estado de Goiás, na Rua
PrOfessor Lázaro Costa, 348
Vita Canaã, com at'ividades em treinamento em
desenvolvimento profissionat e gerencial; (21) em HORIZONTE, Estado do Ceará, na
Rodovia BR 116, km 37,5, com atividades industriais e comerciais; (22) em RECIFE,
Estado de Pernambuco, na Avenida NoÍte, 539, Bairro Santo Amaro, com atividade§
de treinamento em desenvotvimento profissional e gerenciat; e (23) em Gravatai,
Estado do Rio Grande do Sut, na Rodovia RS 11 8, Km 1 1, n" 127A7, Gatpão Número 07,
Bairro Neópotis, CEP 94100-420, com atividades industriais e comerciais,

PanÁCuro SECUxoo A Sociedade poderá, por deLiberaçào das sócias, abrir,


transferir e/ou encerrar fitiais no BrastI ou no exterior'

PR.AIo OE DURACÃO

ARTIGo 3"

A Sociedade tem prazo de duraçâo indeterminado.


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Crpírulo ll \/"
OBJETo Sochu

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0Ar9101319 v1

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QalETo §octal
ARnco 4"
A Sociedade tem Por obJeto:

(a) fabricação, comércio, importação e exportação de veÍculos autÔmot6res,

e aparethos de tocomoção ou de transporte, Por ferra, água e ar,


veicUtos
motores, máquinas e íerramentas, peÇas, componentes, acessórios,
imptementos, matéria-prima e equipamentos;

(b) fabricação, comércio, montagem, conserto, instatação, importação e


exportação de produtos etetrônicos e outros componentes automotivos em
gerat;

(c) distribuiçào e comerciatizaçâo de óteos tubrificantes, graxas e combustíveis;

(d) prestação de serviços retacionados com as suas atividades industriais e

operacionais;

(e) atividades auxitiares aos transportes aquaviários; e

(f) participaçào em outras sociedades, na quatidade de sÓcia e/ou acionista.

CrPÍruuo lll
CaPtlat- Soctrt-

Crplul Sqcnl
Anrrco 5'
O capitat sociat, totalmente subscrito e integratizado, é de RS 851,592.'102,00

(oitocentos e cinquenta e um mithões, quinhentos e noventa e dois mit, cento e dois


reais), dividido em 851 .592.102 (oitocentos e cinquenta e um mithoes, quinhentas e
l.
noventa e duas mit, cento e duas) quotas, com vator nominal de RS 1,00 (um reat) )r/ -,'
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cada uma, assim distribuidas entre as sócias:

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§ôcns N. DEqIETAS DEÍDÀS VronNout$&ffi)


ORD As 843.076.1 81 841.076.181ffi í:r
FoRD JL LIÂ{mD 8.5 1 5.921 8.5r 5.921 ,00
Torll 851.592.Í02 851 .592.1 02.00

ResPor.rslgrutoloe ols 5óctas


PARÁGRAFO ÚNICO

A responsabitidade das sócias é, na forma da [ei, restrita ao vator de suas guotas,


mas ambas respondem sotidariamente peta integratização do capitat sociat.

lNorvrsrBrLIDADE DAs OuorAs E DtREtro oE Voro


ARTIGo 6"

As quotas sào indivisíveis em retação à Sociedade e cada uma detas dá direito a um


voto nas detiberações das sócias.

TRANSFERÊNclA pE QUorAs
ARTIGo 7"

A transferência, no todo ou em parte, de quotas do capital social a terceiros ficará


sujeita ao direito de preferência da outra sócia, a qual poderá, em igualdade de
preço e condiçôes, adquiri-las, devendo tal prioridade ser exercida dentro de 30
(trinta) dias do recebimento da comunicação escrita da proposta de transferência.
Não se consumando a aquisição das quotas pela outra sócia, no referido prazo, a
sócÍa ofertante poderá transferi-las a terceiros, ficando certo, porém, gue o preço
pelo quat as quotas forem cedidas será igual ou maior, e as condiçÕes de pagamento
serão equivalentes ou não menos onerosas para o comprador do que as indicadas na
oferta iniciat.
Cnpírulo lV
ADMrNrsrRAÇÃo

Aor*rNrsrnnÇÃo oa SoçteProe

ARTIGo 8"

A Sociedade é administrada pelos Srs. SrevEx Roernr ARMSTRoNG, nascido em Luton,


de nacionatidade ingtesa, casado, portador da Céduta de ldentidade para Estrangeiro l;/
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RNE n" V840ó08-2 DELEi\,I|G/DREX/SR/DPF/SP e inscrito no CPF/MF n" 235.547.398-63,


designado DIREToR PRrsroexre; CASrAR DIRK HoHAGE, nascido em Hettersen, Alemanha,
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casâdo, arquiteto, portador da Céduta de ldentidade para Estrangeiro RNEff.V??[S24'3


DELEMIG/SR/BA e inscrito no CPF/MF n' 862.273.485-46, designado DtReroR oe
DESENVOLVTMENTO DO PRODUTO; LUIZ CARLOS BORSaRI, brasiteiro, casado, economista,
portador da Carteira de ldentidade RG no 5.870.930 SSP/SP e inscrito no CPFIMF sob o
n" 852.322,898-53, designado DtneroR DE FINANÇA5 E ADMlNlsrRÀçÃo; VAGNER GÀLEÕrE,
brasiteiro, casado, engenheiro, portador da Carteira de ldentidade RG no 9.6?3.719-
SSPISP e inscrito no CPFIMF sob o n" 022-4Q7.618'30, designado DlREroR DE

OPERÀçóES DE MANUFATURÁ; JOÃO ClRt-Os FOwun SaRMENTO PtuENTEt, brasileiro,

casado, engenheiro, portador da Carteira de ldentidade RG no 5.833.75ó'8 55Pl5P e


inscrito no CPF/MF n" 030.663.858-41, designado Dtneton DE CoMPRAS; CarxEntxe Axxr
O'COtt-lGXaX, britânica, casada, economista, portadora da Carteira de ldentidade
para Estrangeiro RNE n'G111166-5 DELEMIG/SR/SP e inscrita no CPF/MF sob o no
237.630.248-08, designada Dtnerona; RoGELIO GoLTARB, brasiteiro, casado,
engenheiro, portador da Carteira de ldentidade RG no 4.695.993'7 SSP/SP e inscrito
no cpFlMF no 006.444.618-29, designado DrnetoR vrce-PnesrpENrE DE ASSUNTOS

GovEnxaruexrAts E RELAçóes PúaLtcls; Au Pauu CmuNo MESQUITA BARRos, brasileira,


casada, advogada, portadora da Carteira de ldenticidade OAB/SP no 92.239 e inscrita
no CPFIMF sob o no 132.079.518-80, designada DIREToRA DE AssuNros LEGAÍS; JO5E
Mlnta VIUI-IRREAL CÀNALES, mexicano, casado, engenheiro de gerenciamento de
sistemas, portador da Carteira de ldentidade de Estrangeiro RNE n" V699583'5

DELEMIG/SP e inscrito no CPF/tu\F n"234.318.828-97, designado DtnEron DE REcuRsos


llUtgHOS; e GUy BrnrUND MARTIN RODRIGUEZ, argentino, casado, portador da Ceduta
de ldentidade para Estrangeiro RNE no V309352-P DELEMIG/SR/SP e inscrito no
CPF/MF sob o nn 777.394.548-56, designado DtReroR DE OPERÂçÓES DE CAMINHÓE5. O

Diretor de Desenvolvimento do Produto tem escritório na cidade de Camaçari, Estado


da Bahia, na Av. Henry Ford, 2000, Bairro COPEC (Complexo Petroquimico de

Camaçari ), todos os demais têm escritório na cidade de São Bernardo do. Campo,
Estado de Sào Paulo, na Av. do Taboào, 899, Rudge Ramos, CEP 09ó55-900.

PRAzos oe GrsrÁo

PAúGn,aFo Pnrnrrno I .'-


Todos os administradores têm mandatos por prazo indeterminado, podendo ser

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DAíg101319 vI

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destituidos e/ou substituidos por detiberação de sócia(s) representandor;qo.ryjnimo,


o guorum exigido por [ei.

RrmuxenacÀo Dos ADMINISTMDoRES

Paúouro SEGUNoo

Os administradores poderão receber uma remuneração, a ser estabelecida por


detiberação de sócia(s) representando a maioria do capital social.

ComprrÊxcn oa Aomxtsr.mÇÃo
Anrtco 9"
Compete à Administraçào:

(a) zetar peta observância da tei e do Contrato Sociat e pelo cumprimento das

detiberaçôes tomadas nas Reuniôes de Sócias e nas suas próprias reuniÕes;

(b) fixar a potitica de administraçáo da Sociedade e superintendência dos

negOcios sociais, tomando as detiberaçoes que se fizerem necessárias;

(c) preparar o Retatório Anuat e as Demonstraçôes Financeiras; e

(d) deliberar sobre questões que não tenham sido previstas neste Contrato Social
e que não tenham sido reservadas à competência privativa das socias.

