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REPERTÓRIO DE

JURISPRUDÊNCIA
SEÇÃO DE DIREITO CRIMINAL

Julgados selecionados
pelos magistrados nas
sessões de julgamento

AGOSTO/2021
REPERTÓRIO DE JURISPRUDÊNCIA
AGOSTO/2021

2ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

PROGRESSÃO DE REGIME – VALIDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO

Ementa: AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL - Preliminar - Nomeação de médico particular para


a realização de exame criminológico - Matéria já analisada em Habeas Corpus - Pleito que
não possui respaldo legal. PRELIMINAR - Nulidade do exame criminológico realizado - O
exame ao qual foi submetido o agravante trouxe à baila características específicas do
reeducando e se pautou em técnicas descritas nos relatórios, fundada em e ntrevista pessoal
com o apenado. Não se nota, ademais, contradição na prova pericial realizada - apesar dos
bem lançados argumentos defensivos, não há confronto entre o exame criminológico e o
atestado de comportamento carcerário, posto que se pautam em elementos diversos.
EXECUÇÃO PENAL - PROGRESSÃO DE REGIME - Impossibilidade - Ausência do requisito
subjetivo - Conclusão desfavorável do exame criminológico - Recurso desprovido. (Agravo
em Execução nº 0011619-66.2021.8.26.0041 , São Paulo, rel. Alex Zilenovski, j.
16/08/2021).

COMÉRCIO ILEGAL DE COMBUSTÍVEIS, CRIME AMBIENTAL E


ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA

Trechos do voto (não há ementa): Apelação. “(...) devem ser mantidas as absolvições dos
réus B. F. D., R. J. P. e S. A. O.. E isso porque, afinal, jamais ficou evidenciada a participação
de cada um deles em qualquer dos atos criminosos elencados na exordial acusatória, não
sendo suficientes as alegações constantes na peça incoativa, pois, repito, ao longo da
persecução penal, não se logrou êxito em demonstrar a efetiva participação dos envolvidos
nos fatos retratados.” “(...) as escutas revelaram não apenas a movimentação do material,
como a real substância daquilo que era entre todos eles secretamente tratado, irrelevante o
distanciamento pessoal entre as pontas do esquema, porque, de todo o modo, tudo
funcionava como equipe e ao longo de muito tempo, a justificar a condenação pelo crime
do art. 288 do Cód. Penal. Destaco que as penas-base dos três delitos (art. 288, par. único
do Cód. Penal; art. 1º, I da Lei n. 8.176/1991; e art. 56 da Lei n. 9.605/98) foram corretamente
exasperadas por conta do elevado grau de reprovabilidade das ações de cada um dos
increpados, não se olvidando das circunstâncias e consequências dos fatos, mesmo porque
ficou praticamente impossível mensurar o número de pessoas lesadas com as práticas
delitivas.” “(...) O MM Juiz estabeleceu que a pena-base do crime do art. 288 do Cód. Penal
ficasse em 2 (dois) anos de reclusão. A pena-base do crime previsto no art. 56 da Lei n.
9.605/98 foi fixada em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão. E aquela referente ao art.
1º, I da Lei n. 8.176/91 em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de detenção.” “(...) a pena do delito
de quadrilha, em virtude da causa de aumento (por ser armada), foi elevada em ½ (metade).
Dois mais metade resulta na marca de 3 (três) anos de reclusão e não como consignado na
r. sentença. Falou-se nos autos que não estávamos diante de quadrilha armada. A alegação
contém em si o oportuno esquecimento do quanto inicialmente apurado e coligido para
estes autos pela Petrobrás, condutas de gente que não se logrou identificar, que, no entanto,

