Você está na página 1de 2

NPJ - NÚCLEO DE

PRÁTICA JURÍDICA

RELATÓRIO DE AUDIÊNCIAS
Nome: Raylan Keven da Costa Pessoa
Matrícula: 04042307
Período Letivo: 7° semestre
Disciplina: Estagio supervisionado
Turma: Manhã

Dados do Processo:
Vara/Juizado/Câmara/Turma:12ª Vara Cíve DE CAMPO GRANDE/MS
Ação/Recurso:Ação Monitória - Cheque Processo nº0825751-26.2012.8.12.0001
Partes:Requerente: Flavio Antonio de Souza Requerido: Flávio Renato Oliveira Soare Tipo de
Audiência/Sessão: Instrução e Julgamento
Data: 23/08/2016 Horário (início/término): 16:00h /

Relatório:

Aos 23/08/2016 às 16:00h, na Comarca de Campo Grande, na sala de audiências foi feito o pregão,
certificou-se as seguintes presenças: a parte autora, acompanhada do Dr. Antônio Carlos dos Reis Cardoso.
Ausente a parte requerida e seu advogado. Aberta a audiência, pelo juiz foi dito o seguinte: "Uma vez que a
parte embargante não juntou o valor atinente à diligência do Oficial de Justiça, para que suas testemunhas
pudessem ser intimadas e tampouco as trouxe nesta audiência, resta precluso o seu direito de ouvir
testemunhas". Foi procedida a oitiva da testemunha trazida pelo embargado, conforme gravação em anexo.
Em alegações finais a parte embargada reiterou os termos da contestação apresentada aos embargos. Pelo
Juiz foi prolatada a seguinte sentença: "Trata-se de Embargos Monitórios apresentados por Flávio Renato de
Oliveira Soares. Alega o embargante que o embargado, através da presente ação monitória, está lhe
cobrando uma dívida inscrita em um cheque no valor de R$ 13.000,00. Alude que o embargado exerce a
atividade de agiota e que, como estava passando por dificuldades financeiras, acabou pegando dinheiro
emprestado com ele, dando o cheque no valor de R$ 13.000,00. Afirma que a dívida não pode prosperar,
visto que reflete a cobrança de juros extorsivos, sem amparo jurídico. Ao final, pugna que seja decretada a
nulidade do título e a inexigibilidade do débito. Em resposta aos embargos, o embargado contestou as
afirmações lançadas pelo embargante. Disse que o negócio firmado entre eles não tratou de agiotagem, visto
que não houve o empréstimo de dinheiro a juros ilegais. Afirmou que, a pedido de um contador, emprestou
dinheiro ao embargante para socorrer-lhe quando passava por difícil situação financeira, mas que de maneira
alguma realiza a cobrança de juros ilegais. Findou pugnando pela improcedência dos embargos. Na presente
data, foi ouvida uma testemunha.

Rua: Rosa Vermelha, 723, bairro Aeroporto Velho, Cep: 68010-200. Santarém – PA. Te.: (93) 3523-5990
CONTINUAÇÃO DO RELATÓRIO

Decido. Os embargos apresentados improcedem. Apesar de o embargante alegar a inexigibilidade


do cheque trazido à cobrança pela parte embargada, ao argumento de que o título foi emitido em
razão da prática de agiotagem, não trouxe aos autos prova alguma nesse sentido. Nenhum
documento foi colacionado pelo embargante, capaz de demonstrar a ocorrência de cobrança
indevida de juros, por parte do embargado. Da mesma forma, mesmo tendo ampla oportunidade
probatória, o embargante não trouxe à presença do juízo qualquer testemunha que pudesse
atestar haver ocorrido o empréstimo de dinheiro mediante o pagamento de juros extorsivos.
Assim, como não foi provada a ocorrência de qualquer ilegalidade por parte do embargado, os
presentes embargos devem ser rejeitados. Diante do exposto, rejeito os embargos monitórios e
constituo, em favor do embargado, um título executivo judicial, na forma da lei, tendo por base os
valores indicados na peça primeira. O embargante fica condenado ao pagamento das custas
relativas aos embargos, assim como de honorários em favor do advogado do embargado, ficando
esta verba fixada em 10% do valor dado à ação monitória. Havendo o trânsito em julgado, estará
o embargado habilitado a pleitear o cumprimento definitivo de sentença. Dou a presente sentença
por publicada em audiência e os presentes por intimados. Intime-se o embargante através de seu
advogado.

Assinatura do Estagiário:
Carga Horária:
Visto do Juiz: Carimbo:

Você também pode gostar