ATRIBUIcÓES DOS ADâÁINISTRADORES

PARÁGRAFO PRIMEIRO

Compete individuatmente aos administradores, sem prejuizo dos direitos conferidos


por tei para o regutar desempenho de suas funções, as seguintes atribuiçÔes:.

l. Ao Drneron estabelecer diretrizes gerais para os negócios da


PREsIDENTE,

Sociedade, supervisionar a atuação dos demais Diretores, e representar a ) ./


Sociedade perante as autoridades governamentais, associaçÕes de classe, Lr'
sindicatos patronais e de empregados, bem como perante a comunidade em '/

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gerat;

il, Ao DrRrrOn oe DeSeXVOI-vIMENTO DO PROoutO, a responsabitidade sobre todos os

assuntos relativos ao ptanejamento e desenvolvimentg dos produtos

fabricados peta Sociedade, bem como por novos projetos em desenvotvimento


peLa Sociedade, assim como a representação da Sociedade, por si ou através

de procuradores devidamente quatificados, em relação a assuntos de sua

competência individuat, inctusive no que se refere a responsabitidade técnica


petos produtos fabricados peta sociedade, perante órgãos pubticos,

associações e entidades de classe;

il1. Ao DIRETOR DE FINANçA5 E ADIIINISTRÂçÃO, a responsabitidade sobre todos os


assuntos retativos ao ptanejamento e administraçào dos recursos financeiros
da sociedade, bem como a supervisão das atividades de controtadoria;

tv. Ao DTRETOR DE OPERAçÔES DE MANUFATUM, a responsabitidade sobre todos os


assuntos retativos às atividades industriais da Sociedade;

V. Ao DtRfiOR DE OPERAçÔES DE CAMINHÓES, a resporrsabitidade sobre todos os

assuntos retativos ao ptanejamento e ao desenvotvimento das operações de


caminhoes da Sociedade;

vt. Ao DTRETOR DE COÀIPRAS, a responsabitidade sobre todos os assuntos retativos à

compra de serviços, ma[eriais, componentes, maquinário e ferramental,

necessários às atividades da Sociedade;

Vll. Ao DtREroR DE REcuRsos Hur,r.lxos, a responsabilidade sobre todos os assuntos


relativos ao desenvotvimento e administração dos recursos humanos da
Sociedade, bem como peta apticação das [eis, regutamentos e' demaí§
disposições normativas retacionadas ao emprego e ao trabatho, bem como

sobre todos os assuntos reLacionados às comissÕes de fábrica, os sindicatos de


empregados e associações de classe;
l,
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vlll. Ao D|RETOR V|CE-PRE5IDENTE DE AssUNToS GoVERNAIúENTÂ|S E RELÂçÔES PÚAL|CaS,

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responsabilidâde sobre toCos os assuntos retativosao retacjQrlanlqlto da


Sociedade com as autoridades governamentais, entidades privadas e órgâos
púbticos, no âmbito federal, estadual e municipat, bem como com os meios de
comunicação em geraI para representaçào institucional da Sociedade, visand§
a imptementação de ptanos estratégicos e operacionais da Sociedade;

lx. Ao DIRETOR DE ASSUNToS LEGÂIS, a responsabitidade súbre todos os assuntos de


natureza juridica retacionados à Sociedade;

X. Ao DTRETOR, sern designação específica, as atribuições que Ihe forem


conferidas petas sócias.

DrvtsÃo TRot-leR

Pamouro SEGUNDo

As atividades de distribuição, coordenação da prestaÇâo de assistência técnica e


nomeaçâo de distribuidores autorizados dos veiculos da marca Trotter no território
brasileiro, serão exercidas pela Sociedade, respectjvamente, através da DlvtSÃO
TROLLER. Sempre que possívet, nos contrato5, documentos, cheques e quaisquer

outras obrigações cetebradas ou incorridas peta Sociedade, envotvendo as referidas


atividades, far-se-á constar que se referem à Divisão Trotter. Para os assuntos
retativos à Divisão Trotler, a Sociedade será representada pelos Administradores e/ou
procuradores da SoCiedade, em conjUnto ou isotadamente, de acordo com o previStO
no artigo 12 deste contrato sociat.

Rtspoxsastuoeoe lxotvtoull- oos AoÀltNlstRAooREs


PARÁGRÂFO TERCEIRO

Os administradores serão individualmente responsáveis petos atos e omissões a que


derem causa, no exercício de poderes e atribuiçoes que [he são conferidos nos
termos deste contrato 5ociat.

Reuxtôes ol Aor,ttHtsrnaÇlo
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ARTIGo 10

A Administração da Sociedade reunir-se-á sempre que os negocios sociais assim o

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exigirem, com a presença de, no mínimo, a metade dos administradores.esigçBdos.

RepResenucÃo Nls ReuxtÕes oa AomtntsrnaçÃo


PanÁcuro PRTMETRo

Os administradores poderão indicar um de seus pares para representá-tos nas

reuniões ou poderào votar por cartâ, tetefax ou tetegrama.

OUoRUT^ DE DELIBERACÃO E ATAS DAS REUNIÔES DE DIRETORIA

PanÁoRaro SecuNoo
As detiberações da administração serão tomadas por maioria de votos dos
administradores presentes, representados ou que votarem por carta, tetefax ou
tetegrama. As atas das reunioes serão tavradas em livro próprio e assinadas pelos
administradores presentes às reunioes.

lmprurmeXrOS. AusÊXCtaS TeupOnamas OU VICÂHCta og CaRco oa AomtxtsrnaÇÃo

ARTIGo 11

Em casos de impedimentos, ausências temporárias ou da vacância de cargo enquanto


nào preenchido, os administradores serão substituidos conforme atíneas abaixo:

(a) em casos de impedimentos e ausências temporárias o Diretor Presidente e os

demais administradores serâo substituídos por outro administrador de sua

escolha por meio de documento escrito que ficará arquivado na Sociedade; e

(b) em caso de vaga definitiva, o cargo será preenchido por designação de


sócia(s) representando, no minimo, o quorum exigido por tei.
DESTTTUTCÃO pE ADMINISTRADORES

Paúcuro Úxtco
Os administradores poderão ser destituidos, a quatquer tempo e independentemente
de justificação, por detiberaçào de sócia(s) representando, no minimo, 75%'(setenta
e cinco por cento) do capital sociat.

RrpneseNraçÃo oa Socteoaoe 4
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ARTIGO 12 itI -'-
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A Sociedade será representada, ativa ou passivamente, em juízo ou fora dete, por

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quaisquer de seus administradores em retação aos assuntos de sua.§QÍrlpgtência


individuat, conforme disposto no parágrafo primeiro do artigo 9o deste Contrato
Sociat.

AssrHlrunas Conluxras
PEnÁcnnro PRTMEIRo

Observado o dispOsto no artigo 13 deste Contrato Sociat, a Sociedade obrigar-se-á;

(a) pela asSinatUra conjunta de dois quaisquer adrninistradores, observado o


disposto no artigo 9o, Parágrafo Segundo deste Contrato Sociat;

(b) peta assinatura conjunta de um administrador e um procurador devidamente


constituído para representar a Sociedade, desde que assim previsto no
respectivo instrumento de mandato e de acordo com a extensão dos poderes
que nete se contiverem; e

(c) peta asSinatura conjunta de dois procuradores devidamente constituid6s para


representar a
Sociedade, desde que assim previsto no(s) respectivo(s)
instrumento(s) de mandato e de acordo com a extensão dos poderes que
nete(s) se contiverem.

AssrNrruals lsouaols
PÂRÁGRAFo STCUHOo

Um admÍnistrador ou um procurador com poderes especificos, agindo isoladamente,


terá poderes para:

(a) emitir e endossar dupticatas, notas promissórias e letras de câmbio para


cobrança, cauçào ou desconto e endossar cheques para depósito em conta
corrente da Sociedade;

(b) Íepresentar a Sociedade em atos de rotina perante entídades, órgãos

(c)
púbticos, associações e entidades de ctasse;

representar a Sociedade em juizo ou fora dete e, se for o caso, prestar -v


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depoimento pessoat; all l aa

(d) efetuar transferências bancárias entre contas de tituatidade da Sociedade; e

(e) efetuar transferências bancárias em contas, previamente, Cadastradas que


nâo sejam de titularidade da Sociedade, com a Íinatidade de eÍetuar
investimentos ou operaçoes de Câmbio. Ta[ conta deverá ser de titutarjdade
do banco onde a operação está sendo reatizada'

PRoquR4§,pEs

PlmcuroTERCEtRo
As procurações outorgadas peta Sociedade serão sempre assinadas por dois

administradores em conjunto, devendo especificar os poderes outorgados e a duraçâo


do mandato, com exceção daquelas contendo poderes da cláusuta "Ad Judicia'', as
quais poderão ser assinadas por um administrador, isotadamente, e serem outorgadas
por prazo indeterminado. Também poderão ser assinadas por um administrador,
individuatmente, as procuraçoes para representação da Sociedade em atos de rotina
perante órgãos púbticos, associaçôes e entidades de ctasse, devendo tais procurações
serem outorgadas por prazo determinado.

FrÂNCÀs. AvArs ou OurRÂs GauHrns EM FAvoR DE TERcElRos

ARTIGO 13

Quaisquer atos praticados por adrninistradores, por procuradores ou por empregados


da Sociedade, envotvendo obrigações retacionadas com negócios e operaçoes

estranhos aos objetivos sociais, tais como fianças, avais ou quaisquer outras garantias
em favor de terceiros, sâo expressamente proibidos e seráo nutos de pteno direito,
exceto se autorizadosr por escrito, por sócia(s) representando a maioria do capitat
sociat. Não se incluem na vedação prevista neste artigo as garantias prestadas no
curso normat dos negócios, assim consideradas: (a) as outorgadas em favor de
empresas controtadoras, cotigadas e/ou controladas da Sociedade; (b) as garantias,
inctusive hipotecárias e cauçôes, em titigios; bem como (c) as garantias retacionadas
à contrataÇão de pessoat, inclusive fianças em contratos de locaçào residencial e i-
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termos de responsabitidade perante órgàos pubticos.

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Capíruuo V t ?

Reuxróes Des Sócns

Rgunrôrs ors Sócrls


Anrrco 14
As sócias reunir-se-ào sempre que o interesse sociat assim o exigir. Entretanto,
quatquer detiberaçâo que demandar a manifestação das sócias poderá ser tida como
vatidamente tomada, independentemente de reatizaçào de Reuniào, se expressa
mediante instrumento escrito, firmado por sócias representando a totalidade do

capitai socia[.

CoNvocAcÃo pE REUNTÃo
PAúGn.lFO PRIMEIRO

As Reuniôes das Sócias serào convocadas por quatquer administrador e, nos casos
previstgs em [ei, petas sócias, através de carta registrada, fax ou aviso entregue
peSSOatmente, contra recibo, a ambaS aS SóciaS, com a antecedênCia, mínima, de 8
(oito) dias. Considerar-se-á dispensada a convocaçào quando ambas as sócias

comparecerem à Reuniáo ou se dectararem, por escrito, cientes do [oca[, dâta, hora


e Ordem do Dia.

qUoRUÀl DE INSTALAçÃq

PaRÁOUTO SEGUNDO

As Reuniôes das Sócias serão instatadas com a presença de titutar(es) de quotas


representando, no minimo,T5Vn (setenta e cinco por cento) do capitat socia[, e serào
presididas e secretariadas por Presidente e Secretário escolhidos peta(s) sócia(s)
presente(s).