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tinha sintonia fina com os realizadores do mais. Condutas que resultaram, inclusive, nas
transferências de gerentes da empresa para outras cidades, gerentes amedrontados com as
ameaças feitas por carta e também com a abordagem, em via pública, de equipe terceirizada
de segurança incumbida das apurações sobre o desaparecimento dos combustíveis,
oportunidade em que se deu a subtração de equipamentos, sempre com a intenção de
intimidar, repito, ainda durante as investigações iniciais, oportunidade em que os
desaforados não identificados acenaram com uso de arma.” “(...) Há provas nos autos
revelando que, ainda no alvorecer da ação criminosa organizada, diante da reação da
Petrobrás, aquilo deu azo a uma série de respostas dos subtratores, para conter o
comportamento apuratório da distribuidora e inibir os seus colaboradores que conferiram a
evasão de combustíveis. As demais sanções não mereceram correções” “(...) Os réus J., C. e
A. foram condenados pelos três delitos. De sorte que, efetuada a soma das penas, estas
devem alcançar os patamares de 5 (cinco) anos e 6 (seis) meses de reclusão e 2 (dois) anos
e 6 (seis) meses de detenção. Os acusados N. e M. foram condenados por infração aos tipos
do art. 288, par. único, do Cód. Penal e do art. 1º, I da Lei n. 8.176/91. Noutras palavras, as
sanções devem individualmente ficar estabelecidas em 3 (três) anos de reclusão para o
primeiro crime e 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de detenção para a segunda infração penal ."
“(...) serão mantidos em relação a cada uma das infrações penais aqui reconhecidas (fechado
para as reclusões e semiaberto para as penas de detenção), não sendo o caso de substituição
das penas privativas de liberdade por restritiva de direitos pela mensuração final e mesmo
porque eventual abrandamento seria manifestamente contrário à finalística que inspira a
instituição das restritivas de direitos. O quadro contido nos autos não comporta
benemerência de qualquer espécie exatamente pela extensão do mal feito.” “(...) nos termos
do art. 91, II do Cód. Penal, dar pelo perdimento dos bens apreendidos e relacionados no
auto de fl. 369, em favor da União, na medida em que, por conta das provas dos autos,
vinculados às práticas delituosas aqui apontadas.” “Rejeitaram as preliminares, negaram
provimento aos apelos defensivos e só em parte deram provimento em parte o recurso
ministerial, corrigidas as contagens das penas pelo equívoco em primeiro grau e para
decretar o perdimento dos bens.” (Apelação Criminal nº 0041039-41.2013.8.26.0577 , São
José dos Campos, rel. Costabile e Solimene, j. 16/08/2021).

TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS

Sumário e trechos do voto (não há ementa): Apelação. Recursos do Ministério Público e


do corréu. “(...) não se produziu prova alguma de que J. tenha concorrido de qualquer forma
para a atividade ilícita que vinha sendo praticada por A., tampouco que tenham engendrado
uma empresa secreta com a finalidade de traficar entorpecente.” “(...) Mantida a condenação
de A. pelo tráfico, a pena comporta reparo, porque foi exasperada na base por conta da
quantidade e variedade do que foi arrecadado, mas a quantidade não é tão expressiva assim
(383,68g de “maconha” e 43,99g de cocaína), conquanto suficiente para revelar o prop ósito
mercantil a animar a conduta do réu, que é primário e não pode ter a pena aumentada com
fundamento na personalidade voltada para o crime, como quer a acusação, pena de se
incorrer em violação ao princípio constitucional da presunção de inocência .” “A quantidade
de droga não autoriza aumento da pena-base, mas é suficiente para inviabilizar a incidência

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da causa especial de redução prevista no § 4º, do art. 33, mormente quando se leva em conta
que foram apetrechos comumente utilizados para fracionar e embalar droga, bem assim que
o próprio réu admitiu que vinha se dedicando ao comércio clandestino de drogas já há algum
tempo, circunstância indicativa de estava se dedicando às atividades criminosas. ” “Por v.u.,
negaram provimento ao recurso do Ministério Público e deram parcial provimento ao da
defesa para reduzir a pena de A. B. M. a cinco anos de reclusão e quinhentos dias/multa,
mantida no mais a sentença.” (Apelação Criminal nº 1500073-93.2020.8.26.0066 ,
Barretos, rel. Francisco Orlando, j. 30/08/2021). Obs.: Há declaração de voto convergente do 3º Juiz
(Des. Costabile-e-Solimene).

6ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

HOMICÍDIO CULPOSO

Ementa: APELAÇÃO. HOMICÍDIOS CULPOSOS NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR.


