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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
@ (PROCESSO ELETRÔNICO)
CFC
Nº 70085676799 (Nº CNJ: 0017168-39.2022.8.21.7000)
2022/CRIME
DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos.
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"(...)
A materialidade dos fatos se verifica do registro policial das fls. 18/21
e 40/41, auto de apreensão da fl. 23, auto de avaliação indireta da fl. 72,
coligidos pela prova oral que abaixo analiso.
YAGO FERREIRA CANDIDO, no seu interrogatório judicial, negou a
autoria dos fatos imputados dizendo que estava em casa por volta das 11h e,
após, saiu para ir na casa de um amigo de nome Jorge, tendo pego o veículo
apreendido emprestado dele e conduzido-o com sua esposa e filhos, sendo
abordados na Av. Antônio de Carvalho, conduzido e levado preso, ocasião
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LIMA, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal Comentado. 3 ed. rev. E atual. Salvador:
Juspodivm, 2018. P. 1514.
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em que lhe foi dito que o carro era proveniente de roubo e estava com placas
clonadas. A seguir tiraram fotos suas e enviaram para a vítima, sendo
acusado de ser o autor do roubo. Ao tempo do fato estava foragido, uma vez
que tirou a tornozeleira eletrônica e foi morar em Balneário Camboriú.
Nunca foi levado a reconhecimento pessoal junto à delegacia de polícia.
CHAIANE ALMEIDA, ao ser interrogada, alegou desconhecimento
sobre se tratar de veículo roubado e de que as placas eram falsas. Em
síntese, relatou que seu marido disse que guardaria o carro, indo junto dele,
após convite, porém nunca tinha visto o carro anteriormente.
O ofendido Wagner D. Z. (fato 01) confirmou o roubo do veículo
Ford/Ka, cor vermelha, locado da empresa Localiza, com o qual trabalhava
e quando estacionava o veículo na garagem, foi surpreendido por dois
rapazes, um deles o réu Yago, que portava arma de fogo, que lhe foi
apontada, subtraindo além do carro, seu telefone, relógio, documentos, etc,
empreendendo fuga na posse dos bens. Comunicou o fato à Brigada Militar.
O veículo foi recuperado posteriormente, com placas adulteradas, segundo
informações da delegacia de polícia. Identificou o acusado pessoalmente em
juízo, por meio de audiência virtual, como sendo um dos autores do roubo.
Recebeu, em sede de investigação, de agente ministerial, fotos do acusado
(frente e perfil), reconhecendo-o como autor do roubo (1º fato). Suportou
prejuízo material de U$1.300,00 (relógio) e mais R$600,00 relativo aos
demais bens subtraídos.
O policial militar Rômulo Gomes Silva narrou ter abordado o veículo
que estava em atitude suspeita ( “pela atitude nervosa do motorista”) e ao
verificar os sinais identificadores verificaram que as placas eram falsas e
que ele estava em ocorrência de furto/roubo. Quanto ao condutor,
verificaram que estava foragido do sistema prisional. O veículo era tripulado
pelo casal que restou conduzido, presos em flagrante.
No mesmo sentido foram os informes do policial militar Wagner de
Castro Domingues, acrescentando que o veículo na posse dos réus constava
em uma listagem que detinha a guarnição de carros furtados e/ou roubados.
Estas foram as provas produzidas em juízo, à luz do contraditório e
ampla defesa, aptas, portanto, a julgamento.
Quanto ao primeiro fato denunciado (artigo 157, §2º, inciso II, e
§2º-A, inciso I, do Código Penal), a autoria do acusado YAGO FERREIRA
CÂNDIDO mostra-se certeira.
Com efeito, efetiva a palavra do ofendido, narrando claramente o
desenrolar dos acontecimentos, bem como indicando a autoria do réu como
um dos assaltantes, notadamente o que estava de posse da arma de fogo,
apontando-lhe, posteriormente preso na condução da res furtivae, um dia
após o assalto, estando o veículo com placas modificadas/adulteradas,
conforme relatos policiais.
É cediço, em crimes deste jaez, que a palavra da vítima apresenta
validade probatória apta a formar o convencimento do julgador, sobremodo
quando não infirmada por outros elementos, tal como ocorre na espécie.
Ademais, não se vislumbra, no caso vertente, motivo qualquer para
que os acontecimentos, pelo ofendido, fossem narrados de forma diversa
daquela, de fato, verificada. Vale registrar, o réu e a vítima não se
conheciam previamente, depreende-se dos autos. Fazem-se, então, as
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Roubo majorado.
Com efeito, como se verifica da prova produzida e bem concluiu a
sentença, plenamente demonstradas a materialidade e a autoria do delito de
roubo majorado, tendo o réu, em comunhão de esforços e conjugação de
vontades com outro indivíduo não identificado, e mediante violência e grave
ameaça exercida com o emprego de arma de fogo, praticado a subtração do
veículo e outros pertences do ofendido, em consonância com os coerentes
depoimentos da vítima desde a fase policial, e dos policiais militares que
efetuaram a prisão, e com o inequívoco reconhecimento fotográfico do acusado
realizado na fase policial e, pessoal, em juízo.
Nesse contexto, descabida a tese de insuficiência de prova da autoria.
Quanto à observância dos requisitos do art. 226 do Código de Processo
Penal, esses devem ser observados quando possível, não ensejando a sua falta
nulidade do reconhecimento realizado, como reconhecido pela jurisprudência,
inclusive, do Superior Tribunal de Justiça:
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que não é a hipótese dos autos (AgRg no AREsp 1704043/TO, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 22/09/2020, DJe 29/09/2020).
Dessa forma, não configuradas quaisquer das hipóteses insculpidas no artigo
621 do Código de Processo Penal, resta evidente o intento defensivo em rediscutir questões
já devidamente apreciadas, inclusive, em sede de apelação criminal. Assim, considerando
que a revisão criminal não se presta a tal objetivo, inviável o conhecimento da pretensão
revisional.
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Intimem-se.
Proceda-se à cobrança na forma do Ato nº 11/2022-P.
Após, arquive-se.
Diligências legais.
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