QUoRUM DE DELIBERAçÃO

PlnÁcmro TencetRo
Exceto se de outra forma exigido por lei ou disposto neste Contrato Social, as
detiberaçóes das sócias serão tomadas por sócia(s) representando a maioria do
capital sociat, inclusive a que dispuser sobre a transformação da Sociedade em outro
t--
tipo societário.
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REPRESENTACÃO NAS REUN6ES OA5 SÓCIAs

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D4s9101319 v1

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PARÁGRÁFO QUanTO tia taa

Uma sócia poderá fazer-se representar nas Reuniões das SócÍas por outra sócia ou por
advogado, mediante outorga de procuração, com especificação dos atos autorizados,
devendo a procuração ser levada a registro juntamente com a ata.

LrvRo oe Arns

Plúcnqro QurHro
A Sociedade tavrará as Atas das ReuniÕes das Sócias em livro próprio'

Crpírulo Vl
ExrRcícto SoclÂt, DeltoxsruçÔEs FINÀNcElRAs E

DrsrxrçÃo Dos LucRos

ExERcícro SocrAL

ARTIGo 15

O exercício sociat encerra'se em 31 de dezembro de cada ano.

DemoxsrRrcôes FrxaxcrtRas e DesrtxacÁo 0os Lucnol


PlnÁcRÂro PRTME|Ro

Ao finat de cada exercício social serào preparadas as Demonstraçôes Financeiras


exigidas por lei, as quais serão submetidas à apreciaçáo das sócias,
independentemente da reatização de Reunião das Sócias. O lucro tíquido verificado
poderá ser;

(a) distribuido entre as sócias, na proporção de suas quotas;

(b) retido, total ou parciatmente, em conta de Lucros Acumutados ou em reservas


da Sociedade; e/ou

(c) capitatizado.

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PARAGMFO SEGUNDO
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As Demonstrações Financeiras íicarão disponiveis aos sócios dentro de.t! (4lp7) dias

apôs terem sido conctuidas, prazo esse que não excederá a 30 de junho do exercicio
seguinte. A
aprovaçáo dos sócios às Demonstrações Financeiras poderá ser
manifestada por instrumento escrito em separado ou pela aposição daS suas
assinaturas nos livros próprios.

BALANcos INTERÀ{EpÉRos E DlsrRtBUçÃo DE LucRos

PARÂGRAFo TescEtno
Mediante detiberaçáo de sócias representando a maioria do capitat sociat, poderão
ser levantados batanços intermediários, trimestrais ou de periodos menores, para fins
contábeis ou para eventua[ distribuição de lucro.

CrpÍrulo Vll
Coxrtnuaçlo Dl Socteoaoe

Rerruoa. ExrrncÃo. Flt-Êxcn ou RrcupenacÃo or SÓctrs


ARTIGO 16

A retirada, extinçào, fatência ou recuperação de quatquer sócia não acarretará a

dissotuçáo da Sociedade. A Sociedade continuará com a sócia remanescente, que terá


o direito de adquirir as quotas da sócia que se retira, extinta, falida ou em
recuperação. Os haveres da sócia que se retira, extinta, fatida ou está em

recuperaçào serão catcutados com base no úttimo Batanço Patrimonia[ aprovado pelas
sôcias e serão pagos a ela ou a seus sucessores no prazo de 90 (noventa) dias a contar

da data do evento. Em quatquer hipótese, a sócia remanescenle deverá, no prazo de


180 (cento e oitenta dias), recompor o quadro social com terceiros.
CaPÍrulo Vlll
Exct-usÃo Dr Sócta

Excr-usÃo oE 5ócta

Anrrco 17
Por detiberação da sócia majoritária tomada em reunião especiatmente convocada
para esse Íim, a sócia minoritária poderá ser exctuida da Sociedade, por justa causa.
A sócia minoritária deverá ser notificada com antecedência de, no mínimo, I (oito)
dias da data da reatização da reunião para permitir o seu comparecimento e o
exercicio do direito de defesa.

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PlnÁcparoúxrco 'í' '!'


Uma vez aprovada a exclusâo da sócia minoritária, o capital social sofrerá a

correspondente redução ou suas quotas serão adquiridas peta Sociedade eiou peta

sócia majoritária, peto vator patrimonial de referidas quotas, constante do úttimo


Batanço Patrimoniat levantado peta Sociedade. Eventual pagamento devido será
efetuado em ate 3 (três) parcetas, mensais e consecu[ivas, côrrigidas
mônetariamente até seu efetivo pagamento de acordo com o indice então
estabetecido petas autoridades governamentais para refletir a desvatorização da
moeda nacional no período. A sócia majoritária deverá recompor a Sociedade com
terceiros dentro do prazo de 180 Ícento e oitenta) dias.

Capírulo lX
LtQutoaÇÀo

LreurolcÀo ol Socteoloe
ARTtco 18
Em caso de tíquidaçào da Sociedade, o procedimento estabetecido em lei será
adotado. O tiquidante será indicado por detiberação de sócia(s) representando a
maioria do capitat sociat.

Crpírulo X
ALTERAçÕES

ALTERAçÕÊS DO CONTRÂTO SOCIAL


ARTIGO Í9
Este Contrato Sociat poderá ser atterado, em quatquer de seus artigos e a qualquer
tempo, mediante detiberação de socia(s) representando, no minimo,75% (setenta e
cinco por cento) do capitat sociat. A aprovação de sócia(s) representando, no

minimo, 75% (setenta e cinco por cento) do capitat socia[ também será necessária
para a detiberação sobre a incorporação, a fusào e a dissolução da sociedade, ou a

cessaçáo do seu estado de tiquidação."

O ST. JOSÉ MARIA VILLARREAL CANALES C A 5TA. CATHERINE ANNE O'COLLÂGHAN

ú presente instrunrento, maniíestando sua concordância com a


assinarn designação
para o cargo de Diretor de Recursos Humanos e de Diretora, sem designaçâo l-
específica, respectivamente, ambos dectarando, para os efeitos legais, que não estão

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impedidos de exercer a administração da sociedade, por lei especial, oq.er!:Yirtude


de condenação criminat, ou por se encontrar sob os efeitos deta, a pena que vede,
ainda que temporariamente, o acesso a cargos púbticos; ou por crime fatimentar, de
prevaric6Ção, peita ou Suborno, concussão, pecutato, Ou contra a economia popular,
contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência,
contra as relações de consumo, Íe púbtica ou a propriedade.

E, PoR ESTAREM Asstr'a JusTAs E CoNTRÁTADA5, as partes firmam o presente instrumento

em 04 (quatro) vias de igual teor e forma, na presença de 0Z (duas) testemunhas.

Sào Bernardo do Campo, 04 de março de 2015'

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Ana Pauta Camano Mesquita Barros
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JOSÉ i ÂRl CANALES CATHERINE ANNE

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Nome: Marceta Perrnuy Gomes Nome: Tamires de Atmeida Sakurai
RG n" 37.507.686'4 SSP/SP RG n" 47.414.602-9 55P/5P
CPF/MF n" 389.993.398-23 CPF/MF n" 371,596.688'20

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ/BA

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., pessoa jurídica de


direito privado situada na Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, São
Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, inscrita junto ao CNPJ/MF sob nº
03.470.727/0001-20, vem respeitosamente à presença de V. Exa., por seus
advogados, nos autos da Ação condenatória em obrigação de fazer c/c ação
indenizatória por danos morais que lhe promove JULIANA DOURADO LOULA
SAUM E OUTROS , apresentar sua

CONTESTAÇÃO

com fulcro nos art. 30 da Lei 9.099/95, pelas razões de fato e de direito a
seguir elencadas.

1. SÍNTESE FÁTICA

Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c pedido indenizatório


por danos morais e materiais na qual a Autora alega ser proprietária de um
veículo Focus Sedan.

Tozzini, Freire, Teixeira e Silva


R. Líbero Badaró, 293 – 21º andar
01009-907 São Paulo SP Brasil
T 55 11 3291-1000 F 55 11 3291-1111
tozzinifreire.com.br

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Alega a Autora que em maio do corrente ano, teria notado a
ocorrência de defeitos no câmbio do veículo, razão pela qual levou o veículo à
concessionária para a realização de reparos.

Em uma breve síntese, a Autora alega que o reparo não foi


realizado no prazo indicado, bem como em razão dos retornos, teve inúmeros
prejuízos materiais e morais, pois somente foi concedido veículo reserva por 3
dias.

Diante do exposto, propôs a presente ação requerendo e requereu


uma indenização pelos pretensos danos materiais e morais.

Contudo, as alegações da parte Autora carecem de respaldo fático


e jurídico, devendo seu pleito ser julgado improcedente por esse MM. Juízo.

2. ESCLARECIMENTOS INICIAIS

Inicialmente, é preciso dizer que a Ford zela pelo absoluto


respeito a seus consumidores e está sempre atenta a oferecer ao mercado de
consumo produtos de excelente qualidade, que atendam satisfatoriamente ou
até mesmo superem as expectativas dos consumidores com absoluta segurança
e responsabilidade.

Os veículos da marca Ford passam por um rigoroso controle de


qualidade antes de serem colocados no mercado, assim como atendem a todas
as normas vigentes impostas pelos órgãos competentes para homologação de
veículos.

Importante ressaltar que, no caso de serem, eventualmente,


identificados vícios de fabricação no veículo dentro do prazo de garantia
concedida, a Ford responsabiliza-se pelo conserto destes, sem ônus algum ao
cliente.

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No caso em exame, a peça solicitada e pendente de substituição
não compromete a dirigibilidade e segurança da Autora e foi solicitada de
imediato pela Ford à fabricante, restando pendente apenas o seu recebimento
para a conclusão do reparo.

Assim, como restará demonstrado, o pedido formulado não


merece acolhimento.

3. PRELIMINARMENTE

3.1. DO CUMPRIMENTO À MEDIDA LIMINAR PROFERIDA

Excelência, importante esclarecer que em nenhum momento


houve recusa em reparar o veículo da Autora, ao contrário, após a vistoria
realizada, em que se confirmou a necessidade de substituição da peça, houve a
imediata solicitação desta à fabricante.

Veja, Excelência, que para o reparo do veículo da Autora, a FORD


depende do envio da peça pela fabricante.

Com efeito, não se pode vislumbrar omissão ou recusa de


atendimento por esta Ré, quando todas as medidas necessárias para o reparo
foram adotadas, sendo que o reparo só não foi realizado pelo fato de a FORD
aguardar o recebimento da peça em comento.

No entanto, em face à decisão ora proferida, a FORD cumpriu a


decisão liminar e concedeu veículo reserva, conforme comprovante abaixo.