CONCURSO FORMAL. Preliminar. Denúncia que preenche os requisitos do artigo 41 do
Código de Processo Penal. Alegação de inépcia, ademais, superada com a prolação da
sentença. Rejeição. Mérito. Materialidade e autoria demonstradas. Versão exculpatória
inverossímil e infirmada pela prova pericial produzida, corroborada por relatos seguros e
coesos de testemunhas. Imprudência inquestionável. Culpa exclusiva da vítima não
caracterizada. Ré que agiu de forma imprudente ao realizar manobra de retorno proibida em
rodovia e sem se atentar à motocicleta que vinha atrás. Condenação mantida. Pena mínima,
concurso formal, regime aberto e substituição da corporal por restritivas de direitos não
impugnados. Recurso improvido, com correção de erro material. (Apelação Criminal nº
0011266-48.2017.8.26.0564 , São Bernardo do Campo, rel. Farto Salles, j. 12/08/2021).

TRÁFICO DE DROGAS E POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO

Ementa: Apelação. Crimes de tráfico de drogas e de posse ilegal de arma de fogo de uso
restrito. Preliminares de nulidade por cerceamento de defesa, por quebra da cadeia de
custódia, e por irregularidade procedimental. Rejeição. Não ocorrência. Absolvição por
insuficiência de provas. Não cabimento. Materialidade e autoria demonstradas. Diminuição
do patamar de aumento aplicado na pena-base. Não cabimento. Aplicação do redutor
especial de penas. Impossibilidade. Não provimento ao recurso. (Apelação Criminal nº
1501080-32.2020.8.26.0548, Campinas, rel. Zorzi Rocha, j. 26/08/2021).

TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO

Ementa: TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO. Recursos defensivos. PRELIMINARES.


Pretendido recurso em liberdade (E., J., P. e T. F.). Inviabilidade. Manutenção da prisão
devidamente fundamentada. Ofensa ao CPP, art. 204, caput (E., M., M., J., P. e T. F., R., B.) e
ilegalidade da interceptação telefônica (P.). Inocorrência. Suposta nulidade da sentença por

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falta de fundamentação que se confunde com a questão de fundo. MÉRITO. ART. 33, CAPUT.
Pretendida absolvição. Impossibilidade. Autoria e materialidade bem delineadas, o que
rechaça a pretendida desclassificação ao art. 37 arguida por P. ART. 35, CAPUT. Condenação
bem decretada. Liame associativo caracterizado. DOSIMETRIA. Penas bem e stabelecidas.
Inaplicabilidade das benesses do art. 33, § 4º e do CP, art. 44. Redução da pecuniária por
suposta hipossuficiência. Impertinência. Falta de previsão legal. Regime fechado preservado
a E., J., P., B., T. F. e H. e aberto aos demais. DETRAÇÃO PENAL (P. e E.). Inexequível, sob pena
de supressão da instância, ofensa ao duplo grau de jurisdição e ao princípio do juiz natural,
mostrando-se realmente temerária e impertinente qualquer deliberação diretamente pelo
Tribunal. RESTITUIÇÃO DOS BENS (E., M. e J.). Inviabilidade. DESPROVIMENTO. (Apelação
Criminal nº 0001672-03.2016.8.26.0125 , Capivari, rel. Eduardo Abdalla, j. 26/08/2021).

HOMICÍDIO QUALIFICADO E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO

Ementa: HOMICÍDIOS QUALIFICADOS EM CONTINUIDADE (CONSUMADO E TENTADO) E


PORTE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO. Apelações defensivas. Análise limitada ao objeto do
recurso. Inteligência da Súmula/STF, nº 713. LEI Nº 10.826/03, ART, 16, CAPUT (R.).
Reconhecimento ex officio, da prescrição da pretensão punitiva estatal. PRELIMINARES. Não
inclusão de quesito acerca de eventual homicídio culposo. Impertinência, porquanto apenas
levantado na tréplica, sem possibilitar contraditório ao MP. Suposto prejuízo em razão de
jurado ter dormido durante a sessão. Ocorrência não constatada. Alegada inovação da
acusação em plenário não descrita na denúncia. Inocorrência. Entrega de cópias de
documentos aos jurados. Ausência de irregularidade, por se tratar de peças processuais já
constantes nos autos. Violação da incomunicabilidade dos jurados. Inexistência de
comprovação. Negativa de inclusão de quesito acerca da consunção entre o estatuto do
armamento e o homicídio (R.). Prejudicado, diante da extinção da punibilidade. ANULAÇÃO.
Impossibilidade. Decisão do Conselho de Sentença que se coaduna com o conjunto
probatório. Autoria, participação e materialidade sobejamente comprovadas. DOSIMETRIA.
Readequação das penas e consequente diminuição. Preservação das qualificadoras e da
continuidade delitiva. Regime fechado adequado. PROVIMENTO PARCIAL AOS APELOS, com
concomitante extinção da punibilidade, também quanto ao delitos do Estatuto do
Desarmamento imputados a R.. (Apelação Criminal nº 0904743-48.2012.8.26.0506, Ribeirão
Preto, rel. Eduardo Abdalla, j. 26/08/2021).

7ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

HOMICÍDIO QUALIFICADO – NULIDADE DE INTIMAÇÃO


EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA

Ementa: Apelação. Homicídio qualificado. Artigo 121, §2º, II e IV, do Código Penal (CP).
Preliminar de intempestividade. Não acolhida. Apelo conhecido. Preliminar de nulidade do
processo em razão da falta de citação pessoal do réu na fase de judicium accusationis. Não
acolhida. Citação editalícia realizada em conformidade com os arts. 351 e 361 do CPP.

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Preliminar de nulidade em razão da intimação por edital da decisão de pronúncia. Acolhida.


A lei nova aplica-se imediatamente na instrução criminal em curso, respeitando-se, contudo,
a eficácia jurídica dos atos processuais já constituídos. A nova redação conferida aos arts.
420, parágrafo único, e 457, ambos do CPP, contudo, não pode ser aplicada aos processos
submetidos ao rito escalonado do Júri, em que houve a citação por edital e o réu não
compareceu em juízo ou constituiu advogado para defendê-lo, os fatos apurados ocorreram
antes da Lei n.º 9.271/96 e ocorreu a paralisação do feito, decorrente da regra anterior
inscrita no art. 414 do CPP. Violação aos princípios constitucionais do devido processo legal,
do contraditório e da ampla defesa. Hipótese em que um acusado foi condenado pelo
Conselho de Sentença sem nunca ter tomado conhecimento da acusação. Precedentes do
STJ. Nulidade do processo desde a intimação da decisão de pronúncia reconhecida. De
ofício, reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal. Recurso parcialmente
provido, com acolhimento da preliminar, reconhecimento da nulidade e extinção de
punibilidade do agente. (Apelação Criminal nº 0000032-92.1984.8.26.0510 , Rio Claro,
rel. Reinaldo Cintra, j. 11/08/2021).

9ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA COM PESSOA JURÍDICA

Ementa: Habeas Corpus. Paciente denunciado por incurso no artigo 1° §1° II da Lei n°
9.613/98. Trancamento da ação penal, sob o argumento de nulidade do acordo de
colaboração premiada, eis que firmado entre o MP e pessoa jurídica e porque contém
cláusulas abusivas. Alegação de que carece de amparo legal a existência de “termos de
adesão” ao acordo. Pessoa jurídica que é sujeito de direitos, capaz, portanto, de expressar
sua vontade de forma destacada, autônoma, em relação à vontade das pessoas naturais que
a compõem. Ademais, a empresa Construção e Comércio Camargo Corrêa - CCCC, por estar,
em tese, estreitamente envolvida nos delitos ora em apuração, encontra -se em condição
especial que lhe confere legitimidade para celebrar o acordo, sendo detentora de
informações e dados relevantes sobre os supostos crimes e estrutura da organização
criminosa. Inexistência de vedação legal à participação de pessoas jurídicas nos acordos de
delação. Termos de adesão ao acordo que contam com amparo contratual, no próprio
acordo a que se pretende aderir, e não são vedados pelo ordenamento jurídico. Além disso,
atendem ao primado da economia e celeridade processual, eis que firmados termos de
adesão por pessoas intimamente ligadas à empresa CCCC. Cláusulas impugnadas que não
são manifestamente ilegais ou tampouco abusivas. Ausência de prejuízo. Ordem denegada.
(Habeas Corpus nº 2103070-67.2021.8.26.0000 , São Paulo, rel. Sérgio Coelho, j.
12/08/2021).

