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RELATÓRIO DE ANÁLISE DE PROCESSO PENAL

Nome completo do aluno: Sara Alves de Oliveira Coupê


Curso: Direito
Semestre matriculado: 9° Semestre
Ano: 2022
Número do processo analisado: 1030622-33.2019.8.26.0114
Vara e Comarca: 1ª Vara Criminal - Campinas
Juiz (a): Patrícia Suárez Pae Kim
Data da Análise: 21/03/2022
Tipificação Penal: Calúnia - Artigo 138 e Difamação - Artigo 139, ambos previstos no
Código Penal.

1. Síntese do objeto da análise:


Trata-se de um Processo de Ação Penal Privada, cuja acusação é de Crime de Injúria e
Difamação. Houve então os atos em sequência: Boletim de Ocorrência; Auto de Exibição
e Apreensão; Queixa-Crime; Declaração de foro incompetente; Remessa dos Autos para
Vara Competente; posto isto houve então a Resposta a Acusação, logo após Recurso;
Resposta a Apelação, chegando então ao Acordão.

2. Considerações sobre o Inquérito Policial:


Importa-se mencionar da impossibilidade de instauração do Inquérito Policial, haja vista
que o presente processo tem sua tratativa baseada em uma Queixa-Crime, portanto, ela
deve ser representada na unidade policial competente e na sequência necessita de
representação por meio de advogado (a), quando a parte ofendida tiver o interesse.

3. Síntese da Resposta da Acusação:


Salienta-se que a resposta a acusação se deu por intermédio da pessoa do advogado e
bastante procurador, que foi constituído em conformidade com o documento cabível, que
por sua vez, postulou rejeitando a presente Queixa-Crime, em favor de suas clientes, ora
quereladas, do presente processo.

4. Descrição do despacho da denúncia:


Recebimento da denúncia Improcedente.

5. Descrição do despacho do deferimento / indeferimento do pedido de liberdade


provisória, relaxamento da prisão em flagrante, revogação da prisão preventiva e/ou
prisão temporária:
Não há considerações.

6. Descrição dos atos da audiência de instrução, debates e julgamento:


Não há considerações.

7. Considerações sobre a Sentença:


A sentença proferida pela Douta Juíza chegou ao entendimento de que a queixa-crime
não merecia ser acolhida, visto que a petição inicial não era acompanhada de nenhum
elemento de prova que demonstrasse sua viabilidade. Ressaltando ainda que, a doutrina
e a jurisprudência lecionam que a queixa-crime deve ser respaldada em elementos
sensatos, com o mínimo de prova, caso contrário demonstrariam a falta de interesse
processual. Sentenciando pela rejeição da presente queixa-crime.

8. Descrição do despacho de recebimento do recurso:


Foi postulado na data do dia 09 de setembro do ano de 2019 pelo advogado da
querelante com o pedido de deferimento através de Recurso em Sentido Estrito. Tendo o
Ministério Público em 30 de setembro do mesmo ano através de promotora designada,
entretanto, manteve-se o entendimento da decisão de primeiro grau, optando pela
rejeição da queixa-crime, no recurso em apreço.

9. Considerações sobre o Acórdão Do Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal:


Acórdão proferido pelo TJ – SP. Negou provimento ao recurso, rejeitando-se a acusação
imposta pela querelante, mantendo as razões e fundamentos da decisão de primeiro grau.
Relator Desembargador Francisco Bruno.

10. Considerações sobre o Acórdão do Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal:


Não há considerações.

11. Considerações sobre Habeas Corpus:


Não há considerações.

12. Observações (comentários gerais sobre o processo que o aluno julgar pertinente):
Restou cediço através da presente análise processual, a importância de se obter todos os
elementos processuais, antes de apresentar uma queixa-crime, levando ao conhecimento
do judiciário provas e argumentos fundamentados em lei. Ressaltando que tão somente
incomodar-se ou criticar determinada ação de outrem, não configura um crime, apenas
demonstra a insatisfação pessoal proferida como opinião, conforme nos elucida o Artigo
19º da DUDH onde diz que “todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião …”.

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