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Ademais, face ao cumprimento da liminar, não há o que se falar
em descumprimento da decisão judicial.

4. DO MÉRITO

4.1. INEXISTÊNCIA DE PRÁTICA DE ATO ILÍCITO PELA RÉ – NECESSIDADE


DE SOLICITAÇÃO DE PEÇA AO FABRICANTE

A Autora afirma, em sua peça inaugural, que após vistoria


realizada restou constatada a necessidade de substituição de peças no veículo,
no entanto, constatou-se a que a peça não estava disponível no estoque.

Destaca a Autora que até a presente data a peça não fora


recebida e seu veículo ainda não fora reparado.

Todavia, a forma que a Autora relata os fatos induz Vossa


Excelência ao erro, ao passo que esta Ré adotou todas as medidas necessárias
para o atendimento de sua pretensão.

Neste ponto é que cumpre esta Ré informar a Vossa Excelência,


que ao contrário da narrativa autoral, não há omissão no atendimento prestado

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a Autora, ao passo que todos os procedimentos foram realizados para a
correta análise do veículo e, restando constatada a necessidade de
substituição da caixa de marchas, imediatamente a peça necessária foi
solicitada ao Fabricante.

Nessa oportunidade, a Autora fora informado de que a peça não


estava disponível em estoque, razão pela qual seria necessária solicitação das
peças diretamente ao fabricante.

Merece destaque o fato de que a peça necessária para


substituição foi solicitada imediatamente pela Ré, visando assim atender
integralmente a pretensão, não tendo esta se mantido inerte, como tenta fazer
crer a Autora em sua narrativa.

Com efeito, a Autora fora cientificado da necessidade de


solicitação da peça ao fabricante, restando ciente ainda que o reparo carecia de
recebimento da referida peça, a qual foi solicitada imediatamente pela Ford,
não podendo, assim, se vislumbrar omissão ou descaso no atendimento
prestado, não configurando qualquer ato ilícito.

Assim, houve o fornecimento de veículo reserva, assim como


previsto no manual do veículo.

Veja-se que o conserto de eventuais falhas apresentadas pelos


veículos da marca Ford é realizado em oficinas autorizadas, mediante a
utilização de peças genuínas, o que implica dizer que, uma vez trocada
determinada peça, o veículo passa a ser considerado novo, eliminando-se
completamente o suposto defeito apresentado e restaurando-se a originalidade
do produto.

Ocorre que a peça em comento trata-se de peça de “baixo


giro”, sendo incomum a sua troca, portanto, não se encontrava
disponível no estoque da concessionária, precisando ser solicitada à
fábrica.

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Diante deste cenário, importante mencionar que a regra do
art. 18 do CDC não pode ser aplicada de forma absoluta. Isso porque, um
automóvel é um bem extremamente complexo, cuja produção e montagem
dependem, literalmente, de milhares de componentes, mecânicos em sua
grande maioria.

Vossa Excelência pode avaliar que a FORD não é uma empresa


que descumpre as regras do Código de Defesa do Consumidor, assim como não
pode ser considerada uma empresa reincidente em infrações ao CDC. Ao
contrário, pode se verificar os inúmeros prêmios recebidos pela FORD de
excelência no atendimento de seus consumidores, prêmios estes que
infelizmente poucas empresas detêm em nosso país.

Até por isso que a lei flexibilizou a norma do artigo 18, do


CDC, permitindo que as partes convencionem um maior prazo para a
correção dos problemas, o que a todo momento foi explicado ao
consumidor.

Frise-se que não se trata de caso em que houve a negativa de


fornecimento da peça e do reparo e sim de apenas um atraso em
decorrência do trâmite legal para fornecimento da peça necessária ao
reparo do veículo de propriedade da Autora.

E, considerando que a Ré depende de providências da


fabricante da peça para disponibilizá-la, não se pode impor a obrigação
de entrega imediata, tal como pretende a Autora.

Saliente-se que, como já mencionado, o problema encontrado


na peça em comento não impede o bom funcionamento do veículo e
não coloca em risco a segurança dos ocupantes, não tornando o veículo
imprestável ou impróprio para uso.

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Portanto, restando comprovado que os procedimentos adotados
pela Ré são lícitos e não atentatórios às disposições do Código de Defesa do
Consumidor ou à legislação consumerista em geral, a presente demanda deverá
ser julgada totalmente improcedente.

Por fim, cumpre ainda destacar que a responsabilidade se baseia


na ocorrência de ato ilícito, sendo certo que a imputação de obrigação de
reparar dano está condicionada à comprovação, por parte daquele que alega:
(i) do fato lesivo; (ii) da ocorrência de um dano patrimonial ou moral; (iii) do
nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente.

Com efeito, no caso em tela, não há qualquer AÇÃO OU OMISSÃO


por parte da Ford que tenha NEXO CAUSAL com os prejuízos supostamente
experimentados pela parte autora.

Diante do exposto, não resta configurada omissão no atendimento


prestado a Autora, motivo pelo que não se vislumbra prática de ilícito, devendo,
portanto a presente demanda ser julgada totalmente improcedente.

4.2. DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MORAIS

Não obstante a comprovação da ausência de prática de ato ilícito


pela Ré, alguns comentários acerca dos danos morais pleiteados pela Autora
devem ser tecidos, em atenção ao princípio da eventualidade.

Não basta a Autora alegar ter sofrido danos morais para ter direito
a uma reparação pecuniária. Necessária se faz a comprovação de que a Ré
efetivamente incorreu na prática de ato ilícito e de que houve o prejuízo moral,
sob pena de se banalizar esse instituto, elevando um mero dissabor da vida
cotidiana à categoria de dano moral.

Ora, como mencionado anteriormente, a Ré não cometeu


qualquer ato ilícito, tendo solicitado a peça de imediato à sua

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fabricante e se disposto a reparar o defeito apresentado no veículo da
Autora em garantia.

Por sua vez, considerando que o problema constatado não


impede o uso regular do bem, não há como se vislumbrar dano moral
por conta da espera pela substituição de peça do veículo.

Com efeito, é impossível verificar sofrimento moral reparável no


caso, haja vista que o veículo da Autora não padece de qualquer problema que
comprometa a sua segurança e dirigibilidade, tanto assim que vem sendo
normalmente utilizado. Portanto, não se pode admitir a existência de danos
morais sofridos pelo consumidor que continua na posse e regular utilização do
bem!

Da mesma forma, a sugestão da Autora de que teria sofrido um


suposto trauma psicológico fortíssimo quando da aferição do problema é por
demais exagerada e quase novelística.

Afinal de contas, as máquinas, quaisquer que sejam, podem vir a


apresentar algum tipo de defeito ao longo de sua vida útil. Não é a regra, não é
o que se espera e nem se deseja, mas é algo que, algumas vezes, pode
acontecer. Até porque, são máquinas. Cada vez mais sofisticadas, seguras e
modernas, mas, ainda assim, máquinas.

Por isso, o suposto trauma alegado pela Autora sugere na


verdade um eventual despreparo do mesmo para com um evento
simples do cotidiano. Todo e qualquer consumidor que adquire e tem uma
máquina, está sujeito, ainda que remotamente, a ter algum tipo de problema
no equipamento que exija reparo e correção. E tem, obviamente, que estar
preparado para isso.

Daí porque restam totalmente inconvincentes as sugestões no


sentido de que o defeito em questão teria lhe causado todo o transtorno
psicológico narrado na exordial.

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A vida em sociedade impõe aos proprietários de automóveis,
independente da marca, modelo ou fabricante, obviamente, a novas quebras,
necessidade de reparos e outros eventos corriqueiros que podem acontecer
perfeitamente com qualquer um que adquira um veículo automotor.

Vale dizer, mesmo se aceitarmos que a Autora realmente tivera


um forte trauma psicológico provocado pelos problemas em seu veículo, o que
se admite por mero amor ao debate, o pagamento de danos morais não
resolverá o seu problema, já que é inerente às relações interpessoais e em
sociedade.

Mais uma vez, há de ser destacado que defeitos e reparos são


eventos indesejados, mas corriqueiros, aos quais todos os proprietários de
veículo automotor estão invariavelmente sujeito.

As Rés, como visto, não cometeram qualquer ato durante o


episódio narrado nos autos que possa ter trazido um abalo tão grave a justificar
indenização.

Ora, Exa., atualmente os eventos mais corriqueiros do comércio


jurídico são deturpados nos pormenores, exagerados nas consequências,
dramatizados nas circunstâncias, tudo para caracterizá-los como causadores de
danos morais.

Portanto, não se pode vislumbrar qualquer ato ilícito por parte da


Ford.

Ora, Exa., de fato, é impossível verificar na narrativa inicial,


qualquer ato da Ford que possa ter causado abalo moral aa Autora, sendo certo
que os fatos narrados não passam de mero aborrecimento ou
“desconforto” e, por isto, não são indenizáveis.

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 439
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça é uníssono ao
entender que a apresentação de defeitos em veículo novo adquirido pelo
consumidor, que geram a necessidade de algumas idas à concessionária para
a realização de reparos, NÃO é capaz de configurar a ocorrência de dano
moral, mas sim mero desconforto.