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11ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

QUEBRA DE SIGILO TELEMÁTICO COLETIVO – GEOLOCALIZAÇÃO

Ementa: 1-) Mandado de segurança para não haver quebra do sigilo telemático coletivo e
exploratório sobre dados de geolocalização de um conjunto indeterminado de usuários da
Google. Não concessão. 2-) Decisão que não é sucinta, mas, mesmo que o fosse, está
suficientemente fundamentada. Nulidade, com afronta do art. 93, inciso IX, da Constituição
Federal inexistente. 3-) Os requisitos constitucionais fazem-se presentes. Não há violação de
direito à intimidade, vida privada, honra, imagem ou direito de comunicação. Esses direitos
são fundamentais, todavia, não são absolutos, cedem ao interesse público, mesmo porque,
basta deixar tudo em sigilo. 4-) Os requisitos legais, especificamente, da Lei nº 12.965/2014
não foram desprezados: existem fundados indícios da ocorrência do roubo; há justificativa
motivada da utilização dos registros solicitados para investigação e há perío do ao qual se
referem os registros. Não há necessidade de se especificar quem será investigado ou ser a
diligência a única possível para as investigações. 5-) Decisão de Primeiro Grau mantida.
(Mandado de Segurança nº 2145603-41.2021.8.26.0000 , São Simão, rel. Tetsuzo
Namba, j. 04/08/2021).

TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO

Trechos do voto (não há ementa): APELAÇÃO. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E


ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO. “(...) rejeitada a matéria preliminar, dá-se parcial provimento
aos recursos dos réus e do Ministério Público para: 1) absolver todos os acusados da
imputação de terem praticado o crime previsto pelo artigo 2º da Lei nº 12.850/2013 descrito
no item 2.1 da denúncia, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo
Penal; 2) absolver todos os acusados da imputação de terem praticado o crime previsto pelo
artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 descrito no item 2.12 da denúncia, com fundamento no
artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal; 3) absolver os réus E. e J. da imputação
de terem praticado o crime previsto pelo artigo 33 da Lei nº 11.343/2006 descrito no item
2.4 da denúncia, com fundamento no artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal; 4)
condenar os réus A., A., C., C., E., E., J., J., J., P., P., R., R., R., S., T. e W., por terem praticado o
crime previsto pelo artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 descrito no item 2.12 da denúncia; 5)
condenar o réu W., por ter praticado o crime previsto pelo artigo 35 da Lei nº 11.343/2006
descrito no item 2.6 da denúncia; 6) estabelecer que o recolhimento da taxa judiciária deverá
observar o disposto no artigo 98, parágrafo 3º, da Lei nº 13.105/2015; 7) redimensionar as
penas, de modo a remanescerem as seguintes condenações: A) para J., por infração aos
artigos 33, caput, c.c. o artigo 40, incisos III e V, ambos da Lei nº 11.343/2006 (item 2.6 da
denúncia); 33, caput, c.c. o artigo 40, incisos III e VI, ambos da Lei nº 11.343/2006 (item 2.7
da denúncia); artigo 33, caput, c.c. o artigo 40, inciso III, ambos da Lei nº 11.343/2006 (item
2.9 da denúncia); na forma do artigo 71 do Código Penal, e ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006
(item 2.12 da denúncia), em concurso material (artigo 69 do Código Penal), a pena de treze
anos, dez meses e treze dias de reclusão, em regime prisional inicial fechado, mais o

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pagamento de mil oitocentos e cinquenta e dois dias-multa, de valor unitário mínimo; B)


