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JANEIRO
Autos nº XXXXXXXXX
PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO
Carlos (nome completo), (estado civil), (profissão), inscrito sob o CPF nº XXXXXXXXX, RG nº
XXXXXXXXXXX, (endereço eletrônico), residente (endereço completo), nos autos da AÇÃO
PENAL de número XXXXX, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, por seu
procurador devidamente constituído, inconformada com a sentença proferida por este Juízo
de Primeiro Grau, interpor o presente RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593,
inciso I do Código de Processo Penal, pleiteado através de fato e fundamentos jurídicos
apontados nas razões recursais, que seguem anexas, a serem remetidas ao Egrégio Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Pugna-se pela intimação da parte contrária para
apresentação de contrarrazões no prazo legal de 15 (quinze) dias, com fulcro no artigo
1.010, §1º do Código de Processo Civil.
_________________________
Nome do Advogado / Nº da OAB
(assinado digitalmente)
RAZÕES RECURSAIS
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXX
COLENDA CÂMARA
EMÉRITOS DESEMBARGADORES
1. CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE
Através do ajuizamento de ação penal, onde o apelante Carlos, foi julgado pelas
sanções penais previstas nos artigos 302 e 303 da Lei nº 9.503/97, pelo fato ocorrido no dia
08 de julho de 2017, no município de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. Onde o
reclamante estava sob a direção de um veículo automotor e acabou se envolvendo no
acidente de trânsito, que infelizmente, resultou na morte de duas pessoas, sendo Mário uma
criança de 09 anos e a outra vítima foi Júlio, ambos acabaram falecendo em decorrência das
lesões ocasionadas pelo acidente. Ademais, através de testemunhas, o reclamante, também
foi indiciado por ter acometido uma terceira vítima, qual seja, Pedro, porém este foi
socorrido em um hospital público, da onde saiu sem ser notado, tendo seu laudo elaborado
tão somente pelo que foi constatado no atendimento médico, já que Pedro não pode ser
ouvido no curso da instrução, pois não foi localizado.
Importa-se esclarecer que durante o curso de instrução, o apelante negou estar
acima da velocidade permitida, acrescentando ainda que perdeu o controle do automóvel
em razão de buracos na pista. Que posteriormente também foi constatado através do exame
pericial realizado no carro que estava sob uso de Carlos e na pista onde ocorreu o acidente.
Ainda de acordo com o laudo pericial, foi apontado imperícia da parte de Carlos, o que teria
sido fator contributivo para ocasionar o acidente. Ressaltando que este também foi o
entendimento do Juízo de Primeiro Grau, que fixou a pena base no mínimo legal para cada
um dos crimes, acrescentando ainda a agravante prevista no artigo 61, inciso II, alínea h do
Código Penal, aumentando a pena base em 03 meses. Ficando a pena final acomodada em
04 anos e 09 meses, com início de cumprimento em regime fechado. Ocorre que a referida
decisão não merece prosperar, conforme exposto a seguir.
Ora, ainda que a condenação primária seja mantida, não poderia ser aplicado o
regime inicial fechado. Rogo pelo afastamento do regime mais severo, para que seja
aplicado o regime aberto ou o semiaberto, acrescentando que de acordo com o artigo 33,
caput do Código Penal, não é admitida, em nenhuma hipótese, a aplicação do regime inicial
fechado ao crime punido unicamente com pena de detenção, como ocorre nos crimes
culposos da Lei nº 9.503/97.
4. PEDIDOS
Diante de todo exposto, por meio deste vem requerer que seja dado
conhecimento e provimento ao recurso.
_________________________
Nome do Procurador / Nº da OAB
(assinado digitalmente)