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS E INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS. DEFEITO NO VEÍCULO. INDEVIDO ACIONAMENTO DE
AIR BAG. FATO DO PRODUTO. MERO DISSABOR.
- O indevido acionamento de air bag constitui fato do produto e,
portanto, a empresa deve indenizar o consumidor pelos danos
materiais daí advindos.
- Não cabe indenização por dano moral quando os fatos
narrados estão no contexto de meros dissabores, sem
humilhação, perigo ou abalo à honra e à dignidade da
Autora.
- A despeito da existência de frustração, o indevido acionamento
de air bag não é causa ensejadora de compensação por danos
morais.
- Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1329189 / RN,
Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJe
21/11/2012)

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, DANOS MORAIS E PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO NOVO.
LEGITIMIDADE DA RÉ QUE DECORRE DO CONTRATO FIRMADO
ENTRE AS PARTES. RÉ QUE CIENTIFICOU A AUTORA ACERCA DA
NECESSIDADE DE AGUARDAR APROXIMADAMENTE O PRAZO DE 30
DIAS PARA ENTREGA DO VEÍCULO PELA FABRICANTE. DEMORA
INJUSTIFICADA NA ENTREGA DO AUTOMÓVEL. DECISÃO LIMINAR
DEFERIDA PARA COMPELIR A RÉ A ENTREGAR O VEÍCULO NO
PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS SOB PENA DE MULTA DIÁRIA.
AUTORA QUE TEVE QUE CONTRATAR OS SERVIÇOS DE TÁXI PARA
LOCOMOVER-SE NESSE PERÍODO. DANO MATERIAL COM
DESPESAS DE TAXI COMPROVADO. ATRASO INJUSTIFICADO
NA ENTREGA DO VEÍCULO. PLEITO DE DANOS MORAIS.
INVIABILIDADE. DEMORA QUE ACARRETOU MEROS
ABORRECIMENTOS. AUTORA QUE UTILIZOU-SE DE TAXI PARA
LOCOMOÇÃO DURANTE O PERÍODO DE ESPERA. MERO
ABORRECIMENTO. DANO MORAL AFASTADO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. RECURSO CONHECIDO E

10

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 440
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PARCIALMENTE PROVIDO. A Concessionária/vendedora de
automóveis responde independentemente de culpa pelo atraso na
entrega do veículo ao adquirente, devendo suportar os danos
materiais causados ao consumidor. Por sua vez, há de existir prova
nos autos de que o consumidor sofreu um abalo psíquico profundo,
apto a ensejar indenização por dano moral uma vez que O DANO
MORAL CAPAZ DE SER AGASALHADO PELO DIREITO É
AQUELE QUE FERE SOBREMANEIRA A PESSOA. MEROS
DISSABORES DECORRENTES DO COTIDIANO NÃO DEVEM
SER ERIGIDOS AO STATUS DE DANOS MORAIS. (TJSC; AC
2013.046256-1; Timbó; Terceira Câmara de Direito Civil; Rel. Juiz
Saul Steil; Julg. 24/09/2013; DJSC 02/10/2013; Pág. 147)

Nesse sentido, também, é o mais recente entendimento do


Superior Tribunal de Justiça:

RECURSO ESPECIAL - RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS (...) LAMENTÁVEL DISSABOR - DANO MORAL
- NÃO CARACTERIZADO – RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO.
I - As recentes orientações desta Corte Superior, a qual alinha-se
esta Relatoria, caminham no sentido de se afastar indenizações por
danos morais nas hipóteses em que há, na realidade,
aborrecimento, a que todos estão sujeitos.
II - Na verdade, a vida em sociedade traduz, infelizmente,
em certas ocasiões, dissabores que, embora lamentáveis,
não podem justificar a reparação civil, por dano moral.
Assim, não é possível se considerar meros incômodos como
ensejadores de danos morais, sendo certo que só se deve
reputar como dano moral a dor, o vexame, o sofrimento ou
mesmo a humilhação que, fugindo à normalidade, interfira
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo,
chegando a causar-lhe aflição, angústia e desequilíbrio em
seu bem estar.
(STJ, 3ª T. RESP nº 1234549/SP. Re. Min. Massami Uyeda, DJE
10/02/2012)

O pedido de indenização moral não encontra respaldo,


devendo ser julgado improcedente, sob pena de propiciar o enriquecimento
sem causa da Autora, o que é vedado por nosso ordenamento jurídico (art. 884
do Código Civil).

11

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 441
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
No entanto, caso este MM. Juízo entenda que a Autora realmente
sofreu danos morais, o que se admite apenas em atenção ao princípio da
eventualidade, o dano sofrido deverá ser prudentemente mensurado, a fim de
que não haja o enriquecimento ilícito da Autora, vedado por nosso
ordenamento jurídico (art. 884 do Código Civil).

Em suma, se algum dano moral for reconhecido, o que não é


esperado, a indenização há de ser arbitrada em valor consentâneo com a
extensão do eventual dano causado, respeitando os artigos 944, parágrafo
único, do Código Civil e artigo 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.

Nesse sentido, importante frisar que a indenização por danos


morais deve obedecer a critérios de equidade e justiça, respeitando o princípio
da proporcionalidade e da razoabilidade, deve ter caráter exclusivamente
compensatório, que espelhe as circunstâncias especiais do caso, mormente a
extensão do eventual dano sofrido, sob o bom senso do magistrado,
responsável por repelir pedidos surrealistas e da boa-fé das partes, repelindo
indenizações descabidas, que somente aumentam a indústria da indenização.

Portanto, ainda que Vossa Excelência entenda por imputação de


responsabilidade da Ré Ford, o que não é esperado, a indenização há de ser
arbitrada em valor consentâneo com a extensão do eventual dano causado,
respeitando os artigos 944, parágrafo único, do Código Civil e artigo 5º
da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, sob pena de
violação ao artigo 884 do Código Civil e artigo 5º, X da Constituição
Federal.

4.3. DA INEXISTÊNCIA DE PROVAS QUANTO AO ALEGADO DANO


MATERIAL.

Embora a Ré tenha demonstrado a inexistência de prática de ato


ilícito, pleiteia a Autora indenização por danos materiais, porém, sequer
comprova qualquer despesa.

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Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ocorre que, como já salientado, não há que atribuir tal
responsabilidade à Ford, uma vez que, seu veículo será devidamente reparado,
bem como NÃO FOI JUNTADO QUALQUER COMPROVANTE PELA AUTORA, mas
somente, simples recibos:

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Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de
Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que houve o desembolso qualquer valor.

Ainda, o veículo encontra-se na posse da Autora até o momento,


não há nenhuma razão para a utilização de taxi!

O artigo 303, do CPC, igualmente afirma serem lícitos após a


contestação, apenas deduções relativas à fatos supervenientes, o que não pode
ser admitido para despesas supostamente já desembolsadas.

Neste sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AGRAVO RETIDO


INTERPOSTO CONTRA DECISÃO PROFERIDA EM AUDIÊNCIA.
ADMISSIBILIDADE. TEMPESTIVIDADE. RECURSOS CONHECIDOS.
AGRAVO RETIDO CONTRA DESPACHO INTEGRATIVO DA DECISÃO
ANTERIOR AGRAVADA. NÃO CONHECIDO. AGRAVO RETIDO.
MÉRITO. JUNTADA TARDIA DE DOCUMENTO. INDEFERIMENTO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. APELAÇÃO. MÉRITO.

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Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. AUSÊNCIA. ÔNUS
DA PROVA. AUTOR. RECONVENÇÃO. DANO MATERIAL.
AUSÊNCIA DE PROVAS. DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO
SERASA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
(...)
5. O juízo não está obrigado a aguardar indefinidamente
pela juntada de prova que, desde a inicial, estava a parte
autora obrigada a trazer aos autos, por se tratar de
documento indispensável à propositura da ação, mormente
quando a parte não demonstra qualquer motivo para não tê-
lo trazido aos autos. 6. O chamado ônus da prova é instituto
de direito processual que busca, acima de tudo, viabilizar a
consecução da vedação ao non liquet, uma vez que, por
meio do art. 333, inc. I, do CPC, garante-se ao juiz o modo
de julgar quando qualquer dos litigantes não se desincubir
da carga probatória definida legalmente, apesar de
permanecer dúvidas razoáveis sobre a dinâmica dos fatos.
Precedentes do STJ. 7. A Autora ao deixar de trazer aos autos o
original do contrato de arrendamento mercantil para fins da perícia
que se fazia imprescindível, não de desincumbiu do ônus previsto
no referido art. 333, I, do CPC, motivo porque deve suportar os
efeitos de sua incúria. 8. Dano material excluído da sentença
ante a ausência de provas documentais das despesas com
transporte ou locação de veículos alegadamente
dispendidos pela reconvinte. 9. Reforma em parte da sentença
para reduzir o valor do dano moral, porque além do lançamento
indevido feito pela apelante, constam outros débitos que não poder
ser imputados à reconvinda, a demonstrar que a reconvinte é
devedora contumaz. 10. Honorários advocatícios compensados na
forma do art. 21, do código de processo civil. (TJAP; APL 0006623-
78.2007.8.03.0001; Câmara Única; Rel. Juiz Conv. Mario Mazurek;
Julg. 10/07/2012; DJEAP 17/07/2012; Pág. 18)

Ora, Exa., como se sabe, os danos materiais devem ser certos,


específicos e devem estar comprovados nos autos, até porque não se admite o
ressarcimento de dano hipotético, conforme vasta jurisprudência:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. TELEFONIA MÓVEL. PESSOA JURÍDICA.


SERVIÇO DESTINADO À IMPLEMENTAR A ATIVIDADE LUCRATIVA.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INAPLICABILIDADE.
SERVIÇO DEFEITUOSO. DANOS MORAIS E MATERIAIS NÃO
COMPROVADO. 1. Por não se caracterizar como consumidor a
pessoa natural ou jurídica que adquire bem ou serviço com o
desiderato de implementar sua atividade lucrativa, é inaplicação o

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Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Código de Defesa do Consumidor à espécie, e, por consequente,
inadmissível a inversão dos ônus da prova, incumbindo aa Autora
produzir prova no sentido de sua tese. 2. Configura o serviço
defeituoso pela falta de bloqueio da linha telefônica móvel após
comunicação da perda do aparelho. 3. Não é devida a
indenização a título de danos materiais quando ausente
prova do prejuízo experimentado pela contratante, ainda
que configurado o serviço defeituoso. 4. Não cabe a
indenização a título de danos morais em favor da pessoa jurídica
quando não ofendidos seus direitos personalíssimos. Recurso
desprovido (TJSP, Apelação 0004237-81.2009.8.26.0125, Relator
Gilberto Leme, Órgão julgador: 27ª Câmara de Direito Privado,
Data do julgamento: 22/01/2013DANO MATERIAL.
CONFIGURAÇÃO. Tanto quanto o dano moral, tal tipo de lesão liga-
se à responsabilidade civil. É uma situação objetiva, em que reste
efetivamente demonstrado o prejuízo sofrido pela parte, que
conduz à caracterização do dano material, cuja reparação há de
guardar proporcionalidade com a diminuição patrimonial derivada
do ilícito patronal. Assim, o dano material é sempre
mensurável em função dos valores, pelo que se exige sua
comprovação detalhada, sem a qual não se faz possível a
reparação. (REL. DES. VALTÉRCIO DE OLIVEIRA. ACÓRDÃO N.º.
6906/07. 4ª. TURMA. PUBLICADO EM 29/03/2007. RECURSO
ORDINÁRIO Nº. 01259-2005-019-05-00-8-RO)

Assim, como a Autora não trouxe aos autos qualquer documento


que comprove diminuição de seu patrimônio diretamente relacionado com o
pedido em apreço, a improcedência do pedido é medida que se impõe.