para S., por infração aos artigos 33, caput, c.c. o artigo 40, inciso V, ambos da Lei nº
11.343/2006 (item 2.6 da denúncia); 33, caput, c.c. o artigo 40, inciso VI, ambos da Lei nº
11.343/2006 (item 2.7 da denúncia); artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.9 da
denúncia); na forma do artigo 71 do Código Penal, e ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item
2.12 da denúncia), em concurso material (artigo 69 do Código Penal), a pena de doze anos,
seis meses e vinte e seis dias de reclusão, em regime prisional inicial fechado, mais o
pagamento de mil setecentos e vinte e dois dias-multa, de valor unitário mínimo; C) para E.,
por infração aos artigos 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.2 da denúncia); 33, caput,
da Lei nº 11.343/2006 (item 2.3 da denúncia); artigo 33, caput, da Lei nº 1 1.343/2006 (item
2.8 da denúncia); artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.9 da denúncia); na forma
do artigo 71 do Código Penal, e ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia),
em concurso material (artigo 69 do Código Penal), a pena de onze anos, três meses e dez
dias de reclusão, em regime prisional inicial fechado, mais o pagamento de mil quinhentos
e noventa e três dias-multa, de valor unitário mínimo; D) para A., por infração aos artigos
33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.5 da denúncia) e 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12
da denúncia), em concurso material (artigo 69 do Código Penal), a pena de ; E) para C., por
infração aos artigos 333 do Código Penal (item 2.11 da denúncia), 33, caput, da Lei nº
11.343/2006 (item 2.11 da denúncia) e 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), em
concurso material (artigo 69 do Código Penal), a pena de dez anos de reclusão, em regime
prisional inicial fechado, mais o pagamento de mil, duzentos e dez dias-multa; F) para J., por
infração aos artigos 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.10 da denúncia) e 35 da Lei nº
11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), em concurso material (artigo 69 do Código Penal), a
pena de nove anos e quatro meses de reclusão, em regime prisional inicial fechad o, mais o
pagamento de mil trezentos e noventa e nove dias-multa, de valor unitário mínimo; G) para
Pedro, por infração aos artigos 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.3 da denúncia) e 35
da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), em concurso material (artigo 69 do Código
Penal), a pena de nove anos e quatro meses de reclusão, em regime prisional inicial fechado,
mais o pagamento de mil trezentos e noventa e nove dias-multa, de valor unitário mínimo;
H) para T., por infração aos artigos 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item 2.10 da denúncia)
e artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), em concurso material (artigo 69
do Código Penal), a pena de nove anos e quatro meses de reclusão, em regime prisional
inicial fechado, mais o pagamento de mil trezentos e noventa e nove dias-multa, de valor
unitário mínimo; I) para W., por infração aos artigos 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 (item
2.6 da denúncia) e artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.6 da denúncia), em concurso
material (artigo 69 do Código Penal), a pena de nove anos e quatro meses de reclusão, em
regime prisional inicial fechado, mais o pagamento de mil trezentos e noventa e nove dias-
multa, de valor unitário mínimo; J) para A., por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006
(item 2.12 da denúncia), a pena de três anos e seis meses de reclusão, em regime prisional
inicial fechado, mais oitocentos e dezesseis dias-multa, de valor unitário mínimo; K) para C.,
por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), a pena de três anos
de reclusão, em regime prisional inicial fechado, e setecentos dias -multa, no menor valor
unitário; L) para E., por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia),
a pena de três anos de reclusão, em regime prisional inicial fechado, e setecentos dias -multa,

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no menor valor unitário; M) para J., por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item
2.12 da denúncia), a pena de três anos e seis meses de reclusão, em regime prisional inicial
fechado, além de oitocentos e dezesseis dias-multa, de valor unitário mínimo; N) para P.,
por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), a pena três anos de
reclusão, em regime prisional inicial fechado, e setecentos dias -multa, no menor valor
unitário; O) para R., por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia),
a pena de três anos e seis meses de reclusão, em regime prisional inicial fechado, além de
oitocentos e dezesseis dias-multa, de valor unitário mínimo; P) para R., por infração ao artigo
35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), a pena de três anos de reclusão, em regime
prisional inicial fechado, e setecentos dias-multa, no menor valor unitário; Q) para R., por
infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia), a pena de três anos de
reclusão, em regime prisional inicial fechado, e setecentos dias -multa, no menor valor
unitário; R) para W., por infração ao artigo 35 da Lei nº 11.343/2006 (item 2.12 da denúncia),
a pena de três anos de reclusão, em regime prisional inicial fechado, e setecentos dias-multa,
no menor valor unitário.” (Apelação Criminal nº 1000236-46.2018.8.26.0246 , Ilha
Solteira, rel. Xavier de Souza, j. 11/08/2021).

ESTELIONATO (CONTRATOS DE EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO)

Trechos do voto (não há ementa): Apelação. Estelionato. “(...) restou comprovado,


portanto, que os acusados se uniram com o objetivo de auferir vantagem indevida, induzindo
e mantendo em erro, mediante artifício, ardil e meio fraudulento, as empresas Verizon do
Brasil e Verizon EUA, vantagem que somou a quantia de R$ 5.387.143,54. ” “Correta, pois, a
condenação por estelionato, bem caracterizado no caso dos autos. Provadas autoria e
materialidade, era de rigor a condenação. A dosimetria penal, no entanto, comporta
pequeno reparo.” “Por unanimidade rejeitaram as preliminares e, por maioria de votos,
deram parcial provimento aos recursos somente para reduzir a pena de multa imposta a M .
para 66 dias-multa e para 38 dias-multa a pena imposta a E., mantida, no mais, a r. sentença.”
(Apelação Criminal nº 0096217-43.2009.8.26.0050 , São Paulo, rel. Maria Tereza do
Amaral, j. 11/08/2021). Obs: Há declaração de voto parcialmente vencido do Revisor (Des. Xavier de Souza).

12ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA


TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL

Ementa: HABEAS CORPUS – Crime contra a ordem tributária – Conduta prevista no art. 1º,
incs. I e II, da Lei nº 8.137/90 – Paciente que não tinha poderes de administração, gestão ou
gerência na empresa – Paciente apenas representava empresa sediada no exterior – Falta de
justa causa na continuidade da persecução penal – Ordem CONCEDIDA. (Habeas Corpus nº
2123082-05.2021.8.26.0000 , José Bonifácio, rel. Heitor Donizete de Oliveira, j.
03/08/2021).

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REPERTÓRIO DE JURISPRUDÊNCIA
AGOSTO/2021

CULTIVO DOMICILIAR DA CANNABIS PARA FINS MEDICINAIS


TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL

Ementa: HABEAS CORPUS - Cultivo de matéria-prima destinada à preparação de drogas -


Art. 33, § 1º, da Lei 11.343/06 - Alega falta de justa causa para a persecução penal, vez que
teve concedido salvo-conduto por esta Colenda Câmara para autorizar o cultivo domiciliar
de maconha para fins exclusivamente terapêuticos, de modo que a conduta é atípica,
pugnando pelo trancamento da ação penal - ADMISSIBILIDADE - Dadas as circunstâncias
concretas da causa, a conduta não se reveste de colorido penal por ausência de
culpabilidade, enquanto reprovabilidade do comportamento. Mais especificamente, tem -se
um quadro de inexigibilidade de conduta diversa, faltando, portanto, justa causa para a ação
penal, impondo-se, em consequência, o seu trancamento. Ordem concedida. (Habeas
Corpus nº 2134715-13.2021.8.26.0000 , São Bernardo do Campo, rel. Paulo Rossi, j.
10/08/2021).

CULTIVO DOMICILIAR DA CANNABIS PARA FINS MEDICINAIS


CONCESSÃO DE SALVO CONDUTO

Ementa: Recurso em sentido estrito - Plantio de Cannabis sativa para fabricação de xarope
caseiro - Salvo conduto negado na origem - Existência de autorização administrativa da
ANVISA para importação de remédios com o mesmo princípio ativo - Necessidade da
recorrente - Demonstrada a responsabilidade e boa-fé da recorrente, objetivando não
praticar atos ilícitos - Direito à saúde - Dignidade da pessoa humana - Inexigibilidade de
conduta diversa - Possibilidade de fiscalização - Precedentes Recurso PARCIALMENTE
PROVIDO, para concessão de salvo-conduto, mediante condições. (Recurso em Sentido
Estrito nº 1004643-57.2021.8.26.0451 , Piracicaba, rel. Heitor Donizete De Oliveira, j.
17/08/2021).

TRÁFICO DE DROGAS – PRISÃO PREVENTIVA

Ementa: Recurso em sentido estrito. Tráfico de drogas. Liberdade provisória. Advento de


sentença penal condenatória. Com o advento de sentença penal condenatória, e da negativa
do recurso em liberdade, dá-se por prejudicado recurso em sentido estrito interposto pelo
Ministério Público em face de decisão que antes revogada a prisão preventiva do acusado.
(Recurso em Sentido Estrito nº 0002849-23.2020.8.26.0590 , São Vicente, rel. Sérgio
Mazina Martins, j. 24/08/2021).

FURTO

Ementa: Apelação criminal. Furto. Prescrição punitiva. Extinção da punibilidade. Verificada a


prescrição punitiva, cabe julgar extinta a punibilidade em relação aos fatos respectivos.
(Apelação Criminal nº 0005495-84.2012.8.26.0590 , São Vicente, rel. Sérgio Mazina
Martins, j. 31/08/2021).

