Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JANEIRO
Pede deferimento.
Nome do advogado
OAB xxxx
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Recorrente: CARLOS
RAZÕES DE APELAÇÃO
Eméritos Julgadores,
condenado nas penas do crime tipificado nos artigos 302 da Lei nº 9.503/97, por duas
com o veículo em que estavam Júlio e Mário, este com 9 anos, causando lesões que
lesionado Pedro, que passava pelo local com sua bicicleta e foi atingido pelo veículo
cadavérico, enquanto Pedro foi atendido em hospital público, de onde se retirou, sem
ser notado, razão pela qual foi elaborado laudo indireto de corpo de delito com base
existente na pista. Foi acostado exame pericial realizado nos automóveis e no local,
concluindo que, realmente, não houve excesso de velocidade por parte de Carlos e que
pericial.
agravante prevista no Art. 61, inciso II, alínea h, do CP, pelo fato de ser criança,
de direitos em razão do quantum final, nos termos do Art. 44, inciso I, do CP, sendo
razão de sua imperícia. Entretanto, vale ressaltar que o exame pericial não foi
maneira prudente e compatível com o dever de cuidado exigível. O buraco com que
se deparou o fez perder o controle do carro, e não houve culpa do apelante, que nada
pôde fazer. Não houve imperícia que possa estabelecer o vínculo penal entre a sua
permitam aferir que a conduta do Acusado tenha sido a causa determinante da morte
da vítima.
consequência da inobservância do cuidado devido ou, em outros termos, que este seja
seja a causa do resultado tipificado como crime culposo. Por isso, não haverá crime
um evento lesivo, que se verificaria mesmo que a diligência devida tivesse sido
adotada” (Cezar Roberto Bitencourt, em Tratado de Direito Penal, vol. 1, 9ª ed., São
certeza necessária que a condenação exige, que o Apelante deu causa ao resultado, por
conceito de crime culposo é de ser citada a lição doutrinária do Professor René Ariel
Dotti, verbis:
culpabilidade, com completa certeza. No presente caso, não é possível auferir com
precisão a conduta determinante para a causa do acidente, pois tem questões que não
das peças que se formaram durante a fase instrutória. E assumindo esta postura
suposta violação do dever de cuidado realizada por esse foi a única causa a gerar o
resultado.
Pugna-se, por fim, pela reforma da sentença para que o apelante seja
absolvido tanto pelo delito de lesão corporal quanto pelo de homicídio culposo, haja
Pede deferimento.
Nome do advogado
OAB xxxx