Abaixo segue jurisprudência neste exato sentido, confirmando que


somente se poderá se falar em dano material a incidir APÓS o prazo de
30 dias, justamente para que não se penalize a fabricante por período em que
agiu dentro da legalidade:

INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE SEGURO. CONSERTO DE VEÍCULO.


DEMORA EXCESSIVA NA CONCLUSÃO DO TRABALHO.
RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA RÉ. DANOS MATERIAIS,
ADVINDOS DE CONTRATAÇÃO DE FRETE PARTICULAR, LIMITADOS AO
PERÍODO EXCEDENTE AO PRAZO RAZOÁVEL PARA CONSERTO. DANO
MORAL NÃO CONFIGURADO. MERO DESCUMPRIMETO CONTRATUAL.
1. No caso em tela, o evento danoso, que culminou na abertura do
processo de sinistro em questão, ocorreu em 22/12/2011 (fl. 17). Já,
a liberação do valor ocorreu, aproximadamente, dois meses após a

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Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 446
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
autorização da seguradora. 2. Hipótese em que a seguradora figura
como responsável pela demora na conclusão dos reparos realizados no
veículo da Autora. 3. De fato, tem-se que o prazo de cerca de dois
meses para conserto do veículo danificado em acidente, em razão da
falta de peças, evidentemente, é excessivo, até porque atualmente, o
meio particular de transporte se tornou fundamental no dia-a-dia dos
centros urbanos. Ademais, salienta-se que o veículo sinistrado era
utilizado para realizar o frete dos insumos necessários à criação dos
animais, fontes de renda da Autora. 4. Impositiva, portanto, a
obrigação da seguradora ré em indenizar o dano material, advindo da
necessidade de contratação de frete, uma vez que tal prejuízo
decorreu do inadimplemento parcial do contrato de seguro, que deve
ser, no entanto, limitado. 5. A REPARAÇÃO DOS DANOS
MATERIAIS DEVE SER, ASSIM, LIMITADA AO PERÍODO
EXCEDENTE AOS TRINTA DIAS ACORDADOS PELAS PARTES,
PRAZO RAZOÁVEL PARA CONSERTO DO VEÍCULO, de modo que
cabível o ressarcimento dos valores gastos, em frete, apenas em
relação ao mês de fevereiro de 2012. 6. Dano moral não configurado
na hipótese. Inadimplemento contratual, que, por si só, não viola
direitos da personalidade. Recurso parcialmente provido. (TJRS; RecCv
37573-28.2013.8.21.9000; Encantado; Segunda Turma Recursal
Cível; Relª Desª Fernanda Carravetta Vilande; Julg. 02/10/2013;
DJERS 08/10/2013)

Outrossim, quanto a necessidade da substituição temporária do


veículo, dada a sua essencialidade para a Autora, verifico que não há
no ordenamento jurídico vigente qualquer previsão legal nesse
sentido. Logo, não tem a requerida o dever legal de fornecer um outro
veículo aa Autora, enquanto não decorrido o prazo do art. 18 do CDC.
O que se tem entendido nos tribunais é que diante da essencialidade
do objeto, que com sua ausência pode gerar um receio de grave lesão
de incerta ou de difícil reparação, pode-se determinar a substituição
do produto por outro, temporariamente, enquanto o objeto permaneça
na assistência. Contudo, essa medida só é obrigatória quando judicial,
conforme deferido em tutela antecipada. Acaso houvesse o desrespeito
ao prazo estipulado por lei ou pela convenção das partes para reparar
o vício, tem-se entendido na jurisprudência, bem como por esse Juízo,
que tais fatos, por si, geram dano ao consumidor, o que demanda a
responsabilidade civil. Contudo, ressalta-se, não é esse o caso que se
verifica nos autos. Por todo o exposto, não verifico no processo um
dos requisitos da responsabilidade civil, qual seja, o dano. Em que
pese nas demandas consumeristas não se perquira a existência da
culpa, dada a responsabilidade objetiva, imprescindível a comprovação
da existência de dano, bem como o nexo causal deste, o que em
nenhum momento restou demonstrado nos autos.
O dano moral refere-se à lesão de bem integrante da personalidade,
tal como a honra, a liberdade, a saúde, a integridade psicológica,
causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima,
sendo definido como uma dor de natureza psicológica que atinge a

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Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 447
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
pessoa, causando-lhe angústia e aflição. No meu entender, ao caso,
não ocorreu a mencionada lesão a qualquer bem integrante da
personalidade. Diante de todo o exposto, resolvendo o mérito nos
termos do art. 269, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO
INICIAL. Sebastião Masieiro Lourenço e Robertson Oliveira Lourenço
contra Ford Motor Company Brasil Ltda e Ford Canaã Portela Ochiai
Comércio de Veículos Ltda. [...] (gr.n)1 JEC de Colorado do Oeste,
1000433-11.2013.8.22.0012

Portanto, a improcedência do pedido se impõe, especialmente


quanto aos pretensos valores, pois a FORD tem o prazo de 30 dias para reparar
o veículo da Autora.

Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de


Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que a Autora realizou o desembolso dos valores que postula,
sob pena de ofensa ao art. 884 do Código Civil.

4.4. DA INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DE FORNECIMENTO DE


DO CARRO RESERVA – DESRESPEITO AO FORD ASSISTENCE

O Autor, em sua petição inicial, pleiteia a condenação das Rés ao


pagamento de indenização por danos materiais, pela locação de veículo nos
dias em que o veículo ficou parado.

Inicialmente, como esclarecido pelo próprio Autor, o Manual de


seu veículo é de lídima clareza ao especificar que a FORD concede sim um
veículo reserva quando o prazo de 3 dias!

Ressalte-se que por se tratar de uma garantia E UM DIREITO DA


FORD quanto ao reparo no prazo de trinta dias, a FORD contratualmente
concede um veículo reserva de forma gratuita para a situação transitória, pelo
prazo de até três dias.

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Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 448
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
NÃO HÁ NENHUMA ABUSIVIDADE NA REFERIDA CLÁUSULA.
Nestes termos, o Manual do veículo da Autora é de lídima clareza
ao especificar o veículo reserva que seria concedido, veículo diferente destas
especificações é questão não contratada na garantia do FORD ASSISTENCE:

Ressalte-se que por se tratar de uma garantia E UM DIREITO DA


FORD quanto ao reparo no prazo de trinta dias, a FORD contratualmente
concede um veículo reserva de forma gratuita para a situação transitória,
inicialmente pelo prazo de até três dias, prorrogável pelo prazo do conserto,
mas o veículo expressamente é informado como sendo POPULAR BÁSICO:

Pelo todo trazido, outro não deverá ser o posicionamento de


Vossa Excelência, senão o de julgar IMPROCEDENTE o pedido, por restar
amplamente comprovada a impossibilidade de se imputar à Ré a
responsabilidade pelos eventos narrados pela Autora e, ainda, por não haver
qualquer prova de que o Autor realizou o desembolso dos valores que postula.

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Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
4.5. IMPOSSIBILIDADE DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Não há que se falar em inversão do ônus da prova, haja vista que


a Autora não é hipossuficiente em relação às Rés.

Preceitua o inciso VIII do art. 6º do Código de Defesa do


Consumidor que são direitos do consumidor a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova a seu favor, quando, a
critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias da experiência.

Para que o ônus da prova pudesse ser efetivamente invertido,


imputando à ré a necessidade de comprovar os fatos alegados, os requisitos da
hipossuficiência e verossimilhança precisam ser constatados cumulativamente,
o que não ocorreu no presente caso.
Admitir a obrigatoriedade da inversão ao ônus da prova em todos
os casos de cunho consumerista, seria inobservar o Principio Geral do Direito
“Allegatio et non probatio, quasi non allegatio.”

Ou seja, ainda que V. Exa. entenda tratar-se de relação de


consumo e incline-se pela inversão ao ônus da prova, tal reconhecimento não
exime o consumidor de demonstrar a verossimilhança na existência do fato
constitutivo do seu direito.

Nestes termos, cumpre consignar o quanto relatado na decisão da


relatoria do Desembargador Cruz Macedo, do TJ do Distrito Federal:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO E RESCISÃO


CONTRATUAL. COMPRA DE VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO.
PRODUÇÃO DE PROVA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. VÍCIOS
INSIGNIFICANTES. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 18, § 1º, DO
CDC. DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO.

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Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 450
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
1. Por ser o juiz o destinatário das provas, a ele cabe decidir sobre
sua necessidade ou não à instrução do processo, consoante o
disposto no art. 130 do CPC, não havendo falar, portanto, em
cerceamento de defesa pelo julgamento antecipado da lide.
2. A despeito de se cuidar de relação de consumo, não se
impõe a inversão do ônus da prova, como pretendem os
recorrentes, pois o artigo 6º, inciso VIII, do CDC somente a
autoriza quando presentes os pressupostos da
verossimilhança da alegação ou da hipossuficiência do
consumidor, em termos de acesso e possibilidades de
produção da prova.
3. Sendo os vícios apontados pelo consumidor insignificantes, por
não afetarem a qualidade e a segurança do veículo, não é caso de
aplicação do artigo 18, § 1º, do CDC, mormente se a
concessionária corrige os defeitos em tempo hábil, ou seja, não
ultrapassando o prazo de 30 (trinta) dias para a solução do vício do
produto. 4. Configurando o suposto fato lesivo (idas à
concessionária para reparo do defeito) mero aborrecimento, e não
gerando violação à intimidade, à imagem ou à vida privada do
consumidor, não há falar em indenização a título de danos morais.
5. Recurso não provido. (TJDF; Rec 2011.01.1.201468-4; Ac.
667.654; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Cruz Macedo; DJDFTE
12/04/2013; Pág. 156)

E no mesmo sentido, de todo pertinente colacionar a decisão do I.