10/12
REPERTÓRIO DE JURISPRUDÊNCIA
AGOSTO/2021

ASSUNÇÃO DE OBRIGAÇÃO NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO

Ementa: Artigo 359-C do Código Penal e Artigo 1º, inciso V, do Decreto-lei nº 201/1967 –
Prefeito do Município de Queiroz (comarca de Tupã) – Conjunto probatório insuficiente
quanto ao dolo - Ausência de ofensa aos bens jurídicos tutelados – Princípio da lesividade
(ou ofensividade) aplicável ao caso concreto (nullum crimen sine injuria) – absolvição com
base no artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal - RECURSO DA DEFESA PROVIDO
(Apelação Criminal nº 0001785-41.2014.8.26.0637 , Tupã, rel. Heitor Donizete de
Oliveira, j. 31/08/2021).

CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

Ementa: Crime contra a ordem tributária – Infração ao artigo 1º, incisos II e III, da Lei nº
8.137/90 (por inúmeras vezes) combinado com o artigo 71 do Código Penal –
CONTROVÉRSIA SOBRE A INCIDÊNCIA DE ICMS SOBRE BONIFICAÇÃO DE MERCADORIAS –
Ausência de dolo – Absolvição – RECURSO DA DEFESA PROVIDO para absolver os apelantes
por atipicidade da conduta que lhes foi atribuída - E RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
IMPROVIDO. (Apelação Criminal nº 00024 50-81.2014.8.26.0047, Assis, rel. Heitor
Donizete de Oliveira, j. 31/08/2021).

15ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

HOMICÍDIO
ABSOLVIÇÃO – QUESITO GENÉRICO

Ementa: TRIBUNAL DO JÚRI. HOMICÍDIO SIMPLES. APELADO ABSOLVIDO NO QUESITO


GENÉRICO. ART. 483, III, DO CPP. APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ALEGAÇÃO DE
JULGAMENTO CONTRÁRIO À PROVA DOS AUTOS. INADMISSIBILIDADE. SENTENÇA
MANTIDA. O quesito obrigatório do artigo 483, III, do Código de Processo Penal, introduzido
pela Lei nº11.689/08, veicula a possibilidade da absolvição lastreada na íntima e livre
convicção do jurado, que pode adotar tal solução em acolhimento a alguma tese defensiva,
à sua interpretação da prova dos autos, mas também por motivação divorciada de tais teses
e das provas produzidas, como razões supralegais, humanitárias, clemência ou outras. Diante
da autorização legal (positivada legalmente em tal quesito obrigatório) de prolação de
decisão absolutória desvinculada das provas e teses de defesa e da impossibilidade de
conhecimento da motivação do julgamento absolutório, quando decorrente de afirmação a
tal quesito, improcede pleito de novo julgamento ao pretexto de ter sido o decisum
impugnado contrário à prova dos autos. Soberania dos vereditos. Por maioria de votos,
recurso ministerial desprovido. (Apelação Criminal nº 0008593-76.2017.8.26.0566*, São
Carlos, relatora designada Gilda Alves Barbosa Diodatti, j. 05/08/2021). *Voto disponibilizado
apenas no modo “consulta de processos”. Há declaração de voto vencido do relator sorteado (Dr. Gilberto Ferreira da Cruz).

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REPERTÓRIO DE JURISPRUDÊNCIA
AGOSTO/2021

16ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL

NULIDADE DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Ementa: HABEAS CORPUS. Organização criminosa. Pleito de nulidade da interceptação


telefônica. Inocorrência. Requisitos da Lei 9.296/96 preenchidos. Medida necessária para
comprovar a existência do eventual grupo criminoso voltado a prática de crimes gravíssimos.
Alegação de que a representação pela interceptação telefônica foi realizada com base
apenas em denúncia anônima. Não cabimento. Pedido de interceptação telefônica precedida
de efetivas diligências policiais. Decisões que determinaram a sua realização e prorrogações
que foram fundamentadas. Complexidade dos crimes e número expressivo de agentes que
justificaram a continuidade das interceptações telefônicas. Paciente identificado durante
conversas com os alvos das investigações. Encontro fortuito de provas caracterizado.
Nulidades não evidenciadas. Ordem denegada. (Habeas Corpus nº 2110960-
57.2021.8.26.0000 , Piracicaba, rel. Leme Garcia, j. 10/08/2021).

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