Juiz Augusto Vinícius Fonseca e Silva, quando do julgamento da ação n°
0024633-16.2013, do Juizado da comarca de Barbacena:

“Sim, sabemos que a inversão do ônus da prova, em casos de vício


do produto, é direito básico do consumidor previsto no art. 6º,
VIII, da lei correspondente, mas não se pode interpretar dito
dispositivo como forma de transferir ao consumidor todo o ônus do
fato constitutivo alegado, sob pena de total desequilíbrio da relação
processual, chegando mesmo a fazer com que este produza prova
diabólica. Fábio Costa Soares, em preciosa dissertação de
mestrado, dissertou, com proficiência:

A proteção jurídica conferida ao consumidor não chega ao ponto de


fazer recair sobre as costas do fornecedor o peso de produção de
prova material ou tecnicamente impossível de ser produzida, sob
pena de grave violação direito fundamental à ampla defesa e ao
contraditório’”

21

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 451
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assim sendo, não há que se falar em inversão do ônus da prova,
razão pela qual deve a Autora provar suas alegações pelos meios em direito
admitidos, o que não ocorreu em momento algum; ora, não basta alegar,
necessário se faz a comprovação de tais alegações, nos termos do artigo 333,
I, do Código de Processo Civil.

5. DO PEDIDO

Diante de todo o exposto, diante da inexistência de pretensão


resistida pela Ford, requer a ação seja julga extinta sem julgamento de mérito
face à ausência de interesse processual.

Caos assim não se entenda, restando comprovada a ausência dos


elementos essenciais para a configuração da responsabilidade civil, a pretensão
Autoral deve ser JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE, o que fica
requerido pela Ré.

Por fim, a Ré protesta pela produção de provas, por todos os


meios em direito admitidos, sem exceção.

Por fim, requer que todas as publicações e notificações referentes


ao presente processo sejam veiculadas exclusivamente em nome do
advogado Celso de Faria Monteiro, OAB/BA 36.272, sob pena de
nulidade.

Termos em que
pede deferimento.

Irecê/BA, 18 de novembro de 2015.

22

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 37035258 - Pág. 452
Código de validação do documento: 51adebc4 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: VICTOR CEFAS SALUM CARDOSO DOURADO Id. 37051857 - Pág. 453
Código de validação do documento: 51b0742a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: VICTOR CEFAS SALUM CARDOSO DOURADO Id. 37051857 - Pág. 454
Código de validação do documento: 51b0742a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: VICTOR CEFAS SALUM CARDOSO DOURADO Id. 37051857 - Pág. 455
Código de validação do documento: 51b0742a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Assinado eletronicamente por: VICTOR CEFAS SALUM CARDOSO DOURADO Id. 37051857 - Pág. 456
Código de validação do documento: 51b0742a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ - PROJUDI

Allan Kardec, 49, , CENTRO - IRECÊ


irece-1vsj@tjba.jus.br
PROCESSO N.º: 0007786-22.2015.8.05.0110

AUTORES:
JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM

RÉUS:
BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

SENTENÇA

Vistos e examinados estes autos.Dispensado o relatório, segundo regra ínsita do artigo 38, da Lei Federal nº
9.099/95.FUNDAMENTO E DECIDO.DAS PRELIMINARESEXCLUSÃO DA PRIMEIRA PARTE RÉ DO POLO
PASSIVO (BURITI VEÍCULOS PEÇAS E SERVIÇOS LTDA): Conforme requerido pelos Autores, em sede de
audiência de instrução e julgamento (evento 96), determino seja excluída do polo passivo da presente ação a
empresa Buriti Veículo Peças e Serviços LTDA, conservando, contudo, as provas colacionadas aos autos por
esta, sobretudo o depoimento pessoal de sua preposta, haja vista que as provas carreadas por esta são
essenciais ao deslinde do feito. Vale frisar, por oportuno, que vigora no ordenamento jurídico brasileiro o
princípio da comunhão da prova, também conhecido como princípio da aquisição processual, quer dizer,
uma vez entregue a prova ao juízo, ela passa a pertencer ao processo, sendo irrelevante, para tanto, quem a
forneceu.ILEGITIMIDADE PASSIVA DA TERCEIRA PARTE RÉ (INDIANA VEÍCULOS LTDA): Consoante leciona
FREDIE DIDIER JR, in Direito Processual Civil: Tutela jurisdicional individual e coletiva – 5 ed – Salvador: Jus
Podivm, 2005, P 189: “A legitimidade para agir (ad causam petendi ou ad agendum) é condição da ação que
se precisa investigar no elemento subjetivo da demanda: os sujeitos. (...) É a pertinência subjetiva da ação,
segundo célebre definição doutrinária [Alfredo Buzaid]. Sendo o que para a análise da pertinência subjetiva
aplica-se a teoria da asserção, buscando a compatibilidade subjetiva com discurso expedido na exordial”. As
partes autoras, no feito, reclama direito próprio, oriundo de dano causado eventualmente pelas partes rés,
não aduzem qualquer substituição processual, identificam-se, sim, como as partes autoras que teriam sido
prejudicados por ato ilícito das partes rés. Os documentos colacionados demonstram que a terceira parte ré
é empresa concessionária que revende e presta serviços à fabricante do produto, veículo Ford Focus, tendo
realizado revisões no veículo dos autores. Ademais, a regra dos arts. 7º, parágrafo único, e 18, ambos do
Código de Defesa do Consumidor, é a responsabilidade solidária. Com efeito, ficam rejeitadas as
preliminares arguidas.INCOMPETÊNCIA POR COMPLEXIDADE DA CAUSA: A terceira parte ré também alega,
em sede de preliminar, a complexidade da causa e a necessidade da produção de prova pericial. Consoante
estampa o Enunciado 54 do Fonaje, “a complexidade da causa é aferida não em relação ao direito versado e
sim no que concerne a prova a ser realizada contra os fatos articulados”. No presente feito, entende este
Julgador que não se pode afastar, de logo, a dilação probatória, pois não se mostra a situação "sub examine"
como única forma de elucidação por meio de exames periciais, o que impede o acolhimento da preliminar
suscitada. De mais a mais, entende este Juízo que a intelecção jurídica sobre a menor complexidade,
posicionamento também defendido pelo culto mestre Luiz Guilherme Marinoni, já estaria densificado pela
própria escolha do legislador das hipóteses de cabimento e competência deste juízo e não teria qualquer
dependência sobre a natureza ou forma da prova a ser produzida, pois ao infringir os requerentes, autores, a
busca pelo procedimento ordinário, poderia levar a negação do princípio da inafastabilidade de apreciação
pelo Judiciário de lesão ou ameaça a direito, pois os custos e as dinâmicas do processo ordinário
inviabilizariam a proteção dos casos especificados pelo legislador ao erigir o sistema dos Juizados

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 38417856 - Pág. 457


Código de validação do documento: 5280e380 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Especiais. Ademais, o depoimento da preposta da primeira parte ré, funcionária da concessionária Ford
Buriti, com localização na cidade de Irecê-BA, demonstra com clareza os vícios existentes no veículo dos
autores, inclusive a ocorrência de substituição da peça caixa de transmissão, que estava avariada, conforme
faz prova, inclusive, a Ordem de Serviço anexada pelos autores no evento 94. Com efeito, todos esses
eventos afastam a necessidade de realização de prova pericial. Em sendo assim, há de ser rejeitada essa
preliminar, o que ora se faz.DO MÉRITODispõe o Art. 6º, VI, do Código de Defesa do Consumidor, que
constitui direito básico do consumidor a efetiva prevenção e reparação dos danos morais e materiais, assim
como preceitua no inciso VIII, o direito a facilitação da defesa, inclusive com a inversão do ônus da prova a
seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente.Da análise dos autos, vê-se que as partes rés não comprovam os fatos tidos como
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito da autora. Esse ônus decorre não somente da regra
preconizada no inciso VIII do Art. 6º, do Código de Defesa do Consumidor, pois evidente a vulnerabilidade do
consumidor em casos de tal jaez, como se infere a verossimilhança da alegação, mas também pela regra
ordinária da dinâmica de divisão do ônus da prova, a qual preconiza que incumbe ao réu o ônus da prova
quanto a existência do fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte autora.Nesse diapasão,
verifica-se que os autores juntaram todos os documentos comprobatórios do seu direito, tais como histórico
de revisões do veículo, manual do proprietário, os quais demonstram de forma clara que o veículo estava na
garantia de fábrica, ordens de serviços, o guia de reboque do veículo, acompanhado de fotos, ordem de
serviço da substituição da peça avariada, dentre outros, conforme se verifica nos eventos 1 e 94, sendo
verossímil suas alegações. Assim sendo, não foi respeitado o Código de Defesa do Consumidor, que exige a
fabricação de produtos duráveis, seguros e de qualidade, o que não ocorreu no caso em tela.No caso
presente, os autores comprovaram que o veículo, ainda em garantia e com todas revisões efetuadas por
concessionária especializada Ford, no caso, a terceira parte ré, estava com defeito na caixa de transmissão,
peça que veio a ser substituída, após diversas tentativas frustradas junto a terceira parte ré (que não
solucionou o problema), na concessionária Buriti, ora primeira ré e excluída do polo passivo a pedido dos
autores, restando comprovado nos autos que o problema no veículo persistiu do mês de julho/2015 a
fevereiro/2016.A própria contestação da terceira parte ré (evento 52 – pag. 9/26) demonstrou que foram feitas
todas as revisões corretamente na referida concessionária autorizada Ford, bem como que nas revisões de
20.000 e 30.000 mil Km foram relatados problemas no veículo, consistente em o veículo ficar fraco na
retomada de velocidade após redução de marcha, bem como de que estava aparecendo mensagem no painel
informando que a transmissão estava avariada e havia falha no motor, problemas estes que só foram
solucionados definitivamente, após muitos dissabores vividos pelos autores, conforme comprovado pelos
documentos e depoimento pessoal dos mesmos, quando do conserto na concessionária Buriti, ora primeira
ré.Destarte, a indenização pelos prejuízos materiais e morais causados é medida que se impõe.Cediço que, a
teor do artigo 18, do Código de Defesa do Consumidor, tanto o fornecedor, quanto o comerciante do produto
viciado em sua qualidade, são responsáveis por eventuais danos causados aos consumidores adquirentes
do produto. Nesse caso, cabe a estes escolherem contra quem demandar, por tratar-se de hipótese de
responsabilidade solidária. E mais, mesmo que o prejuízo tenha sido causado pela fabricante, a terceira parte
ré (INDIANA VEÍCULOS LTDA) não está desobrigada de responder pelos danos causados aos
consumidores.No que concerne a negativa de fornecimento de carro reserva por mais de 03 (três) dias pela
segunda parte ré, Ford, tem-se que o mesmo se revela abusiva frente as garantias instituídas pelo Código de
Defesa do Consumidor. Nesse sentido, fazem jus os autores ao carro reserva durante todo período em que
não puderem dispor do seu veículo, sobretudo porque o problema não decorreu do mau uso do veículo pelos
autores, e sim por defeito já instalado no veículo, que estava regularmente dentro da garantia contratual,
ressaltando que tal tema foi objeto do deferimento da tutela antecipada, conforme decisão constante no
evento 28 do processo virtual.Assim sendo, têm os autores direito a restituição do valor que pagou pelo
aluguel do veículo reserva (Doc. 15 – evento 1), bem como pelo gasto que teve um dos autores com
passagem para se deslocar à cidade de Salvador-BA, no dia 08/09/2015, cuja finalidade foi pegar o veículo
que rebocado, no dia 07/09/2015 (Doc. 12 – evento 1), para conserto na concessionária Indiana, ora terceira
ré.Desse modo, tem-se que o dano material perfaz o montante de R$ 357,19 (trezentos e cinquenta e sete
reais e dezenove centavos).Quanto aos danos morais, observa-se que esses se apresentam totalmente

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devidos, haja vista que a negligência das partes rés em não providenciarem o conserto em tempo hábil, pelo
contrário, retardaram o conserto do veículo, essencial à vida profissional e pessoal dos autores, por mais de
06 (seis) meses, ultrapassa o mero aborrecimento, gerando angústia, aborrecimento e aflição para as partes
autoras.Assim, tendo em vista a responsabilidade civil objetiva prevista no art. 6º, VI, e 18 do Código de
Defesa do Consumidor e no Código Civil, “id est”, presentes o ato ilícito, o nexo causal e os danos morais,
cabem às partes rés o dever de indenizar, conforme dispõe o art. 927 do Código Civil de 2002: “Art. 927.
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.Parágrafo único.
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.” Nessa linha de intelecção, o extenso tempo em que os autores não puderam desfrutar do
veículo, somado à desídia das rés em buscar uma solução para o problema, das vezes em que teve o veículo
guinchado por problema já narrado nas revisões, evidencia a existência de vícios e incômodos que,
indubitavelmente, ultrapassam os limites do mero dissabor do cotidiano.Assim sendo, a omissão das rés em
resolverem pacificamente o conflito, privando as partes autoras da utilização do produto, constitui ato ilícito
capaz de gerar verba indenizatória a seu favor.Caracterizado, então, o dano extrapatrimonial, cabe proceder a
sua quantificação.Não há um critério matemático ou padronizado para estabelecer o montante pecuniário
devido pela parte violadora à vítima. À míngua, portanto, de parâmetros legais, matemáticos ou exatos, utilizo
o prudente arbítrio, a proporcionalidade e a razoabilidade para valorar o dano, sem esquecer do potencial
econômico do agente, das condições pessoais da vítima e, por fim, a natureza do direito violado.Ante o
exposto e de tudo mais que dos autos consta, confirmo a tutela de urgência deferida no evento 28, e JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pelas partes autoras para PRONUNCIAR a nulidade
da cláusula contratual que limita o fornecimento de veículo reserva pelo prazo de apenas 03 (três) dias,
conforme serviço “Ford Assistance” do Manual do Proprietário; CONDENAR as partes rés, solidariamente, ao
pagamento de R$ 357,19 (trezentos e cinquenta e sete reais e dezenove centavos) a título de danos materiais,
acrescido de correção monetária pelo INPC, desde a data do evento danoso, na forma das Súmulas 43 e 54
do Superior Tribunal de Justiça, e juros de mora na base de 1% (um por cento) ao mês, na forma do artigo
406, do Código Civil, c/c o parágrafo primeiro do artigo 161, do Código Tributário Nacional, desde a referida
data, até o efetivo pagamento; CONDENAR, ainda, as mesmas rés, solidariamente, a suportarem uma
indenização que arbitro em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de danos morais em favor das partes autoras,
acrescido de correção monetária pelo INPC, que incide desde a data do arbitramento, na forma da Súmula
362 do STJ, e juros de mora na base de 1% (um por cento) ao mês, na forma do artigo 406, do Código Civil,
c/c o parágrafo primeiro do artigo 161, do Código Tributário Nacional, desde a referida data, até o efetivo
pagamento, como imposto pela aludida Súmula.Não há custas ou sucumbência no âmbito da jurisdição do
primeiro grau, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Irecê-BA, em 21 de março de 2016.

ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito
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Demonstrativo do Débito – Valores Atualizados com base na
INPC

*Sem custas e Honorarios


*Tabela INPC ainda não tem indice abril

ÍNDICE DE
ATUALIZAÇÃO - DATA
DO EVENTO DANOSO Juros - Citação
Danos Materiais (09/2015) Valor Atualizado (Abril/2016) Total de Juros Total Atualizado
R$ 357,19 1,0635249 R$ 379,88 1% R$ 3,80 R$ 383,68

ÍNDICE DE
ATUALIZAÇÃO -
Sentença ( Juros - Citação
Danos Morais março/2016) Valor Atualizado (Abril/2016) Total de Juros Total Atualizado
R$ 5.000,00 1,0044 R$ 5.022,00 1% R$ 50,22 R$ 5.072,22

Danos Materiais +
Danos Morais
R$ 5.455,90

Valor da Condenação
Valor da Condenação R$ 2.727,95
R$ 5.455,90

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO I JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ//BA

Processo nº 0007786-22.2015.8.05.0110

FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA., por seus advogados,


devidamente qualificados nos autos da presente Ação Indenizatória em
epígrafe, que lhe move Juliana Dourado Loula Saum, vem, respeitosamente,
à presença de Vossa Excelência, expor e requerer o quanto segue.

Considerando a V. sentença proferida nos autos, a Ré Ford


informa o cumprimento espontâneo da condenação ora imposta.

Deste modo, realizou pagamento no valor de R$ 5.478,69 (cinco


mil, quatrocentos e setenta e oito reais e sessenta e nove centavos), conforme
incluso comprovante anexo.

Assim, considerando a satisfação da obrigação, a Ré requer a


extinção do processo com fundamento no artigo 924, II do CPC.

Por fim, reitera seu pedido de que todas as intimações e


notificações doravante dos autos sejam feitas em nome do patrono da Ré

Tozzini, Freire, Teixeira e Silva


R. Borges Lagoa 1328
04038-904 São Paulo SP Brasil
T 55 11 5086-5000 F 55 11 5086-5555
www.tozzinifreire.com.br

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 39221060 - Pág. 470
Código de validação do documento: 52fb72a8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
FORD, DR. CELSO DE FARIA MONTEIRO, inscrito na OAB/BA 36272., sob
pena de nulidade, nos termos do § 2º do art. 272 do CPC.

Termos em que
pede deferimento
Irecê, 19 de abril de 2016.

CELSO DE FARIA MONTEIRO


OAB/BA 36272.

TFTS-#3007076-v1-PET_COMP_PGTO_CONDENAÇÃO_-_Juliana_Dourado_Loula_Saum_-_ID_758682 2

Assinado eletronicamente por: CELSO DE FARIA MONTEIRO Id. 39221060 - Pág. 471
Código de validação do documento: 52fb72a8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
DOURADO & SALUM
Advocacia Tributária e Direito Público

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL


CÍVEL DA COMARCA DE IRECÊ – ESTADO DA BAHIA.

Ref. Processo nº. 0007786-22.2015.8.05.0110

JULIANA DOURADO LOULA SALUM e VINICIUS DOURADO


LOULA SALUM, ambos já devidamente qualificados na exordial do presente feito, vem à
presença de Vossa Excelência requerer a expedição de ALVARÁ para levantamento dos
valores depositados junto ao Banco do Brasil pela parte acionada (EVENTO 116), em
cumprimento espontâneo da obrigação determinada na sentença deste d. Juízo (EVENTO
104), tendo em vista, inclusive, que transcorreu in albis o prazo recursal, ocorrendo o
trânsito em julgado da demanda.

Desta feita, requer a imediata liberação da referida quantia, com o posterior


arquivamento dos autos.

Nestes termos,
pede deferimento.
Irecê-BA, 28 de ABRIL de 2016.

Vinícius Dourado Loula Salum


OAB/BA nº. 27.313

_____________________________________________________________________________
Praça João XXIII, n. 62, sala 102. Irecê – Bahia. Tel.: (74) 3642.2036
douradoesalum@gmail.com
1

Assinado eletronicamente por: VINICIUS DOURADO LOULA SALUM Id. 39468942 - Pág. 472
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PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

CERTIDÃO

Certifico que a Sentença do evento 104 transitou em julgado na data de 25/04/2016, em virtude de
haver transcorrido o prazo de lei.

IRECÊ - BA, 9 de Maio de 2016.

JAILSON FERREIRA DE ANDRADE


Técnico Judiciário

Assinado eletronicamente por: JAILSON FERREIRA DE ANDRADE Id. 39832267 - Pág. 473
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Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
PODER JUDICIÁRIO
IRECÊ
1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - IRECÊ - PROJUDI

Allan Kardec, 49, , CENTRO - IRECÊ


irece-1vsj@tjba.jus.br

PROCESSO 0007786-22.2015.8.05.0110
PROMOVENTE(S) JULIANA DOURADO LOULA SALUM
VINICIUS DOURADO LOULA SALUM
PROMOVIDO(S) BURITI VEICULOS PECAS E SERVICOS LTDA
FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDA
INDIANA VEÍCULOS LTDA

GUIA DE RETIRADA

Código do Alvará: AD80CF.EF7FD9A.387279.D2D9BD4.EE9339.ED5EA3CE

Levo ao conhecimento desse estabelecimento bancário que o(a) Sr.(a) JULIANA DOURADO LOULA SALUM, portador(a) do CPF
017.307.435-95 e VINICIUS DOURADO LOULA SALUM , portador do CPF 013.279.865-40, na qualidade de partes autoras do processo
acima, está autorizado por este Juizado, a proceder ao levantamento da importância de R$ 5.478,69 (cinco mil quatrocentos e setenta e
oito reais e sessenta e nove centavos) constante na conta judicial de nº NÃO INFORMADO, acrescida de todos os rendimentos,
encerrando-se, em seguida, a supracitada conta.

IRECÊ - BA, 9 de Maio de 2016


ALEXANDRE LOPES
Juiz de Direito

Ao
Banco do Brasil S/A - Ag. 0548-7
Irecê - BA

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE LOPES Id. 39848541 - Pág. 474


Código de validação do documento: 535b31a2 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

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